LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA NO
ENSINO FUNDAMENTAL
Hozana Aparecida Miranda Dourado Caetano hozana10@ibest.com.br Jonata Cristina dos Santos jonatacristina@gmail.com Janaina Lourenção da Silva nanydayer@hotmail.com Giovanna Maciel giomaciel@gmail.com Maria de Lourdes dos Santos
marialourdes@ufgd.edu.br
Resumo: Nesta proposta apresentamos um relato de experiência sobre um Plano de
Ação Pedagógica (PAP) em desenvolvimento por bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da licenciatura em Pedagogia da FAED/UFGD junto a Escola Municipal Weimar Gonçalves Torres. A ação visa propiciar o desenvolvimento de um trabalho dinâmico e diferente para colaborar com o processo de alfabetização e letramento dos alunos das séries iniciais que estão em fase de aprendizagem da leitura e da escrita. Serão desenvolvidas atividades que motivem o interesse das crianças. Estas serão constituídas de “sacola viajante”, leitura de parlendas, de história literária, registros em forma de desenhos, apresentação por meio da oralidade, dinâmica de trabalho com as famílias sílabicas contidas na história e construção de um livro com os registros das atividades. Esperamos que os resultados sejam significativos para o processo de aprendizagem dos alunos e para a formação dos bolsistas.
Palavras-chave: Literatura infantil; Letramento; Parlendas; Alfabetização.
1. Introdução
Por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência(PIBID) estamos realizando um trabalho na Escola Municipal Weimar Gonçalves Torres. A metodologia constitui-se de observações nas salas de aula onde é realizada a monitoria participativa, nos estudos em vários autores que tratam do assunto, dos diálogos e debates e em alguns documentos que norteiam a educação.
As observações realizadas já propiciam um olhar sobre o perfil das turmas em que estamos atuando. E, com o propósito de realizar um trabalho que integre
alfabetização e o letramento elaboramos um Plano de Ações Pedagógicas (PAP) sobre o qual trataremos aqui nesta proposta de apresentação de relato de experiência.
As atividades serão desenvolvidas por bolsistas que atuam nas seguintes turmas 1ºano A, 1º ano B e 2º ano B. Nesses anos os alunos estão em processo de alfabetização e letramento, os quais são de suma importância para o desenvolvimento das demais etapas da vida escolar desses alunos.
2. Objetivos
Objetivo Geral:
Proporcionar por meio da utilização de expressões culturais e da literatura infantil a alfabetização e o letramento, ampliando o contato com a leitura e a escrita.
Objetivos Específicos:
Contribuir para o desenvolvimento social, cultural e emocional do aprendiz, consolidando o vínculo entre as gerações;
Proporcionar a leitura e entendimento das parlendas;
Conhecer algumas parlendas;
Reconhecer a linguagem oral como veículo para alfabetização e letramento;
Partilhar as parlendas com leituras e registro;
Valorizar a parlenda como cultura;
Elaborar e editar um livro com o resultado do trabalho.
3. Os Alunos e a proposta do Plano de Ações Pedagógicas (PAP)
Os alunos dos 1ºA, 1ºB e 2ºB somam um total de 76 alunos, se interessam por livros, gostam de ouvir histórias de vários tipos, mas não gostam de ficar apenas ouvindo, caladas, gostam de fazer comentários, de participar, e com isso “vão se tornando leitores, ouvindo, vendo, falando, gesticulando, lendo, desenhando sua própria história e construindo novas histórias” (BRASIL, 2012, p. 30).
Por isso, entendemos a importância da aplicação deste PAP, que visa propiciar o desenvolvimento de um trabalho dinâmico e diferente para colaborar com o processo de
alfabetização e letramento em que estão os alunos das turmas acima citadas.
Neste sentido, o Referencial Curricular do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Dourados (2016) traz no item que trata sobre a prática de leitura para os 1ºs e 2ºs anos várias informações relevantes sobre a aquisição da leitura e da escrita, entre os quais estão questões sobre “dominar as correspondências entre as letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos (p.62)”. E, trata ainda no item de competências e habilidades a importância para os alunos de “reconhecer a leitura como fonte de informação, lazer e cultura; apreciar a leitura como diferentes maneiras de comunicação (...)”. (p.60).
De acordo com o que traz o Referencial e com o propósito de colaborar com o processo de aprendizagem dos alunos almejamos realizar atividades de leitura e escrita utilizando expressões culturais como as parlendas e da literatura infantil, ampliando o contato com a leitura e a escrita.
4. Procedimentos Metodológicos
Para a realização do Plano de Ação Pedagógica nos propomos a realizar as seguintes atividades:
“A sacola viajante”, nesta atividade serão sorteados durante a semana alguns alunos para levar para casa a sacola com várias parlendas, pensamos em 6 alunos por semana. Em casa irão escolher uma parlenda e realizar a leitura e o registro por meio de desenho. Na sala de aula cada aluno irá apresentar a parlenda escolhida e o desenho que fez. Ao final montaremos um livro com os registros e desenhos de todos os alunos.
