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(1)Cecilia Aparecida Vaiano Farhat. Validação e Normatização do Questionário de Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado (QDAO). São Bernardo do Campo 2019.

(2) Validação e Normatização do Questionário de Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado (QDAO). Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo, UMESP, na linha de pesquisa Processos Saúde-Doença e Psicofisiologia, Saúde, Violência e Adaptação Humana ou Trabalho, Organizações e Saúde para obtenção do título de Doutora em Psicologia da Saúde.. Orientadora: Profa. Dra. Maria do Carmo Fernandes Martins.. São Bernardo do Campo 2019.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA F225v. Farhat, Cecilia Aparecida Vaiano Validação e normatização do questionário de diagnóstico adaptativo operacionalizado (QDAO) / Cecilia Aparecida Vaiano Farhat. 2019. 139 p. Tese (Doutorado em Psicologia da Saúde) --Diretoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2019. Orientação de: Maria do Carmo Fernandes Martins. 1. QDAO – Questionário Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado 2. Eficácia adaptativa 3. TRI – Teoria de Resposta ao Item I. Título CDD 157.9.

(4) A tese de doutorado intitulada: “VALIDAÇÃO E NORMATIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE DIAGNÓSTICO ADAPTATIVO OPERACIONALIZADO (QDAO)” elaborada por Cecilia Aparecida Vaiano Farhat, foi apresentada e aprovada em 26 de junho 2019, perante banca examinadora composta pelos professores doutores: Profa Dra Maria do Carmo Fernandes Martins (Presidente/UMESP), Prof Dr Daniel Bartholomeu (Titular/UNISAL), Prof Dr Victor Mantoani Zaia (Titular/FMABC), Profa Dra Hilda Rosa Capelão Avoglia (Titular/UMESP) e Prof Dr Manuel Morgado Rezende (Titular/UMESP).. ___________________________________________________ Profa Dra Maria do Carmo Fernandes Martins Orientadora e Presidente da Banca Examinadora.. ___________________________________________________ Profa Dra Maria do Carmo Fernandes Martins Coordenador do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Saúde. Programa: Pós-Graduação em Psicologia da Saúde. Área de Concentração: Psicologia da Saúde Linha de Pesquisa: Processos Saúde-Doença e Psicofisiologia, Saúde, Violência e Adaptação Humana ou Trabalho, Organizações e Saúde..

(5) Dedicatória. Para Gabriel e Milene.

(6) Agradecimentos. Ao Programa de Pós Graduação em Psicologia da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo que possibilitou o desenvolvimento deste trabalho. A minha orientadora Profa Dra Maria do Carmo Fernandes Martins, pela dedicação, ética, paciência, seriedade e competência com o que conduziu todo o processo de elaboração deste trabalho. Sou grata pelas orientações e por não medir esforços em ajudar. A Profa Dra Maria Geralda Viana Heleno, sem a qual este projeto não estaria sendo desenvolvido. Ao Prof Dr Daniel Batholomeu pelas valiosas dicas, visão crítica do trabalho e pela prontidão no compartilhamento de ideias e conhecimentos. Aos membros da banca de qualificação e de defesa da tese: Prof Dr Daniel Bartholomeu, Prof Dr Victor Mantoani Zaia, Profa Dra Hilda Rosa Capelão Avoglia e Prof Dr Manoel Morgado Rezende por todos os comentários e sugestões para o aperfeiçoamento da tese que foram importantes contribuições neste trabalho. A todos os professores do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde que muito contribuíram para minha formação e conhecimento. Agradeço a secretaria pelo apoio e em especial a Elisangela Castro pela dedicação e prontidão nos meus questionamentos. Aos meus colegas de pós-graduação que me ajudaram quanto a divulgação e coleta de dados..

(7) Resumo Este estudo teve por objetivo buscar evidências de validade e normatização para o Questionário Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado, que avalia a Eficácia Adaptativa em população específica de estudantes universitários. Para que este instrumento possa ser aplicado numa população em indivíduos maiores de 18 anos, ambos os sexos e com nível de escolaridade mínimo de ensino médio completo, há a necessidade de sua reavaliação. Eficácia adaptativa é entendida como o grau de adaptação do indivíduo, advinda da coerência entre seus valores internos e os valores da cultura em que vive. O conceito de adaptação subdivide-se em quatro aspectos: Afetivo Relacional, Produtividade, Sociocultural e Orgânico. Inicialmente, os 210 itens que compunham o QDAO foram reavaliados por quatro juízes especialistas (análise de conteúdo) para verificar a quais setores da adaptação os itens pertenciam. Foram mantidos somente os itens que apresentaram concordância entre os juízes maior ou igual a 80%; assim, o instrumento foi reduzido para 178 itens; em seguida foi realizada a análise semântica, depois da qual o instrumento foi finalizado com 177 itens. Logo, o novo instrumento, ficou com 177 itens, possui validade de conteúdo para avaliar a adaptação tendo em vista que os índices Kappa individuais e o global alcançaram valores maiores do que 85%, acima do padrão estabelecido pela literatura que é de 80%. De posse do novo instrumento foi realizada a coleta de dados, por meio da plataforma on-line do Google-drive. Participaram 489 pessoas, sendo 42,94% com idades entre 19 a 23 anos, totalizando 78% entre 18 a 33 anos (n=380). A maioria eram mulheres 73% (n=355), 49,7% tinham o ensino médio; os solteiros representaram 72% (n=351), a maioria com a renda familiar de até 5 salários mínimos, 39% (n=192) e entre 5 a 10 salários mínimos 35% (n= 168); a maioria dos participantes era da região sudeste (79,6%). Os dados compuseram uma planilha eletrônica e foram analisados pelo software RStudio, por meio do qual foram realizadas as análises dos indicadores de validade e a normatização do novo QDAO. Foi utilizada a Teoria de Resposta ao Item (TRI) multidimensional com a metodologia bfactor. Os resultados revelaram que 60 itens poderiam explicar o construto e apontam que o modelo apresenta índices razoáveis de ajustamento (M2 = 3434.626 (p<0,05), RMSEA = 0,0523 com intervalo de confiança de 95% = [0,050007;0,054555], SRMSR = 0,0670, TLI = 0,7916, CFI = 0,8073) e a fidedignidade geral foi de 0,82, mas somente o setor AR obteve um valor aceitável (0,78), mas está sendo proposto o modelo com 32 itens e do setor A-R. Foram apontados quais itens discriminam cada setor da adaptação. Foi proposta uma normatização que utiliza o critério do limite do intervalo interquartil para detectar os indivíduos com algum problema em algum setor da adaptação observando-se os valores que estão fora desse intervalo interquartil. Comparações com outras estruturas identificadas na literatura revelaram algumas semelhanças quanto às dimensões identificadas, embora haja diferenças na composição dos itens. Apenas uma dimensão possui índice de fidedignidade aceitável. São apontados problemas no estudo e sugere-se uma agenda de pesquisa. Palavras-chave: Questionário Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado; Validação; Teoria de Resposta ao Item multidimensional; Diagnóstico adaptativo; Normatização..

