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QUALIDADE DE SONO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE TRABALHADORES NOTURNOS DE UMA INDÚSTRIA CERÂMICA, CRICIÚMA - SC

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM TREINAMENTO ESPORTIVO

MARCELO JUST DA SILVA

QUALIDADE DE SONO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE TRABALHADORES NOTURNOS DE UMA INDÚSTRIA CERÂMICA,

CRICIÚMA - SC

CRICIÚMA, MARÇO DE 2007

(2)

QUALIDADE DE SONO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE TRABALHADORES NOTURNOS DE UMA INDÚSTRIA CERÂMICA,

CRICIÚMA - SC

Monografia apresentada à Diretoria de Pós- Graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, para a obtenção do título de especialista em Treinamento Esportivo.

Orientadora: Prof. (MSc). Elaine Cristina Marqueze.

CRICIÚMA, MARÇO DE 2007

(3)

AGRADECIMENTOS

Ao Deus da vida, por sempre iluminar meus caminhos e segurar minhas mãos nos momentos difíceis.

A minha esposa Tatiana, companheira e amiga de todas as horas, sempre paciente, doce e com certeza a pessoa mais importante nesse estudo e na minha caminhada.

Aos meus pais Volnei e Amélia que sempre confiaram e me incentivaram na busca de meus ideais.

A minha ilustre Mestra, Orientadora e Amiga Elaine, por ter me auxiliado muito com sua sapiência, no seu tempo precioso, com um carinho todo especial.

A empresa Cerâmica e seus colaboradores pela cooperação em ter conseguido realizar esse estudo.

Enfim, a todos que de forma direta ou indiretamente foram responsáveis pela

conclusão deste estudo.

(4)

RESUMO

Sabe-se que o esforço físico elevado no trabalho é um fator de risco para distúrbios do sono, embora o exercício seja um fator da proteção para distúrbios do sono. Este estudo teve o objetivo de verificar a associação entre qualidade do sono e a atividade física durante o tempo de lazer entre trabalhadores noturnos com um alto esforço físico no trabalho (média de 14.245 ± 3.456 kcal/por semana). Também, foi avaliada a relação entre a qualidade do sono e o nível do esforço físico no trabalho.

Um total de 19 homens que trabalham em uma indústria cerâmica, das 21h00min a 05h00minh responderam o índice da qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI) e o questionário físico internacional da atividade (IPAQ). Foi calculado o dispêndio calórico total por semana para cada trabalhador através do equivalente metabólico (METs). Os trabalhadores foram divididos em grupo de qualidade de sono bom e grupo de qualidade de sono ruim, de acordo com os escores do PSQI. Nenhuma diferença estatística significativa foi encontrada entre os grupos relacionados à atividade física no tempo de lazer. O grupo de qualidade do sono ruim mostrou um nível mais elevado de gasto energético no trabalho do que o outro grupo (p<0.05).

Os distúrbios do sono e a sonolência diurna contribuem para uma qualidade do sono

ruim (÷2<0,05). Pode

-se concluir que um esforço físico mais elevado no trabalho contribui para a redução da qualidade do sono, independente se o trabalhador pratica atividade física no lazer ou não.

Palavras-chaves: Qualidade do sono. Atividade Física. Trabalhadores Noturnos.

Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Questionário Internacional de

Atividade Física (IPAQ).

(5)

ABSTRACT

It is known that high physical effort at work is a risk factor for disturbed sleep, although exercise is a protection factor for sleep disturbances. This study aimed to verify the association between sleep quality and physical activity during the leisure time among night workers with physical effort at work (average 14.245 ± 3.456 kcal/per week). Also, it was evaluated the relationship between the sleep quality and the level of physical effort at work. A total of 19 men worked at a ceramic industry from 21:00 to 05:00h filled in the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) and the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). We calculated the total energy expenditure/per week for each worker from the metabolic equivalent (METs). The workers were divided into a good and poor sleep quality group, according to the PSQI scores. No statistically significant differences were found between the groups related to the physical activity during the leisure time. The poor sleep quality group showed higher level of energy expenditure at work than the other group (p<0.05).

Sleep disorders and diurnal sleepiness contributed to the poor sleep quality

2

<0.05). It could be concluded that higher physical effort at work contribute to reduce the sleep quality, whether the worker practices physical activity during leisure time or not.

Key-words: Sleep quality . Physical Activity. Night Workers. Pittsburgh Sleep Quality

Index (PSQI). International Physical Activity Questionnaire (IPAQ).

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LISTA DE FIGURA

Figura 1 Sintomas que ocorrem nos seres humanos pela alternância do

dia pela noite... 18

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 IMC dos funcionários classificados de acordo com a OMS.

Criciúma-SC... 32 Gráfico 2 Classificação do sono dos trabalhadores de acordo com o PSQI.

Criciúma-SC... 38

(8)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuição dos funcionários de acordo com área de atuação.

Criciúma-SC... 30

Tabela 2 Quantidade de horas extras semanais realizadas pelos funcionários. Criciúma-SC... 31

Tabela 3 Estado conjugal atual dos funcionários. Criciúma-SC... 31

Tabela 4 Média do gasto energético (kcal) de cada seção do IPAQ, por semana. Criciúma-SC... 33

Tabela 5 Classificação da qualidade subjetiva do sono dos funcionários. Criciúma-SC... 34

Tabela 6.1 Latência do sono: tempo em minutos para pegar no sono. Criciúma-SC... 35

Tabela 6.2 Latência do sono: demorou mais de 30 minutos para pegar no sono. Criciúma-SC... 35

Tabela 7 Duração do sono do trabalhador. Criciúma-SC... 35

Tabela 8 Eficiência do sono do trabalhador. Criciúma-SC... 36

Tabela 9 Distúrbios do sono. Criciúma-SC... 36

Tabela 10 Uso de medicação para dormir por semana. Criciúma-SC... 36

Tabela 11.1 Sonolência diurna por semana. Criciúma-SC... 37

Tabela 11.2 Distúrbios diários por semana. Criciúma-SC... 37

Tabela 12 Classificação do PSQI dos funcionários. Criciúma-SC... 39

Tabela 13.1 Teste de associação do componente qualidade do sono. Criciúma-SC... 40

Tabela 13.2 Teste de associação do componente latência do sono. Criciúma- SC... 41

Tabela 13.3 Teste de associação do componente duração do sono. Criciúma- SC... 41

Tabela 13.4 Teste de associação do componente eficiência do sono. Criciúma-SC... 41

Tabela 13.5 Teste de associação do componente distúrbios do sono.

Criciúma-SC... 41

(9)

Tabela 13.6 Teste de associação do componente uso de medicamentos para dormir. Criciúma-SC... 41 Tabela 13.7 Teste de associação do componente sonolência diurna.

