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MONTEPIO

Departamento de Estudos

/ / maio 2015

TAIWAN

Previsões económicas e indicadores sociais e demográficos

Unidade: taxa de crescim ento % 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

PIB 0,7 -1,6 10,6 3,8 2,1 2,2 3,7 3,8 4,1 4,1 4,2 4,2 4,2 PIB Nominal -1,9 -1,4 8,9 1,4 2,6 3,6 5,7 2,5 3,4 3,9 4,2 4,5 4,7 PIB Nominal (10^9) 13 151,0 12 961,7 14 119,2 14 312,2 14 686,9 15 221,2 16 081,8 16 481,7 17 046,9 17 703,5 18 446,4 19 279,4 20 178,3 PIB Nominal (10^9 $) 417,0 392,1 446,1 485,7 495,9 511,3 529,6 527,8 566,3 611,9 662,5 716,7 776,0 Deflator do PIB -2,6 0,1 -1,5 -2,3 0,5 1,4 1,8 -1,3 -0,6 -0,2 0,0 0,3 0,4 Inflação (IPC) 3,5 -0,9 1,0 1,4 1,9 0,8 1,2 0,7 1,3 1,5 1,8 2,0 2,0 Investimento (% PIB) 24,5 19,9 25,0 23,6 22,5 22,1 21,9 21,7 21,8 21,7 21,6 21,4 21,3

Poupança Nacional Bruta (% PIB) 31,4 31,4 34,5 32,3 32,5 33,4 35,2 34,1 33,4 32,8 32,2 31,7 31,2

Dívida Pública (% PIB) 33,3 36,6 36,7 38,3 39,3 39,1 37,6 37,1 35,8 34,2 32,3 30,3 28,1

Receitas Públicas (%) -0,6 -5,3 0,1 9,0 0,7 5,9 6,0 2,8 3,7 4,2 4,5 4,8 5,0

Despesas Públicas (%) 1,9 12,5 -2,8 1,8 2,5 -0,1 1,7 1,3 2,0 2,3 3,3 3,9 4,0

Receitas Públicas (% PIB) 17,0 16,3 15,0 16,1 15,8 16,1 16,2 16,2 16,3 16,3 16,4 16,4 16,5

Despesas Públicas (% PIB) 19,7 22,5 20,1 20,1 20,1 19,4 18,7 18,5 18,2 17,9 17,8 17,7 17,6

Saldo Orçamental (% PIB) -2,7 -6,2 -5,1 -4,0 -4,3 -3,2 -2,5 -2,2 -1,9 -1,6 -1,4 -1,2 -1,1

Saldo Orçamental Estrutural (% PIB) -2,8 -5,1 -5,4 -4,4 -4,4 -3,1 -2,4 -2,1 -1,8 -1,5 -1,4 -1,2 -1,1

Balança Corrente (10^9 $) 27,5 42,9 39,9 39,9 48,9 55,3 65,3 65,7 66,1 68,2 70,7 73,3 76,6

Balança Corrente (% PIB) 6,6 10,9 8,9 8,2 9,9 10,8 12,3 12,4 11,7 11,1 10,7 10,2 9,9

População (10^6) 23,0 23,1 23,2 23,2 23,3 23,4 23,4 23,5 23,6 23,6 23,7 23,7 23,8

População (%) 0,3 0,4 0,2 0,3 0,4 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3

Taxa de Desemprego 4,1 5,9 5,2 4,4 4,2 4,2 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0

Emprego 1,1 -1,2 2,1 2,1 1,4 1,0 1,0 1,6 1,7 - - -

-PIB PPP (10^9 $) 804,8 798,2 893,9 947,1 984,0 1 020,9 1 074,5 1 125,3 1 188,7 1 262,9 1 343,7 1 427,9 1 517,6

PIB per capita PPP $ 34 936 34 526 38 593 40 777 42 201 43 678 45 854 47 899 50 464 53 478 56 754 60 152 63 768

PIB per capita $ 18 103 16 960 19 262 20 912 21 270 21 874 22 598 22 464 24 042 25 910 27 983 30 194 32 607

Exportações (%) 2,0 -8,7 25,6 4,4 0,5 3,6 5,5 5,5 5,4 5,7 6,0 6,1 6,1

Bens (%) -0,3 -9,4 26,6 4,0 -0,8 3,1 4,4 6,2 6,7 6,2 6,4 6,4 6,5

Importações (%) -3,5 -13,0 27,8 -0,4 -2,1 4,1 5,2 3,9 4,5 4,7 5,0 5,2 5,2

Bens (%) -3,0 -15,0 30,2 -0,2 -2,5 3,3 4,4 3,0 4,6 4,7 4,9 4,8 4,7

F o n t e :F M I (Wo rld Ec o no m ic Outlo o k - a bril de 2015); B a nc o M undia l (re s ta nte s da do s his tó ric o s s e m pre vis õ e s ).

Superfície35 980 Km2 Densidad e Populacional 651 Hab/ Km2 Reserv as Ex ternas 418,980 10^9 $

(2)

2

Código Descrição Valor (mM$) Peso (%)

85 Equipamento elétrico e eletrónico 123,2 39,3

84 Máquinas, reatores nucleares e caldeiras 31,4 10,0

39 Plásticos e suas componentes 21,4 6,8

90 Material de fotografia, equipamento técnico, equipamento ótico 20,5 6,6

27 Combustíveis minerais, óleos, produtos de destilação 20,0 6,4

Outros produtos 96,7 30,9

F o n t e : Inte rna tio na l Tra de C e ntre (ITC ) - Na ç õ e s Unida s . Principais Exportações de Bens (2014)

Código Descrição Valor (mM$) Peso (%)

