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TRANSTORNO DE PÂNICO E O CUIDAR EM ENFERMAGEM PANIC DISORDER AND THE CARE IN NURSING

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TRANSTORNO DE PÂNICO E O CUIDAR EM ENFERMAGEM

PANIC DISORDER AND THE CARE IN NURSING

Claucimara C. Baumbach¹ Denise C. Cigognini¹ Idauana Maciel¹ Jurema Z. Kunz¹

Manuela F. R. dos Santos¹ Maira Tellechea da Silva ²

RESUMO

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Este trabalho descreve sobre o Transtorno de Pânico e o cuidar da enfermagem. Objetivando-se a analisar os sinais, sintomas, o tratamento e a assistência de enfermagem para com os pacientes com Transtorno de Pânico. Constitui-se de uma pesquisa bibliográfica, onde foram classificaras publicações do ano 1996 ao ano de 2008. O Transtorno de Pânico (TP) é uma síndrome caracterizada pela ocorrência espontânea e inesperada de ataque de pânico, que é imprevisível e espontâneo relativamente tem duração de menos de uma hora. As funções do enfermeiro estão focadas na promoção de saúde mental, na prevenção de enfermidade mental e na ajuda ao doente a enfrentar os sintomas do TP.________________________________________________________________________

Palavras chave: Transtorno de Pânico; Assistência de Enfermagem ABSTRACT

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This paper describes the disorder on the panic Single and care for nursing. With the aim of analyzing the signals symptoms and treatment of ssistance to the nursing patients with panic.

It is a search bibliographic Is, we classified publications Is the year 1996 to 2008. The disorder of the 1Panic (PD) syndrome characterized the occurrence spontaneously and unexpected attack of panic that is unpredictable and relatively espontaneo has duration of less than an hour. The functions of nurses are focused on the promotion of mental health, prevention of mental illness and in helping the patient to cope with the symptoms of PD._____

INTRODUÇÃO

O presente artigo visa atender as exigências da disciplina de Enfermagem em Saúde Mental sob orientação da professora Maira Tellechea da Silva, e tem como objetivo conhecer os principais sinais, sintomas, o tratamento e as formas de assistência de enfermagem

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Acadêmicas de Enfermagem do 7º período da Universidade Regional de Chapecó- Unochapecó. ² Professora e orientadora da Disciplina de Enfermagem em Saúde Mental.

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respectivas, visando a melhoria da qualidade de vida, promovendo a assistência de enfermagem sob uma perspectiva

interdisciplinar, nos níveis individuais, familiar e coletivo.

Os profissionais necessitam aprender a trabalhar em equipe e com a família, levando em considerações as reais necessidades da comunidade através de sua participação no planejamento das ações e o enfermeiro precisa aprender a fazer atendimento à família e não vigilância à família o que ocorrerá somente com a mudança da prática e do ensino. (LABATE; ROSA, 2003). Segundo revisão bibliográfica, o Transtorno de Pânico (TP) é uma doença crônica e está associada a uma importante morbidade e apresenta prejuízo na qualidade de vida do paciente. A etiologia do Transtorno de Pânico é provavelmente multifatorial, incluindo fatores genéticos, biológicos, cognitivo-comportamental e psicossocial que contribuem para o aparecimento dos sintomas da ansiedade.

O início do TP é freqüentemente tardio, ocorrendo em média no final da década dos 20 anos, afetando duas a três vezes mais as mulheres do que os homens, geralmente o TP tem início após um período de estresse.(MANFRO (Org), 2008).

A hipótese de que a repetição de ataques torne os indivíduos suscetíveis a novos episódios de pânico juntamente com a ansiedade faz com que o indivíduo comece a ter limitações em suas atividades cotidianas. “Pelo fato dos ataques de pânico serem recorrentes, (...) preocupando-se constantemente com o fato de quando e onde irá ocorrer o próximo ataque”.(GABBARD, 1998).

Pelo fato do Transtorno de Pânico fazer parte da disciplina estudada de Enfermagem em Saúde Mental e por atingir até 3,5% da população durante a vida, é que despertou interesse em estudá-lo e compreende-lo melhor, visando proporcionar ao leitor maiores informações sob uma maneira de fácil compreensão e entendimento, com olhar de assistência de enfermagem. “Este transtorno tem bom prognóstico, quando adequadamente tratado, com grande chance do paciente se recuperar”. (CORDILI (Org), 1998).

OBJETIVO

Objetiva-se, com esse trabalho, estudar sobre o TP, conhecendo os principais sinais, sintomas e o tratamento, no intuito de descrever a assistência de enfermagem.

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METODOLOGIA

Este estudo foi realizado com intuito de entender o que se passa com um individuo que desenvolve o Transtorno de Pânico. A escolha deu-se mediante ao interesse do grupo em conhecer a realidade e a aplicação da assistência de enfermagem após abordagem do tema em sala de aula na disciplina de Enfermagem em Saúde Mental.

