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Questões comentadas de Língua Portuguesa. Lições do Titanic

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Academic year: 2021

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Questões comentadas de Língua Portuguesa    Leia o texto para responder às questões de números 01 a 09.    Lições do Titanic    O naufrágio do Titanic traz tristes memórias, heroísmo, coragem, arrogância, fé, lendas  e  mitos.  Por  isso  e  pela  perda  de  cerca  de  1500  vidas,  é  tragédia  marcante  da  aventura  humana.  Diante  de  tal  lembrança,  conforta‐nos  a  sabedoria  de  aprender  com  os  erros,  que  pode e deve ser praticada por todos. 

Cem anos após a triste noite de 14 de abril de 1912, quando um iceberg interrompeu a  travessia do Atlântico entre Southampton (Reino Unido) e Nova York (EUA), a frustrada viagem  inaugural  do  navio  ainda  é  um  legado  de  preciosas  lições.  E  todas  se  aplicam  a  distintas  situações, inclusive na gestão empresarial. 

A primeira refere‐se à previsão relativa aos recursos de contingência. Nunca devem ser  menores  que  a  efetiva  demanda  em  casos  de  incidentes  e  acidentes.  Isso  vale  para  reservas  financeiras, alarmes, áreas de escoamento, estruturas e brigadas de incêndio. O Titanic tinha  só 16 botes salva‐vidas, muito aquém do ideal. 

A  segunda  lição  é  sobre  a  necessidade  de  testar  qualquer  equipamento,  máquina,  veículo,  processo  e  sistema  antes  de  ser  colocado  em  operação  comercial.  O  Titanic  teve  apenas  seis  horas  de  testes,  e  muito  abaixo  de  sua  velocidade  máxima.  Talvez  por  isso,  os  timoneiros não tenham conseguido manobrá‐lo com eficiência ante a iminência do choque. 

A  comunicação,  sempre  decisiva  e  estratégica,  é  o  objeto  da  terceira  lição.  O  Titanic  possuía  o  moderníssimo  telégrafo  do  Sistema  Marconi.  Porém,  muitos  não  sabiam  operar  aquela  “maravilha  sem  fio”  e  alguns  navios  que  poderiam  tê‐lo  socorrido  nem  sequer  contavam com ela. 

Os  meios  de  comunicação  —  incluindo  os  mais recentes,  como  redes  sociais, tráfego  de  dados,  G3,  G4  e  outros  recursos  cibernéticos  —  precisam  ser  bem  utilizados  e  todos  os  interlocutores devem compartilhá‐los de maneira eficaz no domínio da tecnologia. 

Outra  análise  importante  é  que  a  arrogância  nunca  deve  subjugar  o  bom  senso.  A  humildade  é  sempre  boa  conselheira,  mesmo  quando  a  autossegurança  resulta  de  grande  experiência ou baseia‐se no uso de avançada tecnologia. O excesso de confiança pode explicar  o  motivo  de  o  capitão  Smith  ter  ignorado  os  alertas  de  gelo  no  mar  e  ter  determinado  velocidade máxima.  Que a triste e centenária lembrança, registrada no Reino Unido e em todo o mundo,  não seja em vão. Aprender com os equívocos do passado nos capacita a um futuro sempre  melhor.  (Josué Gomes da Silva, Folha de S.Paulo, 15.04.2012. Adaptado)      01. Na opinião do autor, a trágica história do Titanic deve ser lembrada por que:    (A) esse foi o primeiro acidente a envolver um número elevado de mortes.  (B) as vítimas do naufrágio entregaram, voluntariamente, suas vidas em nome da fé e da  honra.  (C) o acidente oferece ensinamentos que podem ser úteis em variadas situações.  (D) a aventura do navio tornou‐se uma história de fantasia com função de distrair.  (E) esse foi o primeiro navio a, efetivamente, cruzar o Atlântico entre Southampton e Nova  York.   

