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Gravitação e introdução à Astronomia

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Academic year: 2021

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Gravitação e introdução à Astronomia

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Lei da gravitação universal de Newton

Em seus estudos, Newton intuiu que uma maçã caindo um pouco acima da superfície terrestre e a Lua orbitando em torno da Terra tinham algo em comum: a mesma força as puxavam para o centro da Terra. Correlacionando as duas situações, enunciou a lei da

gravitação universal:

“Matéria atrai matéria na razão direta de suas massas e na razão inversa do quadrado da distância que as separa.”

Ou seja, qualquer par de objetos no Universo (inclusive nós mesmos) atraem-se mutuamente, em um par ação-reação de forças.

A aceleração adquirida pela maçã ao cair é a famosa aceleração da gravidade (g).

Essa atração gravitacional é justamente a força peso, estudada anteriormente, cujo valor é encontrado por

P = m . g

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Força centrípeta

A tendência natural dos movimentos é que eles ocorram em linha reta. Portanto, para que um movimento seja curvilíneo

(circular, por exemplo), alguma força deve agir.

Afinal, as forças são as causas do movimento, e os alteram.

A força responsável pelos movimentos curvilíneos chama-se força centrípeta. Ela é responsável por variar, a cada instante a direção e o sentido do movimento do móvel, e aponta para o centro da curva.

Ao lado temos um exemplo: um carrinho preso por um fio fará um movimento circular devido à força de tração exercida pelo fio preso nele. Não havendo mais a tração, o carrinho se moverá em linha reta, saindo pela reta tangente à circunferência.

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Força centrípeta e velocidade de escape

Vamos considerar um satélite em órbita circular ao redor da Terra. Pelo fato de realizar um movimento curvilíneo, há uma força centrípeta atuando sobre ele.

No caso, a própria força peso, resultado da atração gravitacional da Terra, faz esse papel de força centrípeta.

Segundo Isaac Newton, se fosse possível lançar um objeto horizontalmente de um local bem elevado e com

velocidade alta o suficiente, esse objeto entraria em órbita.

No século XX foi possível verificar as ideias de Newton. Se a velocidade for igual a um determinado valor, chamado velocidade de escape, o objeto “escapa” da atração gravitacional e ruma em direção ao espaço.

Ao entrar em órbita, o objeto, como um satélite, fica em uma situação onde ele está “sempre caindo”.

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Velocidade de escape

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Geocentrismo e Heliocentrismo

Desde tempos antigos, a humanidade tenta explicar o comportamento da natureza.

Um modelo foi proposto por Aristóteles para explicar o que se via no céu, especialmente à noite.

De acordo com Aristóteles, a Terra seria o centro do Universo, e os corpos celestes se moveriam a nosso redor.

Esse modelo foi chamado de modelo geocêntrico, e foi aprimorado por Cláudio Ptolomeu.

O modelo tinha limitações, mas foi considerado como a melhor explicação por mais de 1.400 anos.

Aristóteles (384 –322 a.C.)

Ptolomeu (100?-170? d.C.)

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Geocentrismo e Heliocentrismo

Nicolau Copérnico elaborou um novo modelo, insatisfeito com as limitações do modelo

geocêntrico. Dessa vez, no centro do Universo estaria o Sol, e não mais a Terra.

Além disso, a Terra e os demais planetas girariam em torno do Sol em órbitas circulares. Apenas a Lua orbitaria ao redor da Terra.

O modelo, chamado heliocêntrico, era capaz de prever melhor a posição dos astros no céu com o passar do tempo.

O modelo teve um importante defensor: Galileu Galilei.

Nicolau Copérnico (1473 –1543)

Galileu Galilei 1564-1642)

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Geocentrismo ou heliocentrismo?

Mas qual dos modelos era o correto? Estava instaurada a discussão....

Tycho Brahe realizou medidas e registros por 20 anos para verificar qual modelo oferecia a melhor explicação (mesmo sem telescópios, que não existiam!).

Johannes Kepler analisou os registros de Brahe e verificou que o modelo heliocêntrico era menos incorreto, mas que nenhum dos dois dava uma

explicação satisfatória para prever a posição dos astros.

Kepler então propôs suas conhecidas leis, aprimorando o modelo heliocêntrico. Dentre elas, afirmando que os planetas orbitam o Sol em órbitas elípticas.

Após as contribuições de Isaac Newton (1642-1727), o modelo geocêntrico foi abandonado em definitivo.

Tycho Brahe (1546-1601)

Johannes Kepler (1571-1630)

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Sistema Solar

O Sistema Solar é composto de uma estrela (Sol), e oito planetas (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), que orbitam a seu redor.

E, além disso, muitos satélites naturais, planetas-anões, asteroides e cometas também fazem parte do Sistema Solar.

De acordo com evidências científicas, o Sistema Solar se formou a cerca de 4,6 bilhões de anos atrás.

Tudo começou a partir de uma nuvem de gás e poeira, e através da atração

gravitacional, a matéria se reuniu em

diferentes pontos, o que deu origem ao Sol, os planetas, seus satélites e todos os outros elementos que fazem parte do sistema.

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Planetas rochosos e planetas gasosos

Os planetas do Sistema Solar podem ser divididos em dois grupos de acordo com suas características:

planetas rochosos (telúricos) e planetas gasosos (jovianos).

Planetas rochosos: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

Os quatro planetas possuem características

semelhantes: crostas rochosas, alta quantidade de metais, pouco hidrogênio e hélio (elementos mais abundantes do Universo), além de serem bem menores que os outros.

Mercúrio

Vênus

Terra

Marte

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Planetas rochosos e planetas gasosos

Planetas gasosos: Júpiter, Urano, Saturno e Netuno.

