O Problema do Isomorsmo entre Anéis de
Frações de Planos Quânticos
Manuel Martins
sob orientação de Christian Lomp e Paula Carvalho
Seminário Diagonal
Programa Novos Talentos em Matemática da Fundação Calouste Gulbenkian
Conceitos iniciais
Conceitos iniciais
Denição
Um anel R é um conjunto munido com uma operação comutativa + tal que (R, +) é um grupo abeliano e também uma operação · associativa e distributiva sobre +. Ex: os inteiros, os racionais, os anéis de polinómios, etc.
Mais ainda, se R\{0} for um grupo abeliano para operação ·, então R diz-se um corpo. Ex: os racionais, os reais, os complexos, etc.
Denição
Uma álgebra sobre um corpo K é um anel munido com uma ope-ração de multiplicação por escalares, que lhe confere uma estrutura de espaço vetorial sobre K. Ex: os anéis de polinómios, o plano quântico, etc.
Conceitos iniciais
Conceitos iniciais
Denição
Um anel R é um conjunto munido com uma operação comutativa + tal que (R, +) é um grupo abeliano e também uma operação · associativa e distributiva sobre +. Ex: os inteiros, os racionais, os anéis de polinómios, etc.
Mais ainda, se R\{0} for um grupo abeliano para operação ·, então R diz-se um corpo. Ex: os racionais, os reais, os complexos, etc.
Denição
Uma álgebra sobre um corpo K é um anel munido com uma ope-ração de multiplicação por escalares, que lhe confere uma estrutura de espaço vetorial sobre K. Ex: os anéis de polinómios, o plano quântico, etc.
Conceitos iniciais
Conceitos iniciais
Denição
Um homomorsmo entre duas álgebras R1 e R2 sobre um corpo K
é uma função ϕ : R1 −→ R2 que preserva as operações das álgebras.
Isto é:
ϕ(r + s) = ϕ(r ) + ϕ(s), ∀r , s ∈ R1 ϕ(r · s) = ϕ(r ) · ϕ(s), ∀r , s, ∈ R1 ϕ(λr ) = λϕ(r ), ∀λ ∈ K , ∀r ∈ R1
Se ϕ for bijectiva então diz-se um isomorsmo e as álgebras R1 e R2
dizem-se isomorfas.
O plano, o toro e o anel de frações do plano quântico
O Plano Quântico
Seja K um corpo e q ∈ K, com 0 6= q 6= 1.
Denição
O plano quântico é a K-álgebra gerada por x e por y, sujeitos à relação yx = qxy. Denota-se por Kq[x , y ].
Os elementos de Kq[x , y ]escrevem-se de forma única como P ai ,jxiyj
com um número nito de coecientes 0 6= ai ,j ∈ K e i, j ∈ N.
O plano, o toro e o anel de frações do plano quântico
O Plano Quântico
Seja K um corpo e q ∈ K, com 0 6= q 6= 1.
Denição
O plano quântico é a K-álgebra gerada por x e por y, sujeitos à relação yx = qxy. Denota-se por Kq[x , y ].
Os elementos de Kq[x , y ]escrevem-se de forma única como P ai ,jxiyj
com um número nito de coecientes 0 6= ai ,j ∈ K e i, j ∈ N.
Kq[x , y ] é um domínio, isto é, não tem elementos divisores de zero.
O plano, o toro e o anel de frações do plano quântico
O Plano Quântico
Seja K um corpo e q ∈ K, com 0 6= q 6= 1.
Denição
O plano quântico é a K-álgebra gerada por x e por y, sujeitos à relação yx = qxy. Denota-se por Kq[x , y ].
Os elementos de Kq[x , y ]escrevem-se de forma única como P ai ,jxiyj
com um número nito de coecientes 0 6= ai ,j ∈ K e i, j ∈ N.
O plano, o toro e o anel de frações do plano quântico
Isomorsmos entre planos quânticos
Sejam Kq[x , y ] e Kp[u, v ] os planos quânticos associados a dois
dife-rentes escalares q e p. O problema do isomorsmo entre planos quân-ticos consiste em determinar as condições sobre p e q para Kq[x , y ] e
Kp[u, v ] sejam isomorfos, como álgebras.
É fácil ver que se p = q−1 então a função denida por ϕ(x) = v e
ϕ(y ) = u é um isomorsmo entre Kq[x , y ] e Kp[u, v ], pois:
yx = qxy ⇒ϕ(y )ϕ(x ) = qϕ(x )ϕ(y ) ⇒uv = qvu
⇒vu = q−1uv
O plano, o toro e o anel de frações do plano quântico
Isomorsmos entre planos quânticos
Sejam Kq[x , y ] e Kp[u, v ] os planos quânticos associados a dois
dife-rentes escalares q e p. O problema do isomorsmo entre planos quân-ticos consiste em determinar as condições sobre p e q para Kq[x , y ] e
Kp[u, v ] sejam isomorfos, como álgebras.
