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O estilo memorial de viver

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Academic year: 2021

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Lição 13 – JESUS, O MEMORIAL QUE VOCÊ CELEBRA

Texto Bíblico: João 20.30,31

Em um dos sermões a que assisti pelo sítio de compartilhamento de vídeos YouTube, o pastor Ariovaldo Ramos deixou a seguinte definição de memorial: “Um memorial é a forma pela qual alguém quer ser lembrado”. Nesta lição, que focaliza textos do fim do Evangelho de João, traremos à memória tudo o que estudamos neste trimestre sobre Jesus Cristo, nosso Salvador. É nosso dever confiar na fonte de sustento espiritual que emana do Cristo morto e ressurreto, em caráter memorial e permanente, até que Ele volte.

Nosso estudo percorrerá o seguinte trajeto: o viver memorial como estilo de vida, em ambos os Testamentos; a relação entre os “sinais” de Deus e o memorial a ser celebrado; um resumo de tudo o que vimos acerca do memorial que é Jesus; a palavra chave do memorial de Cristo; e, enfim, o tempo de celebrar este memorial.

O estilo memorial de viver

A ideia de viver de forma a relembrar os atos de Deus na história pode ser facilmente percebida nos textos do Antigo Testamento. Neste sentido, o memorial usa vários meios:

- A revelação escrita: “Então disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué...” (Ex 17.14);

- Objetos que simbolizam uma realidade revelada, como é o caso das pedras na estola sacerdotal que representavam as 12 tribos de Israel (Ex 39.7);

- O tempo solene do encontro para a adoração coletiva (Lv 23.24);

- As ofertas trazidas ao altar, confessando a Deus os pecados cometidos, em busca de perdão (Nm 5.15b);

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- As palavras e votos de confiança no Senhor e em sua vontade, como expressão de fé coletiva do povo de Deus (Ml 3.16,17).

No Novo Testamento, a saga memorial continua na experiência pessoal de muitos, por exemplo:

- O caso da mulher que, trazendo um vaso de alabastro cheio de valioso bálsamo, derramou o líquido precioso sobre a cabeça do Senhor Jesus, estando Ele à mesa, com seus discípulos. O gesto ficou eternizado nas Escrituras (Mt 26.7);

- Nossas orações e atitudes também são relatadas como memoriais (At 10.4,31); - E nossa maior fonte memorial, a celebração da ceia, em que trazemos à memória o sacrifício remidor, que é a causa eficiente de nossa salvação, seguindo a ordem de Jesus (Lc 22.19; 1Co 11.24,25).

Para que haja memória, há de haver sinais

Na história humana, Deus concede e opera sinais que acompanham a Sua palavra e testificam a sua validez e fidedignidade. Não são atos divinos incidentais, mas atos intencionais, visando obter da parte dos homens fé (Jo 2.11,23). O maior dos sinais de Deus é a vinda de seu Filho Unigênito, que passa a apontar o caminho da salvação profetizado no Antigo Testamento e cumprido em sua vida e missão.

Um sinal é uma “marca”, um “penhor”, um “milagre”. Este termo é predominante nos Evangelhos (48 vezes) e em Atos (13 vezes), mas também ocorre nos textos de Paulo (8 vezes), em Hebreus (uma vez) e no Apocalipse (7 vezes).

No texto que apreciamos, João 20.30, lemos que “...fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro”. O propósito maior de Jesus com seus sinais é ser crido: “Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus...” (Jo 20.31a).

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Nem todo sinal leva à fé, mas a fé no sinal conduz à vida memorial

Alguns episódios narrados por João evidenciam uma grande verdade, a saber, que apesar dos muitos sinais realizados por Jesus, a grande maioria permanecia incrédula (Jo 12.37). Este é, certamente, o caso do indeciso Nicodemos (Jo 3). Também, o caso da multidão alimentada milagrosamente por Jesus, que estava unicamente interessada na satisfação de suas necessidades materiais e não percebia o Filho de Deus diante dela (Jo 6.26,30). E o caso dos religiosos legalistas judeus, que se enfureciam a cada sinal praticado pelo Senhor (Jo 7.31,32; 11.47,48).

Entretanto, muitos que presenciaram os sinais realizados pelo Salvador creram nEle e, por isso, tornaram-se seus discípulos. Esta é uma verdade que muitos deixam de perceber: o sinal que é Cristo, em sua vida e missão, deve nos levar a crer. Crer deve nos levar ao discipulado. O discipulado deve nos levar à vida memorial, em testemunho diário.

A forma como Jesus quer ser lembrado

Se você crê no Filho de Deus, e o recebe como Senhor de sua vida, entenda uma coisa: é seu dever sagrado viver para o testemunho de tudo o que Jesus representa. Isto significa que devemos viver pela fé, ou seja, trazer à memória quem Jesus é e o que fez por nós.

