• Nenhum resultado encontrado

Previsão da Oferta e Demanda por Trabalho no Brasil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Previsão da Oferta e Demanda por Trabalho no Brasil"

Copied!
26
0
0

Texto

(1)

Naercio Menezes-Filhoa Luiz Guilherme Scorzafaveb

1 – Introdução

O objetivo deste trabalho é avaliar as perspectivas para a oferta e a demanda por trabalho no Brasil, entre os anos de 2006 e 2015. Para tanto, adotamos uma estratégia de estimação com dados em painel para os estados brasileiros entre os anos de 1985 e 2005 que nos permitirá prever o comportamento futuro destas duas variáveis. Em uma primeira análise, estimamos uma curva de demanda para indivíduos de 15 ou mais anos para todo o período e para os seguintes subperíodos: 1985-1998 e 1999-2004. Além disso, estimamos curvas de demanda separadas para diferentes recortes da população: formal / informal, rural / urbano, agricultura / indústria / serviços, mulheres / homens / jovens. Por fim, realizamos estimações de curvas de oferta e de demanda por trabalho desagregadas por nível educacional. Este conjunto de estimações permitiu a construção de vários cenários prospectivos para a oferta e a demanda de trabalho, bem como para o desemprego até 2015.

2 – Dados

Para a estimação da demanda por trabalho, utilizamos como medida da demanda, o número de indivíduos com 15 ou mais anos ocupados, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Como variáveis determinantes da demanda, utilizamos o PIB dos estados em valores constantes do ano 2000, obtido a partir do Ipeadata. Já a medida de salário utilizada na equação de demanda foi o valor médio por estado da renda de todos os trabalhos dos indivíduos com 15 ou mais anos de idade. A equação de demanda foi estimada com dados entre 1985 e 2004, sendo este o último ano com dados disponíveis para o PIB por unidades da federação.

Utilizamos como medida de oferta de trabalho o número de pessoas economicamente ativas (trabalhando ou procurando emprego) com 15 ou mais anos de idade por estado. Cabe ressaltar que, no caso da oferta, estimamos funções separadas para três grupos: jovens de 15 a 24 anos, mulheres com mais de 25 anos e homens com mais de 25 anos. Utilizamos para tanto os dados da Pnad entre os anos de 1985 e 2005. Já entre os determinantes da oferta de trabalho, destacamos o número médio de crianças presentes no domicílio em três faixas etárias: zero a quatro anos, cinco a nove anos e 10 a 14 anos. Outro regressor utilizado foi a população total com 15 ou mais anos (ou mais de 24 anos

a

IBMEC São Paulo e FEA-USP.

b

(2)

para as equações de homens e mulheres) em cada estado. Além destes, adicionamos variáveis binárias para grupos de educação (0 a 4, 5 a 8, 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo) e para grupos etários (15 a 24, 25 a 34, 35 a 44, 45 a 54, 55 a 64 e 65 ou mais). Outra variável explicativa empregada foi a proporção de indivíduos de cor branca por estado, além de uma variável de tendência linear.

3 – Oferta

3.1 – Comportamento recente

Vamos começar nossa análise com o lado da oferta. O gráfico 3.1 abaixo mostra a taxa de crescimento populacional observada entre 1981 e 2004 e prevista para o período entre 2005 e 2015, para jovens (15 a 24), homens e mulheres (25 ou mais). Os resultados são bastante interessantes. Podemos notar que a taxa de crescimento populacional dos homens e das mulheres situava-se na faixa de 3% e 3,5% (respectivamente) no fim da década de 1980, reduziu-se rapidamente para 2,5% em ambos os sexos no período atual e a previsão indica um declínio constante até 2015, quando deverá chegar a 1,8%. A taxa de crescimento populacional dos jovens, por sua vez, flutua bastante ao longo do período amostral, partindo de 2,5% no começo da década de 1980, chegando a 0,5% no fim desta década, atingindo 2% no fim da década de 1990 e a previsão é que essa taxa seja negativa entre 2005 e 2014, quando então deverá haver uma diminuição na população jovem, crescendo a taxas positivas novamente a partir de 2015.

