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MALACOLOGIA
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MALACOLOGIA
CONTEÚDO: CÍNTIA MELLO
CURADORIA: CÍNTIA MELLO
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ... 4 1. POLYPLACOPHORA ... 4 2. SCAPHOPODA ... 4 3. CEPHALOPODA ... 4 4. BIVALVA ... 4 5. GASTRÓPODES ... 54
INTRODUÇÃO
A malacologia é o ramo da biologia que es-tuda os moluscos, incluindo taxonomia, fi-siologia e ecologia desses animais. São 5 grandes Classes, com 2 menores (Mono-placophora e Caudophoveata). Sendo elas: 1. POLYPLACOPHORA
Moluscos marinhos, cuja cabeça é minúscula, re-vestidos por uma concha com 8 partes (ou valvas) sobrepostas, desprovidos de tentáculos e olhos. O
exemplo é quítons.
2. SCAPHOPODA
Moluscos marinhos. Caracteriza-se pela presença de concha carbonatada em forma de cone e aberta
dos dois lados – “Dentes de elefante” – e possuem modo de vida bentônico.
3. CEPHALOPODA
Moluscos marinhos com simetria bilateral, como: polvos e lulas. São predadores e se movem
expe-lindo água por um funil ou pelo sifão.
4. BIVALVA
São filtradores. Podem ser sésseis (mexilhão) e não-sésseis.
5 5. GASTRÓPODES
Agrupa caracóis e lesmas, sendo animais marinhos, terrestres e de água doce. Os Gastrophodas constituem mais de 70mil espécies vigentes e, representam a principal Classe do Reino Molusca relacio-nada à importância clínica e patológica. A TORÇÃO é um fenômeno obrigatório que ocorre entre os representantes dessa Classe. Isso significa que todo o corpo do animal fica dentro da concha, sendo o ânus localizado lateralmente, próximo à boca (porém, existem exceções). Permitindo as-sim, maior proteção contra as condições encontradas no ambiente (desde predado-res até a velocidade da água) e menor taxa de evaporação.
Dentro desta Classe existem 2 subclasses principais:
5.1. Subclasse Prosobranchia
• Possuem brânquias na região anterior
• Presença de Opérculo (“tampa” que fe-cha a abertura da confe-cha)
• Sexos separados
Marisa sp.
Pommacea sp.
Melanoides tuberculata
5.2 Subclasse Pulmonata
• Possuem cavidade pulmonar, em geral • Ausência de opérculo
• A concha pode estar presente ou não • Hermafroditas, geralmente
6 É dividida em 3 ordens:
5.2.1 Ordem Systelommatophora
São hospedeiros intermediários de Angi-ostrongylus costaricensis (Angiostrongilí-ase abdominal). O exemplo é lesma. • Não possuem cavidade pulmonar • A troca gasosa ocorre pela superfície
corporal
• São terrestres e marinhos • Ausência de concha • 2 pares de tentáculos • Boca na região anterior • Ânus na região posterior • Tentáculos apenas retráteis
• Oocéolos nos ápices dos tentáculos • 2 orifícios genitais separados.
5.2.2 Ordem Stylommatophora
•
2 pares de tentáculos•
Oocéolos nos ápices dos tentáculos, no par do tentáculo superior•
Abertura genital masculina e feminina ÚNICA•
Terrestres•
Concha presente externa ou interna-mente reduzida (como reserva de cál-cio)•
Possuem mais de 15 mil espécies•
ÚNICOS com tentáculos INVAGINÁ-VEISExemplos:
Achatina fulica (“Caramujo gigante africano”).
Helix pomatia (escargot).
