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Edição 61 Ano VlI 10 de setembro de Informativo de Dança exclusivo do IBT e Espaço VIRALAPA MensagemdoEditor

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NEWS

Edição 61 Ano VlI 10 de setembro de 2016

Informativo de Dança exclusivo do IBT e Espaço VIRALAPA

M e n s a g e m d o E d i t o r

PERCY RODRIGUES

LEIA NESTA EDIÇÃO

Este Informativo é distribuído gratuitamente por meio eletrônico. Para recebê-lo, atualize seu-email na secretaria do Espaço VIRALAPA. Esta e todas as edições passadas podem ser acessadas

no www.tangoporsisolo.com.br ou www.viralapa.com.br

Caros

tangueras e tangueros

Pág. 2 - PAULO ARAUJO - Entrevista

Pág. 4 - SANDRA SANTOS

SegundAlternativa Pág.5- MARCONDES MESQUEU Artigo

Pág. 6 - BLAS RIVERA Prosa

Ao entrar no sétimo ano de exis- tência, temos a satisfação de pu- blicar mais uma edição deste in- formativo.

Abrimos a edição com uma im- portante entrevista com Paulo Araujo, na qual o mestre do tan- go narra sua atual filosofia de trabalho, fruto de quase trinta anos de experiência no tango.

Sandra Santos, sem prejuizo do seu talento como repórter da SegundAlternativa, nos brinda com inspirada poesia, revelando uma faceta nova de suas habili- dades.

Marcondes Mesqueu, inspira- díssimo, descreve, com grande sensibilidade, o que acontece num salão de danças.

Blas Rivera, com bom humor, apresenta sua biografia vista de diferentes ângulos do expecta- dor.

Boa leitura. Enviem seus comen- tários.

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VIRALAPA News 10 de setembro de 2016 Pág 2

entrevista PAULO ARAUJO

Não foi necessária experiência universitária para transformar Paulo Araujo num mestre na docência do tango. Instintiva- mente, ele coloca em prática conceitos de relacionamento em

uso hoje por importantes corporações no trato das pessoas

”Ao longo dos anos de prática, eu conclui que, para obter maior eficácia no ensino do tango, é mais produtivo focar em deter- minados pontos e potencializar cada fase do movimento”. As- sim, Paulo Araujo inicia nossa entrevista, enquanto se preocupa em preparar o EspaçoViralapa para as programações de rotina, tais como Milonga Xangô, Se- gundAlternativa, entre outras.

O foco do aluno, por exemplo, lhe permite compreender a exe- cução de um movimento por diversos ângulos, para alcançar melhor resultado na estrutura proposta. A capacidade de man- ter a concentração dos alunos nas diversas fases do movimen- to, torna possível conseguir, com isto, melhor aproveitamento no aprendizado. Com esse foco, Paulo estrutura a relação com o aluno num tripé constituído de ritmo, atenção no movimento executado e a doação recíproca do casal aprendiz. “Ritmo é fun- damental, indispensável”, enfati- za o mestre.

“A concentração com foco no ato diminui a “tagarelice mental”,

que acompanha o ser huma- no em todos os momentos da vida. Como o trabalho é feito de forma minimalista, possi- bilita a que o aluno ou alu- na se aperceba dos detalhes do movimento, assimilando melhor e potencializando o aprendizado”, acrescenta Paulo Araujo.

Paulo recomenda, também, que o aluno não deve acre- ditar fielmente no professor, devendo constatar por si o conteúdo através do experi- mento, da vivência e da prá-

tica da dança do tango. O conceito de evolução deliberada deve per- mear as ações do aluno para o seu desenvolvimento no aprendizado da dança.

Com a percepção do ambiente de dança desenvolvida por Paulo, ele vem criando métodos avançados para a aplicação no trabalho, pro- curando corrigir vícios de caráter demonstrado por alguns alunos em função de aprendizados anteriores, que prescindiram de melhores re- lações com o professor, que devem sempre ser lastreadas primordial- mente na sinceridade.