Os planetas gasosos são bem maiores que os rochosos, e possuem grande conteúdo de gases, principalmente hidrogênio e hélio.

Eles possuem um núcleo sólido, com grande

quantidade de gases ao seu redor. As porções mais internas desses gases, logo acima do núcleo, são liquefeitas devido à alta pressão.

Júpiter

Saturno

Urano

Netuno

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Planetas-anões

São astros aproximadamente esféricos que giram em torno de uma estrela; em suas trajetórias existem outros astros de tamanhos parecidos.

Até 2014, apenas cinco planetas-anões eram conhecidos n Sistema Solar: Ceres, Plutão (que já foi considerado um planeta), Éris, Makemake e Haumea.

Os planetas-anões podem possuir luas e são formados de rocha e gelo.

Ceres

Plutão

Éris

Makemake

Haumea

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Asteroides

Os asteroides são corpos rochosos menores, que giram ao redor do Sol.

Seu tamanho é da ordem de centenas de quilômetros.

Acreditamos que os asteroides são restos da formação do Sistema Solar.

Eles são formados por rocha e metal.

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Asteroides

O Sistema Solar possui dois cinturões de asteroides: O primeiro fica entre Marte e Júpiter.

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Asteroides

O segundo cinturão de asteroides é chamado de cinturão de Kuiper, e fica após a órbita de Netuno.

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Cometas

Os cometas se originam nas áreas mais externas do Sistema Solar, de restos da sua formação, e

permanecem em órbitas distantes do Sol.

Mas a sua órbita algumas vezes é perturbada, pela atração gravitacional de Júpiter, e outros corpos.

Quando isso acontece um cometa entra no Sistema Solar e pode passar perto da Terra.

Quando se aproximam do Sol, seu núcleo de gelo sublima, ou seja, passa do estado sólido para o estado gasoso, liberando gás e poeira.

Nesse processo, é formada sua “cabeleira” em volta do núcleo e uma ou mais caudas.

Os cometas são visíveis somente quando estão próximos do Sol, e viajam 3 vezes mais rápido que os asteróides.

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Meteoroides

Os meteoroides são fragmentos de rochas que se formam a partir de cometas e asteroides. Quando entram em contato com a atmosfera terrestre, eles se incendeiam por atrito, produzindo um efeito luminoso.

Eles são asteroides pequenos: a maior parte equivale a grãos de areia.

Toneladas deles se dirigem à atmosfera da Terra todos os dias.

Mas só deixam sinais mais evidentes os que possuem mais de 4 metros de diâmetro.

A partir de 1 km de diâmetro, passam a ser considerados asteroides.

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O Sol

É a estrela mais próxima da Terra, e possui 99,8% da massa de todo o Sistema Solar!

A massa do Sol equivale a mais de 333 mil vezes a massa da Terra, e seu diâmetro é de cerca de 109 vezes o diâmetro terrestre.

O Sol é constituído basicamente de hidrogênio e hélio, e possui quantidades bem menores de alguns outros elementos químicos.

No Sol, ocorre a fusão nuclear, processo responsável por fornecer enormes quantidades de energia para o Sistema Solar.

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Distâncias no Universo

Passear pelo Universo não é uma tarefa fácil. Ele é imenso e está em expansão, e seriam necessários mais de 13 bilhões de anos, viajando na velocidade da luz (300.000 km/s), para cruzá-lo.

Para efeito de comparação, os aviões comerciais viajam a 800 km/h, e, nessa velocidade, seriam gastos quase 22 anos para chegar ao Sol.

Por isso, utilizam-se unidades diferentes das usuais para medir as distâncias no Universo. A mais utilizada é o ano-luz, que corresponde à distância que a luz viaja em um ano, cerca de 9,5 trilhões de km.

A estrela mais próxima de nós, sem considerar o Sol, é a Proxima Centauri, que está a cerca de 4,2 anos-luz da Terra.

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Galáxias

A galáxia que contém nosso Sistema Solar é chamada Via Láctea, que pode ser vista do céu como uma faixa irregular, com grande

concentração de estrelas. O nome é devido à semelhança com respingos de leite derramado.

A estimativa é de que a Via Láctea contenha de 100 a 400 bilhões de estrelas, e a galáxia possui um diâmetro compreendido entre 170 e 200 mil anos-luz.

O Sistema Solar está distante do centro galáctico:

cerca de 26 mil anos-luz separam o Sol do núcleo da galáxia.

Estima-se que existam mais de 100 bilhões de galáxias no Universo, onde cada uma pode contes bilhares de estrelas!

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Tipos de galáxias

1) Galáxias espirais:

Possuem um núcleo de onde saem seus braços em forma de espiral.

É o caso da Via Láctea.

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Tipos de galáxias

2) Galáxias elípticas:

Nelas, as estrelas se distribuem formando uma elipse ou uma esfera.

Elas possuem poucas estrelas jovens, poeira e gás sendo, portanto, constituídas de estrelas maduras.

É o caso, por exemplo, da galáxia NGC 1316.

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Tipos de galáxias

3) Galáxias irregulares:

Como o nome já sugere, elas não possuem formato definido.

Possuem grande quantidade de estrelas jovens e de gás.

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Estrelas

As estrelas são classificadas de acordo com suas características espectrais. A maior parte das estrelas estão classificadas de acordo com o sistema Morgan-Keenan (MK), que utiliza uma sequência de letras: O, B, A, F, G, K, M, onde o tipo mais quente é Oe o mais frio é o M.

O esquema a seguir mostra a cor predominante e a temperatura de cada classe. Repare que o Sol está longe de ser do tipo mais quente!

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Estrelas

A figura abaixo mostra um comparativo entre os tamanhos de algumas estrelas. Não é surpreendente perceber que o Sol é uma estrela anã!

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Ciclo de vida estelar

Referências

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