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Academic year: 2021

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16°

TÍTULO: O ENFERMEIRO E A CONSTRUÇÃO DA AUTOMOMIA PROFISSIONAL NO PROCESSO DE ENFERMAGEM

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE NOSSA CIDADE INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): DANIELE SENHORINHA DA SILVA OLIVEIRA, ANDRÉ ALVES, ÂNDREA DE CASSIA RODRIGUES COSTA, ELIZANGELA DA SILVA SANTOS DARIO, MARILENE SIMÃO SILVA, PERLA GESIANE GONÇALVES MARTINEZ COSTA, VANESSA DE ARAUJO ROQUE

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LUIZ FAUSTINO DOS SANTOS MAIA ORIENTADOR(ES):

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1 1. Resumo

Neste trabalho foram abordados os aspectos da construção da autonomia profissional no processo de enfermagem, para isso realizou-se uma revisão literária, onde analisamos 11 artigos. Como resultados, foi possível identificar que autonomia consiste em uma organização administrativa segura feita pelo enfermeiro, onde supervisiona e direciona a equipe colocando em prática todo conhecimento técnico científico adquirido. Situações como conflitos, divergências, dificuldades, desgastes físicos, insatisfação pessoal com assistência prestada, aumento na demanda de atendimentos, números de funcionário insuficientes entre outros, podem dificultar o exercício dessa autonomia. Por isso é de fundamental importância que os enfermeiros como lideres, busquem soluções e novos modelos de gestão que respondam às dificuldades, assegurando e assistência prestada ao paciente e direcionando a equipe (técnicos e auxiliares de enfermagem) sobre os procedimentos, materiais e cuidados que serão prestados, levando também em consideração critérios legais, éticos e deveres profissionais, tendo sabedoria e inteligência, de forma a exercer sua liderança.

Descritores: Autonomia, Assistência de Enfermagem, Enfermagem.

2. Introdução

Autonomia é uma palavra de origem grega, "autos" significa por si mesmo, e "monos" compartilhamento, instituição, lei convenção, então esta palavra caracteriza o exercício de se governar por si mesmo, ter liberdade, independência moral e intelectual, a propriedade que o homem tem o poder de discernir as leis que regem sua conduta, a forma que queira proceder (Stancato, Gonçalves, 2012).

Na enfermagem as relações de trabalho são reguladas pelo Código de Ética dos profissionais de Enfermagem, que discute o exercício da profissão com liberdade e autonomia, embora seja autorizada essa liberdade parece ser proibida diante de tantas normas a serem seguidas, sejam elas éticas, legais, administrativas e institucionais. Sendo assim essa liberdade pode influenciar na capacidade do profissional atuar com autonomia (Przenyczka, Lenardt, Mazza, Lacerda, 2012).

A conquista dos profissionais de enfermagem são características permanentes de um espaço já dominado, podendo se perder a qualquer momento, para evitar que isso aconteça é necessário que o profissional tenha capacidade para agir em

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determinadas situações, através do conhecimento científico, lei do exercício profissional, formação especifica da área da saúde e domínio da profissão (Gomes, Oliveira, 2010).

A autonomia no trabalho de enfermagem é diferenciada por ser continua e desgastante, é necessário que se tenha capacidade para trabalhar com conflitos, enfrentado os problemas, propondo estratégias que o aproximem da equipe e do cliente, conquistando assim um reconhecimento que pode contribuir para a qualidade do cuidado (Beck, Prestes, Silva, Tavares, et al, 2014).

Assim, a autonomia não é apenas o exercício do poder, mas o direito, valor, artifício a ser conquistado e alcançado no cotidiano por meio de jeitos, maneiras e ações contínuas. Para a construção da autonomia profissional do enfermeiro é necessário, dentre outros dados, a definição e a delimitação de sua identidade profissional, ou seja, o que é característico da profissão que a diferencia das outras atividades laborais e ocupacionais (Kalinowski, Martins, Neto, Cunha, 2012).

