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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE PARANAGUÁ PR

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Academic year: 2021

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA  VARA DO TRABALHO DE PARANAGUÁ – PR

JOÃO DA SILVA, brasileiro, casado, auxiliar de produção, portador da Cédula de Identidade RG nº, inscrito no CPF sob nº, portador da CTPS nº 2384, série 0002/PR, inscrito no PIS sob nº, filho de (nome da mãe), residente e domiciliado na Rua dos Canários, nº 234, Bairro Sabiá, Curitiba, Paraná, CEP 80.123-110, vem com o devido respeito e acatamento perante Vossa Excelência, por seu procurador signatário, procuração em anexo, com escritório profissional estabelecido à Rua ..., nº, Bairro ..., Cidade ..., Estado ..., CEP: ..., onde recebe notificações e intimações, com fulcro no artigo 840 da CLT e 282 do CPC, propor

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA pelo rito ordinário

em face de PEREIRA E SILVEIRA Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 673.456/0001-48, com sede na Rua Comendador Macedo, nº 786, Centro, São José dos Pinhais, Paraná, CEP 90.434-000, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

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I. PRELIMINAR DE MÉRITO

DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Oportuno destacar que, apesar da existência de comissão de conciliação prévia na localidade, a passagem por este órgão é uma faculdade do Reclamante, tendo em vista a concessão de liminares do STF em face à ADI 2139 e à ADI 2160, suspendendo a obrigação imposta pelo artigo 625-D, CLT.

II. MÉRITO

DO CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante foi admitido no dia 4 de janeiro de 2003, para exercer a função de auxiliar de produção. Sua remuneração era de R$ 1.000,00 mensais. O contrato em comento foi rescindido no dia 18 de dezembro de 2010.

DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL

O Sr. Athena Aquitana recebia salário 50% superior àquele recebido pelo Reclamante, apesar de ambos exercerem as mesmas atividades e na mesma localidade. Nos termos do artigo 461 da CLT, receberão o mesmo salário aqueles que exercem idêntica função para o mesmo empregador, na mesma localidade.

Assim, requer equiparação salarial entre o Reclamante e o paradigma, condenando o Reclamado ao pagamento das diferenças salariais mensais e os seus reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias acrescidas do terço constitucional, depósitos do FGTS e multa de 40%.

DA REINTEGRAÇÃO

O Reclamante sofreu acidente do trabalho, no dia 15 de setembro de 2010, percebendo o auxílio-acidentário. Retornou ao serviço somente no dia 5 de outubro de 2010. Nos moldes do art. 118, Lei 8213/91 combinado com a súmula 378, II do TST, o empregado que sofrer acidente do trabalho e se afastar

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3 por mais de 15 dias, percebendo o auxílio-acidentário, terá estabilidade no emprego por 12 meses, a partir da cessação do auxílio.

Desta feita, requer a nulidade da dispensa, bem como a reintegração em face de garantia de emprego, inclusive o pagamento dos salários e consectários dos meses havidos entre a dispensa e o efetivo retorno as suas atividades. Alternativamente, requer o pagamento de indenização no importe dos salários vencidos da data da dispensa até o termino da garantia provisória de emprego.

DAS HORAS EXTRAS

O Reclamante laborava das 8h às 19h, com 1h de intervalo para alimentação e descanso, e aos sábados das 8h às 13h.

A jornada do Reclamante ultrapassa àquela prevista pelo art. 7º, XIII da CF e pelo artigo 58, CLT. Ante o descumprimento destes dispositivos, requer o pagamento das horas extras excedentes a 8ª diária e 44ª semanal, acrescidas do adicional de 50%, conforme o art. 7º, XVI da Constituição Federal, bem como os seus devidos reflexos em descanso semanal remunerado, aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do terço constitucional, depósitos do FGTS e multa de 40%.

DOMINGOS TRABALHADOS

O Reclamante laborava em 2 domingos por mês das 8h às 12h. A súmula 146 do TST assevera que o trabalho prestado em domingos, não compensado, deve ser pago em dobro. Portanto, requer a condenação ao pagamento das horas extras laboradas aos domingos com o adicional de 100%.

