1 Ministério da Educação
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
Sertãozinho Novembro/2016
2 PRESIDENTA DA REPÚBLICA
Michel Miguel Elias Temer Lulia
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
José Mendonça Bezerra Filho
SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Eline Neves Braga Nascimento
REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
Eduardo Antonio Modena
PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E INFORMAÇÃO
Whisner Fraga Mamede
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO
Paulo Fernandes Júnior
PRÓ-REITOR DE ENSINO
Reginaldo Vitor Pereira
PRÓ-REITOR DE PESQUISA, INOVAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
Elaine Inácio Bueno
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO
Wilson de Andrade Matos
DIRETOR-GERAL DO CÂMPUS
3 RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO CURSO
Núcleo Docente Estruturante (NDE), Pedagogo e Colaboradores:
NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE DO CURSO
Ana Paula Almeida Saldanha da Silva ________________________________________
Fernando Silva Teruel ________________________________________
Francisco de Araújo Silva ________________________________________
Gisele Baraldi Messiano ________________________________________
Lucimar Aparecida Moreira Falcão ________________________________________
Paula Garcia da Costa Petean ________________________________________
Rubens Francisco Ventrici de Souza ________________________________________
PEDAGOGO
Leonardo Freitas Sacramento ________________________________________
COLABORADORES
Alexandre Henrique de Martini
Bruna Gomes Delanhese
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Evelyn Jeniffer de Lima Toledo
Maria Beatriz Gameiro Cordeiro
Mauro Prato
Olavo Henrique Menin
Patrícia Aparecida Pinheiro
Paulo Sérgio Adami
Paulo Sérgio Calefi
5 SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO... 7 1.1. IDENTIFICAÇÃO DO CÂMPUS ... 8 1.2.MISSÃO ... 9 1.3.CARACTERIZAÇÃO EDUCACIONAL ... 9 1.4.HISTÓRICO INSTITUCIONAL ... 9
1.5.HISTÓRICO DO CÂMPUS E SUA CARACTERIZAÇÃO ... 11
2. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO ... 14
2.1.JUSTIFICATIVA PARA REFORMULAÇÃO DO CURSO ... 15
3. OBJETIVOS DO CURSO ... 16
3.1.OBJETIVO GERAL ... 16
3.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 16
4. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ... 20
5. FORMAS DE ACESSO AO CURSO ... 20
6. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA ... 21
6.1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: COMUM A TODOS OS CURSOS SUPERIORES ... 21
6.2. LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL ... 22
6.3.PARA CURSOS DE LICENCIATURA ... 23
6.4 PARA LICENCIATURA EM QUÍMICA ... 23
7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ... 23
7.1.IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ... 25
7.2.ESTRUTURA CURRICULAR ... 26
7.3.REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PERFIL DE FORMAÇÃO ... 27
7.4.PRÉ-REQUISITOS ... 27
7.5.EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS ... 30
7.6.EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA ... 32
7.7.EDUCAÇÃO AMBIENTAL ... 33
7.8.DISCIPLINA DE LIBRAS ... 34
7.9.PLANOS DE ENSINO ... 35
8. METODOLOGIA ... 138
9. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ... 138
10. DISCIPLINAS SEMI-PRESENCIAIS E/OU A DISTÂNCIA ... 140
11. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ... 141
12. PRÁTICAS COMO COMPONENTE CURRICULAR ... 145
13. ATIVIDADES TEÓRICO-PRÁTICAS ... 146
14. ATIVIDADES DE PESQUISA ... 150
15. ATIVIDADES DE EXTENSÃO ... 153
16. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ... 154
17 APOIO AO DISCENTE ... 155
18. AÇÕES INCLUSIVAS ... 156
19. AVALIAÇÃO DO CURSO ... 157
6
20.1. NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ... 158
20.2. COORDENAÇÃO DO CURSO ... 159
20.3. COLEGIADO DE CURSO... 159
20.4. CORPO DOCENTE ... 160
20.5. CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO / PEDAGÓGICO ... 161
20.6.COORDENADORIA SOCIOPEDAGÓGICA ... 164
21. BIBLIOTECA ... 166
21.1.ACERVO DA ÁREA DE QUÍMICA ... 167
22. INFRAESTRUTURA FÍSICA ... 178
22.1. ACESSIBILIDADE ... 178
22.2. LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA ... 179
22.3. LABORATÓRIOS ESPECÍFICOS ... 179
23. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 183
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1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo SIGLA: IFSP
CNPJ: 10882594/0001-65
NATUREZA JURÍDICA: Autarquia Federal
VINCULAÇÃO: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (SETEC)
ENDEREÇO: Rua Pedro Vicente, 625 – Canindé – São Paulo/Capital CEP: 01109-010
TELEFONE: (11) 3775-4502 (Gabinete do Reitor) FACSÍMILE: (11) 3775-4501
PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://www.ifsp.edu.br ENDEREÇO ELETRÔNICO: gab@ifsp.edu.br
DADOS SIAFI: UG: 158154 GESTÃO: 26439
NORMA DE CRIAÇÃO: Lei nº 11.892 de 29/12/2008
NORMAS QUE ESTABELECERAM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ADOTADA NO PERÍODO: Lei Nº 11.892 de 29/12/2008
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1.1. Identificação do Câmpus
NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
Câmpus Sertãozinho SIGLA: IFSP - SRT
CNPJ: 10882594/0004-08
ENDEREÇO: Rua Américo Ambrósio, 269 – Jardim Canaã, Sertãozinho - SP
CEP: 14169-263
TELEFONES: (16) 39461170
PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://ifsp.edu.br/
ENDEREÇO ELETRÔNICO: http://srt.ifsp.edu.br/ DADOS SIAFI: UG: 153026
GESTÃO: 15220
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1.2. Missão
Consolidar uma práxis educativa que contribua para a inserção social, a formação integradora e a produção do conhecimento.
1.3. Caracterização Educacional
A Educação Científica e Tecnológica ministrada pelo IFSP é entendida como um conjunto de ações que buscam articular os princípios e aplicações científicas dos conhecimentos tecnológicos à ciência, à técnica, à cultura e às atividades produtivas. Esse tipo de formação é imprescindível para o desenvolvimento social da nação, sem perder de vista os interesses das comunidades locais e suas inserções no mundo cada vez definido pelos conhecimentos tecnológicos, integrando o saber e o fazer por meio de uma reflexão crítica das atividades da sociedade atual, em que novos valores reestruturam o ser humano. Assim, a educação exercida no IFSP não está restrita a uma formação meramente profissional, mas contribui para a iniciação na ciência, nas tecnologias, nas artes e na promoção de instrumentos que levem à reflexão sobre o mundo, como consta no PDI institucional.
1.4. Histórico Institucional
O primeiro nome recebido pelo Instituto foi o de Escola de Aprendizes e Artífices de São Paulo. Criado em 1910, inseriu-se dentro das atividades do governo federal no estabelecimento da oferta do ensino primário, profissional e gratuito. Os primeiros cursos oferecidos foram os de tornearia, mecânica e eletricidade, além das oficinas de carpintaria e artes decorativas.
O ensino no Brasil passou por uma nova estruturação administrativa e funcional no ano de 1937 e o nome da Instituição foi alterado para Liceu Industrial de São Paulo, denominação que perdurou até 1942. Nesse ano, através de um Decreto-Lei, introduziu-se a Lei Orgânica do Ensino Industrial, refletindo a decisão governamental de realizar profundas alterações na organização do ensino técnico.