O enfermeiro encontra muitos desafios em sua trajetória e para saber direcionar a relação entre clientes e profissionais da saúde, é necessário que atue com iniciativa e segurança, demonstrando suas habilidades e responsabilidades em executar suas tarefas, deve se organizar, tornando assim uma relação harmoniosa, na qual cada um ocupa seu espaço entre sentir, pensar e agir (Menezes, Priel, Pereira, 2011).

A enfermagem só poderá adquirir plena autonomia quando o cuidado passa a ser visto como uma esfera privilegiada na área da saúde, tanto do ponto de vista cientifica como na pratica. Ao conquistar o reconhecimento e visibilidade, o profissional diante da equipe de saúde e dos clientes e familiares, pode sentir- se satisfeito com o trabalho o que irá motiva-lo a desenvolver o cuidado com maior qualidade (Beck, Prestes, Silva, Tavares, et al, 2014).

As mudanças na sociedade causam reflexo sobre a autonomia profissional do enfermeiro. De acordo com estudos realizados, descobriu-se que as maiores dificuldades para desempenha-la ocorrem devido à falta de segurança, conhecimento cientifico, relações interpessoais e de liberdade, recursos de materiais e humanos, desvalorização do profissional, paradigmas das instituições, hierarquia, burocracia, entre outros (Przenyczka, Lenardt, Mazza, Lacerda, 2012).

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Os profissionais de enfermagem no Brasil ao total são 1.449.583 trabalhadores, destes 287.119 são enfermeiros, sendo 625.863 técnicos de enfermagem e 533.422 auxiliares de enfermagem. Os técnicos de enfermagem representam cerca de 43,18% da força de trabalho nesta área no Brasil. Portanto, discutir com os técnicos de enfermagem assuntos relacionados à assistência, é válido para a compreensão do processo de trabalho do enfermeiro e justifica a necessidade de desenvolvimento e conhecimento que envolva esses profissionais da saúde (Stancato, Gonçalves, 2012).

Sendo assim, a enfermagem deve se colocar de forma mais enfática e autônoma no que diz respeito ao seu reconhecimento, pois esta mudança se faz necessária para que ocorra uma melhoria na formação acadêmica possibilitando uma maior participação do enfermeiro nos projetos que viabilizam uma assistência mais adequada ao paciente e comunidade (Beck, Prestes, Silva, Tavares, et al, 2014).

3. Objetivos

Determinar as principais dificuldades encontradas pelos enfermeiros para atuar com autonomia e liberdade, durante o processo de enfermagem.

4. Metodologia

Trata-se de um estado de revisão da literatura, por meio do qual, realizou-se um levantamento da produção cientifica relacionada à “O enfermeiro e a construção da autonomia profissional no processo de enfermagem”, na base de dados de Scielo, LILACS, referente ao período de 2009 à 2015. Foram utilizados os seguintes descritores: Enfermagem, autonomia profissional, papel do enfermeiro. Na busca foram identificados 20 artigos.

As pesquisas selecionadas foram categorizadas conforme o enfoque temático, ano de publicação, cenário da pesquisa e metodologia abordada. Foram excluídos 08 artigos, por não atenderem os critérios de inclusão, 03 não se enquadram à temática e 05 artigos foram publicados antes do ano de 2009. Resultando em 11 artigos para realização do estudo.

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4 5. Desenvolvimento

A autonomia do enfermeiro consiste em uma organização administrativa segura, planejamento, orientação, direcionar funções ao técnico de enfermagem eliminando qualquer dúvida a respeito de procedimentos que serão realizados e os materiais que deverão ser utilizados para uma assistência segura baseado na ação do enfermeiro a partir da influência sociais e culturais (Pires, 2011).

A Supervisão da equipe, a organização, domínio da pratica profissional, controle no processo de cuidar, valorização profissional, comprometimento com os pacientes a equipe, estratégias para interferir em conflitos, divergências, dificuldades, desgastes físicos, insatisfação pessoal com assistência prestada, aumento na demanda de atendimentos e números de funcionário insuficientes, são situações que exigem decisões do enfermeiro sendo ele responsável pelas ações daqueles que não possuem autonomia. Levando em consideração seus deveres profissionais, critérios legais, éticos e a equidade, seguindo o código legislação do exercício profissional, cujo compromisso final está voltado ao cuidado do paciente, as decisões inclusive de prioridades são tomadas em um conjunto dentro de uma autonomia (Copelli, Oliveira, Erdmann, Gregório, et al, 2015).