Gráfico 3.1 – Crescimento Populacional Anual Observado e Previsto – Homens, Mulheres e Jovens – 1981-2016

-1,50% -1,00% -0,50% 0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50% 3,00% 3,50% 4,00% 81 83 85 87 89 91 93 95 97 99 01 03 05 07 09 11 13 15 Ano %

Homens Mulheres Jovens

(3)

Gráfico 3.2 – Taxa de Crescimento da Oferta Líquida de Trabalho – Homens, Mulheres e Jovens – 1985-2005

-2,00% -1,00% 0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 homens

Fonte: Elaboração própria

O gráfico 3.2 mostra a evolução da taxa de crescimento anual da oferta de trabalho (líquida da variação populacional observada) para cada grupo demográfico entre 1985 e 2005 (nosso período amostral). O gráfico mostra, em primeiro lugar, que a taxa de crescimento da oferta de trabalho (líquida do crescimento populacional) varia muito mais ao longo do ciclo do que o próprio crescimento populacional. A taxa de crescimento dos homens correspondeu quase que exatamente à taxa de crescimento populacional no período, pois a variação líquida situa-se muito próxima de zero durante todo o período amostral. A oferta de trabalho das mulheres, ao contrário, cresceu sempre mais do que o crescimento populacional, como mostra o fato de que a oferta líquida é sempre maior do que zero, apesar de também variar muito no período. A taxa de crescimento da oferta líquida dos jovens foi positiva apenas em meados da década de 1980 e novamente na primeira década do novo século, tendo crescido abaixo da taxa de crescimento populacional durante a maior parte do período de análise.

(4)

3.2 – Estimação da oferta

Vamos agora estimar os determinantes da oferta de trabalho para homens, mulheres e jovens, para tentar projetar para o futuro o crescimento desta oferta. Como temos dados de um painel de estados, vamos estimar um modelo de efeitos fixos, que vão controlar todos os aspectos não-observáveis inerentes a cada Estado, mas fixos no tempo. O modelo é:

it it i

it X

S =α +β +ε (1)

Sendo S a oferta de total de trabalho em cada UF (i) e ano (t), X é um vetor de variáveis explicativas descritas acima, αisão os efeitos fixos para cada UF e

it

ε são choques aleatórios. c

A tabela 3.1 apresenta os resultados das regressões, separadamente para homens, mulheres e jovens. A presença de crianças no domicílio afeta significativamente a oferta de trabalho das mulheres: crianças pequenas (0-4) afetam negativamente a oferta e crianças maiores (10-14) positivamente. A elasticidade da oferta de trabalho com relação ao tamanho da população é próxima de 1 para todos os grupos, sendo um pouco mais baixa para os jovens. O envelhecimento tende a afetar positivamente a oferta de trabalho dos homens e negativamente a das mulheres. A escolaridade afeta positivamente o trabalho das mulheres e dos jovens, especialmente o nível superior. Finalmente, uma maior porcentagem de brancos nos estados afeta positivamente a oferta de trabalho dos homens, mas negativamente a das mulheres e jovens, que é um resultado interessante por si só. Por fim, incluímos uma tendência temporal para capturar fatores não-observados nos dados que podem estar afetando a participação de cada grupo. Os coeficientes da tendência não são significativos para homens e jovens, mas são positivos e significantes no caso das mulheres.

c

Em uma primeira versão do artigo, nós incluímos o salário de mercado entre os regressores da equação de oferta, que atraiu um coeficiente estatisticamente insignificante na maioria dos casos. Como suspeitamos que esta variável seja endógena, preferimos não incluí-la na especificação final.

(5)

Tabela 3.1 – Oferta de trabalho – Resultados da estimação – Efeitos fixos Var. Dep.: Ln (PEA)

Homens Mulheres Jovens

No crianças 0-4 anos -0,011* -0,281 --- No crianças 5-9 anos 0,107 0,015 --- No crianças 10-14 anos -0,089* 0,408 --- Ln (população) 0,967 0,985 0,942 15-19 anos --- --- -0,433 25-34 anos 0,442 -0,478 --- 35-44 anos 0,402 0,168* --- 45-54 anos 0,387 -0,514* --- 55-64 anos 0,252 0,582* --- 5-8 anos de estudo -0,077 0,622 -0,107* 9-11 anos de estudo 0,005* 0,236* -0,288 12+ anos de estudo| -0,044* 1,122 0,521 Branco 0,033 -0,175 -0,192 Tendência -0,001* 0,008 -0,002* Constante -0,075* -0,763 0,688 R2 0,9705 0,9950 0,9324

Obs.: * não significativo a 10% Fonte: Elaboração própria

A tabela 3.2 utiliza os resultados da tabela anterior para prever o comportamento da oferta de trabalho dos homens, mulheres e jovens para os próximos 10 anos. Segundo nossas projeções, em 2015 haverá cerca de 105 milhões de pessoas ofertando trabalho no Brasil, cuja composição será de aproximadamente 48 milhões homens, 38 milhões de mulheres e 19 milhões de jovens.