A partir dessa reforma, o ensino técnico industrial passou a ser organizado como um sistema, passando a fazer parte dos cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação. Um decreto posterior, o de nº 4.127, também de 1942, deu-se a
10 criação da Escola Técnica de São Paulo, visando à oferta de cursos técnicos e de cursos pedagógicos.
Esse decreto, porém, condicionava o início do funcionamento da Escola Técnica de São Paulo à construção de novas instalações próprias, mantendo-a na situação de Escola Industrial de São Paulo enquanto não se concretizassem tais condições. Posteriormente, em 1946, a escola paulista recebeu autorização para implantar o Curso de Construção de Máquinas e Motores e o de Pontes e Estradas.
Por sua vez, a denominação Escola Técnica Federal surgiu logo no segundo ano do governo militar, em ação do Estado que abrangeu todas as escolas técnicas e instituições de nível superior do sistema federal. Os cursos técnicos de Eletrotécnica, de Eletrônica e Telecomunicações e de Processamento de Dados foram, então, implantados no período de 1965 a 1978, os quais se somaram aos de Edificações e Mecânica, já oferecidos.
Durante a primeira gestão eleita da instituição, após 23 anos de intervenção militar, houve o início da expansão das unidades descentralizadas – UNEDs, sendo as primeiras implantadas nos municípios de Cubatão e Sertãozinho.
Já no segundo mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso, a instituição tornou-se um Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), o que possibilitou o oferecimento de cursos de graduação. Assim, no período de 2000 a 2008, na Unidade de São Paulo, foi ofertada a formação de tecnólogos na área da Indústria e de Serviços, além de Licenciaturas e Engenharias.
O CEFET-SP transformou-se no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) em 29 de dezembro de 2008, através da Lei nº 11.892, sendo caracterizado como instituição de educação superior, básica e profissional.
Nesse percurso histórico, percebe-se que o IFSP, nas suas várias caracterizações (Escolas de Artífices, Liceu Industrial, Escola Industrial, Escola Técnica, Escola Técnica Federal e CEFET), assegurou a oferta de trabalhadores qualificados para o mercado, bem como se transformou numa escola integrada no nível técnico, valorizando o ensino superior e, ao mesmo tempo, oferecendo oportunidades para aqueles que não conseguiram acompanhar a escolaridade regular.
11 Além da oferta de cursos técnicos e superiores, o IFSP – que atualmente conta com trinta câmpus, três câmpus avançados e um núcleo avançado – contribui para o enriquecimento da cultura, do empreendedorismo e cooperativismo e para o desenvolvimento socioeconômico da região de influência de cada câmpus. Atua também na pesquisa aplicada destinada à elevação do potencial das atividades produtivas locais e na democratização do conhecimento à comunidade em todas as suas representações.
Figura 1: Mapa dos Câmpus do IFSP no Estado de São Paulo, 2016.
1.5. Histórico do Câmpus e sua caracterização
A história do Câmpus Sertãozinho, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, começou em 1996, por meio de um convênio de Cooperação Técnica envolvendo a Prefeitura de Sertãozinho, a Secretaria de Educação Média e Tecnológica e o então Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo. Com esse acordo, foi criada uma Unidade do Centro Federal de
12 Educação Tecnológica de São Paulo na cidade, oferecendo cursos de qualificação profissional.
A partir de 1999, a Escola passou a oferecer o Curso Técnico em Mecânica. No modelo integrado, esse curso garantia o diploma de Técnico em Mecânica e a conclusão do Ensino Médio, possibilitando a continuidade dos estudos em nível superior. Em paralelo, continuaram a ser oferecidos cursos de qualificação profissional, alguns deles realizados em parcerias com entidades não governamentais, como é o caso da Associação para Proteção dos Adolescentes Trabalhadores - ADOT.
No ano 2000, a Unidade passou a oferecer o curso Técnico em Automação Industrial, na modalidade concomitante ou subsequente, não sendo mais ofertado o Curso Técnico Integrado em Mecânica. Dadas as diretrizes legais vigentes na época, o Curso Técnico em Automação Industrial não oferecia a formação de nível médio, mas somente a formação técnica, e poderia ser cursado por aqueles que estivessem cursando o ensino médio em outra instituição ou que já possuíssem esse diploma.
De 1996 a 2002, não houve, por parte do MEC, uma definição clara acerca da forma de gestão de uma entidade que não apresentava uma conformação institucional definida. Esta situação impediu a estruturação da Escola, do ponto de vista de recursos materiais e humanos.
Em 2002, a alternativa apontada pelo MEC para a manutenção da Escola foi a apresentação de um Projeto PROEP, via segmento comunitário, e nesse contexto foi criada a Fundação para o Desenvolvimento Educacional e Cultural da Alta Mogiana - FUNDAM, cuja finalidade principal foi de manter o "Centro de Educação Tecnológica Professor Carlos Alberto Sarti", entidade na qual deveria ser transformada, segundo proposto no Projeto PROEP, a UNED - Sertãozinho do CEFET - SP. O Governo Federal cancelou o Projeto aprovado para a construção do "Centro de Educação Tecnológica Professor Carlos Alberto Sarti", por reconhecer a não necessidade de transformação da Unidade de Ensino Descentralizada de Sertãozinho, entendendo tratar-se, de fato, de uma Escola pertencente à rede federal de ensino.
Após a estruturação da escola, e com o apoio da Secretaria de Estado da Educação, por meio de convênio, a escola passou a oferecer, além do Técnico
13 Industrial em Automação Industrial e outros cursos de qualificação profissional, o Curso Técnico em Gestão Empresarial e Qualificação Profissional de Nível Técnico para a formação de Soldadores, Caldeireiros e Mecânicos de Produção e de Manutenção.
Nos anos 2003 e 2004, houve a oferta do Programa Especial de Formação Pedagógica, ministrado em convênio com a Associação de Pais e Mestres de Apoio Institucional ao CEFETSP-APM/CEFETSP. Esse programa destinava-se à formação de docentes para atuação no magistério da Educação Profissional, atendendo a demanda de profissionais da rede federal e estadual de educação profissionalizante.
Apenas no ano de 2004 a Escola passou a contar com professores do quadro do CEFETSP, num total de 15 docentes. Em 2005, foi reiniciado o Curso Técnico em Mecânica e em 2006 implementados os Cursos Técnicos Integrados na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, em Administração e Mecânica.
Em 2008, com a mudança e ampliação da sede da instituição, passam a ser oferecidos os Cursos de Tecnologia em Fabricação Mecânica e Tecnologia em Automação Industrial, em nível superior, bem como o Curso de Licenciatura em Química. O Curso Técnico em Automação Industrial é convertido em Curso Técnico Integrado em Automação Industrial, na modalidade Regular, e é criado o Curso Técnico Integrado em Química, também na modalidade regular.
A partir da lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, a UNED Sertãozinho passa a ser entendida como Câmpus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Em 2010, foi realizado o 1º pleito democrático, que elegeu o Prof. Lacyr João Sverzut como Diretor Geral.
Em 2011 foram criados os cursos Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, cuja primeira turma formou-se em 2013, sendo reconhecido pelo MEC com nota quatro, e o Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes da Educação Profissional em Nível Médio, também reconhecido com nota 4. Em 2013 foi criado o Curso Superior de Graduação em Engenharia Mecânica, cujas aulas ocorrem no período noturno.