É fácil ver que se p = q−1 então a função denida por ϕ(x) = v e
ϕ(y ) = u é um isomorsmo entre Kq[x , y ] e Kp[u, v ], pois:
yx = qxy ⇒ϕ(y )ϕ(x ) = qϕ(x )ϕ(y ) ⇒uv = qvu
O plano, o toro e o anel de frações do plano quântico
Extensões do plano quântico
O problema generaliza-se quando se consideram duas extensões do plano quântico:
o toro quântico é a K-álgebra Kq[x±1, y±1] onde os termos
monomiais da forma αxiyj, α ∈ K\{0}, i, j ∈ Z são invertíveis.
o q-anel de divisão é a álgebra de divisão Kq(x , y ) onde todos
os elementos não-nulos são formalmente invertíveis. Temos a seguinte cadeia de inclusões:
Kq[x , y ] ⊂ Kq[x±1, y±1] ⊂ Kq(x , y )
.
O plano, o toro e o anel de frações do plano quântico
Extensões do plano quântico
O problema generaliza-se quando se consideram duas extensões do plano quântico:
o toro quântico é a K-álgebra Kq[x±1, y±1] onde os termos
monomiais da forma αxiyj, α ∈ K\{0}, i, j ∈ Z são invertíveis.
o q-anel de divisão é a álgebra de divisão Kq(x , y ) onde todos
os elementos não-nulos são formalmente invertíveis. Temos a seguinte cadeia de inclusões:
Kq[x , y ] ⊂ Kq[x±1, y±1] ⊂ Kq(x , y )
O plano, o toro e o anel de frações do plano quântico
Extensões do plano quântico
O problema generaliza-se quando se consideram duas extensões do plano quântico:
o toro quântico é a K-álgebra Kq[x±1, y±1] onde os termos
monomiais da forma αxiyj, α ∈ K\{0}, i, j ∈ Z são invertíveis.
o q-anel de divisão é a álgebra de divisão Kq(x , y ) onde todos
os elementos não-nulos são formalmente invertíveis.
Temos a seguinte cadeia de inclusões:
Kq[x , y ] ⊂ Kq[x±1, y±1] ⊂ Kq(x , y )
.
O plano, o toro e o anel de frações do plano quântico
Extensões do plano quântico
O problema generaliza-se quando se consideram duas extensões do plano quântico:
o toro quântico é a K-álgebra Kq[x±1, y±1] onde os termos
monomiais da forma αxiyj, α ∈ K\{0}, i, j ∈ Z são invertíveis.
o q-anel de divisão é a álgebra de divisão Kq(x , y ) onde todos
os elementos não-nulos são formalmente invertíveis. Temos a seguinte cadeia de inclusões:
Kq[x , y ] ⊂ Kq[x±1, y±1] ⊂ Kq(x , y )
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Denição
Sejam R um anel e X ⊂ R um subconjunto fechado para a multipli-cação tal que 0 /∈ X e 1 ∈ X . A ideia passa por inverter os elementos de X , obtendo-se assim o chamado anel de frações à direita de R relativamente a X . Mais explicitamente:
Denição
Um anel S diz-se um anel de frações à direita se existe um homo-morsmo φ : R −→ S tal que:
a) ∀x ∈ X , φ(x) tem inverso em S,
b) ∀s ∈ S, ∃r ∈ R, x ∈ X : s = φ(r)φ(x)−1,
c) ker(φ) = {r ∈ R | rx = 0, para algum x ∈ X }.
