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Sofinloc No.1 Fundo FUNDO DE TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS

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2 de Dezembro de 2002

Sofinloc No.1 Fundo

FUNDO DE TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS

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Artigo 1º - (O Fundo)

1. O Fundo de Titularização de Créditos Sofinloc No.1 Fundo, (doravante "Fundo"), é um património autónomo, pertencente a uma pluralidade de pessoas singulares ou colectivas (doravante "Detentores").

2. O Fundo não responde em caso algum pelas dívidas dos Detentores ou dos Cedentes (tal como definidos no artigo 3º, nº1), do banco depositário (doravante "Depositário"), das entidades gestoras dos créditos (doravante "Gestores dos Créditos") ou da respectiva sociedade gestora de fundos de titularização de créditos (doravante "Sociedade Gestora").

3. O Fundo constitui-se por um prazo de 10 anos e foi devidamente autorizado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (doravante "CMVM") por deliberação do dia 28 de Novembro de 2002.

4. As quotas partes dos Detentores são expressas em unidades de titularização de créditos (doravante "Unidades"), sob a forma escritural, com o valor nominal de 1.000 Euros, tendo sido emitidas à data de constituição do Fundo 178.041 Unidades com o valor de 178.041.000 Euros, destinadas à subscrição privada. 5. O Fundo é dotado de património variável procedendo:

(a) após o período que se inicia em 2 de Dezembro de 2002 e termina a 31 de Janeiro de 2003 e sucessivamente até Novembro de 2005 após cada trimestre ou em qualquer dia durante o período de doze meses a contar da data de constituição do Fundo, à aquisição de novos créditos (que deverão respeitar os critérios constantes do artigo 3º), quando o Fundo detenha créditos de prazo inferior ao da sua duração por substituição destes na data do respectivo vencimento, através das receitas do Fundo previstas no Artigo 10º, nº1 (a); (b) após o período que se inicia em 2 de Dezembro de 2002 e termina a 31 de

Janeiro de 2003 e sucessivamente até Novembro de 2005 após cada trimestre ou em qualquer dia durante o período de doze meses a contar da data de constituição do Fundo, à aquisição de novos créditos (que deverão respeitar os critérios constantes do artigo 3º), em adição aos créditos adquiridos no momento da sua constituição, através de novas emissões de Unidades (em montante suficiente para permitir a aquisição de créditos pelo Fundo); cada emissão de Unidades (devendo cada Unidade ter o valor nominal de 1.000 Euros) não excederá 200.000.000 Euros, não podendo a soma das Unidades emitidas durante o período acima referido exceder o valor total de 400.000.000 Euros. 6. As novas Unidades que sejam emitidas pelo Fundo ao abrigo do anterior número

5. (b) serão fungíveis entre si e com quaisquer outras Unidades anteriormente emitidas pelo Fundo à data da sua constituição, cabendo-lhes os mesmos direitos relativamente a todos os Créditos adquiridos pelo Fundo e o respectivo pagamento será feito pari passu relativamente a quaisquer outras Unidades anteriormente emitidas pelo Fundo.

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7. Os créditos do Fundo são geridos pelos Gestores dos Créditos, nos termos de um contrato de gestão de créditos celebrado em 2 de Dezembro de 2002 entre os Cedentes (tal como definido no artigo 3º, nº 1) e o Fundo (doravante "Contrato de Gestão de Créditos").

Artigo 2º - (Objectivo)

1. O objectivo principal do Fundo é proporcionar aos Detentores o acesso a uma carteira de créditos, de acordo com a política de investimentos estabelecida no artigo 3º.

2. Considerando a política de investimentos referida no artigo 3º, o risco geral associado à detenção de Unidades do Fundo dependerá do risco associado aos créditos adquiridos.

3. A solvabilidade ou rentabilidade dos activos integrados no Fundo não são, por qualquer forma, garantidas ou asseguradas pela Sociedade Gestora, pelo Depositário ou pelos Gestores dos Créditos.