DO INTERVALO INTRAJORNADA – SÁBADOS

O Reclamante laborava, aos sábados, das 8h às 13h, sem intervalo intrajornada. Nos termos do art. 71, §1º, CLT, é obrigatória a concessão de intervalo de 15 minutos, quando a duração do trabalho ultrapassar 4 horas, não excedendo 6 horas. Ante o descumprimento deste dispositivo, requer o

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4 pagamento do intervalo intrajornada como hora extra com o adicional de 50%, conforme o art. 71, §4º, CLT e OJ 307, SDI-1, TST, bem como os seus devidos reflexos em descanso semanal remunerado, aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do terço constitucional, depósitos do FGTS e multa de 40%, de acordo com a OJ 354, SDI-1, TST.

DAS FÉRIAS VENCIDAS

O Reclamante não gozou de férias nos períodos aquisitivos de 07/08 e 08/09. O prazo previsto pelo artigo 134 da CLT para a concessão de férias não foi respeitado, logo é devido o pagamento em dobro, de acordo com o art. 137 da CLT.

Diante do exposto, requer a condenação ao pagamento das férias, acrescidas do terço constitucional, em dobro, referente aos períodos 07/08 e 08/09.

DA MULTA DO ART. 477, §8º, CLT

O Reclamante foi dispensado em 18 de dezembro de 2010, com a concessão de aviso prévio indenizado. As verbas rescisórias foram pagas no dia 25 de janeiro 2011. Nota-se que o prazo para pagamento das verbas rescisórias, previsto pelo §6º do art. 477, CLT, não foi observado. Diante disso, requer o pagamento da multa no valor de 1 salário do empregado, conforme o art. 477, §8º da CLT.

DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Nos termos da Lei 1060/50, do artigo 790, §3º, CLT, da OJ 304, SDI – 1, TST, o reclamante não pode demandar perante a Justiça do Trabalho sem prejuízo do sustento próprio, e, ainda, está assistido por advogado de sindicato, requer a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, bem como a condenação do Reclamado ao pagamento de honorários advocatícios no

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5 importe de 15%, nos termos das Súmulas 219 e 329 do TST, da OJ 305 da SDI-1 do TST e arts. SDI-14 e SDI-16, Lei 5584/70.

III. DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer:

a) a equiparação salarial, condenando o Reclamado ao pagamento das diferenças salariais mensais e os seus reflexos;

b) a nulidade da dispensa, bem como a reintegração em face de garantia de emprego, inclusive o pagamento dos salários e consectários dos meses havidos entre a dispensa e o efetivo retorno as suas atividades. Alternativamente, requer o pagamento de indenização no importe dos salários vencidos da data da dispensa até o termino da garantia provisória de emprego;

c) requer o pagamento das horas extras e os seus devidos reflexos;

d) a condenação ao pagamento das horas extras laboradas aos domingos com o adicional de 100% e os seus reflexos;

e) o pagamento do intervalo intrajornada como hora extra e os seus devidos reflexos;

f) a condenação ao pagamento das férias, acrescidas do terço constitucional, em dobro, referente aos períodos 07/08 e 08/09;

g) o pagamento da multa no valor de 1 salário do empregado, conforme o art. 477, §8º da CLT;

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6 h) a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, bem como a condenação ao pagamento de honorários advocatícios;

i) a incidência de juros de mora a partir da data do ajuizamento da ação, conforme o artigo 883 da CLT, e correção monetária, nos termos da Súmula 381 do TST.

IV. REQUERIMENTOS FINAIS

O Reclamante requer a notificação da Reclamada para apresentar resposta à Reclamatória Trabalhista, sob pena de revelia. A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a oitiva de testemunhas.

Por fim, requer a procedência da ação e a condenação da Reclamada em todos os pedidos supra, acrescidos de juros e correção monetária.

Atribui-se à causa valor superior a 40 salários mínimos. Termos em que,

Pede deferimento. Local e data. Advogado OAB/número

Referências

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