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Resposta: C 

Comentário: Segundo o autor, no primeiro parágrafo, “conforta‐nos a sabedoria de aprender  com os erros(...)”. Analisando‐se as principais causas do desastre podemos traçar um paralelo  com  os  cuidados  que  os  investidores  devem  ter  na  condução  dos  seus  investimentos.  As  decisões  de  investimento  também  requerem  atenção,  disciplina,  prudência  e  entendimento  dos  riscos  envolvidos.  Todos  estes  faltaram  aqueles  que  decidiram  levar  uma  embarcação  gigantesca  navegando  perto  de  sua  velocidade  máxima  em  uma  noite  sem  lua  e  com  sucessivos  alertas  de  presença  de  icebergs  na  rota.  Portanto,  o  trágico  acidente  trouxe  ensinamentos úteis àqueles que colocam a ambição à frente da razão. 

   

02.  A  quantidade  de  recursos  de  contingência  do  Titanic,  para  enfrentar  eventuais  adversidades, era:    (A) inexistente.  (B) insuficiente.  (C) adequada.  (D) farta.  (E) excessiva.    Resposta: B  Comentário: A primeira das lições do legado deixado pelo trágico acidente refere‐se, como  podemos constatar no terceiro parágrafo, aos recursos de contingência que “nunca devem ser  menores que a efetiva demanda em casos de incidentes e acidentes”. Conclui‐se, assim, que a  previsão relativa aos recursos de contingência do Titanic foi insuficiente para a sua segurança.      03. A segunda lição deixada pelo Titanic evidencia que:    (A) qualquer produto testado por seis horas poderá entrar em operação comercial sem risco  de falhas.  (B) testes são necessários para avaliar se a operação comercial de qualquer produto foi  lucrativa.  (C) qualquer produto deve ser testado regularmente após entrar em operação comercial.  (D) testes rigorosos devem anteceder a operação comercial de qualquer produto.  (E) qualquer teste é garantia do bom desempenho comercial de um produto.    Resposta: D 

Comentário:  Em  se  tratando  de  equipamentos  complexos,  principalmente  quando  envolvem  transportes de seres humanos, há de se testar previamente de forma rigorosa, contínua e em  diversas  situações.  Veja  o  que  o  autor  diz  no  quarto  parágrafo:  “O  Titanic  teve  apenas  seis  horas de testes, e muito abaixo de sua velocidade máxima”.      04. O Titanic teve dificuldade para pedir socorro por que:    (A) estava com o aparelho de comunicação quebrado, devido ao choque com o iceberg.  (B) possuía um telégrafo que havia sido instalado incorretamente e, por isso, não funcionava.  (C) dispunha de um aparelho de comunicação de tecnologia obsoleta, que já não era usada  pelos outros navios.  (D) estava em uma zona remota do oceano, onde os aparelhos de comunicação não  funcionavam. 

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(E) tinha um telégrafo tão moderno que muitos desconheciam  como operar e alguns navios nem o possuíam. 

 

Resposta: E 

Comentário:  O  objeto  da  terceira  lição  da  frustrada  viagem  refere‐se  aos  equipamentos  de  comunicação  do  navio.  Podemos  notar  no  quinto  parágrafo  que  o  Titanic  possuía  um  moderníssimo  telégrafo  do  Sistema  Marconi,  porém  muitos  de  sua  tripulação  não  sabiam  operar o equipamento e  navios que estivessem por perto  e que poderiam socorrer o Titanic  não tinham equipamentos modernos para que houvesse a comunicação.      05. De acordo com o autor, o excesso de confiança do capitão Smith fez com que ele agisse  com:    (A) imprudência.  (B) sensatez.  (C) cautela.  (D) perspicácia.  (E) indecisão.    Resposta: A 

