• Nenhum resultado encontrado

Análise ergonômica de postos de trabalho, ao computador, em um escritório de uma empresa metalúrgica

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise ergonômica de postos de trabalho, ao computador, em um escritório de uma empresa metalúrgica"

Copied!
57
0
0

Texto

(1)

JONAS FELIPE FÜHR

ANÁLISE ERGONÔMICA DE POSTOS DE TRABALHO, AO

COMPUTADOR, EM UM ESCRITÓRIO DE UMA EMPRESA

METALÚRGICA

Ijuí 2017

(2)

JONAS FELIPE FÜHR

ANÁLISE ERGONÔMICA DE POSTOS DE TRABALHO, AO

COMPUTADOR, EM UM ESCRITÓRIO DE UMA EMPRESA

METALÚRGICA

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Engenhariade Segurança do Trabalho.

Orientador(a): Lucas Fernando Krug

Ijuí 2017

(3)

ANÁLISE ERGONÔMICA DE POSTOS DE TRABALHO, AO

COMPUTADOR, EM UM ESCRITÓRIO DE UMA EMPRESA

METALÚRGICA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelos membros da banca examinadora.

Ijuí, 03 de Fevereiro de 2017.

Prof. Lucas Fernando Krug Mestre pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS - Orientador Profa. Cristina Eliza Pozzobon Coordenadora do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho/UNIJUÍ BANCA EXAMINADORA

Profa. Lia Geovana Sala (UNIJUÍ) Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

(4)
(5)

Primeiramente agradeço a Deus pela vida e pela saúde.

A minha família, agradeço pelo apoio e carinho em todos os momentos da minha caminhada.

Agradeço ao meu orientador, Professor Lucas Fernando Krug pelos ensinamentos prestados para a realização deste trabalho.

Agradeço ainda a todos os colegas do curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pelo companheirismo e amizade em todos os momentos que estivemos reunidos.

(6)

“Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre.”

(7)

FÜHR, J. F. Análise Ergonômica de postos de trabalho, ao computador, em um escritório de uma empresa metalúrgica. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ,Ijuí, 2017.

O presente trabalho trata da importância da questão ergonômica e das condições ambientais nos postos de trabalho ao computador. Entre os riscos ergonômicos que têm maior relação com a utilização de computadores pode-se destacar a exigência de postura inadequada em jornadas de trabalho prolongadas e a utilização de mobiliário impróprio. Além desses riscos, as condições gerais do ambiente (iluminação, temperatura e ruído) têm grande influência na produtividade e qualidade no trabalho. O trabalho ao computador deve seguir parâmetros estabelecidos pela NR-17, protegendo o trabalhador das Lesões por Esforços Repetitivos (LER), as quais são doenças relacionadas ao trabalho que atingem grande parte dos usuários desta ferramenta de trabalho. O foco do presente estudo é a avaliação ergonômica de três postos de trabalho ao computador em um escritório de uma empresa metalúrgica, localizada no município de Ijuí/RS, identificando suas divergências em relação à NR-17 e propondo melhorias para os postos analisados. Percebe-se que nos três postos de trabalho analisados, alguns aspectos estão em desacordo com a NR-17 e demais normas regulamentadoras relacionadas. Os resultados mostram que não é dada a devida importância a questão ergonômica nos postos de trabalho ao computador e que precisamos trabalhar para tornar o ambiente de trabalho mais saudável para todos os trabalhadores.

(8)

ABSTRACT

FÜHR, J. F. Análise ergonômica de postos de trabalho, ao computador, em um escritório de uma empresa metalúrgica. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ,Ijuí, 2017.

The present work deals with the importance of the ergonomic question and the environmental conditions in the workstations to the computer.Among the ergonomic risks that have more relation with the use of computers can be emphasized the requirement of inadequate posture, in prolonged working days and the use of imprudent furniture.In addition to these risks, the general conditions of the environment (lighting, temperature and noise) have a great influence on productivity and quality at work.Computer work should follow parameters established by the NR-17, protecting the worker from repetitive effort injuries (RSI), which are repetitive work related diseases and reach a large part of the users of this work tool.The focus of the present study is the ergonomic evaluation of three computer workstations in an office of a metallurgical company located in the municipality of Ijuí / RS, identified their differences in relation to NR-17 and proposed improvements for all the analyzed stations. It can be seen that the three jobs analyzed, some of them are in compliance with NR-17 and other related regulatory standards. The results show that the ergonomic issue in computer jobs is not given due importance and that we need to work to make the work environment healthier for all workers.