Tabela 3.2 – Oferta de Trabalho – Resultados da Projeção – 2006-2015

Homens Mulheres Jovens Total

2006 39.948.513 29.845.976 21.580.427 91.374.916 2007 40.903.876 30.790.717 21.299.317 92.993.910 2008 41.867.178 31.736.063 20.988.604 94.591.845 2009 42.851.564 32.692.957 20.636.516 96.181.037 2010 43.823.803 33.652.292 20.281.047 97.757.141 2011 44.751.052 34.600.679 19.975.368 99.327.099 2012 45.658.320 35.548.722 19.692.750 100.899.792 2013 46.545.632 36.499.507 19.444.349 102.489.488 2014 47.414.225 37.455.388 19.238.565 104.108.178 2015 48.245.387 38.401.833 19.099.959 105.747.179

(6)

Tabela 3.3 – Taxa de Variação Anual da Oferta de Trabalho – Resultados da Projeção – 2006-2015

Homens Mulheres Jovens Total

2006 2,42 3,63 -0,75 2,04 2007 2,39 3,17 -1,30 1,77 2008 2,36 3,07 -1,46 1,72 2009 2,35 3,02 -1,68 1,68 2010 2,27 2,93 -1,72 1,64 2011 2,12 2,82 -1,51 1,61 2012 2,03 2,74 -1,41 1,58 2013 1,94 2,67 -1,26 1,58 2014 1,87 2,62 -1,06 1,58 2015 1,75 2,53 -0,72 1,57

Fonte: Elaboração própria.

A tabela 3.3 mostra a taxa de crescimento anual da oferta de trabalho prevista pelo modelo. Para projetar essa taxa, levamos em conta a população projetada pelo IBGE até 2015 e as mudanças na estrutura etária, na escolaridade e no número de filhos projetados até este ano. A taxa dos homens inicia-se em 2,42% e tende a declinar para 1,75% em 2015. Já a das mulheres começa em torno de 3,63% e também declina para 2,5% no fim do período. A taxa de crescimento da oferta de trabalho prevista para os jovens é negativa em todo o período, acompanhando a taxa de crescimento populacional deste grupo. Estas taxas são compatíveis com as estimativas populacionais do IBGE descritas no gráfico 3.1.

(7)

Gráfico 3.3 – Projeções de Oferta de Trabalho – Homens, Mulheres, Jovens e Total – 2006-2015

90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il hõe s homem mulher jovem 0 20 40 60 80 100 120 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il hõe s

(8)

Gráfico 3.4 – Projeções de Oferta de Trabalho Homens, Mulheres, Jovens – 2006-2015

10 20 30 40 50 60 200 6 200 7 200 8 200 9 201 0 201 1 201 2 201 3 201 4 201 5 M ilh õ e s

mulher homem jovem

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Pnad/IBGE

As figuras 3.3 e 3.4 ilustram graficamente os números descritos acima. A figura 3.4, em particular, confirma a previsão de que a parcela dos jovens na força de trabalho tenderá a se reduzir, enquanto a fração de homens e de mulheres tende a crescer.

4 – Demanda

Antes de tratar dos resultados da estimação da demanda por trabalho, vamos apresentar algumas estatísticas descritivas de crescimento do emprego e PIB entre 1985 e 2004. A tabela 4.1 mostra que entre 1985 e 1989 o emprego cresceu percentualmente praticamente o mesmo que o PIB, em torno de 11%. Entre 1989 e 2000 o emprego cresceu somente 15%, enquanto o PIB cresceu 24,4%. O período 2000-2004, por sua vez, apresentou forte crescimento do emprego relativamente à variação do PIB. No período como um todo, ambas as variáveis cresceram praticamente na mesma proporção.

Tabela 4.1 – Variação do PIB e do Emprego – 1985-2004 (em %)

Emprego PIB Emprego/PIB

1985-1989 11,6 10,6 1,09

1989-2000 15,5 24,4 0,63

2000-2004 20,4 13,7 1,49

1985-2004 55,1 56,5 0,98

(9)

Passamos agora ao processo de estimação e previsão da demanda por trabalho. Neste caso, nosso objetivo é estimar a elasticidade emprego com relação ao PIB, ou seja, qual a resposta do emprego para uma variação de 1% no PIB. Para tanto, vamos usar novamente um modelo de dados em painel para o conjunto de estados brasileiros. O modelo a ser estimado é:

it it it i it PIB L u L =α +β +θ −1+ (2)

sendo L a demanda por trabalho, e u é o termo aleatório.

