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Aula 07. Direito Empresarial para Auditor Fiscal do ICMS RJ. Comércio Eletrônico. Direito Empresarial para Auditor Fiscal do ICMS RJ

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Direito Empresarial para Auditor Fiscal do ICMS RJ

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Comércio Eletrônico

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Direito Empresarial para Auditor Fiscal do ICMS RJ

Sumário

SUMÁRIO ...2

APRESENTAÇÃO ... 3

INTRODUÇÃO ... 4

MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE ... 5

Exclusões ... 7

Tributário ... 9

Trabalhista ... 9

Licitações ... 9

Tratamento comercial diferenciado ... 11

O MEI ... 14

COMÉRCIO ELETRÔNICO... 19

IMPEDIMENTOS E CAPACIDADE DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL ... 24

Impedimentos ... 24

Incapacidade ... 27

Empresário individual Casado ... 33

Exclusões do conceito de Empresário ... 35

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ... 39

MEI ... 39

Impedimentos e Capacidades do Empresário Individual ... 45

LISTA DE QUESTÕES... 55

MEI ... 55

Impedimentos e Capacidades do Empresário Individual ... 59

GABARITO ...64

RESUMO DIRECIONADO ... 65

MEI ... 65

Impedimentos e Capacidade do Empresário Individual ... 66

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Apresentação

Olá, pessoal.

Dando continuidade ao nosso curso, vamos tratar dos últimos dois tópicos do edital: ME/EPP e Comércio Eletrônico.

Chegamos ao final do nosso curso de Direito Empresarial, esperamos que vocês tenham gostado.

Mãos à obra!!

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Introdução

A nossa Constituição Federal (CF) estabeleceu tratamento jurídico diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte, conforme artigo 179, CF:

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

Desta forma, todos os entes federativos adotarão medidas de simplificação para os pequenos empresários, nos aspectos administrativo, tributário, previdenciário e creditício.

Além disso, nossa Constituição, artigo 146, inciso III, d, também estabelece:

Art. 146. Cabe à lei complementar:

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.

Assim sendo, a CF delegou à lei complementar estabelecer normas gerais acerca do tratamento diferenciado conferido às microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).

E o nosso Estatuto das ME e EPP está disciplinado na LC n° 123 de 2006.

Ao final da aula, trataremos do comércio eletrônico, um assunto ainda bem pouco explorado em provas.

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Microempresa e Empresa de Pequeno Porte

O tratamento diferenciado às ME e EPP está, desde 2006, disciplinado por meio da Lei Complementar nº 123/06.

Vamos agora conceituar esses enquadramentos, iniciando pelo artigo 3º. Este artigo define que são consideradas ME e EPP as sociedades empresárias, as sociedades simples, as EIRELI e os empresários individuais devidamente registrados no RPEM ou no RCPJ, conforme o caso, desde que:

I. no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

Sendo assim, a ME é aquela que possui como receita bruta até 360.000 reais.

II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$

360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

Já uma EPP possui faixa de receita bruta maior que R$ 360.000,00 limitada a R$ 4.800.000,00.

Atenção !!

O tratamento diferenciado concedido não se restringiu somente às atividades empresariais! As sociedades simples também podem ser enquadradas no tratamento diferenciado.

Precisamos saber agora qual seria a definição de receita bruta:

Art. 3º., §1º. Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

Ou seja, para calcular a receita bruta, soma-se o produto da venda de bens e serviços, excluindo vendas canceladas e descontos incondicionais.

Esses limites de receita bruta indicados nos incisos I e II do artigo 3º são anuais e, caso a empresa não tenha iniciado suas atividades no mês de janeiro, os limites serão proporcionais ao número de meses em que

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esteve enquadrado como ME ou EPP. Além disso, o enquadramento como ME ou EPP não importa em nenhuma alteração aos contratos anteriormente celebrados pelo empresário.

Quanto à revisão desses limites anuais, compete ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) apreciar a necessidade de revisão, em conformidade com o artigo 1º, parágrafo 1º, LC 123.

Importante ressaltar que o tratamento jurídico diferenciado inclui, mas não se limita ao tratamento tributário diferenciado, no caso o Simples Nacional! A forma de escrituração simplificada, dispensa da assinatura de advogado com registro na OAB, tratamento diferenciado em licitações, dentre outros, são benefícios que vão além da possibilidade do recolhimento em documento único com alíquotas mais baixas.

É importante sabermos como será a Gestão desse tratamento diferenciado, a fim de que sejam cumpridos os mandamentos constitucionais e aplicadas políticas públicas que incentivem o empreendedorismo brasileiro. Segue abaixo dispositivo legal que disciplina essa questão:

Art. 2º. O tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte de que trata o art. 1o desta Lei Complementar será gerido pelas instâncias a seguir especificadas:

I - Comitê Gestor do Simples Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda, composto por 4 (quatro) representantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil, como representantes da União, 2 (dois) dos Estados e do Distrito Federal e 2 (dois) dos Municípios, para tratar dos aspectos tributários; e

II - Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com a participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor, para tratar dos demais aspectos, ressalvado o disposto no inciso III do caput deste artigo;

III - Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, vinculado à Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, composto por representantes da União, dos Estados e do Distrito Federal, dos Municípios e demais órgãos de apoio e de registro empresarial, na forma definida pelo Poder Executivo, para tratar do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas.

Para que o empresário seja enquadrado como ME ou EPP, será necessária mera comunicação ao órgão de registro, seja Junta Comercial ou RCPJ. A consequência dessa comunicação será o acréscimo das expressões ME ou EPP por extenso ou abreviado ao final do nome empresarial, já por nós estudado no início do curso, em observância ao princípio da veracidade.