Artigo 3º - Política de Investimento

1. A política de investimento do Fundo baseia-se, na data da sua constituição, na aquisição à Sofinloc - Sociedade Financeira de Locação, S.A., Sofivenda- Sociedade de Financiamento de Vendas a Crédito, S.A. e Sofinloc RENT - Comércio e Viaturas de Aluguer, Lda. (doravante “Cedentes”) de uma carteira de créditos provenientes de empréstimos automóvel, locação financeira de automóveis e de equipamentos e aluguer de longa duração de automóveis (doravante "Créditos"), as quais, em conjunto, têm as características que se descrevem no nº 5 abaixo e que correspondem às indicadas em maior detalhe no contrato de cessão de créditos celebrado em 2 de Dezembro de 2002 entre os Cedentes e o Fundo (doravante "Contrato de Cessão de Créditos"). A eficácia da cessão de créditos efectuada pela Sofinloc RENT – Comércio e Viaturas de Aluguer, Lda. em relação aos respectivos devedores fica dependente de notificação.

2. Os contratos de empréstimo e os contratos de locação financeira que serão adquiridos pelo Fundo na data da sua constituição apresentam, respectivamente, uma taxa de juro fixa de 13.914% e uma taxa de juro fixa e variável média de 8.67. O prazo médio de maturidade dos referidos contratos de empréstimo e locação financeira é, respectivamente, 48 meses e 41 meses. Os contratos de aluguer de longa duração que serão adquiridos pelo Fundo nos termos do Artigo 1º, nº 5 (a) do presente Regulamento, apresentarão uma apresentarão uma taxa de juro média de 8.565% e um prazo médio de maturidade de 43 meses.

3. A carteira dos Créditos terá um valor inicial contabilístico, à data da constituição do Fundo de 172.856.148.61 Euros, podendo tal valor ser aumentado até ao máximo total de 400.000.000 Euros.

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4. O pagamento dos Créditos pelos respectivos devedores encontra-se, nalguns casos, garantido por livrança prestada por tais devedores e avalizada por terceiros.

5. Os Créditos que integrem a carteira satisfarão os seguintes critérios: (a) em relação aos devedores:

1 são clientes dos Cedentes e partes num contrato de mútuo, de locação financeira ou de aluguer de longa duração subjacente aos Créditos sendo o respectivo contrato celebrado de acordo com as políticas relevantes de crédito e de cobrança;

2 são sociedades constituídas em Portugal ou pessoas singulares que, à data da cessão de Créditos para o Fundo, residem em Portugal;

3 não se encontram em situação de falência ou insolvência e contra quem não existem processos judiciais pendentes nos termos de legislação vigente em Portugal relativa a insolvência e falência, à data da cessão dos Créditos para o Fundo;

4 os Cedentes não instauraram contra qualquer devedor nenhum processo judicial relativo aos Créditos objecto de cessão;

5 geram os pagamentos relativos aos Créditos em Portugal;

6 cujos elementos de contacto (incluindo número de telefone) à data de celebração do respectivo contrato são conhecidos pelo respectivo Cedente;

7 cumprem todos os requisitos estabelecidos pelo Banco de Portugal, não sendo, nem tendo sido, sujeitos a qualquer investigação ou processo no âmbito de branqueamento de capitais;

8 não são empregados de nenhum dos Cedentes. (b) em relação aos Créditos:

1 podem ser segregados e identificados para efeitos de titularização na data da respectiva cessão ou em qualquer momento após essa data e são integralmente detidos pelo respectivo Cedente na data da cessão;

2 são amortizáveis com os inerentes juros (implícitos ou explícitos), estão relacionados com a aquisição ou aluguer de veículos ou locação de veículos ou equipamentos, são originados pelo respectivo Cedente no decurso da sua actividade normal e são reembolsáveis em Euros;