Comentário:  No  penúltimo  parágrafo  fica  evidente  o  comportamento  arrogante,  a  falta  de  precaução  e  prudência  do  capitão  Smith.  Veja  o  que  diz  o  autor:    “  O  excesso  de  confiança  pode  explicar  o  motivo  de  o  capitão  Smith  ter  ignorado  os  alertas  de  gelo  no  mar  e  ter  determinado  velocidade  máxima.”  Portanto,  concluímos  que  o  capitão  Smith  agiu  com  imprudência.      06. Na frase do quarto parágrafo — Talvez por isso, os timoneiros não tenham conseguido  manobrá‐lo com eficiência ante a iminência do choque. — a palavra iminência tem o sentido  de:    (A) falha.  (B) proporção.  (C) sequela.  (D) ameaça.  (E) comoção.    Resposta: D  Comentário: A palavra iminência (não confundir  com  seu parônimo eminência que significa  autoridade)significa “que ameaça acontecer em breve”. O contexto nos revela que a ameaça  de choque  contra um iceberg era provável e que os timoneiros foram ineficientes em  manobrar o navio.      

07.  No  trecho  —  Cem  anos  após  a  triste  noite  de  14  de  abril  de  1912,  quando  um  iceberg  interrompeu a travessia do Atlântico entre Southampton (Reino Unido) e Nova York (EUA), a  frustrada viagem inaugural do navio ainda é um legado de preciosas lições. (2.º parágrafo) — o  antônimo da palavra frustrada é:    (A) desconhecida.  (B) bem‐sucedida. 

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(C) fracassada.  (D) mal‐acabada.  (E) desacreditada.    Resposta: B  Comentário: A palavra frustrada pode ser definida como aquilo que não sucedeu como se  esperava, que falhou. O oposto de sentido da referida palavra é bem‐sucedida, ou seja, que  obteve êxito na execução.         08. O termo que tem significação de possibilidade ou incerteza está destacado em:    (A) O Titanic teve apenas seis horas de testes, e muito abaixo de sua velocidade máxima.  (B) Talvez por isso, os timoneiros não tenham conseguido manobrá‐lo com eficiência ante a  iminência do choque.  (C) Porém, muitos não sabiam operar aquela “maravilha sem fio” e alguns navios que  poderiam tê‐lo socorrido nem sequer contavam com ela.  (D) Outra análise importante é que a arrogância nunca deve subjugar o bom senso.  (E) Aprender com os equívocos do passado nos capacita a um futuro sempre melhor.    Resposta: B  Comentário: As palavras destacadas são advérbios expressando circunstâncias diversas. Em A  e C, tais advérbios significam respectivamente somente e ao menos; em D e E são advérbios de  negação e tempo respectivamente. A incerteza ou possibilidade está contida na alternativa B  com o advérbio de dúvida talvez, gerando um pensamento hipotético do autor sobre o fato de  os timoneiros não conseguirem manobrar o navio.      09. Considerando as regras de regência do verbo capacitar, o termo destacado em —  Aprender com os equívocos do passado nos capacita a um futuro sempre melhor. (último  parágrafo) — pode ser substituído, sem alteração do sentido da frase, por:    (A) em  (B) sob  (C) com  (D) entre  (E) para    Resposta: E  Comentário: A regência do verbo capacitar exige as preposições a ou para, pois ambas  possuem o sentido de finalidade, objetivo.       10. Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.    (A) O naufrágio do Titanic deixou, tristes memórias a todos nós.  (B) A sabedoria de aprender, com os erros do passado conforta‐nos.  (C) Sempre decisiva e estratégica, a comunicação é o objeto da terceira lição.  (D) Mesmo com grande experiência a humildade, é sempre boa conselheira.  (E) Todos os interlocutores, devem compartilhar, os meios de comunicação.    Resposta: C 