Caso as receitas brutas desses empresários enquadrados como ME ou EPP migrem de faixas ou as ultrapassem, o desenquadramento ou reenquadramentos serão automáticos. O reenquadramento está relacionado à migração de ME para EPP ou o inverso; o desenquadramento é quando ultrapassa os R$

4.800.000,00 anuais.

Atenção !!

Esse desenquadramento e reenquadramento automáticos foi uma mudança trazida pela LC 123 em alteração ao Estatuto anterior das ME EPP.

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Como exemplo de tratamento judicial diferenciado, trazemos para vocês o Enunciado 61 do CJF, acerca da representação judicial por preposto perante Juizados Especiais Cíveis para ME e EPP:

Enunciado 61 - II Jornada de Direito Comercial. Em atenção ao princípio do tratamento favorecido à microempresa e à empresa de pequeno porte, é possível a representação de empresário individual, sociedade empresária ou EIRELI, quando enquadrados nos respectivos regimes tributários, por meio de preposto, perante os juizados especiais cíveis, bastando a comprovação atualizada do seu enquadramento.

Exclusões

O § 4º do artigo 3º da LC nº 123/06 elenca casos em que a pessoa jurídica não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado:

I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;

II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;

III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;

VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;

IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;

X - constituída sob a forma de sociedade por ações.

XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

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Sendo assim, não bastam os limites de receita bruta anual para ser enquadrado no regime diferenciado conferido às ME e EPP.

O legislador vedou, conforme o artigo 3º., parágrafo 4º., algumas hipóteses de enquadramento: não poderão ser ME e EPP, como, por exemplo: do inciso I, sociedades coligadas, controladas, simples participação;

e o inciso IV, como aquele que for titular de mais de 10% de capital de outra empresa, que somada com a outra, ultrapassa o limite anual. Essas limitações foram criadas para evitar que determinados empresários usassem de artifícios para burlar o enquadramento da receita bruta anual, beneficiando-se do tratamento favorecido aos pequenos empresários, ao esconder um empreendimento maior. O empresário flagrado em uma dessas situações impeditivas do parágrafo quarto será excluído do regime favorecido no mês seguinte.

O artigo 17 traz hipóteses em que a ME ou EPP não poderão optar pelo Simples Nacional. Essa diferença é importante estar clara para você: Simples Nacional é o regime tributário diferenciado o qual participam as ME ou EPP optantes (não impedidas, claro).

Atenção !!

Em outras palavras, para ser optante do Simples Nacional, é necessário ser ME ou EPP, mas ser ME ou EPP não significa diretamente que o empresário ou sociedade é optante do Simples Nacional.

O tratamento diferenciado apresenta vários aspectos (o tributário / fiscal talvez sendo o mais relevante).

Vamos abordar alguns aspectos deste tratamento diferenciado.

(CESPE. Defensor Público - AL. 2017)

O tratamento jurídico diferenciado concedido às sociedades empresárias enquadradas como microempresas e empresas de pequeno porte pode ser exercido por pessoa jurídica

a) constituída sob a forma de cooperativa de consumo.

b) de cujo capital participe outra pessoa jurídica.

c) com sede no exterior.

d) constituída sob a forma de sociedade por ações.

e) que exerça atividade de banco de investimento.

Resolução:

Estamos diante dos casos do artigo 3º da LC nº 123/06. Somente nos resta a letra A.

Resposta: A

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Tributário

Vamos começar pelo mais relevante. O Simples Nacional (vamos chamar somente de SIMPLES) inclui a arrecadação conjunta de uma grande relação de tributos e contribuições:

• IRPJ,

• IPI,

• CSLL,

• PIS/PASEP,

• COFINS,

• ICMS,

• ISS e Contribuições patronais - CPP.

Todavia, em certas situações, mantém-se o recolhimento separado de certos tributos e contribuições. É o caso do ICMS substituição tributária e do ISS na importação de serviços, dentre outros.

Uma contrapartida desta simplificação é que os optantes pelo SIMPLES não podem aproveitar nem transferir créditos (regra geral).

Como dissemos, o artigo 17 traz impedimentos para que a ME ou EPP opte pelo SIMPLES, como por exemplo sociedade que tenha sócios domiciliados no exterior ou que se dedique ao loteamento e incorporação de imóveis. Não entendemos necessário que o aluno decore estes casos.

Trabalhista

Os artigos 51 e 52 tratam das dispensas e obrigações, respectivamente, com relação às obrigações trabalhistas.

Talvez a maior simplificação seja com relação ao comparecimento na Justiça do Trabalho. A ME ou EPP pode se fazer representar ou substituir nas audiências da Justiça do Trabalho por “terceiros que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário”.

Licitações

A ME ou EPP possui importante tratamento diferenciado quando se trata de licitações.

Vejamos o disposto nos artigos 47 e 48:

Art. 47. Nas contratações públicas da administração direta e indireta, autárquica e fundacional, federal, estadual e municipal, deverá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e

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empresas de pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica.

Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública:

I - deverá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nos itens de contratação cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);

II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados à aquisição de obras e serviços, exigir dos licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno porte;

III - deverá estabelecer, em certames para aquisição de bens de natureza divisível, cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.

§ 1o Revogado

§ 2o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, os empenhos e pagamentos do órgão ou entidade da administração pública poderão ser destinados diretamente às microempresas e empresas de pequeno porte subcontratadas.

§ 3o Os benefícios referidos no caput deste artigo poderão, justificadamente, estabelecer a prioridade de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte sediadas local ou regionalmente, até o limite de 10% (dez por cento) do melhor preço válido.[e até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço, na modalidade pregão]

Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte

Vamos montar um esquema:

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Válido citar

Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação

exigida para efeito de comprovação de

regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresente alguma restrição.

