Fig. 131 As Praças na Malagueira, estamos na central, devido à ausência de “zonamento” têm sempre zonas residenciais, as ruas estão misturadas na sua maioria e não faremos distinções de áreas, daremos essa informação quando entendermos pertinente
Fig. 132↑ As mesmas casas, mas sem a buganvília florida fazem diferença (fig.133→), também a mesma rua a Sul, dos privados, como aqui se vê, faz diferença da mesma rua a Norte (fig. 134☇) que é construção da Habévora e a meio podem encontrar-se áreas “étnicas”, fig. 135↓
Fig.136 Outra praceta-
estacionamento entre as piscinas e a escola nova da Malagueira
Figuras.
Ruas, Praças e casas das 3 áreas244
Figs. 137← e 138↑ As ruas do ex-IGAPHE parecem mais estreitas devido aos muros altos, que sugere maior concentração
Figs. 139 e 140 Mas há sempre um traço distintivo, ou a proximidade da conduta ou o muro rústico do Jardim das Fontes, neste caso
Figs. 140 e 141. Todas iguais todas diferentes, as ruas como as casas e os pátios apresentam uma grande diversidade de formas, apesar de terem o mesmo design
Figs. 142 a 144← A estética da
pequena diferença.
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Figs. 145 e 146 É onde as ruas têm predominantemente os muros baixos que a diversidade é maior. Geralmente nas áreas das cooperativas, porque muitos dos privados preferem muros altos ou médios. Actualmente há uma tendência para subir o muro
Figs. 147↑, 148→,149↓ e 150☇Não há duas ruas iguais, adaptando-se ao declive nunca acontece a monotonia das casas em banda. Cada uma assume uma qualquer diferença, mais não seja posicional
Fig. 151← Mesmo tendo uma rua pelo meio este bloco de casas também se apropria do verde. Há um movimento que começou por baixo e se alarga de hortas individuais das casas que estão defronte. Já mostrámos uma antes
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Fig. 152← e 153↑ Como diziam os habitantes, quem vê as casas por fora não imagina o que são por dentro. E o
equívoco é maior nas casas dos proprietários que quiseram manter o design original de Siza Vieira com os muros altos No momento em que a larga maioria dos habitantes são proprietários
a questão do muro ser alto ou baixo é opcional. Fig. 154 → Quanto às ruas há ainda a considerar as exclusivamente pedonais.
Fig.155↓
Figs. 156←, 157↑, 158↓
Fig.159↑ Por vezes assumem estranhos jogos plásticos, como esculturas 247
Para muitos as condutas são a marca urbana da Malagueira porque unem todos os blocos e organizam-nos.
Figs. 159↑, 160↗, 161→ Para muitos as condutas são a marca urbana da Malagueira porque unem todos os blocos e organizam-nos. E nem todos os revestimentos da conduta são a tijolo de cimento, também há em mármore (fig. 162↓), rebocadas e pintadas (fig. 163 ☇) e/ou em articulação e jogo com outros materiais como o tijolo burro (fig.164↓↓) ou pura escultura (fig.165☇☇)
Como se vê até entre as condutas há variabilidade, criando zonas hierarquicamente mais prestigiadas nas zonas centrais e onde os meios foram maiores, o caso das “casas” da
EDP. 248
Apresentamos agora, muito sumariamente, algumas casas, porque como já se viu a variabilidade é imensa. A selecção é aleatória
Fig. 166↑ Sede da Coop Boavontade (com um café, a “Sobreira”, onde se estabeleciam as discussões entre Siza e a população) e fig.
167↗ sede da Coop Giraldo Sem Pavor, a última foi uma requalificação a partir de casas de um monte pelo Arq. Nuno Lopes
Figs. 168↑, 169↗, 170→, 171↓, 172↓↓, 173☇Diferentes tipologias
Em diferentes áreas.
Vimos as diversas variantes base no item
“Estruturas”
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Figs. 174 a 180 Tecidos urbanos densos e rarefeitos, casas das mais elaboradas às mais simples 250
Figs. 181↖, 182↑, 183 e 184← A partir dos anos 90, começaram a construir-se casas não-evolutivas. Neste caso, em banda, back-to- back, duplex com pátio na retaguarda e a fiada frontal com garagem.