27 Combustíveis minerais, óleos, produtos de destilação 65,3 23,9

85 Equipamento elétrico e eletrónico 57,1 20,9

84 Máquinas, reatores nucleares e caldeiras 27,9 10,2

90 Material de fotografia, equipamento técnico, equipamento ótico 11,3 4,1

29 Produtos químicos orgânicos 10,7 3,9

Outros produtos 101,3 37,0

F o n t e : Inte rna tio na l Tra de C e ntre (ITC ) - Na ç õ e s Unida s . Principais Importações de Bens (2014)

País Valor (mM$) Peso (%) País Valor (mM$) Peso (%)

China 48,0 17,5 China 82,0 26,2

Japão 41,6 15,2 Hong Kong 42,5 13,6

EUA 27,7 10,1 EUA 34,9 11,1

República da Coreia 14,8 5,4 Singapura 20,5 6,5

Arábia Saudita 13,7 5,0 Japão 19,9 6,3

Outros países 128,1 46,8 Outros países 113,5 36,2

F o n t e : Inte rna tio na l Tra de C e ntre (ITC ) - Na ç õ e s Unida s . F o n t e : Inte rna tio na l Tra de C e ntre (ITC ) - Na ç õ e s Unida s .

Principais Parceiros Comerciais de Exportações (2014)

Principais Parceiros Comerciais de Importações (2014)

Tipo de Produto Valor (€) Share (%)

TCMA09-14

(%) Tipo de Produto Valor (€)

Share

(%)

TCMA09-14

(%)

Produtos informáticos, electrónicos e

ópticos 33 404 368 24,0 10,2

Produtos informáticos, electrónicos e

ópticos 7 329 067 26,5 48,3

Outro equipamento de transporte 31 063 856 22,3 24,3 Artigos de borracha e de matérias plásticas 3 670 656 13,3 18,9

Produtos químicos 18 725 686 13,4 19,5 Máquinas e equipamentos, n.e. 3 330 558 12,0 24,1

Artigos de borracha e de matérias plásticas 13 859 988 9,9 41,8 Produtos metálicos transformados, excepto máquinas e equipamento 1 977 910 7,1 115,5

Máquinas e equipamentos, n.e. 10 436 667 7,5 15,2 Outros produtos das indústrias extractivas 1 948 202 7,0 11,2

Metais de base 10 356 433 7,4 23,0 Madeira e cortiça e suas obras, excepto mobiliário; obras de espartaria e de cestaria 1 327 630 4,8 -21,4

Produtos metálicos transformados, excepto

máquinas e equipamento 8 837 211 6,3 11,3 Equipamento eléctrico 1 302 897 4,7 21,1

Equipamento eléctrico 2 747 151 2,0 -28,2 Produtos alimentares 921 561 3,3 18,8

Produtos diversos das industrias

transformadoras 2 355 494 1,7 5,8 Couro e produtos afins 885 349 3,2 30,6

Produtos têxteis 2 110 140 1,5 -7,2 Outros produtos minerais não metálicos 752 893 2,7 20,5

Fonte: INE. Fonte: INE.

TOP 10 DAS IMPORTAÇÕES DE PORTUGAL de TAIWAN (2014) TOP 10 DAS EXPORTAÇÕES DE PORTUGAL PARA TAIWAN (2014)

2012 2013 2014 2012 2013 2014

Importações de Portugal deste país (milhares €) 103 487,7 109 154,8 139 339,8 Exportações de Portugal deste país (milhares €) 25 936,7 26 399,7 27 693,1 Importações totais de Portugal (milhares €) 56 374 083 56 906 067 58 745 986 Exportações totais de Portugal (milhares €) 45 213 016 47 266 500 48 180 643 Peso das importações do país (%) 0,18 0,2 0,2 Peso das exportações do país (%) 0,06 0,1 0,1

Fonte: INE. Fonte: INE.

(3)

MA YING-JEOU

Presidente de Taiwan

CONJUNTURA

Aceleração do ritmo de crescimento da

economia nos próximos cinco anos

POLÍTICA INTERNA

O Governo, liderado pelo Presidente Ma Ying-jeou, e o seu partido Kuomintang (KMT), ficou politicamente enfraquecido pela derrota do partido nas eleições locais, em novembro de 2014. O apoio público ao Governo de Ma Ying-jeou tem caído devido à impopularidade das suas principais iniciativas políticas. Estas são focadas na liberalização do comércio e no aprofundamento das relações com a China continental. Notavelmente, os esforços do Governo para ratificar em lei o controverso Acordo China/Taiwan do Comércio de Serviços (TISA) resultou em protestos de grande escala no início de 2014, que culminaram com uma ocupação de cinco semanas do Parlamento (Legislative Yuan). Também foram realizadas manifestações de rua em abril de 2014 contra o apoio do Governo à construção de uma 4.ª central nuclear. O aumento nos protestos populares constitui um presságio de um período de maior instabilidade política no horizonte 2015/20.

Na sequência da derrota nas eleições locais de novembro de 2014, o KMT está a procurar reagrupar-se sob novas lideranças para se tornar mais atrativo para os eleitores nas eleições presidenciais e parlamentares, marcadas para 16 de janeiro de 2016. O Presidente do KMT, Chu Li-luan (Eric Chu), que é o único candidato do KMT eleito como Presidente da Câmara de um dos seis municípios

especiais da ilha, em dezembro de 2014, emergiu como o candidato mais provável do KMT para as eleições presidenciais. Terá a pressão dos seus apoiantes para se candidatar à Presidência da República, em vez de completar o seu segundo mandato de quatro anos enquanto Presidente da Câmara (com o qual ele se comprometeu). O Vice-presidente do Parlamento, Hung Hsiu-chu, declarou no início de abril a sua intenção de concorrer para a nomeação do candidato presidencial do

KMT. Outros possíveis candidatos do KMT incluem Wang

Jin-pyng, o Presidente do Parlamento, e o Vice-presidente da República, Wu Den-yih.

