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Pº R.Co.12/2012 SJC-CT

Recorrente: Raúl …….. .

Sumário: Suspensão dos trabalhos de assembleia-geral de sociedade por

quotas - Documentação das deliberações – Assinatura das atas –

Retificação do registo de destituição de gerente.

Relatório

1.

A presente impugnação tem por objeto a decisão da Senhora

Conservadora da Conservatória do Registo Comercial de ….. de recusar a retificação

do averbamento de cessação de funções do gerente Raúl ……., na sociedade

“Colégio P…., Lda.”, matriculada sob o nº 508…… - Av.2 à inscrição nº 2 ( Ap.

…/20120126).

Aquele averbamento teve por base as atas nºs 5, 6 e 7, das quais, para o

que neste processo assume pertinência, consta:

Ata nº 5 (reunião da a.g. de 4 de novembro de 2011): a) que

a assembleia iniciou os trabalhos com a presença dos sócios Ana P….., Vítor G……,

Maria J…. e Teresa O…. e que, após o encerramento do período de antes da ordem

do dia, chegaram os Dr.s José B….. e Ana R…., representantes

1

dos sócios Raúl….,

“Cantinho …….., Lda”, Laura G……. Paulo C………., b) que foi deliberada a

destituição do gerente Raúl……, por maioria de 79,55% dos votos, c) que o sócio

Raúl …… se encontrava impedido de participar na votação nos termos do disposto

no art. 251º/1/f) do Código das Sociedades Comerciais e d) que foi deliberada a

suspensão os trabalhos, com designação do dia 23 de novembro de 2011 para a

respetiva continuação. A ata mostra-se assinada pelos primeiros quatro sócios

indicados, que foram os que votaram favoravelmente a proposta de destituição.

Ata nº 6( reunião da a.g. de 23 de novembro de 2011): a)

que estavam presentes os sócios Ana P….., Vítor G….., Maria J….. e Teresa O……,

b) que, em face da ausência dos restantes sócios, o presidente da mesa propôs

1Na prática, como foi esclarecido no momento da votação, foi o Dr. José Barroco que assumiu a

(2)

que lhes fossem remetidas cartas registadas com aviso de receção, solicitando a

assinatura da ata nº 5 e que, caso se recusassem injustificadamente a assiná-la,

fossem judicialmente notificados para o mesmo efeito, c) que foi lida a ata nº 5,

a qual foi aprovada por todos os sócios presentes, que a assinaram, d) que foi

deliberada a suspensão dos trabalhos, com designação do dia 5 de dezembro de

2011 para se proceder à leitura, aprovação e assinatura da ata desta sessão e e)

que todos os sócios presentes assinaram a ata .

Ata nº 7( reunião da a.g. de 5 de dezembro de 2011): consta

exclusivamente que estavam presentes os sócios Ana P….., Vítor G….., Maria J….. e

Teresa O…. e que teve lugar a leitura, aprovação e assinatura das atas nºs 6 e nº7.

2. A retificação foi requerida pela Ap. …./20120209, cujos termos se dão

aqui por integralmente reproduzidos, alegando-se que a ata nº 5 não se encontra

subscrita por todos os sócios presentes na assembleia e que os que a não

assinaram não foram judicialmente notificados para o efeito, concluindo-se:

“Nestes termos,

Deve o presente pedido de retificação ser considerado procedente, por

provado e, em consequência, ser o registo de cessão de funções de membro de

órgãos social respeitante ao ora interessado recusado

2

ou, sem conceder, ser

concedido provisório por dúvidas.

Mais se requer o averbamento do registo da pendência da retificação, nos

termos do nº 1 do art. 87º do CRC.”

3. A Senhora Conservadora recusou a retificação, em despacho de 17 de

fevereiro de 2012, que aqui se dá por integralmente reproduzido, considerando que

a ata nº 5 “não reveste autonomia enquanto título” e que “Só as três atas

resultantes das 3 sessões – legalmente convocada – valem como um todo. E estão

assinadas pelos presentes, na continuidade. A notificação judicial prevista no art.

