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As políticas de compliance e sua na administração empresarial sob a ótica do Direito Rosana Pereira Passarelli

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Academic year: 2018

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XXVI ENCONTRO NACIONAL DO

CONPEDI BRASÍLIA – DF

DIREITO, ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO SUSTENTÁVEL

FREDERICO DE ANDRADE GABRICH

GIOVANI CLARK

(2)

Copyright © 2017 Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito Todos os direitos reservados e protegidos.

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D597

Direito, economia e desenvolvimento econômico sustentável [Recurso eletrônico on-line] organização CONPEDI

Coordenadores: Frederico de Andrade Gabrich; Giovani Clark; Benjamin Miranda Tabak - Florianópolis: CONPEDI, 2017.

Inclui bibliografia ISBN: 978-85-5505-441-9

Modo de acesso: www.conpedi.org.br em publicações

Tema: Desigualdade e Desenvolvimento: O papel do Direito nas Políticas Públicas

CDU: 34 ________________________________________________________________________________________________

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Florianópolis – Santa Catarina – Brasil www.conpedi.org.br

Comunicação – Prof. Dr. Matheus Felipe de Castro – UNOESC

(3)

XXVI ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI BRASÍLIA – DF

DIREITO, ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL

Apresentação

Esta obra expõe a riqueza de temas que foram abordados nas apresentações ocorridas no

âmbito do Grupo de Trabalho em “Direito, Economia e Desenvolvimento Econômico

Sustentável I”, durante o XXVI Encontro Nacional do Conpedi, em Brasília - DF.

Os artigos demonstram uma preocupação por parte dos autores em aprofundar as discussões

em diversos ramos do Direito – tendo como pano de fundo o Desenvolvimento Econômico

Sustentável.

Os artigos apresentam abordagens novas – a partir da Análise Econômica do Direito – de

modo a propiciar novos insights sobre temas relevantes para o Direito. Foram tratados neste

sentido os direitos sociais, a responsabilidade extracontratual, as decisões judiciais, o

cadastro positivo, dentre outros.

Os autores também trazem reflexões sedimentadas e embasadas na doutrina tradicional. São

abordados, ainda, temas que ganham relevo e que precisam de maior discussão, como, por

exemplo, os bitcoins e a necessidade de sua regulação.

Estes artigos não exaurem a discussão sobre estes temas – que é bastante complexa. São

contribuições importantes para o aprimoramento do debate jurídico nacional e permitirão um

aprofundamento das discussões. A diversidade de temas e metodologias enriquecem o estudo

e possibilita que se possa avançar no entendimento dos mesmos.

Desejamos aos leitores uma boa leitura e reflexão!

Brasília, julho de 2017.

Prof. Dr. Giovani Clark (PUC/MG/UFMG)

Prof. Dr. Benjamin Miranda Tabak (UCB)

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1 Mestre em Direito, Especialista em Direito Civil e Empresarial, Advogada 1

AS POLÍTICAS DE COMPLIANCE E SUA APLICABILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO EMPRESARIAL SOB A ÓTICA DO DIREITO

COMPLIANCE POLICIES AND APPLICABILITY IN BUSINESS MANAGEMENT FROM THE PERSPECTIVE OF LAW.

Rosana Pereira Passarelli 1

Resumo

Em tempos onde a economia engloba diversificados mercados, surge a necessidade de se

regular condutas e comportamentos empresariais uma vez que devem manter

comportamentos pautados sobre firmes princípios éticos que permitam uma convivência da

empresa no meio social pacífica e sustentada por meio de operações e condutas lídimas que

não prejudiquem a sociedade. Através do método dedutivo e pesquisa de referenciais teóricos

discorreremos com o intuito de demonstrar que a adoção de preceitos éticos, através do

Direito, nas organizações, são práticas favoráveis operações éticas e sustentáveis que

contribuirão com a sociedade como um todo.

Palavras-chave: Direito, Ordem econômica, Conformidade

Abstract/Resumen/Résumé

In a time where the economy encompasses diverse markets, arises the need to regulate

conduct and business conduct as it must keep firm ethical principles based on behaviors that

allow coexistence in peaceful and sustained social environment through operations and

conduct legitimate they don't harm the society. Through the deductive method and theoretical

references we research in order to demonstrate that the adoption of ethical precepts, by, in

organizations, are favourable ethical operations and sustainable practices that will contribute

to society as a whole.