Uma vez que S é único a menos de isomorsmo, denota-se por RX−1.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Denição
Sejam R um anel e X ⊂ R um subconjunto fechado para a multipli-cação tal que 0 /∈ X e 1 ∈ X . A ideia passa por inverter os elementos de X , obtendo-se assim o chamado anel de frações à direita de R relativamente a X . Mais explicitamente:
Denição
Um anel S diz-se um anel de frações à direita se existe um homo-morsmo φ : R −→ S tal que:
a) ∀x ∈ X , φ(x) tem inverso em S,
b) ∀s ∈ S, ∃r ∈ R, x ∈ X : s = φ(r)φ(x)−1,
c) ker(φ) = {r ∈ R | rx = 0, para algum x ∈ X }.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Condições
Se RX−1 for um anel de frações à direita, então satisfaz
necessaria-mente duas condições:
1. ∀r ∈ R, ∀x ∈ X , rX ∩ xR 6= ∅
Se tomarmos o elemento φ(x)−1φ(r ) ∈ S, podemos por b) escrever
φ(x )−1φ(r ) = φ(r0)φ(x0)−1 para alguns r0 ∈ R, x0 ∈ X. Logo,
φ(r )φ(x0) = φ(x )φ(r0) ⇔ φ(rx0− xr0) = 0 por c) , ∃y ∈ X : (rx0 − xr0
)y =0
⇔ r (x0y ) = x (r0y ) onde x0y ∈ X , r0y ∈ R. À condição 1. chama-se condição de Ore.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Condições
Se RX−1 for um anel de frações à direita, então satisfaz
necessaria-mente duas condições:
1. ∀r ∈ R, ∀x ∈ X , rX ∩ xR 6= ∅
Se tomarmos o elemento φ(x)−1φ(r ) ∈ S, podemos por b) escrever
φ(x )−1φ(r ) = φ(r0)φ(x0)−1 para alguns r0 ∈ R, x0 ∈ X. Logo,
φ(r )φ(x0) = φ(x )φ(r0) ⇔ φ(rx0− xr0) = 0 por c) , ∃y ∈ X : (rx0 − xr0
)y =0
⇔ r (x0y ) = x (r0y ) onde x0y ∈ X , r0y ∈ R. À condição 1. chama-se condição de Ore.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Condições
2. ∀r ∈ R, ∀x ∈ X , xr = 0 ⇒ ∃x0 ∈ X : rx0
=0
Como φ é um homomorsmo, xr = 0 ⇒ φ(x)φ(r) = 0. Mas como φ(x )é invertível por a), temos que φ(r) = 0 e por c), existe x0 como armado.
À condição 2. chama-se condição de reversibilidade à direita. Um conjunto X que verique 1. e 2. diz-se um conjunto de deno-minadores à direita, pois estas condições, além de necessárias, são
também sucientes para que exista o anel de frações à direita RX−1.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Condições
2. ∀r ∈ R, ∀x ∈ X , xr = 0 ⇒ ∃x0 ∈ X : rx0
=0
Como φ é um homomorsmo, xr = 0 ⇒ φ(x)φ(r) = 0. Mas como φ(x )é invertível por a), temos que φ(r) = 0 e por c), existe x0 como armado.
À condição 2. chama-se condição de reversibilidade à direita.
Um conjunto X que verique 1. e 2. diz-se um conjunto de deno-minadores à direita, pois estas condições, além de necessárias, são
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Condições
2. ∀r ∈ R, ∀x ∈ X , xr = 0 ⇒ ∃x0 ∈ X : rx0
=0
Como φ é um homomorsmo, xr = 0 ⇒ φ(x)φ(r) = 0. Mas como φ(x )é invertível por a), temos que φ(r) = 0 e por c), existe x0 como armado.
À condição 2. chama-se condição de reversibilidade à direita. Um conjunto X que verique 1. e 2. diz-se um conjunto de deno-minadores à direita, pois estas condições, além de necessárias, são
também sucientes para que exista o anel de frações à direita RX−1.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Construção
Dena-se em R × X a seguinte relação de equivalência "∼": (r , x ) ∼ (r0, x0)sse existem s, s0 ∈ R tais que xs = x0
s0 ∈ X e rs = r0s0 ∈ R. (1)
Denotem-se por rx−1 (ou r/x) a classe de equivalência de um par (r, x)
e por RX−1 o conjunto destas classes de equivalência. Então, vejamos
que RX−1é de facto o anel de frações à direita de R relativamente a X .
Observação: Note-se que r/x = (rs)/(xs) sempre que xs ∈ X . Isto é fundamental para reduzir 'frações' a um denominador comum.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Construção
Dena-se em R × X a seguinte relação de equivalência "∼": (r , x ) ∼ (r0, x0)sse existem s, s0 ∈ R tais que xs = x0
s0 ∈ X e rs = r0s0 ∈ R. (1)
Denotem-se por rx−1 (ou r/x) a classe de equivalência de um par (r, x)
e por RX−1 o conjunto destas classes de equivalência. Então, vejamos
que RX−1é de facto o anel de frações à direita de R relativamente a X .
Observação: Note-se que r/x = (rs)/(xs) sempre que xs ∈ X . Isto é fundamental para reduzir 'frações' a um denominador comum.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Operações
A adição em RX−1 é denida tendo por base a condição de Ore.
