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Niander Aguiar Cerqueira (Faculdade Redentor) Victor Barbosa de Souza (Faculdade Redentor)

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ENERGIA FOTOVOLTAICA COMO

UMA SOLUÇÃO PARA CRISE

ENERGÉTICA: ANÁLISE DA

VIABILIDADE TÉCNICA DE SUA

IMPLANTAÇÃO EM EDIFÍCIO DE UMA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

NA CIDADE DE ITAPERUNA- RJ

Niander Aguiar Cerqueira (Faculdade Redentor)

Victor Barbosa de Souza (Faculdade Redentor)

Resumo

Este trabalho tem dois objetivos, primeiro fazer uma revisão bibliográfica sobre energia solar, abordando temas como sua origem, desenvolvimento, possíveis utilizações, projetos envolvendo energia solar, instituições que já empregam e utiliizam essa energia e como a energia solar poderá vir a ajudar ao combate das futuras demandas energéticas que estão por vir. O segundo objetivo é fazer o estudo da viabilidade técnica para a implantação de um sistema fotovoltaico na Sociedade Universitário Redentor em Itaperuna, RJ. Verificou-se a viabilidade técnica para instalação de um sistema fotovoltaico na instituição, que apresentou uma média de radiação solar anual alta entre 4,5 e 5,10 Kwh/m².dia e uma grande área disponível para instalação dos módulos fotovoltaicos.

Palavras-chaves: Energia solar; fotovoltaico; energia renovável.

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INTRODUÇÃO

O mundo em alerta. A população mundial cresce em níveis alarmantes, será que existe estrutura para tal crescimento? Com o passar dos tempos e com o crescimento populacional há necessidade do avanço e da criação de novas tecnologias para de certa forma suprir as necessidades como também melhorar o modo de vida da população. Em contrapartida com esse avanço tecnológico, acarretou num aumento do consumo energético em todo o mundo. Consumo esse que cresce em passos de gigante. Estima-se que o consumo energético mundial crescerá um terço nos próximos 25 anos. Sendo o maior consumidor a China, seguido dos EUA. A China consume 70% a mais de energia que os EUA. Boa parte de aumento do consumo energético é de responsabilidade da China e Índia. (AIE, 2011)

O Brasil, não fica muito atrás, o consumo energético cresce notavelmente e com os respectivos eventos que serão realizados no Brasil, que acarretará em um salto ainda maior, no consumo energético brasileiro, devido às infra-estruturas que demandam tais eventos. Estima-se que o Brasil será o segundo país do mundo com o mais rápido crescimento no consumo de energia primária nos próximos 25 anos, perdendo apenas para a Índia que deterá o primeiro lugar. Estima-se que nas próximas duas décadas o consumo energético no Brasil aumente cerca de 80%, do consumo atual. Isso levará o Brasil a um salto no ranking dos países com o maior consumo energético. O Brasil que ocupa a décima primeira posição, com esse crescimento, deverá saltar para a sétima posição, deixando para trás grandes potências como Coréia do Sul e Reino Unido. (AIE, 2011).

Esses dados, apresentados pela Agencia Internacional de Energia, são alarmantes para o Brasil. Apesar da criação de mais uma usina nuclear em Angra dos Reis e outros projetos para mais algumas usinas nucleares, incentivos para o emprego de PCH’s e a tão discutida Usina Hidrelétrica de Belo Monte, tais medidas ainda serão insuficientes para suprir essa futura demanda energética. Existe uma teoria muita pessimista sobre a demanda energética no Brasil, que cita que dentro de 5 (cinco) anos, caso o Brasil não se estruture de maneira eficiente, este sofrerá de contínuos apagões, ressuscitando o tão assombroso fantasma do Racionamento enérgico, vividos na época do governo FHC, que poderiam levar o país a um caos total. Apesar de ser apenas uma teoria, a mesma liga o sinal de alerta, devendo gerar

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3 novas iniciativas energéticas, para que no futuro o Brasil possa se tornar uma potência mundial sustentável.

O Brasil se “prepara” para o futuro a passos de tartaruga, com alguns incentivos para pesquisas de novas formas e fonte de energia sustentável, sendo que a maioria dessas pesquisas estão sendo desenvolvidas pelo Centro de Referência para Energia Solar Eólica Sergio Salvo Brito, CRESEB. No entanto, esses incentivos se limitam apenas a pesquisas. Não há quase nada de incentivo para a utilização, comercialização e emprego dessas tecnologias. Essas pesquisas são baseadas em fontes renováveis de energia e sistemas híbridos.