63º do C. Soc. Comerciais aplica-se a uma ata enquanto um todo. (…) . Assim a ata

apresentada assinada pelos presentes, maioria ( da 1ª sessão) e totalidade das

seguintes tem força probatória plena para o ato tal como foi requerido, não se

vislumbrando que a existir algum vício ele se enquadre nos casos de nulidade do

art. 56 C. Soc. Comerciais, vícios esses, e só esses impeditivos, de um registo

definitivo.(art. 48º, nº 1 al.c C.Reg. Comercial)”.

2 O que o requerente certamente pretende é o cancelamento do registo retificando, com

(3)

4. Foi interposto recurso pela Ap. ../20120314, cujos termos se dão aqui

por integralmente reproduzidos, alegando-se em síntese que:

a) “(…)independentemente de estar sob a alçada da mesma Assembleia

Geral, cada um das deliberações tomadas em cada uma das sessões vale por si,

não tendo que ser reiteradas nas sessões subsequentes”;

b) “As deliberações assim tomadas cristalizam-se, não podendo ser

reponderadas posteriormente, em virtude de um dos sócios, por exemplo, não ter

estado presente na sessão na qual as mesmas foram tomadas”;

c) “(…) se bastasse a assinatura dos presentes na última sessão da

Assembleia Geral, estar-se-ia a dar cobertura a um texto que deve ser o reflexo do

que se passou em cada uma das sessões sem que as pessoas que o subscrevem

tenham estado necessariamente presentes na discussão”;

d) “(…) o registo concedido não o poderia ter sido, por violação da lei”;

e) “(…) até à presente data, o ora sócio recorrente, desconhece o real e

efetivo texto do conteúdo das atas, tendo mesmo tido necessidade de proceder à

notificação judicial avulsa dos sócios que requereram os registos e assinaram a

referida ata para que os mesmos procedam à entrega do original do Livro de Atas

na sede social, facto que ainda não ocorreu”.

Já na parte final, o recorrente introduz a seguinte citação, como sendo

3

do acórdão da Relação do Porto, nº 4847/10, de 29 de setembro de 2011: “As atas

da assembleias-gerais que contenham deliberações dos sócios devem ser assinadas

por todos os sócios, podendo sê-lo em momento posterior e, embora possam ser

lavradas por notário, a lei não atribui valor probatório. O registo da nomeação de

gerentes de sociedade por quotas, pedido com base em ata que não se mostre

assinada por todos os sócios que tiverem tomado parte na respetiva assembleia,

deve ser lavrado com a natureza de provisório por dúvidas”

5. A recorrida procedeu à notificação dos interessados não requerentes,

cumprindo o disposto no art. 90º do Código do Registo Comercial (CRCom)

4

.

3Consultado o Acórdão, no mesmo suporte que foi indicado pelo recorrente - www.dgsi.pt - ,

verificamos que o texto, tal como está citado, não está nele incluído; o primeiro período não consta de todo, sendo, aliás, incongruente, e o segundo corresponde ao respetivo sumário.

4 A recorrida designou a sua decisão por “recusa do pedido de retificação”, sem invocar

(4)

Saneamento: o recurso é tempestivo, e inexistem questões prévias ou

prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito.

Pronúncia: A posição deste Conselho vai expressa na seguinte

Deliberação

1. A assembleia-geral de uma sociedade por quotas pode

deliberar suspender os respetivos trabalhos, uma ou duas vezes, fixando o

seu recomeço para data que não diste mais de 90 dias, devendo ser

lavrada uma ata por cada reunião ( art.s 248º/1 e 387º e 388º/1 do

CSC)

5

.

2. Sem embargo de a assembleia-geral dever ser documentada

pelo conjunto de todas as atas, cada ata documenta autonomamente o que

Na ficha consta uma anotação de pendência de retificação e um averbamento de recusa de retificação.