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4 a data de liquidação da última prestação é uma qualquer data que caia 12 meses antes da data de maturidade das Unidades;

5 constituem uma obrigação incondicional e irrevogável do respectivo devedor e garante de pagamento de todas as somas referentes a capital, juro e outros montantes devidos nas datas de pagamento relevantes e são cobrados nos termos do artigo 587, nº 1 do Código Civil;

6 foram originados por um contrato em relação ao qual não houve alteração das datas de pagamento das respectivas prestações ou rendas e não houve refinanciamento, renegociação, substituição, alteração ou novação do respectivo contrato devido a incumprimento do devedor ou por qualquer outro motivo;

7 não se encontram em atraso mais de duas prestações ou rendas mensais ou mais de uma prestação ou renda trimestral;

8 são susceptíveis de ser transferidos por cessão nos termos do Decreto-Lei 453/99 de 5 Novembro com as alterações do Decreto-Lei 82/2002 de 5 de Abril;

9 são susceptíveis de ser cedidos livremente nos termos do respectivo contrato;

10 foram originados totalmente em conformidade com os procedimentos e políticas de crédito e cobrança normais do respectivo Cedente e nenhuma disposição substantiva dos mesmos foi alterada ou renunciada devido a incumprimento do respectivo devedor;

11 são originados por um contrato constituído com observância de todas as leis e regulamentos aplicáveis e em conformidade com a legislação de consumo e protecção de dados vigente em Portugal;

12 são legal e integralmente detidos pelo respectivo Cedente e não estão sujeitos a qualquer ónus ou encargo;

13 constituem obrigações válidas, legais, vinculativas e que podem ser executadas (de devedores que reúnem os critérios constantes da alínea (a) acima) de pagamento de todos os montantes devidos nos termos do respectivo contrato e não estão sujeitos a qualquer disputa, compensação, contestação ou execução;

14 os Créditos cuja taxa de juro é fixa se adquiridos (a) no momento da constituição do Fundo, têm uma taxa de juro não inferior a 6% ao ano e (b) depois da data de constituição do Fundo, têm uma taxa de juro não inferior a 2% por ano acima da taxa de juro do contrato de swap que será celebrado com o Deutsche Bank AG London e os Créditos cuja taxa de juro é variável, têm uma taxa de juro não inferior ao montante do index da taxa de juro variável acrescido de 2% ao ano;

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15 têm um prazo de reembolso não superior a 72 meses;

16 relativamente aos quais após a sua aquisição e até Novembro de 2005 o montante de capital em dívida é o seguinte:

(i) contratos de aluguer de longa duração – não inferior a 15 % do valor global em dívida correspondente à componente de capital dos Créditos;

(ii) contratos de empréstimo – não superior a 45% do valor global em dívida correspondente à componente de capital dos Créditos; (iii) contratos de locação financeira de veículos – não inferior a 15%

do valor global em dívida correspondente à componente de capital dos Créditos;

(iv) contratos de locação financeira de equipamentos – não superior a 15 % do valor global em dívida correspondente à componente de capital dos Créditos;

e o montante médio em dívida na data da constituição do Fundo é: (i) contratos de aluguer de longa duração – 30.832.038,42 Euros (o

que representa 17.84% do montante total da carteira);

(ii) contratos de empréstimo – 73.902.887,51 Euros (o que representa 42.75% do montante total da carteira);

(iii) contratos de locação financeira de veículos - 44.645.388,29 Euros (o que representa 25.83% do montante total da carteira);

(iv) contratos de locação financeira de equipamentos – 23.475.834,39 Euros (o que representa 13.58% do montante total da carteira);

17 relativamente aos quais após a sua aquisição e até Novembro de 2005 o montante de capital em dívida de Créditos com taxa de juro variável não é superior a 25% do valor global correspondente à componente de capital dos Créditos;