(8) Abstract This study aimed to look for evidence of validity and standardization for the Operationalized Adaptive Diagnostic Questionnaire, which evaluates Adaptive Effectiveness in a specific population of college students. In order for this instrument to be applied to a population of individuals over 18 years old, both sexes and with a minimum level of complete high school, there is a need for reevaluation. Adaptive effectiveness is understood as the degree of adaptation of the individual, arising from the coherence between their internal values and the values of the culture in which they live. The concept of adaptation is subdivided into four aspects: Relational Affective, Productivity, Sociocultural and Organic. Initially, the 210 items that made up the QDAO were reassessed by four expert judges (content analysis) to verify which sectors of the adaptation the items belonged to. Only items with agreement between the judges greater than or equal to 80% were maintained; thus, the instrument was reduced to 178 items; Then the semantic analysis was performed, after which the instrument was finished with 177 items. Therefore, the new instrument, with 177 items, has content validity to evaluate the adaptation considering that the individual and global Kappa indices reached values greater than 85%, above the standard established by the literature of 80%. In possession of the new instrument, data were collected through the Google-drive online platform. 489 people participated, being 42.94% aged 19 to 23 years, totaling 78% between 18 to 33 years (n = 380). Most were women 73% (n = 355), 49.7% had high school; singles represented 72% (n = 351), most with family incomes of up to 5 minimum wages, 39% (n = 192) and between 5 and 10 minimum wages 35% (n = 168); Most participants were from the southeast region (79.6%). The data comprised a spreadsheet and were analyzed by the RStudio software, through which the validity indicators were analyzed and the new QDAO standardized. Multidimensional Item Response Theory (IRT) was used with the bfactor methodology. The results revealed that 60 items could explain the construct and point out that the model presents reasonable adjustment indices (M2 = 3434,626 (p <0.05), RMSEA = 0.0523 with 95% confidence interval = [0.050007; 0.054555], SRMSR = 0.0670, TLI = 0.7916, CFI = 0.8073) and overall reliability was 0.82, but only the AR sector obtained an acceptable value (0.78), but is being proposed the model with 32 items and the AR sector. Which items discriminate each sector of adaptation were pointed out. It was proposed a standardization that uses the interquartile range limit criterion to detect individuals with some problem in some adaptation sector observing the values that are outside this interquartile range. Comparisons with other structures identified in the literature revealed some similarities regarding the identified dimensions, although there are differences in the composition of the items. Only one dimension has acceptable reliability index. Problems are pointed out in the study and a research agenda is suggested. Keywords: Operational Adaptive Diagnostic Questionnaire; Validation; Multidimensional Item Response Theory; Adaptive diagnosis and Normatization..

(9) SUMÁRIO 1 Introdução .................................................................................................................. 14 2 Eficácia Adaptativa .................................................................................................... 17 3 Justificativa ................................................................................................................ 22 4 Objetivo ..................................................................................................................... 24 5 Método ....................................................................................................................... 25 5.1 Participantes (primeira e segunda fase da pesquisa) ........................................... 26 5.2 Procedimentos de validação do QDAO (primeira fase da pesquisa) .................. 29 5.2.1 Montagem do novo QDAO ......................................................................... 30 5.3 Procedimentos da coleta de dados QDAO (segunda fase da pesquisa) .............. 35 5.3.1 Procedimentos da análise de dados .............................................................. 38 5.3.2 Instrumentos ................................................................................................ 45 5.4 De análise dos indícios de validade de estrutura interna do novo QDAO .......... 48 5.4.1 Procedimentos de busca de indícios de validade de estrutura interna do novo QDAO............................................................................................................................... 48 5.5 Normatização para o novo QDAO ..................................................................... 59 5.5.1 Passos para encontrar a norma para o novo QDAO. ................................... 61 6 Resultados (primeira e segunda fase da pesquisa) ..................................................... 64 6.1 Validação do conteúdo e da semântica do novo QDAO (primeira fase) ............ 64 6.2 Resultados da coleta de dados do novo QDAO (segunda fase da pesquisa) ...... 68 6.3 Redução de itens via Teoria de Resposta ao Item (TRI) .................................... 69 6.3.1 Escolha do melhor modelo da primeira metodologia MIRT ....................... 69 6.3.2 Escolha do melhor modelo de acordo com a metodologia bfactor .............. 76 6.4 Modelo ajustado final ......................................................................................... 77 6.4.1 Modelo final. Primeira metodologia MIRT ................................................. 77 6.4.2 Modelo final. Segunda metodologia bfactor ............................................... 81.

(10) 6.4.3 Modelo final bfactor. Normatização ............................................................ 93 7 Discussão ................................................................................................................... 96 8 Conclusão ................................................................................................................ 101 9 Referências .............................................................................................................. 104 APÊNDICES .............................................................................................................. 109 Apêndice A – QDAO original e com as avaliações dos juízes................................... 110 Apêndice B – Questões com baixa concordância dos juízes ...................................... 115 Apêndice C – Saída do RStudio – comandos utilizando a metodologia MIRT ......... 116 Apêndice D – Itens bons na primeira redução do modelo MIRT. .............................. 117 Apêndice E - Itens retirados na segunda redução do modelo MIRT .......................... 120 Apêndice F – Itens Finais - utilizando a metodologia MIRT ..................................... 123 Apêndice G – TCLE e Convite ................................................................................... 124 Apêndice H – Aprovação do projeto .......................................................................... 126 Apêndice I – Saídas do R-Studio do modelo utilizando a metodologia bfactor ......... 129 Apêndice J – Teste Qui quadrado dos 60 Itens ajustados do modelo Final (bfactor) 130 Apêndice K – Distribuição dos 60 itens ajustados pelos setores (S1, S2, S3 e S4).... 131 Apêndice L – Normatização – Escores bruto e escore padronizado........................... 132.

(11) LISTA DE TABELAS Tabela 1 Dados Demográficos dos participantes (n=489) todos os itens (177). .......... 28 Tabela 2 Dados Sócios Demográficos dos participantes (n=489) todos os itens (177) 29 Tabela 3 Valores teóricos da Estatística Kappa. .......................................................... 32 Tabela 4 Distribuição dos quatro juízes pelos quatro setores da adaptação (210 questões). .................................................................................................................................................. 64 Tabela 5 Estatística Kappa dos quatro setores da adaptação com os respectivos intervalos de confiança. ............................................................................................................ 65 Tabela 6 Estatística Kappa Geral ................................................................................. 65 Tabela 7 Distribuição final da concordância dos quatro juízes pelas quatro categorias de adaptação. ................................................................................................................................. 66 Tabela 8 Distribuição final dos quatro setores da adaptação (177 questões). .............. 68 Tabela 9 Comparação, por ANOVA, dos modelos com dois, três, até 15 dimensões.. 70 Tabela 10 Comparação, por ANOVA, dos modelos com a redução dos 48 itens não ajustados, permanecendo 129 itens. ......................................................................................... 72 Tabela 11 Comparação, por ANOVA, dos modelos com a segunda redução dos 21 itens não ajustados, permanecendo 108 itens. ................................................................................... 74 Tabela 12 Itens que permaneceram ao modelo, após 13 reduções com os respectivos testes Qui quadrado. ................................................................................................................. 75 Tabela 13 Distribuição dos 18 itens conforme os setores iniciais. ............................... 76 Tabela 14 Distribuição dos 60 itens por Setor bfactor. ................................................ 77 Tabela 15 Estimativas dos parâmetros (a e b) multidimensionais MIRT dos 18 itens do modelo ajustado final de dois parâmetros. ............................................................................... 79 Tabela 16 Distribuição das cargas dos itens por setores de adaptação. ........................ 83 Tabela 17 Estimativas do parâmetro discriminativo do setor Afetivo Relacional. ...... 86 Tabela 18 Estimativas dos parâmetros (a e b) multidimensionais bfactor dos 60 itens do modelo ajustado final de dois parâmetros. ............................................................................... 86 Tabela 19 Média e desvio padrão (D.P.) do escore por item individual, do setor Afetivo Relacional (S1), e o Alpha de Cronbach se o item for deletado (n=36). ................................. 89 Tabela 20 Média e desvio padrão (D.P.) do escore por item individual, do setor Sociocultural (S2), e o Alpha de Cronbach se o item for deletado (n=9).Erro! Indicador não definido..