No ano de 2015, como vem sendo realizado nos últimos anos, na edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o câmpus promoveu diversas atividades como palestras, minicursos, oficinas e feira de ciências, focadas principalmente nas
14 áreas dos cursos oferecidos no Câmpus Sertãozinho. Na oportunidade, 1.100 alunos de escolas de Sertãozinho e região, além da comunidade interna e externa, visitaram a feira e os projetos apresentados.
Recentemente, com cerca de vinte anos de história, o Câmpus Sertãozinho inaugurou um novo bloco para salas de aula, laboratórios e salas de atendimento de professores.
A instituição encontra-se estruturada por meio de uma proposta inovadora de gestão: a parceria entre o poder público, federal e municipal, e a sociedade civil organizada, tem apresentado resultados positivos do ponto de vista de sua solidificação junto ao município de Sertãozinho e região.
2. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO
No relatório “Escassez de professores no ensino médio: soluções estruturais e emergenciais”, publicado em maio de 2007 pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), é apontado que um número cada vez menor de jovens segue a carreira do magistério. Para suprir a carência de professores no ensino médio, o país precisaria de aproximadamente 235 mil docentes, particularmente nas disciplinas de física, química, matemática e biologia.
Em dezembro de 2007, o Ministério da Educação divulgou os resultados de um estudo mostrando que sete em cada dez professores de Ciências não apresentam formação específica nas respectivas áreas de atuação: Ciências, Biologia, Física e Química1.
Diante deste contexto, os Institutos Federais têm como um de seus objetivos oferecer cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, visando à formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a educação profissional. No Art. 8º da Lei nº 11.891, no desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Instituto Federal, em cada exercício, deverá garantir o mínimo de 20% (vinte por cento) de suas vagas para atender os cursos de licenciatura, previsto na alínea b do inciso VI do caput do citado art. 7º.
1
Vide: /http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2007/12/01/327404410.asp , publicada em 01/12/2007, acesso em 26/07/2008
15 Para atender à necessidade do mercado regional e nacional em suprir a escassez de pessoal qualificado e, considerando que o setor acadêmico é responsável pela geração e disseminação dos conhecimentos na área e pela formação das gerações futuras do país, o Câmpus Sertãozinho em consonância com as ações do governo federal através do Art. 7 da lei de criação dos Institutos Federais (11.892 de 29 de dezembro de 2008), oferece o curso de Licenciatura em Química, assumindo o compromisso de formar profissionais capacitados e comprometidos com a qualidade da educação científico-tecnológica. Para isso, o IFSP conta com um corpo docente nas áreas de ciências e de educação com ótimo nível de qualificação acadêmica e excelente experiência profissional. O mesmo é válido para outras áreas que dispõem de docentes titulados e com experiência em educação científica e tecnológica.
2.1. Justificativa para Reformulação do Curso
A reformulação do PPC atual visa atender à urgência de adequação de ementas e necessidade de ajuste da carga horária em cumprimento à Resolução CNE/CP 2, de 2 de julho de 2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior dos cursos de licenciatura, formação pedagógica e formação continuada, além da reestruturação do curso com vistas à futura implementação do curso de Licenciatura em Ciências Exatas.
Na estrutura curricular proposta será ofertada nos dois primeiros anos do curso, as disciplinas comuns às áreas de química, física e matemática e a partir do quinto semestre, serão oferecidas as disciplinas específicas. O PPC que está sendo proposto sofreu grandes alterações em relação ao PPC que está em vigência atualmente, principalmente com relação à estrutura curricular, planos de ensino, pré-requisitos, normas das atividades teórico-práticas de aprofundamento em áreas específicas de interesse dos estudantes, estágio supervisionado, educação ambiental, dentre outras.
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3. OBJETIVOS DO CURSO
3.1. Objetivo Geral
Formar educadores comprometidos com uma educação científico-tecnológica de qualidade, com uma visão abrangente de Química. O profissional terá competências para o desenvolvimento de estratégias que permitam aos alunos do Ensino Fundamental e Médio uma melhor apreensão dos fenômenos da natureza, despertando o seu espírito científico, instigando a sua curiosidade e aumentando o seu interesse pela Ciência, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes, críticos e com responsabilidade social, econômica e ambiental.
3.2. Objetivos Específicos
Conforme Parecer CNE/CES nº 1.303 de 6 de novembro de 2001, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química, o Licenciado em Química deve:
Com relação à compreensão da Química
Compreender os conceitos, leis e princípios da Química;
Conhecer as propriedades físicas e químicas principais dos elementos e compostos, que possibilitem entender e prever o seu comportamento físico-químico, aspectos de reatividade, mecanismos e estabilidade;
Acompanhar e compreender os avanços científico-tecnológicos e educacionais;
Reconhecer a Química como uma construção humana e compreender os aspectos históricos de sua produção e suas relações com o contexto cultural, socioeconômico e político.
Com relação ao ensino de Química
Refletir de forma crítica a sua prática em sala de aula, identificando problemas de ensino/aprendizagem;
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Compreender e avaliar criticamente os aspectos sociais, tecnológicos, ambientais, políticos e éticos relacionados às aplicações da Química na sociedade;
Saber trabalhar em laboratório e saber usar a experimentação em Química como recurso didático;
Possuir conhecimentos básicos do uso de computadores e sua aplicação em ensino de Química;
Possuir conhecimento dos procedimentos e normas de segurança no trabalho;
Conhecer teorias psicopedagógicas que fundamentam o processo de ensino-aprendizagem, bem como os princípios de planejamento educacional;
Conhecer os fundamentos, a natureza e as principais pesquisas de ensino de Química;
Conhecer e vivenciar projetos e propostas curriculares de ensino de Química;
Ter atitude favorável à incorporação, na sua prática, dos resultados da pesquisa educacional em ensino de Química, visando solucionar os problemas relacionados ao ensino/aprendizagem.
Com relação à formação pessoal
Possuir conhecimento sólido e abrangente na área de atuação, com domínio das técnicas básicas de utilização de laboratórios, bem como dos procedimentos necessários de primeiros socorros, nos casos dos acidentes mais comuns em laboratórios de Química;
Possuir capacidade crítica para analisar de maneira conveniente os seus próprios conhecimentos: assimilar os novos conhecimentos científicos e/ou educacionais e refletir sobre o comportamento ético que a sociedade espera de sua atuação e de suas relações com o contexto cultural, socioeconômico e político;
Identificar os aspectos filosóficos e sociais que definem a realidade educacional;
Identificar o processo de ensino/aprendizagem como processo humano em construção;
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Ter uma visão crítica com relação ao papel social da Ciência e à sua natureza epistemológica, compreendendo o processo histórico-social de sua construção;
Com relação à busca de informação e à comunicação e expressão
Saber identificar e fazer busca nas fontes de informações relevantes para a Química, inclusive as disponíveis nas modalidades eletrônica e remota, que possibilitem a contínua atualização técnica, científica, humanística e pedagógica;
Ler, compreender e interpretar os textos científico-tecnológicos em idioma pátrio e estrangeiro (especialmente inglês e/ou espanhol);
Saber interpretar e utilizar as diferentes formas de representação (tabelas, gráficos, símbolos, expressões etc.);
Saber escrever e avaliar criticamente os materiais didáticos, como livros, apostilas, “kits”, modelos, programas computacionais e materiais alternativos;
Demonstrar bom relacionamento interpessoal e saber comunicar corretamente os projetos e resultados de pesquisa na linguagem educacional, oral e escrita (textos, relatórios, pareceres, “posters”, internet, etc.) em idioma pátrio.