“Trabalhando as famílias silábicas”, escolheremos um livro literário para realizar um trabalho com os alunos. Inicialmente realizaremos a leitura e o diálogo sobre o entendimento da mesma, discorreremos sobre o nome da história, espaços em que acontece, personagens e acontecimentos. Em seguida, os alunos irão procurar as famílias silábicas na história. Vamos providenciar um livro para cada aluno. Após, realizaremos uma dinâmica onde cada aluno escolherá palavras que identifiquem famílias silábicas encontrada na história. Irão até a lousa e registraremos a família silábica encontrada na sequência da história.
[...] o letramento acontece nas múltiplas práticas linguísticas em situações em que tanto a escrita como a fala são centrais para as atividades comunicativas, aspectos que devem ser vivenciados com as múltiplas linguagens desde a Educação Infantil. (...) mais especificamente para o Bloco Inicial de Alfabetização (1º, 2º e 3º Ano) deve-se priorizar o desenvolvimento das capacidades argumentativas orais que se aproximam das situações reais de comunicação vivenciadas no cotidiano (DOURADOS, 2016,p.27).
Nesse sentido, estaremos colaborando para o desenvolvimento da leitura e da escrita que são prioridades para o desempenho dos anos seguintes do Ensino Fundamental.
5. Recursos e Materiais
Segue a um breve relato sobre os recursos que teremos a nossa disposição para a realização de nossa Ação Pedagógica, tais como espaço da sala de aula, materiais e humanos
5.1 Os espaços das salas de aula
Sobre o espaço das salas de aulas das turmas em que estamos realizando a monitoria participativa e realizaremos as atividades propostas neste trabalho destacamos que são em torno de trinta carteiras e cadeiras, enfileiradas. Nas paredes estão pintados à tinta o alfabeto e a primeira dezena dos números, o que acaba tornando a sala de aula bem mais interessante para os alunos pelo colorido das letras. Há dois armários para guardar os livros didáticos e os cadernos das crianças, em uma das salas tem uma televisão com aparelho de DVD. As janelas são cobertas por uma cortina verde. A lousa é de tamanho compatível com as necessidades da turma e está em ótimo estado de conservação.
A refrigeração se dá através de quatro ventiladores de teto e a iluminação é excelente. O espaço das salas de aula é bem organizado e propicio para o desenvolvimento das atividades a que nos propomos a realizar com os alunos. Considerando que os mesmos ficam bem acomodados para realizarem as leituras e demais atividades propostas.
5.2 Recursos Materiais
Para o desenvolvimento do plano recorreremos aos seguintes recursos materiais: - Livro de literatura infantil;
- Sacolas: Para a confecção das sacolas estamos utilizando tecido, linhas, máquina de costura e EVA de diferentes cores.
- Fichas com as parlendas: As fichas com as parlendas serão digitadas, para tanto usaremos computador, folha sulfite e papel contact para plastificar as mesmas.
- Fichas para os registros: Para o preenchimento das fichas os alunos usarão lápis grafite, lápis de cor e borracha.
- Dinâmica em sala de aula: Serão usados: lousa e giz.
Imagem 1: Foto da biblioteca da Escola Weimar Gonçalves Torres
5.3 Recursos Humanos:
Professor regente, alunos, pibidianas, supervisora do programa na escola, coordenação pedagógica, coordenadoras do programa (PIBID/UFGD).
O professor regente que atua nas turmas está presente durante a realização do plano, desde a elaboração até a execução. Formando um elo com o bolsista, quando trocam experiências e ideias.
A coordenação pedagógica das turmas também está em contato frequente com os bolsistas e professores e acompanham acompanhando todo o processo do plano.
Os alunos são os principais interessados pois, esperamos que participem de todas as atividades propostas.
As coordenadoras do programa têm função primordial, à medida que orientam todas as etapas do plano.
A professora supervisora do programa na escola está em parceria com as bolsistas desde a elaboração até a execução do mesmo, organizando todas as ações.
7. Considerações Finais
Buscamos com o desenvolvimento do Pano de Ação Pedagógica envolver bolsistas, docentes das salas de aula, coordenação pedagógica e alunos das salas de aula atendidas pela parceria PIBID/UFGD e a escola parceira Weimar Gonçalves Torres.
Dentre os critérios e instrumentos de avaliação da proposta analisaremos, por exemplo, a participação, discussão e reflexão sobre a temática/atividades desenvolvidas na(s) aula(s), assim como a sua execução (pontos positivos, negativos, autocríticas).
Esperamos que com o desenvolvimento do plano os alunos possam se interessar mais pela leitura e escrita, que os procedimentos realizados possam propiciar um melhor desenvolvimento e aprendizagem.
8. Bibliografia
BRASIL.Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica e Brincadeiras de
Creches: Manual de Orientação Pedagógica. Brasília: Ministério da
DOURADOS.Secretaria Municipal de Educação. Referencial Curricular do Ensino
Fundamental Anos Iniciais e Anos Finais da Rede Municipal de Ensino de Dourados. Dourados: Núcleo de Ensino e Educação da SEMED, 2016.
9. Agradecimentos
Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Coordenação Institucional do PIBID da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), a Coordenação e a Gestão Pedagógica da Escola Municipal Weimar Gonçalves Torres – SEMED/Dourados.