(12) Tabela 21 Média e desvio padrão (D.P.) do escore por item individual, do setor Produtividade (S3), e o Alpha de Cronbach se o item for deletado (n=7).Erro! Indicador não definido. Tabela 22 Média e desvio padrão (D.P.) do escore por item individual, do setor Orgânico (S4), e o Alpha de Cronbach se o item for deletado (n=8). ..................................................... 91 Tabela 23 Média e desvio padrão (D.P.) do escore por item individual e o Alpha de Cronbach geral se o item for deletado (n=60). ......................................................................... 91 Tabela 24 Quartis (ou percentis) dos escores padronizados. ........................................ 93 Tabela 25 Limites do Intervalo Interquartil (NORMA) por Setor. .............................. 94.

(13) LISTA DE FIGURAS. Figura 1 - Nível Educacional. ....................................................................................... 27 Figura 2 - Distribuição da faixa etária .......................................................................... 27 Figura 3 - Opções de respostas da QDAO .................................................................... 37 Figura 4 - Distribuição dos valores do setor S1=Afetivo Relacional - da (a2) discriminação versus a dificuldade (d1= indecisão), apresentado uma relação inversa. .......... 83 Figura 5 - Distribuição dos setores de adaptação (os círculos correspondem aos indivíduos com valores discrepantes.). ..................................................................................... 94.

(14) 14. 1 Introdução. A Psicometria é o ramo da psicologia que se destina à medição dos processos psíquicos. Possibilitando a comparação das características psicológicas de diferentes pessoas de forma objetiva, pois permite atribuir um valor a um atributo psíquico de um indivíduo, revelado através da avaliação em questão. Existem duas teorias psicométricas: a Teoria Clássica dos Testes (TCT) e a mais atual, a Teoria da Resposta ao Item (TRI). A TCT procura explicar o resultado final total (escore total) por indivíduo (soma dos itens das respostas pontuados por indivíduo) e isso expressa a “... magnitude que seria a magnitude daquilo que o teste queria medir no sujeito” (Pasquali, 2013 p. 67)... não pode ser a expressão pura da magnitude daquilo que o teste queria medir no sujeito, mas deve conter igualmente uma porção de erros” (Pasquali, 2013 p. 67), então a TCT se interessa pelo comportamento e não pelo traço latente; logo, ela consiste um escore total e não especificamente um item que identifica o traço. Já a Teoria de Resposta ao Item (TRI) procura analisar cada um dos itens de um instrumento e não simplesmente o escore total do indivíduo, assim dando importância aos itens e produzindo itens de qualidade (Pasquali, 2013 p.67) ... “TRI, consiste em se conseguir construir armazéns de itens válidos para avaliar os traços latentes...”, assim levando em consideração o desempenho do indivíduo em função do traço latente. O conceito de Eficácia Adaptativa é entendido como o modo que o indivíduo se adapta, trazendo-lhe satisfação coerente com seus valores internos e com os valores da cultura em que vive. Foi construída na década de 1980 por Ryad Simon (1989) e tem se mostrado de muita utilidade para a área da saúde. A medida deste construto tem sido realizada por meio da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada – EDAO que é um instrumento caracterizado por en-.

(15) 15. trevista psicológica dirigida que recolhe informações sobre o indivíduo. Embora esse instrumento tenha sido utilizado em vários estudos (Basaglia & Souza, 2015; Giovanetti & Sant’Anna, 2005; Giovanna, 2017; Honda, & Yoshida, 2012; Laham, Satake, Chiba, Benute, & Lucia, 2009; Santos, Honda, Santeiro, & Yoshida, 2013; Simon, 1997; Yoshida, 2013; Yoshida, 2015), é um instrumento que exige larga experiência de um profissional da área de Psicologia, portanto restringe seu uso tanto para aplicação como para a avaliação. Em situações de avaliações de um número pequeno de sujeitos é um instrumento ideal (Rosa, 1997). Mas, para avaliar um grande número de pessoas exige-se instrumentos próprios para rastreio e esse não é o caso da EDAO. Questionários são ideais para avaliar muitas pessoas; por meio deles é possível diagnosticar de forma rápida prevenindo ou detectando situações problemas. Por isso, Gandini (1997) criou o Questionário Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado – QDAO, a partir da EDAO, uma escala validada composta por 210 itens cujo objetivo foi facilitar o diagnóstico da adaptação humana por meio de um instrumento de mais fácil e objetiva aplicação. O Questionário Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado - QDAO, que foi construído por Gandini (1997), nasceu ao perceber a necessidade de atender discentes de uma determinada Universidade na tentativa de identificar, como medida preventiva, os primeiros sinais de conflitos na população universitária e que seria um instrumento de fácil e rápida aplicação. Gandini (1997) teve o interesse de desenvolver esta ferramenta exatamente pela escassez de instrumentos que fizessem o diagnóstico e ou prevenção de situações problemas na adaptação de uma população específica de estudantes. O objetivo da QDAO é de diagnosticar e operacionalizar os diferentes setores da adaptação humana, que são: Afetivo-Relacional, Produtividade, Sociocultural e Orgânico, visando intervenções rápidas e eficientes. A apresentação desta tese está estruturada da seguinte forma: no capítulo 2 trata-se de um contexto teórico sobre Eficácia Adaptativa a montagem e a utilização da EDAO, no capitulo.

(16) 16. 3 apresenta-se o objetivo deste trabalho, no capitulo 4 aspecto metodológico do perfil dos participantes quanto a validação do instrumento através da análise de conteúdo e semântica, os procedimentos da coleta de dados, os procedimentos do QDAO inicial e da montagem do novo QDAO, propriedades da Teoria de Resposta ao Item e os procedimentos para a normatização, no capitulo 5 encontram-se os resultados obtidos quanto a validação e ao novo instrumento, quanto aos dados coletados e seus procedimentos na escolha do modelo até se chegar ao modelo final, no capitulo 6 encontra-se a discussão sobre os resultados em geral e finalizando no capitulo 7 com a conclusão deste trabalho explicitando as críticas e sugestões..

(17) 17. 2 Eficácia Adaptativa. A adaptação começa com a história da humanidade e significa a luta do homem para adequar-se às exigências do meio ambiente e do seu mundo interno. Primeiro ele precisou adaptar-se ao ambiente físico, depois ao ambiente Sociocultural e finalmente às suas exigências internas, desejos, medos, conflitos, entre outros (Lazarus, 1969). Então, até nos dias de hoje a vida nos coloca em situações angustiantes e que o indivíduo deve se adequar continuamente. A adaptação pode ser compreendida como situações que a vida o coloca, podendo ter uma alternância de estabilidade e/ou crises. Quando em períodos de estabilidade o indivíduo enfrenta o seu dia a dia sem conflitos ou com eles solucionados, mas se surge um problema sem solução é considerado que o indivíduo está em crise adaptativa (Simon, 2005). Simon (2005), escreve que são construídos três tipos de adequação de soluções às situações-problemas: adequado, quando atende aos três critérios: resolve, gratifica, sem conflitos; pouco adequado, se atende a dois dos três critérios: a) resolve, insatisfatório, mas sem conflitos; ou: b) resolve, satisfatório, mas conflitivo; pouquíssimo adequado: resolve, mas não é satisfatório, e gera conflito intrapsíquico e/ou ambiental. A adequação é que o indivíduo encontre uma resposta para a solução do problema, e essa solução traga satisfação e não provoque conflitos. A adaptação de forma operacionalizada pode ser definida, segundo Simon (1997, p. 14) como “o conjunto de respostas de um organismo vivo a situações que a cada momento o modificam, permitindo a manutenção de sua organização compatível com a vida”. Para medir a eficácia da adaptação, Simon (1989) parte do princípio que a adaptação é composta por quatro setores. Simon cria a EDAO para avaliar a Eficácia Adaptativa e por meio das respostas dadas a cada setor é possível compor a Eficácia Adaptativa do indivíduo. Esses quatro setores do funcionamento do indivíduo são:.