O Brasil apresenta grande potencial eólico e solar, potencial esse que viabiliza a utilização de sistemas de geração de energia eólico, sistema de geração de energia solar e até mesmo de sistemas híbridos de geração de energia eólico-solar. Talvez esse seja um dos caminhos que o Brasil necessite percorrer para no futuro não passar por algum tipo de escassez energética, evitando dessa maneira possíveis apagões, racionamentos energéticos e até mesmo um caos nacional. Dessa forma, o Brasil caminharia a passos largos para se tornar cada vez mais um país sustentável, deixando para o mundo um exemplo e uma maneira de como contribuir para evitar futuras catástrofes climáticas.

Dessa forma, este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão histórica do uso da energia solar e o seu emprego para o combate a futuras demandas energéticas, bem como demonstrar como seria a análise da área para a instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica, identificando itens potencialidade da região de instalação do sistema, área de incidência solar disponível para a instalação das placas, etc. Este trabalho é parte das conclusões iniciais de um projeto que objetiva a análise da viabilidade técnica e financeira para a futura instalação de um sistema fotovoltaico para atender a Biblioteca João Carlos de Almeida Mielli, da Sociedade Universitária Redentor, sistema este que poderá ser facilmente expandido para todo o edifício da instituição.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A Energia Solar no Mundo

O mundo passa por um momento de reflexão e reavaliação das fontes energéticas que historicamente vêm sendo utilizadas. O desastre no Japão colocou em cheque, mais uma vez,

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4 a segurança e a viabilidade do uso da Energia Nuclear. Há uma crise também no uso do Petróleo e Carvão, que vêm atingindo as maiores cotações de toda a história (SOUZA, 2011). A intensa e indiscriminada exploração de reservas não renováveis de combustíveis fósseis aliados aos prejuízos ambientais decorridos do uso desses recursos energéticos implica num cenário preocupante. Desta forma, o surgimento de novas fontes de energia alternativas, em particular de fontes renováveis e não-poluidoras, como a solar e a eólica, acena para um novo momento.

Por razões econômicas o interesse dos Estados Unidos e da Europa pelo uso de energia solar cresceu muito nas duas últimas décadas, principalmente após a crise da década de 70 no setor petrolífero. Atualmente, não se fala apenas na aplicação dessa radiação como fonte de energia limpa e renovável, mas também no conhecimento do clima e de suas mudanças (Souza, 2011). A energia solar pode ser dividida em duas categorias, solar fototérmica e solar fotovoltaica (CRESESB, 2006).

A energia solar fototérmica é baseada na quantidade de energia que um determinado corpo é capaz de absorver, sob forma de calor, a partir da radiação solar. Esse princípio é utilizado em tanques solar e destilação de água. Esse método de dessalinização através do sol quando comparados com outros métodos de dessalinização como: Eletrodiálise, que é a eliminação dos íons salinos por aplicação de campo elétrico, e o método do congelamento apresenta a melhor relação custo beneficio e a maior eficiência; A energia solar fototermica também é utilizado em sistemas de aquecimento de água, podendo este aquecimento ser passivo e ativo. Sendo o aquecimento passivo utilizados em tanques solar, como citado acima, este aquecimento direto pela radiação solar, porem apresenta baixa eficiência. (ALDABÓ, 2002). Em 1839, Edmond Becquerel notou um aparecimento de um diferencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzido pela absorção da luz, foi a partir dessa observação que se chegou ao conceito do efeito fotovoltaico. A partir daí passou-se ao desenvolvimento desse conceito até chegar à utilização da energia solar como meio de obtenção de energia elétrica. O ápice do desenvolvimento dessa tecnologia se deu na época da corrida espacial e da utilização de satélites, que tinham como principal fonte de energia a luz do sol. Assim, essa tecnologia foi um pouco mais lapidada, dentro das limitações da época, como fonte de energia para as naves espaciais, pois no espaço era a maneira mais fácil de se obter energia sem sobrecarregar a aeronave com tanques de combustíveis (CRESESB, 2006).

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5 Com a crise energética de 1973, o desenvolvimento dessa tecnologia ganhou novo impulso. Diversas empresas americanas do ramo do petróleo diversificaram seus investimentos em novas formas de obtenção de energia e a energia solar foi a que mais recebeu investimento. Com a ampliação dos estudos e desenvolvimento de tal tecnologia, descobriu-se que o sol era fonte riquíssima de energia, cerca de 10.000 vezes a energia consumida na época, algo em torno de 1,5 x 1018 kWh (PARIDA B, INIYAN S. e GOIC R.,2011).