Criciúma-SC... 42 Tabela 14 Teste de associação das horas extras. Criciúma-SC... 42 Tabela 15 Média do gasto energético (kcal) por semana, de cada seção do

IPAQ, de acordo com a classificação do PSQI. Criciúma-SC... 43

(10)

LISTA DE SIGLAS

DP – Desvio Padrão

EEG – Eletroencefalograma IMC – Índice de Massa Corporal

IPAQ - International Physical Activity Questionnaire Kcal – quilocaloria

MET – Equivalente Metabólico NREM – não REM

OMS – Organização Mundial da Saúde

PSQI – Pittsburgh Sleep Quality Index

REM – Rapid Eye Movements

(11)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 11

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 16

2.1 Trabalho Noturno... 16

2.2 Sono... 19

2.3 Benefícios do Exercício Físico no Sono... 22

3 METODOLOGIA... 26

4 ANALISE E DISCUSSÃO DOS DADOS... 30

4.1 Dados Sócios Demográficos e Funcionais... 30

4.2 Nível de Atividade Física dos Trabalhadores Segundo os Dados do IPAQ... 33

4.3 Qualidade do Sono dos Trabalhadores Segundo os Dados do PSQI... 34

4.4 Qualidade do Sono dos Trabalhadores e Características Sócio- Demográficas... 38

4.5 Qualidade do Sono dos Trabalhadores e Gasto Calórico Semanal... 43

5 CONCLUSÃO... 44

REFERÊNCIAS... 46

APÊNDICE... 49

ANEXOS... 60

(12)

1 INTRODUÇÃO

A crescente demanda de trabalhadores do turno noturno, atualmente, vem atender, economicamente, os países industrializados, a suprirem suas necessidades de terem uma produção de modo contínuo e serviços funcionando 24 horas por dia.

Diante dessa jornada de trabalho, consistindo em inverter o dia pela noite, a qualidade de vida do trabalhador noturno fica comprometida, gerando inúmeros efeitos nocivos à saúde.

Quanto aos riscos à saúde, os trabalhadores noturnos, estão propensos a apresentarem perturbações no sono, devendo-se ao fato de o homem ser regulado pelo ritmo circadiano e este determinar o sono no período noturno. Várias pesquisas relatam que a qualidade do sono noturno é superior a qualidade do sono diurno, tendo inúmeras explicações fisiológicas para isto, mas que se resumem a questão do ritmo circadiano, em que biologicamente o ser humano é um animal de hábitos diurnos (MENNA-BARRETO, 2004).

O ritmo circadiano consiste no conjunto de episódios biológicos sincronizados em um espaço de tempo compreendido entre 22 a 28 horas, que em livre curso (sem determinações ou exigências externas) gira em torno de 25 horas (MORENO, 2004). O nível de cortisol, de melatonina e da temperatura corporal são exemplos de episódios biológicos que normalmente são estudados em pesquisas da área.

O ritmo circadiano, também chamado de ritmo biológico, é influenciado

tanto por fatores endógenos como fatores exógenos, em que o trabalho é um dos

maiores determinantes exógenos da variação biológica. Desta forma, inúmeros

(13)

estudos têm se dedicado a esta questão, tentando compreender como minimizar o as variações do ritmo circadiano, visando melhorar as condições de trabalho, e consequentemente a qualidade de vida dessa sociedade 24 horas (FISCHER, 2004).

Todavia, a atividade física vem sendo considerada, atualmente, unânime para a promoção da saúde, do bem estar físico e mental. Alguns estudos vêm demonstrando uma influência positiva no padrão de sono. Neste contexto, Mello e Tufik (2004) afirmam que “Pessoas fisicamente ativas e em boa forma física têm benefícios quanto à eficiência, ao padrão de sono e à redução na freqüência de queixas referentes ao sono (...)”.

No entanto, pesquisas que avaliem a relação do exercício físico com a qualidade do sono de trabalhadores noturnos ainda são escassas, necessitando de mais estudos acerca do assunto. Por isso, dedicar-se a pesquisas que avaliem se o exercício físico é capaz de também promover benefícios à saúde de trabalhadores submetidos a turnos fixos de trabalho noturno, em que o seu ritmo circadiano é completamente modificado, é de extrema importância para poder se pensar em programas de intervenção à saúde destes trabalhadores.

Uma outra questão relevante, é que normalmente os trabalhadores

noturnos possuem uma vida social e de lazer muito diferenciada de quem possui

trabalho diurno, especificamente na questão atividade física. O trabalho noturno por

ser tão desgastante, indiretamente, “impede” o trabalhador de participar de

programas de atividades físicas sistemáticas, em que sua atividade física limita-se a

atividade profissional e a de transporte, normalmente não alcançando níveis

desejáveis à melhora da saúde. Neste contexto, evidencia-se a necessidade de se

investigar o padrão do nível de atividade física de trabalhadores noturnos, e

(14)

posteriormente investigar se quem possui um maior nível de atividade física, também possui uma melhor qualidade do sono.

Com base nesse contexto desenvolveu-se a presente pesquisa, cujo tema é: Qualidade do sono e nível de atividade física de trabalhadores noturnos de uma indústria cerâmica em Criciúma – SC.

Define-se como problema dessa pesquisa: Qual a associação entre qualidade do sono e a atividade física durante o tempo de lazer entre trabalhadores noturnos com um alto esforço físico no trabalho de uma indústria cerâmica, Criciúma - SC.

Como objetivo geral: Verificar a associação entre qualidade do sono e a atividade física durante o tempo de lazer entre trabalhadores noturnos com um alto esforço físico no trabalho de uma indústria cerâmica, Criciúma - SC.

Como objetivos específicos, têm-se:

- Traçar o perfil das características sócio-demográficas (sexo; idade;

estado conjugal; índice de massa corporal) e funcionais dos trabalhadores (tempo de contratação; tempo de trabalho noturno na empresa; carga horária semanal; horas extras; setor de trabalho; horário de trabalho; outro emprego).

- Identificar o índice de qualidade do sono.

- Identificar o gasto energético (kcal) da atividade física habitual total, do

trabalho, do transporte, em casa, do lazer e sentado.

- Identificar a qualidade subjetiva do sono.

- Identificar a latência do sono.

- Identificar a duração do sono.

- Identificar a eficiência do sono.

(15)

- Identificar os distúrbios do sono.

- Identificar o uso de medicamentos para dormir.

- Identificar a sonolência diurna.

- Avaliar a relação entre qualidade do sono e as características sócio

demográfico (idade, IMC, tempo no trabalho noturno).

- Avaliar a relação entre qualidade do sono e gasto energético total nas

atividades físicas habituais.

- Verificar a diferença das médias entre o índice de qualidade do sono

ruim e o índice de qualidade do sono bom.

- Verificar associação entre realizar horas extras e o índice de qualidade

do sono.

- Identificar o gasto energético (kcal) da atividade física habitual total, do

trabalho, do transporte, em casa, do lazer e sentado, de acordo com o índice de qualidade do sono.

Na intenção de tornar mais claro e compreensível, optou-se por dividir o trabalho em três capítulos.

No primeiro capítulo abordou-se sobre o trabalho noturno, o sono e sobre os benefícios do exercício físico no sono.

A seguir, no segundo capítulo consta a metodologia adotada no desenvolvimento da pesquisa, como os instrumentos, procedimentos e análises dos dados da pesquisa.

Assim sendo, no terceiro capítulo aborda-se sobre o nível de atividade

física habitual e a qualidade do sono em trabalhadores noturnos da empresa

cerâmica associados aos dados sócio-demográficos dos trabalhadores, do

questionário de atividade física e do questionário do sono.

(16)

Por fim, apresentam-se a conclusão, as referências utilizadas para a

realização da pesquisa, o apêndice e os anexos.

(17)

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Trabalho Noturno

O trabalho noturno é uma demanda atual, que vem atender economicamente as indústrias, já que o aumento da produção contínua aumenta constantemente e inclui um contingente de trabalhadores que trocam o dia pela noite.