Texto: PERCY RODRIGUES Fotos: Arquivo VIRALAPA

Foco do aluno

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EXPEDIENTE

INSTITUTO BRASILEIRO DO TANGO Presidente: Paulo Araujo

ESPAÇO VIRALAPA

Diretor Geral: Paulo Araújo

Séde Própria: Avenida Gomes Freire, 663, sobreloja, Lapa, Rio de Janeiro CEP 20230-014 - Tel. 21-3970 2457

contato@viralapa.com.br

VIRALAPA News Conselho Editorial

Ana Maria de Sá Marcondes Mesqueu

Paulo Araújo Percy Rodrigues

Sandra Santos

Editor Geral

Percy Rodrigues

Paulo, ainda, acredita que a mu- dança da postura corporal reflete na mudança da postura mental e emocional, podendo, assim, co- laborar para uma correta atitude do praticante em relação à dama.

Dessa forma, não é exagero afir- mar que o aprendizado do tango pode gerar seres humanos mais sensíveis e seguros.

é outro conceito moderno de tratar a relação humana. Com isto, ele não necessita fazer pro- paganda de suas aulas nem dis- tribuir panfletos promocionais.

Os novos alunos são atraídos pelo tradicional boca-a-boca, por recomendação de pratican- tes que tiveram momentos de sucesso e satisfação com as au- las dele.

Paralelamente às atividades do- centes no tango, Paulo Araujo dirige as programações do Es- paço Viralapa, com cuidados es- peciais para a tradicional Milon- ga Xangô e SegunAlternativa.

Com relação à primeira, é a mais tradiconal milonga da cidade, notabilizando-se pela regulari- dade e qualidade, gerando valor percebido em nível internacio- nal, frequentada por grande nú- mero de tangueros estrangeiros que visitam a cidade. Quanto à SegundAlternativa é um projeto Observa-se também o conceito

de evolução deliberada no com- portamento do grande mestre.

Com quase 30 anos de ativida- des profissionais no campo da dança, Paulo cresce a cada dia, não permitindo que sua forma de transmitir a dança permaneça no mesmismo, sempre criando práticas novas que motivem e desenvolvam seus alunos. Suas constantes viagens ao Exterior lhe deram grande experiência.

Convivendo com povos dos mais elevados padrões de edu- cação, Paulo oferece aos seus alunos alto valor percebido, que

que envolve outros ritmos, além do tango, é claro. Com esta pro- gramação, Paulo agrega valor na sua relação com seus alunos e dançarinos em geral.

Outra forma de Paulo agregar valor nas relações com seus alu- nos é reuni-los no sítio Canela Preta, no logradouro de Nova Mauá, onde ele mantém um co- rajoso projeto de cultuar a natu- reza. No bucólico local, vez por outra, Paulo realiza uma espécie de “missa campal”, com seus alunos e amigos, comungando crenças e valores comuns. Nes- ses encontros, não faltam a boa música e farta mesa de iguarias trazidas pelos participantes.

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VIRALAPA News 10 de setembro de 2016 Pág 4

Sandra Santos

Dançar tango, como será?

Será alegria, rapidez, agilida- de, força, leveza, coragem, afli- ções, medos, etc...?

Será todos os sentimentos jun- tos e misturados?

Será um encontro de passado, presente e futuro?

Como será dançar tango?

Coreografias me assustam – é magia?

O tango afinal me acolhe a alma.

É a não razão na razão do abraço.

Eu, o outro - passos e compas- sos... rodopios ...

Esculturas dos corpos - Impe- cável arte!

(S.S.)

segundAlternativa

Caros leitores, nesta edição, come- moramos o aniversário do Rafael Sil- va. Foi uma festa dos leoninos. Rafael e os amigos elegeram o Viralapa para celebrar em festa. Eles desfrutaram o quanto puderam deste baile – meu fraterno abraço. Parabéns e vida lon- ga com muitas realizações!

Como sempre a noite estava animada.

Rafael recebeu o abraço do amigo Paulo Araújo, Wagner, Rui , Tônia, de todos, que curtiram muito o baile.

Quem veio nesta noite se inspirou e se deleitou com os abraços e a dança com os amigos. Os pares encheram o salão de alegria.

Como a presença de tanta gente, desta- co Tania, Rosa, Nzinga, Deise e Mar- tinha, que se juntaram pra fazer um lindo conjunto de gente bacana. É isso

ai, pessoal, o Nzinga veio pela primei- ra vez e me disse que estava gostan- do muito. Dançou com as damas que gostaram dele também. Nesta foto está com a querida Rosa.