18 relativamente aos quais imediatamente após a sua aquisição e até Novembro de 2005 a margem média ponderada acima da taxa do contrato de swap celebrado com Deutsche Bank AG London não é (no caso de Créditos com uma taxa de juro fixa) inferior a 5.125% ao ano e a margem média ponderada acima do index de taxa de juro variável não é (no caso de Créditos com uma taxa de juro variável) inferior a 3.625% ao ano;

19 os quais foram seleccionados aleatoriamente para ser objecto de uma oferta;

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20 são contratos que geram juro sendo o capital em dívida pago em prestações ou rendas mensais ou trimestrais (1% dos Créditos com uma periodicidade trimestral e 99% dos Créditos com uma periodicidade mensal);

21 relativamente aos quais imediatamente após a sua aquisição e até Novembro de 2005, nenhum devedor nos termos descritos em (a) acima representa um montante igual ou superior a 1% dos Créditos;

22 relativamente aos quais pelo menos uma prestação já foi paga;

23 o pagamento nos termos do respectivo contrato deve ser feito em prestações ou rendas iguais (com excepção do último pagamento devido no âmbito de contratos de locação financeira);

24 cujas receitas recebidas podem ser devidamente identificadas no respectivo dia útil em que são recebidas.

6. Serão celebrados com a instituição de crédito denominada Deutsche Bank AG London contratos de swap de taxa de juro (os “Contratos de Swap”) com vista a cobrir riscos de variação das taxas de juro com impacto nos Créditos.

7. Os Créditos adquiridos representarão em cada momento, pelo menos, 75% dos activos do Fundo.

8. Caso existam vícios ocultos em relação a Créditos detidos pelo Fundo, o respectivo Cedente terá a obrigação de os readquirir, nos termos do Contrato de Cessão de Créditos. O Cedente poderá, ainda, caso assim o entenda, em alternativa ao pagamento do preço, ceder ao Fundo novos Créditos (que satisfaçam os critérios referidos no nº5) nos termos do Contrato de Cessão de Créditos.

Artigo 4º - (Comissões, despesas e encargos a cargo do Fundo)

1. O Fundo pagará as seguintes comissões, que são calculadas e liquidadas trimestralmente, sobre o valor global dos Créditos que integram o Fundo no início de cada trimestre:

(a) comissão de supervisão de 0.0067 por mil, por mês, com um limite de Euros 10,000, a favor da CMVM nos termos da Portaria 323/2002 de 27 de Março;

(b) comissão de gestão de 0.025 pontos base (basis point) por ano, a favor da Sociedade Gestora, nos termos do contrato de prestação de serviços de depositário celebrado em 2 de Dezembro de 2002 entre o Depositário e o Fundo (doravante "Contrato de Prestação de Serviços de

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(c) comissão de depósito de 0.005 pontos base (basis point) por ano, a favor do Depositário, nos termos do Contrato de Prestação de Serviços de Depositário;

(d) comissão de gestão dos Créditos de 1% por ano, a favor dos Gestores dos Créditos, nos termos do Contrato de Gestão de Créditos;

(e) comissão de 1000 Euros por ano a favor do Deusche Bank AG London enquanto este actuar como instituição de crédito na qual a conta bancária operacional do Fundo está sediada.

2. Às comissões acima descritas acrescerão os custos e despesas administrativas (tais como despesas com o registo do Fundo e as publicações relativas ao Fundo que nos termos legais tenham que ser feitas, despesas efectuadas com a contabilidade do Fundo incluindo pagamento de honorários aos revisores oficiais de contas e despesas efectuadas com a cobrança litigiosa dos Créditos) nas quais poderão incorrer a Sociedade Gestora, o Depositário e os Gestores dos Créditos, bem como despesas resultantes de prejuízos causados a estas entidades ou custos extraordinários suportados pelas mesmas no âmbito da execução das suas funções ao abrigo, respectivamente, do presente regulamento, do Contrato de Prestação de Serviços de Depositário e do Contrato de Gestão de Créditos, não sendo suportadas pelo Fundo as despesas os custos extraordinários ou os prejuízos causados à Sociedade Gestora, ao Depositário ou aos Gestores dos Créditos derivados do não cumprimento de obrigações por essas entidades nos termos em que as mesmas se encontram vinculadas, devendo tais despesas ou prejuízos ser integralmente suportados pelas mesmas, individualmente.