Dadas duas frações r1/x1 e r2/x2, existem a ∈ R e y ∈ X tais que
x2a = x1y ∈ X, visto que x2R ∩ x1X 6= ∅. Assim pode-se denir: r1/x1+ r2/x2 = (r1y + r2a)/t, onde t = x1y = x2a. (2)
Para denir a multiplicação, usemos o facto que x1R ∩ r2X 6= ∅ para
encontrar a ∈ R e y ∈ X tais que x1a = r2y. Assim dene-se:
(r1/x1).(r2/x2) = (r1a)/(x2y ). (3)
As duas operações estão bem denidas e têm elementos neutros 0/1 e 1/1, respetivamente. Logo, (RX−1, +, .,0, 1) é de facto um anel.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Operações
A adição em RX−1 é denida tendo por base a condição de Ore.
Dadas duas frações r1/x1 e r2/x2, existem a ∈ R e y ∈ X tais que
x2a = x1y ∈ X, visto que x2R ∩ x1X 6= ∅. Assim pode-se denir: r1/x1+ r2/x2 = (r1y + r2a)/t, onde t = x1y = x2a. (2)
Para denir a multiplicação, usemos o facto que x1R ∩ r2X 6= ∅ para
encontrar a ∈ R e y ∈ X tais que x1a = r2y. Assim dene-se:
(r1/x1).(r2/x2) = (r1a)/(x2y ). (3)
As duas operações estão bem denidas e têm elementos neutros 0/1 e 1/1, respetivamente. Logo, (RX−1, +, .,0, 1) é de facto um anel.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Operações
A adição em RX−1 é denida tendo por base a condição de Ore.
Dadas duas frações r1/x1 e r2/x2, existem a ∈ R e y ∈ X tais que
x2a = x1y ∈ X, visto que x2R ∩ x1X 6= ∅. Assim pode-se denir: r1/x1+ r2/x2 = (r1y + r2a)/t, onde t = x1y = x2a. (2)
Para denir a multiplicação, usemos o facto que x1R ∩ r2X 6= ∅ para
encontrar a ∈ R e y ∈ X tais que x1a = r2y. Assim dene-se:
(r1/x1).(r2/x2) = (r1a)/(x2y ). (3)
As duas operações estão bem denidas e têm elementos neutros 0/1 e 1/1, respetivamente. Logo, (RX−1, +, .,0, 1) é de facto um anel.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Homomorsmo
Seja ϕ : R −→ RX−1 tal que ϕ(r) = r/1, ∀r ∈ R. Como (r
1/1) +
(r2/1) = (r1 + r2)/1 e (r1/1).(r2/1) = (r1r2/1), temos que ϕ é um homomorsmo.
Mais ainda:
a) Temos que 1/x (x ∈ X ) é o inverso de x/1 = ϕ(x)
b) Também se verica que r/x = (r/1).(1/x) = ϕ(r)ϕ(x)−1.
c) Por m, note-se que r/1 = 0/1 ⇔ ∃ s, s0 ∈ R : rs = 0s0 =0
e 1s = 1s0 ∈ X. Assim,
ker ϕ = {r ∈ R | rs = 0 para algum s ∈ X }.
Isto conclui a demonstração de que RX−1é um anel de frações à direita
de R relativamente a X . Prova-se também que tal anel de frações é único a menos de isomorsmo.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Homomorsmo
Seja ϕ : R −→ RX−1 tal que ϕ(r) = r/1, ∀r ∈ R. Como (r
1/1) +
(r2/1) = (r1 + r2)/1 e (r1/1).(r2/1) = (r1r2/1), temos que ϕ é um homomorsmo.Mais ainda:
a) Temos que 1/x (x ∈ X ) é o inverso de x/1 = ϕ(x)
b) Também se verica que r/x = (r/1).(1/x) = ϕ(r)ϕ(x)−1.
c) Por m, note-se que r/1 = 0/1 ⇔ ∃ s, s0 ∈ R : rs = 0s0 =0
e 1s = 1s0 ∈ X. Assim,
ker ϕ = {r ∈ R | rs = 0 para algum s ∈ X }.
Isto conclui a demonstração de que RX−1é um anel de frações à direita
de R relativamente a X . Prova-se também que tal anel de frações é único a menos de isomorsmo.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Homomorsmo
Seja ϕ : R −→ RX−1 tal que ϕ(r) = r/1, ∀r ∈ R. Como (r
1/1) +
(r2/1) = (r1 + r2)/1 e (r1/1).(r2/1) = (r1r2/1), temos que ϕ é um homomorsmo.Mais ainda:
a) Temos que 1/x (x ∈ X ) é o inverso de x/1 = ϕ(x)
b) Também se verica que r/x = (r/1).(1/x) = ϕ(r)ϕ(x)−1.
c) Por m, note-se que r/1 = 0/1 ⇔ ∃ s, s0 ∈ R : rs = 0s0 =0
e 1s = 1s0 ∈ X. Assim,
ker ϕ = {r ∈ R | rs = 0 para algum s ∈ X }.