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Comentário: Em (A), não se deve usar a vírgula para separar o verbo (deixou) de seus  complementos (memórias tristes a todos nós); em (B), a vírgula não pode separar o sujeito de  seus adjuntos adnominais (A sabedoria de aprender com os erros); em (D), não se usa vírgula  entre o sujeito e o predicado [... a humildade (sujeito) é sempre boa conselheira (predicado)];  em (E) a vírgula está mal empregada ao separar sujeito e predicado [Todos os interlocutores  (sujeito) devem compartilhar...(predicado)] e locução verbal e seu complemento [... devem  compartilhar (locução verbal) os meios de comunicação (complemento verbal). A alternativa  correta é a letra (C) pois a vírgula separa o aposto  (sempre decisiva e estratégica)  que  caracteriza  comunicação.      11. A concordância nominal está de acordo com a norma‐padrão da língua portuguesa em:    (A) A aventura do Titanic foi interrompida por um iceberg.  (B) Incidentes e acidentes devem ser previsto em qualquer viagem.  (C) As tecnologias da comunicação precisam ser compartilhada.  (D) A arrogância fez com que os alertas de gelo no mar fossem ignorado.  (E) Que as vítimas do Titanic não sejam esquecido.    Resposta: A  Comentário:  A alternativa (A) está correta,pois obedece às regras de concordância nominal: o  núcleo  do  sujeito  (aventura)  concorda  em  gênero  com  o  predicativo  (interrompida).  Nas  demais  alternativas  o  correto  é:  (B),  Incidentes  e  acidentes  devem  ser  previstos...;  (C),  As  tecnologias  da  comunicação  precisam  ser  compartilhadas;  (D),  A  arrogância  fez  com  que  os  alertas de gelo no mar fossem ignorados; (E), Que as vítimas do Titanic não sejam esquecidas.    Leia o texto para responder às questões de números 12 a 17.    Soa improvável, sei, mas de acordo com alguns autores a maior ameaça à humanidade  não são as bombas nucleares nem as mudanças climáticas. São os computadores. Dizem que  eles ficarão mais inteligentes do que a gente, se isso já não aconteceu, e assumirão o controle.  Sempre  achei  essa  ideia  duvidosa.  Consigo  entender  o  perigo  dos  explosivos  atômicos,  e  as  mudanças climáticas me aterrorizam, mas os computadores? Basta puxar o fio da tomada. 

Ou  não.  Foi  o  que  pensei,  dia  desses,  durante  um  evento  sobre  energia  renovável.  Falava  um  doutor  inglês  dos  mais  competentes.  Logo  mais,  dizia  ele,  vamos  economizar  eletricidade através de informática caseira. Ela vai nos cobrar tarifas diferenciadas de acordo  com a função de cada eletrodoméstico e o horário. Ligar o secador de cabelo na hora do pico,  entre 18 e 22 horas, por exemplo, vai custar uma nota. Já quem quiser ver televisão durante a  manhã vai pagar pouco. 

Os  preços  serão  organizados  por  um  telão  feito  pela  Nintendo,  ou,  talvez,  outro  fabricante  de  videogames  ou  celulares,  explicou.  Todos  nós  poderemos  competir  para  ver  quem  economiza  mais  energia.  Não  estou  inventando  nada.  Ouvi  tudo  isso  do  inglês.  Ganharemos pontos — e dinheiro — se, por exemplo, deixarmos de utilizar a escova de dentes  elétrica, optando pelo modelo manual. 

Tive  uma  revelação  paranoica  nesse  momento.  É  assim  que  as  máquinas  tomam  o  poder,  pensei.  Mas  logo  afastei  a  ideia.  Sou  fã  da  informática.  Gosto  dos  computadores,  até  mais do que eles gostam de mim, desconfio.  (Matthew Shirts, O jacaré e o computador, http://vejasp.abril.com.br.  Adaptado)    12. No texto, o autor relata:   