Foi-se, então, aprimorando os equipamentos e a eficiência dos mesmos, surgindo a célula fotovoltaica, utilizada na absorção da energia do sol. Com o passar do tempo e com os novos estudos realizados, percebeu-se no silício as potencialidades de um melhor material para ser empregado nas células fotovoltaicas, sendo essa conclusão de assaz importância para maiores investimentos em tal tecnologia, pois o silício é o segundo elemento mais abundante do globo terrestre (LANDI, 2010).

Em 1993 a produção de energia através do sol atingiu o recorde de 60 Mwp (CRESESB, 2006). Já no ano de 2000, esse número era 3 (três) vezes maior, sendo que diversos países vêm utilizando esta tecnologia, até mesmo países não muito indicados para a utilização dessa tecnologia.

Com a crescente demanda por energia, levantou-se outro fator que é o possível fim dos combustíveis fósseis, podendo gerar um caos energético e com isso eclodir inúmeras guerras e conflitos para obtenção do tão importante ouro negro (CRESESB, 2006).

Nas próximas décadas todos os países do mundo têm que reduzir pela metade o nível de emissão dos gases poluentes, mas essa diminuição não deve refletir na produção de energia elétrica, uma vez que o potencial de energia de um país não pode diminuir, pois com isso poderiam ocorrer sérios prejuízos e apagões em tais países (CRESESB, 2006).

Por conta desse cenário diversas soluções têm sido propostas, algumas da quais já são conhecidas por boa parte da população mundial, como: os painéis fotovoltaicos, que têm grande utilização em países europeus com a Holanda e Alemanha e os aquecedores de água, que substituem os chuveiros elétricos e os aquecidos por gás natural e têm o seu o uso já bem mais difundido pelo mundo. Entretanto, existem outros projetos e protótipos que de certa forma podem estar sendo futuramente aproveitados como: SES (Satélite de Energia Solar), Solar Two, SSM (Sistema Solar Marítimo) e Phoebus, etc.

Phoebus é um consorcio Europeu que como objetivo instalar na Jordânia uma Usina Termo Solar de 30 MW utilizando receptores volumétricos. Esses receptores, como o próprio nome

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6 já diz, recebem calor e servem de meio de transporte para acionar uma turbina geradora de energia.

O Sistema Solar Marítimo, SSM, que seria utilizado para ajudar na locomoção do navio, tem seu funcionamento baseado na utilização da eletrólise da água. O Hidrogênio que é um dos produtos finais da eletrólise seria encaminhado para as caldeiras convencionais, podendo também se recombinado com o oxigênio em câmaras de combustão, para obter vapor aquecido e acionar as turbinas.

O Projeto Solar Two é um projeto de geração de energia, com um potencial de 10 MW, localizado no deserto de Mojave – Califórnia - USA, utilizando uma tecnologia de captação de energia solar do tipo torre, captação essa que é inovadora, onde a torre é a responsável por abrigar o receptor. Esta usina está em funcionamento desde 1997, sendo que os números do Two são muito bons, apresentando uma média mensal de 1633 MWh. A eficiência do receptor gira em torno de 88%. A maior produção da turbina foi de 11,6 MW. O sistema de armazenamento tem uma eficiência altíssima de 97% e a maior disponibilidade alcançada foi de 94%, no ano de 1998.

Contudo, o projeto que mais chama a atenção é o SES, Satélite de Energia Solar. Este projeto chama atenção devido à grande inovação proposta com relação à captação da energia solar. A captação de energia solar convencional é aquela que incide sobre a terra. No método pensado para o SES a captação dessa energia se daria na órbita da terra. O Satélite de Energia Solar seria colocado na órbita da terra e enviaria a energia gerada através de microondas. Porém, essa idéia tem causado grandes polêmicas tanto no diz respeita ao ramo técnico, como nas áreas social e política. No que diz respeito a questões técnicas e políticas são questionados inúmeros fatores, pois, devido a suas dimensões de aproximadamente 50 Km², peso de 90.000 toneladas e sua capacidade de geração energética de até 10.000 Mw, tal empreendimento causaria grandes impactos nas matérias primas disponíveis na terra, sendo muito difícil a colocação de um aparato de tal tamanho na órbita. Porém, a maior polêmica se dá na esfera social. O grande questionamento suscitado versa sobre os danos causados por uma exposição de ondas de radiação de baixa freqüência de forma constante.