Tratamento comercial diferenciado

O artigo 9º diz:

O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão dos 3 (três) âmbitos de governo ocorrerá independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos titulares, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção.

Licitações

Até R$ 80.000,00 exclusivo para ME/EPP

Obras e serviços poderá exigir subcontratação de

ME/EPP

Bens de natureza

divisível deverá - cota 25%

para ME/EPP

Convidar ME/EPP a baixar o preço em

caso de "empate"

Preço ME/EPP até 10% acima

Preço ME/EPP até 5% acima no caso

de pregão

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Ou seja, registros e alterações independem de uma certidão negativa de débito (CND). Por outro lado a baixa independe da regularidade de suas obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas

De qualquer forma, a “baixa do empresário ou da pessoa jurídica não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados tributos, contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da falta do cumprimento de obrigações ou da prática comprovada e apurada em processo administrativo ou judicial de outras irregularidades praticadas pelos empresários, pelas pessoas jurídicas ou por seus titulares, sócios ou administradores”.

(CESPE. Defensor Público - PE. 2015)

Julgue o item a seguir, a respeito de empresa de pequeno porte e de propriedade industrial.

A baixa ou a extinção de empresa de pequeno porte poderá ocorrer independentemente da regularidade de suas obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas.

Certo Errado

Resolução:

Como vimos, a baixa ou extinção de uma ME ou EPP independe da regularidade de suas obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas.

Resposta: Certo

Ainda com relação à baixa, dispositivo interessante temos no parágrafo 5º do artigo 9º:

A solicitação de baixa do empresário ou da pessoa jurídica importa responsabilidade solidária dos empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos fatos geradores.

Ou seja, embora possa ser pedida (e deferida, diga-se de passagem) a baixa com, por exemplo, débitos tributários, a LC nº 123/06 institui solidariedade entre o empresário, o titular os sócios e até os administradores para cobrança do que é devido.

Outro tratamento diferenciado é a dispensa do visto de advogado nos atos constitutivos e alterações registradas.

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Com relação às deliberações sociais, as ME ou EPP são dispensadas da realização de reuniões ou assembleias, podendo, inclusive, ter a vontade social expressa através de deliberação de maioria (absoluta) do capital social, sem ao menos ouvir os minoritários.

Esta autonomia da maioria não se aplica para exclusão de sócios ou quando o contrato prever ao contrário.

Em outras palavras, se temos uma sociedade LTDA, com Muricy com 51% do capital social, Muricy pode,

“de ofício”, decidir sobre os temas pertinentes da sociedade, exceto exclusão de sócio, ou exceto se o contrato prever que há necessidade de reunião ou assembleia.

O protesto de títulos também é diferenciado para ME ou EPP. O artigo 73, inciso I diz que no protesto de título, quando o devedor for ME ou EPP, “sobre os emolumentos do tabelião não incidirão quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de classe, criados ou que venham a ser criados sob qualquer título ou denominação, ressalvada a cobrança do devedor das despesas de correio, condução e publicação de edital para realização da intimação”.

Por último, temos a exigência de que o nome empresarial tenha “Microempresa” ou “ME” ou “Empresa de Pequeno Porte” ou “EPP” ao final, sendo dispensado da indicação da atividade exercida (item obrigatório do CC).

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O MEI

Para fecharmos este tópico, devemos tecer alguns comentários sobre o Microempreendedor Individual (MEI).

O MEI é aquele definido pelo nosso Código Civil no artigo 970:

Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.

Tratamento diferenciado

Tributário

Arrecadação conjunta

Exceto alguns tributos e contribuições

específicas

Trabalhista

Poder se fazer representar ou substitiruir diante

da Justiça do Trabalho

Licitações

Melhores condições de

"empate"

Licitações exclusivas

Comercial

Atos constitutivos, alterações e baixa independente da regularidade das

obrigações

Dispensa de advogado

Deliberações mais simplificadas

Protesto de títulos sem acréscimos

Nome empresarial com ME / EPP

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Anteriormente, a doutrina entendia que o conceito de pequeno empresário do artigo 970 também se estendia às ME e EPP, porém atualmente restringe-se ao MEI. Vamos ver o artigo 68 da LC:

Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), o empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual até o limite previsto no § 1º. do art. 18-A.

Só nos falta, então, ver qual é o limite previsto no parágrafo primeiro do artigo 18-A para fechar a questão:

§1º. Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo.

Sendo assim, não nos resta mais dúvida quanto ao enquadramento do pequeno empresário como MEI, aquele cuja receita bruta anual não pode exceder os R$ 81.000,00.

Já dissemos que o MEI é o empresário individual com faturamento de até R$ 81.000,00. Acontece que o empresário individual, mesmo que tenha faturamento de até R$ 81.000,00, precisa obedecer outras condições para ser considerado MEI. Tais condições estão no artigo 18-A da LC nº 123/06 e no artigo 100 da Resolução nº 140/18 do CGSN:

I. Ser optante do SIMPLES

II. Exercer, de forma independente, apenas as ocupações constantes do Anexo XI da Resolução nº 140/18 do CGSN;

III. Possuir um único estabelecimento;

IV. Não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador

V. Contrate no máximo um empregado com um salário mínimo ou piso da respectiva categoria

Muito importante destacar a dispensa total de escrituração desse pequeno empresário, conforme estudado por nós na nossa aula 01. Está preconizado no artigo 1.179, parágrafo segundo, CC:

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

§1º. Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.