À luz do que vimos neste trimestre de estudos em João:

- Jesus quer ser lembrado como o VERBO DA VIDA. Você se lembrará dEle se o representar diante dos homens.

- Jesus quer ser lembrado como o PÃO DA VIDA. Você se lembrará dEle se alimentar-se de sua Palavra, que é viva e eficaz para te conduzir à boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

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- Jesus quer ser lembrado como a ÁGUA DA VIDA. Você se lembrará dEle se permitir que essa fonte jorre continuamente e mate sua sede de viver.

- Jesus quer ser lembrado como a LUZ DA VIDA. Você se lembrará dEle se enxergar com os olhos da fé e se brilhar diante dos homens.

- Jesus quer ser lembrado como o PASTOR DA VIDA. Você se lembrará dEle se ouvir seus bons ensinamentos e segui-los, à risca, custe o que custar.

- Jesus quer ser lembrado como o CAMINHO DA VIDA. Você se lembrará dEle se trilhar a trajetória da renúncia, do serviço e da adoração.

- Jesus quer ser lembrado como a VERDADE DA VIDA. Você se lembrará dEle se conhecê-lo e se pregar o resultado deste conhecimento: a liberdade dos filhos de Deus.

- Jesus quer ser lembrado como a VIDEIRA DA VIDA. Você se lembrará dEle se, unido a Ele, frutificar.

- Jesus quer ser lembrado como o MESTRE DA VIDA. Você se lembrará dEle se o imitar em seu caráter e atitudes.

- Jesus quer ser lembrado como o REI DA VIDA. Você se lembrará dEle se submeter-se à sua autoridade, que é absoluta em termos de fé, juntamente com a Palavra de Deus e o agir do Espírito Santo.

- Jesus quer ser lembrado como SENHOR DA VIDA. Você se lembrará dEle se for um discípulo temente a Deus, reverente e verdadeiro adorador.

Se Jesus for lembrado por nós, viveremos em constante atitude MEMORIAL.

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A palavra chave que se repete a cada representação da pessoa e da missão de Jesus Cristo no Evangelho de João é VIDA. Para os que creem, descortina-se a vida autêntica e responsável, isto é, a “vida sobrenatural que é a de Deus (Jo 5.21,26), que Deus, todavia, reparte com a humanidade, através de Cristo”1

No primeiro capítulo do seu livro Teologia da Educação Cristã2, Richards

descreve o viver memorial ao afirmar que a vida é o que a Igreja é. O propósito da vida é o que a Igreja faz. A comunicação da vida é a forma como a Igreja edifica. A dinâmica da vida é o relacionamento “familiar” da Igreja. A transmissão da vida é a Igreja evangelizando. Concordamos, pois somos o corpo vivo de Cristo, a Igreja do Senhor Jesus.

Hoje é tempo de celebrar Jesus!

Em conclusão, afirmamos que Jesus é o memorial que eu e você, que nEle cremos, celebramos. Ele é a manifestação absoluta da graça salvadora de Deus (Tt 2.11).

Ao celebrar este memorial, devemos fazê-lo com zelo e fervor, mostrando ao mundo quem realmente é Jesus. Diante do trágico quadro social em que vivemos, isso significa renegar a impiedade e as paixões mundanas, e viver, no presente século, de forma sensata, justa e piedosa, enquanto aguardamos o retorno do Salvador, com ardorosa esperança (Tt 2.12,13).

Para pensar e agir

No radical livro “Como compartilhar sua fé”, Paul Little3 enumera várias

ponderações importantes para quem deseja viver de forma a celebrar o memorial que é Jesus Cristo. Transformamos essas ponderações em perguntas, para nossa reflexão:

1 RICHARDS, Lawrence O. Teologia da Educação Cristã. São Paulo: Vida Nova, 1986, p. 11. 2 Idem, pp 11-48.

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- Jesus Cristo é o fundamento de nosso viver?

- Temos dado bom testemunho aos demais acerca do que Ele representa para nós e para o mundo? Que seria esse “bom” testemunho em atitudes?

- Preservamos em nossa mensagem a essência do memorial de Cristo, a saber, a oferta de si mesmo como sacrifício agradável a Deus, em favor dos pecadores, e sua notável ressurreição, que o coloca na posição de Senhor e Rei? Como?

- Se a fé é a chave da despensa da vida, temos abastecido os celeiros da alma com a Palavra da verdade do evangelho? Como fazê-lo com eficiência?

Ao terminar este estudo, convém relembrar o estribilho do hino 487 do Cantor Cristão: “Precioso é Jesus para mim! (bis) Celeste prazer é Jesus conhecer! Precioso é Jesus para mim!”

Celebremo-lo, pois, irmãos!

Leituras diárias Segunda Êxodo 3.13-15 Terça Números 10.10 Quarta Malaquias 3.16-18 Quinta Lucas 22.19,20 Sexta 1 Coríntios 11.23-29 Sábado João 21.24,25 Domingo Tito 2.11-13

Referências

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