MAT 1351 : C´ alculo para Fun¸c˜ oes de Uma Vari´ avel Real I
Sylvain Bonnot (IME-USP)
2016
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Limites of differences: como tratar ∞ − ∞
Exemplos:
2
Como trabalhar com limites infinitos: somas e produtos
Somas:
1. (+∞) + (+∞) = +∞ 2. (−∞) + (−∞) =−∞ 3. L+ (+∞) = +∞, seL∈R 4. L+ (−∞) =−∞, seL∈R Produtos:
1. (+∞).(+∞) = +∞ 2. (−∞).(−∞) = +∞ 3. (−∞).(+∞) =−∞ 4. L.(+∞) = +∞, seL>0 5. L.(+∞) =−∞, seL<0 6. L.(−∞) =−∞, seL>0 7. L.(−∞) = +∞, seL<0 Indetermina¸c ˜oes:
+∞−(+∞),−∞−(−∞), 0.∞,∞
∞,0
0, 1∞, 00,∞0.
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Teorema
Suponha quelimx→p+f(x) =0e que existe r>0tal que f(x)>0 para p<x<p+r. Ent˜ao:
xlim→p+
1
f(x) = +∞.
Exemplo (importante):Para qualquer numero racional r= pq >0 temos:
xlim→∞
1 xr =0 Exerc´ıcio
limx→2− −4 x+2
Exerc´ıcio
limx→4− (4−3x)3 elimx→3− (x2x−3)
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Lista
1. Polin ˆomios e fra¸c ˜oes racionais:
2. Fun¸c ˜oes constantescomλ∈R
f : R → R
x 7→ λ
x→−lim∞f(x) = lim
x→+∞f(x) =λ 3. Monomiais: do tipoxn
f : R → R
x 7→ xn comn∈Nen6=0
I em+∞:
x→+lim∞xn= +∞
I em−∞
Para n par lim
x→−∞xn= +∞ Para n impar : lim
x→−∞xn=−∞
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1. E os inversos
f : R∗ → R
x 7→ 1
xn
(1) comn∈Nen6=0
I em±∞:limx→−∞ 1
xn =limx→+∞x1n =0
I em 0 as func¸ ˜oes n˜ao s˜ao definidas:
I paranpar: limx→0,x6=0 1 xn = +∞
I paranimpar:
x→0,x<0lim 1
xn =−∞
x→0,x>0lim 1
xn = +∞ 2. Polin ˆomiosOs limites limx→±∞ de
P(x) =anxn+an−1xn−1+· · ·+a2x2+a1x+a0coman6=0 s˜ao os mesmos que os limites do termo dominanteanxn. Ent˜ao: estudaranxn(e ver o sinal deane sen ´e par ou
impar). 6
Lista 3
1. Potencias positivas
f : R+ → R
x 7→ xα comα>0
x→+lim∞xα = +∞ Caso particular: √
x=x12 ent˜ao limx→+∞
√x= +∞ 2. Potencias negativas
f : R+ → R
x 7→ xα , comα<0
xlim→0+xα = +∞
x→+lim∞xα =0
7
1. Logaritmo
f : R∗+ → R x 7→ ln(x)
x→0,x>0lim ln(x) =−∞
x→+lim∞ln(x) = +∞ 2. Logaritmo de baseacoma>0
f : R∗+ → R
x 7→ loga(x)
I basea>1 :
x→0,x>0lim loga(x) =−∞
x→+∞lim loga(x) = +∞
I basea<1 :
x→0lim+loga(x) = +∞
x→+lim∞loga(x) =−∞
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Lista 5
1. Fun¸c˜ao exponencial
f : R → R
x 7→ ex
I limx→−∞ex=0
I limx→+∞ex= +∞
2. Fun¸c˜ao exponencial de baseacoma>0
f : R → R
x 7→ ax =exlna
I a>1
x→−lim∞ax=0
x→+∞lim ax= +∞
I a<1:
x→−lim∞ax= +∞
x→+∞lim ax=0
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1. Fun¸c ˜oes trigonometricas:
Tangente:
f : R\ (
π
2 +kπ,k∈Z )
→ R
x 7→ tan(x) = sen(x) cos(x) Observa¸c˜ao:R\
( π
2 +kπ,k∈Z )
= S
k∈Z
# kπ−π
2;kπ+π 2
"
Para todos inteirosk∈Z:
x→−π2+kπ,x>−lim π2+kπtan(x) =−∞
x→+π2+kπ,x<+lim π2+kπtan(x) = +∞
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Lista 8
Cotangente
f : R\ {kπ,k∈Z} → R
x 7→ cot(x) = cos(x) sen(x) Observa¸c˜ao:R\ {kπ,k∈Z}= S
k∈Z
]kπ;(k+1)π[ Para todos inteirosk∈Z:
xlim→kπ x>kπ
cot(x) =−∞
x→(limk+1)π x<(k+1)π
cot(x) = +∞
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Ideia:”tangente”, do latimtangere= tocar.
