Cap´ıtulo
6
Transmissão de Sinais através de
Redes Lineares
Comodis utidonos apítulosanteriores,trabalharemos omaSériedeFourier eTransformadasdeFourier
1 .
6.1 Sistemas
Segundo Lathi [1℄, os sistemas podem ser lassi ados generi amente nas seguintes ategorias:
1. Sistemaslinearesenãolineares;
2. Sistemas omparâmetros onstantesou omparâmetrosvariandonotempo;
3. Sistemasinstantâneos(semmemória)oudinâmi os( ommemória);
4. Sistemas ausaisounão ausais;
5. Sistemas ontínuosoudis retosnotempo;
6. Sistemasanalógi osedigitais;
7. Sistemasinversíveisounãoinversíveis;
8. Sistemasestáveisouinstáveis. 1
Osexemplosreferen iados aolongodestetexto,os quaissãoapresentadosaseguir,são exemplosdoslivros:i.OPPENHEIM,A.,WILLSKYA.,Signal&Systems,2ndEd., Prenti e-Hall,1996[3℄,ii. LATHI,B.P.,SinaiseSistemasLineares,2nd Ed.,Bookman,2004[1℄e iii. OLIVEIRA,H.M.,FundamentosdaEngenhariadeTele omuni ações,Departamentode
Outras lassi ações, tais omo sistemas determinísti os e probabilísti os, estãoalémdoes opodestadis iplina.
As redes Lineares são aquelas ara terizadas por uma resposta (saída) a uma ombinaçãolineardeex itações(entradas)éiguala ombinaçãolineardas respostasde adaex itação atuandoseparadamente,portanto,se
x
1
(t)
S.L.
−→
y
1
(t)
ex
2
(t)
S.L.
−→
y
2
(t),
emque
x
i
éaex itação(entrada)ey
i
éaresposta(saída),então,paratodox
1
ex
2
,αx
1
(t) + βx
2
(t)
S.L.
−→
αy
1
(t) + βy
2
(t).
Os sistemas invariantes no tempo, também onhe idos om sistemas om parâmetros onstantes,apresentamadi ionalmenteapropriedadede esta ional-idade,ouseja,
x(t)
−→
S.L.
y(t),
emque
x
i
éaex itação(entrada)ey
i
éaresposta(saída),então,x(t − τ )
−→
S.L.
y(t − τ ).
Exemplo6.24
Exemplosdesistemaslineares omparâmetros onstantes,sãosistemasregidosporequações diferen iaslineares om oe ientes onstantes,assim,oltro
RC
,mostradonaFigura6.10,é umsistemalinearinvariante,poisossinaisdeentradaesaídaobede emaequaçãodiferen ial lineard
dt
y(t) +
1
RC
y(t) =
1
RC
x(t)
Figura6.1: Filtro
RC
integradorsimples.⋄
6.1.1 Resposta de um Sistema Linear
Toda a abordagem realizada será fo ada em sistemas SISO (single-input, single-out-put),ouseja,úni aentrada,úni asaída.
Asaídadeumsistemapara
t ≥ 0
éoresultadodeduas ausasindependentes: a ondiçãoini ial do sistema (ouoestadodo sistema) parat = 0
eaentradax(t)
parat ≥ 0
. Se um sistema é linear, a saída deve ser a soma das suas omponentesresultantesdestaduas ausas. Parao ir uitoRC
daFigura6.10, arespostay(t)
édeterminada omosendoy(t) =
v
C
(0)
| {z }
omponenteentradanula+ Rx(t) +
1
C
Z
t
0
x(τ )dτ
|
{z
}
omponenteestadonulo
.
Fazendo
x(t) = 0
, a laroqueasaídaseráy(t) = v
C
(0)
,logo,denimosv
C
(0)
omosendoa omponentedeentradanuladarespostay(t)
.SegundoLathi[1℄,quasetodosossistemasobservadosnapráti asetornam nãolinearesquandosinaisgrandesosu ientesãoapli adosaeles. Entretanto, épossívelaproximaramaioriadossinaisnãolinearesporsistemaslinearespara análisedepequenossinais.
