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Aula V Remuneracao e Salario

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Academic year: 2021

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(1)

Remuneração e

Salário

Legislação Social

Profª Fernanda Vargas Terrazas

(2)

Salário

É a totalidade das percepções econômicas dos

trabalhadores, qualquer que seja a forma ou

meio de pagamento, quer retribuam o

trabalho efetivo, os períodos de interrupção

do contrato e os descansos computáveis na

jornada de trabalho.

(3)

Salário

É a contraprestação devida diretamente pelo

empregador ao empregado pela prestação do

serviço decorrente do contrato de trabalho.

Em outras palavras, é o pagamento feito pelo

empregador ao empregado pelo seu trabalho.

Não são considerados integrantes do salário

ajudas de custo que não ultrapassem 50% do

valor do salário, gratificações esporádicas

pagas por mera liberalidade do empregador e

(4)

Formas de estipulação

O salário pode este ser

estipulado com base no tempo,

na produção, na tarefa e nos

(5)

Salário por unidade de tempo

O salário, por unidade de tempo, é importância fixa, paga segundo a duração do trabalho, que é paga em razão do tempo que o empregado esteve

a disposição do empregador e não só por seu tempo trabalhado. Sendo assim, o rendimento do empregado e o resultado obtido pelo empregador

não influenciam em nada no pagamento da importância estipulada. Para base de cálculo temos: a hora, o dia, a semana, a quinzena, o mês, e até mesmo, em casos excepcionais, o ano.

(6)

Salário por unidade de produção

O salário por unidade de produção tem por base de cálculo o serviço realizado, ou seja, a quantidade do resultado. E por assim ser,

calcula-se um preço ou tarifa por cada unidade

produzida. Pode-se citar de exemplo, o operador de telemarketing, que na maioria das vezes, recebe a importância de seu salário, conforme as

(7)

Salário por tarefa

O salário por tarefa, também conhecido por salário misto, por combinar no seu conteúdo o

salário por unidade de tempo e o salário por unidade de produção. Este salário, considera o tempo e a obrigação de produzir, dentro dele, um resultado estimado mínimo. Assim como o salário

por unidade de produção, o salário misto,

pressupõe a tarifa/preço do produto. Entende-se ser essa forma de estipulação, menos prejudicial

ao empregado que a anterior, uma vez que, recebe também pelo tempo de serviço realizado.

(8)

Participação nos lucros

Ocorre no momento em que o empregado tem por base de cálculo de seu pagamento a participação

dos lucros da empresa em que trabalha.

Segundo o artigo 7º, XI, da Constituição Federal de 1988, a participação do empregado nos lucros

da empresa, é desvinculada do salário, ou seja, não possui natureza jurídica salarial. É por assim

dizer, uma percepção econômica do empregado, como decorrência da relação de emprego, não se

(9)

Pagamento em utilidades

A CLT permite o pagamento de salário em

utilidades, em seu artigo 458, sendo que estipula quatro regras fundamentais para fixá-lo:

Salário não pode ser em seu todo, pago em utilidades.

Pelo menos, 30% do salário deverá ser pago em dinheiro. Artigo 82 da CLT.

A CLT enumera algumas das utilidades, podendo

contudo, serem acrescentadas outras. Temos como exemplo, a habitação, o alimento, o transporte, o

(10)

Pagamento em utilidades

Os percentuais máximos das utilidades incididos sobre os

salários contratuais, deverão ser justos e razoáveis. Por exemplo, corresponder o percentual em 10% de

alimentação e 40% de vestuário. Não seria essa estipulação justa e razoável, não sendo permitida.

Nem toda utilidade é salário. Será salarial a utilidade

considerada no contrato. Essa regra, comporta o entendimento da STST n.367, que dispõe que a

habitação, o transporte e a energia elétrica, não possuem natureza salarial, quando indispensáveis a realização do

trabalho, ainda que seja a habitação, por exemplo, utilizada também em atividades particulares.

(11)

Pagamento em utilidades

Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os

efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do

salário-mínimo (arts. 81 e 82).

§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as

seguintes utilidades concedidas pelo empregador:

I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço;

II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso

servido ou não por transporte público;

IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;

V – seguros de vida e de acidentes pessoais VI – previdência privada;

(12)

Pagamento em utilidades

§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas

como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder,

respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. 

§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor

do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da

habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.

(13)

Remuneração

A remuneração abrange além do salário

outros benefícios percebidos pelo

trabalhador, que podem ser pagos tanto pelo

empregador (participação nos lucros, por

exemplo) como por terceiro (gorjetas). A CLT,

em seu art. 457, faz a distinção entre salário

e remuneração e traz alguns conceitos

(14)

Remuneração

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos

os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.