Eleições presidenciais e

parlamentares a 16 janeiro 2016

POLÍTICA EXTERNA

O atual momentum de laços mais estreitos com a China pode desaparecer no horizonte 2015/20 se as diferenças políticas se refletirem num clima mais hostil às relações económicas, quer antes, quer depois das eleições

presidenciais de janeiro de 2016. A pioneira aproximação com a China continental, levada a cabo por Ma Ying-jeou, depois de ter sido eleito pela 1.ª vez em 2008, foi

muito bem acolhida em Taiwan. No entanto, ainda há pouca recetividade da população de Taiwan para a liberalização total dos laços económicos ou uma extensão das ligações para a esfera política. Os protestos contra a

TISA empolaram a insegurança relativamente ao facto de

a ilha poder tornar-se economicamente dependente da China, pois teme-se que isso possa corroer a capacidade

TAIWAN/ PREVISÕES ECONÓMICAS DO DEPARTAMENTO DE ESTUDOS DO MONTEPIO

2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8 2 0 1 9 2 0 2 0

PIB 0,7 -1,6 10,6 3,8 2,1 2,2 3,7 3,8 4,1 4,1 4,2 4,2 4,2 Inflação 3,5 -0,9 1,0 1,4 1,9 0,8 1,2 0,5 1,4 1,5 1,8 2,0 2,0 Taxa de Desemprego 4,1 5,9 5,2 4,4 4,2 4,2 4,0 3,8 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 Balança Corrente (% PIB) 6,5 10,9 8,8 8,3 9,8 10,8 12,5 13,0 12,1 11,3 10,9 10,4 10,1 Saldo Orçamental (% PIB) -2,7 -6,2 -5,1 -4,0 -4,3 -3,2 -2,5 -2,2 -1,9 -1,6 -1,4 -1,2 -1,1

(4)

4

de Taiwan para suportar a pressão das autoridades chinesas de iniciar negociações de unificação.

O Governo deverá interromper a sua agenda política de liberalização do comércio até ao final do seu mandato, já que a derrota nas eleições locais de novembro de 2014 refletiu, em parte, o crescente ceticismo público sobre os benefícios de um comércio mais livre, particularmente com a China continental. O plano de Mao Chi-kuo para priorizar o projeto de lei de vigilância ao longo do Estreito de Taiwan sugere que a medida terá que ser

aprovada antes que outras medidas possam ser tomadas sobre a liberalização económica entre Taiwan e a China. Esta ausência de progressos deverá continuar depois das eleições, impedindo a assinatura de acordos de livre comércio (TLC) de Taiwan com os países e regiões não-aliados, o que depende da concordância da China. Além disso, para ajudar a aumentar a sua popularidade, os sucessivos governos podem introduzir políticas para atenuar as preocupações da população relativamente à crescente desigualdade dos rendimentos, tais como novos aumentos do salário mínimo.

POPULAÇÃO

Crescimento marginal nos

próximos 5 anos

De acordo com o FMI, a população da ilha cresceu a uma média de 1,4% ao ano na década de 1980, 0,9% na década de 1990 e 0,5% na década de 2000. Esta tendência de abrandamento deverá continuar no período de 2015/20, com o FMI a prever um

crescimento médio anual de apenas 0,3% no período, com a população em idade ativa a entrar em declínio a partir de 2016. A lenta taxa de expansão da população irá refletir, em parte, o seu envelhecimento acelerado. O Conselho Nacional de Desenvolvimento (NDC) espera que a população comece a cair a partir de 2025, com a imigração a ser compensada pela emigração, e perante o envelhecimento da população, no quadro de uma baixa taxa de natalidade.

O NDC refere que a proporção de pessoas com idade acima de 65 anos aumentou de 6,2%, em 1990, para 8,6% em 2000 e 10,7% em 2010, esperando-se que suba para mais de 16% até 2020 e chegue aos 23,9% em 2030. O tempo que vai demorar a que a

percentagem da população com idade superior a 65 anos de Taiwan aumente de 10% para 20% deverá ser muito inferior ao que foi na Suécia (85 anos), na Alemanha (56 anos) ou no Japão (24 anos), de acordo com dados do NDC. A velocidade dessa transição afetará o financiamento do sistema de saúde e de pensões. A principal razão para o rápido

envelhecimento da população é a baixa taxa de

natalidade. Observaram-se apenas 1,1 nascimentos por mulher, em média, no período 2009/13. A taxa de natalidade está entre as mais baixas do mundo e compara com uma média de 1,7 nascimentos na década de 1990. As políticas destinadas a incentivar os cidadãos a terem mais filhos, como o chamado “bónus bebé”, ainda não tiveram o impacto pretendido, já que as famílias continuam preocupadas com os custos económicos da educação infantil, a que acrescem mudanças culturais, como o casamento mais tardio.

Apesar dos progressos feitos na melhoria do sistema de creches públicas, a política de licenças paternais permanece relativamente pouco generosa e a taxa de utilização é baixa.

As pressões descendentes sobre a população também aumentaram em resultado do fluxo constante de saída de trabalhadores de Taiwan. A maior parte desse movimento reflete um fluxo de trabalhadores que se deslocam para a China continental para trabalhar, a maioria deles jovens. É provável que as estatísticas oficiais subestimem a saída de pessoas ao longo do Estreito de Taiwan, dado que apenas alguns deles emigram oficialmente. Esta fuga de pessoas do grupo mais dinâmico da força de trabalho tenderá a

continuar nos próximos 5 anos, já que, embora se antecipe um abrandamento do crescimento da

economia da China, irá continuar a criar oportunidades para os empresários de Taiwan. Este é um dos fatores que sustenta o cenário de redução da população em idade de trabalhar a partir de 2016.

É improvável que o Governo de Taiwan tente compensar a saída com uma entrada equivalente de trabalhadores provenientes da China. Politicamente, os turistas são bem-vindos, mas apenas uma pequena parte de chineses do continente estão autorizados a trabalhar em Taiwan. As concessões de vistos para investidores chineses podem tornar-se um pouco menos restritivas nos próximos 5 anos, mas alterações substanciais não parecem estar em cima da mesa.