DevidoapropriedadedosSistemasLineares,de omposição,podemos des r-everumaentradaqualquer
x(t)
pelasoma defunçõesmaissimples,daformax(t) = a
1
x
1
(t) + a
2
x
2
(t) + · · · + a
m
x
m
(t),
então,pela linearidade,aresposta
y(t)
édadapory(t) = a
1
y
1
(t) + a
2
y
2
(t) + · · · + a
m
y
m
(t),
emque
y
k
(t)
éarespostadeestadonuloaentradax
k
(t)
.Por exemplo, onsidere uma entrada arbitrária
x(t)
, omo mostrada na Figura 6.2, em que aproximamosx(t)
pela soma de pulsos retangulares de largura∆t
e alturas variáveis. Quando fazemos∆t → 0
, a aproximação é melhorada,ouseja,quandoospulsosretangularessetornamimpulsos,δ
. Dessa forma, uma entrada arbitrária pode ser substituída pela soma ponderada de impulsos unitários. Portando, se soubermos a resposta do sistema a um im-pulso unitário,h(t)
, podemos determinaimediatamente a respostadosistema auma entrada qualquerx(t)
atravésdasoma dasrespostasdosistema a ada omponenteimpulsodex(t)
.Figura6.2: Representaçãodesinaisemtermosde omponentes dedegrau.
Utilizandoapropriedadedasuperposiçãoparadeterminararespostaso sis-temaaumaentradaarbitrária
x(t)
,ini ialmentedenimosumpulsoretangularp(t)
dealturaunitáriaelargura∆τ
,similaraFigura6.2. Logo,x(t)
éasomade pulsosretangularesestreitos,assimumpulsoemt = n∆t
possuialturax(n∆t)
, epodeserexpressoporx(n∆t)p(t − n∆t)
,assimx(t) = lim
∆t→0
X
t
x(n∆t)p(n∆t)
= lim
∆t→0
X
t
x(n∆t)
∆t
p(t − n∆t)∆t
Quando
∆t → 0
, a altura desta faixa tende a∞
, mas sua área permane ex(n∆t)
,logo,estafaixaseaproximadoimpulsox(n∆t)δ(t − n∆t)
para∆t → 0
. Portanto,x(t) = lim
∆t→0
X
t
x(n∆t)δ(t − n∆t)∆t.
Paradeterminararespostaparaesseimpulso
x(t)
, iremos onsideraraentrada eosparesdesaída orrespondentes[1℄,logo:entrada
=⇒
saídaδ(t) =⇒ h(t)
δ(t − n∆τ ) =⇒ h(t − n∆τ )
[x(n∆τ )∆τ ] δ(t − n∆τ ) =⇒ [x(n∆τ )∆τ ] h(t − n∆τ )
lim
∆τ →0
X
t
[x(n∆τ )∆τ ] δ(t − n∆τ )
|
{z
}
x(t)
=⇒ lim
∆τ →0
X
t
[x(n∆τ )∆τ ] h(t − n∆τ )
|
{z
}
y(t)
.
Portanto,y(t) = lim
∆t→0
X
t
x(n∆t)h(t − n∆t)∆t;
=
Z
∞
−∞
x(τ )h(t − τ )dτ.
Observe a resposta do sistema
y(t)
a uma entrada arbitráriax(t)
em termos darespostah(t)
doimpulsounitário. Conhe endoh(t)
podemosdeterminara respostay(t)
aqualquerentrada.6.2 Integral de Convolução
Aintegralde onvolução,produtode onvoluçãoousimplesmente onvolução édenida omo
x
1
(t) ∗ x
2
(t) =
Z
∞
−∞
x
1
(τ )x
2
(t − τ )dτ,
(6.1)eéumaoperaçãolargamenteutilizadanaanálisedesinais.
