RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A. Demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
Conteúdo
Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras Balanços Patrimoniais
Demonstrações dos Resultados
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Demonstrações dos Fluxos de Caixa
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos
Acionistas, Conselheiros e Diretores da Rodovias Integradas do Paraná S/A Maringá - Paraná
Examinamos as demonstrações financeiras da Rodovias Integradas do Paraná S/A que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras
A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessário para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anteriormente referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Rodovias Integradas do Paraná S/A em 31 de dezembro de 2013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Ênfase
Conforme descrito na nota explicativa n.º 1, a Administração da Companhia e o Governo do Estado do Paraná estão discutindo, inclusive judicialmente, diversos aspectos relacionados ao contrato de concessão assinado entre as partes.
Maringá, 18 de fevereiro de 2014.
Mário Vieira Lopes
Contador CRC-RJ 60.611/0 “S” PR
Ativo Passivo
Nota 2013 2012 Nota 2013 2012
Circulante Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 6 19.149 11.597 Fornecedores 13 7.473 24.648 Contas a receber 7 13.109 11.078 Empréstimos e financiamentos 3.f e 12 18.917 4.792 Estoques 956 990 Provisões trabalhistas e encargos sociais 2.215 2.020 Despesas antecipadas 1.304 1.208 Impostos, taxas e contribuições 2.722 2.290 Impostos a recuperar 26 46 Imposto de renda e contribuição social 3.h 10.936 11.029 Créditos vinculados e outros 8 2.134 249 Outras obrigações 6.103 6.857
Outros créditos 1.099 1.173 48.366 51.637
37.778 26.342
Não circulante Não circulante
Depósitos judiciais 1.762 1.388 Fornecedores 13 4.313 4.939
Creditos Fiscais 3.i e 9 26.111 21.771 Empréstimos e financiamentos 3.f e 12 62.605 7.230 Provisão para passivos contingentes 3.g e 14 65.877 59.883 Imobilizado próprio 3.d e 10 4.079 4.049 Impostos e contribuições diferidos 24.757 45.023 Intangível 3.e e 11 300.391 305.655 Outras obrigações 10.922 11.136
332.344 332.864 168.473 128.211
Patrimônio líquido
Capital social 15.a 65.000 54.000
Reservas de capital 144 144
Reservas de lucros 15.b 88.138 125.215
153.282 179.359
370.122 359.206 370.122 359.206
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Balanços Patrimoniais Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
Nota 2013 2012 (Reclassificado)
Receita operacional bruta 267.370 240.995
Deduções da receita (26.711) (23.999)
Receita operacional líquida 16 240.659 216.997
Custo com serviços prestados 17 (123.724) (99.372)
Lucro Bruto 116.935 117.625
Receitas (despesas) operacionais
Despesas gerais e administrativas 17 (20.602) (19.135)
Despesas tributárias (938) (568)
Depreciação e amortização (1.146) (1.141)
Outras receitas operacionais, líquidas 19 8.876 5.894
Lucro antes do resultado financeiro (13.810) (14.950) Resultado financeiro
Receitas financeiras 18 782 729
Despesas financeiras 18 (5.543) (2.930)
Variações monetárias e cambiais, líquidas 18 (6.665) (5.625)
(11.426) (7.826)
Lucro antes dos impostos 91.699 94.849
Contribuição social e imposto de renda
Contribuição social 3.h (11.575) (10.479)
Imposto de renda 3.h (30.656) (27.950)
Lucro antes das participações 49.468 56.420
Participações e contribuições
Empregados (1.544) (1.450)
Lucro líquido do exercício 47.924 54.970
Número de ações - em lotes de mil 65.000 54.000
Lucro por lote de mil ações 737 1.018
Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A
Demonstrações dos Resultados
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Eventos Subscrito A Integralizar Legal Estatutárias
Dividendos a
distribuir Total
Saldos em 01/01/2012 50.000 (5.001) 144 10.000 10.000 109.245 - 174.388
Aprovação de dividendos propostos - - - - - (42.721) - (42.721)
Aumento de capital 4.000 5.001 - - - 9.001