Com relação à profissão
Ter consciência da importância social da profissão como possibilidade de desenvolvimento social e coletivo;
Ter capacidade de disseminar e difundir e/ou utilizar o conhecimento relevante para a comunidade;
Atuar no magistério, em nível de ensino fundamental e médio, de acordo com a legislação específica, utilizando metodologia de ensino variada, contribuir para o desenvolvimento intelectual dos estudantes e para despertar o interesse científico em adolescentes; organizar e usar laboratórios de Química; escrever e analisar criticamente livros didáticos e paradidáticos e indicar bibliografia para o ensino de Química; analisar e elaborar programas para esses níveis de ensino;
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Exercer a sua profissão com espírito dinâmico, criativo, na busca de novas alternativas educacionais, enfrentando como desafio as dificuldades do magistério;
Conhecer criticamente os problemas educacionais brasileiros;
Identificar no contexto da realidade escolar os fatores determinantes no processo educativo, tais como o contexto socioeconômico, política educacional, administração escolar e fatores específicos do processo de ensino-aprendizagem de Química;
Assumir conscientemente a tarefa educativa, cumprindo o papel social de preparar os alunos para o exercício consciente da cidadania;
Desempenhar outras atividades na sociedade, para cujo sucesso uma sólida formação universitária seja importante fator.
Assim sendo, o objetivo desse projeto é a formação de professores que futuramente:
Atuem solidária e efetivamente para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da sociedade por meio da geração e compreensão do saber, comprometida com a qualidade e com valores éticos.
Cumpram o preceito constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para o avanço do Ensino das Ciências, particularmente de Química.
Possuam visão crítica que proporcione a intervenção adequada em distintos campos de atividade profissional.
Tenham preocupação com a dimensão ética nas áreas de atuação profissional.
Possam lidar com as demandas sociais emergentes na educação. Possuam autonomia e responsabilidade social, sendo capazes de:
1) tomar decisões, envolvendo a seleção, adaptação e elaboração de conteúdos, recursos, estratégias e atividades de ensino, centradas na preocupação com a disseminação do conhecimento científico do trabalho com uma concepção adequada de ciência;
20 2) analisar criticamente seu próprio trabalho pedagógico, a realidade específica em que atuam em suas dimensões sociais, políticas, culturais e trabalhar na perspectiva da construção de novos conhecimentos pelos alunos.
4. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO
O licenciado em Química está apto para atuar como docente em Química nos níveis fundamental e médio da Educação Básica, pois tem uma formação acadêmica generalista, porém sólida e abrangente em conteúdos das diversas áreas da Química. Este profissional domina os métodos e técnicas pedagógicas que permitem a mediação da aprendizagem nos diferentes níveis de ensino. Está apto para abordar os conteúdos de ensino de modo contextualizado, estabelecendo um diálogo permanente com as outras áreas do conhecimento, buscando a interdisciplinaridade.
Além da docência na área de Química, o licenciado é capaz de elaborar e conduzir atividades de divulgação científica e exercer demais atividades da área Química (pesquisa, extensão, laboratório e indústria) que sejam compatíveis com as suas habilidades, competências e atribuições.
Os profissionais do Curso de Licenciatura se atenderem as exigências do CRQ (Resolução Normativa nº 36/74, do Conselho Federal de Química) receberão atribuições compatíveis com a carga horária das disciplinas cursadas.
5. FORMAS DE ACESSO AO CURSO
O curso de Licenciatura em Química oferecerá anualmente 40 vagas para o período matutino. Os candidatos às vagas deverão ter concluído o Ensino Médio ou equivalente.
O ingresso ao curso será por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU), de responsabilidade do MEC, e processos simplificados para vagas remanescentes, por meio de edital específico, a ser publicado pelo IFSP no endereço eletrônico www.ifsp.edu.br. Outras formas de acesso previstas são: reopção de curso, transferência externa, ou por outra forma definida pelo IFSP.
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6. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA
6.1. Fundamentação Legal: comum a todos os cursos superiores
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá outras providências.
Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes.
Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002, que regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis no 10.048, de 8 de novembro de 2000, dando prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências.
Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino.
Decreto nº 8.368, de 02 de dezembro de 2014, que regulamenta a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
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Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004, que dispõe sobre a educação das relações étnico-raciais e história e cultura afro-brasileira e indígena.
Resolução CNE/CES nº 3, de 2 de julho de 2007, que dispõe sobre procedimentos a serem adotados quanto ao conceito de hora-aula e dá outras providências.
Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de maio de 2012, Parecer CNE/CP nº 8, de 06 de março de 2012, que estabelecem Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos.
Resolução CNE nº 3, de 14 de outubro de 2010, que dispõe sobre normas e procedimentos para credenciamento e recredenciamento de universidades do Sistema Federal de Ensino.
Portaria MEC nº 40, de 12 de dezembro de 2007, reeditada em 29 de dezembro de 2010, que institui o e-MEC, processos de regulação, avaliação e supervisão da educação superior no sistema federal de educação, entre outras disposições.
6.2. Legislação Institucional
Portaria nº. 1204/IFSP, de 11 de maio de 2011, que aprova o Regulamento de Estágio do IFSP.
Resolução nº 871, de 04 de junho de 2013, que aprova o Regimento Geral.
Resolução nº 872, de 04 de junho de 2013, que aprova o Estatuto do IFSP.
Resolução nº 866, de 04 de junho de 2013, que aprova o Projeto Pedagógico Institucional (PDI).
Resolução nº 859, de 07 de maio de 2013, que aprova a Organização Didática.
Resolução nº 22, de 31 de março de 2015, que define os parâmetros de carga horária para os cursos Técnicos, PROEJA e de Graduações do IFSP.
Resolução nº 26, de 11 de março de 2014, que delega competência ao Pró-Reitor de Ensino para autorizar a implementação de atualizações em Projetos Pedagógicos de Cursos pelo Conselho Superior.
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6.3. Para Cursos de Licenciatura
Resolução CNE/CP nº 2, de 01 de julho de 2015, Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada.
Parecer CNE/CP no 9, de 8 de maio de 2001. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.
Parecer CNE/CP 28, de 2 de outubro de 2001. Dá nova redação ao Parecer CNE/CP 21/2001, que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.
Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012. Estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos.
6.4. Para Licenciatura em Química
Parecer CNE/CES n 1.303, de 6 de novembro de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química
Resolução CNE/CES n 8, de 11 de março de 2002. Estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Química
7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Tomando o PDI do IFSP como eixo norteador, destaca-se que a formulação, organização e sequência do conhecimento escolar estão integradas a uma visão de cultura, de educação e de currículo global e integral, no qual se evita a perspectiva conteudista.
A organização curricular do Curso Superior de Licenciatura em Química observa as determinações legais presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN nº 9.394/96, no parecer CNE/CES 1303 de 6 de novembro de 2001, na resolução CNE/CES no 8 de 11 de março de 2002 e na
24 Organização Didática dos Cursos ofertados pelo IFSP. A carga horária do curso foi definida de acordo com a resolução CNE/CP 02/2015, nº 02, de 01 de julho de 2015:
§ 1º Os cursos de que trata o caput terão, no mínimo, 3.200 (três mil e duzentas) horas de efetivo trabalho acadêmico, em cursos com duração de, no mínimo, 8 (oito) semestres ou 4 (quatro) anos, compreendendo:
I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, distribuídas ao longo do processo formativo;
II - 400 (quatrocentas) horas dedicadas ao estágio supervisionado, na área de formação e atuação na educação básica, contemplando também outras áreas específicas, se for o caso, conforme o projeto de curso da instituição; III - pelo menos 2.200 (duas mil e duzentas) horas dedicadas às atividades formativas estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos I e II do artigo 12 desta Resolução, conforme o projeto de curso da instituição;
IV - 200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas de aprofundamento em áreas específicas de interesse dos estudantes, conforme núcleo definido no inciso III do artigo 12 desta Resolução, por meio da iniciação científica, da iniciação à docência, da extensão e da monitoria, entre outras, consoante o projeto de curso da instituição.