A grande vantagem desse sistema de geração solar é que, além da grande capacidade de geração de energia, há uma constância nessa geração, 24 (vinte e quatro) horas, pois o satélite está na órbita da terra. Todavia, este sistema apresenta grandes desvantagens e dificuldades tecnológicas. Além das polêmicas já causadas, para a recepção da energia seria necessária a

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7 construção de uma torre de 50 Km², além da área de proteção contra incidência das microondas ao redor da antena. O custo de tal projeto equivale ao produto interno bruto dos EUA e para o transporte de tal estrutura necessitaria de milhares de pessoas e naves de alta capacidade. Tal investimento teria uma vida útil muito pequena, somente de 10 anos, devido a uma grande deterioração, cerca de 10%, danos causados nos condutores da superfície fotovoltaica. (ALDABÓ, 2002).

A Energia Solar no Brasil

Em nível nacional, a tecnologia fototérmica começou de maneira discreta sendo utilizada apenas em algumas residências e posteriormente em creches e colégios. Hoje, indústrias, hotéis, pousadas e condomínios vêm adotando a tecnologia e a tendência é que cada vez mais essa energia seja utilizada, devido aos benefícios ao meio ambiente e principalmente pela economia para quem a emprega.

A tecnologia fotovoltaica vem ganhando o espaço rapidamente. No ultimo dia 30/06/2011 o Brasil ganhou a sua primeira usina de energia Solar, que fica localizada em Tauá, a 344 km de Fortaleza, com a capacidade de geração de 1Mw, que tem expectativa de atender cerca de 1,5 mil famílias, tal investimento é do grupo EBX. (INEE, 2011).

No interior do estado Rio de Janeiro, na cidade de Macaé, cidade esta considerada o coração do desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, empresas de condicionamento de ar residencial estão oferecendo aparelhos de ar condicionados com alimentação por painéis fotovoltaicos. (SOUZA e CERQUEIRA, 2011). A tendência é que esta tecnologia seja difundia cada vez mais. Alguns parques e lugares públicos já têm suas instalações fotovoltaicas como a Estação Ecológica Jureia, Parque Ecológico Porto Sauípe, Parque do Rio de Janeiro. Existe também um programa do governo federal, Luz para todos, que leva energia solar aos moradores de localidades remotas e o sistema de energia solar fotovoltaica será utilizado. (TOLMASQUIM, 2003).

Logo a energia solar tem todos os requisitos para combater futuras demandas energéticas devido a sua disponibilidade, empregabilidade e ser uma fonte renovável.

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ANÁLISE DA ÁREA DISPONÍVEL

Para a definição e levantamento dos dados da área disponível, foram utilizados alguns recursos, com auxilio do banco de dados da APOLLO 11, CRESESB, Google Earth e outros instrumentos de auxilio. Na figura 1, está apresentado um mapa do estado do Rio de Janeiro.

Figura 1 - Mapa do Estado do Rio de Janeiro. Fonte: APOLLO II, 2012.

Delimitada a região da localização da cidade, partiu-se para o levantamento dos dados geográficos da localidade da Faculdade Redentor utilizando-se o Google Earth (Figuras 2 e

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9 3).

Figura 2 - Foto da localização da Sociedade Universitária Redentor. Fonte: Google Earth. (Vista Superior.)

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Figura 3 - Foto da localização da Sociedade Universitária Redentor. Fonte: Google Earth. (Vista Panorâmica).

Com o auxilio do Google Earth, definiu-se a localização de forma completa. A instituição se encontra localizada a margem da BR-356, com os seguintes dados:

 Latitude: -21º 12’ 18’’ Sul.  Longitude: -41º 53’ 16’’ Oeste.  Altitude: 108 metros.

Além das influências causadas pela localização, há também as influências causadas pelas características da geometria solar, conforme pode ser observado na Figura 4.

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Figura 4 - Foto da órbita da terra em torno do sol Fonte: CRESESB.

 O sol nasce no leste e se põe no Oeste.

 A órbita terrestre é uma orbita elíptica em torno do sol e o eixo de rotação da terra forma um ângulo de 23,5º com a normal ao plano da elipse da órbita da terra.

 A declividade Solar varia entre valores: -23,45º 23,45º.  O ângulo Azimutal de Superfície varia entre -180ºaw 180º.

 Intensidade de radiação Solar que chega a Terra é aproximadamente 1,3 KW/m².