Keywords/Palabras-claves/Mots-clés: Law, Economic order, Compliance

1

(5)

Introdução

Em tempos em que a economia engloba diversificados mercados, aliada ao

expansionismo empresarial direcionado à descoberta de novos mercados, surge a

necessidade em se regular condutas e comportamentos empresariais frente à ordem

econômica.

Essa necessidade advém de demandas sociais que com o passar do tempo tem

exigido condutas empresariais apropriadas às quais condizem com a observância da

situação na qual, antes do lucro, as empresas devem manter comportamentos pautados

sobre firmes princípios éticos para que sua convivência no meio social seja pacífica e

sustentada por meio de operações e condutas lídimas que não prejudiquem a sociedade

sob quaisquer aspectos.

As mudanças pelas quais a sociedade vem passado por mudanças ao longo dos

tempos dá origem a uma atual configuração da sociedade que se encontra munida de

valores diferenciados; valores estes que estão mais voltados à observância de

comportamentos, condutas, posturas e, não obstante também a observância de preceitos

éticos, apresentando-se como uma sociedade munida de olhares mais críticos quanto às

atividades empresarias.

E é através desse enfoque que podemos compreender que a perseguição por lucros

e progressos econômicos não podem conter intrinsecamente como finalidade, permissões

para ignorar valores universais como normas de respeito humano e integridade.

Diante disso, a sociedade tem evoluído e o Direito vem se adaptando a estas

mudanças, sendo levado, através das gerações, à novas necessidades de adaptação a estes

novos fatos sociais, acompanhando o ritmo dessas mudanças dentre as quais, se incluem

certamente, questões que dizem respeito sobre a atuação das pessoas jurídicas de direito

privado que são as empresas – entidades estas que são responsáveis por causar diversas

mudanças na sociedade interferindo diretamente nas relações entre direito e sociedade.

É através de determinadas condutas (ainda que estas condutas sejam realizadas

dentro dos muros das empresas) que os reflexos destas irradiam e podem ser

externalizados para a sociedade de forma negativa fator que justificaria a aplicação de

preceitos de ética comportamental inseridos como padrão de conduta na administração

empresarial.

Nesse sentido, urge estudar a aplicação da ética, através do Direito dentro dos

(6)

implementação e da aplicação das políticas de compliance que buscam comportamentos

conformes e se utilizam da ética como ciência para suportar boas condutas e assim

prevenir a degradação da imagem empresarial – bem como auxiliar as organizações

quanto à sustentabilidade para que possam se manter firmes e atuantes no mercado

gerando receitas, renda e emprego a milhares de pessoas, movimentando a economia e

suportando todos os entraves aos quais estão sujeitas, inclusive multas e ações

reivindicadas pela sociedade – que, por si só já não se encontra na situação de sujeito

passivo apenas.

É a respeito dessa necessidade que discorremos utilizando o método dedutivo com

aparo a referencial teórico e bibliográfico que o sistema de compliance que teve origem

no direito norte americano irradia reflexos aos demais ordenamentos jurídicos, como

exemplo, o ordenamento jurídico brasileiro, que muito se apropriou do modelo americano

através da adoção da lei anticorrupção Lei 12.846/2016 conforme disposto no item 1 que

trata dos Aspectos do Compliance e sua origem no Direito norte-americano.

Antes mesmo de trazer à presente questão, os aspectos práticos sobre ética e

compliance na operação empresarial, devemos voltar os olhos para a real função da

instituição do compliance que teve origem no direito norte americano no fim da década

de 70.

Sob esse enfoque, discorremos com o intuito de demonstrar ao final que a adoção

de preceitos éticos através do Direito, nas organizações conforme disposto no capitulo 2

que trata a respeito dos programas de compliance e as condutas empresariais sobre

práticas benéficas para uma existência ética, pacífica e sustentável para a empresa que

por fim, contribuirá com a sociedade como um todo.

E, ao final uma visão crítica sobre o modelo de compliance adotado pelo Brasil

através da lei anticorrupção.