(18) 18. (1) Afetivo-Relacional (A-R): compreende os sentimentos, atitudes e ações do indivíduo com relação a si próprio e ao semelhante; (2) Produtividade (Pr): relacionado com sentimentos e atitudes do indivíduo frente ao trabalho, estudo ou qualquer atividade produtiva considerada como principal em sua vida; (3) Sociocultural (S-C): engloba sentimentos, atitudes e ações em relação ao ambiente social, normas, valores e tradições da cultura em que vive; e (4) Orgânico (Org): compreende o estado e funcionamento do organismo, e ainda os sentimentos, ações e cuidados do indivíduo em relação ao próprio corpo. A avaliação de cada resposta é feita a partir de três possíveis tipos de adequação: (1) Resposta Adequada (+++): quando proporciona satisfação e não provoca conflitos internos ou externos; (2) Resposta Pouco Adequada (++): quando a solução proporciona satisfação, mas provoca conflitos internos ou externos, ou não provoca conflitos internos ou externos, mas não traz satisfação; (3) Resposta Pouquíssimo adequada (+): quando a solução não proporciona satisfação e ainda traz conflitos internos e externos. A partir desta avaliação tem-se as seguintes possibilidades de classificação em cinco grupos adaptativos: * Grupo 1: Adaptação Eficaz; * Grupo 2: Adaptação Ineficaz Leve; * Grupo 3: Adaptação Ineficaz Moderada; * Grupo 4: Adaptação Ineficaz Severa; * Grupo 5: Adaptação Ineficaz Grave. Simon (1989) iniciou o uso da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada – EDAO, pois trabalhava há mais de 15 anos no Setor de Saúde Mental do Serviço de Saúde dos.

(19) 19. Alunos do departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina, uma vez que a escala permitia com brevidade dar providencias para o atendimento do aluno conforme a classificação atribuída ao mesmo, ou seja, identificava as dificuldades de adaptação. Essa identificação foi feita por meio de entrevistas individuais, que eram avaliadas pela EDAO. Na escala, o profissional da saúde verifica as respostas dos entrevistados quanto à solução do problema considerando cada setor que compõe a adaptação. A EDAO possibilita a orientação das entrevistas psicológicas dentro dos quatro setores adaptativos e o tipo de resposta dada a cada um deles. Esses são avaliados segundo três critérios, que são: Resposta adequada, Resposta pouco adequada e Resposta pouquíssimo adequada. Após a verificação da adequação dos quatro setores, pode-se classificar o indivíduo quanto à Eficácia Adaptativa em um dos cinco grupos adaptativos já mencionados anteriormente. Apesar de sua importância, a EDAO não pode ser utilizada para um grande número de pessoas, pois são entrevistas individuais, onde o entrevistador avalia o indivíduo nos 4 setores da adaptação anotando se suas respostas e por isso o interesse na construção, normatização e validação de um instrumento para avaliar a Eficácia Adaptativa com capacidade para avaliar um maior número de pessoas diversificadas em um menor espaço de tempo. Santos et al. (2013) fizeram uma revisão abrangendo o período entre 2002 e 2012 sobre Eficácia Adaptativa no Brasil, abarcando as publicações em artigos, teses e dissertações sobre a temática. Encontraram um total de 131 textos de origem nacional, das quais 54 foram selecionadas, sendo 81,5% de trabalhos empíricos e 14,5% de trabalhos teóricos, onde o número de elementos eram poucos e limitados. Dentre os estudos empíricos, havia estudos envolvendo a EDAO e a EDAO-R e que dão sustentação à prática de inúmeros profissionais e a pesquisas de estudiosos da adaptação humana. A EDAO-R é uma revisão da EDAO feita por Simon (1997, 1998). Na EDAO-R, somente os setores A-R e Pr recebem escores por serem considerados mais.

(20) 20. relevantes para a adaptação do sujeito e os outros dois setores são apreciados de forma qualitativa. Santos et al., (2013, p. 86) relatam que “Tanto a EDAO quanto a EDAO-R são escalas clínicas, cuja avaliação é baseada em julgamento clínico, fundamentado nos critérios operacionalizados de adequação das respostas. Ambas dependem de entrevista individual para coleta dos dados (Yoshida & Rocha, 2007)”. No estudo de Yoshida (2013), sob uma amostra de pacientes e acompanhantes dos pacientes atendidos em ambulatório, relata a validade da EDAO-R, que continua como entrevista individual e o entrevistador decide os setores a partir das informações do sujeito, mas em situações em que o tempo da entrevista é um fator limitador a sua aplicação fica comprometida. E pensando nisso desenvolveu mais uma alternativa para a EDAO, sendo a EDAO-AR (Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada de Autorrelato), na qual a diferença é que os itens já estão separados pelos setores (A-R e Pr), ou seja, a escala ficou dividida em 47 itens, sendo 28 itens para o setor A-R e 19 itens para o setor Pr e após validação ficaram com 21 itens para o setor A-R e 18 itens para o setor Pr (Yoshida, 2013). Assim, nota-se a continuidade da utilização da EDAO nos dias de hoje, assim como percebe-se a importância dessas aplicações nas identificações das adaptações e também a sua manutenção, ou seja, a existência das alterações da EDAO tanto para a EDAO-R quanto para EDAO-AR como uma busca da diminuição do tempo de aplicação na identificação da adaptação dos indivíduos de uma maneira mais rápida, mas abrangendo um número pequeno de elementos, além do fato de que o número de itens ter ficado menor em relação a EDAO inicial e agora somente dois setores: A-R e Pr. Logo, na construção de um instrumento, espera-se tornalo mais eficaz na quantidade de elementos identificados, no tempo de aplicação e na capacidade de avaliação do sujeito. Em termos gerais, a validade de um instrumento está relacionada, segundo Perroca (1998, p. 155) à “precisão do instrumento em medir o que se propõe a medir”..

(21) 21. Gandini (1997), ao construir o QDAO, teve como objetivo específico elaborar e validar “um instrumento que possibilite o diagnóstico operacionalizado dos diferentes níveis de adaptação do sujeito, segundo sua adequação” (Gandini, 1997, p. 85). Ele foi construído a partir dos conceitos e itens propostos pela EDAO, segundo a teoria da adaptação de Simon (1989). A escala de Gandini (1997) originalmente foi composta por 210 itens, que foram construídos a partir do conceito de adaptação e com base nos quatro setores que compõem o funcionamento psicológico. As perguntas foram compostas a partir da EDAO para cada setor sendo: 107 do Afetivo Relacional; 38 de Produtividade; 31 do Sociocultural e 34 do Orgânico. O número de itens construídos para cada setor do instrumento variou de acordo com a importância de cada setor que compõe a EDAO. Quanto à forma de proposição dos itens do questionário, se seriam negativos ou afirmativos, foi decidido por sorteio aleatório (Gandini, 1997)..