Artigo 5º - (Subscrição)

1. A subscrição das Unidades será realizada através do preenchimento e assinatura de impresso próprio para esse efeito a disponibilizar pela Sociedade Gestora. 2. Não será aplicada comissão de subscrição.

Artigo 6º - (Sociedade Gestora)

1. Navegator SGTC, S.A., com sede na Rua Castilho, 20, 1250-069 Lisboa, é responsável pela administração, gestão e representação do Fundo, exercendo as funções de sociedade gestora dos Créditos previstas na lei.

2. A Sociedade Gestora é detida, à data de constituição do Fundo, em 99.992% pelo Deutsche Bank (Portugal), S.A., instituição de crédito constituída nos termos da lei portuguesa, com sede na Rua Castilho, 20, 1250-069 Lisboa.

3. A Sociedade Gestora apenas poderá ser substituída nos termos da lei, mediante autorização prévia da CMVM.

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Artigo 7º - (Depositário)

As funções de depositário do Fundo, tal como previstas na lei e no Contrato de Prestação de Serviços de Depositário, serão exercidas pelo Deutsche Bank (Portugal) S.A., instituição de crédito com sede na Rua Castilho, 20, 1250-069 Lisboa, sem prejuízo da possibilidade da respectiva substituição por outra instituição de crédito autorizada para exercício desta actividade em Portugal, por decisão tomada pela Sociedade Gestora, nos termos da lei e do Contrato de Prestação de Serviços de Depositário e mediante autorização prévia da CMVM.

Artigo 8º - (Gestor dos Créditos)

1. As funções de gestor dos Créditos serão exercidas pela Sofinloc - Sociedade Financeira de Locação, S.A., com sede na Rua General Firmino Miguel, 5 –14º, 1600-100 Lisboa, Sofivenda - Sociedade de Financiamento de Vendas a Crédito, S.A., com sede Rua General Firmino Miguel, 5 - 14º, 1600-100 Lisboa e Sofinloc RENT - Comércio e Viaturas de Aluguer, Lda., com sede na Rua General Firmino Miguel, 5 – 3ºB, 1600-100 Lisboa.

2. Os Gestores dos Créditos podem ser substituídos nos termos do artigo 5º do Decreto Lei nº 453/99 de 5 de Novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 82/2002 de 5 de abril) e do Contrato de Gestão de Créditos.

Artigo 9º - (Detentores)

1. A aquisição da qualidade de Detentor no Fundo é feita na data de subscrição e pagamento das Unidades. A subscrição de Unidades implica aceitação do regulamento de gestão e confere à Sociedade Gestora os poderes necessários para realizar os actos de administração do Fundo.

2. Os Detentores têm direito:

(a) ao pagamento de rendimentos periódicos, calculados nos termos do presente regulamento de gestão e de acordo com as instruções da Sociedade Gestora ao Depositário tal como previsto no Contrato de Prestação de Serviços de Depositário;

(b) ao reembolso parcial antecipado do valor nominal das Unidades calculado nos termos do presente regulamento de gestão e de acordo com os respectivos procedimentos previstos no Contrato de Prestação de Serviços de Depositário;

(c) no âmbito do processo de liquidação e partilha do Fundo, à parte que proporcionalmente lhes competir relativamente ao montante remanescente depois de pagos os rendimentos periódicos e todas as demais despesas e encargos do Fundo;

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(e) a receber, sem quaisquer encargos, e no prazo de quinze dias contados da solicitação para o efeito, os relatórios anuais e semestrais do Fundo, da Sociedade Gestora, do Depositário e dos Gestores dos Créditos, nos termos do Contrato de Prestação de Serviços de Depositário.