A escolha do tema foi realizado no mês de março e a construção do artigo iniciou-se no mês de abril, maio a junho de 2009. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa e descritiva. Quanto aos meios, é uma pesquisa bibliográfica, onde foram classificadas publicações do ano 1996 ao ano de 2006 sendo utilizado acervo bibliográfico disponível na biblioteca da Unochapecó, sendo estes, livros, revistas e artigos, por intermédio de buscas sistemáticas utilizando os bancos de dados eletrônicos, visando assim o melhor entendimento sobre o assunto a ser pesquisado.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Transtorno de Pânico

O Transtorno de Pânico é uma síndrome caracterizada pela ocorrência espontânea inesperada de ataques de pânico. São ataques de ansiedade aguda e grave, recorrentes, os quais não estão restritos a qualquer situação ou conjunto de circunstâncias específicas. O primeiro ataque é imprevisível e espontâneo têm duração relativamente prevê, geralmente menos de uma hora e quase sempre alguns minutos, sendo que o pico de intensidade máxima ocorre aos 10 minutos de crise, com intensa ansiedade ou medo. (KAPLAN; SADOCK; GREBB, 1997).

Os ataques de pânico variam de freqüência e intensidade. Não é incomum para um indivíduo experimentar numerosos ataques moderados por meses em uma época ou experimentar ataques freqüentes, diários, por um período curto (por exemplo, uma semana), com um longo período subseqüentes de ataques. (MENDES; DIAS; TORRES, 2000).

Os ataques podem vir “do nada”, sem desencadeantes ambientais ou intra psíquicos aparentes. Uma percentagem significativa de pacientes com TP tem estes ataques devido a

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fatores psicodinâmicos (forças psicológicas que agem sobre o comportamento humano) e assim podem responder a intervenções psicológicas. (GABBARD, 1998).

Segundo Gentil e Lotufo-Neto (1996) os principais sintomas são: 1- Dispnéia

2- Sufocamento ou sensação de asfixia 3- Vertigem

4- Sensação de instabilidade ou desmaio 5- Palpitações

6- Tremores e sudorese

7- Náusea ou desconforto abdominal 8- Despersonalização ou desrealização 9- Parestesias

10- Ondas de calor ou de frio 11- Dor ou desconforto no peito 12- Medo de morrer

13- Medo de enlouquecer

As crises de pânico são muito aversivas e, tipicamente levam ao receio de novos ataques, é chamada ansiedade antecipatória. Essa ansiedade, frequentemente ligada a expectativa de sentir-se mal e um determinado local, situação ou contexto é gradual, flutuante e crescente, até que o indivíduo entre na situação temida. (GENTIL; LOTUFO-NETO, 1996).

Podem ocorrer grandes limitações para atividades sociais e profissionais e para auto-imagem do paciente, que não consegue explicação para seus sintomas. Surgem então sintomas depressivos e desmoralização, especialmente porque os sintomas e a sensação de perigo ocorrem fora de contexto, gerando sensação de dissonância cognitiva e perplexidade (GENTIL; LOTUFO-NETO, 1996).

Os tratamentos mais efetivos são a farmacoterapia e a terapia cognitivo-comportamental. A terapia familiar e de grupo pode ajudar os pacientes afetados e suas famílias a se ajustarem ao fato de que os pacientes têm o transtorno e as dificuldades psicossociais que o transtorno possa ter precipitado (KAPLAN; SADOCK; GREBB, 1997).

Na avaliação inicial para o planejamento do tratamento é necessário (CORDIOLI (Org), 1998):

Uma descrição de situação recente em que o problema ocorreu, descrevendo-a, detalhando, as reações corporais cognições e o comportamento adotado;

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Listar todas as situações nas quais é mais provável que ataques de pânico ocorram; Listar comportamentos de esquiva (as situações a atividades que são evitadas); Moduladores (o que piora ou melhora o problema);

Atitudes e comportamento das pessoas próximas; Crenças sobre as causas do problema;

Realização de testes de comportamento para melhor observação; Início e curso;

Medicação utilizada (prescrita e não prescrita); Tratamentos anteriores;

Condições de personalidade que dificultam ou facilitam o tratamento; Apoio social.

Assistência de enfermagem

O princípio que rege a Enfermagem é a responsabilidade de se solidarizar com as pessoas, os grupos, as famílias e as comunidades, objetivando a cooperação mútua entre os indivíduos na conservação e manutenção da saúde (SCATENA; VILLELA, 2004).

Desde que o diagnóstico de transtorno de pânico foi decodificado em 1980, acumulo-se uma abundância de dados de pesquisas sobre transtorno e experiências clínicas com pacientes afetados. A capacidade dos profissionais da saúde mental de identificar os sintomas do transtorno de pânico aumentou, desde 1980, e, mais importante houve o desenvolvimento de tratamentos específicos de eficácia comprovada. Todos os profissionais da saúde devem ser capazes de reconhecer os sintomas do transtorno de pânico de modo que os pacientes afetados possam receber a terapia apropriada, incluindo agentes farmacoterapêuticos e psicoterapia (KAPLAN; SADOCK; GREBB,1997).

