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Fazei tudo o que ele vos disser

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Academic year: 2021

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2º DOMINGO DO TEMPO COMUM

17 de janeiro de 2016

“Fazei tudo o que ele vos

disser”

Leituras: Isaías 62, 1-5; Salmo 96 (95), 1-2ab.3.7-10 (R/ 1a.3b); Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 12, 4-11; João 2, 1-11.

COR LITÚRGICA: VERDE

Animador: Terminado o Tempo do Natal, com a festa do Batismo do Senhor, até

Quarta-feira de Cinzas, no dia 10 de fevereiro, temos a intercalação de quatro domingos do Tempo Comum para acompanharmos e vivermos o mistério da revelação do Senhor ao seu povo. Nesta celebração estamos em Caná da Galileia para ver Jesus realizar seu primeiro sinal numa festa de casamento.

1. Situando-nos

O mistério que hoje celebramos é prolongamento da manifestação e Jesus como Salvador da humanidade.

Numa festa de casamento em Caná, Ele manifesta sua glória revelando sua identidade e a razão de sua vinda ao mundo; desposar toda a humanidade, formando um novo povo, que através de gestos de ações concretas e libertadoras, realize o banquete da vida e da alegria. É um fato epifânico, ainda como ressonância dos mistérios da manifestação, celebrados no Ciclo do Natal.

A liturgia deste domingo nos convida a perceber e acolher na fé, os sinais da presença amorosa do Senhor, nos fatos que tecem nosso cotidiano, no ritmo comum de nossa vida.

Maria símbolo da comunidade cristã, sempre atenta e serviçal, mediante a fé em Jesus faz o permanente apelo: “fazei tudo o que Ele vos disser”, tornando possível a festa da vida, as núpcias de |Deus com a humanidade.

2. Recordando a Palavra

Estamos ainda o espírito da Epifania, da manifestação de Deus em Jesus Na liturgia antiga, as festas dos Santos Reis, do Batismo do Senhor e das Bodas de Caná da Galileia, formavam a tríade da Epifania.

O Evangelho deste domingo é uma síntese que mostra o significado da obra, vida e morte de Jesus para a humanidade. Sintetiza sua atividade terrestre como uma ação que provoca a chegada da salvação revelando a glória do Pai.

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A esta das bodas em Caná é um anúncio convocador apara a adesão a Cristo. É o primeiro dos sete sinais que Joao evangelista escolhe para apontar o significado mais profundo da missão de Jesus. Como primeiro sinal, deve ser lido como início de uma séria. Celebrava-se as bodas, segundo a indicação do texto, no terceiro dia, dia simbólico, revelador da ressurreição do Senhor.

No Antigo Testamento, o casamento é símbolo do amor de Deus pela comunidade, pelo povo. No Novo Testamento, simbólica a união do Messias com a Igreja. Jesus Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.

Lá estavam Maria, mãe de Jesus, Jesus e seus discípulos. Jesus, introduzido por sua Mãe, toma parte na festa de casamento, assume o comando, faz servir o melhor vinho, faz voltar a alegria àquela reunião de excluídos da Galileia. O vinho é dom do amor: “tua boca é um vinho generoso”, diz o Cântico dos Cânticos (1,2.4;2,4; 4,10;7,10;8,2)e se anuncia como dom messiânico: “plantarão vinhedos e beberão seu vinho” (Am 9,13-14). Jesus não muda apenas qualquer água em vinho, mas a água para purificações rituais: “Havia na festa seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, com a capacidade de setenta a cem litros”. O Sinal é a mudança da água primeira Aliança em vinho abundante e da melhor qualidade da segunda Aliança realizada por Jesus.

Maria tem um papel importante nesse casamento, com autoridade de dar ordem aos que servem o vinho, orientando-os para obedecerem às instruções de Jesus – “façam tudo o que ele vos disser”! A sua função, conforme a tradição bíblica, é de mãe do noivo, Jesus tem a função do noivo que era comandar e manter a festa. Com a mãe, Jesus se retirou, no final da festa, para Cafarnaum.