Lucro líquido do exercício - - - 54.970 54.970
Distribuição do resultado: Reservas de lucros Legal - - - 800 - - (800) -Estatutária - - - - 800 - (800) -Dividendos a distribuir - - - 37.091 (37.091) -Dividendos antecipados - - - (16.279) (16.279) Saldos em 31/12/2012 54.000 - 144 10.800 10.800 103.615 - 179.359
Aprovação de dividendos propostos - - - - - (49.615) - (49.615)
Aumento de capital 11.000 - - - (11.000)
-Lucro líquido do exercício - - - 47.924 47.924
Distribuição do resultado: Reservas de lucros Legal - - - 2.200 - - (2.200) -Estatutária - - - - 2.200 - (2.200) -Dividendos a distribuir - - - 8.138 (8.138) -Dividendos antecipados - - - (24.386) (24.386) Saldos em 31/12/2013 65.000 - 144 13.000 13.000 62.138 - 153.282 Reservas de Lucros
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
(Em milhares de reais)
Reservas de Capital
Lucros Acumulados Capital Social
2013 2012 Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais
Lucro líquido do exercício 47.924 54.970
Ajustes para conciliar o Lucro líquido ao Caixa e equivalentes de caixa
Depreciação e amortização 1.146 1.141
Variação monetária e juros - (26)
Variação nos ativos e passivos operacionais:
Contas a receber (2.030) (1.602)
Estoques 34
-Despesas antecipadas (96) 3.447
Impostos a recuperar 20 (3.241)
Créditos vinculados e outros (1.885) 41.314
Outros créditos 74 (997)
Depósitos judiciais (373)
-Impostos e contribuições diferidos (4.340)
-Fornecedores (17.801) 19.557
Imposto de renda e contribuição social (93) 1.939
Provisão para custos a incorrer - (50.550)
Provisões para passivos contingentes 5.994 9.072
Outras obrigações circulantes e não circulantes (20.608) (15.593)
Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 7.965 59.431
Fluxos de Caixa das Atividades de Investimentos
Aumento (redução) do imobilizado (231) 638
Redução do intangível 4.318
-Caixa líquido gerado nas atividades de investimentos 4.087 638
Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento
Aumento (redução) de empréstimos e financiamentos 69.501 (7.563)
Pagamento de dividendos (74.000) (50.000)
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos (4.499) (57.563)
Aumento líquido no caixa e caixa equivalentes 7.553 2.506 Demonstração do aumento do Caixa e equivalentes de caixa
No início do exercício 11.597 9.091
No final do exercício 19.149 11.597
Aumento líquido no caixa e caixa equivalentes 7.553 2.506
Demonstrações dos Fluxos de Caixa RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 (Em milhares de reais)
1 - Contexto Operacional
A Concessionária Rodovias Integradas do Paraná S/A (“Companhia”), tem sede na Rodovia PR 317, número 7246, Parque Industrial em Maringá/PR, sendo regida pelo Estatuto Social e pelas disposições legais e regulamentares que lhe são aplicáveis.
A Companhia tem por objeto exclusivamente a recuperação, o melhoramento, a manutenção, a conservação, a operação e a exploração do Lote 02, composto pelas rodovias abaixo relacionadas, bem como por seus trechos de acesso, conforme descrito no Anexo IV do Edital de Concorrência Internacional n◦ 002/96 – DER/PR, Edital de Segunda Etapa e Contrato número 072/97, mediante a cobrança de pedágio e a prestação de serviços inerentes, acessórios e complementares, bem como a conservação e a manutenção dos trechos rodoviários de acesso ao referido Lote.
A Concessão tem prazo de 24 anos, é regulamentada pela Lei 9.277/96 nos termos do Convênio 003/96, celebrado entre o Ministério dos Transportes e o Estado do Paraná, findando em 26 de novembro de 2021.
O Departamento de Estradas de Rodagem – DER/PR, a fim de resguardar a adequada prestação de serviços e o fiel cumprimento do contrato por parte da concessionária, reserva a si o direito de alterar unilateralmente o contrato, modificando o Programa de Exploração do Lote e de intervir na concessão por intermédio de decreto do Governador do Estado do Paraná, assegurado o direito de ampla defesa e resguardados os interesses econômicos e financeiros da empresa concessionária, nos termos do contrato de concessão.