Posi¸c˜ao limite de uma reta passando pelo ponto P:
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Reta tangente a uma curva
Defini¸c˜ao
A reta tangente a uma curva y=f(x)em um ponto P(a,f(a))´e a reta passando pelo ponto P e com inclina¸c˜ao
m=lim
x→a
f(x)−f(a) x−a , desde que esse limite exista.
Exemplo:
Exerc´ıcio
tangente na curva y=x3no ponto(1, 1). Exemplo onde a tangente n˜ao existe:
Exerc´ıcio
Estudar as tangentes para a curva y=|x|, em qualquer ponto P da curva.
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Defini¸c˜ao
A derivada de uma fun¸c˜ao f em um n ´umero a, denotada por f0(a)(”f linha de a”) ´e
f0(a) =lim
h→0
f(a+h)−f(a)
h ,
se o limite existe.
Defini¸c˜ao equivalente:podemos fazerx=a+h, ent˜ao h=x−aeh→0 implicax→a:
f0(a) =lim
x→a
f(x)−f(a) x−a Exerc´ıcio
a)Encontre uma equa¸c˜ao da reta tangente `a curva
y= (x−1)/(x−2)no ponto(3, 2).b)Se G(x) =x/(1+2x), encontre G0(a)
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Interpreta¸c˜ oes da derivada
Velocidade:A variavelt ´e o tempo, et7→f(t)´e a func¸˜ao posic¸˜ao de um objeto. Entret=aet =a+h, a variac¸˜ao na posic¸˜ao ´e def(a+h)−f(a), e
velocidade m´edia = deslocamento
tempo = f(a+h)−f(a)
h .
Conseq ¨uˆencia:a derivadaf0(a)pode ser interpretada como uma velocidade instantˆanea (isto ´e , como um limite de velocidades m´edias).
Exemplo: queda livre, sem velocidade initial:Posic¸˜ao vertical:
y= −12gt2+y0, e velocidadev=−gt, ondeg´e acelerac¸˜ao causada pela gravidade (g'9, 81m/s2).
Nota¸c˜ao:f0(a)(notac¸˜ao de Lagrange), dfdx(a)(de Leibniz), ˙f(a) (de Newton)
Newton apo´s a morte de Leibniz declarou: ”me sinto muito feliz por ter desfeito o corac¸˜ao de Leibniz”.
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Taxa de varia¸c˜ao instantˆanea:Para uma func¸˜aoy=f(x), no intervalo[x1,x2], a variac¸˜ao emx´e∆x=x2−x1, a variac¸˜ao correspondante emy´e∆y=f(x2)−f(x1). Finalmente:
taxa de variac¸˜ao instantˆanea = lim
∆x→0
∆y
∆x = lim
x2→x1
f(x2)−f(x1) x2−x1
=f0(a)
Economia:sejaCo custo total de um produto, eQa quantidade produzida. Ent˜ao ocusto marginal Cmg´e:
Cmg= dC dQ.