Da mesma forma que para que se possam ter serviços e produtos funcionando em diferentes turnos, várias são as pessoas que desempenham tarefas fora dos horários costumeiros.

Conforme Fischer (2004, p.4):

Na década passada, ganhou um grande espaço na sociedade, em todo o mundo e particularmente nos grandes centros urbanos, o oferecimento de serviços que estão disponíveis muitas horas por dia, durante os dias de semana e fins de semana.

A variedade de turnos de trabalho, em empresas, em indústrias ou até mesmo no comércio é muito grande. Há empresas que mantém turnos regulares, como há empresas com escalas de trabalho completamente irregulares, sendo que os horários de entrada e saída, bem como os dias de folga não correspondem a um programa pré-estabelecido (FISCHER, 2004).

Segundo Gonçalves e Vilarta (2004, p. 103) “(...) os trabalhadores, têm

sua condição de saúde e qualidade de vida relegada a segundo plano, diante das

(18)

demandas por sobrevivência e por interesses corporativos relativo à produção e ao lucro.”

Desta forma, a alternância de turno, poderá ocasionar no trabalhador desvantagens e riscos à sua saúde, pois suas funções biológicas diárias poderão estar comprometidas, uma vez que estas são controladas por ritmos biológicos. De acordo com Menna-Barreto (2004, p.33), “(...) esses ritmos são gerados pelo próprio organismo e o papel dos estímulos ambientais consiste em adiantar ou atrasar mecanismos que têm sido chamados de relógios biológicos”.

O ritmo biológico mais conhecido é o ritmo circadiano, o qual oscila num ciclo dia/noite de 24 horas.

De acordo com Mello e Tufik (2004, p. 11):

Os ritmos diários, que controlam muitas das nossas funções fisiológicas, assim como o desempenho, são conhecidos como ritmos circadianos, do latim circa dies, significando cerca de um dia ou cerca de 24 horas.

Durante o dia os órgãos e funções estão preparados para a produção e durante a noite, as atividades e a funcionalidade da maioria dos órgãos estão adormecidas, pois o organismo se prepara para o descanso e para a reconstituição das reservas de energia.

Segundo Grandjean (1991) vários sintomas podem ocorrer no trabalhador noturno pela alternância do dia pela noite, tais como sensações de cansaço;

irritabilidade psíquica; tendências à depressão; perturbações no apetite;

perturbações nos órgãos intestinais e perturbações no sono.

Foster e Wullf (2005) apresentam as conseqüências negativas da

alternância do dia pela noite, classificadas em sete grandes grupos: problemas

reprodutivos, desordens cardiovasculares, prejuízo da saúde mental, rompimentos

(19)

no ritmo circadiano, efeitos cerebrais, desordens gastrointestinais e aumento no risco de câncer (Figura 1).

Figura 1: Sintomas que ocorrem nos seres humanos pela alternância do dia pela noite.

Fonte: FOSTER E WULLF, 2005

Sendo assim, no organismo dos trabalhadores noturnos poderá haver

conflitos, o qual é demarcado por horários. Ou seja, o trabalho corre em sentido

contrário ao fator luz (claro e escuro) e aos contatos sociais, ocorrendo assim uma

desorganização na estrutura das funções, com perturbações na analogia harmônica

entre os diferentes ritmos biológicos.

(20)

A vida social do trabalhador noturno, muitas vezes também fica em segundo plano. A participação ativa dos trabalhadores em atividades relacionadas à sua vida social, familiar, práticas para o lazer e para o esporte, acabam muitas vezes sendo limitadas pelo turno do trabalho noturno, pois este muda a orientação do trabalhador; à noite dedicando-se para a produção e o dia, para o sono e o descanso. O turno da noite favorece a limitação muitas vezes de um jantar em família. As atividades de lazer e prática de atividade física somente são possíveis na segunda parte da tarde. Os hábitos e padrões do sono muitas vezes são interrompidos pelo almoço ou por mais atenção à família.

Com o trabalhador de mais idade, seu sono, seu condicionamento físico, sua vida social, ficam ainda mais prejudicados diante do trabalho noturno. O trabalhador com idade mais avançada se cansa mais, há a diminuição das forças de resistência musculares contra as sobrecargas de trabalho especiais (GRANDJEAN, 1991).

2.2 Sono

O sono é uma função extremamente dependente do ritmo circadiano, pois é durante o dia que todos os órgãos e funções estão pré-dispostos ao funcionamento e produção, desde os processos de ingestão e de eliminação até o aumento e a queda da temperatura corporal. Durante a noite, a maioria das atividades fisiológicas está adormecida para o descanso e para a reconstituição das reservas de energia (GRANDJEAN, 1991).

Durante o sono, os baixos níveis de adrenalina e corticosteróide permitem

que o corpo faça melhor uso dos níveis elevados de hormônios lançados pela

(21)

glândula pituitária durante a noite. Esses efeitos de renovação das células e de construção das proteínas são contrariados pelos efeitos da adrenalina e do corticosteróide (LAVERY, 1998).

Assegurar, portanto períodos regulares de sono durante a noite, consentem que o relógio biológico planeje a produção de hormônios de maneira que trabalhem em harmonia. Dessa forma, fica-se disposto durante o dia e aproveita-se o sono restaurador durante a noite.

O ritmo circadiano garante ainda que as funções do corpo e os padrões do sono aconteçam em ciclos de aproximadamente 24 horas, independentemente do ambiente (LAVERY, 1998).

O sono é perturbado muitas vezes pelo que acontece ao nosso redor.

Fatores externos, como a luz e a escuridão, desempenham um papel especial ao estabelecer os horários do sono, pois a exposição à luz do sol durante o dia, proporciona uma noite de descanso, todavia, à noite precisa-se do escuro.

A atividade e a inatividade, o barulho e o silêncio nos mantêm seguindo o ciclo circadiano e as mudanças de temperatura, como o calor ou o frio, devem estar propícios para uma boa noite de sono.

As divisões do ciclo do sono acontecem da seguinte maneira: sono NREM (primeiro e segundo estágios); sono NREM (estágios três e quatro) e sono REM e sendo, portanto caracterizados por diferentes profundidades e intensidades (MELLO e TUFIK, 2004). O monitoramento é por meio de eletroencefalograma (EEG), por meio do qual se registram as ondas de atividade do cérebro.

O sono NREM é considerado leve; é quando a maioria dos músculos

relaxa e os sistemas do corpo descansam e as ondas do cérebro associadas com a

disposição e a agilidade desaparecem e são substituídas por ondas de inatividade

(22)

cada vez mais lentas e profundas e encontra-se na primeira metade de sono (MELLO e TUFIK, 2004).

No primeiro estágio do sono NREM de um adulto, há a sensação de sonolência e totalizando aproximadamente 5% do total do período do sono. Já o estágio dois, é considerado como o verdadeiro sono e totalizando 50% do total do sono. O estágio três atingindo somente 7% do total do período do sono e o estágio quatro, com 11% do período de sono, o mesmo é considerado como o mais profundo e no qual o corpo realiza a maior parte do trabalho de restauração e recuperação (LAVERY, 1998).