Poderão ser implementadas

regras mais liberais para a

imigração

Perante a prevista redução da população em idade de trabalhar, deverá aumentar a pressão para que Taiwan adote políticas mais abertas de imigração em relação aos não-chineses. Tanto culturalmente, como em

(5)

termos de obstáculos burocráticos levantados, o país é mais acolhedor para os estrangeiros comparativamente ao Japão, à China ou à Coreia do Sul, e pode revelar-se um destino atraente para imigrantes. Os imigrantes provenientes das regiões mais pobres da Ásia têm visto os seus direitos de residência mais restritos, mas, em abril de 2014, havia cerca de 503 mil trabalhadores estrangeiros contratados em Taiwan, autorizados a permanecer por períodos limitados de tempo. Este número era somente de cerca de 380 mil no final de 2010. As maiores fontes de mão-de-obra estrangeira são a Indonésia, o Vietname e as Filipinas. A maioria destes trabalhadores são empregados em enfermagem ou em profissões em que o trabalho é supostamente mais perigoso ou difícil.

O envelhecimento progressivo da população terá implicações sobre a prestação de pensões e cuidados de saúde. O Governo, que deverá continuar a

apresentar défices orçamentais nos próximos 5 anos, revelou propostas para a revisão do atualmente

subfinanciado sistema de pensões. As medidas incluem o aumento da idade de reforma e a redução das pensões provenientes do Estado, mas estas medidas ainda carecem de aprovação legislativa. O aumento dos gastos em saúde está parcialmente ligado ao

envelhecimento da população, mas reflete igualmente o aumento do rendimento per capita e a crescente incidência de doenças crónicas relacionadas com a prosperidade, como a obesidade e as doenças

cardíacas. As finanças do obrigatório Sistema Nacional de Seguros de Saúde passaram por reformas graduais nos últimos anos, em parte devido ao facto de o envelhecimento da população ter levado a um

aumento constante da procura de medicamentos e de cuidados médicos, uma tendência que deverá

continuar.

OPORTUNIDADES

Taiwan continuará a ser um mercado atraente para empresas estrangeiras nos próximos anos. Embora o potencial de mercado seja limitado pela pequena dimensão da população da ilha, que, segundo o FMI, era de apenas 23,4 milhões em 2014, o acesso ao grande mercado Chinês (incluindo sob a forma de turistas da China que visitam Taiwan) deverá gerar interesse entre as empresas estrangeiras. A população é, de um modo geral, aberta aos gostos e influências estrangeiras, e os níveis de rendimento médio são elevados. Depois da estagnação nos últimos anos, o FMI prevê que o PIB per

capita a taxas de câmbio de mercado cresça para 32 607

dólares em 2020. Em paridade do poder de compra, Taiwan deverá este ano ter o 20.º mais elevado rendimento per capita, devendo ascender em 2020 ao 12.º lugar. Este nível de rendimento significa que a maioria dos habitantes de Taiwan tem uma elevada

capacidade para adquirir bens de consumo sofisticados. Estes factos, combinados com a postura liberal do país relativamente ao investimento estrangeiro no setor do retalho (em parte devido à adesão do país à Organização Mundial do Comércio), faz com que Taiwan seja um mercado importante para os retalhistas. A estrutura das despesas dos consumidores em Taiwan deverá mudar nos próximos anos, dado o envelhecimento da população, um fenómeno que tem sido observado em muitas outras economias desenvolvidas. Depois de um fraco crescimento económico nos últimos anos, espera-se que a economia de Taiwan sofra algum impulso em 2015/20, o que irá aumentar a procura por bens e serviços de consumo.

Oportunidades limitadas pela

população reduzida

ATIVIDADE

Crescimento acelerou no 1.º

trimestre do ano

O crescimento homólogo do PIB acelerou para

3,5% no 1.º trimestre de 2015, depois de 3,4%

no 4.º trimestre de 2014. Esta aceleração deveu-se

a um crescimento mais rápido do consumo privado

e das exportações líquidas de bens e serviços. O

consumo privado, que cresceu 2,5% em termos

homólogos (+2,4% no 4.º trimestre de 2014), foi

impulsionado pela melhoria do mercado de

trabalho, patente quer na redução da taxa de

desemprego, quer no aumento dos salários. Os

(6)

6

salários, incluindo bónus e o pagamento de horas

extraordinárias, aumentaram 6,6% face ao período

homólogo, devido a bónus mais elevados pagos aos

trabalhadores durante o Novo Ano Lunar. O

crescimento das exportações reais de bens e

serviços acelerou para 5,9% no 1.º trimestre de

2015 (+5,7% no 4.º trimestre de 2014), suportado

pela contínua forte procura mundial por produtos

eletrónicos que contêm componentes e peças

fabricadas em Taiwan. Por outro lado, o

crescimento das importações de bens e serviços

desacelerou de 4,9% para 2,3%, refletindo, em

parte, o enfraquecimento das importações de bens

de investimento, já que, ao nível dos bens de

consumo, terão acelerado. Na realidade, de acordo

com os dados do Ministério das Finanças, as

importações de bens de consumo em termos

nominais em dólares americanos aumentaram

12,3% no 1.º trimestre de 2015 em comparação

com o mesmo período do ano anterior.

As menores despesas de investimento e o lento

crescimento do setor da construção também

contribuiu para a descida de 1,1% na formação

bruta de capital fixo no 1.º trimestre face ao

período homólogo. O consumo público contraiu

2,5%, refletindo os esforços do Governo para

conter a despesa.

A taxa de crescimento do PIB no 1.º trimestre de

2015 em Taiwan é superior à dos rivais de

exportação regionais, como a Coreia do Sul

(+2,4%) e Singapura (+2,1%), sugerindo que

Taiwan está a manter a sua competitividade, apesar

da recente apreciação do dólar de Taiwan contra o

dólar norte-americano e em comparação com

outras moedas regionais.