Rigorosamente, em processo de retificação não existe “recusa”; ou há despacho de indeferimento liminar ou decisão final de indeferimento da retificação e, em qualquer dos casos a lei determina que se averbe a pendência da retificação ( art. 87º/1 do CRCom).

Ora, se aquela decisão corresponde a um indeferimento liminar, haveria que ter averbado a pendência de retificação e, se não tivesse ocorrido impugnação, esse averbamento seria cancelado logo que se verificasse o decurso do respetivo prazo; existindo impugnação, haveria que ter notificado os interessados não requerentes para impugnarem os fundamentos do recurso (art. 88º/4 do CRCom).

Ao invés, se aquela decisão corresponde a decisão (final) sobre a retificação, haveria igualmente que ter averbado a pendência da retificação e, antes da decisão, haveriam que ter sido notificados os interessados não requerentes para deduzirem oposição à retificação ( art.90º/1 do CRCom).

Recebido o recurso no IRN, o Setor Jurídico e de Contencioso (SJC) entendeu enquadrar a decisão como decisão final e propôs que o processo baixasse ao serviço de registo para efeito da notificação em falta ao abrigo do art. 90º, proposta que mereceu concordância superior.

5

In casu a assembleia-geral foi suspensa por duas vezes, tendo sido lavrada uma ata por

cada reunião, se bem que a última foi marcada apenas com a finalidade de ler, aprovar e assinar da ata da reunião anterior.

(5)

se passou em cada uma das reuniões, em resultado da declaração de

ciência da maioria dos sócios participantes

6

.

3. Apesar da natureza da declaração imanente à assinatura da

ata – testemunho do que se passou na reunião -, o apuramento “da

maioria dos sócios que tomaram parte na assembleia”( art. 63º/3 do CSC)

não deve ser feito “por cabeça”, mas levar em conta os votos presentes

ou representados

7

.

6 A divergência entre recorrida e recorrente situa-se precisamente nesta relação do

desdobramento da assembleia-geral em várias reuniões com o desdobramento da documentação das deliberações tomadas em cada reunião.

De um lado temos a posição da recorrida, que entende que o conjunto das atas formam um todo, e que “a irregularidade casual do extrato da 1ª sessão não se estende às restantes, sendo a ordem de trabalhos e as decisões renovadas em cada sessão, exatamente por se tratar de uma única Assembleia”, para defender que não tem que haver lugar à notificação judicial avulsa dos sócios que tenham estado na 1ª sessão e ausentes nas seguintes, pois bastaria que tivessem comparecido e a tivessem assinado; do outro temos o recorrente, que defende a autonomia de cada uma das atas, para efeito do conteúdo probatório e de assinatura.

Afigura-se-nos que, quanto a esta questão, assiste razão ao recorrente.

De unidade pode falar-se no sentido de que cada assembleia-geral é documentada pelo conjunto das atas das diversas reuniões; já não no sentido de que, não tendo sido os mesmos os sócios presentes nas diversas reuniões – e a lei não impõe que o sejam -, só se considerem como tendo estado presentes na assembleia os sócios que estiveram presentes em todas as reuniões.

O mesmo aconteceria se a lei determinasse que a documentação fosse feita por ata única; todos os presentes, em todas as reuniões ou em qualquer delas, teriam o dever de a assinar, mas o seu testemunho ou declaração de ciência teria por objeto apenas o que se passara na(s) reunião(ões) em que tivessem estado presentes.

7 No Pº R.Co.1 e 2/2007 DSJ-CT ( in www.irn.mj.pt), defendemos o entendimento oposto, por

termos considerado determinantes a letra da lei( “sócios que nela tenham participado” –art. 248º/6 do CSC) e o facto de a assinatura da ata constituir uma afirmação de ciência, ou seja, traduzir um testemunho de que o que a ata relata corresponde ao que efetivamente aconteceu na assembleia dos sócios.