§2º. É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.

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Atenção !!

Sendo assim, o MEI não será obrigado a seguir sistema de contabilidade nem elaborar os demonstrativos financeiros.

Outra vantagem de destaque conferida pelo legislador ao MEI está preconizada no artigo 4º., parágrafo terceiro, LC 123:

§3º. Ressalvado o disposto nesta Lei Complementar, ficam reduzidos a 0 (zero) todos os custos, inclusive prévios, relativos à abertura, à inscrição, ao registro, ao funcionamento, ao alvará, à licença, ao cadastro, às alterações e procedimentos de baixa e encerramento e aos demais itens relativos ao Microempreendedor Individual, incluindo os valores referentes a taxas, a emolumentos e a demais contribuições relativas aos órgãos de registro, de licenciamento, sindicais, de regulamentação, de anotação de responsabilidade técnica, de vistoria e de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas.

Esse custo zero estatuído na LC 123 visa retirar da informalidade os pequenos empreendedores do país, dando-lhes a oportunidade de formalizarem sua existência sem custos, podendo auferir os benefícios de sua regularização, como facilidade de obtenção de crédito, possibilidade de participar em licitações em condições vantajosas, enfim, visando ao crescimento da atividade empresarial. O MEI, por exemplo, é o jornaleiro, o vendedor de churros, o pipoqueiro, a manicure, vendedores de bolos e doces artesanais, enfim, essas atividades mais rudimentares, desde que a receita anual esteja enquadrada no limite de 81 mil reais.

O artigo 18-A é o mais relevante neste estudo do MEI e vamos destacar os pontos mais importantes:

Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.

O caput do artigo 18-A estabelece a opção pelo tratamento tributário do Simples Nacional em valores mensais fixos, independentemente da receita mensal do MEI. O parágrafo primeiro que trata do limite de receita bruta já foi por nós estudado.

Destacamos do artigo 18-A os parágrafos sexto e sétimo, que enumeram hipóteses de desenquadramento do MEI:

§ 6º O desenquadramento da sistemática de que trata o caput deste artigo será realizado de ofício ou mediante comunicação do MEI.

§ 7º O desenquadramento mediante comunicação do MEI à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB dar- se-á:

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I - por opção, que deverá ser efetuada no início do ano-calendário, na forma disciplinada pelo Comitê Gestor, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-calendário da comunicação;

II - obrigatoriamente, quando o MEI incorrer em alguma das situações previstas no § 4º deste artigo, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrida a situação de vedação, produzindo efeitos a partir do mês subseqüente ao da ocorrência da situação impeditiva;

Sendo assim, o próprio empresário poderá optar pelo não enquadramento como MEI ou ser de ofício desenquadrado. Por opção, produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro do ano em que pede o desenquadramento.

Caso o MEI seja enquadrado em uma das hipóteses de vedação do parágrafo quarto, abaixo transcrito, também será desenquadrado, desta vez de ofício:

§4º. Não poderá optar pela sistemática de recolhimento prevista no caput deste artigo o MEI:

I - cuja atividade seja tributada na forma dos Anexos V ou VI desta Lei Complementar, salvo autorização relativa a exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo CGSN; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)

II - que possua mais de um estabelecimento;

III - que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; ou

O inciso I remete às receitas brutas anuais de ME ou EPP; são também vedadas as hipóteses de possuir outro estabelecimento, além da participação de outra empresa como sócio, titular ou administrador.

Por fim, vamos estudar como será processado o desenquadramento do MEI:

III - obrigatoriamente, quando o MEI exceder, no ano-calendário, o limite de receita bruta previsto no § 1º deste artigo, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrido o excesso, produzindo efeitos:

a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente ao da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento);

b) retroativamente a 1º de janeiro do ano-calendário da ocorrência do excesso, na hipótese de ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento);

Caso exceda o limite de R$ 81 mil anuais, teremos 2 possibilidades: se ultrapassar em mais de 20%

retroage a 1º. de janeiro; se ultrapassar em menos de20%, será a partir de 1º. de janeiro do ano subsequente (é uma lambuja que o legislador deu ao MEI).

Vamos por fim tratar de MEI que iniciou suas atividades e ultrapassou esse limite de receita bruta proporcionalmente:

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IV - obrigatoriamente, quando o MEI exceder o limite de receita bruta previsto no § 2º deste artigo, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrido o excesso, produzindo efeitos:

a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente ao da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por cento);

b) retroativamente ao início de atividade, na hipótese de ter ultrapassado o referido limite em mais de 20%

(vinte por cento).

§2º. No caso de início de atividades, o limite de que trata o § 1o será de R$ 6.750,00 (seis mil, setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

Teremos, conforme visto no inciso IV, que a data de início do desenquadramento será conforme a regra dos 20% explicada para o inicio III.

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Comércio Eletrônico

Tema relativamente novo nos concursos.

Muito provavelmente você adquiriu este material através do comércio eletrônico. Você entrou no site do Direção, selecionou o curso ou o pacote, preencheu seus dados e confirmou a compra através de algum meio de pagamento (cartão, boleto, transferência, etc.).

A verdade é que hoje quase todos nós já utilizamos o comércio eletrônico.

Formalmente, o comércio eletrônico é definido como “os atos de circulação de bens, prestação de serviços ou intermediação de serviços em que as tratativas pré-contratuais e a celebração do contrato se fazem por transmissão e recebimento de dados por via eletrônica, normalmente no ambiente da internet”.

A internet, hoje em dia, ao invés de ser vista como um estabelecimento virtual, é visto como um canal de negócios.