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(A) a experiência de testar computadores projetados para realizar tarefas domésticas.  (B) a recente descoberta de que as máquinas são capazes de controlar alterações climáticas.  (C) um pensamento que teve acerca da informática, durante um evento sobre energia  renovável.  (D) a recente notícia de que já se fabricam computadores mais letais do que os explosivos  atômicos.  (E) os ensinamentos de um palestrante a respeito de mudanças climáticas que ameaçam a  humanidade.    Resposta: C  Comentário: No segundo parágrafo, o autor relata: “ Foi o que pensei, dia desses, durante um  evento sobre energia renovável.” Portanto, ele teve um pensamento e não uma experiência,  descoberta, notícia ou ensinamentos de um palestrante.      13. No trecho — Dizem que eles ficarão mais inteligentes do que a gente, se isso já não  aconteceu, e assumirão o controle. (1.º parágrafo) — a expressão destacada pode ser  substituída, sem prejuízo do sentido do texto, por:    (A) como isso já não acontecia.  (B) portanto isso já não aconteça.  (C) embora isso já não acontecesse.  (D) em vista disso já não acontecer.  (E) caso isso já não tenha acontecido.    Resposta: E  Comentário: A expressão destacada inicia‐se pela conjunção condicional se, a mesma relação  de condição se aplica à conjunção caso na alternativa (E).      14. Segundo afirmação no primeiro parágrafo do texto, o autor sempre considerou _________  a ideia de que os computadores são a maior ameaça à humanidade. Assinale a alternativa que  completa corretamente a lacuna do texto.    (A) acertada  (B) questionável  (C) consistente  (D) brilhante  (E) plausível    Resposta: B  Comentário: O autor coloca em dúvida a ideia de que os computadores são a maior ameaça à  humanidade no seguinte trecho do texto: “Sempre achei essa ideia duvidosa”, portanto se a  ideia é duvidosa, é também questionável.       15. De acordo com o doutor inglês, no futuro,    (A) o consumo de energia será tarifado por meio da informática caseira.  (B) os aparelhos elétricos serão tão econômicos quanto os aparelhos manuais.  (C) o uso de eletrodomésticos será proibido entre 18 e 22 horas.  (D) os computadores serão projetados para operarem sem energia elétrica. 

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(E) os eletrodomésticos serão vendidos por fabricantes de videogames ou celulares.    Resposta: A  Comentário: De acordo com o autor, o doutor inglês dizia que no futuro, “vamos economizar  eletricidade através de informática caseira. Ela vai nos cobrar tarifas diferenciadas de acordo  com a função de cada eletrodoméstico e o horário.”  Portanto, a alternativa correta é a letra A.      16. A partir da leitura do último parágrafo, é correto concluir que o autor    (A) gosta da ideia de que as máquinas sejam capazes de assumir o controle.  (B) imagina ser beneficiado se um dia as máquinas controlarem a humanidade.  (C) deixa‐se convencer de que ter as máquinas no comando é uma ótima ideia.  (D) associa a ideia de que as máquinas possam tomar o poder a uma revelação paranoica.  (E) alegra‐se com a descoberta de que já está sendo controlado pelas máquinas.    Resposta: D 

Comentário:  Podemos  concluir  que  o  autor  ao  se  deparar  com  a  inteligência  dos  computadores teme  que as máquinas possam substituir o ser humano e relaciona essa ideia  comparando com uma revelação paranoica.      17. Na frase — Sou fã da informática. — a expressão em destaque pode ser corretamente  substituída, no que se refere à regência nominal, por:    (A) favorável com a  (B) favorável pela  (C) favorável da  (D) favorável à  (E) favorável na    Resposta: D  Comentário: A palavra favorável rege a preposição a, por exemplo: “Ela é favorável a passeios  noturnos.” Considerando a preposição a exigida por favorável, notamos que o termo regido  (informática) é feminino, portanto ocorre aqui um caso do fenômeno da crase.       18. Assinale a alternativa correta quanto à concordância das formas verbais em destaque.    (A) Haviam mais de mil pessoas participando do evento sobre energia renovável.  (B) Devem ser duas da tarde e a palestra do pesquisador inglês começará em instantes.  (C) Apareceu muitos convidados ilustres para ouvirem o especialista falar.  (D) Pode existir muitas máquinas capazes de substituir os homens em algumas funções.  (E) Vão fazer anos que a informática deixou de ser usada apenas em situações de trabalho.    Resposta: B  Comentário: Em (A), o verbo haver quando empregado com o sentido de existir, fica no  singular, independentemente do tempo verbal; em B, na locução verbal, o verbo auxiliar  (devem) concorda com as horas (duas da tarde...), portanto alternativa correta; em (C), o  verbo (aparecer) deve concordar com  o sujeito (muitos convidados ilustres), ou seja, o correto  é Apareceram muitos convidados...; em (D), na locução verbal, o verbo auxiliar (pode) 