§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para

viagens e abonos pagos pelo empregador.

§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do

salário percebido pelo empregado.

§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela

empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados.

(15)

Remuneração

Ajuda de custo – É o valor pago ao empregado para

a execução do serviço, não sendo pago em

contraprestação ao serviço prestado. Não possui, portanto, caráter salarial. São exemplos de ajuda de

custo a gasolina paga ao vendedor externo, a alimentação e locomoção dos empregados,

Gorjetas – São valores pagos pelo cliente, direta ou

indiretamente (o cliente entrega o dinheiro para a empresa e a empresa o repassa ao funcionário), ao

empregado como forma de compensá-lo pelo bom serviço prestado.

(16)

Remuneração

Comissões – São valores pagos pelo

empregador ao empregado como forma de

retribuição pelo serviço prestado geralmente

pelas vendas efetuadas pelo empregado. O

cálculo das comissões é feito sob forma de

porcentagem sobre o valor das vendas.

Abonos – São adiantamentos salariais feitos

(17)

Remuneração

Gratificações – São valores pagos pela simples vontade do empregador. Temos o clássico exemplo das gratificações de fim de ano. As gratificações podem ser classificadas de acordo com

a periodicidade do seu pagamento (mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais, anuais, etc), de acordo com a fonte da obrigação (individual ou coletiva) e ainda de acordo com o valor

(fixo ou variável).

  Adicionais – São valores acrescidos ao salário como forma de compensar o trabalhador por condições de trabalho mais

gravosas. A CLT faz previsão de cinco modalidades de adicionais compulsórios, ou seja, que são obrigatórios a partir do momento

(18)

Adicionais

Adicional por serviços noturnos:

Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho

noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre

a hora diurna. (CLT)

  Adicional de insalubridade:

Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites

de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo

se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. (CLT)

 Adicional de periculosidade:

Art. 193, § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao

empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros

(19)

Adicionais

  Adicional por horas extraordinárias:  

Art. 59, § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá

constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à

da hora normal.

  Adicional por transferência do local de serviço:

Art. 469, § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador

poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca

inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.

(20)

Salário X Remuneração

A diferenciação entre salário e remuneração

é importante para a realização de alguns

cálculos como o aviso prévio, feito com base

no salário, e a indenização por rescisão de

contrato, feito com base no valor da

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Proteção ao salário

Irredutibilidade

(22)

Irredutibilidade

Art. 7º - São direitos dos

trabalhadores urbanos e rurais, além

de outros que visem à melhoria de

sua condição social:

VI - irredutibilidade do salário, salvo

o disposto em convenção ou acordo

(23)

Irredutibilidade

O salário do empregado, tendo em vista sua

natureza alimentar, goza de proteção constitucional quanto à possibilidade de sua redução.

Desta forma, é vedada a redução do salário do

empregado pelo empregador.

Todavia, a própria Constituição abre uma exceção a

esta regra, prevendo a possibilidade de redução do salário do empregado, se esta questão restar

expressamente convencionada em Acordo Coletivo de Trabalho ou Convenção Coletiva de Trabalho.

(24)

Descontos

Eventuais descontos poderão ser

realizados no salário do empregado,

desde que estabelecidos em Lei ou

mediante autorização expressa do

empregado.

(25)

Descontos

Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar

qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de

dispositivos de lei ou de contrato coletivo.

§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta

possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.

(26)

Impenhorabilidade

O salário do empregado, tendo em vista o

seu caráter alimentar, é impenhorável, ou

seja, não pode sofre qualquer constrição

judicial por dívidas. Pode-se citar como

exceção a esta regra o caso do pagamento

(27)

Equiparação Salarial

Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual

valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,

nacionalidade ou idade.

§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma

perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.

§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios

(28)

Equiparação Salarial

Art. 461 (...)

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento

e por antigüidade, dentro de cada categoria profissional. 

§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá

(29)

Equiparação Salarial

Pressupostos para a isonomia:

1. Identidade de função com a mesma

produtividade e qualidade;

2. Identidade de empregador e de local de

trabalho;

3. Tempo de serviço.

Não havendo fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do empregado, força se

(30)

Equiparação Salarial

Isonomia advinda de sentença judicial.

Vantagens pessoais

Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial

tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma (E. 120 - TST). Se, entretanto, as vantagens

pessoais forem decorrência de situação peculiar, como incorporação de horas extras, por exemplo, ainda que

obtida mediante decisão judicial, não se autoriza a equiparação salarial.

Referências

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