Figs 185← e 186↑ Casas de fachada arredondada, mimetizando os moinhos próximos. Todas estas casas estão inseridas no restante tecido residencial
Figs. 187↑ e 188↗ Vivendas com uma pátio e varanda de maiores dimensões (à direita na última fotografia) e em cima 251
Figs. 189↑↑ e 190↑ e 191↗ As últimas casas construídas são T0’s ao cimo do relvado da R. Pomar, de algumas destas também temos imagens dos interiores, pelo que serão na altura referenciadas. Nenhum dos interiores corresponde a qualquer casa referenciada
Fig. 192↑ Cozinha associada a uma sala de refeições ou trabalho (fig.193↑), casa “evoluída” para T4
Fig. 194↑ Uma sala de trabalho e o quarto dos miúdos (fig. 195↑) ambos no 1º piso. Um pormenor de uma estante, fig. 196↑
INTERIORES DE CASAS DE COOPERATIVAS
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Figs. 197←, 198↑ e 199↗ Uma varanda e uma casa-de-banho ambas no 1º piso; e um pormenor de uma janela de autoria dos usuários
Figs. 201 a 203 Todas as casas que fotografámos apresentavam lógicas internas, eram coerentes nas alterações e decorações. A escada exterior, a casa de jantar recuperada da lavandaria, e o pormenor da estanheiora. Não hesitamos em considerar estes habitantes como
“tradicionalistas”. O que ainda é confirmado pelo restante: sala (fig. 204↙), casa de banho rc (fig. 205↙) e o quarto (fig. 206)
Figs. 207 ↙e 208↙
Dois outros pormenores da casa-de-jantar, as janelas-portas foram substituídas por janelas no contacto com o pátio. Os motivos
“alentejanos” são omnipresentes
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Figs. 209, 210, 211, respectivamente, sala da tipologia com a escada ao fundo, casa-de-banho rc e cozinha, eliminaram igualmente como na casa anterior a lavandaria, mas aumentaram a cozinha e não fizeram casa de jantar. Quarto do casal, escada de acesso ao 1º piso e pátio semi-coberto e com gaiolas de pássaro, respectivamente figs. 212, 213, 214 (da esquerda para a direita)
Nova casa: sala, acesso ao 1º piso e criou-se uma sala de arrumos além do quarto de uma filha, figs. 215 a 218↓↓↓↓, respectivamente, a evolução das casas é uma maneira de as personalizar, são todas diferentes, as que vimos. Este fogo é um T4.
Nesta casa o pátio é altamente apropriado e personalizado, figs. 219 a 222↓↓↓↓, respectivamente. Repare-se no pormenor do arco em tijolo-burro do banquinho. Uma abobadilha ao gosto local
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A casa seguinte não sofreu tantas alterações como as anteriores, está sobretudo personalizada pelos materiais, acabamentos, mobiliário e sua disposição. Sempre da esquerda para a direita figs. 223 a 230: a cozinha, a sala, escada, outro pormenor da sala, terraço (avançou a copa) e pátios abertos, muro baixo, ao contrário das anteriores, pormenor do pátio
Até aqui tentámos criar modos de apropriação sistémicos, mas por falta de espaço a partir daqui seleccionaremos uma ou outra imagem por fogo. Avançou-se a copa (fig. 231↓) aumentando a cozinha e em alguns casos ainda se cria um hall de entrada (imagem seguinte, fig. 232)
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Figs. 232 a 234↑↑↗, respectivamente, hall de entrada, abobadilha construída pelo próprio habitante e quarto do filho. Os mais jovens têm um gosto mais “ vanguardista”, mantendo o essencial da estrutura: a lavandaria alargou a cozinha que se modernizou, figs. 235↓ e 236☇e introduzem a cor (figs. 237↓↓ e 238 ☇)
As casas-de-banho são geralmente mantidas no original, fig. 239↓
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Copa, lavandaria e cozinha mantendo o layout mas nos 2 primeiros casos alterando as funções. Os azulejos são originais, era uma possibilidade de opção nas cooperativas (figs. 240 a 242, respectivamente). Na fig. 243↓ é óbvia a tentativa de continuar o verde na sala
Figs 244↑ e 245↗ Quarto vazio e pormenor, 1º. Piso. Há uma lógica interna à apropriação de cada fogo, compare-se as figs. 244 e 245 do pátio com a fig. 246 do quarto do casal. Em baixo, respectivamente.
Fig. 247↓ a nossa residência in situ
Figs. 248 a 250, respectivamente.
O nosso pátio por 11 meses
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Figs. 251 a 253, os quartos do 1º piso e a perspectiva do terraço. Esta casa é a tipologia mais construída na Malagueira (Ab, T3) e a única alteração é uma cobertura que continua o quadrado da lavandaria. Figs. 254↓ a 256↓ casas-de-banho, 1º e rc; e cozinha
Figs. 257↑ a 259↑, respectivamente: quarto do rc, sala e copa. Em baixo, respectivamente, uma sala de arrumos no 1º piso, a lavandaria e o pátio. O centro de todas as casas é o pátio, todas as salas contactam com ele e ele com o Céu. Figs. 260↓ a 262↓.
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