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CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº

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Academic year: 2021

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CURSO – ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA 2016.1

DATA –

DISCIPLINA – Processo Civil

PROFESSOR – Ival Herckert

MONITOR – Bruna Oliveira AULA – Aula 04 Intevenção de terceiros  Oposição  Nomeação à autoria  Denunciação à lide  Chamamento ao processo  Assistência

 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica.

A assistencia no novo CPC é uma modalidade de intervenção de terceiro.

Art. 120 – prazo de 15 dias a partir do momento em que há o pedido de assistência – abertura de prazo às partes para impugnar a solicitação de intervenção de terceiro, no velho CPC o prazo era de 5 dias.

DA DENUNCIAÇÃO À LIDE

Modalidade de intervenção que pode ser requeria pelo autor ou réu.

Premissa: eventualidade – direito regressivo contra alguém, na eventualidade do direito do autor ser procedente, por exemplo.

Denunciação é mera faculdade, não existe obrigatoriedade - O art. 456 do CC está revogado pelo novo CPC. O direito de regresso pode ser requerido por ação autônoma.

Art. 125 – artigo importante: causas de denunciação à lide. §1º - a denunciação é mera faculdade da parte

§2º - é possível a denunciação sucessiva – limitada à uma única denunciação sucessiva contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. Quem não puder fazer a denunciação à lide, deverá fazê-lo por ação autônoma.

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O Art. 456 do CC – revogado – seria possível fazer uma denunciação à lide por salto. Não existe esta possibilidade no novo CPC, pois somente é possível denunciar o alienante imediato.

Sucessiva = do 3º para o 4º e assim sucessivamente.

Art. 128 – parágrafo único: (merece destaque!) Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. – correta e efetiva satisfação do crédito do autor.

CHAMAMENTO AO PROCESSO Art, 130 – requisitos

Pressupõe a triangularização do processo. AMIGO DA CORTE (Amicus Curiae)

Art. 138 – requerida por qualquer das partes, de ofício pelo juiz. Pode ser requerida ainda em fase de conhecimento – em qualquer grau de jurisdição. A decisão de chamar o amigo da corte é

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irrecorrível (salvo embargos de declaração). Não implica na alteração da comepetência. Prazo do Amicus Curiae = 15 dias após a intimação.

INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Nova modalidade de intervenção de terceiro trazida pelo novo CPC.

Não é lícito ao juiz desconsiderar a personalidade jurídica – tem que haver requerimento, bem fundamentado.

Para atingir o patrimônio é necessária a citação do sócio – oportunidade de defesa – garantia do prévio contraditório.

O incidente de desconsideração de personalidade jurídica pode ser requerido em todas as fases do processo, a qualquer momento – inclusive na fase de conhecimento (o autor deverá trazer provas de que em sendo procedente o pedido, não existe patrimônio suficiente da pessoa juridica em razão de questões fraudulentas, por exemplo).

Feito o requerimento na fase de execução, o juiz dará uma decisão (decisão interlocutória) autorizando que na execução, caso não se encontre bens, que poderá ser executado o patrimônio do sócio.

Art. 133 – instaurado por requerimento da parte ou Ministério Público. §1º - pressupostos da lei – nítida situação de desconsideração.

§2º - desconsideração inversa – pressupõe que quem o autor esteja litigando seja pessoa natural (réu) e este réu tem uma PJ, a pessoa natural não tem patrimônio – aplica-se a desconsideração inversa, ou seja, é possível desconsiderar a pessoa natural para atingir a pessoa jurídica.

Art. 134 – cabível em todas as fases do processo, inclusive no conhecimento.

§1º - registro = certidão de que existe certidão contra terceiro, portanto, qualquer bem alienado importará em fraude contra a execução.

§2º - dispensa-se a instauração do incidente se esta for requerida na própria petição inicial (pedido de citação do réu, requerimento de desconsideração da personalidade jurídica e citação do sócio da PJ).

§3º - suspensão do processo (exceto se for requerida na petição inical)

§4º - o requerente deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos para a desconsideração da PJ – art. 50 do CC (demonstrar que o réu quer fraudar a execução – desvio de finalidade da PJ). + art. 28 do CDC (demonstrar que a PJ é um impencilho para o cumprimento da sentença. Ex. A PJ tem sede em um local no registro, já se mudou e ainda não informou a alteração).