E por fim o sono REM, que corresponde de 20 a 25% do tempo total do sono dos adultos. Neste estágio ocorrem muitas alterações fisiológicas, sendo assim conforme Mello e Tufik (2004, p. 22) “(...) o sono REM é também conhecido, por estas alterações, como sono paradoxal, ativo, dos sonhos ou dessincronizado”.

O sono, por conseguinte, no seres humanos segue um ritmo circadiano, com um período de aproximadamente 8 horas de sono, alternado com 16 horas de vigília/alerta durante o dia (LAVERY, 1998).

Por questões sociais e ambientais, o sono durante o dia do trabalhador noturno, tende a ter uma menor duração, apresentando um menor valor para o descanso ou para as recuperações fisiológicas comprometendo assim os estágios do sono (LAVERY, 1998).

Para os trabalhadores noturnos, o período do sono do dia apresentará

diversos fatores que contribuem para o dormir mal, abrangendo desde o ambiente

físico, como calor, ruído, onde o sono se realiza, até os compromissos sociais

(LAVERY, 1998).

(23)

Diante do comprometimento do ritmo circadiano, os trabalhadores noturnos podem desempenhar negativamente tarefas cognitivas, envolvendo memória, aprendizagem, raciocínio lógico, cálculos aritméticos, reconhecimento de padrões, processos verbais complexos e poder de decisão, além de inúmeras conseqüências negativas a sua vida pessoal e social (MELLO e TUFIK, 2004).

Os trabalhadores noturnos têm menos sono REM do que as pessoas que dormem em horários regulares e passam mais tempo no estágio um do sono, considerado como leve, e acordam mais frequentemente (LAVERY, 1998).

Sendo assim, o trabalho noturno, pela alternância do dia pela noite, podem afetar de alguma forma a qualidade do sono desses trabalhadores, efeitos nada saudáveis para o corpo e para a mente.

2.3 Benefícios do Exercício Físico no Sono

A atividade física influencia de maneira positiva a saúde física e psicossocial. A atividade física pode trazer benefícios a maior parte dos componentes estruturais e funcionais do sistema muscular esquelético, aumentando assim a capacidade funcional e melhorando a qualidade de vida (ALLSEN, HARRISON, VANCE, 2001).

O exercício atua de maneira positiva no estado de espírito, na ansiedade, na depressão, no estresse psicológico, além de melhorar a função cognitiva (ALLSEN, HARRISON, VANCE, 2001).

No entanto, poucos são os estudos conduzidos sobre este a eficácia do

exercício físico na qualidade do sono, havendo assim a necessidade de uma maior

investigação desta temática. Nessa perspectiva, Atlantis e colaboradores (2006)

(24)

conduziram um estudo com 73 trabalhadores, no intuito de avaliar os efeitos do exercício físico realizado durante 24 semanas. Foi verificado que a qualidade de sono, avaliada através do PSQI (Pittsburgh Sleep Quality Index), aumentou no grupo de tratamento em relação ao controle, bem como entre as mulheres em relação aos homens. No entanto, esses resultados não foram relacionados a melhorias psicológicas, a qualidade de vida ou ao nível de exercício físico.

Todavia, a falta de Atividade física segundo Lavery (1998, p. 66) “(...) pode afetar seriamente a qualidade do sono a ponto de o indivíduo não se desempenhar com eficiência ou acordar não se sentindo recuperado”.

Mello e Tufik (2004) corroboram desta idéia, e afirmar que pessoas ativas, em boa forma física, têm benefícios quanto à eficácia do padrão de sono e a redução de queixas referentes ao sono, enquanto que pessoas inativas têm sono prejudicado, são estressadas e ineficientes.

Pesquisas recentes indicam ainda que o exercício físico sistematizado é um bom indicador para a não utilização de drogas para um sono tranqüilo, pois o mesmo exerce importante influência sobre o padrão do sono (MELLO e TUFIK, 2004).

Chaput e colaboradores (2005) no estudo sobre o impacto psicobiológico

de um programa de perda de peso progressivo a partir de uma dieta supervisionada

e de um programa de exercício em 11 homens obesos, constataram que uma perda

de peso moderada, aproximadamente de 5 kg, melhorou significativamente a

qualidade de sono, avaliada através do PSQI. Estes dados sugerem que obesos que

possuem uma qualidade de sono ruim, podem através da prática sistematizada de

exercícios físicos melhorarem o padrão de sono.

(25)

Costa e colaboradores (2005), também, conduziram um estudo sobre os determinantes da qualidade de sono em 100 mulheres com lupus sistêmico eritematoso, através do PSQI, constatando que a falta de exercício físico contribui para uma qualidade total de sono diminuída. Mesmo para pessoas com alguma doença crônica, o exercício físico influencia positivamente a qualidade de sono.

Singh, Clements e Fiatarone (1997) em pesquisa realizada com idosos de 60 a 84 anos, testaram a hipótese de que o exercício físico com peso, realizado durante 10 semanas, melhoraria a qualidade do sono e a atividade de idosos deprimidos. A qualidade de sono foi avaliada através do PSQI e a atividade através do índice de atividade de Paffenbarger. Após o experimento, foi verificada uma melhora significativa de todos os aspectos da qualidade de sono e de força, apesar do nível de atividade física habitual não ter tido um aumento significativo. Nesse caso, os resultados demonstram que pessoas deprimidas, que normalmente apresentam problemas de sono, também podem ser beneficiadas neste aspecto por um programa de exercício físico programado e orientado.

Segundo Mello e Tufik (2004, p. 29):

[...] o exercício pode aumentar a latência do sono REM e/ou diminuir o tempo desse estágio de sono, o que retrataria um índice de estresse induzido pelo exercício.

Aqueles que trabalham nos turnos da noite não estarão em harmonia com seu corpo e raramente se sentirão ou trabalharão tão bem quanto o fariam durante o dia e se exercitando em horários regulares.

Portanto, verifica-se que o exercício físico programado e orientado pode

ajudar na obtenção de um sono de melhor qualidade e restaurador, isto devido à

(26)

redução de reservas energéticas corporais e restabelecimento das funções

metabólicas.

(27)

3 METODOLOGIA

Vários são os tipos de pesquisa, e uma delas a da presente pesquisa, é a epidemiológica descritiva de abordagem quantitativa, com corte transversal (MARCONI e LAKATOS, 2003), pois foi realizada uma análise do momento, indicando associação ou não das variáveis estudadas.

Para o desenvolvimento da pesquisa, o trabalho investigativo inicial contou com uma população composta por todos os trabalhadores do turno noturno fixo de uma empresa cerâmica, o que totaliza 19 funcionários, sendo todos do sexo masculino.

Foram incluídos na amostra os colaboradores que trabalhavam no turno noturno fixo há mais de seis meses na empresa, que estavam de trabalho no dia da aplicação dos questionários e que aceitaram participar voluntariamente da presente pesquisa, totalizando 19 pessoas.

O instrumento de coleta de dados (Apêndice A) foi composto de três questionários, conforme listados abaixo.

Questionário 1, elaborado pelo próprio pesquisador, contendo informações sobre as características sócio-demográficas e funcionais dos colaboradores, sendo considerado como variáveis:

- Idade, categorizada em anos e meses;

- Estado conjugal, categorizado em solteiro, casado/vive com

companheiro, separado/divorciado e viúvo;

- Tempo de contratação pela empresa, categorizado em anos e meses;

(28)

- Tempo de trabalho no turno noturno na empresa, categorizado em

anos e meses;

- Carga horária semanal;

- Se realiza horas extras, categorizadas em sim e não;

- Carga horária de horas extras por semana;

- Setor de trabalho;

- Horário de trabalho;

- Se possui outro emprego, categorizado em sim e não;

- Carga horária semanal e o turno de trabalho desse outro emprego.