São 3 tipos de comércio eletrônico (a maioria das questões trata deste tema!):

• B2B, business to business. É o tipo de transação eletrônica em que ambas as partes da transação são empresários. Um exemplo é a padaria do seu Zé adquirindo farinha de trigo através do site do atacadista.

• B2C, business to consumer. É o tipo em que uma das partes é um empresário e outra é um consumidor, definido pelo Código de Defesa do Consumidor. A sua compra no site do Direção é classificada como B2C.

• C2C, consumer to consumer. É quando nenhuma das partes da transação é um empresário. O empresário dono do site (como se fosse o gestor da transação) serve somente como intermediador. É aquela compra feita no Mercado Livre ou no eBay.

Essa diferença é muito importante para identificar quais as normas se aplicam.

No B2B estamos falando de uma transação em que se aplicam as normas do Direito Empresarial. No B2C estamos diante do Direito do Consumidor.

Já no C2C temos duas regências: Entre o comprador e o vendedor estamos diante da regência do regime contratual do Direito Civil (lembre do exemplo do Mercado Livre, onde duas pessoas fazem um negócio). Já entre o empresário dono do site e os internautas (vendedor e comprador), estamos diante do Direito do Consumidor.

Vale a pena lembrar que o nome do domínio (também conhecido como site) cumpre duas funções:

Técnica, proporcionando a conexão eletrônica entre as partes

Jurídica, identificando o canal de vendas do empresário Um último ponto é a diferença entre e-commerce e m-commerce.

E-commerce é o comércio eletrônico no sentido “tradicional”. O cliente acessa o site e realiza a compra.

M-commerce é o comércio eletrônico realizado através de dispositivos móveis (mobile). Nesta categoria estão as IAP (in app purchases), que são as compras realizadas através da plataforma do próprio aplicativo.

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Quando você abre um jogo no celular e você compra, por exemplo, vidas (alguém falou Candy Crush aí...). Esta compra é feita através de IAP (In App Purchase, que significa compra dentro do aplicativo)e é considerada um m-commerce. O m-commerce pode ser realizado através de qualquer gadget, não somente o celular.

Infelizmente, devido à escassez de questões, vamos trabalhar com questões de outras bancas.

(ESAF. MDIC – Analista de Comércio Exterior. 2012) Assinale a opção correta.

a) Em Business-to-consumer (B2C), os vendedores são organizações e os compradores são pessoas físicas.

b) O comércio eletrônico restringe-se a pequenas e médias empresas.

c) O comércio eletrônico não comporta leilões eletrônicos.

d) Em Business-to-consumer (B2C), os vendedores são gestores e os compradores são organizações.

e) O comércio eletrônico favorece as grandes empresas na concorrência com as pequenas empresas.

Resolução:

Vamos iniciar pela letra B. O comércio eletrônico é amplamente utilizado pelas empresas de grande porte. Veja a Amazom americana, Apple (maior empresa do mundo), etc. No Brasil temos as Lojas Americanas, Magazine Luiza, etc.

Letra C. Nada impede a realização de leilões eletrônicos, sites como Mercado Livre e eBay (C2C) possuem muitos itens nesta modalidade. O leilão eletrônico é quando o vendedor não estipula um preço de venda imediata. Abre-se uma janela temporal, 3 dias por exemplo, e neste tempo os potenciais compradores dão lances. Quando a janela temporal se fechar, o maior lance leva o item. Isto é muito utilizado para venda de itens

Comércio Eletrônico

B2B Entre

empresários Direito

Empresarial

B2C Empresário e

Consumidor Direito do

Consumidor

C2C

Empresário e

internautas Direito do

Consumidor

Entre os

internautas Direito Civil

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de colecionador, para os quais é difícil realizar uma precificação precisa. Nada impede, inclusive que o próprio empresário realize o leilão.

Letra D. No B2C os vendedores são empresários, não gestores. A ideia de gestores pode ser aplicada no C2C.

Letra E. Pelo contrário! O comércio eletrônico abriu portas que antes poderiam ser consideradas impossíveis, em especial para os pequenos e médios empresários.

Letra A. Voltamos à letra A. Esta foi a opção correta e, pelo que apontamos, é a única “não errada”. A nosso ver não se pode limitar o B2C a transações entre organizações (empresários) e pessoas físicas. A própria definição de consumidor do Código de Defesa do Consumidor diz:

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

De qualquer forma, a letra A foi o gabarito da questão.

Resposta: A.

(FDC. CREMERJ – Administrador. 2011)

O tipo de comércio eletrônico entre empresas usando sites como lojas virtuais para realizar a venda de produtos e serviços é o:

a) G2G b) C2C c) B2G d) B2C e) B2B

Resolução:

Acabamos de ver. Comércio eletrônico entre empresas é o B2B.

Resposta: E.

(UFF. UFF – Analista de TI. 2009)

Segundo Laudon, as três principais categorias de comércio eletrônico são:

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a) B2B, B2C e C2C;

b) B2G, G2G e G2C;

c) B2B, G2C e C2C;

d) B2C, G2G e C2C;

e) B2B, B2C e G2C.

Resolução:

As 3 categorias que temos são: B2B, B2C e C2C.

Resposta: A

(FCC. MPE - RN. 2010)

É o tipo de comércio eletrônico embasado em modelos, tais como, leilões, lojas online, e serviços online.

Trata-se de

a) G2B.

b) G2C.

c) C2C.

d) B2B.

e) B2C.

Resolução:

Poderíamos primeiro pensar em C2C, devido aos leilões. Porém “lojas online” é uma característica do modelo B2C.