Art. 135 – prazo de 15 dias para manifestar

Art. 136 – concluida a instrução, o incidente será resolvido por decisão interlocutória – cabe agravo de instrumento. Se o juiz decidir tal questão na sentença, caberá recurso de apelação (princípio da unirrecorribilidade – art. 1009, caput e §3º).

Parágrafo único – se a decisão for proferida pelo relator, caberá agravo interno.

Art. 137 – se acolhida desconsideração da personalidade jurídica, a alienação de bens é considerada como fraude à execução e NÃO será eficaz em relação ao requerente.

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DO JUIZ E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA

Art. 139 – o juiz dirigirá o processo, permitindo às partes igualdade de tratamento. Deve velar pela duração razoável do processo; previnir/reprimir ato atentatório à dignidade da Justiça e ao princípio da boa-fé; assegurar o cumprimento da ordem judicial; promover autocomposição; dilatar prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova (todo e qualquer prazo processual – caindo por terra os prazos dilatórios e peremptórios / pode ainda ouvir testemunhas antes de uma podução de prova pericial); exercer poder de polícia; determinar a qualquer tempo o comparecimento das partes para inquirí-las (não incidirá a pena de confesso); determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais (ver art. 76, 1007, 932 parágrafo único); demandas individuais repetititvas oficiar o MP, defensoria pública para se for o caso promover ação coletiva respectiva (respeitabilidade em nível de isonomia). Parágrafo único: a dilação dos prazos somente pode ser determinada antes de encerrado o mesmo.

Obs: é lícito ao juiz reduzir prazos, desde que com anuência das partes.

Art. 140 – o juiz não pode se eximir de decidir sob o fundamento de obscuridade ou lacuna Art.141 – decisão nos limites propostos pelas partes

Art. 142 – aplicação da litigância de má-fé quando as partes praticarem ato simulado ou conseguir fim vedado por lei.

Art. 143 -responde pessoalmente por perdas e danos de forma regressiva (as causas de responsabilidade estão nos incisos) – quem responde primeiramente é o Estado que irá regressar contra o Magistrado.

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO: Ver. Art. 134 do Velho CPC.

Impedimento – a lei está dizendo a circustância da parcialidade Suspeição – pode ser parcial

Art. 144 – Causas de impedimento:

I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;

II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;

III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;

Obs: limite até o terceiro grau seja em linha reta ou colateral. Incluiu ainda neste artigo o defensor público, MP.

IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;

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V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;

VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;

Obs: no antigo CPC era causa de suspeição e passou a ser causa de impedimento no novo CPC.

VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;

VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;

IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

Art. 145 – causas de suspeição:

I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;

III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. §1º - o juiz pode se declarar suspeito por razões de foro íntimo, sem precisar justificar §2º - Será ilegítima a alegação de suspeição quando:

I - houver sido provocada por quem a alega;

II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. Art. 148 - Os motivos de impedimento e suspeição são aplicados aos membros do MP, auxiliares da justiça e demais sujeitos imparciais do processo.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 176 - situação indicativa – defesa da ordem jurídica, defesa dos interesses sociais e individuais.

Art. 177 – exercerá direito de ação de acordo com as funções constitucionais. Art 178 – MP como fiscal da lei/fiscal da ordem jurídica.

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II - interesse de incapaz;

III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

Parágrafo único: A participação da Fazenda não pressupõe que o MP tenha que participar – somente processos que haja interesse coletivo.

Art. 179 – será intimado de todos os atos do processo depois das partes, podendo ainda produzir provas e requerer medidas processuais pertinentes e inclusive recorrer.

Art. 180 – terá prazo em dobro para manifestar nos autos a partir da sua intimação pessoal (carga, remessa ou meio eletrônico) que se fará tal como se faz para a advocacia pública (art. 183). Quando a lei estabelecer de forma expressa prazo próprio para o MP, o prazo não será em dobro (ex. Art. 178 – prazo de 30 dias para se manifestar no processo).