6.2.1 Propriedade da Integral de Convolução
•
Comutati a:x
1
(t) ∗ x
2
(t) = x
2
(t) ∗ x
1
(t)
;•
Distributiva:x
1
(t) ∗ [x
2
(t) + x
3
(t)] = x
1
(t) ∗ x
2
(t) + x
1
(t) ∗ x
3
(t)
;•
Asso iativa:x
1
(t) ∗ [x
2
(t) ∗ x
3
(t)] = [x
1
(t) ∗ x
2
(t)] ∗ x
3
(t)
;•
Deslo amento: Sex
1
(t) ∗ x
2
(t) = c(t)
,entãox
1
(t) ∗ x
2
(t − T ) = x
1
(t − T ) ∗
x
2
(t) = c(t − T )
,ex
1
(t − T
1
) ∗ x
2
(t − T
2
) = c(t − T
1
− T
2
)
; Exemplo6.25Cal ule a onvolução de
x(t) = tu(t)
omh(t) = u(t)
, ilustrado na Figura 6.3(a) e Figura 6.3(b). Solução: Paraavaliaraintegralde onvolução, geralmente utiliza-seo pro- edimentográ oparaauxiliarnadeterminaçãodosintervalosdeintegração,verFigura6.3. Assim,sabe-seque:y(t) = x(t) ∗ h(t) =
Z
∞
−∞
x(τ )h(t − τ )dτ,
omo
x(t) = tu(t)
eh(t) = u(t)
,tem-sex(τ ) = τ u(τ )
eh(t − τ ) = u(t − τ );
verFigura6.3(a)eFigura6.3(d).Como
u(τ ) = 1
eu(t − τ ) = 1
,logo,y(t) =
Z
t
0
τ dτ ;
=
t
2
2
.
Observequepeladeniçãodossinais,
y(t) = 0
quandot < 0
,assim,y(t) =
t
2
2
u(t).
⋄
Exemplo6.26 Cal ulea onvoluçãodeh(t) = e
−
2t
u(t)
omumaentradax(t) = e
−
t
u(t)
,ilustradona Figura6.4.Solução: Sabe-seque:y(t) = x(t) ∗ h(t) =
Z
∞
−∞
Figura6.3: Convoluçãode
x(t) = tu(t)
omh(t) = u(t)
. omox(t) = e
−
u(t)
eh(t) = e
−
2t
u(t)
,tem-sex(τ ) = e
−
τ
u(τ )
eh(t − τ ) = e
−
2(t−τ )
u(t − τ ).
Como
u(τ ) = 1
eu(t − τ ) = 1
,logo,y(t) =
Z
t
0
e
−
τ
e
−
2(t−τ )
dτ ;
= e
−
2t
Z
t
0
e
−
τ
e
2τ
dτ ;
= e
−
2t
Z
t
0
e
τ
dτ ;
= e
−
2t
(e
t
− 1) = e
−
t
− e
−
2t
.
Observequepeladeniçãodossinais,
y(t) = 0
quandot < 0
,assim,y(t) = e
−
t
− e
−
2t
u(t).
⋄
Exemplo6.27
Cal ulea onvolução deduasportas
Π
t
τ
eΠ
t
τ
,ilustradonaFigura 6.5. Solução: Paraavaliaraintegralde onvolução,utilizeopro edimentográ oparaauxiliarna determi-naçãodosintervalosdeintegração,verFigura6.5. Assim,sabe-seque:
y(t) = Π
t
τ
∗ Π
t
τ
=
Z
∞
−∞
Π
t
′
τ
Π
t −
t
′
τ
dt
′
,
tem-seΠ
t
′
τ
eΠ
t −
t
′
τ
;
Figura6.4: Convoluçãode
x(t) = e
−t
u(t)
om
h(t) = e
−2t
u(t)
.
verFigura6.5(d),logo,
y(t) = Π
t
τ
∗ Π
t
τ
=
0,
t +
τ
2
≤ −
τ
2
Z
t+τ /2
−
τ /2
dt
′
= t + τ,
−
τ
2
≤ t +
τ
2
≤ −
τ
2
Z
τ /2
t−τ /2
dt
′
= t − τ,
−
τ
2
≤ t −
τ
2
≤ −
τ
2
0,
t −
τ
2
≥
τ
2
.
Ouseja,Figura6.5: Convoluçãodeduasportas
x(t) =
Q(
t
τ
)
eh(t) =
Q(
t
τ
)
.τ Λ
t
τ
= Π
t
τ
∗ Π
t
τ
,
verFigura6.6.