A questão não está aqui em tabela, mas impõe-se aproveitar a oportunidade – quando no ponto seguinte apreciar-mos a questão que tem a ver com a previsão legal da notificação judicial avulsa, vamos ter que convocar o entendimento deste Conselho constante do mesmo parecer – para ponderar da justeza da interpretação então defendida, levando sobretudo em conta que a doutrina extrarregistral se afasta da mesma.

De facto, a dita doutrina ( cfr. Pinto Furtado, in Deliberações dos Sócios, pág. 699, Paulo Olavo Cunha, in Direito das Sociedades Comerciais, pág.s 527 e 528 e Albino de Matos, in A Documentação das Deliberações Sociais no Projeto de Código das Sociedades, pág.s 68 e 69) inclina-se para considerar que a lei não pode ter deixado de levar em conta o risco que resultaria da exigência da maioria pessoal, traduzido na possibilidade de paralisação da atividade social pela minoria deliberativa,

(6)

4. A ata adquire força probatória logo que se verifique o número

suficiente de assinaturas para formar a mencionada maioria, desde que a

sociedade tenha promovido a notificação judicial avulsa dos sócios que a

não assinaram, nos termos do disposto no nº 3 do art. 63º do CSC, e

tenha decorrido o prazo, não inferior a oito dias, que lhes foi fixado para o

fazerem

8

.

atribuindo a este elemento teleológico caráter determinante para dar por afastado o sentido que à primeira vista resulta do elemento literal, conjugado com a natureza testemunhal da assinatura.

Reapreciada a questão, ponderando que, dado o caráter insubstituível da ata enquanto meio de prova de deliberação tomada em assembleia geral ( art. 63º/1 do CSC), aquele elemento teleológico assume um peso especial e conferindo a devida importância à vertente doutrinária – para mais num âmbito que não é puramente registral - afigura-se-nos como mais ajustada a referida interpretação.

No caso dos autos e qualquer que seja o entendimento, verifica-se a assinatura da ata nº 5 pela maioria dos sócios presentes, já que assinaram todos os sócios que votaram favoravelmente a destituição do gerente, os quais são também a maioria dos sócios participantes, considerando que os restantes foram representados pela mesma pessoa (Dr. José Barroco).

8 Também neste ponto nos afastamos do entendimento defendido no indicado Pº R.Co.1 e

2/2007 DSJ-CT.

Esta mudança de posição não é, no entanto, determinada pela jurisprudência invocada pelo recorrente (Acórdão da Relação do Porto supra mencionado).

Tratou-se de acórdão proferido em Apelação interposta pelo Presidente do Instituto dos Registos e do Notariado, I.P. (IRN, I.P.) de decisão que, em 1ª instância, havia determinado a feitura de registo de nomeação de gerentes como definitivo, proferida em recurso de decisão de recusa por parte do Conservador, a qual já havia sido objeto de recurso hierárquico – Pº R.Co.5/2010 SJC-CT, disponível em www.irn.mj.pt - no qual se decidiu pela provisoriedade por dúvidas.

Em causa estava uma ata lavrada por notário, não assinada por todos os sócios presentes na assembleia-geral, mas não foi a falta de notificação judicial avulsa que constituiu fundamento da revogação da decisão da 1ª instância.

O fundamento foi antes – dando por procedente a totalidade dos argumentos do Presidente do IRN,I.P. - a presença de dúvida quanto a existência da deliberação de nomeação de gerentes, nomeadamente pelo facto de o presidente da mesa não ter declarado que a proposta de designação tinha sido aprovada e atenta a junção de duas declarações escritas apresentadas por um grupo de sócios, alegadamente maioritário, no sentido da suspensão da assembleia.