O não cumprimento das cláusulas contratuais confere ao DER/PR, a seu exclusivo critério, a faculdade de aplicar sanções administrativas (advertências e multas), ou ainda declarar a caducidade da concessão, desde que as irregularidades sejam apuradas em processo administrativo, assegurado ampla defesa.
A concessão pode ser extinta por advento do término da vigência contratual, encampação, caducidade, rescisão, anulação e falência ou extinção da empresa concessionária.
Como efeitos da eventual extinção da concessão, cessam para a concessionária todos os direitos do contrato, revertendo-se ao DER/PR, incluindo os direitos e privilégios decorrentes da concessão, os bens transferidos para a administração da concessionária, assim como os bens reversíveis incorporados durante o período de concessão. Caberá à concessionária indenização relativa aos investimentos vinculados aos bens adquiridos não amortizados ou depreciados.
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RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
O contrato de concessão e seus termos aditivos definem o cronograma de investimentos a serem realizados. Para os anos subsequentes temos o seguinte cronograma para investimento, tendo como base preços de janeiro de 1997:
Valor dos Investimentos Previstos – R$
2014 a 2015 2016 2017 2018 2019 2019 a 2021 Total
89.334 49.546 80.731 51.285 8.799 21.671 301.368
2 - Apresentação das Demonstrações Financeiras
As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem as disposições da Lei das Sociedades por Ações e as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que incluem os novos dispositivos introduzidos pela Lei nº 11.638/07, Lei nº 11.941/09, e nos pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Em 2013 e 2012 a empresa não apresentou resultados abrangentes, motivo pelo qual não está sendo apresentada essa demonstração.
Em 18 de fevereiro de 2014 a Direção da Concessionária autorizou a conclusão das demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2013.
As demonstrações financeiras estão apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia e foram arredondadas para milhares de Reais (R$ 000), exceto quando indicado de outra forma.
3 - Principais Práticas Contábeis a) Apuração de resultado
O resultado das operações (receitas, custos e despesas) é apurado em conformidade com o regime contábil de competência.
b) Das premissas e estimativas contábeis
As demonstrações financeiras apresentadas exigem da Administração a conformidade na aplicação das políticas contábeis e das normas do CPC para o julgamento, premissas e estimativas na determinação dos registros e valores de ativos, passivos, receitas e despesas, que quando realizados, poderão divergir das estimativas apresentadas.
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RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
As incertezas sobre as premissas e estimativas que tenham risco significativo de resultar em um ajuste material dentro do próximo exercício estão relacionadas, principalmente, aos seguintes aspectos: na determinação de taxas a valor presente utilizadas na mensuração de ativos e passivos; nas provisões para custos a incorrer; nas elaborações de projeções para realização de imposto de renda e contribuição social diferidos.
Estimativas e premissas são revisadas anualmente. As revisões relativas às estimativas contábeis são reconhecidas no período em que as mesmas são realizadas e em quaisquer períodos futuros afetados.
Informações sobre julgamento e estimativas críticos referente às políticas contábeis adotadas e que apresentam efeito sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras, estão descritas a seguir:
c) Instrumentos Financeiros
Os instrumentos financeiros, ativos e passivos da companhia, em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, estão todos registrados em contas patrimoniais e não apresentam valores de mercados diferentes dos reconhecidos nas demonstrações financeiras.
d) Imobilizado próprio
Registrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido da depreciação acumulada. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base nas taxas demonstradas na nota explicativa nº 10 e que levam em consideração a vida útil econômica dos bens ou o prazo do término da concessão, dos dois o menor.
Os efeitos das depreciações decorrentes da análise periódica do prazo de vida útil-econômica remanescente dos bens do ativo imobilizado, regulamentado pelo ICPC 10, não apresentou modificações nas estimativas anteriormente determinadas.
e) Intangível
A Concessionária reconhece o ativo intangível originado do contrato de concessão como direito de cobrar pelo uso da infraestrutura da concessão, determinado e mensurado pelo valor dos custos gerados. Os ativos intangíveis oriundos dos direitos de concessão são realizados à medida do recebimento das tarifas de pedágio dos usuários dos trechos das rodovias administradas pela Companhia.
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f) Empréstimos e financiamentos
Registrados pelo valor original acrescidos da atualização monetária ou cambial e dos juros incorridos até a data do balanço.
g) Provisões para passivos contingentes
As provisões tributárias e para ações judiciais são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de eventos passados; é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e o valor possa ser estimado com razoável segurança.
Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de a Companhia liquidá-las é determinada, levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações seja pequena.
Se o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo, provisões são descontadas a valor presente utilizando-se a taxa de juros antes do imposto corrente que reflita, quando for o caso, os riscos específicos inerentes à obrigação. Quando o desconto for utilizado, o aumento na provisão devido à passagem do tempo é reconhecido como uma despesa financeira.
h) Imposto de renda e contribuição social
O imposto de renda e a contribuição social são calculados com base nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 mil para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido. A Companhia adota o regime de apuração do lucro real trimestral.
i) Impostos e contribuições diferidos
Imposto diferido é gerado por variações temporárias na data do balanço considerando as diferenças entre as bases fiscais e contábeis de ativos e passivos.
Impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças tributárias temporárias. Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias, créditos e perdas tributários não utilizados, na extensão em que é provável que lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributários não utilizados possam ser utilizados.
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j) Demais ativos e passivos
São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, atualizados até a data do balanço. As transações em moedas estrangeiras são convertidas para reais às taxas de câmbio vigentes nas datas em que são contabilizadas e os correspondentes saldos em aberto são ajustados à taxa de câmbio vigente na data do balanço.
k) Ativos e passivos objetos de ajuste a valor presente
Conforme avaliado pela Companhia, não houve a necessidade de ajustar a valor presente os ativos e passivos circulantes ou não circulantes, em atendimento ao previsto no CPC 12.
l) Avaliação do valor recuperável de ativos (teste de impairment)
Os ativos da Companhia são revistos anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda e, se houver, a mesma é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassar seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso do ativo.
Em 2013 não foi identificado nenhum evento indicando a não recuperabilidade dos ativos da Companhia.
4 - Adoção dos Novos Pronunciamentos Emitidos pelo CPC
As novas práticas contábeis incluídas e adotadas na legislação brasileira fizeram com que a Companhia adote todos os pronunciamentos e respectivas interpretações e orientações técnicas emitidas pelos CPC’s.
5 - Adaptações ao IFRIC
As demonstrações financeiras foram convergidas de acordo com as normas internacionais de contabilidade e com o padrão contábil estabelecido pelo International Financial Reporting Standard
– IFRS e de acordo com o pronunciamento contábil que versa sobre a contabilização da concessão
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Contratos de Concessão
A contabilização com base no Contrato de Concessão, conforme determina o ICPC 01, define de forma substancial o julgamento da Administração nos seguintes aspectos: a interpretação do Contrato de Concessão; a determinação e classificação dos gastos e melhorias e a construção como ativo intangível, bem como o reconhecimento dos efeitos dos trabalhos de construção.
Reconhecimento do Ativo Intangível
Os investimentos realizados, baseados no plano de negócio estabelecido pelo Contrato de Concessão e termos aditivos, foram avaliados pela Administração da Companhia, sendo reconhecidos como ativos intangíveis. A contabilização dos investimentos foi apresentada neste período com o valor requerido no plano de negócio, e o resultado refletiu no balanço patrimonial através do ativo intangível.
6 - Caixa e Equivalentes de Caixa
2013 2012
Caixa e bancos 4.660 1.010
Aplicações financeiras 14.489 10.587
19.149 11.597
As aplicações financeiras referem-se substancialmente a certificados de depósitos bancários, remuneradas à taxa média de 100% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI.
7 - Contas a Receber
Os valores registrados no ativo circulante têm liquidez imediata ou vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores ha três meses.
O Saldo de contas a receber representa um valor em aberto em 31 de dezembro de 2013 de R$ 13.109 e de R$ 11.078 em 31 de dezembro de 2012.
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8 - Créditos Vinculados e Outros
Os “Créditos Vinculados e Caucionados” que representam R$ 2.134 em 31 de dezembro 2013 são referentes à garantia prestada a favor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, em decorrência do Contrato de Financiamento firmado com aquela instituição.
9 - Créditos Fiscais
Foram constituídos créditos fiscais diferidos, conforme orientação do CPC 32. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e o seu respectivo valor contábil. Tais créditos decorrem de adições temporárias às bases de cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro dos exercícios de 2002 a 2013.