Artigo 10º - (Cálculo do valor dos rendimentos periódicos e dos montantes do reembolso parcial antecipado do valor nominal das Unidades)

1. Os rendimentos periódicos e o reembolso parcial antecipado das Unidades serão pagos com periodicidade trimestral, sendo o primeiro pagamento efectuado a 25 de Fevereiro de 2003 e a partir dessa data no dia 25 após cada período consecutivo de 3 meses (ou caso tal dia não seja dia útil no dia útil seguinte), num montante equivalente à totalidade das receitas emergentes dos Créditos detidos pelo Fundo que hajam sido recebidas no período imediatamente anterior, (deduzindo, de acordo com o procedimento previsto no Contrato de Prestação de Serviços de Depositário, as despesas previstas no artigo 4º do presente Regulamento) da seguinte forma:

(a) as receitas do Fundo emergentes do pagamento de capital dos Créditos adquiridos (salvo os montantes correspondentes a pagamentos de capital que sejam recuperados após execução das garantias e demais mecanismos de execução do respectivo Crédito os quais somente serão utilizados após cobrança efectiva) serão utilizadas para reembolsar antecipada e parcialmente, de uma forma proporcional, o valor nominal das Unidades (com excepção das situações em que tais montantes possam ser aplicados, até 3 anos após a data de aquisição inicial dos Créditos, na reposição de Créditos do Fundo nos termos do Contrato de Prestação de Serviços de Depositário e do Contrato de Cessão de Créditos);

(b) o remanescente dos Créditos adquiridos pelo Fundo serão utilizadas para pagar os rendimentos periódicos das Unidades.

2. O risco de incumprimento dos Créditos corre por conta do Fundo e, em consequência, dos Detentores, os quais não terão direito a qualquer pagamento relativo às respectivas Unidades caso as receitas emergentes dos Créditos recebidas pelo Fundo se esgotem no pagamento das comissões, despesas e encargos do Fundo como estabelecido no artigo 4º.

Artigo 11º - (Obrigações da Sociedade Gestora)

No exercício das suas funções de Sociedade Gestora e representante legal do Fundo, a Sociedade Gestora actua por conta dos Detentores e no interesse exclusivo destes, competindo-lhe, em geral, a prática de todos os actos e operações necessários à boa administração do Fundo e do seu património, de acordo com critérios de elevada diligência e competência profissional, e, em especial:

(a) aplicar os montantes resultantes da subscrição inicial das Unidades na aquisição dos Créditos, de acordo com a lei e o regulamento de gestão;

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(b) notificar, caso seja necessário, os devedores de Créditos relativamente à cessão dos mesmos e promover, caso o entenda necessário, no interesse dos Detentores, o averbamento dessa transmissão na Conservatória do Registo Automóvel; (c) calcular e mandar efectuar os pagamentos correspondentes aos rendimentos das

Unidades;

(d) pagar as despesas que, nos termos autorizados pelo regulamento de gestão, caiba ao Fundo suportar;

(e) adquirir e alienar quaisquer activos e exercer os direitos directa ou indirectamente relacionados com o activo do Fundo;

(f) praticar todos os actos e celebrar todos os contratos necessários ou convenientes para a emissão das Unidades;

(g) seleccionar os Créditos que devem constituir o património do Fundo, de acordo com a lei e a política de investimentos prevista neste regulamento de gestão, e efectuar ou dar instruções ao Depositário para que este efectue as operações adequadas à execução dessa política;

(h) representar o Fundo perante quaisquer entidades de supervisão e informar a CMVM, sempre que esta o solicite, as aplicações realizadas;

(i) manter em ordem as contas do Fundo;

(j) dar cumprimento aos deveres de informação estabelecidos por lei ou pelo regulamento de gestão;

(k) autorizar a alienação de Créditos do Fundo, nos casos previstos no nº 5 do artigo 12º do Decreto Lei 453/99 de 5 de Novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 82/2002 de 5 de Abril).