Neste caso, a presença da variável dependente defasada faz que a elasticidade de curto prazo ( β ) seja diferente da elasticidade de longo prazo, que é dada por:β/(1−θ). Isto ocorre por que um aumento do PIB atual afeta diretamente o nível de emprego atual, mas como o nível de emprego atual afeta também o emprego ano que vem (pela variável dependente defasada), o efeito de curto prazo de PIB é amplificado no longo prazo. Quanto maior for a persistência temporal do emprego ou os custos de ajustamento, maior será θ e maiores serão os efeitos de longo prazo em termos de emprego de uma dada alteração no PIB.

Para estimar a equação (2) adotamos o estimador de Arellano e Bond (1991) que utiliza o Método dos Momentos Generalizados (MMG). Este método é apropriado para se eliminarem os efeitos específicos dos estados, bem como para lidar com a endogeneidade presente no modelo, já que tanto o PIB como o salário e a demanda por trabalho no período anterior são variáveis potencialmente endógenas, ou seja, correlacionadas com o termo aleatório. Este método utiliza valores defasados das variáveis explicativas (PIB, emprego e salário defasados dois e três períodos) como instrumentos para seus valores correntes, combinando os instrumentos de maneira ótima, mesmo em presença de heteroscedasticidade e autocorrelação.

Vamos estimar este modelo para o período 1985-2004 como um todo e para dois subperíodos: 1985-1998 e 1999-2004. Os resultados estão na tabela 4.2. Para o período como um todo, o coeficiente estimado do PIB foi positivo e estatisticamente significativo. O coeficiente da variável dependente defasada ficou muito próximo de 1 (0,881) mostrando uma inércia muito grande na determinação do nível de emprego no Brasil. Já os salários afetam negativamente o nível de emprego, como previa a teoria da demanda por trabalho. Na segunda coluna estimamos o modelo para o primeiro subperíodo, entre 1985 e 1998. Os coeficientes estimados para este subperíodo não foram muito diferentes dos estimados para o período como um todo. Na terceira coluna, estimamos o modelo para o período mais recente, entre 1999 e 2004, que, como vimos acima, foi um período de ampla geração de empregos. Surpreendentemente, os coeficientes estimados para este último período também não foram muito diferentes dos

(10)

estimados para o período como um todo. A única mudança foi que o coeficiente da variável dependente defasada aumentou ainda mais, passando para 0,937.

A elasticidade de curto prazo estimada para o período como um todo foi de 0,171, ou seja, um crescimento de 10% gera um aumento de emprego de 1,7% no mesmo ano. Mas, como vimos acima, o efeito de longo prazo pode ser muito maior. De fato, como o coeficiente estimado da variável dependente defasada ficou muito próximo de 1, mostrando uma inércia muito grande na determinação do emprego no Brasil, a elasticidade de longo prazo, calculada segundo a fórmula acima, foi de 1,416. Estes valores são mostrados na tabela 4.3. No subperíodo inicial as elasticidades de curto e de longo prazo são de 0,196 e 1,451 respectivamente, muito próximas das estimadas para o período como um todo. Para o subperíodo final, entretanto, a elasticidade de longo prazo é de 2,444, graças ao enorme efeito da variável dependente defasada. Assim, o que explica o grande número de empregos gerados no começo deste novo século, para uma dada taxa de crescimento do PIB, foi que os pequenos efeitos do PIB no curto prazo geraram impactos cumulativos importantes no emprego no longo prazo. A intuição econômica por trás desse resultado é que nesse último período as condições econômicas estavam dadas para que choques de crescimento levassem a uma dinâmica persistente de criação de empregos, ao invés da grande volatilidade observada em períodos anteriores.