(7)

1 – Aspectos do Compliance e sua origem no Direito norte-americano

Antes mesmo de trazer à presente questão, os aspectos práticos sobre ética e

compliance na operação empresarial, devemos voltar os olhos para a real função da

instituição do compliance que teve origem no direito norte americano no fim da década

de 70.

Criado com o objetivo de regulamentar as condutas exercidas pelas grandes

companhias americanas, detinha também a finalidade de trazer às operações financeiras

e empresariais da época, preceitos que serviriam de respaldo para comportamentos éticos

de boa conduta empresarial e que inseririam aspectos práticos da ética, sob o enfoque de

Ciência ao pragmatismo burocrático da realidade empresarial.

A praxis ali se encerrava quando confrontava a origem axiológica aos valores

éticos que deveriam circundar as transações comerciais, dentre valores como a liberdade,

a igualdade, a segurança, a justiça e o respeito a direitos humanos deveriam vigorar em

plena eficácia1.

De certo que a legislação brasileira, com a lei 12.846 de 1º de agosto de 20132,

muito bem se apropriou do ideal norte americano cuja pretensão restava em penalizar,

chegando à real condenação penal da pessoa jurídica3, não por esta ter efetivamente

praticado ou concorrido para a prática de atos de má conduta, mas, sim sob a justificativa

de que tais atos foram praticados para o benefício da corporação.

Contudo, apesar da longa data de existência do instituto no direito norte

americano, o assunto ainda é novo no ordenamento jurídico brasileiro; ainda sim, apesar

de novo, no Brasil, o assunto segue a mesma estrada percorrida inicialmente pela

legislação norte americana.

Apesar de apresentar o primeiro precedente datado de 1909, como o primeiro caso

de condenação por corrupção tornado público no direito norte americano, a conduta ora

avaliada serve de moldura que se encaixa na contemporaneidade.

1 A esse exemplo temos o caso HP-Hewlett Packard México que pagou a um consultor aproximadamente

6 milhões de dólares para que este utilizasse de influência junto a órgãos governamentais para conquista de contratos de Inteligência Tecnologia (IT) em evidente violação aos controles internos da empresa. As multas pagas pela empresa somaram mais de 108 milhões de dólares.

2 Lei que trata sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos

contra a administração pública, nacional ou estrangeira

3 Disponível em: < https://supreme.justia.com/cases/federal/us/212/481/ >. Acesso 19 dez. 16. Em 1909, a

(8)

O recorte histórico feito a partir do final década de 70 ocorre quando órgãos

governamentais americanos passam a investigar possíveis fraudes cometidas por

entidades financeiras que pagavam subornos a agentes governamentais em troca de

favores e facilidades operacionais, cuja especialidade não restava limitada à corrupção

dentro de seu próprio território; iam além, ultrapassavam limites e desrespeitaram outros

Estados soberanos, corrompendo autoridades de outras localidades4 para obter vantagens

e facilidades com as barganhas de suas operações.

Notadamente, inegável se torna confeccionar um paralelo entre a globalização,

portadora de características próprias e expansivas e, as práticas de corrupção, que por si

só acabaram por dar ensejo às políticas de compliance com vistas a barrar tais condutas

repreensíveis acabam por acompanhar a expansividade da globalização como assim diz

Beck:

A sociedade mundial não quer dizer sociedade mundial

estatal ou sociedade mundial econômica, e sim sociedade

não estatal, isto é, um agregado de sociedades para o qual

as garantias de ordem territorial do Estado e também das

regas da política publicamente legitimada perderam sua

obrigatoriedade. (BECK 1999, p. 181).

Nesse compasso aparentemente descompassado, pode-se concluir que a

globalização, fatidicamente obteve avanços, seja pelo capitalismo, seja pela tecnologia,

mas, principalmente tomou força financeira com a rapidez das transações e a urgente e

imediata necessidade quanto à movimentação de informações.

Quanto a isso, ainda podemos acrescentar o que traz Beck que coloca sua posição

no sentido de que o Estado nacional é um estado territorial que fica limitado a um

determinado espaço e, em contrapartida, a sociedade mundial, utilizando-se da

globalização interfere na atuação do Estado nacional, e, com isso, os então ‘gladiadores’

do crescimento econômico – e aqui se refere às empresas, minam a autoridade do Estado

ao exigir que este não atue (BECK, 1999, p. 19).