A estrutura curricular do curso totaliza 3.294,2 horas de carga máxima, garantindo carga horária superior à mínima prevista pela legislação (Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015) e respeitando a carga horária máxima prevista na Resolução nº 22, de 31 de março de 2015, do Conselho Superior do IFSP. O curso contempla um total de 2.288,2 horas relacionadas a conhecimentos específicos, além de 406 horas de Prática como Componente Curricular, 400 horas de Estágio Curricular Supervisionado e 200 horas de Atividades Teórico-Práticas.
Os componentes curriculares foram concebidos de modo a articular os diversos momentos de formação docente, com um total de 3.294,2 h de carga horária mínima, assim distribuídas:
2.288,2 h para o desenvolvimento dos Conteúdos Curriculares de Formação Específica e de Formação Pedagógica, presenciais;
406 h de Prática como Componente Curricular, articuladas aos componentes curriculares ao longo de todo o curso;
400 h de Estágio Supervisionado;
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7.1. Identificação do Curso
LICENCIATURA EM QUÍMICA
Câmpus Sertãozinho
Período Matutino
Vagas Anuais 40 vagas
Nº de semestres 8 semestres
Carga Horária mínima obrigatória 3.294,2 horas
Duração da Hora-aula 45 minutos
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7.2. Estrutura Curricular
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
(Criação: Lei nº 11.892 de 29/12/2008) Campus Sertãozinho
ESTRUTURA CURRICULAR DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
Base Legal: Resolução CNE/CP nº 2. de 01/07/2015 Base Legal específica do curso: ________________________
Carga Horária Mínima do Curso:
3.294,2
Início do Curso: 1º Sem/2017
Resolução de autorização do curso no IFSP: __________________________
19 semanas / semestre Aulas de 45 min.
Distribuição da Carga Horária de efetivo trabalho acadêmico
SEMESTRE COMPONENTE CURRICULAR Código Teórica/ Prática T, P, T/P N° Profs. Aulas por semana Total Aulas Conhecimentos Específicos Prática Como Componente Curricular Total Horas 1°
Fundamentos das Ciências Experimentais FCEQ1 T/P 2 4 76 43,0 14,0 57,0 Fundamentos da Matemática FMAQ1 T 1 6 114 71,5 14,0 85,5 Introdução à Natureza da Matéria INMQ1 T/P 2 5 95 57,3 14,0 71,3 Interpretação e Produção de Textos IPTQ1 T 1 3 57 42,8 - 42,8 Geometria Analítica e Vetores GAVQ1 T 1 3 57 42,8 - 42,8 História e Filosofia da Ciência e Ed. Científica HFCQ1 T 1 4 76 57,0 - 57,0
Subtotal 25 475 314,4 42,0 356,4
2°
Física Geral e Experimental I FI1Q2 T/P 2 5 95 71,3 - -
71,3 Química Geral e Experimental I QU1Q2
2 U1Q2 T/P 2 7 133 85,8 14,0 - 99,8 Cálculo A CAAQ2 T 1 5 95 71,3 - - 71,3 Sociologia e Filosofia da Educação SFEQ2 T 1 4 76 57,0 -
-
57,0 Política, Organização e Gestão da Educação POGQ2 T 1 4 76 57,0 -
-
57,0
Subtotal 25 475 342,4 14,0
- 356,4
3°
Física Geral e Experimental II FI2Q3 T/P 2 5 95 71,3 - -
71,3 Química Geral e Experimental II QU2Q3 T/P 2 7 133 85,8 14,0
- 99,8
Cálculo B CABQ3 T 1 5 95 71,3 -
-
71,3 Fundamentos da EPT e da EJA FPEQ3 T 1 2 38 28,5 -
- 28,5
Psicologia da Educação PSEQ3 T 1 3 57 42,8 - -
42,8
História da Educação HEDQ3 T 1 3 57 42,8 -
- 42,8
Subtotal 25 475 342,5 14,0
-
356,5
4°
Física Geral e Experimental III FI3Q4 T/P 2 5 95 71,3 - -
71,3 Química Geral e Experimental III QU3Q4 T/P 2 7 133 71,8 28,0
- 99,8 Estatística ESTQ4 T 1 4 76 43,0 14,0 - 57,0 Libras LIBQ4 T/P 1 2 38 28,5 - - 28,5
Educação Inclusiva e Direitos Humanos EDIQ4 T 1 2 38 28,5 - - 28,5 Didática DIDQ4 T/P 1 4 76 43,0 14,0 - 57,0 Subtotal 24 456 286,1 56,0 - 342,1 5°
Química Orgânica I QO1Q5 T 1 6 114 71,5 14,0 -
85,5 Química Analítica I QA1Q5 T/P 2 6 114 71,5 14,0
- 85,5
Físico-Química I FQ1Q5 T 1 4 76 43,0 14,0
-
57,0 Instrumentação do Ensino de Ciências IECQ5 T/P 1 5 95 57,3 14,0
-
71,3
Subtotal 21 399 243,3 56,0 299,3
6°
Química Orgânica II QO2Q6 T 1 4 76 43,0 14,0 57,0
Química Analítica II QA2Q6 T/P 2 6 114 71,5 14,0 85,5
Físico-Química II FQ2Q6 T 1 4 76 43,0 14,0 57,0
Química Inorgânica I QI1Q6 T 1 3 57 28,8 14,0 42,8
Metodologia do Trabalho Científico I MT1Q6 T 1 2 38 28,5 - 28,5 Instrumentação para o Ensino de Química IEQQ6 T/P 1 5 95 57,3 14,0 71,3
Subtotal 24 456 272,1 70,0 342,1
7°
Química Orgânica Experimental QOEQ7 P 2 4 76 43,0 14,0 57,0 Físico-Química Experimental FQEQ7 P 2 4 76 43,0 14,0 57,0 Química Inorgânica II QI2Q7 T 1 5 95 57,3 14,0 71,3 Biologia Celular e Molecular BCMQ7 T 1 2 38 28,5 - 28,5 Metodologia do Trabalho Científico II MT2Q7 T 1 2 38 28,5 - 28,5 Metodologia de Ensino de Química I MQ1Q7 T/P 1 6 114 57,5 28,0 85,5
Subtotal 23 437 257,8 70,0 327,8
8°
Química Inorgânica Experimental QIEQ8 P 2 4 76 43,0 14,0 57,0
Bioquímica BIQQ8 T/P 2 3 57 28,8 14,0 42,8
Análise Instrumental INSQ8 T/P 2 4 76 43,0 14,0 57,0
Química Ambiental QAMQ8 T 1 3 57 28,8 14,0 42,8
Metodologia de Ensino de Química II MQ2Q8 T/P 1 6 114 57,5 28,0 85,5 Metodologia do Trabalho Científico III MT3Q8 T 1 2 38 28,5 - 28,5
Subtotal 22 418 229,6 84,0 313,6
TOTAL ACUMULADO DE AULAS 3.591
TOTAL ACUMULADO DE HORAS 2.288,2 406,0 2.694,2
Atividades Teórico-Práticas (ATP) – Obrigatório 200
Estágio Supervisionado – Obrigatório 400
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7.3. Representação Gráfica do Perfil de Formação
A Figura 2 mostra a representação gráfica do perfil de formação do curso de Licenciatura em Química do Câmpus Sertãozinho, relacionando as disciplinas de acordo com sua natureza científico-cultural.