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concorda com o sujeito (muitas máquinas...), o correto é “podem existir muitas máquinas...”;   em (E), quando o verbo fazer é associado a outro na indicação de tempo vem sempre no   Singular, sendo assim, o correto é “Vai fazer anos...”      19. A colocação pronominal está de acordo com a norma‐padrão da língua portuguesa em:    (A) Ainda espera‐se que o homem tenha controle sobre as máquinas.  (B) Os explosivos atômicos são perigos que impõem‐se à humanidade.  (C) Já não imagina‐se um futuro sem a presença das máquinas.  (D) Ninguém considera‐se ameaçado por seu próprio computador.  (E) O doutor inglês especializou‐se no estudo de energias renováveis.    Resposta: E  Comentário: Podemos notar que o pronome se é colocado em todas as alternativas após o  verbo, nesse caso chamamos de  ênclise este tipo de colocação. Com exceção da alternativa E,  em todas as outras alternativas temos palavras que atraem o pronome para si, como em (A), o  advérbio ainda; em (B) o pronome relativo que; em (C) e (D)  palavras negativas não e ninguém  respectivamente, devendo ocorrer assim a próclise que é a colocação do pronome antes do  verbo.      20. Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado corretamente.    (A) Houve um congresso dedicado à discussão da sustentabilidade.  (B) Vários especialistas foram convidados à participar do evento.  (C) A palestra do inglês foi tão interessante que agradou à todos.  (D) Após a palestra, ele respondeu à uma série de perguntas.  (E) Haverá um novo encontro para voltarmos à esse tema.    Resposta:  A  Comentário: Em (A),  a palavra dedicado rege a preposição a que se funde com o artigo exigido  pelo substantivo feminino discussão, ocorrendo assim o fenômeno da crase. Nas demais  alternativas não usamos a crase: em (B), antes de  verbo no infinitivo (participar); em (C), antes  de pronome indefinido (todos); em (D); antes do artigo indefinido (uma) e em (E), antes de  pronome demonstrativo (esse).            Leia o texto para responder às questões de números 21 a 25.    Cidadania e igualdade    Mais do que em outras épocas da nossa história, o momento em que ingressamos num  novo século exige a construção da cidadania e a implementação dos direitos humanos como  tarefa de urgência. Realizá‐la implica uma série de atitudes que envolvem, antes de mais nada,  o  indivíduo,  o  seu  grupo,  a  comunidade  e  os  diversos  segmentos  da  sociedade.  Impõe‐se  a  cada  pessoa  o  desafio  de  acreditar  ‐  ou  voltar  a  acreditar,  se  perdeu  tal  crença  ‐  na  possibilidade  de  uma  sociedade  justa  e  solidária,  exercitando  uma  nova  consciência  crítica, 

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conhecendo  a  realidade  em  suas  várias  nuances  e  mudando  o  que  precisa  ser  mudado  para  uma vida melhor. 

   

Ter  consciência  crítica  significa  também  saber  analisar,  com  realismo,  as  causas  e  os  efeitos das situações que precisam ser enfrentadas, para, a partir dessa atitude, descobrir os  melhores caminhos na busca da transformação social, política, econômica e cultural. Significa,  do mesmo modo, abrir‐se para as mudanças e capacitar‐se, de todas as formas, para absorvê‐ las.  Há  hoje  cada  vez  mais  espaços  para  ações  de  parceria  voltadas  ao  desenvolvimento  sustentado e à realização dos direitos humanos. 

   

O desafio apresenta‐se de duas formas. De um lado, é preciso abrir‐se para além dos  círculos  fechados  em  que  as  pessoas  normalmente  vivem,  estimulando  o  respeito  e  a  cooperação por uma sociedade com menores desigualdades, e de outro, para exercer o direito  de  cobrar  das  instituições  do  Estado  a  sua  responsabilidade  na  preservação  dos  direitos  humanos.  O  desafio  essencial  de  cada  um  de  nós  é  e  sempre  será  fazer  respeitar  a  nossa  condição de ser humano vocacionado a uma vida digna e solidária. 