Tabela 4.2 – Demanda por Trabalho – Resultados da Estimação – GMM

Var. Dep.: Ln (Empregot)

1985-2004 1985-1998 1999-2004

Ln (Emprego t-1) 0,881 0,865 0,937

Ln (PIB t) 0,171 0,196 0,154*

Ln (Salário t) -0,139 -0,065 -0,427

Dummies de Ano Sim Sim Sim

Obs.: * Coeficientes não significativos a 10% Fonte: Elaboração própria

Tabela 4.3 – Elasticidade-PIB da Demanda por Trabalho

Var. Dep.: Ln (Emprego t)

1985-2004 1985-1998 1999-2004

Curto Prazo 0,171 0,196 0,154

Longo Prazo 1,416 1,451 2,444

Fonte: Elaboração própria

A partir dos resultados da estimação do modelo, pudemos construir previsões para o comportamento futuro da demanda por trabalho no Brasil, com base nas elasticidades de curto prazo e de longo prazo. Em todos os casos, consideramos três cenários para a taxa de crescimento do PIB: 2,5% a.a. (média do período 1985-2004), 4% a.a. e 6% a.a. Para simular o processo de geração de

(11)

empregos no longo prazo, nós montamos um modelo dinâmico que permite que o emprego em um ano afete o nível de emprego do ano posterior, de acordo com as estimativas de impacto da variável dependente defasada. Assim, um aumento do PIB em um determinado ano vai afetar o emprego no curto e no longo prazo, uma vez que o aumento de emprego no curto prazo é automaticamente transmitido para o ano posterior, e assim por diante. É importante enfatizar que nas simulações a seguir estamos mantendo os salários de mercado constantes, independentemente do que ocorrer com a demanda por trabalho. Na economia real, é de se esperar que os salários reajam toda vez que a demanda estiver crescendo a uma taxa superior à oferta, de forma a ajustar oferta e demanda por trabalho.

Os resultados das simulações estão no gráfico 4.1. As projeções mostram que, usando os parâmetros estimados para o período como um todo, se a economia brasileira crescer à taxa de 2,4% ao ano, a demanda por trabalho será de 108 milhões de trabalhadores em 2015. Caso a economia cresça à taxa de 4%, a demanda em 2015 será de 120 milhões, e um crescimento de 6% gerará 135 milhões de postos de trabalho em 2015. Se utilizarmos as elasticidades estimadas para os dois subperíodos, os resultados não se alteram significativamente. Utilizando os dados do período mais recente, que foi mais bem sucedido em termos de geração de empregos, estimamos que a demanda por emprego no cenário mais desfavorável (2,5% a.a.) será de 112 milhões, 4 milhões acima do previsto pelo modelo que usa dados do período como um todo. No cenário mais favorável (6% a.a.), a demanda por trabalho em 2015 seria de 142 milhões.

(12)

Gráfico 4.1 – Projeções de Demanda por Trabalho – 2006-2015 1985-2004 70 80 90 100 110 120 130 140 150 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M ilh õ e s

2,5% a.a. 4,0% a.a 6,0% a.a

1985-1998 70 80 90 100 110 120 130 140 150 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il hõe s

2,5% a.a. 4,0% a.a 6,0% a.a

(13)

70 80 90 100 110 120 130 140 150 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Mi lh õ e s

2,5% a.a. 4,0% a.a 6,0% a.a Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Pnad/IBGE

5 – Desemprego

Com as projeções da oferta e da demanda realizadas acima, podemos construir alguns cenários para a taxa de desemprego, dependendo da elasticidade PIB-emprego considerada e da taxa de crescimento do PIB até 2015. O gráfico 5.1 apresenta estes resultados. Podemos verificar que, utilizando os dados para o período como um todo, se a economia crescer 2% ao ano, e os salários não se alterassem para ajustar a evolução da demanda à evolução da oferta de trabalho, o desemprego diminuiria paulatinamente até ser zerado em 2014.

Gráfico 5.1 – Projeções de Taxa de Desemprego – 2006-2015 Elasticidades de 1985-2004 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

(14)

Elasticidades de 1985-1998 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a.

Elasticidades de 1999-2004 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Pnad/IBGE

No caso de a economia crescer 4% ao ano, a taxa de desemprego seria zerada em 2011 e se a economia crescer 6% ao ano, ela seria zerada em 2010. Utilizando os parâmetros estimados no último subperíodo, por exemplo, podemos notar que a taxa de desemprego seria zerada em 2012 (cenário mais desfavorável), 2011 (economia crescendo 4% a.a.) ou 2010 (6%a.a.).

Desta forma, como a oferta de trabalho tende a declinar significativamente nos próximos anos, o desemprego também deverá declinar substantivamente.

6 – Análise por subgrupos

Nesta seção, apresentaremos os resultados da previsão da demanda para diferentes grupos da população, com o objetivo de prever como o crescimento do

(15)

PIB pode afetar a demanda por estes grupos e assim os diferenciais salariais entre eles.