(22) 22. 3 Justificativa. O trabalho de Gandini (1997) foi centrado em estudantes universitários do primeiro ano e foi validado para essa específica população. Como o interesse deste trabalho é validar o QDAO para uma população mais geral, isto é, que não abranja somente universitários, pois no meio acadêmico os estudantes universitários possuem características especificas, assim como as suas habilidades e interesses que os diferenciam de uma população geral, logo, a presente pesquisa tem esse objetivo quanto a aplicação do instrumento. Tal estudo se justifica em função da importância do conceito de Eficácia Adaptativa, dos problemas de validade do QDAO e do número de trabalhos que são realizados utilizando a EDAO (Honda, 2014; Honda et al, 2017; Nobrega, 2012; Oliveira & Santana 2012; Peixoto, Enéas, & Yoshida, 2015; Yoshida, 2015) em pequenas amostras de até 30 participantes. Mas a QDAO também tem problema de restrições que precisa ser reavaliada por pertencer a uma população restrita de estudantes universitários do primeiro ano de uma determinada Universidade. Um instrumento para avaliar a adaptação humana é útil e necessário quanto a identificação imediata na adaptação, mas que se poderia contar com uma escala de aplicação mais rápida num menor tempo e que apresentasse melhores indicadores psicométricos. É importante verificar na construção do novo QDAO a validade dos itens do instrumento, que seria útil para aferir a Eficácia Adaptativa numa população em geral, podendo atingir um número maior de indivíduos, pois ele constitui um instrumento de auto resposta e pode ser aplicado por qualquer capacitado, embora, após a identificação de indivíduos em conflitos, eles necessitem ser encaminhados para algum profissional da área da psicologia, pois demanda conhecimentos sobre os processos psicológicos para promoção da saúde do mesmo..

(23) 23. Neste trabalho o novo instrumento proposto será chamado de novo QDAO e somente de QDAO o instrumento construído por Gandini (1997)..

(24) 24. 4 Objetivo. O objetivo deste estudo foi reavaliar os indícios de validade do Questionário Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado – QDAO, por meio da TRI, criar uma norma e normatizar seus resultados, para indivíduos maiores de 18 anos, com escolaridade mínima de ensino médio completo, para mulheres e homens..

(25) 25. 5 Método. Este estudo foi necessariamente realizado em duas fases, sendo a primeira fase a Validação do questionário para assim dar início a segunda fase que se deu a coleta de dados, assim como as análises dos dados até se obter o modelo final com a normatização. Conduziu-se um estudo do tipo survey que permitiu quantificar as informações obtidas de uma população por meio de instrumento pré-definido (Freitas, 2000). Ainda, foi um estudo de corte transversal, constituindo também um estudo instrumental. Os estudos instrumentais são de grande valia e são cada vez mais crescentes, pois elaboram ferramentas que permitem de uma forma simples e eficaz de investigar algo de interesse, ou seja, para se obter conhecimentos de características de fenômenos e ou perfis para procurar explicações O QDAO e o novo QDAO, assim como a EDAO, tem como objetivo identificar a eficácia da adaptação, através da classificação do indivíduo a partir da adequação das respostas que ele apresenta para atender as necessidades provocadas por estímulos provenientes do mundo interno e externo, onde o questionário, tanto do QDAO quanto do novo QDAO, os itens possuem categorias ordinais de pontuações de 1 a 5, chamada de escala Likert, para serem assinaladas conforme a escolha do indivíduo. Espera-se que novo QDAO possa ser utilizado em amostras maiores do que 30 participantes e numa população não limitada a estudantes universitários, mas em indivíduos maiores de 18 anos com escolaridade mínima de ensino médio, ou seja, em população mais abrangente no sentido de haver indivíduos sem formação universitária. Então se fez necessário diversificar a amostra, fazendo uma nova coleta de dados e, portanto, foi necessário reavaliar os indicadores de validade do instrumento construído por Gandini - QDAO (Carelli, 1997), pois, além dos problemas encontrados nas análises fatoriais exploratórias, havia a necessidade de verificar se.

(26) 26. sua estrutura se mantinha para sujeitos de outra escolaridade. Dessa forma, o novo QDAO poderá tornar-se viável para a utilização e/ou aplicação em diversos campos e populações, por ser um instrumento quantificável de fácil aplicação e avaliação da eficácia da adaptação humana. Foram realizados duas fases de estudos neste trabalho: sendo a primeira fase, ou préestudo, a Validação do instrumento QDAO, finalizado a validação, ou seja, de posse dos itens selecionados, conforme a concordância entre os juízes (análise de conteúdo e semântica), para a identificação do construto ocorrerá a segunda fase que será a aplicação do novo instrumento (novo QDAO) na população alvo, para assim identificar o modelo o modelo final.. 5.1 Participantes (primeira e segunda fase da pesquisa). Participaram desta pesquisa, no pré-estudo que foi para a Validação do instrumento QDAO, ou seja, o início do novo QDAO que começa validando os 210 itens do QDAO, no qual os juízes são os indivíduos participantes para a identificação dos setores de adaptação dos 210 itens e após está seleção dos itens ter-se-á o novo QDAO. A aplicação do novo QDAO constitui a segunda fase da pesquisa, onde os participantes são os respondentes do novo QDAO, seguem os devidos esclarecimentos dos participantes desta pesquisa. Numa primeira fase, validação dos 210 itens do QDAO, teve-se a análise de conteúdo ou análise do construto, onde foram convidados a participar quatro juízes capacitados e experientes quanto ao construto que está sendo o foco desta pesquisa. E após a validação dos itens através da análise de conteúdo foi realizado a análise semântica, onde os participantes foram indivíduos com o perfil da população alvo. Após a análise de conteúdo e semântica finalizou o questionário com 177 itens com escala Likert, o questionário foi acoplado no Google-drive para dar início a coleta dos participantes da amostra (segunda etapa)..

(27) 27. Na segunda fase foi a coleta dos dados, ou dos participantes da amostra, que foi acoplado o questionário (novo QDAO) e também um questionário socio demográfico, numa ferramenta on-line identificada como Google drive, onde 489 responderam (on-line) esta pesquisa. O critério de inclusão para participarem da pesquisa foram os indivíduos a partir de 18 anos de idade, de ambos os sexos e com escolaridade mínima de ensino médio completo e que consentiram em participar da pesquisa. As Tabelas 1 e 2 apresentam os perfis dos participantes, obtidos através do questionário sócio demográfico, que responderam ao novo QDAO. Participaram da segunda fase, do novo QDAO, 489 pessoas de ambos os sexos, sendo 73% (n=355) são mulheres, a maioria dos participantes (n=210) são jovens: com idade ente 19 a 23 anos (42,94%) e com idade entre 18 a 33 anos 78% (n=380) (vide Figura 2), 49,7% tem o ensino médio (vide Figura 1), os solteiros representam 72% (n=351), referente a renda familiar tem-se: até 5 salários mínimos 39% (n=192) e entre 5 a 10 salários mínimos 35% (n= 168), ou seja um pouco mais de 50% ganham até 10 salários mínimos. A maioria são celetistas (28%), jovens aprendizes (23%), a maioria não tem responsabilidade financeira na manutenção familiar (39,4%) e em segundo lugar vem os indivíduos que contribuem na família financeiramente com pequena parte (30,5%).. Pós graduaçã o; 19,6%. Ensino Médio; 49,7%. acima 43 anos; 11%. até 18 anos; 14%. 19 a 23 anos; 43%. 39 a 43 anos; 5% Ensino Superior; 30,7%. Figura 1 – Nível Educacional.. 34 a 38 anos; 7% 29 a 33 anos; 6%. 24 a 28 anos; 15%. Figura 2 – Distribuição da faixa etária.