- Peso, em quilos;

- Estatura, em centímetros.

Questionário 2, para avaliação do nível de atividade física habitual, foi escolhido o IPAQ -Questionário Internacional do Nível de Atividade Física Habitual.

O questionário foi testado, aqui no Brasil, pelo Centro de estudos do Laboratório de aptidão Física de São Caetano do Sul, alegando que este é um instrumento de boa estabilidade de medidas e de precisão aceitável para realizar estudos em grupos populacionais de adultos jovens e de meia idade (BARROS e NAHAS, 2003).

A objetividade da utilização do questionário na pesquisa foi de se obter medidas, as quais podem permitir a estimação da quantidade de atividade física realizada, bem como o relato de hábitos do cotidiano, trabalho, transporte, lazer e atividades domésticas do indivíduo pesquisado.

Para a classificação do gasto energético da atividade física habitual dos

funcionários, inicialmente calculou-se o tempo em cada atividade, e após o MET

(equivalente metabólico) gasto em cada atividade.

(29)

Para o cálculo do gasto energético, utilizou-se a seguinte equação (GUEDES e GUEDES, 2006).

0,0175 x peso x MET

sendo que o MET utilizado foi o proposto pelo compêndio de Ainsworth et al (2000).

O índice obtido é multiplicado pelo tempo gasto em cada atividade, obtendo assim, o gasto energético em cada atividade em quilocalorias.

Questionário 3, para avaliação da qualidade do sono, foi escolhido o questionário do Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). O PSQI é um questionário contendo 19 questões que avaliam as características do sono durante o intervalo de um mês. Dezenove itens individuais são agrupados em sete componentes, cada um avaliado em uma escala de 0 a 3 com mesmo peso. A soma dos valores desses componentes constitui o índice PSQI global (Anexo B). Quando o PSQI global atinge valor igual ou maior que cinco, o avaliado é classificado como portador de sono ruim (BUYSSE et al, 1989).

O projeto desta pesquisa foi apresentado à empresa a ser pesquisada.

Após a autorização, o pesquisador providenciou todos os documentos exigidos pelo Comitê de Ética da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, encaminhando-o posteriormente.

Após a aprovação pelo Comitê de Ética (Anexo A), iniciou-se a coleta de dados junto aos colaboradores da empresa.

Os questionários foram do tipo auto-aplicáveis, portanto foram entregues

pelo próprio pesquisador aos colaboradores para serem preenchidos no local e turno

de trabalho dos mesmos, não havendo interferência do pesquisador, apesar da

presença deste. Todo instrumento aplicado precedeu de uma folha de rosto,

(30)

apresentando e explicando a realização da pesquisa, bem como o preenchimento dos questionários (Apêndice A).

Respeitando os aspectos éticos de pesquisa, foram entregues aos colaboradores o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A), explicando a realização da pesquisa e para que fins seriam utilizados os dados.

Os dados coletados foram tabulados e analisados por meio do programa EPI INFO6 do CDC – Centers for Disease Control & Prevention de Atlanta (versão 6.04, 2001), disponível em <URL:http://www.epidat.dk>, e também do programa Statistica 6.0, sendo a digitação dos dados realizada pelo próprio pesquisador.

Para caracterização da população em estudo, foi realizada a análise descritiva dos dados por meio de médias, valores mínimo e máximo, proporções e desvios-padrão.

Após a análise descritiva dos dados, foi realizado o teste de diferença das

médias (teste-t) e o teste de associação (qui-quadrado).

(31)

4 ANALISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

4.1 Dados Sócios Demográficos e Funcionais

Dos 19 respondentes, todos (100%) são do sexo masculino, com idade média de 36 anos e 3 meses (DP = 7 anos e 4 meses), variando entre 23 a 49 anos, sendo, portanto, considerados adultos.

O período de admissão dos entrevistados vai desde 1991 até o ano de 2006, sendo que o tempo médio de contratação é de 7 anos e 11 meses (DP=4 anos e 7 meses).

O tempo de trabalho noturno dos funcionários vai de 1992 até o ano de 2006, sendo que o tempo médio de trabalho no turno noturno é de 6 anos e 5 meses (DP=4 anos e 2 meses).

A quantidade de horas de trabalho semanal é de 48 horas, no período das 21 horas até 05 horas, envolvendo três setores conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Distribuição dos funcionários de acordo com área de atuação.

Criciúma-SC.

ÁREA DE ATUAÇÃO DOS

FUNCIONÁRIOS n %

Produção 15 79,0

Mecânica 2 10,5

Operação de Máquina 2 10,5

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

Todavia, há os funcionários que realizam horas extras semanalmente, em

um total de oito (42,1%) e com carga horária conforme Tabela 2.

(32)

Tabela 2 - Quantidade de horas extras semanais realizadas pelos funcionários.

Criciúma-SC.

HORA EXTRA SEMANAL n %

0 11 57,9

3 2 10,5

4 1 5,3

5 1 5,3

10 3 15,7

20 1 5,3

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

Do total de funcionários, dezoito (94,7%) não possuem outro emprego e apenas um funcionário (5,3%) realiza uma outra atividade no turno vespertino.

O estado civil dos funcionários está indicado conforme Tabela 3.

Tabela 3 - Estado conjugal atual dos funcionários. Criciúma-SC.

ESTADO CONJUGAL n %

Solteiro 4 21,0

Casado / Vive com Companheira (o) 14 73,7

Separado / Divorciado 1 5,3

Viúvo 0 0,0

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

A altura média dos funcionários foi de 1,76 metros (DP = 52 cm), variando

de 1,65 a 1,84 metros. A média de peso foi de 83,89 kg (DP = 15,19 kg), variando de

56 a 108 kg. A partir destes dados, calculou-se o índice de massa corporal (IMC),

conforme apresentado no Gráfico 1, a partir da classificação da Organização

Mundial da Saúde (OMS).

(33)

42%

26%

32%

Faixa Recomendável Sobrepeso Obesidade I

Gráfico 1 - IMC dos funcionários classificados de acordo com a OMS.

Criciúma-SC.

Segundo Nahas (2003), observa-se um crescimento vertiginoso de

excesso de peso e obesidade, nos jovens e adultos, constatada nas comparações

dos dados populacionais do IBGE de 1989 e 1996-97. A predominância do

sobrepeso e obesidade vem crescendo muito e se tornando epidemia em todo

mundo, atingindo crianças e adultos de todos os estratos sociais e, de acordo com

os dados contidos na Pesquisa Nacional de Alimentação e Nutrição realizada em

2003, evidenciaram que cerca de 32% da população adulta brasileira tinha algum

grau de sobrepeso (PEREIRA e HELENE, 2006). De acordo com o Gráfico 1, em

que a maioria (58%) dos pesquisados encontra-se acima do peso., verifica-se que a

amostra estudada tem uma prevalência acima da média populacional, o denota a

necessidade de maior preocupação por parte dos mesmos, bem como da própria

empresa.