Conhecendo a teoria de Rayleigh e Mie que diz que a massa do ar influencia através dos efeitos de absorção e dispersão da radiação solar. Relação (simplificada) esta que define que:

  AM Sen Cos AM  1  1 Onde: AM é massa de ar.

 e são os ângulos de incidência.

Vale ressaltar que a poluição atmosférica interfere nos resultados.

Definido os dados da localidade, iniciou-se a definição dos dados climáticos que influenciam no potencial de geração de energia solar (Tabela 1).

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Fonte: INMET, 2012

Com base na tabela climática de Itaperuna (Tabela 1) conclui-se que o mês de Fevereiro apresenta a maior temperatura, 33ºC, e o mês de Junho apresenta a menor temperatura mínima, 15ºC e a menor média, 21oC. Os meses de Janeiro e Fevereiro apresentam as maiores temperaturas mínimas, 22ºC. Já os meses de maior temperatura média são Janeiro, Fevereiro e Março. O mês de Dezembro foi o mês com o maior índice de precipitação cerca de 208 mm. A incidência de radiação ultravioleta é muito alta, sendo 9 o nível de UV, numa escala que vai até o máximo de 14.

O passo seguinte foi definir o potencial de radiação Solar da localidade de Itaperuna-RJ, esse potencial leva em consideração:

 Radiação ao nível do Solo  Radiação Extraterrestre.

 Métodos de cálculos Matemáticos.  Localização.

Os dados obtidos no CRESEB estão apresentados na Tabela 2 e no gráfico da Figura 5.

Tabela 2 - Radiação Diária de Itaperuna

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Figura 5 - Gráfico da Radiação Diária de Itaperuna Fonte: CRESEB, 2012

Na tabela 2, como no gráfico da Figura 5, fica evidente que o mês com maior nível de radiação solar é o mês de Janeiro, com 6,06 Kwh/m².dia. O mês de Junho apresenta o menor nível de radiação solar, com 3,53 Kwh/m².dia. A média do nível de radiação foi entre 4,50 e 5,10 Kwh/m².dia. Com isso fica evidente o bom nível de radiação solar, o que viabiliza a sua utilizando na região.

Esses dados obtidos se tornam confiáveis quando os resultados são comparados com o Atlas Anual Solarimétrico do Brasil (Figura 6), uma vez que os resultados obtidos no levantamento batem com os resultados obtidos no Atlas.

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Figura 6 - Mapa da Radiação Solar Global Diária. Fonte Atlas Solarimétrico do Brasil, 2011.

A próxima etapa foi considerar prováveis níveis de radiação para possíveis inclinações nas instalações dos módulos fotovoltaicos (Tabela 3).

Tabela 3 - Radiação Diária de Itaperuna com inclinações

Fonte: CRESEB, 2012

No gráfico da Figura 7, são apresentados os dados com relação à radiação solar no plano inclinado para a cidade de Itaperuna.

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Figura 7 - Gráfico da Radiação Diária de Itaperuna com inclinações. (Fonte: CRESEB, 2012)

Analisadas as possibilidades de viabilidade de utilização de energia fotovoltaica no município de Itaperuna, passou-se à tarefa de identificar a melhor inclinação para o projeto, sempre buscando a melhor solução técnico-econômica. Vale destacar que a média de radiação solar para planos inclinados foi superior a média dos planos horizontais.

A radiação solar não é constante, ela oscila durante o dia, porém tem sua maior intensidade ao meio-dia-solar, período do dia que a incidência solar é perpendicular e o sistema fotovoltaico tem sua geração de energia máxima, que é a denominada hora solar pico. Durante o dia a radiação solar oscila, porém em determinada parte do dia ela vai do mínimo ao máximo, retornando no fim do dia para o mínimo ao final da tarde.

O conhecimento das horas pico da localidade onde se pretende instalar um sistema fotovoltaico é de grande relevância, pois é nessas horas de sol pico que o painel fotovoltaico estará gerando o máximo de energia durante o dia. Esse período geralmente é compreendido entre duas ou três horas antes e depois do meio dia solar, que é diferente de meio dia (12 h)

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16 das horas. O meio dia Solar é quando os raios solares estão projetando na direção norte-sul, no meridiano local, isso varia de localidade para localidade e também do período do ano. Logo, em Itaperuna, tem-se um período de insolação de aproximadamente 8 (oito) horas e 4 (quatro) horas de horas pico.

Torna-se evidente o período das horas pico no gráfico Irradiação X Horas (Figura 8). (CRESESB, 2012).

Figura 8 - Gráfico de Horas Solar Pico. Fonte: HM Sistemas, 2011.