6.1 – Homens / Mulheres / Jovens

Primeiramente, apresentamos o resultado da previsão da demanda quando estimamos demandas por trabalho separadas para homens, mulheres e jovens. A tabela 6.1 apresenta os resultados do modelo estimado, bem com as elasticidades-PIB da demanda por trabalho estimadas para o curto e o longo prazo.

Tabela 6.1 – Demanda por Trabalho – Homens, Mulheres e Jovens – 1985/04

Var. Dep.: Ln (Emprego t)

Homens Mulheres Jovens

Ln (Emprego t-1) 0,900 0,793 0,766

Ln (PIB t) 0,174 0,110* 0,302

Ln (Salário t) -0,119 -0,080* -0,196

Dummies de Ano Sim Sim Sim

Elasticidade PIB-Emprego

Curto Prazo 0,174 0,110 0,302

Longo Prazo 1,744 0,528 1,290

Obs.: * Coeficientes não significativos a 10% Fonte: Elaboração própria

Fica claro que a elasticidade do emprego com relação ao PIB no longo prazo é maior para os homens e para os jovens do que para as mulheres, justamente o grupo que terá maior crescimento da oferta no período. O gráfico 6.1 apresenta as projeções de oferta (calculadas na primeira seção deste trabalho) e de demanda por trabalho para cada grupo separadamente, para os três cenários de crescimento do PIB. É necessário enfatizar que nós estamos supondo que os salários de mercado não reagirão para ajustar a demanda à oferta e que não há substitutabilidade entre os trabalhadores dos diferentes grupos. A figura 6.1 mostra que para os homens e para os jovens a taxa de crescimento da demanda nos três cenários ultrapassaria a taxa de crescimento da oferta num período relativamente curto. Já para as mulheres, a taxa de crescimento da oferta é superior à demanda em quaisquer cenários, o que resultaria em persistência do desemprego para as mulheres.

(16)

15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Mi lh õ e s

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a. Of erta Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Pnad/IBGE

Jovens 25 30 35 40 45 50 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M ilh õ e s

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a. Of erta

Mulheres 30 35 40 45 50 55 60 65 70 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M ilh õ e s

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a. Of erta

Homens

Gráfico 6.1 – Projeções de Oferta e Demanda por Trabalho – Homens, Mulheres e Jovens – 2006-2015

(17)

6.2 – Agropecuária / Indústria / Serviços

A composição setorial da economia brasileira vem-se alterando historicamente em favor do setor serviços/indústria e em detrimento da agropecuária. O gráfico 6.2 abaixo mostra a evolução desde 1985 da proporção de cada setor de atividade no PIB do Brasil. Os dados revelam uma oscilação do número de postos na agricultura em torno dos 10%, dos serviços em torno de 50% e da indústria na casa dos 40%.

Gráfico 6.2 – Divisão PIB por Setor de Atividade Econômica

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 19 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 Serviços Indústria Agricultura Fonte: Ipeadata

A seguir, estimamos a demanda por trabalho nos três setores de atividade econômica: agricultura, indústria e serviços. Vale dizer que neste caso consideramos o PIB de cada setor como variável explicativa e não o PIB da economia como um todo. A tabela 6.2 mostra os resultados dessas estimações. Interessante notar, em primeiro lugar, que o crescimento do PIB agrícola não está criando empregos no curto nem no longo prazo, uma vez que o coeficiente estimado é negativo e estatisticamente insignificante. Isto pode ser resultado do processo de mecanização agrícola que tem ocorrido campo. No caso da indústria, o coeficiente estimado é positivo, mas insignificante a 10%, mostrando que o crescimento do PIB industrial também não foi pródigo em gerar empregos. Na verdade, o grande gerador de empregos nos últimos 20 anos foi o setor de serviços, que acabou absorvendo grande parte da mão-de-obra deslocada da agropecuária e indústria.

(18)

Tabela 6.2 – Demanda por Trabalho – Setor de Atividade – 1985/04

Var. Dep.: Ln (Emprego t)

Agropecuária Indústria Serviços

0,667 0,622

Ln (Emprego t-1) 0,810

Ln (PIB t) -0,067* 0,102* 0,100

-0,007* -0,234

Ln (Salário t) -0,068*

Dummies de Ano Sim Sim Sim

Elasticidade PIB-Emprego

Curto Prazo -0,067 0,102 0,100

Longo Prazo -0,200 0,269 0,531

Obs.: * Coeficientes não significativos a 10% Fonte: Elaboração própria

O gráfico 6.3 ilustra a projeção de demanda em cada setor, com base nas estimativas mostradas na tabela anterior. Segundo estas estimativas, o emprego na agricultura deve diminuir ainda mais nos próximos anos, cedendo lugar para uma pequena expansão do emprego industrial (2 a 3 milhões de empregos adicionais) e para uma grande expansão do emprego no setor de serviços (10 a 18 milhões de empregos adicionais).