(28) 28. Tabela 1 Dados Demográficos dos participantes (n=489) todos os itens (177). Variáveis Feminino Sexo Masculino Até 18 anos 19 a 23 anos 24 a 28 anos Faixa etária 29 a 33 anos 34 a 38 anos 39 a 43 anos Acima 43 anos Ensino Médio Nível Educacional (nível mais alto concluído). Ensino Superior Pós-graduação Casado União Consensual Outro Estado Civil Separado/Divorciado Solteiro Viúvo Não Sim 1 Tem filhos 2 3 4 Mais ou menos religioso Muito religioso Grau de religiosidade Nada religioso Pouco religioso Religioso Até 5 salários mínimos 1 a 5 salários mínimos Renda Familiar a 5 a 10 salários mínimos 10 a 15 salários mínimos Acima de 15 salários mínimos. N 355 134 69 210 71 30 33 23 53 243 150 96 95 9 10 18 351 6 394 95 53 31 9 2 128 21 70 104 166 192 20 168 64 45. Nota: a Salário mínimo = R$ 964,00. A maioria dos participantes (n=389) estudam ou trabalham são da região sudeste representando 79,6%, do Estado de São Paulo..

(29) 29. Tabela 2 Dados Sócios Demográficos dos participantes (n=489) todos os itens (177) Variáveis. Qual seu vínculo empregatício. Em que grau você é responsável pela manutenção financeira de sua família.. Em que região você estuda/trabalha.. Qual o Estado (Unidade de Federação).. Você reside na cidade na qual estuda/trabalha.. Aposentado Bolsista Celetista Estatutário Jovem aprendiz Microempreendedor individual Não tenho Religioso Servidora pública efetiva Contribui apenas com uma pequena parte. Divide igualmente as responsabilidades com outra pessoa. Não tem nenhuma responsabilidade financeira. Principal responsável, mas recebe ajuda de outra pessoa. Único responsável Centro Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Amazonas Bahia Ceará Distrito Federal Goiás Minas Gerais Pará Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondônia Santa Catarina São Paulo Tocantins Não Sim. N 6 6 139 63 107 56 107 1 4 149 75 193 32 40 21 4 1 389 63 2 2 1 2 1 3 5 4 2 1 7 2 9 447 1 192 297. 5.2 Procedimentos de validação do QDAO (primeira fase da pesquisa). Foram realizados os procedimentos para a compreensão dos itens, partindo do instrumento QDAO de Gandini (1997) composto por 210 itens, para a validação quanto aos setores de adaptação de cada item. Esta análise por item seria para a validação de conteúdo dos mesmos.

(30) 30. quanto ao setor que pertenciam, foi realizada por profissionais da área com vasto conhecimento sobre o assunto, obtendo-se a seleção dos itens validados por esses profissionais da área com concordância acima 80% entre os juízes. Terminada a análise de conteúdo, permaneceram 178 itens; a partir daí se deu a análise da semântica, onde os 178 itens selecionados, foram novamente avaliados, quanto a sua clareza de entendimento da escrita dos itens, por indivíduos que tinham o perfil da população alvo. Finalizada, a primeira fase, a análise de conteúdo e semântica “nasceu” o novo QDAO que ficou composto com 177 itens respondido em escala tipo Likert (1 a 5), pronto a ser aplicado a população alvo; em comparação ao QDAO inicial (Gandini, 1997) o novo QDAO possui um menor número de itens e alterações em suas escritas.. 5.2.1 Montagem do novo QDAO. Nesta primeira fase, Validação do questionário, acontece a montagem do novo QDAO que foram realizadas em duas etapas: a primeira etapa foi referente à validação do QDAO através da análise de conteúdo e a segunda foi realizada por meio da análise semântica, a seguir os detalhamentos.. 5.2.1.1 Análise de conteúdo do QDAO. O QDAO construído por Gandini em 1997, a partir da EDAO, foi submetido à avaliação de profissionais da área, novamente, e a todos os passos de avaliação para a análise de conteúdo e análise semântica (Pasquali, 1998) necessários para a sua validação. Na análise de conteúdo foram convidados a participar quatro juízes, profissionais da área da Psicologia, que possuem vasta experiência clínica com a Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada – EDAO, com o Questionário Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado e com a fundamentação teórica que.

(31) 31. embasa ambos os instrumentos; logo os juízes são confiáveis para avaliarem os 210 itens frente ao construto que está sendo estudado. Os quatro juízes foram inicialmente contatados a participar via telefone para verificar sua disponibilidade e aceite. Após o aceite, foram enviados os convites, através de e-mails, com as devidas explicações dos objetivos da pesquisa, juntamente com o Instrumento de 210 itens do QDAO com um prazo de 30 dias para o retorno do mesmo e com as devidas classificações de cada item perante os setores da adaptação (Apêndice A), avaliando e finalizando a análise de conteúdo. O QDAO foi retornado dentro do prazo pré-estabelecido por todos os juízes via e-mail e com as devidas explicações e avaliações em cada um dos 210 itens, além das sugestões de mudanças na escrita ou troca de palavras. Cada juiz avaliou todos os 210 itens conforme os quatro setores da adaptação, dando início ao novo formato do QDAO. Inicialmente, a reavaliação deste questionário (QDAO) para o novo QDAO foi realizada pela análise de conteúdo ou análise de construto para sua validação. Segundo Pasquali (1998, p. 11) “Nessa análise, os juízes devem ser peritos na área do construto, pois sua tarefa consiste em ajuizar se os itens estão se referindo ou não ao traço em questão.” Para avaliar cada item após o retorno do QDAO dos 4 juízes, foram considerados pertencentes a cada setor somente os itens que apresentaram uma concordância, entre os juízes, maior ou igual a 80% (ou 0,80), pois este é um “critério de decisão sobre a pertinência do item ao traço a que teoricamente se refere” (Pasquali, 1999, p. 54) e os itens que não alcançaram tal concordância foram excluídos. Para encontrar o nível de concordância, avaliou-se as respostas dos juízes por meio da Estatística Kappa (K) e também através do coeficiente de validade de conteúdo (c.v.c.). O coeficiente de validade de conteúdo total (c.v.c) foi calculado pela fórmula:. Cvc t =. ∑178 1=1 𝑥̅ 𝑖=1 178.

(32) 32. Os cálculos da estatística Kappa foram realizados por meio do site: www.lee.dante.br (recupearado em 10 de janeiro, 2018) que é o Laboratório de Epidemiologia e Estatística, 1995. O valor da Estatística Kappa está compreendido entre zero e um ([0, 1]). Os valores próximos ou iguais a 0 (zero) indicam menor concordância e o valor 1 indica concordância perfeita (Fleiss, 2003); então quanto mais próximo de um (1) melhor será a concordância entre os juízes perante aquele setor. Este índice procura avaliar a relevância e a confiabilidade dos itens perante cada setor avaliado. Na Tabela 3 é possível verificar os valores teóricos da Estatística Kappa e suas respectivas interpretações (Landis & Koch, 1977). Tabela 3 Valores teóricos da Estatística Kappa. Valores do Kappa < 0,00 0,00 - 0,20 0,21 - 0,40 0,41 - 0,60 0,61 - 0,80 0,81 - 1,00. Interpretação Nenhuma concordância Pobre concordância Leve concordância Moderada concordância Boa concordância Excelente concordância. Nota. Fonte: Adaptado de “The Measurement of Observer Agreement for Categorical Data”. Landis e Koch, 1977, p. 165. Tradução da autora.. Também foi calculado o coeficiente de validade de conteúdo (c.v.c) que é, além disso, um indicador da validade de conteúdo que mede a proporção de juízes que estão em concordância. O valor o c.v.ci (coeficiente de validade de conteúdo do item) (1) deverá ser maior ou igual a 0,80 para considerar uma boa qualidade de um item julgado. O valor 0,80 foi estabelecido por Hernández-Nieto (2002) para julgamento de itens ou escalas. O coeficiente c.v.c do item é calculado pela fórmula:.