A falta de notificação judicial avulsa não constituiu fundamento da Apelação para a Relação - como já não constituíra fundamento da decisão proferida no indicado Pº R.Co.5/2010 SJC-CT, no qual inclusive se confirmou o entendimento defendido anteriormente no Pº R.Co.1 e 2/2007 DSJ-CT - a qual é tratada exclusivamente no enquadramento da especialidade de se tratar de ata lavrada por notário, para se defender que não lhe é à partida aplicável o regime da notificação judicial avulsa previsto no art. 63º do CSC, mas sim o disposto nos artigos 46º/6 e 70º/1, c) e d) do Código do Notariado.

Nesse enquadramento e quanto a esta questão, o Acórdão mais não faz do que reproduzir o teor das disposições do CSC que se referem à assinatura das atas.

(7)

5. Decorrentemente, deve ser lavrado provisoriamente por

dúvidas o registo de cessação de funções de gerente pedido com base em

ata da assembleia geral assinada pela maioria dos sócios que nela

participaram, se não for feita prova da notificação judicial avulsa dos

restantes sócios participantes e do decurso do mencionado prazo ( art.

69º/1/l) e 3 do CRCom e art. 63º/3 e 248º/6 do CSC)

9

.

6. Efetuado o mencionado registo como definitivo, o mesmo

enferma de inexatidão resultante de “erro de qualificação” , suscetível de

retificação no âmbito do processo especial de retificação de registo( art.s

23º e 81º e seguintes do CRCom)

10

.

Em consonância com o exposto, propomos a procedência da impugnação

quanto ao pedido subsidiário de retificação do registo para provisório por dúvidas.

O sumário do Acórdão incluído na citação feita pelo recorrente – pretensamente feita, conforme referimos na nota 1- , para lá de não estar em sintonia com o fundamento da procedência do recurso, pode inclusive, se lido isoladamente, ser mal interpretado.

É que, mesmo quem entenda que a ata assinada pela maioria dos sócios só adquire força probatória com o decurso do prazo fixado aos restantes sócios para a assinarem, não poderá subscrever a afirmação de que “O registo (…) pedido com base em ata que não se mostre assinada por todos os sócios que tiverem tomado parte na assembleia, deve ser efetuado como provisório e por dúvidas”; poderia ser efetuado definitivo se, embora a ata não estivesse assinada por todos, estivesse assinada pela maioria e já tivesse decorrido aquele prazo.

Infletimos de entendimento por se nos afigurar que, ao termos defendido uma interpretação corretiva do disposto no nº 3 do mencionado art. 63º do CSC, não levámos na devida conta o disposto no art. 9º/3 do Código Civil, que estabelece que “Na fixação do sentido e alcance da lei, o intérprete presumirá que o legislador consagrou as soluções mais acertadas e soube exprimir o seu pensamento em termos adequados”.

Além disso, e corroborando que teremos ultrapassado os limites legais da interpretação, temos igualmente a vertente doutrinária que, embora questionando-se quanto à bondade da opção legal, não se afasta do sentido literalmente manifestado - Cfr. os dois primeiros Autores e obras mencionados na nota anterior, respetivamente pág.s 698 e 699 e a pág. 527.

9Nesta situação não pode dar-se por manifesto que o facto não está titulado ( cfr. art. 48º/1/b)

do CRCom), pois pode ter ocorrido a notificação e decorrido o prazo fixado para a assinatura. Caso tenha sido feita prova da notificação e não tenha decorrido ainda (na data da apresentação) o dito prazo, o registo deve ser recusado por manifesta falta de título.

10Foi o que aconteceu na situação dos autos. A alegação do recorrente, de que não teve lugar a

notificação judicial avulsa, não pode ser relevada, tanto mais que tratando-se retificação por “erro de qualificação”, não podem ser tidos em conta senão os elementos disponíveis no juízo inicial de qualificação.

(8)

Deliberação aprovada em sessão do Conselho Consultivo de 25 de janeiro

de 2013.

Luís Manuel Nunes Martins, relator.

Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente do Conselho

Diretivo em 12.02.2013.

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