4 Cite-se ao exemplo, o caso do Banco BNP Paribas, banco Frances que sofreu investigação sobre supostas

violações a sanções dos Estados Unidos da América, a países como o Sudão, Irã e outros. Disponível em: <http://br.wsj.com/articles/SB10001424052702304574504580001750761280736>The Wall Street Journal, Tuersday, 01th July, 2014.

(9)

De fato, a corrida contra o tempo se tornou fator determinante para a liderança nos

negócios já que fatalmente os processos burocráticos dificultariam ainda mais a

competitividade empresarial; e a facilidade ofertada pela indústria aos governantes, por

exemplo, seria responsável por diminuir longos caminhos burocráticos.

As condutas repreensíveis e antiéticas que hoje tem sido adotada pelas empresas

e por grandes instituições financeiras mantêm direta relação entre a ausência de institutos

de regulação de comportamento como é o exemplo do compliance.

O direito norte-americano trouxe teorias que suportam o compliance e que

encontram respaldo nos princípios do respondeat superior como doutrina utilizada em

responsabilidade e que abrange o empregado ou responsável legal por atos danosos

cometidos pelo empregado ou agente se tais atos forem cometidos durante o emprego ou

agência5, collective knolwledge baseada em situações onde não se pode identificar uma

pessoa individualizada que cometeu uma violação criminal, partindo-se do princípio

“actus non facit reum, nisi mens sit rea” que traduz em atos que não fazem o agente

culpado ao menos que haja a intenção e no princípio do “collective entity rule” que

juntos, criam no direito americano, um sistema de responsabilização extremamente

amplo.

Teoria do respondeat superior – decisão da suprema corte de 1909 que há um

conhecimento coletivo, o conhecimento é a soma do conhecimento de todos os

empregados e que podem ser responsabilizados de forma que a corporação passa a ser

criminalmente responsável mesmo se a conduta é realizada sem o conhecimento da

gerência, ainda que realizada pelos empregados de mais baixo nível hierárquico, até

mesmo se a intenção é beneficiar apenas o próprio funcionário, mesmo que não haja

nenhum benefício para a empresa, mesmo se o ato criminoso violar instruções diretas e-

até mesmo se o funcionário não tivesse a intenção ou sequer conhecimento suficiente para

violar a lei ainda que nunca fosse possível identificar o funcionário e mesmo que, podendo

ser identificado, este seja absolvido.

A regra válida é que uma vez que não se reconhece a existência da personalidade

da entidade empresarial, e, por regra, as empresas não tenham o direito a constitucional

contra a autoincriminação, não pode a empresa se escusar a responder à persecução

penal6.

(10)

Nesse sentido fica clara a existência de pilares que formam a estrutura do sistema

de responsabilização que nos parece sustentado sob a pedra fundamental da ética de forma

ampla.

De fato, a preocupação que nasce com direito norte americano é a sustentabilidade

da empresa, com vistas à sua manutenção, manutenção de empregos e a continuidade do

negócio evitando o efeito devastador de uma condenação persecutória que afetaria a

sociedade como um todo, trata-se de outro viés que pode ser aplicado à questão.

Os ideais do compliance surgem como forma de induzir para que as corporações

se comportem com a observância do regramento legal e responsável, alinhadas de forma

que estabeleçam mecanismos dentro de seus próprios processos internos formas e

medidas eficazes para prevenir e detectar violações de condutas impostas por lei.

No ano de 2012, o Departamento de Justiça norte americano publica o guideline

FCPA (Foreign Corupt Pratices Act)7 cujo guia contém uma seção especifica para garantir

programas eficazes de compliance, entretanto, os ideais de ética desde a ética Aristotélica

ainda representam condutas predominantes que embasam todo o sistema de compliance

norte americano, definindo sua cultura e identidade e voltado a alinhar a dinâmica de

muitos indivíduos que trabalham conjuntamente com expectativas, vivências e

experiências individuais diferentes, mas, que se colocam para os mesmos objetivos da

corporação sob o foco de um novo paradigma conceitual encorajando bons

comportamentos dentro da organização.