Figura 2: Representação gráfica do perfil de formação do curso de Licenciatura em Química do Câmpus Sertãozinho do IFSP.
7.4. Pré-requisitos
Alguns componentes curriculares possuem pré-requisitos. Para se matricular nesses componentes, o aluno deve ter cursado e sido aprovado nas disciplinas listadas como pré-requisitos. A tabela abaixo indica as disciplinas do curso e os respectivos pré-requisitos.
28
DISCIPLINAS PRÉ- REQUISITOS
1º. SEMESTRE
Fundamentos das Ciências Experimentais Não há Fundamentos da Matemática Não há Introdução à Natureza da Matéria Não há Interpretação e Produção de Textos Não há Geometria Analítica e Vetores Não há História e Filosofia da Ciência e Educação
Científica
Não há
2º. SEMESTRE
Física Geral e Experimental I Não há Química Geral e Experimental I Não há
Cálculo A Não há
Sociologia e Filosofia da Educação Não há Política, Organização e Gestão da
Educação Não há
3º. SEMESTRE
Física Geral e Experimental II Não há Química Geral e Experimental II Não há
Cálculo B Não há
Fundamentos da EPT e da EJA Não há Psicologia da Educação Não há História da Educação Não há
4º. SEMESTRE
Física Geral e Experimental III Não há Química Geral e Experimental III Não há
Estatística Não há
29 Educação Inclusiva e Direitos Humanos Não há
Didática Não há
5º. SEMESTRE
Química Orgânica I Química Geral e Experimental I Química Analítica I Química Geral e Experimental II Físico-Química I Química Geral e Experimental III Instrumentação do Ensino de Ciências Didática
6º. SEMESTRE
Química Orgânica II Química Orgânica I Química Analítica II Química Analítica I Físico-Química II Físico-Química I
Química Inorgânica I Química Geral e Experimental II Metodologia do Trabalho Científico I Não há
Instrumentação para o Ensino de Química Didática
7º. SEMESTRE
Química Orgânica Experimental Química Orgânica I Físico-Química Experimental Físico-Química II Química Inorgânica II Química Inorgânica I Biologia Celular e Molecular Não há
Metodologia do Trabalho Científico II Metodologia do Trabalho Científico I Metodologia de Ensino de Química I Didática
8º. SEMESTRE
Química Inorgânica Experimental Química Inorgânica II Bioquímica Biologia Celular e Molecular Análise Instrumental Não há
Química Ambiental Não há
Metodologia de Ensino de Química II Didática
30 Mesmo nas disciplinas em que não estejam previstos pré-requisitos é recomendado que o aluno tenha cursado e sido aprovado nos componentes curriculares propostos na coluna “Recomendações” da tabela abaixo. É importante destacar que esses componentes curriculares não são pré-requisitos, sendo apenas recomendados por promoverem conhecimentos e saberes que permitem que o aluno tenha melhor aproveitamento da disciplina na qual está se matriculando.
COMPONENTE CURRICULAR RECOMENDAÇÕES
2º. SEMESTRE
Física Geral e Experimental I Fundamentos da Matemática Química Geral e Experimental I Introdução à Natureza da Matéria
Cálculo A Fundamentos da Matemática
3º. SEMESTRE
Física Geral e Experimental II Física Geral e Experimental I Química Geral e Experimental II Química Geral e Experimental I
Cálculo B Cálculo A
4º. SEMESTRE
Física Geral e Experimental III Física Geral e Experimental I Química Geral e Experimental III Química Geral e Experimental II
7.5. Educação em Direitos Humanos
Os Direitos Humanos são internacionalmente reconhecidos como um conjunto de direitos civis, políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais, que referem-se à necessidade de igualdade e de defesa da dignidade humana. A Educação em Direitos Humanos refere-se ao uso de concepções e práticas educativas fundadas nos Direitos Humanos e em seus processos de promoção, proteção, defesa e
31 aplicação na vida cotidiana e cidadã de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas.
A Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, que estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos indica que esta modalidade educacional tem a finalidade de promover a educação para a mudança e a transformação social e fundamenta-se nos seguintes princípios:
I - dignidade humana; II - igualdade de direitos;
III - reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades;
IV - laicidade do Estado; V - democracia na educação;
VI - transversalidade, vivência e globalidade; e VII - sustentabilidade socioambiental.
Esta mesma resolução aponta que a Educação em Direitos Humanos articula-se às seguintes dimensões:
I - apreensão de conhecimentos historicamente construídos sobre direitos humanos e a sua relação com os contextos internacional, nacional e local;
II - afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que expressem a cultura dos direitos humanos em todos os espaços da sociedade;
III - formação de uma consciência cidadã capaz de se fazer presente em níveis cognitivo, social, cultural e político;
IV - desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de construção coletiva, utilizando linguagens e materiais didáticos contextualizados; e
V - fortalecimento de práticas individuais e sociais que gerem ações e instrumentos em favor da promoção, da proteção e da defesa dos direitos humanos, bem como da reparação das diferentes formas de violação de direitos.
Neste curso de Licenciatura em Química, a Educação em Direitos Humanos será abordada de forma a desenvolver nos licenciandos a concepção do seu papel no processo educativo como agente responsável por promover a formação para a vida e para a convivência, no exercício cotidiano dos Direitos Humanos como forma de vida e de organização social, política, econômica e cultural. As atividades serão desenvolvidas de forma transversal, por meio de temas relacionados aos Direitos Humanos, em todos os componentes curriculares e, de forma disciplinar no componente curricular Educação Inclusiva e Direitos Humanos.
32
7.6. Educação das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena
Nas últimas décadas, o debate sobre a dinâmica das relações raciais tem se ampliado em várias esferas da sociedade brasileira. O mundo do trabalho, a grande mídia, a produção cultural, a educação escolar, os governos e, mesmo as redes sociais, têm sido marcados pelas discussões sobre as desigualdades entre negros e brancos no Brasil.
Nesse cenário, considerou-se a educação o dispositivo essencial de conscientização cidadã acerca da multiculturalidade e plurietnia do Brasil, objetivando relações étnico-sociais mais positivas. O protagonismo da ação educativa escolar na busca de uma sociedade mais justa se revela na inclusão obrigatória de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo oficial da rede de ensino (Lei no 10.639/03) e na instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira (Resolução CNE/CP no 1/04).
A educação das relações étnico-raciais, no entanto, não se restringe à transmissão de conteúdos. Deverá ser desenvolvida também por meio de atitudes e valores, pelo Câmpus Sertãozinho e seus servidores.
De maneira prática, o curso de Licenciatura em Química desenvolverá conteúdos de história, cultura e literatura africanas e afro-brasileiras nos componentes curriculares de: Interpretação e Produção de Texto e disciplinas pedagógicas (Sociologia e Filosofia da Educação; Política, Organização e Gestão da Educação; Psicologia da Educação e História da Educação).