5.2.3 Ordem Basommatophora
•
Oocéolos) na BASE dos tentáculos•
Presença de concha7
•
1 par de tentáculos•
Hermafroditas•
2 aberturas genitais•
Moluscos aquáticos Science FusionEsta ordem é dividida em diversas Famí-lias:
5.2.3.1 Família Ancylidae
• Moluscos pateliformes (concha acha-tada)
• Não transmite nada para o homem • Existem 7 gêneros no Brasil
5.2.3.2 Família Chilinidae
• Exclusivamente sul-americanos • Gênero Chilina possui 14 espécies • Possuem 1 ou 2 dentes na columela • Concha cônica Destrógira (abertura
para a DIREITA)
• Não transmite nada para o homem
5.2.3.3 Família Physidae
• Concha Cônica Sinistrógira (abertura para a ESQUERDA)
• Tentáculos Longos e filiformes • Pé lanceolado
5.2.3.4 Família Lymnaeidae
• Concha Cônica Dextrógira
• Tentáculos curtos, achatados e trian-gulares
• Pé em forma de escudo
TIPOS DE COLETAS E SUAS
DIFE-RENÇAS
Técnicas Malacológicas
• Tipos de coletas (descritos acima) • Exposição à luz
• Esmagamento • Digestão artificial • Fixação
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Fixação de Biomphalaria sp.
Coloca-se a Biomphalaria sp. em Ipinol (anestésico barbitúrico) por cerca de 6h (porém, o tempo é relativo ao tamanho do molusco – quando se pinça o pé e o mesmo não retrai, significa que a analgesia já foi suficiente). Em seguida, coloca-se a Biom-phalaria sp. em água aquecida a 70º para desnaturar as proteínas que permitem a fi-xação do corpo do molusco à concha e, ao mesmo tempo, não “cozinham” as estrutu-ras do animal), por aproximadamente 40s – em operculados, o tempo é maior, de 1min. Posteriormente, transfere-se a Bi-omphalaria sp. para água a temperatura ambiente, dando um choque térmico. Puxa-se o pé, portanto, cautelosamente, embaixo d’água, para manutenção do corpo. A parte mole é imersa no fixador (água, ácido acético, formol e álcool – numa quantidade 10x maior que o tama-nho do corpo para fixação eficiente, sendo trocado em 24h – a dissecação ocorrerá em no mínimo, 1 semana após a fixação). A concha vai para a água, retirando assim, os resíduos. Fixação de Biomphalaria sp. Coloca-se a Biomphalaria sp. em Ipinol (anestésico barbitúrico) por cerca de 6h (porém, o tempo é relativo ao tamanho do molusco – quando se pinça o pé e o mesmo não retrai, significa que a analgesia já foi suficiente). Em seguida, coloca-se a Biom-phalaria sp. em água aquecida a 70º para desnaturar as proteínas que permitem a
fixação do corpo do molusco à concha e, ao mesmo tempo, não “cozinham” as estrutu-ras do animal), por aproximadamente 40s – em operculados, o tempo é maior, de 1min. Posteriormente, transfere-se a Bi-omphalaria sp. para água a temperatura ambiente, dando um choque térmico. Puxa-se o pé, portanto, cautelosamente, embaixo d’água, para manutenção do corpo. A parte mole é imersa no fixador (água, ácido acético, formol e álcool – numa quantidade 10x maior que o tama-nho do corpo para fixação eficiente, sendo trocado em 24h – a dissecação ocorrerá em no mínimo, 1 semana após a fixação). A concha vai para a água, retirando assim, os resíduos.
Embalagem
Utiliza-se esta técnica para transportar os animais. Faz-se o uso de uma gaze leve-mente úmida para manter o animal ume-decido. Esta é esticada numa superfície. Em seguida, se faz uma fileira de moluscos e, estes, são enrolados com a gaze for-mando um “rocambole”. Ressaltando que se deve manter uma distância de pelo me-nos, 1cm das extremidades para os molus-cos não caírem. A gaze a ser usada deve ter no máximo 30cm, para evitar que os animais morram. Desta forma, estes mo-luscos podem ficar em Diapalsa (metabo-lismo diminuído, quase zero), em até 3 dias ou mais. Feito o enrolamento, coloca-se
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@jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupoJaleko
num saco plástico com zíper eoc para não escapolirem. A identificação deve se feita com lápis, para não borrar e, fixada por fora.