Isto conclui a demonstração de que RX−1é um anel de frações à direita
de R relativamente a X . Prova-se também que tal anel de frações é único a menos de isomorsmo.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Homomorsmo
Seja ϕ : R −→ RX−1 tal que ϕ(r) = r/1, ∀r ∈ R. Como (r
1/1) +
(r2/1) = (r1 + r2)/1 e (r1/1).(r2/1) = (r1r2/1), temos que ϕ é um homomorsmo.Mais ainda:
a) Temos que 1/x (x ∈ X ) é o inverso de x/1 = ϕ(x)
b) Também se verica que r/x = (r/1).(1/x) = ϕ(r)ϕ(x)−1.
c) Por m, note-se que r/1 = 0/1 ⇔ ∃ s, s0 ∈ R : rs =0s0
=0
e 1s = 1s0 ∈ X. Assim,
ker ϕ = {r ∈ R | rs = 0 para algum s ∈ X }.
Isto conclui a demonstração de que RX−1é um anel de frações à direita
de R relativamente a X . Prova-se também que tal anel de frações é único a menos de isomorsmo.
Como construir anéis de frações
Como construir anéis de frações - Homomorsmo
Seja ϕ : R −→ RX−1 tal que ϕ(r) = r/1, ∀r ∈ R. Como (r
1/1) +
(r2/1) = (r1 + r2)/1 e (r1/1).(r2/1) = (r1r2/1), temos que ϕ é um homomorsmo.Mais ainda:
a) Temos que 1/x (x ∈ X ) é o inverso de x/1 = ϕ(x)
b) Também se verica que r/x = (r/1).(1/x) = ϕ(r)ϕ(x)−1.
c) Por m, note-se que r/1 = 0/1 ⇔ ∃ s, s0 ∈ R : rs =0s0
=0
e 1s = 1s0 ∈ X. Assim,
ker ϕ = {r ∈ R | rs = 0 para algum s ∈ X }.
Isto conclui a demonstração de que RX−1 é um anel de frações à direita
de R relativamente a X . Prova-se também que tal anel de frações é único a menos de isomorsmo.
Como construir anéis de frações
O toro quântico e o q-anel de divisão
Prova-se recorrendo à denição que os conjuntos {xiyj
| i , j ∈ N} e Kq[x , y ]\{0} são conjuntos de denominadores à direita e portanto dão
origem a anéis de frações à direita de Kq[x , y ].
Estes anéis são respetivamente: o toro quântico Kq[x±1, y±1].
Como construir anéis de frações
O toro quântico e o q-anel de divisão
Prova-se recorrendo à denição que os conjuntos {xiyj| i , j ∈ N} e
Kq[x , y ]\{0} são conjuntos de denominadores à direita e portanto dão
origem a anéis de frações à direita de Kq[x , y ].
Estes anéis são respetivamente: o toro quântico Kq[x±1, y±1].
o q-anel de divisão Kq(x , y ) =Frac(Kq[x , y ]).
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
O isomorsmo entre planos quânticos
Noções e resultados preliminares (no plano quântico) Um elemento f não-invertível e não-nulo diz-se primo se:
f |ab =⇒ f |a ∨ f |b, para todos a, b ∈ Kq[x , y ].
Um elemento f diz-se central se af = fa para todo a ∈ Kq[x , y ].
A imagem por isomorsmo de um elemento central e primo é ainda um elemento central e primo.
Os elementos primos no plano quântico Kq[x , y ] são os múltiplos
escalares de x e y e, caso q seja uma raiz da unidade, também os elementos irredutíveis e centrais. Neste caso, o centro é o subanel Kq[xn, yn].
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
O isomorsmo entre planos quânticos
Noções e resultados preliminares (no plano quântico) Um elemento f não-invertível e não-nulo diz-se primo se:
f |ab =⇒ f |a ∨ f |b, para todos a, b ∈ Kq[x , y ].
Um elemento f diz-se central se af = fa para todo a ∈ Kq[x , y ].
A imagem por isomorsmo de um elemento central e primo é ainda um elemento central e primo.
Os elementos primos no plano quântico Kq[x , y ]são os múltiplos
escalares de x e y e, caso q seja uma raiz da unidade, também os elementos irredutíveis e centrais. Neste caso, o centro é o subanel Kq[xn, yn].
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
O isomorsmo entre planos quânticos
Seja ϕ um isomorsmo entre planos quânticos Kq[x , y ] e Kp[u, v ].