2 – Os programas de compliance e as condutas empresariais

Ente de grande importância no mundo para a circulação de bens e serviços, bem

como criação de postos de trabalho e recolhimento de impostos, a empresa, assim como

bem diz Paula Forgioni, “(...) interessa ao mundo jurídico, impactando-o

independentemente de seus titulares; há situações em que a mera existência da atividade

gera a composição de suportes fáticos e produz consequências jurídicas. ” (FORGIONI,

2016, p. 92)

Como pessoa jurídica e sendo sujeita a imputação no direito pátrio com a

complexa sistemática de direitos é recheado de direitos e deveres, reconhecemos que

ausência de preceitos éticos são facilitadores e coadunam com as práticas de corrupção e

7Disponível em: <https://www.justice.gov/sites/default/files/criminal-fraud/legacy/2015/01/16/guide.pdf>.

Acesso em: 19 dez.16

(11)

que também são responsáveis pela alienação de líderes, cidadãos e instituições e cujo

comportamento comprometem a estabilidade política e o desenvolvimento econômico8.

Outrora a ordem econômica e financeira estar disciplinada na Constituição de

1998, estabelecendo o marco para o artigo 170 estabelecer os ditames a respeito da ordem

econômica, há que se atentar porem que a intervenção do Estado na economia há que ser

realizada pela via da exceção, sendo limitada sua atuação pela mesma Constituição, de

modo que a atuação do Estado seja com a finalidade de organizar a vida econômica

(PRADO, 2004, p32).

Diante disso, resta o entendimento que todos os entes devem se portar conforme

os ditames da boa-fé em cumprimento da lei.

Ainda que assim seja, mesmo que as empresas tenham em seus pilares de

formação a ética, os preceitos de boa conduta, boa-fé no cumprimento estrito das normas

dos locais em que se encontram, há que se esclarecer que, as empresas são representadas

por pessoas humanas e estas podem ser passíveis de falhas e agir com abuso do poder

econômico para facilitar a expansão e demonstrar resultados de lucro a curto prazo.

À exemplo dos modelos norte-americanos que desencadearam a necessidade de

se estabelecer sistemas complexos de prevenção de ilícitos nascidos das operações

empresariais, surge os programas de compliance, justamente para manutenção da

operação empresaria sustentada sob firmes pilares éticos para que deles não se desviem,

mas, caso ainda sim haja algum desvio, o curso daquilo que é o correto seja retomado e a

empresa continue navegando em conformidade.

Na prática, os processos de compliance existem na tentativa de fortalecer as

empresas quanto ao mapeamento dos riscos aos quais estão sujeitas durante sua operação,

tanto no sentido de fazê-lo preventivamente para buscar fatores de riscos potenciais e

desconhecidos, mensurando-os quantitativa e qualitativamente, quanto para detectar

possíveis violações tão logo sejam cometidas, contribuindo para a diminuição dos valores

das penas pecuniárias e até mesmo reduzindo penas que seriam aplicadas caso as

violações não fossem rapidamente descobertas.

Ainda quanto à questão que se refere aos fatores de risco e a necessidade de

sobrevivência empresarial nesses locais, há que se apontar que a atuação das empresas

8 Disponível em:

(12)

onde o risco do local onde estão alocadas é maximizado por fatores intrínsecos da

localidade9.

Nesse sentido, podemos exemplificar: a ineficácia ou a ausência de legislação

local pela ausência da presença estatal, a ausência de transparência nas condutas

empresariais, bem como aspectos como a fraqueza do Estado Democrático de Direito, a

imparcialidade do Poder Judiciário, instituições democráticas e meios de comunicação

independentes, alto grau de burocracia de instituições públicas para emissões de licenças,

aliadas à necessidade de uso de profissionais intermediários com influência política como

por exemplo os despachantes, empreiteiras e subcontratadas, advogados e consultores

contratados, além das evidências de corrupção endêmica, cultura popular que encoraje o

não cumprimento de regras e a pressão para pagamentos de facilitação sobrelevam ainda

mais os fatores que possam facilitar a existência de corrupção praticada pela empresa

mediante seus representantes

De fato, a existência de um sistema de compliance estruturado no corpo

empresarial, torna mais fácil a defesa da organização em casos onde exista a persecução

penal, não descartando a utilidade dos programas até mesmo para rechaçar infundadas

acusações que porventura surjam no decorrer de suas operações consideradas as pressões

sociais às quais a empresa está sujeita.