Veja que o tipo B2B também comporta uma loja online. Acontece que a caraterística principal do B2B não é a loja online ostensiva. Estamos falando de soluções que você normalmente não vê quando acessa a internet. A não ser que estejamos falando especificamente de “empresário para empresário”, estamos falando do B2C.

Resposta: E

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(FCC. MPE - RN. 2010)

Na era digital, uma das principais aplicações de sistemas de informações está no comércio eletrônico. Uma das modalidades que mais tem crescido nos últimos anos é o comércio eletrônico realizado por meio de dispositivos móveis. Esse tipo de comércio eletrônico é conhecido como

a) m-commerce.

b) e-mobile.

c) e-business.

d) e-procurement.

e) m-mobile.

Resolução:

Estamos diante da modalidade m-commerce, que é o comércio eletrônico realizado através de mobile (gadgets).

Resposta: A

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Impedimentos e Capacidade do Empresário Individual

Vamos primeiro analisar os requisitos para a condição de empresário, individual previstos no texto legal.

Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.

O art. 972 estabelece, portanto, duas condições para o exercício da atividade de empresário:

Pleno gozo da capacidade civil

Não forem legalmente impedidos.

Veja que o legislador fala de exercer atividade de empresário. Claro que não se pode falar sobre capacidade civil das sociedades empresárias. Por outro lado, o EIRELI, embora seja empresário individual, é um novo ente, conforme Enunciado da Jornada de Direito Comercial.

Atenção !!

Quando falamos em empresário nesse caso, estamos nos referindo àquele empresário individual (pessoa física), que responde ilimitadamente com seus bens pessoais; o legislador estabeleceu, portanto, essa vedação ao incapaz de ser um empresário individual para proteger os credores de boa-fé, assim como a sociedade como um todo pelos eventuais prejuízos por pessoa a quem não possa ser imputada responsabilização por seus atos empresariais.

Impedimentos

Vamos começar nossa abordagem discorrendo sobre os que foram legalmente impedidos. Vale ressaltar que essa vedação é apenas para o exercício empresarial, sendo possível, no entanto, que o legalmente impedido figure como sócio. Mais uma vez, veja a importância de saber distinguir o sócio do empresário. Esse sócio, porém, deverá possuir responsabilidade limitada, assim como não poderá figurar como gerente ou administrador contratualmente.

Os impedidos, portanto, são civilmente capazes, porém a legislação os impede de exercer o a atividade empresarial enquanto empresário individual. Na maioria dos casos, é motivado por um fator da profissão que veda o exercício desta atividade, tais como militares, juízes, promotores, defensores, servidor público da União), assim como os condenados do art. 1.011, que veremos em breve. A regra se aplica a empresário individual e não a sócios.

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Caso haja infração pela prática da atividade empresarial impedida, inicia-se um processo administrativo contra o exercente que pode acarretar desde a sanção disciplinar até a perda do cargo.

Vamos explorar agora nossa primeira e já citada hipótese de impedimento da atividade empresarial, disposta no art. 1.011, parágrafo primeiro, do Código Civil.

Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios.

§ 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.

Ou seja, os condenados por esses crimes supracitados são vedados à constituição de empresário individual.

Vamos a um exercício de fixação:

(CESPE. PC-SE - Delegado de Polícia. 2018)

A respeito das condições para o exercício de atividade comercial, julgue o item subsequente.

Condenado por crime falimentar não pode se registrar na junta comercial como empresário individual, mas pode figurar como sócio de responsabilidade limitada, desde que sem poderes de gerência ou administração.

Certo Errado

RESOLUÇÃO:

Existem duas condições para o exercício da atividade de empresário:

-> Pleno gozo da capacidade civil -> Não forem legalmente impedidos.

Os condenados por crime falimentar, mesmo em pleno gozo da capacidade civil, estão impedidos de registro como empresário individual, mas podem sim ser sócios.

Entretanto, cabe lembrar, existem limitações à atividades como sócio, como podemos ver no § 1o do artigo 1.011 do CC:

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§ 10 Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.

Resposta: Certo

(CESPE. AGU. 2015)

Acerca dos impedimentos, direitos e deveres do empresário, julgue o item que se segue de acordo com a legislação vigente.

Condenados por crime falimentar ou contra a economia popular não podem figurar como sócios em sociedade limitada, ainda que sem função de gerência ou administração.

Certo Errado

RESOLUÇÃO:

Já vimos que os legalmente impedidos não poderão constituir empresa, podendo figurar como sócios, com responsabilidade limitada, e sem funções de administração:

Resposta: Errado

Vocês podem perceber a repetição da cobrança do assunto em provas tão próximas.

Outros impedimentos legais encontram-se esparsos em legislações especiais. Assim exemplificamos o que falamos logo no início das situações de impedimento legal: art. 117, X, da Lei 8.112/90, relativa aos servidores públicos federais; art. 36, I da Lei Orgânica da Magistratura Nacional; o art. 44, III, da Lei relativa aos membros do Ministério Público; e art. 29 da Lei 6.880/1980, relativo aos militares.

Atenção !!

Se, mesmo assim, o empresário resolve arriscar-se e estabelecer uma sociedade empresarial, apesar de seu impedimento, o que acontece? Obviamente, responderá pelas obrigações contraídas, conforme art. 973 do Código Civil.

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Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.

Os contratantes de boa-fé não podem ser surpreendidos por fatos alheios ao seu discernimento. Logo, são válidos os atos produzidos pelo empresário legalmente impedido.

Incapacidade

É um requisito para ser empresário a capacidade civil plena, conforme vimos no art. 972. O texto legal explicita a necessidade do pleno gozo da capacidade civil para o exercício da atividade empresarial. Vamos, então, analisar quais são as consequências desse exercício empresarial por incapaz e as exceções em que são autorizadas por lei o seu exercício de atividade empresarial.