O crescimento do PIB deverá acelerar ainda mais ao

longo deste ano, prevendo-se um crescimento de

3,8% em 2015 (+3,7% em 2014), uma vez que a

confiança dos consumidores está a melhorar e a

procura proveniente dos EUA e da maioria de

outros países da OCDE está a aumentar.

No longo prazo, espera-se que a economia continue a superar o crescimento médio das economias

desenvolvidas, com o principal constrangimento a ser as

tendências demográficas desfavoráveis. A população

deverá registar um crescimento médio anual de 0,4% no período 2015/30. A população em idade ativa pode começar a diminuir a partir de 2016, com as taxas de natalidade de Taiwan a serem já baixas para os padrões asiáticos e devendo cair ainda mais. A taxa de

participação feminina já é elevada e o tempo médio

gasto na educação pode aumentar no futuro, mas uma descida no número de trabalhadores que emigram de Taiwan para a China, ou medidas que permitam a imigração de chineses do continente, poderia aumentar a força de trabalho local. A idade de reforma também poderá ser aumentada, uma vez que a população mais idosa é, de um modo geral, saudável.

Perspetivas de longo prazo

dependentes do desempenho da

China

Em termos de condições externas, as perspetivas de longo prazo de Taiwan deverão acompanhar o

desempenho da China. A China já é o principal mercado de exportação da ilha e a dependência de Taiwan em relação à economia chinesa vai crescer à medida que o comércio, o investimento e os laços financeiros forem mais liberalizados. Assim, uma crise económica na China teria significativas repercussões negativas para Taiwan. Á medida que a integração económica aumenta, a questão melindrosa relativamente ao estatuto político da ilha virá cada vez mais à tona. As autoridades chinesas deverão querer iniciar as conversações políticas e militares com o objetivo de fazer regressar Taiwan ao controlo formal chinês. Como ponto de partida para as conversações, a China tem como “cartão-de-visita” o modelo "um país, dois sistemas", que já usou na reunificação com Hong Kong e Macau. No entanto, em Taiwan o apoio popular para relações políticas mais próximas com a China deverá ser relativamente limitado, a menos que a própria China passe, entretanto, por um processo de liberalização política. Neste contexto, o risco de uma deterioração das relações no Estreito de Taiwan deverá persistir na próxima década e meia. Mas, mesmo que as relações se deteriorem, permanece difícil imaginar um cenário em que os dois lados se envolvam num conflito militar, embora as sanções económicas por parte da China a Taiwan sejam um risco.

Em termos de tendências institucionais, a política económica na próxima década e meia deverá concentrar-se no deconcentrar-senvolvimento das relações comerciais com uma série de economias nacionais e regionais, de modo a sustentar o crescimento das exportações, bem como o investimento em Taiwan. A opinião pública deverá continuar a pressionar o Governo no sentido de implementar novos aumentos nos gastos sociais. É provável que ocorram reformas para reduzir as

responsabilidades com as pensões e também alterações na área da saúde. As despesas de educação deverão ter que subir e poderão ser adotadas políticas mais brandas de imigração, para manter a competitividade da força de trabalho. O banco central terá de se adaptar, à medida que a economia se torna cada vez mais integrada com a da China.

(7)

Mudança da indústria para os

serviços como determinante do

crescimento económico de

longo prazo

Em termos de desempenho de longo prazo, em primeiro lugar, o crescimento económico sustentado dependerá da contínua mudança bem-sucedida de uma economia industrial para uma economia de serviços. No entanto, nos próximos 10 anos ou mais, a ênfase vai ser movida firmemente no sentido de aumentar a qualidade e o grau de valor acrescentado no setor dos serviços. A localização de Taiwan numa das regiões mais dinâmicas

da economia global, bem como os seus laços estreitos com a China (que, segundo o FMI, em paridade do poder de compra, ascendeu em 2014 ao lugar de maior economia do mundo), vai continuar a apoiar a expansão económica. Dada a sua população, de um modo geral, altamente qualificada, o seu know-how em áreas de elevada tecnologia e o seu sistema político adaptável, as perspetivas de longo prazo de Taiwan continuam animadoras, devendo continuar a crescer acima do ritmo das economias desenvolvidas. No entanto, esta avaliação baseia-se no pressuposto de que não há um clima de grande confrontação com a China, seja a nível político, seja a nível económico.

Depois do crescimento de 3,7% em 2014, o PIB deverá crescer a um ritmo médio de 4,1% no período 2015/20.

INFLAÇÃO

A inflação, medida pelo índice de preços ao

consumidor (IPC), caiu 0,8% em abril face ao período

homólogo, depois de uma queda de 0,6% em março. O IPC caiu 0,5% face ao mês anterior.

A descida de abril do IPC marcou o 4º mês consecutivo de queda. No conjunto de janeiro a abril, o IPC contraiu 0,6% em comparação com o mesmo período de 2014, um abrandamento considerável em comparação com a taxa média anual de 1,2% em 2014. A queda nos preços, tanto em abril, como nos diversos meses de 2015, é principalmente atribuível aos menores preços das importações de petróleo, que colocou pressões descendentes sobre os preços da maioria das classes de produtos do IPC. Os preços na categoria de água, eletricidade & gás caíram 11,8% face a abril de 2014, dado que a única distribuidora de energia elétrica de Taiwan, a Taiwan Power, cortou os seus preços para refletir junto dos consumidores os custos mais baixos do petróleo. Os preços dos combustíveis diminuíram 25,4% em abril face ao período homólogo. A inflação nos alimentos acelerou ligeiramente em abril, de 1,4% em março para 1,5%, devido a um aumento de 14,8% nos preços dos legumes. Uma seca severa levou a restrições na irrigação em muitas áreas agrícolas, diminuindo a oferta interna de produtos hortícolas e provocando um aumento dos preços. Por outro lado, os preços das frutas caíram 11,5% face ao período homólogo, dado que as frutas, ao contrário dos legumes, são, na sua maioria, importados e as subidas dos preços foram atenuadas pelo fortalecimento do dólar de Taiwan contra outras importantes moedas. A inflação nas carnes, que foi um dos drivers da inflação no ano passado, desacelerou de 4,0% em março para 1,2% em abril, em termos