Artigo 12º - (Obrigações do Depositário)

No exercício da sua função de instituição depositária nos termos do Contrato de Prestação de Serviços de Depositário compete ao Depositário:

(a) receber, em depósito, todos os valores do Fundo e guardar todos os documentos e outros meios probatórios relativos aos Créditos que integrem o Fundo e que não tenham sido conservados pelo respectivo Cedente;

(b) efectuar todas as aplicações financeiras relativas aos Créditos do Fundo nos termos das instruções dadas pela Sociedade Gestora;

(c) pagar aos Detentores das Unidades, nos termos das instruções transmitidas pela Sociedade Gestora, os rendimentos periódicos e proceder ao reembolso das Unidades;

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(d) executar as demais instruções que lhe sejam transmitidas pela Sociedade Gestora;

(e) no caso de ser revogada pelo Banco de Portugal a autorização dada à Sociedade Gestora para o exercício das suas funções ou se verificar outra causa de dissolução da Sociedade Gestora, propor à CMVM a substituição da Sociedade Gestora;

(f) assegurar que, nas operações relativas aos activos que integram o Fundo a respectiva contrapartida seja paga e entregue nos prazos conformes à prática do mercado;

(g) assegurar que os rendimentos do Fundo sejam aplicados em conformidade com a lei e o regulamento de gestão;

(h) assumir uma função de vigilância e garantir perante os Detentores de Unidades o cumprimento do regulamento de gestão do Fundo.

Artigo 13º - (Responsabilidade da Sociedade Gestora e do Depositário)

A Sociedade Gestora e o Depositário respondem solidariamente perante os Detentores por todos os compromissos assumidos nos termos da lei e do presente regulamento, bem como pelo rigor da informação constante no presente regulamento de gestão.

Artigo 14º - (Contas do Fundo)

As contas do Fundo são encerradas a 31 de Dezembro de cada ano e serão certificadas por um revisor oficial de contas que não integre o Conselho Fiscal da Sociedade Gestora ou do Depositário, nomeadamente por Belarmino Martins, Eugénio Ferreira e Associados, SROC, com sede na Avenida da Liberdade, 245, 8ºC, Lisboa, inscrita na Câmara dos Revisores Oficiais de Contas sob o número 39, representada por António A. H. Assis.

Artigo 15º - Liquidação e Partilha

1. Os Detentores das Unidades não podem exigir a liquidação e partilha do Fundo. 2. O Fundo deverá ser liquidado e partilhado no termo do respectivo prazo de

duração.

3. O Fundo poderá ser liquidado e partilhado antes do termo acima referido nos seguintes casos:

(a) os respectivos activos residuais representem menos de 10% do montante de Créditos detidos pelo Fundo no momento de sua constituição ou em qualquer momento após aquisição pelo Fundo de novos Créditos nos termos do artigo 1º, nº5 (a);

(b) por determinação da Sociedade Gestora, caso apenas um Detentor detenha a totalidade das Unidades;

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(c) por determinação da CMVM no caso de ser revogada a autorização da Sociedade Gestora ou de se verificar outra causa de dissolução da Sociedade Gestora, não sendo esta substituída.

4. No caso previsto no número 3 (b) do presente artigo, a Sociedade Gestora apenas poderá liquidar o Fundo caso, cumulativamente:

(a) o Detentor único seja ou continue a ser entidade que tenha emitido valores mobiliários cujo prospecto de emissão ou documento similar refira terem tais valores sido emitidos para subscrição ou aquisição das Unidades;

(b) o Detentor único:

(i) tenha incorrido em incumprimento relativamente aos valores mobiliários referidos em (a) acima ou os titulares desses valores mobiliários ou o respectivo representante apresentem notificação formal extrajudicial ou reclamem judicialmente os seus créditos; ou

(ii) tenha por qualquer motivo, nomeadamente a alteração da lei fiscal, direito a proceder ao reembolso antecipado dos valores mobiliários referidos em (a) acima e exerça tal direito;

(c) a liquidação seja do interesse do Detentor único.