Gráfico 6.3 – Projeções de Demanda por Trabalho por Setor de Atividade Agropecuária 12 13 14 15 16 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M ilh õ e s

(19)

Indústria 18 19 20 21 22 23 24 25 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il hõe s

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a.

Serviços 45 50 55 60 65 70 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Mi lh õ e s

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a.

Fonte: Elaboração Própria a partir dos dados da Pnad/IBGE

6.3 – Rural/Urbano

Passamos agora a analisar as perspectivas da demanda por trabalho nas áreas rural ou urbana. A tabela 6.3 mostra os resultados dos modelos estimados utilizando-se as mesmas técnicas explicitadas anteriormente. Os resultados mostram que o efeito de curto prazo do PIB sobre o emprego é maior no setor rural do que no setor urbano, mas que este efeito é mais amplificado no setor urbano, pois a inércia do nível de emprego é muito maior neste setor. Assim, a elasticidade do emprego com relação ao PIB é maior no setor rural no curto prazo, mas duas vezes maior no setor urbano no longo prazo.

(20)

Tabela 6.3 – Demanda por Trabalho – Rural/Urbano – 1985/04

Var. Dep.: Ln (Emprego t)

Rural Urbano 0,391 0,850 Ln (Emprego t-1) 0,221 0,099 Ln (PIB t) 0,095* -0,015* Ln (Salário t) Sim

Dummies de Ano Sim

Elasticidade PIB-Emprego

Curto Prazo 0,221 0,099

Longo Prazo 0,363 0,664

Obs.: * Coeficientes não significativos a 10% Fonte: Elaboração própria

Esta combinação interessante de resultados dá origem à previsão de demanda por trabalho nos dois setores mostrada no gráfico 6.4. Segundo estas previsões, a geração de emprego no setor urbano será muito superior à geração no setor rural, o que está de acordo com os exercícios anteriores, que mostravam uma queda no emprego no setor agrícola em conjunto com uma expansão no setor de serviços.

Gráfico 6.4 – Projeções de Demanda por Trabalho – Rural/Urbano – 2006-2015 Rural 14 15 16 17 18 19 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il hõe s

(21)

Urbano 60 65 70 75 80 85 90 95 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il h õ e s

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Pnad/IBGE

6.4 – Formal / Informal

Em consonância com os termos de referência do projeto, foi considerado como “trabalho informal” a soma de:

i) assalariados sem carteira

ii) empregadores sem contribuição

iii) trabalhadores autônomos sem contribuição iv) trabalhadores familiares sem remuneração v) servidores domésticos sem carteira assinada

A seguir, apresentamos os resultados da estimação da demanda por trabalho separadamente para os setores formal e informal da economia. Os resultados mostram que o efeito do crescimento do PIB sobre o emprego é muito maior no setor informal do que no formal e que o efeito da variável dependente defasada é muito similar nos dois casos.

(22)

Tabela 6.4 – Demanda por Trabalho – Formal/Informal – 1985/04

Var. Dep.: Ln (Emprego t)

Formal Informal 0,786 0,773 Ln (Emprego t-1) 0,101* 0,340 Ln (PIB t) -0,154 -0,234 Ln (Salário t) Sim

Dummies de Ano Sim

Elasticidade PIB-Emprego

Curto Prazo 0,101 0,340

Longo Prazo 0,472 1,495

Obs.: * Coeficientes não significativos a 10% Fonte: Elaboração própria

O gráfico 6.5 mostra a previsão de demanda por trabalhadores formais e informais até 2015, com base nessas estimativas. As figuras mostram que, se a tendência passada persistir, a expansão do emprego no setor informal será maior que no setor formal. No cenário de 2,5% de crescimento do PIB, por exemplo, seriam gerados 7 milhões de empregos adicionais no setor formal e 13 milhões de empregos no setor informal. No cenário de 6% seriam 13 milhões de empregos no setor formal e quase 35 milhões no setor informal. É obvio que mudanças institucionais que favoreçam o emprego formal podem alterar estas perspectivas.