A relação yx = qxy transforma-se por isomorsmo na relação ϕ(y )ϕ(x ) = qϕ(x )ϕ(y ) em Kp[u, v ].
Como, em particular, x e y são primos e não são centrais, as suas imagens ϕ(x) e ϕ(y) são elementos primos e não centrais, e portanto são múltiplos escalares de u e v.
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
O isomorsmo entre planos quânticos
Seja ϕ um isomorsmo entre planos quânticos Kq[x , y ] e Kp[u, v ].
A relação yx = qxy transforma-se por isomorsmo na relação ϕ(y )ϕ(x ) = qϕ(x )ϕ(y ) em Kp[u, v ].
Como, em particular, x e y são primos e não são centrais, as suas imagens ϕ(x) e ϕ(y) são elementos primos e não centrais, e portanto são múltiplos escalares de u e v.
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
O isomorsmo entre planos quânticos
Só existem dois casos possíveis, para alguns λ, µ ∈ K\{0}:
(1) ϕ(x) = λu ∧ ϕ(y) = µv
(2) ϕ(x) = λv ∧ ϕ(y ) = µu
No caso (1) tem-se 0 = ϕ(yx − qxy) = λµ(vu − quv) = λµ(p − q)uv =⇒ p = q. No caso (2) tem-se 0 = ϕ(yx − qxy) = λµ(uv − qvu)
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
O isomorsmo entre planos quânticos
Só existem dois casos possíveis, para alguns λ, µ ∈ K\{0}:
(1) ϕ(x) = λu ∧ ϕ(y) = µv
(2) ϕ(x) = λv ∧ ϕ(y ) = µu
No caso (1) tem-se 0 = ϕ(yx − qxy) = λµ(vu − quv) = λµ(p − q)uv =⇒ p = q.
No caso (2) tem-se 0 = ϕ(yx − qxy) = λµ(uv − qvu)
= λµ(1 − qp)uv =⇒ p = q−1.
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
O isomorsmo entre planos quânticos
Só existem dois casos possíveis, para alguns λ, µ ∈ K\{0}:
(1) ϕ(x) = λu ∧ ϕ(y) = µv
(2) ϕ(x) = λv ∧ ϕ(y ) = µu
No caso (1) tem-se 0 = ϕ(yx − qxy) = λµ(vu − quv) = λµ(p − q)uv =⇒ p = q. No caso (2) tem-se 0 = ϕ(yx − qxy) = λµ(uv − qvu)
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Noções e resultados preliminares
Em Kq[x±1, y±1], os elementos x e y não são primos mas, nesta
álgebra, adquirem outra propriedade importante: são invertíveis.
Como tal, são também elementos invertíveis as suas imagens por um isomorsmo ϕ : Kq[x±1, y±1] −→ Kp[u±1, v±1] .
As unidades em Kq[x±1, y±1] são os termos monomiais, isto é,
elementos da forma λxiyj com λ ∈ K\{0}, i, j ∈ Z.
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Noções e resultados preliminares
Em Kq[x±1, y±1], os elementos x e y não são primos mas, nesta
álgebra, adquirem outra propriedade importante: são invertíveis. Como tal, são também elementos invertíveis as suas imagens por um isomorsmo ϕ : Kq[x±1, y±1] −→ Kp[u±1, v±1] .
As unidades em Kq[x±1, y±1] são os termos monomiais, isto é,
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Noções e resultados preliminares
Em Kq[x±1, y±1], os elementos x e y não são primos mas, nesta
álgebra, adquirem outra propriedade importante: são invertíveis. Como tal, são também elementos invertíveis as suas imagens por um isomorsmo ϕ : Kq[x±1, y±1] −→ Kp[u±1, v±1] .
As unidades em Kq[x±1, y±1] são os termos monomiais, isto é,
elementos da forma λxiyj com λ ∈ K\{0}, i, j ∈ Z.
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Comecemos por escrever ϕ(x) = αuivj e ϕ(y) = βukvl para alguns
α, β ∈ K , i , j , k, l ∈ Z.
Da relação yx = qxy resulta a seguinte equação em Kp[u±1, v±1]:
ϕ(y )ϕ(x ) = qϕ(x )ϕ(y ) ⇔ (βukvl)(αuivj) = q(αuivj)(βukvl)
⇔ αβpilui +kvj +l = qαβpjkui +kvj +l
o que implica, já que estamos num domínio,
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Comecemos por escrever ϕ(x) = αuivj e ϕ(y) = βukvl para alguns
α, β ∈ K , i , j , k, l ∈ Z.