Além disso, poderão ser propostos projetos no âmbito do curso que desenvolvam, além dos conteúdos específicos, o senso crítico sobre a identidade cultural brasileira, a conscientização sobre a importância das relações étnico-raciais, atitudes positivas em relação à cultura negra e africana. Esses projetos poderão abranger: a iniciação à docência, a extensão (num envolvimento entre comunidade e câmpus), a iniciação científica e projetos culturais.
Os estudantes e professores de Licenciatura em Química também participarão de ações articuladas promovidas no câmpus, que envolvam os diversos níveis de ensino aqui desenvolvidos, como a Semana da Diversidade.
33 Por fim, um dos principais objetivos da educação das relações étnico-raciais no curso de Licenciatura em Química será capacitar futuros docentes para incluir e desenvolver essa temática nos cursos da educação básica, de forma consciente, crítica e transformadora de si e da sociedade brasileira.
7.7. Educação Ambiental
Na luta pela proteção ambiental, percebe-se que a degradação ou preservação dos ambientes depende do grau de conhecimento da população quanto à ética, à moral e ao respeito.
Essas preocupações estão refletidas na Lei no 9.795/1999, que indica que “a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”. A lei também determina que a educação ambiental deve ser desenvolvida como prática educativa integrada, contínua e permanente.
Com isso, prevê-se neste curso a integração da educação ambiental às disciplinas do curso de modo transversal, contínuo e permanente (Decreto Nº 4.281/2002), por meio da realização de atividades curriculares e extracurriculares, desenvolvendo-se este assunto nas diversas disciplinas (mas especificamente nas várias disciplinas de Química com caráter experimental, na disciplina de Química Ambiental), nas disciplinas de instrumentação e metodologia de ensino e em projetos, palestras, apresentações, programas, ações coletivas, dentre outras possibilidades. Além das disciplinas mencionadas anteriormente, a educação ambiental poderá ser desenvolvida nos trabalhos envolvendo a Prática como Componente Curricular (PCC). Estas práticas são desenvolvidas ao longo de todo processo de formação inicial do licenciando.
No decorrer do curso, os alunos terão a oportunidade de participar de atividades e eventos institucionais (Semana da Licenciatura e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia) ou externos para complementar a sua formação na área de Educação Ambiental.
Nos cursos de Licenciatura, a educação ambiental assume um caráter mais complexo. Por um lado, o desenvolvimento desses conteúdos tem por finalidade
34 instruir e conscientizar os próprios estudantes para atitudes mais éticas em relação ao meio ambiente. Por outro, os estudantes devem ser capacitados para desenvolver esses conteúdos em sua futura atuação docente.
A fim de atender a essas duas demandas de maneira articulada, a educação ambiental será trabalhada, no presente curso, por meio do envolvimento dos futuros professores em projetos e ações executados no Câmpus Sertãozinho, bem como na prática de ensino.
O Câmpus Sertãozinho possui diversos projetos e ações na área ambiental, como: IFSP Sustentável, Gincana da Sustentabilidade, ecossala, horto de plantas medicinais, coleta seletiva de lixo e compostagem. Tais atividades envolvem todos os setores do câmpus e todos os níveis de ensino aqui desenvolvidos.
Atualmente, a área de Química está adotando uma política para redução do uso de substâncias agressivas ao meio ambiente, bem como realizando o descarte correto dos resíduos gerados nos laboratórios, para posterior tratamento.
7.8. Disciplina de LIBRAS
Em atendimento ao Decreto 5.626/2005, a disciplina “Libras” (Língua Brasileira de Sinais) consta no presente projeto de curso de Licenciatura em Química como disciplina curricular obrigatória.
O componente curricular “Língua Brasileira de Sinais” tem foco no ensino prático, fomentando o desenvolvendo no estudante das habilidades básicas da língua.
Apesar de sua essência prática, o componente curricular mantém em vista a discussão sobre a importância da “Libras” no contexto educacional, bem como sobre as políticas linguísticas, educacionais e de saúde voltadas aos surdos.
35
7.9. Planos de Ensino
1º Semestre
Fundamentos das Ciências Experimentais – FCEQ1 Fundamentos da Matemática – FMAQ1
Introdução à Natureza da Matéria – INMQ1 Interpretação e Produção de Textos – IPTQ1 Geometria Analítica e Vetores – GAVQ1
36 CÂMPUS
Sertãozinho
1- IDENTIFICAÇÃO:
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Fundamentos das Ciências Experimentais Semestre: 1o Código: FCEQ1
Nº aulas semanais: 4 Total de aulas: 76 Total de horas: 57,0 Abordagem
Metodológica:
T ( ) P ( ) T/P (X)
Uso de laboratório ou outros ambientes além da sala de aula? (X) SIM ( ) NÃO. Qual(is)? Laboratório de Física
2 - EMENTA:
O componente curricular discorre sobre os aspectos históricos e a importância das ciências experimentais no desenvolvimento cultural e tecnológico da humanidade, apresenta os fundamentos do método científico e introduz as técnicas e ferramentas básicas para o planejamento e execução de experimentos, bem como a coleta, a organização e interpretação de dados. A abordagem didática deve integrar aulas teóricas e experimentais bem como atividades (práticas como componente curricular – PCC) para promover e desenvolver as habilidades pedagógicas e didáticas dos licenciandos.
3 - OBJETIVOS:
Compreender a evolução histórica das ciências experimentais; identificar a importância e ser capaz de aplicar o método científico; ser capaz de manusear os principais instrumentos de medidas, identificando os erros e sua propagação; estar apto para planejar e executar experimentos científicos básicos bem como coletar, apresentar e interpretar os resultados; conhecer os fundamentos básicos da estatística e ser capaz de utilizar as funções básicas de planilhas eletrônicas e programas gráficos.
4 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Desenvolvimento históricos das ciências experimentais; 2. Introdução ao método científico;
37 4. Grandezas físicas e Sistema Internacional de Unidades;
5. Operações com potência de dez, notação científica e ordem de grandeza; 6. Instrumentos de medidas e algarismos significativos;
7. Fundamentos da teoria dos erros;
8. Planejamento e execução de experimentos; 9. Apresentação e interpretação de dados;
10. Conceitos básicos de estatística e regressão linear. 5 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
[1] OGURI, V. Estimativas e Erros em Experimentos de Física. 3a ed. EDUERJ, Rio de Janeiro, 2013.
[2] CONSTANTINO, M. G.; DA SILVA, G. J.; DONATE, P. M. Fundamentos da Química Experimental. 2a. Ed. São Paulo: EDUSP, 2004.
[3] BUSSAB, W. O.; MORETTIN, P. A. Estatística Básica. 8a ed., Saraiva, São Paulo, 2013. 6 - BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
[1] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: Mecânica. Vol. 1 – 9a ed., LTC, Rio de Janeiro, 2012.
[2] TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros: Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica. Vol. 1 – 6a
ed., LTC, Rio de Janeiro, 2009.
[3] MONTGOMERY, D. C.; RUNGER, G. C. Estatística Aplicada e Probabilidade para Engenheiros. 5a ed., LTC, Rio de Janeiro, 2013.
[4] ROONEY, A. A História da Física: da Filosofia ao Enigma da Matéria Negra. M. Books, São Paulo, 2013.
[5] CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? Editora Brasiliense, São Paulo, 1993.
[6] EMETERIO, D.; ALVES, M. R. Práticas de Física para Engenharias. Editora Átomo, Campinas, 2008.