Programas de compliance, buscam, em sua essência eliminar riscos ou mitigar os

riscos mais significativos, contudo, há que ressaltar que as empresas devem ser detetives

e não meros expectadores sobre aquilo que ocorre em seu corpo, de forma que, após a

constatação das violações, adote posturas e condutas adequadas para responder a tais

violações, sob a forma de autodenúncia fornecendo informações para contribuir com as

investigações.

Dentre os aspectos ora mencionados a respeito dos sistemas de compliance, há

que por fim, empregar o conceito a respeito do tema: “um conjunto de medidas para se

determinar o comportamento juridicamente permitido que deve ser preservado pelos

empregados e dirigentes da empresa”. (BOCK, 2011, p.21).

9 A esse respeito usamos o entendimento de Paula A Forgioni. A evolução do Direito Comercial Brasileiro.

Revista dos Tribunais. São Paulo, 2016, p.93-94 que diz: “na economia contemporânea, não se pode mais conceber a empresa de forma isolada. Essa visão, que a confina nas próprias fronteiras, desliga-a do funcionamento do mercado, reduzindo impropriamente a análise (...). Não vive ensimesmada, metida com seus ajustes internos; ela revela-se nas transações (...) A empresa cristaliza-se em sua atividade de interagir; a empresa é agente econômico”.

(13)

Interessante questão se assenta no conceito acima elencado ora parafraseado

“compliance se trata de conjunto de medidas para determinar comportamento juridicamente permitido”, ressaltamos esse entendimento justamente para demonstrar

que, a lei, através do ordenamento jurídico, novamente dita o ritmo da conduta

empresarial – assim como com todas as demais condutas às quais as empresas estão

fadadas ao cumprimento independentemente de seu porte, reforçando o entendimento que

já apresentamos nas linhas iniciais a respeito de que lucro e desenvolvimento não são de

modo algum passe-livre para cometimento de abusos e desvios de conduta com as regras

impostas.

No mais, é inegável o interesse econômico empresarial quanto à prevenção da

violação de regras, tendo em vista a existência de sanções cominatórias existentes que,

via de regra, estão por detrás de toda a imputação legal trazida pelo ordenamento.

Diante dessa análise, importante trazer ao Direito, o entendimento sobre a

aplicação das ferramentas de gestão ora estudadas e aplicadas pela Ciência da

Administração chamada PDCA10, ferramenta de gestão através da qual o Direito poderá

ser largamente disseminado na cultura empresarial, de forma a se utilizar de mecanismos

de controle que são viabilizados através da ferramenta PDCA, conduzindo a organização

à quebras de paradigmas, à adequação quanto às legislações locais e fazendo parte das

mesas de conferencia a respeito do planejamento estratégico nas empresas.

Através das ferramentas de gestão, vastamente aplicadas nas empresas para

monitoramento de processos e controles, os programas de compliance devem ser

estruturados através de comitês com o envolvimento da alta administração, trazendo o

envolvimento e o engajamento da alta administração tone at the top, existir comunicação,

transparência quanto às políticas e procedimentos claros e escritos para empregados e

terceiros estabelecendo-se regras quanto à atuação destes e exposição da empresa e em

nome desta.

Tendo em vista que as violações às normas impostas podem ter origem em falhas

quanto aos sistemas de prevenção que possam apresentar natureza ineficaz ou até mesmo

sistemas de prevenção fictícios e que por sua inexistência e ineficácia, serão gatilhos para

persecuções penais, as corporações devem estruturar controles internos para blindar e não

10 PDCA – Plan (planejamento), D (do inglês “Do”, que se resume a fazer aquilo que foi previamente

(14)

deixar margem para possíveis descumprimento de regras, devem ter procedimentos de

envolvimento e compromisso da alta supervisão tone from the top, comprometimento dos

colaboradores, due diligience em especial quanto a processos de fusão e aquisições e

compras de passivos entre outras questões que inclusive são apresentadas como vertentes

ao sistema de compliance.

Nesse sentido, há três vertentes a respeito do processo de implantação das regras

de compliance cuja contribuição é trazida por Eduardo Saad-Diniz: “...podendo se

estender da tax compliance, passando por problemas concorrenciais ou de lavagem de

dinheiro, pelos desafios de sustentabilidade da compliance socioambiental, até as

intricadas questões de health care compliance (...)”