6. Resultados

Autonomia e o Processo de Enfermagem

É uma palavra forte de origem grega, tem o significado claro e objetivo por si mesmo é impor respeito e poder que conduzir a liberdade, a independência, a escolha da melhor conduta a ser tomada (Beck, Prestes, Silva, Tavares, et al, 2014). No processo de enfermagem, ou seja, no trabalho de enfermagem não é tão simples é um pouco desgastante, é necessário que o enfermeiro saiba conduzir sua equipe, tendo sabedoria e inteligência e paciência para trabalhar com os conflitos resolve-los para aproximar a equipe (Przenyczka, Lenardt, Mazza, Lacerda, 2012).

Dentro dos hospitais é cada vez mais importante priorizar a assistência de enfermagem, tanto no ponto de vista científico como pratico, é necessário que o enfermeiro tenha um conhecimento para identificar quais são as reais necessidades do setor, paciente, acompanhante, e sua equipe, deve entender que a rotina pode ser modificada, sendo um profissional flexível, humano, que tenha empatia,

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passando segurança para a equipe, paciente e familiares (Silva, Oliveira, Neves, Guimarães, 2011).

Como se dá a Construção dessa Autonomia

A realização de atividades gerenciais e assistenciais são as atribuições dos enfermeiros. Entre as assistenciais, destaca-se a realização dos cuidados aos pacientes. Quanto às atividades gerenciais, são destacadas as ações de supervisão da equipe de enfermagem, provisão e previsão de recursos necessários à realização de cuidados, organização do ambiente de trabalho e o dimensionamento da equipe de enfermagem. Essas ações são integradas e o enfermeiro gerente tem responsabilidade ética e legal maior sobre o ambiente de cuidado e as ações da equipe de enfermagem (Copelli, Oliveira, Erdmann, Gregório, et al, 2015).

As disciplinas de ética, bioética e comunicação em saúde, trabalham as questões com os alunos, sobre “como” se ancoram os conceitos de respeito, autonomia, dignidade, mesmo em situações estressantes ou de sobrecarga de trabalho, baseado nisso está nítido a importância do ensino desta temática na graduação dos profissionais para lidar com diversas situações demonstrando habilidades, conhecimento humano-científico, responsabilidade, assim como senso crítico, observação e boa comunicação (Peres, Barbosa, Silva, 2011).

O planejamento da sistematização da assistência de enfermagem garante a responsabilidade junto ao cliente, este processo nos permite diagnosticar as necessidades da pessoa, fazer a prescrição adequada dos cuidados, além disso, pode nortear tomada de decisões em diferentes condições vivenciadas pelo enfermeiro, enquanto administrador do grupo de enfermagem, promovendo a autonomia da profissão. Para o enfermeiro transformar a realidade de uma assistência não planejada, envolve mais do que a vontade individual, tem que se desenvolver um projeto para o alcance dessa meta, no qual são imprescindíveis a vontade política, envolvimento institucional e a melhoria das condições de trabalho (Silva, Oliveira, Neves, Guimarães, 2011).

A enfermagem desempenha um papel principal nos sistemas de saúde e no processo de atendimento ao paciente, sendo uma condição essencial para a transformação de realidades. Destaca-se a fundamental importância das lideranças de enfermagem, responsável em buscar soluções e novos modelos de gestão que

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respondam às dificuldades, assegurando um processo de atendimento baseado nas melhores práticas e que garanta a segurança dos pacientes. Os avanços no campo de conhecimento são fundamentais para subsidiar as lideranças de enfermagem (Magalhaes, Riboldi, Dall’Agnoll, 2009).

7. Considerações Finais

Com base nas reflexões expostas conclui-se que a autonomia do enfermeiro se deve pela liberdade de agir e pelas soluções corretas, que não devem prejudicar o cuidado ao paciente e nem causar danos para o profissional e sua equipe.