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Figura 9 - Mapa da Radiação Insolação Diária. Fonte: CRESESB, 2011.

Definido os dados geográficos, dados climáticos e o potencial solar, o passo seguinte é a análise da área disponível na instituição para a futura instalação de um sistema fotovoltaico. Visto as possibilidades, duas foram levadas em consideração. Uma foi a fachada principal do edifício que abriga as instalações da instituição (Figura 10) e outra foi a parte superior - cobertura (Figura 11).

Figura 10 - Desenho da fachada. Fonte: Sociedade Universitária Redentor, 2011.

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Figura 11 - Desenho da parte superior. Fonte: Sociedade Universitária Redentor, 2011.

Levantadas as possibilidades, identificou-se uma área aproximada de 950 m² de fachada e de 2700 m² de área superior (cobertura) disponíveis para a implantação de um grande sistema fotovoltaico. Como a proposta do projeto primeiramente visa atender a Biblioteca, mas poderá facilmente ser expandida futuramente para as demais instalações da faculdade para tornar a faculdade energeticamente sustentável, dependendo da ambição do projeto, a parte superior atenderia plenamente. No entanto, não há empecilhos técnicos que descartem a utilização da fachada, sendo a área para sua utilização bem menor quando comparada com a parte superior.

CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos da análise de área disponível, analisando a região onde está localizado o Campus da Sociedade Universitária Redentor, conclui-se que essa área tem um grande potencial para receber um sistema fotovoltaico on/off. A temperatura média anual de

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19 33ºC, com clima estável e grande incidência de radiação solar, sendo seu nível mais alto em Janeiro, de aproximadamente 6,1 Kwh/m².dia e o menor 3,6 Kwh/m².dia em Junho, com uma média de radiação solar anual entre 5,10 e 4,5 Kwh/m².dia.

Quando comparado com outros países que são muito mais dependentes da energia solar como Holanda, Alemanha e Japão, Itaperuna apresenta um excelente nível de radiação solar, com aproximadamente o do dobro da incidência solar anual média daqueles países.

Outro fator primordial em dimensionamentos de sistemas fotovoltaicos são as horas picos da localidade onde se pretende instalar o sistema. Na análise da localidade concluiu-se que a disponibilidade é de aproximadamente 4 (quatro) horas de pico, que é excelente, sem contar que são aproximadamente 8 horas de radiação solar.

Outra constatação a que se chegou foi a de que as inclinações futuras das instalações dos painéis devem estar próximas a 23º em relação ao nível do solo, melhorando com isso seu rendimento.

Um dado determinante para garantir a viabilidade de uso da energia fotovoltaica nas instalações da Sociedade Universitária Redentor foi à área disponível apresentada, cerca de 2700 m² na parte superior e 950 m2 na fachada principal. Portanto, tem-se uma viabilidade Técnica para uma futura instalação de um sistema fotovoltaico na Sociedade Universitária Redentor, sendo a instalação do mesmo limitado apenas a questões de estudo da viabilidade econômica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALDABÓ, R. Energia Solar. São Paulo: ARTLIBER, 2002.

Cartilha de Energia Solar. Solar Brasil, 2010. Disponível em http://www.solarbrasil.com.br.

Acessado em14 de julho de 2011.

CRESESB/CEPEL - Grupo de Trabalho de Energia Solar Fotovoltaica. Energia Solar e suas

Aplicações, 2006. Disponível em:

http://www.creseb.cepel.br/downlaod/tutorial_solar_2006.pdf. Acessado em 14 Julho de 2011.

Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis. Disponível em:

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Instituto Nacional de Eficiência Energética. Disponível em:

http://www.inee.org.br/eficiencia_o_que_eh.asp?Cat=eficiencia. Acessado em 14 de julho de 2011.

Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível em: www.inmet.gov.br. Acessado em 28 de

fevereiro de 2012.

PARIDA, B.; INIYAN, S. E.; GOIC, R. A Review of Solar Photovoltaic Technologies. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 2011. 1625 – 1636.

SOUZA, M. N. A Crise Energética e a Radiação Solar. Disponível em http://mauriciosnovaes.blogspot.com/2008/12/crise-energtica-e-radiao-solar.html. Acessado em 27 de julho de 2011.

SOUZA, V. B. de; CERQUEIRA, N. A. Estudo da Viabilidade do Uso de Energia Solar para Manter a Biblioteca João Carlos de Almeida Mielli. Anais do IV Congresso de Iniciação Científica da Faculdade Redentor. Itaperuna, 2011.

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