Art. 181 – responsabilidade civil do representante do MP somente quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

ADVOCACIA PÚBLICA:

Art. 183 – União, Estado, DF, Municípios, autarquias e fundações gozarão de prazo em dobro a partir da sua intimação (carga, remessa ou meio eletrônico). Não se aplica o prazo em dobro quando a lei determinar expressamente outro prazo.

Art. 184 - responsabilidade civil somente quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

DEFENSORIA PÚBLICA

Art. 186 – goza de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais a partir da intimação pessoal do defensor público (carga, remessa ou meio eletrônico).

§2º - intimação pessoal da parte – a requerimento da defensoria pública – quando o ato processual depender de providência ou informação que somente pode ser realizada pela parte. A atuação do defensor público é diferente da atuação do advogado privado – o defensor público não pode prestar informações, pois ele não tem poder para tanto. Na advocacia privada as partes podem ser intimadas a prestar informações através de seu advogado (isso não ocorre na defensoria pública).

§3º - os escritórios-escolas: aplica-se o disposto no caput aos escritórios escolas (prática jurídica das faculdades de Direito) e associações que tenham convênios firmados com a Defensoria Pública = prazo em dobro.

§4º - Não se aplica o prazo em dobro quando a lei determinar expressamente outro prazo.

Art. 187 - responsabilidade civil somente quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

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Conhecimento:

a. Procedimento comum: não existe mais a dicotomia rito ordinário e rito sumário Petição inicial – ato de citação – Audiência de conciliação ou mediação.

Somente não haverá audiência de conciliação se versar sobre direito que não admite autocomposição (não se trata aqui de direitos indisponíveis).

O autor e réu devem manifestar expressamente o desinteresse em compor, ai sim a audiência será cancelada.

Na audiência de conciliação se abrirá o prazo para apresentação da contestação.

P.I = petição inicial T.A = tutela antecipada T.C = tutela cautelar

Tutela antecipada/tutela cautelar antecedente

PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS

Velho CPC: (art. 846) interrogatório da parte, inquirição de testemunha ou perícia – estava alocado com cautelar – sempre foi necessário haver periculo in mora.

Novo CPC:

Art. 381 – não há especificação de modalidade de prova – qualquer modalidade de prova pode ser feita de forma antecipada.

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I – fundado receio – tornar impossível a verificação de certos fatos na pendência da ação – periculo in mora. Poderá ser feito antes da ação ou na pendência dela – a petição é feita no próprio processo, não é mais necessário fazer uma cautelar em autos apartados pendente ao processo principal.

II – a prova que será produzida possibilitará a autocomposição/mediação, etc.

III – o prévio conhecimento dos fatos a partir da prova possa justificar ou evitar o ajuizamento da ação.

Obs: o Art. 700,§1º do novo CPC prevê mais uma situação acerca da produção de provas. Esta seria uma 4ª situação de produção de prova antecipada – quando a produção da prova for testemunhal (o art. 227 do CC foi revogado em razão do novo CPC – não há limitação de valor da causa para viabilizar o procedimento monitório).

§2º - a produção é de competência do juízo do foro onde deva ser conduzida ou do foro de domicílio do réu

§3º - a produção de prova pode ser feita para um juízo que não será o que vai processar efetivamente o processo – não há prevenção

§4º - o juízo Estadual tem competência para produção antecipada de prova em processo contra União, autarquia, empresa pública, se na localidade não houver juízo federal.

Art. 382 – trâmite processual:

Petição de produção de provas -> citação dos interessados -> manifestação + provas (não é possível defesa ou apresentação de recursos, somente será possível recorrer se o pedido de produção de provas for totalmente indeferido pelo juiz (recurso de apelação); os interessados também podem produzir provas desde que relacionado ao mesmo fato; o juiz não poderá fazer valoração da prova somente pode colher e preservar a prova). -> prova produzida de forma antecipada (produzida a prova, os autos permanecem em cartório pelo prazo de 01 mês e depois deste prazo são entregues ao requerente originário, neste prazo de 01 mês, qualquer interessado poderá requerer certidões).

Referências

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