É importante saber que a condição de empresário é vedada ao incapaz nas situações em que ele será individualmente responsável pela atividade empresarial, com as exceções estabelecidas em lei.

Vamos aos dispositivos legais:

Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

O art. 974 nos traz que o incapaz poderá continuar a empresa. Repare que o legislador se referiu apenas à continuidade da atividade; não existe a hipótese de início de atividade empresarial. E mais: mesmo que ele continue o exercício da atividade empresarial, há necessidade de representação ou assistência. Esse artigo 974 está relacionado ao incapaz como empresário individual apenas.

A incapacidade a que o artigo 974 se refere é, portanto, superveniente, já que não há possibilidade de um incapaz iniciar a atividade empresarial individualmente.

Uma outra situação também existe em que o incapaz é autorizado a continuar o exercício da atividade empresarial, quando adquire a titularidade do exercício por sucessão causa mortis.

Vejamos o enunciado 203 da III Jornada de Direito Civil nesse sentido:

203. O exercício da empresa por empresário incapaz, representado ou assistido, somente é possível nos casos de incapacidade superveniente ou incapacidade do sucessor na sucessão por morte.

A incapacidade superveniente, portanto, também decorre da incapacidade do sucessor na sucessão por morte.

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§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.

O parágrafo primeiro estabelece a necessidade de prévia autorização judicial para a continuidade empresarial pelo incapaz. Ou seja, apenas o juiz poderá autorizar esse exercício excepcional de atividade empresarial. Ao mesmo tempo que compete ao juiz autorizar antes a continuação do exercício da atividade empresarial pelo incapaz, ao juiz é dada a possibilidade de revogá-la.

Outro ponto que merece destaque é que uma eventual revogação do juiz não afetará direitos adquiridos por terceiros. Ou seja, mesmo revogada posteriormente pelo juiz a continuidade, os atos empresariais produzidos, durante o período em que esteve autorizada a continuidade do exercício da atividade empresarial pelo incapaz, são válidos.

§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.

O legislador nesse parágrafo segundo protegeu o incapaz de ser afetado em seus bens pessoais. Ou seja, os bens do incapaz existentes antes do início do exercício da atividade empresarial não poderão ser executados por dívidas decorrentes da atividade empresarial. O legislador, portanto, limitou a responsabilidade do incapaz empresário. O alvará expedido pelo juiz contendo os bens do incapaz será o documento base para verificação dos bens do incapaz constituídos antes do início da atividade empresarial.

Válido também lembrar da possibilidade do assistente ou representante nomear um ou mais gerentes caso, por disposição de lei, não puder exercer a atividade de empresário, conforme artigo 975, vejamos:

Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes

(CESPE. PC-SE - Delegado de Polícia. 2018)

A respeito das condições para o exercício de atividade comercial, julgue o item subsequente.

O incapaz é impedido de iniciar atividade empresarial individual, mas poderá, excepcionalmente, ser autorizado a dar continuidade a atividade empresária preexistente.

Certo Errado

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RESOLUÇÃO:

São duas as possibilidades do incapaz continuar o exercício de empresa:

-> No caso de incapacidade superveniente própria.

-> No caso do incapaz receber o exercício da empresa por herança ou sucessão

Vejamos o enunciado 203 da III Jornada de Direito Civil nesse sentido:

203. O exercício da empresa por empresário incapaz, representado ou assistido, somente é possível nos casos de incapacidade superveniente ou incapacidade do sucessor na sucessão por morte.

De qualquer forma o incapaz não possui respaldo legal para iniciar a atividade empresarial.

Resposta: Certo

(CESPE. AGU. 2015)

Acerca dos impedimentos, direitos e deveres do empresário, julgue o item que se segue de acordo com a legislação vigente.

O incapaz não pode ser autorizado a iniciar o exercício de uma atividade empresarial individual, mas, excepcionalmente, poderá ele ser autorizado a dar continuidade a atividade preexistente.

Certo Errado

RESOLUÇÃO:

O incapaz não pode iniciar a atividade empresarial, podendo apenas continuá-la, em certas situações, assistido ou representado, desde que devidamente autorizado pelo juiz.

Resposta: Certo

Não é a primeira vez na nossa aula que vemos questões se repetindo da CESPE. Vamos ficar espertos.

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§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz (...)

A vedação é, portanto, como já exaustivamente dissemos, para o incapaz ser EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, ressalvadas as exceções legais (continuidade por superveniência de incapacidade ou aquisição de titularidade por causa mortis). Não se pode confundir com a figura do sócio. Quanto a ser sócio, não há esse impedimento, desde que cumpra os requisitos legais, como, por exemplo, não ser o sócio administrador.

(CESPE. ABIN - Oficial Técnico de Inteligência. 2018)

No que concerne aos requisitos, impedimentos, direitos e deveres do empresário, aos atos de comércio e aos contratos de empresas, julgue o item subsecutivo.

Situação hipotética: João, empresário e proprietário de uma loja de roupas, sofreu um acidente vascular cerebral, razão por que foi decretada a sua incapacidade civil.

Assertiva: Nessa situação, João poderá continuar na empresa, assistido ou representado pelos seus pais, mediante autorização judicial.

Certo Errado

RESOLUÇÃO:

Já vimos esse tópico. Cumpre lembrar que o Código Civil estabelece a necessidade de prévia autorização judicial para a continuidade empresarial pelo incapaz.