Da relação yx = qxy resulta a seguinte equação em Kp[u±1, v±1]:
ϕ(y )ϕ(x ) = qϕ(x )ϕ(y ) ⇔ (βukvl)(αuivj) = q(αuivj)(βukvl)
⇔ αβpilui +kvj +l = qαβpjkui +kvj +l
o que implica, já que estamos num domínio,
pil −jk = q. (4)
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Por outro lado, as pré-imagens de u e v são invertíveis em Kq[x±1, y±1],
isto é, ϕ−1(u) = λxsyt e ϕ−1(v ) = µxmyn para alguns λ, µ ∈ K,
s, t, m, n ∈ Z.
Podemos escrever então:
u = ϕ(λxsyt) = λ(αuivj)s(βukvl)t = λαsβtpauis+ktvjs+lt;
v = ϕ(µxmyn) = µβ(αuivj)m(βukvl)n = µαmβnpbuim+knvjm+ln
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Por outro lado, as pré-imagens de u e v são invertíveis em Kq[x±1, y±1],
isto é, ϕ−1(u) = λxsyt e ϕ−1(v ) = µxmyn para alguns λ, µ ∈ K,
s, t, m, n ∈ Z.
Podemos escrever então:
u = ϕ(λxsyt) = λ(αuivj)s(βukvl)t = λαsβtpauis+ktvjs+lt;
v = ϕ(µxmyn) = µβ(αuivj)m(βukvl)n = µαmβnpbuim+knvjm+ln
para alguns expoentes a e b inteiros.
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Olhando apenas aos expoentes de u e v, obtém-se o seguinte sistema: is + kt =1 js + lt =0 im + kn =0 jm + ln =1 isto é, matricialmente: i k j l s m t n = 1 0 0 1 . Daqui resulta que il − jk = ±1 e portanto, p = q±1.
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Olhando apenas aos expoentes de u e v, obtém-se o seguinte sistema: is + kt =1 js + lt =0 im + kn =0 jm + ln =1 isto é, matricialmente: i k j l s m t n = 1 0 0 1 .
Daqui resulta que il − jk = ±1 e portanto, p = q±1.
Os isomorsmos possíveis entre planos e toros quânticos
Isomorsmo entre toros quânticos
Olhando apenas aos expoentes de u e v, obtém-se o seguinte sistema: is + kt =1 js + lt =0 im + kn =0 jm + ln =1 isto é, matricialmente: i k j l s m t n = 1 0 0 1 . Daqui resulta que il − jk = ±1 e portanto, p = q±1.
O problema do isomorsmo no q-anel de divisão
Caso geral: isomorsmo entre anéis de frações de
planos quânticos
O problema ainda se encontra em aberto. Alev e Dumas (1994) intro-duziram um invariante, que resolveu o problema no caso em q não é uma raiz da unidade.
Denição
Seja D uma álgebra de divisão sobre K. Denota-se por
G(D) o subgrupo multiplicativo [D∗, D∗] ∩ K∗, onde [D∗, D∗] =
haba−1b−1| a, b ∈ D∗i é o subgrupo gerado pelos comutadores.
O problema do isomorsmo no q-anel de divisão
Caso geral: isomorsmo entre anéis de frações de
planos quânticos
O problema ainda se encontra em aberto. Alev e Dumas (1994) intro-duziram um invariante, que resolveu o problema no caso em q não é uma raiz da unidade.
Denição
Seja D uma álgebra de divisão sobre K. Denota-se por
G(D) o subgrupo multiplicativo [D∗, D∗] ∩ K∗, onde [D∗, D∗] =
O problema do isomorsmo no q-anel de divisão
O invariante G(D)
G (D) = [D∗, D∗] ∩ K∗ é invariante por isomorsmo, isto é, dados
D1 = Kq(x , y ), D2 = Kp(u, v ) e um isomorsmo ϕ : D1 −→ D2,
tem-se que G(D1) = G (D2).
Proposição (Alev; Dumas (1994))
G (Kq(x , y )) = < q >
A junção dos dois resultados permite concluir que se dois anéis de frações à direita Kq(x , y ) e Kp(x , y ) são isomorfos então < q >=<
p >. Se q não for uma raiz da unidade, então p = q±1.
O problema do isomorsmo no q-anel de divisão
O invariante G(D)
G (D) = [D∗, D∗] ∩ K∗ é invariante por isomorsmo, isto é, dados
D1 = Kq(x , y ), D2 = Kp(u, v ) e um isomorsmo ϕ : D1 −→ D2,
tem-se que G(D1) = G (D2).