No ativo, a Concessionária registrou os impostos e contribuições diferidos sobre as adições temporárias de contingências tributárias, cíveis, trabalhistas e demais provisões, cujos efeitos ocorrerão no momento da realização dos valores que deram origem às bases de cálculo.
2013 2012 Ativo Ativo Base de Cálculo IR Diferido CSLL Diferido Total Base de Cálculo IR Diferido CSLL Diferido Total Diferenças Temporárias 76.799 19.200 6.911 26.111 64.550 15.962 5.809 21.771
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10 - Imobilizado Próprio
Os itens apresentados como Imobilizado próprio são aqueles não vinculados ao contrato de concessão e constituem-se basicamente de equipamentos de comunicação, hardware, software, móveis e utensílios, cujo valor residual em 2013 é de R$ 4.079 (R$ 4.049 em 2012).
2013 2012
Imobilizações Próprias
Taxas de
Custo Líquido Líquido
Depreciação Depreciação a.a. Acumulada Máquinas e Equipamentos 6,23% a 25% 3.801 2.151 1.650 1.697 Instalações 10% a 20% 607 579 28 19 Veículos 20% a 25% 133 79 53 70 Equipamentos de Comunicação 10% a 20% 2.882 2.373 510 567
Direito de uso de telefone 0% - - -
-Hardware 6,63% a 25% 3.579 2.588 991 963
Terrenos - 220 - 220 220
Software 10% a 20% 175 128 47 82
Móveis e Utensílios 5,17% a 20% 1.135 785 350 403
Ferramentas 10% a 20% 38 27 11 10
Adiantamento por conta
de Imobilização - 220 - 220 19
TOTAL 12.790 8.711 4.079 4.049
11 - Intangível
Os valores reconhecidos como Ativo Intangível referem-se ao direito da concessionaria decorrente dos investimentos realizados, quando comparados com o estabelecido no plano de negocio contratual, sendo o saldo em 31 de dezembro de 2013 no valor de R$ 300.391 e R$ 305.655 em 31 de dezembro de 2012.
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12 - Empréstimos e Financiamentos
Estas operações estão garantidas por aval dos acionistas e/ou por alienação fiduciária dos bens financiados que estavam assim representados na data do balanço:
Operação Vencimento Indexador Taxa 2013 2012
Empréstimos em moeda Nacional BNDES Financiamento para investimento 15/01/2019 TJLP 2,42% 39.207 -BNDES Financiamento para investimento 15/01/2019 TJLP 2,42% 18.133 -BNDES Financiamento para investimento 15/01/2019 TJLP 2,42% 11.095 -BNDES Financiamento para investimento 15/01/2019 TJLP 2,42% 5.318
Banco Bradesco S/A Finame 15/03/2013 TJLP 3,80% - 22
Banco Bradesco S/A Finame 17/02/2014 TJLP 3,90% 3 20
BNDES Finame 15/10/2014 TJLP 4,10% 1.487 3.272
BNDES Finame 15/05/2015 Pré-fixado 3,00% 35
-BNDES Finame 15/05/2015 Pré-fixado 3,00% 96
-BNDES Finame 15/05/2015 Pré-fixado 3,00% 150
-BNDES Finame 15/02/2016 TJLP 4,30% 3.867 5.652
BNDES Finame 16/01/2017 TJLP 4,50% 48 63
BNDES Finame 16/04/2017 Pré-fixado 4,50% 218 284
BNDES Financiamento para investimento 15/10/2014 UMBNDES 4,10% 499 961 BNDES Financiamento para investimento 15/02/2016 UMBNDES 4,30% 1.366 1.748
Total dos Empréstimos 81.523 12.022
(-) Parcela em circulante 18.917 4.792
Passivo Não Circulante 62.605 7.230
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RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
O cronograma de vencimentos do saldo em não circulante está assim determinado:
2013 2012 Exercício 2014 - 2.912 Exercício 2015 12.405 2.909 Exercício 2016 13.317 969 Exercício 2017 12.069 440 Após 2017 24.814 -Total 62.605 7.230 13 - Fornecedores 2013 2012 Circulante Fornecedores nacionais 3.954 20.593 Retenções contratuais 3.519 4.055 7.473 24.648 Não circulante Retenções contratuais 4.313 4.939 Total 11.786 29.587
As retenções contratuais referem-se a valores retidos dos prestadores de serviços e constituem garantia de cumprimento de obrigações decorrentes do contrato.