Só pra lembrar, pessoal, a dança dá prazer ao corpo e à alma.

O baile foi animadíssimo. A próx- ma segundAltenativa ficará ainda mais bela se puder contar com a sua presença e a dos seus amigos - con- vide-os!!!! Nós veremos no dia 26 de setembro. Nesta edição, fico por aqui.

(S.S.)

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Marcondes Mesqueu

jornalistammmesqueu@gmail.com

O DJ toca. Casais dançam. Afetos e desafetos desfilam no salão. A vontade de que o momento se eternize pra todo o sempre ou que expire “já” povoam pen- samentos movidos pelos ritmos da elegância e música. Três minutos de vida ou

sobrevivência a dois. Os perfumes se encontram numa silenciosa conversa. Casais que na próxima música terão outras arrumações e casais que viverão sonhos e risos dentro ou fora do salão coreografam um “talvez amanhã nos encontraremos”.

Vivos casais. Casais vivos.

Flui e flerta o salão. De repente PUM!!! Um exuberante casal movido por um experiente dançarino “cego e surdo” para aqueles que com ele convivem no mesmo espaço, no uso do direito que “ele” entende ser dono, arre- messa sua dama no casal ao lado. Minha dama foi abalroada. Ele se saiu bem. Afinal de contas o cavalheiro em questão é “experiente e exuberante”. Minha dama foi jogada para fora do ritmo. Sobreviveu. Retorna do susto dizendo “o conheço de outros bailes, ele sempre foi assim”. Eu também o conheço. Essa é a sua marca.

Nesses momentos penso:

O sistema, que fomos educados, nos impõe a entender que a soma de qualidades técnicas representa GA- NHOS. O hino do “Sai da Frente que Lá vou EU” ainda é cantado por alguns. Engano. Na divisão “dos es- paços” reside a vitória do salão, dos homens e das relações. Dividindo promovemos encontros e, quem sabe, futuros e inesquecíveis sonhos e risos de prazerosas trocas.

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VIRALAPA News 10 de setembro de 2016 Pág 6

blas rivera

blasrivera@blasrivera.com

Eu gravei, em 2008, um CD em honegem a Astor Piazzolla, que chamase "Ojala que me es- cuche".aqui a razao desde nome:

Ojalá que me escuche

Yo nací en Argentina, donde pasé mi adolescencia; me fui a estudiar a los Estados Uni- dos, luego viví 15 años en Brasil y ahora vivo en España. Soy nieto de españoles, fran- ceses e italianos y claro, corren en mis venas gotas de sangre mora y judía. Tampoco faltan en mi familia tías griegas, armenias y suizas.

Mi saxofón es francés, mi piano alemán y mi computador japonés…

Nací en el tango, me crié con el rock y el conservatorio clásico, me enloquecí por el jazz y me enamoré en bossa nova.

Los pianistas dicen que mi música no es jazz porque no se improvisa lo suficiente.

Los tangueros no admiten un saxofón con tonada extranjera entre sus bandoneones y, los clásicos no soportan tanta libertad e instrumentos “menores”.

En Argentina soy tratado como un extranjero, alguien que “…no habla como noso- tros…”, en Brasil soy un “gringo” que toca un tango raro, en Estado Unidos fui un

“cucaracha ilegal”, aquí en Europa, donde escribo estas líneas, soy un “sudaca”.

Creo que esta mezcla de razas, religiones, culturas, rítmos, aromas y colores han he- cho de mi un inmigrante eterno. Hacen que mi música sea una “ensalada bastarda”. Ha- rán que cargue mi patria para siempre en este instrumento que soplo para espantar los fantasmas.

Cuando era muy joven y estaba, para variar, lejos de casa, escuché a Astor Piazzolla en un teatro brasileño (ya lo había visto muchas veces en Argentina). Lo vi serio, con- centrado, majestuoso, tocando con técnica y rabia. Lloré como un chico y a la cuarta música ya sabía que quería ser como él, que esa era mi patria, que quería meter su bando- neón dentro de mi saxo y soplarlo hasta que me llevara de vuelta para mi casa.

Ojalá que me escuche.

B.R.

Referências

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