Importante ressaltar que seja qual for a vertente a organização decidir percorrer

pela implantação das regras de compliance; é importante haver clareza e a transparência

dos riscos que envolvem a atividade empresarial, sendo estes disseminados entre a alta

gerência e principalmente para os demais funcionários que praticam atos em nome da

empresa, ora empregadora, sendo que para esse mister, a presença de profissionais do

Direito que compreendam sistemas de gestão é aspecto importante para a correta

estruturação e direcionamento de um sistema de compliance.

3 – O modelo de compliance adotado pelo Brasil através da lei anticorrupção.

Ante a possibilidade de penalização da pessoa jurídica11, tendo em vista o amparo

legal trazido na Magna Carta de 1988 conforme regra clara trazida no parágrafos 4º e 5º

do artigo 173 da CF12, ressaltando que embora o caput do presente artigo diga respeito às

questões de exploração direta da atividade econômica pelo Estado, há que se verificar que

sob todas as formas, a lei rechaçará abusos do poder econômico por parte das empresas

que visem dominar mercados e, não desconsidera a possiblidade de responsabilização

11 Conforme dispõe Branco, há correntes doutrinárias partidárias bem como outras que adotam posições

contrárias. BRANCO, Fernando Castelo. A pessoa jurídica no processo penal. Editora Saraiva 2001, p.55.

12 Podemos nesse mesmo entendimento como suporte, o artigo 225 da Constituição Federal que traz a

possiblidade de penalização também para os casos de condutas que são lesivas ao meio ambiente, sujeitando tanto pessoas físicas ou jurídicas infratoras às sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

(15)

individual dos dirigentes da pessoa jurídica quando da prática de atos que são

desconforme com a ordem econômica, financeira e economia popular.

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta

de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos

imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme

definidos em lei.

§4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos

mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.

§5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa

jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições

compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e

financeira e contra a economia popular.

Foi como resposta à inquietude social juntamente com os modelos de condutas

não conformes mundiais além de exemplos internos de fraudes e crimes dessa natureza

ocorridos no país que o Brasil adota a lei 12.846/2016; notadamente, o Brasil segue o

exemplo norte americano, na tentativa de aplicar no mercado interno, o modelo

preestabelecido pela sociedade americana, considerando o fato de que é através do grande

poder econômico que as empresas possuem grande probabilidade e propensão à prática

de atos de corrupção, como uma forma de rechaçar as condutas das empresas que atuam

ilicitamente e que cuja prática não pode transcorrer como mero fato relacionado à

causalidade operacional.

Em que pese a desigualdade natural do poder econômico mencionada por Prado

que diz:

O poder econômico é um dado de fato inerente ao livre mercado, isto é, os

agentes econômicos são necessariamente desiguais, uns mais fortes que os

outros. Não seria possível ignorar ou pretender a eliminação desse poder,

restando ao Direito disciplinar seu exercício, reprimindo certas modalidades de

iniciativa que ameaçam ou possam ameaçar as estruturas do livre mercado

(PRADO, 2004, p. 33)

A lei 12.846/2016, de 1º de agosto de 2013, também conhecida como Lei

Anticorrupção ou Lei da Empresa Limpa, instituiu no Brasil a responsabilização objetiva

administrativa e civil das pessoas jurídicas acarretando na punição da pessoa jurídica que

(16)

interesse da empresa ou em benefício desta quando praticados contra a administração

pública, nacional ou estrangeira, sem excluir a

responsabilidade individual de seus dirigentes que tenham contribuído para a prática do

ilícito.

A consoante regra disposta no artigo 5º da lei os atos lesivos tipificados são

aqueles cometidos contra a administração pública seja ela nacional ou estrangeira, desde

que praticados por pessoas jurídicas sob qualquer natureza de constituição e que sejam

cometidas contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra

princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais

assumidos pelo Brasil, estando incluídos no tipo penal atos que compreendem a prática

de suborno através do recebimento de vantagens indevidas, contribuir com a realização

de ilícitos previstos na lei, ocultar os beneficiários dos atos ilícitos praticados ou

dissimular interesses , bem como a previsão dos ilícitos que podem estar presentes nos

processos de licitação e contratação com a administração pública.13

Fatalmente a aprovação da lei desperta o interesse das empresas quanto à

possibilidade de sanções no âmbito de um processo administrativo de responsabilização

o que ocasiona multas elevadas, contudo, como retrato do direito norte americano, a

mesma lei admite a atenuação da pena, reduzindo as penas de multa para casos de

autuação, elevando-a à condição além do caráter punitivo e dá grande importância às

medidas adotadas pela empresa para a prevenção das práticas de corrupção, que compõe

os chamados Programas de Integridade ou Compliance.