 

O  princípio  de  igualdade  é  a  base  da  cidadania  e  fundamenta  qualquer  constituição  democrática  que  se  proponha  a  valorizar  o  cidadão.  Não  é  diferente  com  a  nossa.  Na  Constituição  de  1988,  o  direito  à  igualdade  destaca‐se  como  tema  prioritário  logo  em  seu  artigo 5º : ''Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se  aos  brasileiros  e  aos  estrangeiros  residentes  no  país  a  inviolabilidade  do  direito  à  vida,  à  liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)''  (Guia Cidadania e Comunidade)        21.  A realização da ''tarefa de urgência'', de que trata o primeiro parágrafo do texto, exige    (A) iniciativas enérgicas por parte do poder estatal.  (B) a defesa do convívio em círculos sociais restritos.  (C) uma nova reforma constitucional.  (D) uma alteração no fundamento da Constituição de 1988.  (E) novas atitudes dos indivíduos e dos grupos sociais.    Resposta: E 

Comentário:  Segundo  o  autor,  “o  momento  que  ingressamos  num  novo  século  exige  a  construção da cidadania e a implementação dos direitos humanos como tarefa de urgência”.  Há, assim, a necessidade de uma nova postura, uma nova atitude mais arrojada para encarar  as dificuldades dos novos tempos.      22.  Considere as seguintes afirmações:  I. As ''duas formas'' de desafio de que trata o 3o parágrafo acentuam a importância do papel  da iniciativa do Estado. 

II.  A  frase  Não  é  diferente  com  a  nossa,  no  penúltimo  parágrafo,  lembra  que  o  princípio  da  igualdade é básico também na Constituição brasileira. 

III. O direito à igualdade, tratado no artigo 5o da Constituição de 1988, é amplo em relação aos  cidadãos brasileiros e restrito em relação a todos os demais.  

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Em relação ao texto, está correto o que se afirma em    (A) I, somente.  (B) II, somente.  (C) I e II, somente.  (D) II e III, somente.  (E) I, II e III.    Resposta: B  Comentário: Em I, trata da importância do papel da iniciativa das pessoas e não do Estado; Em  II, o princípio da igualdade é base para qualquer constituição democrática, assim como a  brasileira, portanto está correto; em III, o direito de igualdade se estende também aos  estrangeiros residentes no país, portanto não é restrito aos demais. Somente a II está correta.      23.  O texto manifesta a necessidade premente de se evitar    (A) uma análise realista das causas e efeitos das situações que precisam ser enfrentadas.  (B) a prática de cobrar de setores do Governo suas responsabilidades constitucionais.  (C) a tendência de se viver no interior de círculos sociais fechados e estanques.  (D) a discriminação social, a não ser nos casos previstos no artigo citado da atual Constituição.  (E) qualquer desafio que diga respeito a mudança de atitude ou de hábitos tradicionais.    Resposta: C  Comentário: Segundo o texto,  é preciso abrir‐se para além dos círculos fechados em que as  pessoas normalmente vivem. Sendo assim, o texto prega que se evite a tendência de viver no  interior de círculos fechados.      24.  No contexto do 1o parágrafo, os elementos que constituem a enumeração o indivíduo, o  seu grupo, a comunidade e os diversos segmentos sociais    (A) estão dispostos numa ordem casual e arbitrária.  (B) obedecem à sequência lógica do mais geral para o mais particular.  (C) são todos eles alternativos e excludentes entre si.  (D) estão dispostos numa progressão do particular para o geral.  (E) são todos eles sinônimos entre si.    Resposta: D  Comentário: os elementos dispostos estão colocados numa progressão do restrito para o  amplo, ou seja, do particular (indivíduo) para o geral (diversos segmentos sociais).       25.  Considerando‐se o contexto, traduz‐se corretamente o sentido de uma frase do texto em:    (A) em suas várias nuances = em seus diversos aspectos.  (B) implementação dos direitos humanos = preservação da assistência humanitária.  (C) vocacionado a uma vida solidária = ambientado no regime da privacidade.  (D) tema prioritário = questão de alguma relevância.  (E) inviolabilidade do direito à vida = protelação da garantia de vida.     