(33) 33 𝑗=4. Cvc i =. ∑𝑖=1 𝑥𝑖⁄ 𝑗 5. ,. (1). Onde, xi => é a i-ésima nota dada pelo j-ésimo juiz, j= 1, 2, 3 e 4 ∑𝑗=4 𝑖=1 𝑥𝑖 => soma das notas dos 4 juízes Após esse critério, resultaram dos 210 itens apenas 178 itens (Apêndice B), permanecendo somente os itens com concordância acima de 80%, iniciando o aparecimento do novo QDAO.. 5.2.1.2 Detalhamento da analise semântica do novo QDAO. Após a seleção dos itens com concordância alta entre os juízes foi realizado a análise semântica. A análise semântica foi realizada com três grupos de escolaridades (ou grupos focais), que foram compostos por indivíduos representantes da amostra com níveis de escolaridade: ensino médio completo até pós-graduação. Nesta etapa foi verificado se os itens, selecionados na etapa anterior (5.2.1.1), eram inteligíveis para a população alvo com a menor e maior grau de escolaridade. Então a análise semântica dos itens selecionados pelos juízes na etapa anterior, ou seja, os itens que permaneceram a partir das avaliações dos juízes na etapa anterior (5.2.1.1), buscou verificar a clareza ou o entendimento de cada questão (item), garantindo ao respondente uma maior compreensão do item ao ser respondido. Segundo Pasquali (1998) A análise semântica tem como objetivo precípuo verificar se todos os itens são compreensíveis para todos os membros da população à qual o instrumento se destina e deve ser.

(34) 34. feita com pessoas com menor habilidade (menor grau de instrução da pesquisa) e com maior habilidade (maior grau de instrução da pesquisa), para garantir a chamada validade aparente do teste (p. 11).. Para a análise semântica foram realizados três grupos de juízes ou grupos de escolaridade (ou focais), sendo dois grupos de nível de escolaridade mais baixo que seriam os indivíduos com o ensino médio completo e o (3º grupo) um grupo de nível de escolaridade mais alto que seriam os indivíduos com superior completo e com pós-graduação. Os processos adotados com os grupos de nível escolaridade mais baixo foram: 1) inicialmente foram selecionadas algumas turmas de aula do primeiro ano (1º semestre) de um curso universitário e com a autorização do professor responsável explanou-se sobre a pesquisa e convidou-se os alunos a participar da análise semântica. 2) dos alunos que se prontificaram a colaborar anotaram-se seus e-mails e posteriormente enviaram-se convites com local, data e hora para seus respectivos e-mails. Alguns alunos retornaram confirmando sua presença e participação. 3) após o aceite do convite montaram-se dois grupos de 05 (cinco) pessoas com idade acima de 18 anos, composto por homens e mulheres em horários diferenciados; 4) os alunos foram reunidos em uma sala de aula cedida pela universidade, na qual eles se acomodaram em carteiras universitárias. Na sala havia recurso de áudio visual e duas pessoas coordenaram o grupo, a pesquisadora e sua orientadora. Cada uma das perguntas era projetada numa tela e discutia-se quanto ao entendimento e clareza na construção da questão. Após a exibição da questão (ou item) na tela, aguardava-se a discussão sobre a mesma e anotavam-se as observações das questões duvidosas ou de interpretação divergente. Isso foi realizado nas 178 questões, com os 02 (dois) grupos. Tal atividade durou aproximadamente uma hora e vinte minutos em cada grupo. Houve consenso na maioria das perguntas de modo que as pessoas.

(35) 35. entendiam claramente o significado. Mas, nos casos que surgia alguma divergência na compreensão do item, os coordenadores do grupo anotavam as contribuições do grupo para reformular cada item ou excluí-lo. Após a finalização com os dois grupos de nível de escolaridade mais baixo, foi realizado com o terceiro grupo de juízes, ou seja, os indivíduos com ensino superior completo e pósgraduação para dar continuidade a análise semântica. Foram apresentados ao terceiro grupo de semântica os 178 itens nas mesmas condições físicas que os outros dois grupos mencionados acima. Este terceiro grupo era composto por 05 (cinco) alunos de pós-graduação e manteve-se os objetivos de verificar o entendimento das 178 questões pela visão de pessoas com maior nível de instrução. Desta forma, garantiu-se que os itens estão claros quanto ao entendimento de sua formulação. Terminada a análise semântica, foi realizada uma reunião entre a pesquisadora e sua orientadora para as discussões do que foi anotado em cada questão na análise semântica realizada com os três grupos e também para assegurar que os itens estavam inequívocos, claros, fáceis, com frases curtas e inteligíveis para o menor nível de instrução da população alvo. Após esta reunião, pesquisadora com a orientadora, foram feitos os ajustes finais de nivelamento do questionário e a retirada apenas a questão de número 64. Então o novo QDAO estava composto com 177 questões ajustadas para avaliar o construto Eficácia Adaptativa, pronto para ser aplicado à população alvo.. 5.3 Procedimentos da coleta de dados QDAO (segunda fase da pesquisa). Finalizada a análise de conteúdo e semântica, chega-se a um novo QDAO, com isso começa a fase da coleta de dados, que é a segunda fase desta pesquisa, pois este novo instrumento de medida teve algumas alterações em relação ao construído por Gandini (1997)..

(36) 36. Então de posse do novo QDAO se deu a coleta de dados, conforme o critério de inclusão, em indivíduos a partir de 18 anos de idade, de ambos os sexos, com no mínimo ensino médio completo e que consentiram em participar do estudo. O novo QDAO com 177 itens, a serem respondidos numa escala ordinal (Likert), foi inserido (digitado cada item do novo QDAO) em uma plataforma, a Google Drive, acompanhado de um questionário de dados sócio demográfico. Para o indivíduo participar da pesquisa inicialmente havia um convite a sua participação (Apêndice G) e o Termo de Consentimento Livre Esclarecido - TCLE (Apêndice G). A divulgação da pesquisa foi por meio de ferramentas on-line como Facebook e e-mail e através de colegas de pós-graduação que auxiliaram na divulgação do estudo, encaminhado através de link da pesquisa a possíveis participantes por meios digitais (e-mail). Todos os cuidados éticos recomendados pelas Portarias 466/12 e 510/16 foram cumpridos. O projeto foi aprovado pelo CEP/UMESP sob parecer de nº. 1.799.896 (Apêndice H). Para a coleta de dados, que foi realizada por meio da ferramenta do Google drive, ou formulários Google que está dentro do ícone drive, que se acoplou os novos 177 itens do questionário digitando cada item com suas respectivas escalas a serem respondidas de uma maneira fácil e prática. Optou-se pelo Google drive por se tratar de uma ferramenta rápida, eficiente, pois os resultados dos participantes já se acomodariam em uma planilha (Excel) e acarretariam na economia de tempo e sem custos, além de ela ser de fácil divulgação. O Google drive é uma ferramenta facilitadora por permitir montar questionários de uma maneira simples, clara, rápida e sem identificação do participante. Além disso, essa ferramenta é muito utilizada por sua praticidade e modernização para as pesquisas de um modo geral e de grande utilização em diversas áreas. Um outro ponto forte dessa ferramenta é a diversificação da amostra por permitir acesso de diferentes pessoas em termos geográficos (Brasil) e sócio culturais..