Proposição (Alev; Dumas (1994))
G (Kq(x , y )) = < q >
A junção dos dois resultados permite concluir que se dois anéis de frações à direita Kq(x , y ) e Kp(x , y ) são isomorfos então < q >=<
O problema do isomorsmo no q-anel de divisão
O invariante G(D)
G (D) = [D∗, D∗] ∩ K∗ é invariante por isomorsmo, isto é, dados
D1 = Kq(x , y ), D2 = Kp(u, v ) e um isomorsmo ϕ : D1 −→ D2,
tem-se que G(D1) = G (D2).
Proposição (Alev; Dumas (1994))
G (Kq(x , y )) = < q >
A junção dos dois resultados permite concluir que se dois anéis de frações à direita Kq(x , y ) e Kp(x , y ) são isomorfos então < q >=<
p >. Se q não for uma raiz da unidade, então p = q±1.
Automorsmos e anéis xos no q-anel de divisão
Automorsmos em K
q(x , y )
e elementos xos
Dado um automorsmo σ em Kq(x , y ) (um isomorsmo de Kq(x , y )
em Kq(x , y )), um elemento xo é um r ∈ Kq(x , y ) tal que σ(r) = r.
O conjunto dos elementos xos em Kq(x , y ) forma por sua vez o
cha-mado anel xo por σ e denota-se por Kq(x , y )σ.
Num artigo de 2014, Siân Fryer trabalhou com vários automorsmos de ordem nita, onde conseguiu estebelecer isomorsmos entre o q-anel de divisão e o seu anel dos elementos xos.
A m de ganhar maior intuição sobre a estrutura o q-anel de divisão, estudamos este artigo e procuramos em particular estender os resulta-dos de Fryer a um automorsmo de ordem 5:
ϕ : Kq(x , y ) −→ Kq(x , y )
Automorsmos e anéis xos no q-anel de divisão
Automorsmos em K
q(x , y )
e elementos xos
Dado um automorsmo σ em Kq(x , y ) (um isomorsmo de Kq(x , y )
em Kq(x , y )), um elemento xo é um r ∈ Kq(x , y ) tal que σ(r) = r.
O conjunto dos elementos xos em Kq(x , y ) forma por sua vez o
cha-mado anel xo por σ e denota-se por Kq(x , y )σ.
Num artigo de 2014, Siân Fryer trabalhou com vários automorsmos de ordem nita, onde conseguiu estebelecer isomorsmos entre o q-anel de divisão e o seu anel dos elementos xos.
A m de ganhar maior intuição sobre a estrutura o q-anel de divisão, estudamos este artigo e procuramos em particular estender os resulta-dos de Fryer a um automorsmo de ordem 5:
ϕ : Kq(x , y ) −→ Kq(x , y )
x 7−→ y ; y 7−→ x−1(y + q−1).
Automorsmos e anéis xos no q-anel de divisão
Automorsmos em K
q(x , y )
e elementos xos
Dado um automorsmo σ em Kq(x , y ) (um isomorsmo de Kq(x , y )
em Kq(x , y )), um elemento xo é um r ∈ Kq(x , y ) tal que σ(r) = r.
O conjunto dos elementos xos em Kq(x , y ) forma por sua vez o
cha-mado anel xo por σ e denota-se por Kq(x , y )σ.
Num artigo de 2014, Siân Fryer trabalhou com vários automorsmos de ordem nita, onde conseguiu estebelecer isomorsmos entre o q-anel de divisão e o seu anel dos elementos xos.
A m de ganhar maior intuição sobre a estrutura o q-anel de divisão, estudamos este artigo e procuramos em particular estender os resulta-dos de Fryer a um automorsmo de ordem 5:
ϕ : Kq(x , y ) −→ Kq(x , y )
Referências Bibliográcas
Referências Bibliográcas
(para quem quiser saber os detalhes)
[1] T.Y. Lam, Lectures on Modules and Rings, Springer-Verlag New York, 1999.
[2] J. Alev et F. Dumas, Sur le corps des fractions de certaines algèbres quantiques, J. Algebra, 170, 1994, 229-265.
[3] K. R. Goodearl et R. B. Wareld, An Introduction to Noncommuta-tive Noetherian Rings, London Math. Soc. Student Text Series, Vol. 16, Cambridge Univ. Press, London/New York, 1989.
[4] R. Coulibaly e K. Price, Factorization in Quantum Planes, Missouri J. Math. Sci. 18, No. 3, 2006, 197-205.
[5] L. Richard, Equivalence rationelle et homologie de Hochschild pour certaines algèbres polynomiales classiques et quantiques, tese de doutora-mento, Universidade Blaise Pascal, 2002.
[6] S. Fryer, The q-division ring and its xed rings, J. Algebra, 402, 2014, 358-378.