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Resposta: A  Comentário: A palavra nuance significa detalhe, característica distinta e de acordo com o  contexto várias nuances e diversos aspectos possuem o mesmo sentido.       26.  Sentou‐se ___ mesa e pôs‐se ___ reescrever uma ___ uma as páginas do trabalho.     (A) a / a / à  (B) a / à / à  (C) à / a / a  (D) à / à / à  (E) à / à / a    Resposta: C  Comentário: Ocorre crase em locuções adverbiais de lugar (à mesa); não se usa a crase antes  de verbos no infinitivo (a reescrever); não ocorre crase com as expressões formadas de  palavras repetidas (uma a uma).      27.  Assinalar a opção que apresenta ERRO na colocação pronominal:    a) Nunca me importei  com esse assunto.  b) Quando se levantou, olhou‐me fixamente.  c) A mãe  jamais o entendeu.  d) Todos a querem para o trabalho escolar.  e) Não falar‐lhe‐ei a teu respeito.      Resposta: E  Comentário:  (A) está correta porque nunca (advérbio) é palavra de atração (advérbio); (B)  está correta porque quando é palavra de atração; após vírgula, o pronome vem depois do  verbo; (C) está certa porque jamais é palavra de atração (advérbio de tempo); (D) temos o  pronome indefinido todos atraindo o pronome oblíquo átono. (E) está errada, pois o advérbio  não atrai o pronome; o correto é: Não lhe falarei a teu respeito.      28. Indique a alternativa correta:    (A) Tratavam‐se de questões fundamentais.  (B) Comprou‐se terrenos no subúrbio.  (C) Precisam‐se de datilógrafas.  (D) Reformam‐se ternos.  (E) Obedeceram‐se aos severos regulamentos.    Resposta: D  Comentário: A alternativa (D) está correta, visto que o “se” é classificado como pronome  apassivador, tendo como sujeito da oração a palavra “ternos”; somente os verbos transitivos  diretos têm voz passiva, assim, podemos dizer ternos são reformados.  (A), (C) e (E) estão   incorretas porque verbos transitivos indiretos com a partícula se devem ficar no singular  (respectivamente Tratava‐se, Precisa‐se, Obedeceu‐se); (B) está incorreta porque o verbo  transitivo direto (comprou) deve concordar com o termo que recebe a ação (terrenos), assim   Compraram‐se terrenos... 

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29. Indique onde há erro de regência nominal:    (A) Ele é muito apegado em bens materiais.  (B) Estamos fartos de tantas promessas.  (C) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.  (D) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.  (E) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.    Resposta: A  Comentário: Na alternativa (A) a palavra apegado rege a preposição a e não em. O correto é “  Ele é muito apegado a bens materiais.” As demais apresentam regência correta.      30. Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.    (A) Os alunos, inquietos, esperavam o resultado da prova;  (B) Inquietos, os alunos esperavam, o resultado da prova;  (C) Os alunos, esperavam inquietos o resultado da prova;  (D) Os alunos, esperavam, inquietos, o resultado da prova;  (E) Os alunos inquietos o resultado do prova esperavam.      Resposta: A  Comentário: Alternativa (A) está correta. Inquietos funciona  como predicativo do sujeito,  conferindo uma característica transitória ao termo "os alunos"; portanto, por estar deslocado,  é obrigatório o uso das vírgulas. Alternativa (B) está incorreta porque não se pode separar o  verbo "esperar" do seu objeto direto "o resultado". Alternativa (C) está incorreta porque não  se separa por vírgula o sujeito do seu predicado. Alternativa  (D) está incorreta porque sujeito  e predicado estão separados por vírgula, o mesmo que aconteceu na alternativa anterior.   Alternativa (E) está incorreta, o predicativo do sujeito (inquietos)  por conferir uma  característica transitória, à frase, deve figurar entre vírgulas.                                        

Referências

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