(37) 37. Outra vantagem dessa ferramenta é quanto ao retorno das respostas, pois elas ficam organizadas e dispostas diretamente em uma planilha (Excel) no momento em que o participante responde. Além disso, o planejamento foi realizado para que nenhuma pergunta pudesse ficar sem resposta ou vazia. Contudo, não impossibilita a desistência dos participantes a qualquer momento. A transcrição das respostas é automática, o que aumenta a fidedignidade dos resultados por evitar possíveis erros humanos quando da tabulação e digitação dos dados. Havia ainda um pequeno questionário com dados sociodemográficos sobre os participantes com informações sobre idade, sexo, estado civil, renda familiar, religião e outros. Foram apresentados, no convite, os esclarecimentos da pesquisa e seus responsáveis e, caso a pessoa concordasse em participar, teria que, antes, ler o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE - Apêndice G) e após o aceite, era habilitado o instrumento para que ela respondesse. Então o consentimento foi manifesto por meio do aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), com a marcação do “concordo em participar”. Após este aceite, o participante passava a ter acesso ao questionário (novo QDAO) e poderia responde-lo. O projeto previu um número inicial de participantes de no mínimo 300 indivíduos, mas foram atingidos 489 participantes via web. O participante escolhia uma resposta numérica para cada pergunta, assinalando no item (ou em cada item) apenas uma resposta (de 1 a 5) dentro de uma escala Likert (Figura 3) que melhor representasse a sua posição ou sentimento referente ao item em questão.. Figura 3 - Opções de respostas da QDAO.

(38) 38. Ao final das respostas, era apresentado um agradecimento pela participação e a opção de impressão do TCLE.. 5.3.1 Procedimentos da análise de dados. Após a coleta dos dados iniciou-se a análise inferencial de quais itens se ajustariam melhor em cada setor da adaptação (para encontrar o modelo final) e também para criar uma normatização para o novo QDAO de tal modo que se identificasse os indivíduos com possíveis casos problemas. Para a investigação foi apresentada uma análise descritiva, descrevendo o perfil sociodemográfico dos participantes da amostra, após esta apresentação dos resultados iniciou-se a fase da pesquisa que seria a identificação ou dos agrupamentos dos itens conforme os setores da adaptação, isto é, um agrupamento de itens que identificassem os respectivos setores para poder criar uma normatização. Para identificar tais agrupamentos dos itens foi utilizada a Teoria de Resposta ao Item (TRI) com a aplicação de duas metodologias: MIRT e bfactor. Optou-se por estas duas metodologias, pois a MIRT parte do não conhecimento dos agrupamentos dos setores perante os itens e a bfactor parte de um conhecimento dos setores perante os itens, além disso deixa que um item pode carregar no máximo em uma dimensão específica (Cai, 2010) e deixa no máximo duas dimensões, mas ambas metodologias partem de uma mesma estrutura teórica da Estimação de Máximo Verossimilhança e utilizam correlações policóricas. Uma das vantagens da TRI sobre a Teoria Clássica é que ela permite a comparação entre indivíduos da mesma população, pois ela tem como elementos centrais os itens isolados (Andrade, Tavares & Valle, 2000) e também a independência dos resultados em relação a amostra que se usou para estimação dos parâmetros (Couto & Primi, 2011)..

(39) 39. A TRI é muito utilizada atualmente quando se trata da identificação de algum constructo (variável não observável), que neste caso é a Eficácia Adaptativa, e que utilizam instrumentos que medem este tipo de construto, através de itens (variáveis qualitativas) com respostas nominais ou ordinais. Por exemplo instrumentos que avaliam traços ou características psicológicas não observáveis diretamente por meio de itens que descrevem comportamentos aos quais o respondente aponta sua resposta por meio de uma escala de resposta do tipo Likert, pois a TRI leva em consideração as características dos respondentes quanto à discriminação do item conforme, neste caso, o seu setor adaptativo. Na análise inferencial foram utilizados e apresentados os resultados tanto na metodologia MIRT quanto na metodologia bfactor, mas a metodologia MIRT não apresentou um bom modelo final (goodness-of-fit), pois na procura da dimensionalidade o critério da ANOVA ficou comprometido e talvez devido a alguma falha nessa modelagem se refletiu na escolha do número de dimensões ficando esta metodologia comprometida, assim como os seus respectivos coeficientes: discriminativos (a) e de dificuldade (ou indecisão) (d ou b) e foi descartado. Mas a metodologia bfactor apresentou um modelo final razoável, deixando um item em cada dimensão específica e com razoáveis resultados dos seus respectivos coeficientes: discriminativos e de dificuldade (ou indecisão) (a e b (d)) sendo alguns interpretáveis e dentro de sua própria teoria, portanto este foi considerado a metodologia mais adequada para encontrar o modelo final para esta análise. Tendo realizado a escolha do modelo final, que se deu utilizando a metodologia bfactor, o novo QDAO ficou reduzido de 177 itens para sessenta (60) itens bem ajustados e distribuídos os sessenta itens entre os quatro setores (S1=A-R, S2=S-C, S3=Pr e S4=Org) da seguinte maneira: 36 para o setor S1, 9 no setor S2, 7 no setor S3 e 8 no setor S4, daí partiu para as análises dos coeficientes de discriminação e dificuldade (a, b ou d), onde nas discriminações não apre-.

(40) 40. sentavam valores das suas estimativas de acordo com a teoria para todos os setores e o coeficiente Alpha de Cronbach em cada setor foram baixos em 3 setores e somente um dos setores (S1=A-R) teve o Alpha de Cronbach aceitável (0,78), o que era de se esperar, pois esta metodologia procura deixar no máximo duas dimensões. Mesmo com este modelo final razoável foi realizado uma proposta para a normatização. Para a normatização foi proposta uma das técnicas estatística que identifica pontos discrepantes, ou seja, é capaz de mostrar quais os indivíduos que serão convidados a fazer uma avaliação para prevenção de conflitos em uma das áreas do setor adaptativo. Essa é a técnica estatística do intervalo interquartil que apresenta um intervalo com limites: inferior (li) e superior (ls), de tal modo que os valores (padronizados) dos indivíduos que fiquem fora desse intervalo [li ; ls] são considerados valores discrepantes, ou seja, os indivíduos que estejam fora dessa faixa são considerados fortes candidatos a conflitos em algum setor. A construção desses limites se deu com as somas dos itens de cada indivíduo, e depois as suas respectivas padronizações (ebz) calculando assim os quartis e depois os limites inferiores (li) e superior (ls) do chamado intervalo interquartil finalizando uma proposta para a normatização. Após a construção desses limites ou Intervalos, foram identificados quatorze (14) indivíduos como fortes candidatos a conflito na adaptação, sendo: cinco indivíduos no setor S1 (A-R), seis indivíduos no setor S2 (S-C), três indivíduos no setor S3 (Pr) e nenhum no setor S4 (Org). Pode-se considerar que o ideal seria considerar somente o setor Afetivo Relacional (S1), que é a proposta desta modelagem bfactor e teve o maior Alpha de Cronbah. Com isso foi possível criar uma norma que possibilite o diagnóstico operacionalizado de identificar “fortes” candidatos a intervenção preventiva referente ao construto da Eficácia Adaptativa, mas esse modelo deverá ser utilizado com cautela, pois o modelo que deu origem a esses passos é considerado um modelo final razoavelmente bom..

Referências

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