As núpcias simbolizam a Aliança de Deus com o povo: Deus, o esposo; o povo, a amada, conforme diz a primeira leitura. Entre Deus e o povo do Primeiro Testamento, existia um pacto, uma aliança, como se fosse um casamento. O povo foi infiel por buscar vantagens materiais, o que era considerado prostituição. Deus, porém, é sempre fiel.

A primeira leitura usando a imagem do casamento, nos revela a alegria que Deus, o Esposo, sente por causa do povo, sua esposa, e nos coloca no contexto o pós-exílio e a reconstrução de Jerusalém. Os que retornaram do exílio são incentivados a plantar e a reconstruir tudo o que foi devastado, confiando que os exploradores não mais roubarão o fruto do trabalho.

A justiça, a salvação, a glória e a alegria concretizadas na união de Deus com seu povo consistem e se revelam na justiça e no direito de gozar plenamente do produto do próprio trabalho. É uma palavra de esperança para manter a confiança do povo e sua fé na fidelidade de Deus que ama seu povo como um esposo fiel.

O Salmo 96(95) expressa um clima de festa, porque Deus governa o mundo com retidão, justiça e fidelidade. Este hino apresenta vários convites: aclamar, entrar no átrio do templo com ofertas e adorar; a terra que era chamada a cantar, agora deve tremer na presença do Senhor. São convites universais, porque o Senhor governa com retidão e todos os povos.

A segunda leitura, da primeira Carta aos Coríntios, expressa que na diversidade de pessoas e de dons, a comunidade forma um só Corpo no mesmo Espírito. A comunidade de Corinto apresentava divisões, preferencias, sectarismos e, por isso, Paulo sublinha

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que a comunidade cristã é uma unidade que não exclui ninguém e supõe uma diversidade de dons e serviços para a edificação do bem comum.

Pelo Batismo, o Espírito anula distinções raciais, sociais, nacionais, e leva à fé comum e ao reconhecimento de que Jesus Cristo é o nosso Senhor e nós somos irmãos. A unidade não significa uniformidade, mas presume uma complementaridade rica e saudável, onde cada pessoa conserva sua originalidade, seu modo particular de ser, pensar falar e agir. Cada pessoa tem sua história e uma função própria e especial na construção da comum-unidade.

3. Atualizando a Palavra

A Palavra de Deus nos coloca hoje em um ambiente de festa. Festa que nos faz acabar com os velhos modelos de um mundo baseado na opressão, na exclusão, na discriminação, na competição e na exploração das pessoas e nos faz iniciar um mundo novo, no qual a lei é o amor que gera vida abundante para todos.

Hoje, de tantas maneiras a humanidade busca usufruir da festa da vida. Mas, o povo, em grande parte, está de jarras vazias; a religião quando desligada da vida não alimenta a comunhão com Deus. A tão sonhada união do divino com o humano não está plenamente realizada; ainda faltam a sensibilidade, a solidariedade e a justiça.

Falta vinho bom também em nossas jarras! Jesus pode transformar nosso vinho em vinho novo com sabor de sabedoria, solidariedade, justiça, bondade, verdade, cuidado com a vida, com as pessoas, com o meio ambiente, com as águas e com a nossa mãe Terra!

Em diversas regiões de nosso planeta sabemos de tantos que vivem na opulência e esbanjamento desmedido, sem escrúpulos e temor de Deus. A falta de sentido de Deus acaba tornando grande parte da humanidade insensível para os valores éticos, o respeito às demais pessoas com direito à vida digna e liberdade. Os interesses predominantes tornaram-se injustos, violentos, criminosos mesmo, para o restante da humanidade. E o pior é que vinho estragado que produzimos hoje, além de não nos saciar, estragará a existência de gerações futuras.