Resposta: Certo

Vamos esquematizar as vedações ao exercício de empresa:

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(CESPE. SEFAZ-RS. 2019)

Entre as pessoas físicas que estejam em pleno gozo da capacidade civil e às quais a legislação não impeça de exercer a atividade de empresário estão incluídos os

a) magistrados e membros do Ministério Público.

b) estrangeiros naturalizados há mais de cinco anos para sociedades que desenvolvam atividade de radiodifusão sonora e de sons e imagens.

c) emancipados.

d) parlamentares federais, no caso de sociedade que goze de favor do poder público.

Vedações ao exercício de empresa

Não estar em pleno gozoda capacidade

civil

Exceção: continuar empresa após

incapacidade superveniente Exceção: continuar

empresa cuja titularidade foi adquirida causa

mortis

Legalmente impedidos

Condenados a certos crimes

servidor público federal

magistrados e membros do Ministério Público

Militares

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e) falidos não reabilitados.

Resolução:

Uma questão bem difícil da CEPSE explorando o tema impedimento ao exercício de empresa. Pena que a banca acabou se enrolando conceitualmente. Veja que é uma questão de uma banca grande e bem recente (agora de 2019!). Vamos às alternativas:

Letra A. Ambos estão impedidos de exercer a atividade de empresário.

Letra B. A alternativa faz referência direta ao artigo 222, e seu parágrafo 1º, da Constituição, que dizem:

Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.

§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação.

Estamos diante do caso de um sócio participante de uma sociedade.

Neste caso o sócio é o estrangeiro naturalizado há mais de cinco anos e a sociedade é a sociedade que desenvolve atividade de radiodifusão sonora e de sons e imagem.

Ocorre que as vedações do artigo 222, e seu parágrafo 1º, citados anteriormente, são quanto ao estrangeiro naturalizado há menos de 10 anos possuir a propriedade de empresa (que é uma empresa individual, uma vez que atividade de empresa realizada por pessoa física é o empresário individual) ou de sociedade empresária cuja participação de estrangeiros naturalizados há menos de 10 anos seja superior a 30% do capital votante.

Assim, a assertiva não contém erro, a nosso ver. Entretanto a banca a considerou errada.

Letra C. Esse é o nosso gabarito. Os emancipados não estão impedido de exercer a atividade empresarial, pelo menos não por ser emancipado.

Letra D. A alternativa faz referência direta ao Art. 54, inciso II, alínea a), da Constituição, que diz:

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:

II – desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

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Ocorre que a assertiva não trata desse caso. A assertiva traz o caso de parlamentar federal sócio de sociedade que goze de favor do poder público.

Ora, a pessoa do sócio (no caso da assertiva, o parlamentar) não se confunde com a pessoa do empresário (no caso da assertiva a sociedade que goza do favor do poder público).

A vedação do artigo 54 da Carta Magna refere-se ao parlamentar federal ser proprietário, controlador ou diretor de tal sociedade empresária, informações que não constam na assertiva. Mais uma vez, a assertiva não contém erro, a nosso ver. Entretanto a banca a considerou errada

Letra E. Falidos e não reabilitados estão na relação de impedidos de exercer atividade empresarial.

Veja que, mesmo com a confusão da banca, o candidato atento conseguiria ver que a letra C estaria correta com certeza. A banca não alterou o gabarito e manteve a letra C.

Resposta: C.

Empresário individual Casado

Vamos agora ver quais regras o legislador estabeleceu para o empresário individual casado exercer suas atividades empreendedoras, tendo em vista que seu patrimônio pessoal se confunde com o da empresa. Como sua responsabilidade patrimonial é direta e ilimitada, gerará consequências jurídicas ao patrimônio de seu cônjuge? Será que por conta disso é vedada a figura do empresário individual casado? Você, aluno, está visualizando a possibilidade de algum impedimento? Vejamos o que o legislador estabeleceu.

Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

Esse artigo 978 está relacionado à questão patrimonial do empresário individual casado. O texto legal acima dispõe que há dispensa da outorga conjugal para alienação de imóveis integrantes do patrimônio da empresa ou gravados de ônus real. Como, então, isso é viabilizado na prática? Vejamos abaixo o Enunciado 58 da II Jornada de Direito Comercial:

58. O empresário individual casado é o destinatário da norma do art. 978 do CCB e não depende da outorga conjugal para alienar ou gravar de ônus real o imóvel utilizado no exercício da empresa, desde que exista prévia averbação de autorização conjugal à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no cartório de registro de imóveis, com a consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no registro público de empresas mercantis.

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Ou seja, não há necessidade de outorga conjugal, pois já houve prévia autorização, averbada no respectivo cartório de registro de imóveis, além da consequente averbação à margem da inscrição no registro público de empresas mercantis.

Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

Para oposição a terceiros, o empresário deverá proceder com os registros na Junta Comercial.

Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.

Mais uma vez vemos a necessidade de arquivo e averbação no Registro Público de Empresas Mercantis.

(CESPE. Juiz Substituto - PR. 2017)

Com relação a empresário e atividade de empresa, assinale a opção correta.

a) Para instituir sucursal em lugar sujeito à competência de outro registro público de empresas mercantis, bastará ao empresário averbar a constituição do estabelecimento secundário no registro público de empresas mercantis da respectiva sede.

b) A empresária casada sob o regime de comunhão universal não precisa da outorga conjugal para alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa.

c) A continuidade do exercício de empresa por quem era capaz e deixou de sê-lo prescinde de autorização judicial.

d) É vedada a transformação de registro de empresário individual em registro de sociedade empresária.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as alternativas:

A assertiva a está incorreta, pois além da averbação do estabelecimento secundário no RPEM da sede, também é necessário no RPEM do Estado em que o estabelecimento está localizado, conforme artigo 969 do Código Civil.

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