homólogos. Esperamos que a inflação seja, em média, de 0,5% em 2015, inferior aos 1,2% de 2014. A inflação deverá registar uma média anual de 1,5% no horizonte 2015/20. Os preços no produtor também caíram no 1.º trimestre de 2015, em média, 8,4% face ao período homólogo, esperando-se que diminuam, em média, 3,8% em 2015. Os preços no produtor deverão posteriormente acelerar para um crescimento médio anual de 2,2% no período 2016/20, em virtude da recuperação dos preços do petróleo e da maioria das matérias-primas. Alguma pressão ascendente sobre os custos dos produtores também será exercida pelo aperto no mercado de trabalho, o que deverá permitir que os trabalhadores negociem salários mais elevados. Existe o risco de que as flutuações nos preços dos alimentos, que têm maior peso no índice de preços ao consumidor, possam causar um aumento no curto prazo na inflação. A produção agrícola pode ser severamente perturbada por tufões, que atingem Taiwan regularmente. A deflação continuada poderá levar o CBC - Banco Central da República da China (Taiwan), a manter as taxas de juro de referência inalterada até ao 1.º semestre de 2016. Não esperamos um afrouxamento da política monetária, dado que o mercado de trabalho está saudável, com a taxa de desemprego em mínimos desde fevereiro de 2001, e prevemos que o crescimento do PIB acelere para 3,8% em 2015.

Prevemos uma inflação média

anual de 1,5% no horizonte

2015/20

(8)

8

MERCADO LABORAL

A taxa de desemprego caiu de 4,2% em 2013 para 4,0% em 2014, devendo descer ligeiramente este ano para 3,8% e para 3,7% em 2016, um nível que deverá estabilizar até 2020, representando mínimos desde os

3,0% observados em 2000 e encontrando-se claramente abaixo do observado nas principias economias

desenvolvidas.

POLÍTICA MONETÁRIA

Espera-se que o CBC - Banco Central da República da China (Taiwan) deixe a taxa de desconto inalterada em 1,875% até meados de 2016, altura em que

completará quatro anos e meio (desde julho de 2011) no mesmo valor. Dados os objetivos do CBC para o crescimento do agregado monetário M2 (entre 2,5% e 6,5% para 2015) e a desconexão entre a taxa de desconto e as taxas de juro de mercado (que estão superiores), acreditamos que não haverá necessidade

de alterar a taxa de desconto enquanto o crescimento do M2 permanecer dentro da meta. A inflação

moderada também deve fornecer ao CBC espaço para manter as condições monetárias acomodatícias. Os preços dos imóveis estão elevados e constituem uma preocupação, embora se acredite que, para controlá-los, os decisores usem medidas administrativas e macro prudenciais, em vez do aumento das taxas de juro.

POLÍTICA CAMBIAL

O dólar de Taiwan (TWD) desvalorizou-se, em média, 2% em relação ao dólar americano em 2014, devido a um aumento nos fluxos de capital para os ativos

denominados em dólares americanos, em antecipação ao aperto da política monetária por parte do banco central dos EUA (a Fed – Federal Reserve). Apesar de um substancial excedente da balança corrente, esperamos que o dólar de Taiwan verifique um modesto

enfraquecimento adicional em relação ao dólar norte-americano em 2015, em resposta a um aumento previsto das taxas de juro nos EUA. No entanto, a moeda local permanecerá relativamente estável em 2016 e deverá posteriormente apreciar ao longo do horizonte 2017/20,

já que se prevê que as exportações permaneçam firmes, graças ao reforço da procura externa. Como resultado, esperamos que uma taxa de câmbio média de 30,0

TWD/USD em 2020, em comparação com uma média de

31,3 TWD/USD em 2015.

Baixa inflação e elevados

excedentes da balança corrente

deverão levar a um movimento

de apreciação da moeda no

horizonte 2017/20

POLÍTICA ORÇAMENTAL

O orçamento das administrações públicas registou um défice de 6,2% em 2009, no auge da crise financeira internacional, tendo, desde então, vindo a apresentar uma trajetória descendente, reduzindo-se para menos de metade em 2014 (-2,5%). A trajetória de diminuição do défice deverá prosseguir nos próximos anos, com o défice em 2020 a dever situar-se apenas em 1,1%. Este

facto deverá conduzir a uma redução no rácio da dívida pública em relação ao PIB nos próximos anos, devendo descer dos 37,6% observados em 2014 para 28,1% em 2020, um valor que contrasta com os rácios superiores a 100% observados na média das economias

desenvolvidas e que representa um mínimo desde os 26,2% observados em 2000.

(9)

CONTAS EXTERNAS

De acordo com o Ministério das Finanças, o valor das exportações de mercadorias diminuiu 4,2% em termos homólogos, enquanto as importações caíram 15% no 1.º trimestre de 2015. O declínio é devido, principalmente, à queda nos preços globais da energia e das matérias-primas, que reduziram a fatura de importação, mas também o valor de muitas das exportações da ilha. No entanto, no 1.º trimestre de 2015, o excedente comercial mais do que duplicou em comparação com o mesmo período do ano anterior, para 13,4 mil milhões de dólares. Esperamos que o excedente da balança corrente se situe em cerca de 13,0% do PIB em 2015. O

excedente da balança corrente continuará elevado, prevendo-se uma média de 11,0% no período 2016/20. As exportações de mercadorias e as importações irão acelerar a partir de 2016, à medida que a recuperação

económica global ganha ímpeto. O excedente da balança de serviços deverá subir, devido às receitas do turismo, que deverão receber um forte impulso do crescente número de visitantes provenientes da China continental. O excedente primário (da balança de rendimentos) deverá permanecer elevado no período de previsão, já que os lucros repatriados e os dividendos do elevado stock de investimentos de Taiwan no exterior deverão superar os rendimentos pagos ao resto do Mundo.