(34)

4.2 Nível de Atividade Física dos Trabalhadores Segundo os Dados do IPAQ

Para a classificação do nível de atividade física dos trabalhadores, foi utilizado o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), o qual é composto de cinco seções: atividade física no trabalho; atividade física como meio de transporte;

atividade física em casa, trabalho, tarefas domésticas e cuidar da família; atividades físicas de recreação, esporte, exercício e de lazer; tempo gasto sentado (BARROS e NAHAS, 2003).

Cada seção foi relacionada ao tempo que o funcionário gasta fazendo atividade física em uma semana normal ou habitual, incluindo atividades físicas vigorosas, as quais são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem respirar muito mais forte que o normal e as atividades físicas moderadas, as quais precisam de algum esforço físico e que fazem respirar um pouco mais forte que o normal, além da caminhada. A Tabela 4 apresenta a média do gasto energético em quilocalorias (kcal) em cada seção.

Tabela 4 – Média do gasto energético (kcal) de cada seção do IPAQ, por semana. Criciúma-SC.

GASTO ENERGÉTICO / POR SEMANA

MÉDIA (KCAL) DP (KCAL)

KCAL no trabalho 14.245 3.456

KCAL no transporte 2.665 1.661

KCAL em casa 2.335 2.035

KCAL no lazer 1.495 1.776

KCAL sentado 2.206 1.605

KCAL total 22.947 5.936

(35)

Verifica-se, pelos dados, que os funcionários realizam atividades intensas e muito vigorosas no trabalho, já que em média o gasto energético diário no trabalho é cerca de 2.374 kcal. O gasto energético varia entre 2.822 a 7.938 kcal.

Outro dado que se destaca é que o gasto energético no lazer é menor que todos os outros, dado este contrário a recomendação do nível de atividade física ideal para a saúde, que é de 2.000 kcal por semana (NAHAS, 2003), ou seja, os funcionários estão realizando pouco atividade física para um condicionamento físico adequado. E a quantidade de energia despendida sentado é muito elevada, o que demonstra que esses trabalhadores permanecem muito tempo, parados.

4.3 Qualidade do Sono dos Trabalhadores Segundo os Dados do PSQI

O índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI) é composto de sete itens, os quais são chamados de componentes. A seguir serão apresentados os resultados descritivos de cada um destes componentes.

O componente um, refere-se sobre a qualidade subjetiva do sono, ou seja, como o funcionário classifica seu sono (Tabela 5).

Tabela 5 - Classificação da qualidade subjetiva do sono dos funcionários.

Criciúma-SC.

QUALIDADE SUBJETIVA DO SONO n %

Muito Boa 0 0,00

Boa 14 73,7

Ruim 4 21,0

Muito Ruim 1 5,3

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

O componente dois refere-se à latência do sono, ou seja, quanto tempo o

(36)

funcionário levou para pegar no sono e sobre a quantidade de vezes que o funcionário teve problemas para dormir: demorar mais de 30 minutos para pegar no sono (Tabelas 6.1 e 6.2).

Tabela 6.1 - Latência do sono: tempo em minutos para pegar no sono.

Criciúma-SC.

TEMPO (MINUTOS) PARA PEGAR NO

SONO n %

< ou = 15 10 52,7

16 – 30 9 47,3

31-60 0 0,00

> 60 0 0,00

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

Tabela 6.2 - Latência do sono: demorou mais de 30 minutos para pegar no sono. Criciúma-SC.

DEMOROU MAIS DE 30 MINUTOS PARA

PEGAR NO SONO (SEMANA) n %

Nenhuma vez 8 42,2

Uma ou duas vezes 4 21,0

Menos de uma vez 6 31,5

Três vezes ou mais 1 5,3

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

O componente três trata da duração do sono, ou seja, quantas horas de sono o trabalhador teve ao dormir (Tabela 7).

Tabela 7 - Duração do sono do trabalhador. Criciúma-SC.

DURAÇÃO DO SONO (HORAS) n %

> 7 10 52,7

6 – 7 7 36,8

5 – 6 2 10,5

< 5 0 0,00

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

A eficiência habitual do sono, ou seja, é a razão percentual entre a

quantidade de horas dormidas pelo número de horas no leito foi tratada no

(37)

componente quatro (Tabela 8).

Tabela 8 - Eficiência do sono do trabalhador. Criciúma-SC.

EFICIÊNCIA DO SONO (%) n %

> 85 18 94,7

75 – 84 1 5,3

65 – 74 0 0,0

< 65 0 0,0

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

O questionário trata ainda sobre distúrbios relacionados ao sono como:

acordar durante a metade do sono ou no fim deste; levantar-se para ir ao banheiro;

ter dificuldades para respirar; tossir ou roncar muito; sentir muito frio; sentir muito calor; ter sonhos ou pesadelos; sentir dores. Estes índices são medidos no componente cinco (Tabela 9).

Tabela 9 - Distúrbios do sono. Criciúma-SC.

DISTÚRBIOS DO SONO (SEMANA) n %

Nenhuma vez 0 0,0

Menos de 1 vez 10 52,6

1 a 2 vezes 7 36,8

3 vezes ou mais 2 10,6

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

O componente seis mede, por sua vez, o uso de medicação para dormir conforme Tabela 10.

Tabela 10 - Uso de medicação para dormir por semana. Criciúma-SC.

USO DE MEDICAÇÃO PARA DORMIR

(SEMANA) n %

Nenhuma vez 18 94,7

Menos de 1 vez 0 0,0

1 a 2 vezes 1 5,3

3 vezes ou mais 0 0,0

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

(38)

Por fim, o componente sete trata da sonolência diurna e distúrbios durante o dia como: problemas para ficar acordado enquanto dirigia, fazendo refeições ou participando de qualquer atividade social e se o funcionário sentiu indisposição ou falta de entusiasmo para realizar atividades diárias (Tabelas 11.1 e 11.2).

Tabela 11.1 - Sonolência diurna por semana. Criciúma-SC.

SONOLÊNCIA DIURNA (SEMANA) n %

Nenhuma vez 12 62,9

Menos de 1 vez 5 26,5

1 a 2 vezes 1 5,3

3 vezes ou mais 1 5,3

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

Tabela 11.2 - Distúrbios diários por semana. Criciúma-SC.

DISTÚRBIOS DIÁRIOS (SEMANA) n %

Nenhuma 2 10,5

Pequena 5 26,5

Moderada 9 47,3

Muita 3 15,7

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 19 100

Todos os sete componentes perfazem uma pontuação, em que a pontuação global do índice da qualidade do sono varia de 0 a 21 pontos. Valores do PSQI global igual ou maior que cinco, o avaliado é classificado como portador de sono ruim, e valores menores que cinco portador de sono (BUYSSE et al, 1989).

Sendo assim, o Gráfico 2, apresenta a classificação da qualidade do sono dos

dezenove funcionários.

(39)

21%

79%

Bom Ruim

Gráfico 2: Classificação do sono dos trabalhadores de acordo com o PSQI.

Criciúma-SC.

Nas perguntas adicionais do questionário de Pittsburgh, os respondentes relataram que o sono é um prazer para apenas 26,4%, enquanto que para 73,6% o sono é uma necessidade. Responderam ainda, 42,1%, costumam cochilar contra 57,9% que não possuem esse hábito. E ainda dos que costumam cochilar 75%

cochilam por prazer e 25% por necessidade.