Em decorrência da lei e, em caso de persecução penal diante de práticas de

corrupção constatadas nas operações da pessoa jurídica, há a possibilidade de

representativas reduções nas penas pecuniárias com altos valores de redução quando

observados todos os requisitos de enquadramento na legislação, proporcionando talvez,

uma possibilidade de erros e reconhecimentos destes perante a justiça.

13 Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm 2/10>.

Acesso: 17 mai.2017.

(17)

Conclusão

Diante do tema proposto, é imprescindível trazer à tona a comprovação de que a

ausência de preceitos éticos compromete a boa funcionalidade da empresa; aliado a isso,

a ausência do Estado na intervenção econômica diante da limitação que sofre no corpo da

Carta Constitucional de 1988 também deixa à mercê das grandes empresas poderes de

barganha de facilidades e operações que possam por sua natureza, contribuir para com a

economia local.

Muitas vezes grandes empresas são a salvação de pequenas cidades e, estas, por

sua vez, detêm boa parte de suas receitas através de impostos e da geração de empregos

que são criados movimentando a economia local através da operação destas empresas.

Em que pese a importância de toda a estrutura empresarial no mundo jurídico, há

que se deixar claro que lucros não podem ser carta branca, licenças nem sequer

permissões para o cometimento de atos e práticas ilegais que possam comprometer a

existência dessas mesmas empresas, bem como afetar os cofres públicos e a sociedade

em geral, tendo em vista a grande função que estas empresas, por sua natureza,

apresentam para a sociedade.

Apresentamos que os sistemas de compliance, embora os mais em voga

atualmente sejam reconhecidamente os sistemas que tenham a função de prevenir danos

financeiros às empresas, visando a redução de valores de penas cominatórias é, através

da implantação e funcionamento eficaz dos sistemas de compliance, que entendemos a

importância quanto a não preterir que a conformidade – assim entendemos a palavra como

o dever agir da empresa dentro das regras de direito estabelecidas - deve ser global, isto

é, sob todos os aspectos de funcionamento da empresa e não somente visar a prevenção

de penas pecuniárias mas também, o completo e total atendimento das leis - sendo

incluídas neste atendimento as legislações que tratem de saúde, segurança dos

funcionários, legislações previdenciárias e tributárias, bem como leis sobre a proteção do

meio ambiente isso ainda sem desconsiderar a possibilidade de externalidades que

possam prejudicar a sociedade com operações que possam ter reflexos ambientais, por

exemplo, extra-muros.

Sob todos esses riscos da operação empresarial, devem estar incluídos os preceitos

de ética e do Direito, que devem existir dentro das organizações e serem disseminados

através das decisões do corpo diretivo para a base operária de forma clara, límpida e

(18)

a Ciência do Direito para que a sociedade não tenha prejuízos com as práticas de

corrupção.

Fica no entanto, um entendimento mais criterioso a respeito da lei anticorrupção

adotada pelo Brasil, o fato de que as empresas mais bem organizadas e que, por sua

natureza já não detém preceitos éticos, podem ainda sim, através do seu grande poder

econômico manipular a aplicação da lei de forma a cometer ilícitos para enriquecimento,

prevendo, inclusive a possiblidade de incorrer em condenações com a imposição de penas

pecuniárias, que, apesar de altos valores, podem ser adimplidas mediante bons processos

de contabilidade de fundos de reserva previamente preparados para tanto.

De fato, diante dessa possiblidade, não há como se falar em preceitos de ética uma

vez que esta não existe e não se encontra enraizada nos comportamentos empresariais

para os quais os sistemas de compliance implementados não passarão de mero formalismo

com finalidade exclusiva para redução de penas cominatórias.

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Referências

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