⋄
Figura6.6: Convoluçãodeduasportas.
Observações:
•
Convolução omum Impulso:A onvoluçãodeumfunção omo im-pulsounitárioresultanaprópriafunçãox(t)
. Paraobservartalarma ão, onsidereadeniçãode onvoluçãodaEquação(6.1),x(t) ∗ δ(t) =
Z
∞
−∞
x(τ )δ(t − τ )dτ,
omo
δ(t − τ )
éumimpulsolo alizadoemt = τ
, ontudo,pelaintegração, ovalordeτ
variade−∞
a+∞
,assim,peladeniçãodeimpulso,obtemos oprópriox(t)
,portanto,x(t) ∗ δ(t) = x(t).
6.3 Cara terísti as de Redes Lineares
Utilizandoosresultadosobtidos,observa-seque
f (t) = f (t) ∗ δ(t)
,deforma queumsinalf (t)
arbitrárioéreproduzidoquando onvoluido omumimpulso unitário,i.e.,f (t) =
Z
∞
−∞
f (τ )δ(t − τ )dτ.
Admitindo o onhe imento a resposta a um impulso apli ado no instante
τ
, denotadaporh(t; τ )
eapli andooprin ípiodasuperposição,arespostaobtida nasaídadoltroquandoaex itação éf (t)
,é:r(t) = lim
∆τ →0
X
t
[f (n∆τ )∆τ ] h(t; n∆τ ) =
Z
∞
−∞
f (τ )h(t; τ )dτ.
No aso de sistemas invariantes no tempo, a resposta ao impulso é esta- ionária,demodoqueveri a-se
h(t; τ ) = h(t− τ )
, omoindi adonaFigura??. Neste aso,arespostaér(t) ==
Z
∞
−∞
Figura6.7: Respostaaoimpulsounitário.
obtida onvoluindo-searespostaaoimpulsounitário omex itação. Assim,um sistemalinearpodeser ara terizadosimplesmentee ompletamenteatravésda suafunçãodeponderação
h(t)
[2℄.Figura6.8: Respostaaoimpulso-Sistemainvariantenotempo.
É possível trabalhar no domínio da frequên ia, analisando o espe tro dos sinais envolvidos. ATransformadade Fourierdarespostaaoimpulsounitário
h(t)
é onhe ia omo funçãodeTransferên iadosistema,H(ω) ≡ F {h(t)}
. O espe trodosinaldesaída é:r(t) = f (t) ∗ h(t)
←→ R(ω) = F (ω)H(ω).
T F
Figura6.9: Cara terizaçãodeumltrolinear.
Comoosistemamodi aoespe trodosinal deentrada,dandotratamento desigual às várias frequên ias (normalmente atenuando uma dada faixa om relação à outra), pode ser interpretado omo um pro esso de ltragem de tre hosdoespe tro. Apli andoumimpulsounitário omox itaçãoésu iente paraobter-setodaainformaçãopara ara terizaroltrolinear.
Exemplo6.28[2℄
Parao ir uito
RC
des rito anteriormente, afunção detransferên ia podeseravaliada fa ilmente,usandoumdivisordetensão(verFigura6.10):H(ω) =
R(ω)
F (ω)
=
1/jωC
R + 1/jωC
=
1
1 + jωRC
Arespostaaoimpulsounitáriodosistemaéobtidasimplesmenteanti-transformandoafunção detransferên ia,daforma
h(t) =
1
RC
e
−
t/RC
u(t)
Figura6.10: Filtro
RC
integradorsimples.Paraoanálisedo omportamentodafunçãodetransferên ia(quepossivelmenteé om-plexa)usa-se
|H(ω)|
e∠H(ω)
,amagnitudeeafaseda funçãodetransferên iadosistema. Parao ir uitoRC
,|H(ω)| =
1
p1 + (ωRC)
2
e∠H(ω) = − tan
−
1
(ωRC)
Figura6.11: FunçãoTransferên iadeumltro
RC
.Aatenuaçãodo ltronormalmenteéexpressaemde ibéis
20 log
10
|H(ω)|
. Para aredeRC
a imades rita,tem-se:log |H(ω)| −
1
2
log
10
1 + (ωRC)
2
O omportamentoassintóti opodeseravaliadofa ilmente omsegue:
|H(ω)|
dB≈ 0
ω ≪ 1/RC
|H(ω)|
dB≈ −20 log
10
ω
1/RC
ω ≫ 1/RC
Aresposta desteltro a umpulsoretangular delargura
τ
éesboçado na Figura paraτ ≫ RC
eτ ≪ RC
,respe tivamente.O omportamentodaredemudaemtornodafrequên iaFigura6.12: DiagramadeBodeparao ir uito
RC
.Figura6.13: Respostadeum ir uito
RC
aumpulsoretangulardelarguraτ
.6.4 Transmissão Sem Distorção [2℄
Atransmissãodeumsinalatravésdeumsistemalinearpodeintroduzir sev-erasdistorçõesnosinais. Algumasredesdistor emmaisqueoutras,ne essita-se umamaneirade ompara-las. Ainformaçãotransportadapelosinalestá essen- ialmente na forma de onda, não importando ganhos/atenuaçãoe/ou atrasos queo orramnatransmissão[1℄.