14 - Provisão Para Passivos Contingentes
A Companhia, como as demais que operam no país, está sujeita às contingências fiscais, legais, trabalhistas, cíveis e outras. Periodicamente a Administração reavalia o quadro de contingências conhecidas em conjunto com os seus Assessores Jurídicos, ajustando a provisão para contingências e eventuais, a débito ou crédito de resultados, dentro do enfoque conservador.
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15 - Patrimônio Líquido a) Capital Social
O capital social está representado em 32.499.982 de ações ordinárias nominativas com direito a voto, e 32.499.982 de ações preferenciais.
b) Reservas de lucros
Legal
É constituída a razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do art. 193 da Lei nº 6.404/76, até o limite de 20% do capital social.
Estatutária
Constituída em conformidade com o Estatuto Social da companhia à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social até o limite de 20% do capital subscrito, nos termos do art. 194 da Lei nº 6.404/76.
Dividendos a Distribuir
Constituída a partir do excedente dos lucros apurados em relação aos dividendos remetidos aos Acionistas, refere-se ao saldo disponível de dividendos adicional a serem distribuídos.
16 - Receitas de Vendas
2013 2012
Receita Operacional Bruta 267.370 240.995
Deduções da Receita (26.711) (23.999)
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17 - Custo dos Serviços Prestados e Despesas Operacionais
2013 2012
Custo/ Despesa com pessoal 19.686 18.864
Material de uso e consumo 24.579 18.524
Mão de obra terceirizada 361 240
Custos da construção 38.768 25.919
Custos/ Despesas gerais 27.342 24.354
Custos/ Despesas de operação e conservação 33.590 30.606
144.326 118.507
Custo dos Serviços Prestados 123.724 99.372
Despesas Gerais e Administrativas 20.602 19.135
144.326 118.507
18 - Receitas (Despesas) Financeiras
2013 2012
Receitas (Despesas) financeiras
Juros Incorridos (3.740) (1.576)
Despesas Contratuais (1.229) (710)
Despesas e tarifas bancárias (574) (644)
Variações Monetárias e Cambiais Liquidas (6.665) (5.625)
Receitas Financeiras 782 729
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19 - Outras Receitas (Despesas) Operacionais Líquidas
Outras Receitas (Despesas) Operacionais Líquidas
2013 2012 Aluguel de Faixa de Domínio 6.618 6.252 Reversão de Provisões 7.792 10.560 Contingências Processuais (7.803) (11.111) Outras 2.268 193 TOTAL 8.876 5.894 20 - Instrumentos Financeiros
Os valores contábeis dos instrumentos financeiros, representados principalmente por aplicações financeiras, contas a receber, impostos diferidos, fornecedores, impostos e contribuições, empréstimos e financiamentos, referentes aos instrumentos financeiros constantes no balanço patrimonial, quando comparados com valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência destes, com o valor presente líquido ajustado com base na taxa vigente de juros de mercado, se aproximam substancialmente, de seus correspondentes valores de mercado.
21 - Seguros de Garantias e Responsabilidades
a) Em garantia ao bom cumprimento das obrigações assumidas na execução do contrato de
concessão, a Companhia contratou em favor do DER/PR, apólice de seguro emitida pela Fairfax Brasil Seguros Corporativos S/A com cobertura no montante de R$ 176.483 (R$ 185.665 em 2012).
b) Face à natureza de suas atividades e à descentralização das suas instalações, a Companhia adota política de contratar cobertura de seguros com base no conceito securitário de “perda máxima provável”, o que corresponde ao valor máximo passível de destruição em um mesmo evento.
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22 - Fatores de Risco Financeiro
A Companhia participa em operações envolvendo instrumentos financeiros, incluindo contas a receber, contas a pagar a fornecedores e financiamentos.
Os instrumentos financeiros, operados pela Companhia, têm como objetivo administrar a disponibilidade financeira de suas operações. A administração dos riscos envolvidos nessas operações é feita através de mecanismos do mercado financeiro, que buscam minimizar a exposição dos ativos e passivos da Companhia, protegendo a rentabilidade dos contratos e o patrimônio da Companhia.