38 CÂMPUS Sertãozinho 1- IDENTIFICAÇÃO
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Fundamentos de Matemática Semestre: 1º Código: FMAQ1
Nº aulas semanais: 6 Total de aulas: 114 Total de horas: 85,5 Abordagem
Metodológica: T (X) P ( ) T/P ( )
Uso de laboratório ou outros ambientes além da sala de aula?
( ) SIM (X) NÃO Qual(is)? 2 - EMENTA:
A disciplina abordará conceitos fundamentais em matemática como a Teoria dos Conjuntos e Funções Elementares. Assim, tem por finalidade o nivelamento dos estudantes, bem como desenvolver as bases necessárias para que o estudante prossiga no curso. Dessa forma, ela busca familiarizar os alunos com a linguagem matemática formal e também com os conteúdos básicos.
3 - OBJETIVOS:
Desenvolver e firmar as bases dos conteúdos e conceitos de matemática necessários para a sequência no curso. Levar o aluno a compreender e saber utilizar as ideias relacionadas a conjuntos e funções. Apresentar a linguagem matemática e tornar familiar para o aluno conceitos de lógica e de demonstração em matemática.
4 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Noções de geometria plana e espacial. Polígonos: semelhança, cálculos de áreas e perímetros, medidas de ângulos, número de diagonais. Sólidos espaciais: cálculo de áreas e volumes, semelhança;
2. Conjuntos. Representação e notações. Relações; 3. Conjuntos numéricos;
4. Polinômios: fatoração. Equações. Inequações; 5. Relações e funções. Conceitos e notações;
39 6. Funções elementares. Função do primeiro grau. Funções quadráticas. Função
modular. Função exponencial. Função logarítmica. Funções trigonométricas. 5 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
[1] IEZZI, G.; MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar. 9ª ed., Editora Atual, São Paulo, vol. 1, 2013.
[2] IEZZI, G.; DOLCE, O.; MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar. 10ª ed., Editora Atual, São Paulo, vol. 2, 2014.
[3] IEZZI, G. Fundamentos de Matemática Elementar. 9ª ed., Editora Atual, São Paulo, vol. 3, 2013.
6 - BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
[1] LIMA, E. L.; CARVALHO, P. C.; WAGNER, E.; MORGADO, A. C. A Matemática do Ensino Médio. 9ª ed., SBM, Rio de Janeiro, vol. 1, 2006.
[2] LIMA, E. L.; CARVALHO, P. C.; WAGNER, E.; MORGADO, A. C. A Matemática do Ensino Médio. 6ª ed., SBM, Rio de Janeiro, vol. 3, 2006.
[3] LIMA, E. L.; CARVALHO, P. C.; WAGNER, E.; MORGADO, A. C. A Matemática do Ensino Médio. SBM, Rio de Janeiro, vol. 4, 2010.
[4] SILVA, S. M.; SILVA, E. M; SILVA, E. M. Matemática Básica para Cursos Superiores. 1ª ed.; Editora Atlas, São Paulo, 2002.
[5] IEZZI, G.; DOLCE, O.; DEGENSZAJN D.; PÉRIGO, R. Matemática. 6ª ed., Editora Saraiva, volume único, 2015.
40 CÂMPUS Sertãozinho 1- IDENTIFICAÇÃO
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Introdução à Natureza da Matéria Semestre: 1º Código: INMQ1
Nº aulas semanais: 5 Total de aulas: 95 Total de horas: 71,3 Abordagem
Metodológica:
T ( ) P ( ) T/P (X)
Uso de laboratório ou outros ambientes além da sala de aula?
(X) SIM ( ) NÃO. Qual(is)? Laboratório de Química
2 - EMENTA:
O componente curricular apresenta os aspectos gerais do laboratório de química, enfatizando que os fenômenos químicos e físicos ocorrem com variação e/ou transformação de energia, ressaltando as propriedades gerais e específicas da matéria. O desenvolvimento histórico da teoria atômica é abordado, demonstrando os principais experimentos que influenciaram na visão atual do átomo e do estudo da tabela periódica. Serão abordados também normas e condutas de segurança, colocando o conhecimento de instrumentação, técnicas e procedimentos básicos de laboratório e consolidando aspectos fundamentais da química geral, através de práticas relacionadas aos temas estudados. A prática como componente curricular será trabalhada ao longo da disciplina. 3 - OBJETIVOS:
Estudar as características da matéria sob o aspecto das propriedades físico-químicas tais como densidade, solubilidade, ponto de fusão e ebulição. Identificar as mudanças físicas e químicas relacionando-as com energia. Compreender o desenvolvimento histórico da teoria atômica e identificar alguns dos cientistas que fizeram contribuições importantes. Aplicar o princípio da exclusão de Pauli e a regra de Hund ao atribuir elétrons a orbitais atômicos. Escrever a configuração eletrônica dos elementos e íons monoatômicos. Conhecer a terminologia da tabela periódica. Relacionar as tendências periódicas e as propriedades químicas. Relacionar os conhecimentos da química teórica com
41 experimentos práticos, bem como treinar as técnicas básicas de laboratório. Realizar o tratamento dos dados experimentais efetuando cálculos e gráficos. Desenvolver a capacidade crítica ao analisar os dados obtidos no laboratório.
4 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Matéria e Energia. Transformações da matéria. Propriedades da energia. As formas de energia. Transformação de energia;
2. Propriedades físico-químicas da matéria (densidade, solubilidade, ponto de fusão e ponto de ebulição);
3. Conceitos fundamentais da Química:
3.1. Átomos, elementos, compostos e substâncias; 3.2. Substâncias puras e misturas;
3.3. Separação de misturas;
4. A estrutura dos átomos e das moléculas. Desenvolvimento da teoria atômica; 5. Estrutura eletrônica:
5.1. Funções de onda; 5.2. Orbitais atômicos; 5.3. Números quânticos; 5.4. Distribuição eletrônica;
6. Tabela periódica e propriedades periódicas; 7. Normas e condutas de segurança;
8. Equipamento básico de laboratório;
9. Introdução às técnicas básicas de trabalho em laboratório de química: medições, pesagem, dissolução, pipetagem e filtração.
5 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
[1] CONSTANTINO, M. G.; DA SILVA, G. J.; DONATE, P. M. Fundamentos da Química Experimental. 2a ed., São Paulo: EDUSP, 2004.
[2] MORITA, T.; ASSUMPÇÃO, R. M. V. Manual de Soluções Reagentes e Solventes. 2ª ed., São Paulo: Edgard Blucher, 2007.
[3] KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M.; TOWNSEND, J. R.; TREICHEL, D. A. Química Geral e Reações Químicas. Vol. 2, 9a ed., São Paulo: Cengage Learning, 2015.
42 6 - BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
[1] LEE, J.D. Química Inorgânica não tão Concisa. 5a ed., São Paulo: Edgar Blucher, 1999. [2] Artigos científicos da revista Química Nova na Escola, disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/index.php>Acesso em: 24/02/2016.
[3] RUSSELL, J. B. Química Geral. Vol. 2. São Paulo: Makron Books, 1994.
[4] BROWN, T. L.; LEMAY JR, H. E.; BURSTEN, B. E. Química: a Ciência Central. 9a ed., São Paulo: Pearson Education, 2005.
[5] CHANG, R. Química Geral – Conceitos Essenciais. 4a ed., São Paulo: McGraw-Hill, 2007.