Seosinaldesaída
r(t)
éumareproduçãoexatadaex itaçãof (t)
,aresposta deveserdaformar(t) = kf (t − t
0
)
, omoilustradonaFigura6.14Figura6.14: Transmissãosemdistorçãoemredeslineares.
detransferên iane essáriaparaqueosistemanãointroduzadistorçãopodeser en ontradafa ilmenteobservando-seosparesdetransformadas,
f (t)
←→ F (ω)
T F
r(t) = kf (t − t
0
)
T F
←→ kF (ω)e
−jωt
0
.
Lembrando da relação entre os dois espe tros, dada por
R(ω) = H(ω)F (ω)
, on lui-se,H(ω) = ke
−jωt
0
.
Observandoo omportamentoda onstante
k
eda fasedafunção transfer-ên iaH(ω)
omplexa, referente,porexemplo, aum abo, anal, ampli ador, irtuito,et ., tem-se:|H(ω)| = k
|Θ(ω)| = −ωt
0
para
−∞ < ω < +∞
, ujos omportamentosen ontram-seesboçadosnaFigura6.15.Figura6.15: FunçãoTransferên iapara umatransmissãosemdistorção.
Emtermospráti os,deve-sepro urarmanteromódulodafunçãode trans-ferên ia prati amente onstante dentro da faixade frequên iade interesse, si-multaneamentepro ura-semanterafasepropor ionalàfrequên ianestamesma faixa,porexemplo,oltrodaFigura 6.15podetransmitirsinais ujoespe tro está on entradonafaixa
|ω| ≤ ω
c
(ou|ω − ω
0
| ≤ ω
c
)prati amentesem intro-duzirdistorção.A frequên ia
ω
c
é hamadade frequên iade orte de redeeafaixade0
atéf
c
Hz(naqualprati amentenãohádistorçãonosinalapli ado)temlarguraB = f
c
Hz e é referida omo Banda Passante do Filtro. Vário ritérios para avaliarabandapassantesãousados,asaber:•
BandaPassantedeMeiaPotên ia(3dB);•
BandaPassanteEquivalenteRetangular;•
BandaPassanteEntre Zeros(Null-To-Null);Equalização [2℄
Adistorçãolinear onsisteemdistorçõesnaamplitudee/ounafasedafunção detransferên iaepodeteori amentesereliminadapelousodeRedesde Equal-ização. Essasredes orrigemasdistorçõesnumadadafunçãodetransferên ia. Considerandoqueosinalétransmitidosobreum anal omdistorção
H
C
(ω)
, umltrolinearH
EQ
(ω)
podeser olo adoem as atadeformaaelininar ( on-trolar) a distorção, da formaH
C
(ω)H
EQ
(ω) = K
1
e
jωt
1
, em que
K
1
et
1
são onstantesmaisoumenosarbitrários.Figura6.16: ProjetodeRedesdeEqualização.
Quase sempre não é possível obter equalizaçãoperfeita, porém frequente-mente são possíveis ex elentes aproximações práti as, de modo a reduzir as distorçõespresentesaníveistoleráveis.