4.4 Qualidade do Sono dos Trabalhadores e Características Sócio- Demográficas

A Tabela 12 apresenta as características sócio demográficas, relacionadas

ao índice de qualidade do sono, em que os pesquisados foram classificados de

acordo com o PSQI: PSQI bom (índice < 4 pontos) e PSQI ruim (índice = ou > 5

pontos).

(40)

Tabela 12 - Classificação do PSQI dos funcionários. Criciúma-SC.

PSQI Bom PSQI Ruim p

Número de sujeitos 4 15

Idade média (anos) 38,75 ± 5,06 35,53 ± 8,18 0,43

IMC (kg /m2) 25,25 ± 1,89 27,33 ± 4,20 0,33

Tempo no trabalho noturno (anos) 6,75 ± 3,20 6,20 ± 4,49 0,85

Exercício físico regular (%) 25% 20% 0,76

* Atividade física no lazer (kcal) 1.444 ± 2147 1.508 ± 1.751 0,95 Atividade física no trabalho (kcal) 10.779 ± 947 15.169 ± 3.289 0,00 Atividade física habitual total (kcal) 18.688 ± 3881 24.083 ± 5959 0,00

PSQI 3,25 ± 0,50 6,67 ± 2,04 0,00

* Foi considerado apenas quem teve gasto energético semanal igual ou acima de 2.000kcal no exercício de lazer.

Em todas as escalas de 0 – 3, quem teve o escore 0 possui a questão mais positiva.

A partir do teste-t (significância p<0,05) observa-se que das variáveis

analisadas somente a atividade física no trabalho e a atividade física habitual total

tiveram uma diferença de médias significativas estatisticamente. Esses resultados

indicam que o gasto energético médio no trabalho e nas atividades habituais totais

são diferentes de acordo com o índice de qualidade do sono, ou seja, quanto maior

o gasto energético, pior o índice de qualidade de sono dos trabalhadores

pesquisados. Esses dados corroboram com o pressuposto de que um elevado gasto

energético no trabalho não indica uma boa qualidade de sono. Nahas (2003) afirma

que toda atividade física deve vir seguida de um bom programa de exercícios, pois

cada indivíduo reage ao programa de maneira única, dependendo de sua idade, do

grau de obesidade, dos hábitos de repouso e sono, da nutrição, da existência ou não

de doenças, do nível de condicionamento físico e até mesmo da motivação pessoal

(NAHAS, 2003). Somente desta maneira é possível melhorar a saúde de maneira

em geral.

(41)

No que se refere a atividade física de lazer, que é a parte que define se a pessoa possui um bom nível de atividade física, constata-se que em nenhum dos dois grupos, houve um gasto energético semanal médio suficiente para produzir efeitos benéficos à saúde. De acordo com Nahas (2003), a atual recomendação para um adulto jovem, é que o mesmo acumule um gasto energético semanal em atividades físicas moderadas a vigorosas, em torno de 2.000 kcal (NAHAS, 2003).

No que se refere a relação do exercício físico e qualidade de sono, o estudo conduzido por Costa e colaboradores (2005) com mulheres com lupus sistêmico erimatoso sobre qualidade do sono, através do PSQI, constatou que a falta de exercício físico contribuiu para uma qualidade total de sono diminuída. Singh, Clements e Fiatarone (1997) também corroboram com esta idéia. No estudo sobre a qualidade de sono com idosos de 60 a 84 anos, no qual os autores testaram a hipótese de que o exercício físico com peso, realizado durante 10 semanas, melhoraria a qualidade do sono e a atividade de idosos deprimidos, foi verificada uma melhora significativa de todos os aspectos da qualidade de sono e de força, apesar do nível de atividade física habitual não ter tido um aumento significativo

Outra diferença de média significativa estatisticamente foi entre os grupos do PSQI. No intuito de verificar quais os componentes que contribuíram para que houvesse essa diferença, foi realizado o teste de associação do qui-quadrado (significância ÷

2

<0,05) (Tabelas 13.1 a 13.7).

Tabela 13.1 - Teste de associação do componente qualidade do sono.

Criciúma-SC.

Qualidade do sono PSQI bom PSQI ruim

÷2

Muito boa / Boa 4 14 0,60

Ruim / Muito ruim 0 1

(42)

Tabela 13.2 - Teste de associação do componente latência do sono. Criciúma- SC.

Latência do sono PSQI bom PSQI ruim

÷2

< = 15 min / 16-30 min 4 12 0,33

31-60 min / > 60 min 0 3

Tabela 13.3 - Teste de associação do componente duração do sono. Criciúma- SC.

Duração do sono PSQI bom PSQI ruim

÷2

> 7h / 6-7h 4 13 0,44

5-6h / < 5h 0 2

Tabela 13.4 - Teste de associação do componente eficiência do sono.

Criciúma-SC.

Eficiência do sono PSQI bom PSQI ruim

÷2

> 85% / 75-84% 4 15 Não se aplica

65-74% / < 65% 0 0

Tabela 13.5 - Teste de associação do componente distúrbios do sono.

Criciúma-SC.

Distúrbios do sono PSQI bom PSQI ruim

÷2

Nenhum /

Menos de 1 vez/semana 4 6 0,03

1 a 2 vezes/semana /

3 ou mais vezes/semana 0 9

Tabela 13.6 - Teste de associação do componente uso de medicamentos para dormir. Criciúma-SC.

Uso de medicamentos

para dormir PSQI bom PSQI ruim

÷2

Nenhum /

Menos de 1 vez/semana 4 14 0,60

1 a 2 vezes/semana /

3 ou mais vezes/semana 0 1

(43)

Tabela 13.7 - Teste de associação do componente sonolência diurna. Criciúma- SC.

Sonolência diurna PSQI bom PSQI ruim

÷2

Nenhuma / Pequena 4 7 0,05

Moderada / Muita 0 8

Verifica-se que dos componentes do PSQI, os distúrbios do sono e a sonolência diurna, foram os que apresentaram associação estatística significativa.

Esses dados se assemelham aos encontrados por Konrad (2005), que em estudos sobre o efeito agudo do exercício físico sobre a qualidade de vida de mulheres com síndrome da fibromialgia, encontrou esses mesmos componentes influenciando a qualidade do sono, além dos componentes qualidade subjetiva do sono e latência.

No estudo conduzido por Osório et al (2002) com pacientes com fibromialgia e outras síndromes de dor localizada a latência, os distúrbios do sono e a sonolência diuna foram os componentes que mais influenciaram no PSQI.

Também se realizou o teste de associação entre o item horas extras e o índice de qualidade do sono (Tabela 14).

Tabela 14 - Teste de associação das horas extras. Criciúma-SC.

Realiza horas extras PSQI bom PSQI ruim

÷2

Sim 3 5 0,13

Não 1 10

Verifica-se que realizar ou não horas extras não está associado ao índice

de qualidade do sono.

(44)

Uma diferença estatística significante em pesquisa de Mello et al entre o número de indivíduos que praticam atividade física e aqueles que não a praticam foi observado (p < 0.0001). Do mesmo modo, uma diferença significante também foi obtida quando as queixas de distúrbios do sono quando foram comparadas entre os indivíduos fisicamente ativos e aqueles que não praticam atividade física regular (p <

0.03).

4.5 Qualidade do Sono dos Trabalhadores e Gasto Calórico Semanal

A tabela 15 é apresentada para comparar o gasto energético médio por semana em cada seção do IPAQ.