Gráfico 6.5 – Projeções de Demanda por Trabalho – Formal/Informal – 2006-2015 Formal 30 35 40 45 50 55 60 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Mi lh õ e s

(23)

Informal 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il hõe s

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Pnad/IBGE.

6.4 – Educação

No caso da desagregação por educação, trabalhamos com quatro grupos de pessoas, de acordo com a escolaridade: 0 a 4, 5 a 8, 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo completos. A tabela 6.6 abaixo mostra os resultados em termos de demanda por trabalho para cada grupo educacional. Os resultados mostram que os efeitos do crescimento do PIB sobre o emprego são inversamente proporcionais ao nível educacional. Assim, as maiores elasticidades, tanto no curto como no longo prazo são obtidas para o grupo com menor nível educacional, e vice-versa. Estes resultados, aparentemente contra-intuitivos, parecem mostrar que os trabalhadores menos educados são aqueles que mais dependem do crescimento da economia para se empregar, ao contrário dos trabalhadores mais educados.

Tabela 6.6 – Demanda por Trabalho – Escolaridade – 1985/04

Var. Dep.: Ln (Emprego t)

0 a 4 5 a 8 9 a 11 12 + 0,766 0,757 0,699 0,545 Ln (Emprego t-1) 0,596 0,307 0,192 Ln (PIB t) 0,144* Ln (Salário t) -0,153 -0,124 -0,189 -0,014*

Dummies de Ano Sim Sim Sim Sim

Elasticidade PIB-Emprego

Curto Prazo 0,596 0,307 0,192 0,144

Longo Prazo 2,546 1,263 0,639 0,316

Obs.: * Coeficientes não significativos a 10% Fonte: Elaboração própria

(24)

O gráfico 6.8 mostra as projeções de demanda por trabalhadores de cada nível educacional até 2015, com base nas estimativas da tabela anterior. Os gráficos mostram que a demanda que mais cresceria com o aumento do PIB, em todos os cenários, seria a demanda por trabalhadores menos qualificados. Portanto, tenderia a haver uma diminuição do desemprego desses trabalhadores e uma redução dos diferenciais de salários associados à educação. Seriam necessárias pesquisas adicionais para verificar possíveis explicações para essa maior sensibilidade do emprego menos qualificado ao crescimento da economia.

Gráfico 6.8 – Projeções de Demanda por Trabalho – Educação – 2006-2015 0 a 4 anos de estudo 12 22 32 42 52 62 72 82 92 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il hões

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a.

5 a 8 anos de estudo 15 20 25 30 35 40 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il hõe s

(25)

9 a 11 anos de estudo 25 27 29 31 33 35 37 39 41 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Mi lh õ e s

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a.

12 ou mais anos de estudo

10 11 12 13 14 15 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 M il hõe s

2,5% a.a. 4,0% a.a. 6,0% a.a.

(26)

Referência bibliográfica

Arellano, M. e Bond, S. (1991). “Some Tests of Specification for Panel Data: Monte Carlo Evidence and an Application to Employment Equations”, Review of Economic Studies, vol. 58.

Referências

Documentos relacionados

Este aumento da massa gorda corporal nem sempre é acompanhado pelo aumento de peso, uma vez que existe também uma maior tendência para perder massa muscular e óssea.. Com

O objetivo deste trabalho foi verificar a discordância entre o status secretor positivo e negativo inferido a partir dos fenótipos eritrocitários do sistema Lewis com aquele

No que diz respeito às políticas públicas voltadas para jovens, o texto POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE: trajetórias e desafios do combate à criminalidade como estratégia

Apesar de ser um dos menores do país e com poucos substratos rochosos, ainda tem alguns espécimes que não foram identificados até o nível de gênero e muitas

Problemáticas complexas e/ou menos tangíveis Problemáticas mais tangíveis e/ou já modeladas Observação; Etnografia Entrevista Pesquisa Amostral Quasi- experimento

HB pega mais uma colherada, dessa vez com uma rodela de pimentão, Caminha até o outro extremo da mesa e dá sopa na boca do HM... Não posso deixar de não fazer

Teoricamente, os sinais esperados dos coeficientes são: positivo para a elasticidade de produção física, visto que aumentos na produção devem ser acompanhados de

A presente pesquisa estimou um índice de ecoeficiência para a agropecuária do estado de São Paulo, a partir do método não paramétrico Análise Envoltória de Dados com