Balança corrente com um

excedente médio de 11,0% de

2016/20

(10)

10

ÍNDICE DE LIBERDADE ECONÓMICA

- The Heritage Foundation

Taiwan é a 14.ª economia mais

livre dos países que compõem o

índice em 2015

A pontuação de Taiwan ao nível da liberdade económica é de 75,1 pontos, sendo a 14.ª economia mais livre dos países que compõem o Índice em 2015. A pontuação é 1,2 pontos superior à do ano anterior, com melhorias em sete das suas dez componentes, sendo liderada pela liberdade de investimento, pelo controlo dos gastos públicos e pela liberdade laboral. Taiwan está classificada em 5.º lugar entre as 42 economias da região da Ásia-Pacífico e a sua pontuação é superior à média mundial. Políticas macroeconómicas prudentes dentro de um enquadramento legal e monetário estável têm sido a chave para o aumento dos níveis de liberdade económica ao longo dos últimos cinco anos. O compromisso de

reformas estruturais e de abertura para o comércio global tem permitido a Taiwan avançar muito na

categoria de país "maioritariamente livre". Apresentando um crescimento do índice de liberdade económica de forma ininterrupta desde 2009, Taiwan alcançou a sua maior pontuação no Índice em 2015.

A economia dinâmica de Taiwan, voltada para as exportações, tem beneficiado de um quadro jurídico que funciona bem e de um setor privado com uma tradição empreendedora. O ambiente de negócios eficiente é facilitado por uma taxa de IRC bastante reduzida e pela eliminação de requisitos mínimos de fundos próprios para a constituição de uma empresa. Apesar dos progressos, existe ainda um nível relativamente elevado de corrupção, enquanto o mercado de trabalho ainda é rígido, o que tem restringido a liberdade económica global de Taiwan.

Enquadramento

Taiwan é uma democracia multipartidária dinâmica. O Presidente Ma Ying-jeou foi reeleito em 2012 numa plataforma que prometia a revitalização económica e uma relação económica mais aberta com a República Popular da China (RPC), reduzindo as barreiras entre os dois países e negociando um acordo formal económico multifásico com a RPC. Taiwan permanece excluída dos membros das Nações Unidas, de outras organizações internacionais e de uma variedade de acordos de

comércio livre, em resultado dos esforços de Pequim no sentido de pressionar o país para a reunificação. Embora a oposição interna relativamente aos acordos com a RPC seja considerável, devido aos receios de que a soberania seja perdida, os acordos económicos recentes estreitaram a ligação da ilha com a RPC. A eventual ratificação por parte do Governo do Acordo China/Taiwan do Comércio de Serviços (TISA) é controversa.

Estado de Direito

Eficácia da Regulação

Embora significativamente menos difundida do que no passado, a corrupção continua a ser um problema, sendo evidentes as ligações entre a política e as grandes empresas. A título de exemplo, em junho de 2014 um alto funcionário foi acusado de aceitar subornos de uma empresa de

construção. O sistema judicial é independente e está livre de interferências políticas. Os direitos de propriedade são, de um modo geral, protegidos e o sistema judicial permite o cumprimento eficaz dos contratos.

Para iniciar uma empresa são necessários, em média, três procedimentos, não existindo capital mínimo exigido. No entanto, os requisitos de licenciamento são consumidores de tempo. Já os processos de insolvência são relativamente simples de resolver. O mercado de trabalho carece de flexibilidade. Os preços são maioritariamente determinados pelo mercado, mas o Governo tem influência sobre alguns preços (por exemplo, da eletricidade e de produtos farmacêuticos).

Intervenção do Governo

Abertura Económica

A taxa máxima de IRS é de 40% e a de IRC de 17%. Outros impostos incluem o IVA e um imposto sobre juros. A carga fiscal global ascende a 8,7% do PIB. Os gastos públicos correspondem a 20,7% do PIB e a dívida pública mantém-se estável em cerca de 41%.

A pauta aduaneira média é de 1,8%. Existem quotas de importação para algumas categorias de bens. Os novos investimentos estrangeiros podem ser escrutinados pelo Governo e os investimentos em alguns setores estão sujeitos a limites. O setor financeiro disponibiliza um vasto leque de produtos e de serviços, tendo o Estado deixado de ter um papel dão dominante. A liberalização financeira tem-se proliferado, mas a presença de bancos estrangeiros é ainda relativamente modesta.

(11)

INDICADORES DE RISCO

COUNTRY’S SCORE OVER TIME COUNTRY COMPARISONS

RATING DAS AGÊNCIAS

SCORE % 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Overall Score 71,3 69,7 69,4 70,3 69,5 70,4 70,8 71,9 72,7 73,9 75,1

Property Rights 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 Freedom from Corruption 57,0 56,0 59,0 59,0 57,0 57,0 56,0 58,0 61,0 59,7 61,0

Government spending 82,9 84,0 86,8 87,8 89,4 90,5 89,7 92,3 84,9 84,7 87,1 Fiscal Freedom 76,3 75,8 77,0 75,9 76,2 75,9 78,3 80,4 80,5 80,3 80,4 Business Freedom 70,0 73,0 71,6 70,8 69,5 83,0 84,7 88,5 94,3 93,9 92,4 Labor Freedom 46,1 47,3 47,2 49,2 45,7 47,7 46,1 46,6 53,3 53,1 55,2 Monetary Freedom 91,8 88,8 81,3 83,3 82,1 79,3 82,0 83,1 82,9 81,7 83,3 Trade Freedom 78,4 81,8 81,6 86,7 85,2 85,8 86,2 85,0 85,0 85,8 86,4 Investment Freedom 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 65,0 65,0 65,0 65,0 70,0 75,0 Financial Freedom 70,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 60,0 60,0

F o n t e : The He rita ge F o unda tio n.