A ideia ´e que quando∆x=1, masQmuito grande (i.e muito maior que 1) temos queC0(n)'C(n+1)−C(n), isto ´e, o custo marginal de produc¸˜ao ´e mais o menos igual ao custo de produc¸˜ao de mais uma unidade.
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Mais uma interpreta¸c˜ ao da reta tangente
Ideia:”a reta tangente ´e o que vocˆe vai obter depois de fazer um zoom infinito perto do ponto(a,f(a)). (= olhar com um microsc ´opio o gr´afico)Exemplo:vamos considerar
f(x) =x(x−1(x+1)
Demonstra¸c˜ao: vamos fazer um ”zoom”(isto ´e, um
esticamento horizontal e vertical, com o mesmo fatorc→∞) y=c.f(x
c)⇒y=c.x c.(x
c−1).(x
c+1)→ −x
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Concentra¸c˜ao: ´e a raz˜ao da quantidade de mat´eria do soluto (mol) pelo volume de soluc¸˜ao (em litros)
M= n V,
onde o mol ´e a unidade do Sistema SI de unidades. Isto ´e um mol ´e ”a quantidade de mat´eria de um sistema que cont´em tantas elementos quanto s˜ao os ´atomos contidos em 0, 012 quilograma de carbono-12”.
Por exemplo, 1 mol de mol´eculas de um g´as tem mais o menos 6, 022×1023 mol´eculas deste g´as (”constante de Avogadro”).
Outro exemplo: Uma colher de ch´a tem mais o menos 0, 3 mol de ´agua.
Nota¸c˜ao:concentrac¸˜ao do reagenteA´e denotada com colchete, por[A].
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Derivadas na Qu´ımica II
Equa¸c˜ao qu´ımica:uma representac¸˜ao de uma reac¸˜ao qu´ımica (Reagentes)→(Produtos)
Por causa da Lei de conservac¸˜ao da massa, tem que equilibrar (i.e colocar coeficientes)
Metano + oxig´enio→di ´oxido de carbono + agua + muito calor
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Concentra¸c ˜oes:dadoA+B→C,[A],[B],[C]s˜ao func¸ ˜oes do tempot. A taxa m´edia da reac¸˜ao do produtoCno intervalo [t1,t2]´e ∆∆[Ct].
Taxa de rea¸c˜ao instantˆanea:
taxa de reac¸˜ao = d[C] dt Caso mais geral:(condic¸ ˜oes: V constante) dada:
aA+bB→pP+qQ ataxa de rea¸c˜ao ´e:
v=−1 a
d[A] dt =−1
b d[B]
dt = 1 p
d[P] dt = 1
q d[Q]
dt Cin´etica qu´ımica: a determinac¸˜ao experimental da taxa de reac¸˜aorvai dar
r=k[A]m[B]n
(kconstante de taxa de reac¸˜ao, mas pode depender por
exemplo de T). 20
Quimica e equa¸c˜ oes diferenciais
Exemplo:aA→Produtosno caso de uma reac¸˜ao de ordem 1 (i.e:
−1ad[dtA] =k[A]).
Exerc´ıcio
Resolver (podemos supor: dedtt =ete f0(t) =0para todos t implica f constante). (Resposta:[A] = [A]0.e−akt)
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Defini¸c˜ao
Uma fun¸c˜ao f ´e diferenci´avel em a se f0(a)existir. ´E diferenci´avel em um intervalo aberto(a,b)se for diferenci´avel em cada n ´umero do intervalo.
Exerc´ıcio
Mostrar que x7→x2´e diferenci´avel emR.
Exerc´ıcio
Mostrar que x7→x3´e diferenci´avel emR.
Exerc´ıcio
Mostrar que f(x) =xn(onde n∈N) ´e diferenci´avel emRe tal que f0(x) =n.xn−1.
Exerc´ıcio
Mostrar que g(x) =√
x ´e diferenci´avel em(0,∞)e tal que g0(x) = 1
2√ x.
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Exercicios com derivadas
Exerc´ıcio
Encontre a derivada da fun¸c˜ao usando a defini¸c˜ao. Estabele¸ca os dom´ınios da fun¸c˜ao e da derivada.
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