A prática em enfermagem psiquiátrica se baseia em ações que visam a melhorar a condição da qualidade de vida do paciente e de sua família, a contribuir no controle do surto da doença, torná-la estabilizada, a ajudar na integração social após o aparecimento da doença, e a cooperar na adesão ao tratamento e à adaptação de sua nova condição (GIACON; GALERA, 2006).

A avaliação das necessidades específicas e as ações de enfermagem são aplicadas de acordo com a individualidade de cada família. Assim, têm-se uma reorganização dos sintomas

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dos pacientes e uma prevenção para futuros episódios, melhorando a qualidade de vida do grupo familiar, seu papel frente à sociedade e entre seus próprios membros, evitando a deterioração definitiva que leva à incapacidade mental. (GIACON; GALERA, 2006).

As funções do enfermeiro estão focadas na promoção de saúde mental, na prevenção de enfermidade mental e na ajuda ao doente a enfrentar os sintomas da TP. Para o enfermeiro realizar suas funções, deve usar a percepção e a observação, formular interpretações válidas, delinear campo de ação com tomada de decisões planejar assistência, avaliar as condutas e o desenvolvimento do processo. Essas ações fazem parte do processo de enfermagem, devendo direcionar o relacionamento interpessoal e terapêutico (SCATENA; VILLELA, 2004).

Os profissionais necessitam aprender a trabalhar em equipe e com a família, levando em consideração as reais necessidades da comunidade através de sua participação no planejamento das ações e o enfermeiro precisar aprender a fazer atendimento à família e não vigilância à família o que ocorrerá somente com a mudança da prática e do ensino (LABATE; ROSA, 2003).

Percebe-se que a Enfermagem pode desenvolver ações de reabilitação que visam ajudar o doente a lidar com a realidade, compreender a dinâmica de suas relações, reconhecer e admitir suas habilidades, capacidades e potencialidades. Com isso, a dinâmica de assistência de Enfermagem passa a ser desenvolvida de maneira abrangente, consistente, qualificada, sistemática, dialética e ética (SCATENA; VILLELA, 2004).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a revisão bibliográfica dos textos científicos, observamos que ainda existe pouca literatura relacionada ao tema, principalmente no que diz respeito a assistência de enfermagem.

Concluiu-se que, a incidência do Transtorno de Pânico torne os indivíduos suscetíveis a novos episódios de pânico, juntamente com a ansiedade, fazendo com que os mesmos comecem a ter limitações em suas atividades cotidianas.

Perante isso, consideramos que mais estudos nesta área são necessários, para um melhor esclarecimento, sobre o TP, principalmente na assistência de enfermagem, para que assim, possa ser realizada uma assistência adequada aos pacientes e a seus familiares, utilizando uma metodologia mais sofisticada, como estudos de caso-controle e de natureza prospectiva.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORDIOLI, Aristides Volpato (Org.) Psicoterapias: abordagens atuais. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

GABBARD, Glen O.. Psiquiatria psicodinâmica. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

GENTIL, Valentim; LOTUFO-NETO, Francisco. Pânico, fobias e obsessões: a experiência do projeto AMBAN. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 1996.

GIACON, Bianca Cristina Ciccone; GALERA, Sueli Aparecida Frari. Primeiro episódio da esquizofrenia e assistência de enfermagem. Revista Escola de Enfermagem da USP

[online]. v.40, n.2, São Paulo. June 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S008062342006000200019&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 27 maio de 2009.

KAPLAN, Harold I.; SADOCK, Benjamin J.; GREBB, Jack A.. Compêndio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica. 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

LABATE , Renata Curi; ROSA, Walisete de Almeida Godinho. A contribuição da saúde mental para o desenvolvimento do PSF. Revista Brasileira de Enfermagem- REBEN

[online]. v.56, n.3. mai./jun. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php. Acesso

em: 27 maio de 2009.

MANFRO, Gisele Gus (Org). Terapia cognitivo-comportamental no transtorno de pânico. Revista Brasileira Psiquiátrica [online]. v.30, supl.2. São Paulo out. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v30s2/a05v30s2.pdf. Acesso em: 27 maio de 2009.

MENDES, Roberta; DIAS, Rodrigo; TORRES, Albina. Apresentação clínica do transtorno do pânico: um estudo descritivo. Revista Psiquiatria na prática médica [online]. v.33, n.3, jul/ set 2000. Disponível em: http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/original3_01.htm. Acesso em: 27 maio de 2009.

SCATENA, Maria Cecília Moraes; VILLELA , Sueli de Carvalho. A enfermagem e o cuidar na área da saúde mental. Revista Brasileira de Enfermagem- REBEN [online]. v.57, n.6, nov./dez. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php. Acesso em: 27 maio de 2009.

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