Destaca-se a importância que o enfermeiro assume na arte do cuidar, correspondem a realizações de enfermagem por meio de habilidades, conhecimentos, atitudes, planejamento, prática, exercendo sua autonomia de maneira efetiva.

Atuação do enfermeiro dentro de uma equipe incluem ações e gerenciamento para uma assistência segura e qualificada, com a implantação do SAE, é possível avaliar o cuidado, sabendo que cada paciente é diferente, independente da sua doença, é necessário, olhar para o paciente de forma holística, humanizada, valorizando a qualidade da assistência.

Nem sempre a independência é utilizada pelos profissionais de enfermagem, devido insegurança e medo, falta de conhecimento científico, para valorizar e obter reconhecimento é preciso confiança, responsabilidade, dedicação, liderança, saber quais os seus direitos, deveres, conhecer o código de ética, colocando em prática seus conhecimentos para conquistar a confiança do seu paciente, familiares, equipe (auxiliares e técnicos de enfermagem) outros profissionais da equipe multiprofissional (médicos, fisioterapeuta, entre outros), você precisa demonstrar segurança na tomada de decisões.

A importância da autonomia já conhecemos, é importante saber também que a cada dia os enfermeiros, seja pela correria dos plantões ou por ser mais “cômodo”, deixam de lado procedimentos que pertencem a enfermagem, e por mais simples que seja, estamos perdendo nosso espaço, a essência da arte do cuidar, o paciente como um todo, já temos condição de ser profissionais independentes através de especializações, não podemos retroceder, então devemos colocar em prática

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nossos conhecimentos, habilidades, com ética, postura, valorizando nossa profissão e realizando um cuidar digno ao ser humano.

8. Fontes Consultadas

Beck CLC, Prestes FC, Silva RM, Tavares JP, et al. Identidade profissional percebida por acadêmicos de enfermagem: da atuação ao reconhecimento e valorização. Rio de Janeiro: Rev Enferm UERJ. 2014; 22(2):200-5.

Copelli FHS, Oliveira RJT, Erdmann AL, Gregório VRP, et al. Compreendendo a governança da prática de enfermagem em um centro obstétrico. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2015; 19(2):239-245.

Gomes AMT, Oliveira DC. Autonomia profissional em um desenho atômico: representações sociais de enfermeiros. Rev Bras Enferm. 2010; 63(4):608-15. Kalinowski CE, Martins VB, Neto FRGX, Cunha ICKO. Autonomia profissional

durante o trabalho na atenção primária à saúde: uma análise da percepção dos enfermeiros. Sobral: SANARE. 2012; 11(1):06-12.

Magalhães AMM, Riboldi CO, Dall’Agnol CM. Planejamento de recursos humanos de enfermagem: desafio para as lideranças. Rev Bras Enferm. 62(4):608-12.

Menezes SRT, Priel MR, Pereira LL. Autonomia e vulnerabilidade do enfermeiro na prática da Sistematização da Assistência de Enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 2011; 45(4):953-8.

Peres EC, Barbosa IA, Silva MJP. Cuidado humanizado: o agir com respeito na concepção de aprimorandos de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2011; 24(3): 334-340.

Pires MRGM. Limites e possibilidades do trabalho do enfermeiro na estratégia saúde da família: em busca da autonomia. Rev Esc Enferm USP. 2011; 45(2):1710-5. Przenyczka RA, Lenardt MH, Mazza VA, Lacerda MR. O paradoxo da liberdade e da

autonomia nas ações do enfermeiro. Texto Contexto Enferm. 2012; 21(2):427-31. Silva EGC, Oliveira VC, Neves GBC, Guimarães TMR. O conhecimento do

enfermeiro sobre a sistematização da assistência de enfermagem: da teoria à prática. Rev Esc Enferm USP. 2011; 45(6):1380-6.

Stancato K, Gonçalves MCS. Autonomia do enfermeiro: concepções dos profissionais técnicos em enfermagem. REAS - Revista Eletrônica Acervo Saúde. 2012; 4(2):281-307.

Referências

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