Tabela 15 – Média do gasto energético (kcal) por semana, de cada seção do IPAQ, de acordo com a classificação do PSQI. Criciúma-SC.

GASTO ENERGÉTICO / POR SEMANA

PSQI Bom (kcal)

PSQI Ruim (kcal) Gasto energético no trabalho 10.779 ± 947 15.169 ± 3.289 Gasto energético no transporte 2.018 ± 1.243 2.838 ± 1.750 Gasto energético em casa 2.078 ± 1.611 2.403 ± 2.178 Gasto energético no lazer 1.444 ± 2.147 1.508 ± 1.751 Gasto energético sentado 2.366 ± 2.022 2.163 ± 1.558 Gasto energético total 18.688 ± 3.882 24.083 ± 5.959

Verifica-se um gasto energético médio por semana maior em todas as

seções do IPAQ no grupo de PSQI ruim em relação ao grupo de PSQI bom, com

exceção do gasto energético sentado.

(45)

5 CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que:

- Todos pesquisados são sexo masculino, trabalham nos setores de

produção, mecânica e operação de máquina de uma indústria cerâmica, no turno noturno, com idade média de 36,25 ± 7,33 anos, sendo a maioria (73,7%) casado e estando acima do peso (58%).

- Têm carga horária de 48 horas semanais, sendo o turno de trabalho das

21h as 05h, com tempo médio de admissão de 7,91 ± 4,58 anos, com tempo médio de trabalho noturno de 6,41 ± 4,16 anos, 42,1% dos funcionários realizam horas extras e apenas 1 funcionário (5,3%) possui um outro emprego no período vespertino.

- As análises evidenciaram que 79% dos trabalhadores possuem um sono

ruim, com média geral de 5,95 ± 2,97 pontos. De acordo com a classificação do PSQI, o grupo classificado como sono bom obteve um escore médio de 3,25 ± 0,50 pontos, e o grupo classificado como sono ruim, a média foi de 6,67 ± 2,04 pontos.

- O gasto energético médio total foi de 22.947

± 5.778 kcal. Na sessão

trabalho a média foi de 14.245 ± 3.456 kcal, no transporte 2.665 ± 1.661

kcal, em casa 2.335 ± 2.035 kcal, no lazer 1.495 ± 1.776 kcal, e sentado

2.206 ± 1.605 kcal.

(46)

- Em referência aos componentes do PSQI, a maioria (73,7%) dos

trabalhadores apresenta uma boa qualidade subjetiva do sono, levam menos de 15 minutos (52,7%), nunca demoraram mais de 30 minutos para pegar no sono (42,2%), dormem mais de 7 horas por dia (52,7%), não sofrem de algum distúrbio do sono (52,6%), não utilizam medicamentos para dormir (94,7%), não apresentam sonolência diurna (62,9%).

- Um esforço físico mais elevado no trabalho contribui para a redução da

qualidade do sono, independente se o trabalhador pratica atividade física no lazer ou não.

- Os dados sócio-demográficos idade, IMC e tempo de trabalho noturno na

empresa não apresentaram relação com a qualidade do sono.

- Quanto maior o gasto energético total nas atividades físicas habituais,

menor a qualidade do sono.

- O gasto energético total, no trabalho, no transporte, em casa, no lazer

foram maiores para quem foi classificado com uma qualidade de sono ruim em relação aos classificados com uma qualidade de sono bom.

- Os trabalhadores classificados com uma qualidade de sono ruim possuem

um menor dispêndio calórico sentados do que os trabalhadores

classificados com uma qualidade de sono bom.

(47)

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[2007 mar 29].

(50)

APÊNDICE

(51)

APÊNDICE A

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Prezado(a) Colaborador(a),

Eu, MARCELO JUST DA SILVA, sou aluno do curso de Pós-Graduação de Treinamento Esportivo da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, e estou realizando a coleta de dados da minha monografia, intitulada “QUALIDADE DE SONO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE TRABALHADORES NOTURNOS DE UMA INDÚSTRIA CERÂMICA, CRICIÚMA - SC”. Por isso solicito o preenchimento do questionário a seguir, sendo que este é de caráter sigiloso e será utilizado exclusivamente para fins de pesquisa.

O(a) senhor(a) irá receber um termo de consentimento, que explica a realização desta pesquisa e autoriza a utilização de seus dados. Irá receber também os questionários a serem preenchidos, sendo o primeiro sobre os seus dados sócio- demográficos e funcionais, o segundo sobre seu nível de atividade física e o terceiro sobre sua qualidade do sono.

O tempo de aplicação destes questionários é em torno de 15 a 20 minutos. E desde já agradeço sua colaboração.

MARCELO JUST DA SILVA ELAINE CRISTINA MARQUEZE

(52)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, ______________________________________________, declaro que concordo em participar voluntariamente, da pesquisa científica intitulada QUALIDADE DE SONO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE TRABALHADORES NOTURNOS DE UMA INDÚSTRIA CERÂMICA, CRICIÚMA - SC, que tem como objetivo verificar a correlação entre o nível de atividade física e qualidade do sono de trabalhadores noturnos da empresa em questão. O estudo vem sendo realizado sob responsabilidade de Marcelo Just da Silva, aluno do curso de Pós-Graduação de Treinamento Esportivo da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC.

Estou ciente que esta pesquisa não apresenta nenhum risco ou desconforto a minha pessoa, e de que os resultados são confidenciais e que serão utilizados unicamente para fins de pesquisa. Autorizo a divulgação dos resultados das análises em grupo para efeito público, e o resultado individual somente para minha pessoa.

Sei que tenho liberdade de recusar a participar da pesquisa e de deixá-la a qualquer momento, sem que isso traga nenhum prejuízo às minhas atividades na instituição.

Este termo de consentimento livre e esclarecido possui duas vias, uma para o pesquisado e outra para o pesquisador.

Criciúma, ____ de _________________ de 2007.

______________________________ _____________________________

Assinatura do pesquisado Assinatura do pesquisador

(53)

1. QUESTIONÁRIO DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS E FUNCIONAIS

1. Código de controle ______ (a ser preenchido pelo pesquisador) 2. Sexo 1π Masculino 2π Feminino

3. Data de Nascimento: _______/_______/_______

4. Qual o seu estado conjugal atual?

1π Solteiro (a)

2π Casado (a) / Vive com companheiro (a) 3π Separado (a) / Divorciado (a)

4π Viúvo (a)

5. Qual o ano e o mês que você foi contratado por essa empresa? __________ano ________________mês

6. Há quanto tempo você trabalha no turno noturno nesta empresa? __________ano ________________mês

7. Atualmente, qual a sua carga horária de trabalho semanal? ________________

horas/semana

8. Realiza horas extras freqüentemente?

1π Sim 2π Não

Se SIM, em média quantas horas por semana? _____________ horas/semana 9. Qual o seu setor de trabalho? ________________________________________

10. Qual o seu horário de trabalho? ______ as ______ e das ______ as ______.

11. Atualmente possui outro(s) emprego(s)?

1π Sim 2π Não

Se SIM, qual a carga horária de trabalho semanal e o turno de trabalho?

________________ horas/semana

1π Matutino 2π Vespertino 3π Noturno

12. Peso: ____________kg Estatura: ______________metros

Referências

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