Um equalizador bastante utilizado é o ltro transversal, dispositivo esse onstituído por uma linha de retardo omderivações, asquais sofrem ganhos ajustáveisparagerarasaída. Essesforamosprimeirosltrosdigitais(F.I.R). Um exemplode um ltrotransversal om três derivações éapresentado a seguir, em que
c
−1
,c
0
ec
+1
são os ganhos ajustáveis e∆ = T
s
é o atraso introduzidoem adaestágio.Figura6.17: FiltroTransversal om3Derivações.
Neste aso,asaída é
y(t) = c
1
x(t) + c
0
x(t − ∆) + c
−
1
x(t − 2∆)
eafunção transferên iaimplementadapeloltroéH
EQ
(ω) = c
+1
e
jω∆
+ c
0
+ c
−
1
e
−jω∆
6.5 Filtros Lineares Passivos
Filtros Linearespodem serimplementados apenas omelementos passivos, tais omo apa itores,resistoreseindutores. Autilizaçãoadi ionaldeelementos ati vospermitema onstruçãodeltrosativos.
Existembasi amentequatrotiposdeltrosdeinteresse(verFigura6.18),a saber:
•
FiltrosPassa-baixa(LPF):Funçãotransferên ia:H(ω) = kΠ
ω
2ω
B
e
−jωt
0
.
•
FiltrosPassa-alta(HPF):H(ω) = k
1 − Π
ω
2ω
B
e
−jωt
0
.
•
FiltrosPassa-faixa(BPF):H(ω) = k
Π
ω − ω
0
2ω
B
e
−jω
0
t
0
+ Π
ω + ω
0
2ω
B
e
−jω
0
t
0
e
−jωt
0
.
•
FiltrosRejeita-faixa(BSF):H(ω) = k
1 − Π
ω − ω
0
2ω
B
+ Π
ω + ω
0
2ω
B
e
−jωt
0
.
Osdoisltrosmaissimplesdeinteressesãoosintegradores(LPF),
H(ω) =
1/jω
,eosderivadores(HPF),H(ω) = jω
. Demodogeral,osltrospassa-faixa são frequentemente referidos omo integradores, ara terizadosporpossuírem apenas pólos na função detransferên ia. Já osltros passa-altasão referidos omoderivadores, ara terizado-sepelapresençadeapenaszerosnafunçãode transferên ia.Figura6.18: Filtrosideaisdostipos: (a)LPF,(b)HPF,( )BPF e(d)BSF.
Lista de Exer í io - Transmissão de Sinais através
de Redes Lineares
QuestõesreferentesaoCapítulo6.
Exer í io 6.1 Resolva asquestões dadas emsala de aula.
Exer í io 6.2 As linhas telefni as introduzem distorções e ne essitam o uso deequalizadores. Parasimulações, duaslinhasmetáli asapresentam ara terís-ti as de distorção de amplitude e de tempo de propagação de grupo (
D(ω) =
−dΘ(ω)/dω
). Observando os gabaritos Mostrados na Figura 6.20, na faixa300 − 3400
Hz, on lua: Qualalinha demelhor qualidade? Explique.Figura 6.19: Distorçãodeamplitudeede tempodepropagaçãode grupopara duaslinhastelefni as.
deum obstá ulo,existemdois aminhosde propagaçãodo sinal. Admitaqueas duas trajetórias são ara terizadas por atenuações
k
1
ek
2
, respe tivamente, e porretardos no tempot
1
et
2
,respe tivamente. Obviamente, o aminho direto (1)apresentamenor atenuaçãoemenorretardoqueo aminhode reexão(2), i.e.,k
2
<< k
1
< 1
et
2
> t
1
> 0
. Mostre que o modelo que ara teriza tal omportamento é aquele apresentado na gura abaixo. En ontre a função de transferên ia e demonstre que ela apresenta ondulações na magnitudeH(ω)
. En ontreovalordosparâmetrosk
,α
eT
naexpressãoH(ω)@ ∼
= k(1+α cos ωT )
ejustiqueashipótesesassumidas.Figura6.20: Distorção deamplitudeedetempodepropagaçãodegrupopara duaslinhastelefni as.