Rating Heritage Foundation

SCORE % 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2013 2014 Country Risk 30,0 28,0 24,0 24,0 29,0 32,0 28,0 27,0 29,0 28,0 28,0 A A Sovereign* 29,0 26,0 24,0 25,0 29,0 33,0 28,0 29,0 30,0 29,0 30,0 A BBB Currency* 26,0 24,0 22,0 22,0 28,0 30,0 26,0 25,0 28,0 27,0 27,0 A A Economic 29,0 29,0 22,0 23,0 25,0 28,0 28,0 25,0 23,0 28,0 33,0 A BBB Political 35,0 30,0 26,0 30,0 25,0 25,0 26,0 30,0 25,0 27,0 31,0 A BBB Banking* 35,0 35,0 27,0 26,0 31,0 32,0 30,0 26,0 29,0 27,0 28,0 A A

F o n t e : EIU. No ta (*): Utiliza do na c o ntruç ã o do "C o untry R is k".

Rating EIU (The Economist Inteligence Unit)

Rating

S&P AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA-

AA-Moody's AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA AA AA

Fitch - - A+ A+ A+ A+ A+ A+ A+ A+ A+ A+

Compósito AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA-

AA-N o t a : O rating c o m pó s ito re s ulta da m é dia da s 3 a gê nc ia s .

2006

(12)

12

CHART BOOK

-2 0 2 4 6 8 10 12 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 GDP Growth (%) Taiw an - GDP Grow th %

Source: IMF (April 2015)

16,000 18,000 20,000 22,000 24,000 26,000 28,000 30,000 32,000 34,000 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 Per Capita GDP

Taiw an – Per Capita GDP

$

Source: IMF (April 2015)

19 20 21 22 23 24 25 26 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 % GDP Taiw an – Investment (% GDP) %

Source: IMF (April 2015)

29 30 31 32 33 34 35 36 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 % GDP

Taiw an – Gross National Saving (% GDP)

%

Source: IMF (April 2015)

4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 % GDP

Taiw an – Current Account (% GDP)

%

Source: IMF (April 2015)

-1 0 1 2 3 4 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 Inflation Rate

Taiw an – Inflation Rate

%

Source: IMF (April 2015)

3.6 4.0 4.4 4.8 5.2 5.6 6.0 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 Unemployment Rate

Taiw an – Unemployment Rate

%

Source: IMF (April 2015)

26 28 30 32 34 36 38 40 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 % GDP

Taiw an – Public Debt (% GDP)

%

Source: IMF (April 2015)

-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 % GDP

Taiw an – Budget Balance (% GDP)

%

Source: IMF (April 2015)

22.6 22.8 23.0 23.2 23.4 23.6 23.8 24.0 24.2 .16 .20 .24 .28 .32 .36 .40 .44 .48 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20

Population Growth Rate (%)

Taiw an - Population

10^6 %

Source: IMF (April 2015)

-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 Exports Growth (%)

Taiw an - Exports Grow th

%

Source: IMF (April 2015)

-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 Imports Growth (%)

Taiw an - Imports Grow th

%

(13)

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS

Rui Bernardes Serra

Chief Economist

RBSerra@montepio.pt

José Miguel Moreira

Senior Economist

JoseMoreira@montepio.pt

Margarida Filipe

Junior Economist

Margarida.Filipe@montepio.pt

Artur Patrício

Junior Economist

Artur.patricio@montepio.pt

APOIO À INTERNACIONALIZAÇÃO

DAS EMPRESAS

Florbela Cunha

Head of Unit

FGCunha@montepio.pt

Rita Marques

Trade Finance

Rita.Marques@montepio.pt

Luis Carv alho

Africa Business

LACarvalho@montepio.pt

Carla Marques Mendes

International Business Advisor

CMMendes@montepio.pt

Alex andra Nev es

International Business Advisor

AJNeves@montepio.pt

AD VERTÊNCIA

Este documento foi elaborado pelo Departamento de Estudos da Caixa Económica Montepio Geral e é disponibilizado com intuito e para fins exclusivamente informativos.

Todos os dados, análises e considerações nele contidas estão simplesmente baseadas no que estimamos ser as melhores informações disponíveis, recolhidas a partir de fontes oficiais e outras consideradas credíveis, não assumindo, todavia, qualquer responsabilidade por erros, omissões ou inexatidões das mesmas.

As opiniões e previsões expressas refletem somente a perspetiva e os pontos de vista dos autores na data da sua elaboração, podendo ser livremente modificadas a todo o tempo e sem aviso prévio.

Neste contexto, o presente documento não pode, em circunstância alguma, ser entendido como convite ao investimento, seja de que natureza for, nem como proposta ou oferta de negócio de qualquer tipo.

Qualquer decisão de investimento deve ser devidamente ponderada, fundamentada na análise crítica, pelo investidor, de toda a informação publicamente disponível sobre os ativos a que respeita, suas características e adequação ao perfil de risco assumido, e devem ter em conta todos os documentos emitidos ao abrigo da regulamentação das entidades de supervisão, nomeadamente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Nem o Montepio, na qualidade de emitente do documento, nem nenhuma entidade sua dominante ou dominada ou qualquer outra integrante do Grupo Montepio em que se insere, pode, consequentemente, ser responsabilizada por eventuais perdas ou prejuízos decorrentes de decisões de investimento que, quem quer que seja, tenha tomado, mesmo que por levar em conta elementos constantes deste documento.

Por outro lado, uma vez que este documento não contempla qualquer tipo de informação privilegiada ou reservada, nem constitui nenhum conselho ou convite ao investimento, as empresas do Grupo Montepio mantêm o direito de, nos limites da lei, transacionar ou não, ocasional ou regularmente, qualquer ativo direta ou indiretamente relacionado com o âmbito deste relatório.

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Redução de 56,6% do apoio à produção se comparado o 4T18 contra o 4T17, velocidade de vendas aliada a realização do “repasse” das unidades para as instituições