5. No caso previsto no número anterior, a Sociedade Gestora ou qualquer parte interessada, designadamente os titulares dos valores mobiliários emitidos pelo Detentor ou o seu representante, notificará a CMVM no prazo de 10 dias úteis da emissão dos valores mobiliários, ou da ocorrência de incumprimento, ou do accionamento judicial dos créditos emergentes dos referidos valores mobiliários, ou da data em que o Detentor tenha direito a proceder ao reembolso antecipado dos referidos valores mobiliários, devendo tal notificação ser prévia à liquidação do Fundo.

6. Aplicam-se às liquidações referidas nos números 3 (b) e (c) do presente artigo as regras seguintes:

(a) Os Créditos que integram o património do Fundo serão transmitidos, nos termos do nº 5 do artigo 12º e nº 5 do artigo 38º do Decreto Lei 453/99, de 5 de Novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 82/2002 de 5 de Abril);

(b) O preço da transmissão dos Créditos deverá ser objecto de relatório de auditor registado na CMVM;

(c) Para além dos casos em que o Cedente acorde a sua aquisição, os Créditos poderão ser transmitidos a:

(i) sociedade de titularização de créditos, fundos de titularização de créditos ou outros veículos de titularização de créditos que venham a ser autorizados por lei;

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(ii) instituições de crédito autorizadas em Portugal, sem que seja aplicável o nº 5 do artigo 12º do Decreto Lei 453/99, de 5 de Novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 82/2002 de 5 de Abril);

(iii) outras entidades, no caso dos créditos transmitidos não serem susceptíveis de titularização nos termos do artigo 4º do Decreto Lei 453/99, de 5 de Novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 82/2002 de 5 de Abril);

(d) No caso da alínea (c) (i) do presente número, a transmissão de Créditos do Fundo não implicará alteração na gestão de créditos cedidos que sejam abrangidos pelo nº 1 do artigo 5º do Decreto Lei 453/99, de 5 de Novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 82/2002 de 5 de Abril), prevendo o Contrato de Gestão de Créditos a transmissão da posição contratual do adquirente dos créditos em caso de liquidação do Fundo.

7. A conta de liquidação do Fundo e a aplicação dos montantes apurados deve ser objecto de apreciação por auditor registado na CMVM.

8. No caso referido no número 3 (a) do presente artigo, os créditos que integrem o Fundo à data de liquidação poderão ser transmitidos pelo seu valor actual ao respectivo Cedente mediante acordo deste.

Artigo 16º - (Regulamento de Gestão)

1. As alterações a este regulamento de gestão têm de ser previamente aprovadas pela CMVM, nos termos legalmente previstos e serão sempre publicadas no boletim de cotação da Euronext Lisboa.

2. As alterações de que resulte um aumento das comissões a apagar pelo Fundo, nos termos e em conformidade com o estabelecido no Contrato de Gestão de Créditos ou no Contrato de Prestação de Serviços de Depositário ou alterações à política de investimentos, serão também notificadas aos Detentores e entrarão em vigor 30 dias após as referidas notificações.

3. A substituição do Depositário, em conformidade com os termos do Contrato de Prestação de Serviços de Depositário, depende da autorização da CMVM, devendo a autorização ser publicada no boletim de cotação da Euronext Lisboa com antecedência de 15 dias sobre a data em que a substituição produzirá os seus efeitos.

Artigo 17º - (Conflitos)

Para todas as questões emergentes deste regulamento de gestão relacionadas com a administração e actividade do Fundo é competente o Foro Cível da Comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro.

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