“As bodas de Caná, se reptem a cada geração, com cada família, com cada um de nós, e nossas tentativas para fazer com que nosso coração consiga alcançar amores duradouros, fecundos e alegres” (Papa Francisco, Homilia da Missa Campal no Equador, 06 de julho de 2015).

Para Francisco insistiu: “Olhem para Maria! O apelo hoje é que sejamos mulheres e homens como Maria de Nazaré, sensíveis e comprometidos em mudar o que falta na vida, na mesa e na festa do povo em todos os recantos do mundo. Como os serventes de Caná, saibamos atender ao pedido de Maria, a Nova Mulher: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Apresentemos a Deus a água de nossa realidade para que a sua ação a transforme em vinho de vida e salvação. Saibamos distribuir este vinho novo do Senhor entre todos os convidados para a festa da vida.

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

A Eucaristia é o momento privilegiado em que Jesus se entrega por aqueles que ama. Seu sangue derramado e seu corpo entregue por nós selam definitivamente a aliança entre Deus e a humanidade.

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Nossa resposta é a adesão a Jesus com o firme propósito de fazer tudo o que ele disser: Assim, estaremos constituindo a comunidade-esposa do Cordeiro por nós imolado. Como “esposa” a comunidade cristã vive na celebração, a “hora” de Jesus, a festa da nova aliança, selada pela Palavra e pela Eucaristia; “todas as vezes que celebramos este sacrifício, torna-se presente a nossa redenção” rezamos na oração sobre as oferendas. O Senhor nos oferece o vinho novo e abundante da salvação, sacramento de seu sangue, seu Espírito que nos santifica e transforma. Ele nos faz participantes de sua missão: irmãos e “serventes” na festa da Vida, para que todos possam gozar da alegria e da fartura.

Como Maria, sensíveis às necessidades e urgências da humanidade, intercedemos, suplicamos confiantes ao Senhor e, ao mesmo tempo nos colocamos em ação discreta, atenta e persistente para que aconteça a manifestação da glória de Deus, cresça a fé e seja salva a festa da Aliança entre Deus e a humanidade. Em Maria, realiza-se em plenitude a misericórdia do Pai, que é Jesus.

PRECES DOS FIÉIS

Presidente: Maria disse: “Fazei o que Ele vos disser”. Porém, hoje, queremos dizer ao Pai que atenda com carinho as preces que iremos fazer.

1. Senhor, que tua Igreja seja sinal desta nova e eterna Aliança, transformando a água da decepção, presente em tantos irmãos, no vinho novo da esperança e da alegria. Peçamos:

Todos: Maria, intercedei conosco ao Pai.

2. Senhor, que os nossos governantes possam lembrar-se dos famintos que vivem no mundo inteiro; daqueles que o sistema social proíbe de comer o pão cotidiano. Peçamos: 3. Senhor, que nossa comunidade possa ser anunciadora da esperança a tantos irmãos e irmãs que vivem revoltados e desgostosos de tudo. Peçamos:

4. Senhor, pelos muitos jovens que se perderam em vícios e entregaram suas vidas em futilidades, a fim de que se deixem tocar em seus corações para ouvir e testemunhar o que Jesus lhes orienta a fazer. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Senhor fique sempre ao nosso lado, para que a exemplo de Maria, possamos viver atentos às necessidades dos irmãos e irmãs e dispostos a servir a quem precisa. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:

Presidente: Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar constantemente da Eucaristia, pois todas as vezes que celebramos este sacrifício torna-se presente a nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

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Presidente: Penetrai-nos, ó Deus, com o vosso Espírito da caridade, para que vivam unidos no vosso amor os que alimentais com o mesmo pão. Por Cristo, nosso Senhor. Todos: Amém.

V. RITOS FINAIS - BÊNÇÃO E DESPEDIDA:

Presidente: Concedei, ó Deus, a vossos fiéis a bênção desejada, para que nunca se afastem de vossa vontade e sempre se alegrem com os vossos benefícios, Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

Referências

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