(9)

Figura 1: Suporte para o monitor com regulagem de altura ... 20

Figura 2: Áreas de alcance para o trabalhador sentado ... 21

Figura 3: Plano de trabalho com bordas e cantos arredondados ... 22

Figura 4: Superfície de trabalho com altura regulável... 22

Figura 5: Apoio para os pés com regulagem de altura ... 23

Figura 6: Dimensões gerais da mesa de trabalho (vista lateral e vista frontal) ... 24

Figura 7: Apoio para assento em cinco pés com rodízios ... 25

Figura 8: Altura da superfície superior do assento ajustável, em relação ao piso ... 26

Figura 9: Borda frontal do assento arredondada ... 26

Figura 10: Encosto ajustável em altura e em sentido antero - posterior ... 27

Figura 11: Apoio de braços regulável em altura ... 27

Figura 12: Suporte para visualização de documentos... 28

Figura 13: Dicas para postura correta ao computador ... 28

Figura 14: Posicionamento das luminárias para evitar os ofuscamentos ... 33

Figura 15: Ginástica Laboral em escritório ... 36

Figura 16: Posto de trabalho do setor administrativo ... 38

Figura 17: Posto de trabalho do setor de departamento pessoal ... 39

Figura 18: Posto de trabalho do setor de compras ... 40

Figura 19: Medição do mobiliário do posto de trabalho ... 41

Figura 20: Termômetro sobre a mesa de trabalho para a medição da temp. e umidade .... 42

Figura 21: Decibelímetro sobre a mesa de trabalho para a medição do ruído ... 43

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Dimensões gerais da mesa de trabalho (em milímetros) ... 24

Tabela 2: N íveis de ruído para escritórios ... 31

Tabela 3: Comparativo dos níveis de iluminância ... 33

Tabela 4: Dimensões gerais da mesa de trabalho do setor Administrativo (em mm) ... 45

Tabela 5: Dimensões gerais da mesa de trabalho do setor de Departamento Pessoal (em milímetros)... 47

Tabela 6: Dimensões gerais da mesa de trabalho do setor de Compras (em milímetros) . 48 Tabela 7: Valores das temperaturas médias... 50

Tabela 8: Valores das umidades médias ... 50

Tabela 9: Valores recomendados e medidos para o ruído ... 51

(11)

ABERGO Associação Brasileira de Ergonomia ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

DORT Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho INSS Instituto Nacional do Seguro Social

LER Lesões por Esforço Repetitivo MTE Ministério do Trabalho e Emprego NBR Norma Brasileira Revisada

NR Norma Regulamentadora

(12)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12 1.1 CONTEXTO... 13 1.2 PROBLEMA ... 13 1.2.1 Questões da pesquisa ... 13 1.2.2 Objetivos da pesquisa ... 13 1.2.3 Delimitação... 14 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 15 2.1 ERGONOMIA... 15

2.2 ANTROPOMETRIA E POSTOS DE TRABALHO ... 18

2.3 NORMA REGULAMENTADORA Nº 17 (NR-17)... 19

2.4 CONDIÇÕES AMBIEN TAIS ... 29

2.4.1 Temperatura e umidade... 30

2.4.2 Ruído... 30

2.4.3 Iluminância ... 32

2.5 DOENÇAS E LESÕES RELACIONADAS AO TRABALHO ... 34

2.6 GINÁSTICA LABORAL... 34

3 METODOLOGIA... 37

3.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA ... 37

3.2 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DO SETOR ADMINISTRATIVO ... 37

3.3 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DO DEPARTAMENTO PESSOAL ... 38

3.4 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DO SETOR DE COMPRAS E EMISSÃO DE NOTAS FISCAIS ... 39

3.5 MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS ... 40

3.5.1 Análise Antropométrica ... 40 3.5.1.1 Mesa e Assento ... 40 3.5.2 Condições Ambientais ... 41 3.5.2.1 Temperatura e umidade... 41 3.5.2.2 Ruído Ambiental ... 42 3.5.2.3 Iluminância ... 43

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 45

(13)

4.2 ANÁLISE TÉRMICA ... 49

4.3 ANÁLISE DO RUÍDO... 51

4.4 ANÁLISE LUMÍNICA ... 51

5 CONCLUSÃO... 53

(14)

1 INTRODUÇÃO

A quantidade de muitas tarefas tem exigido do homem a manipulação de uma grande quantidade de informações, obrigando-o a recorrer ao uso de máquinas, principalmente o computador. O avanço da tecnologia proporcionou o crescimento expressivo da quantidade de usuários destes equipamentos e o homem moderno, na sua vida pessoal e profissional, está totalmente envolvido pelo uso dos computadores, os quais proporcionam uma maior produtividade e qualidade no trabalho.

Os riscos ergonômicos que têm maior relação com o uso de computadores são: exigência de postura inadequada, utilização de mobiliário impróprio, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade. Além desses riscos, as condições gerais do ambiente (iluminação, temperatura e ruído) têm grande influência no comportamento dos trabalhadores.

Atualmente, as empresas buscam ser altamente competitivas em mercados cada vez mais globalizados, pois há uma unanimidade na certeza de que o homem é o principal elemento diferenciador e o agente responsável pelo sucesso de todo e qualquer negócio.

Conforme Motta (2009) e Iida (2002), as possíveis causas do desconforto do usuário no posto de trabalho com computador são: altura do teclado muito baixa em relação ao piso, altura do teclado muito alta em relação à mesa, falta de apoios adequados para os antebraços e punhos, cabeça muito inclinada para frente, pouco espaço lateral para as pernas, posicionamento inadequado do teclado.

As pessoas que trabalham ao computador permanecem na posição sentada por longos períodos, mantendo posturas inadequadas e realizando movimentos repetitivos. As inúmeras doenças do trabalho são causadas pelas Lesões por Esforço Repetitivo (LER).

O termo LER – Lesões por Esforço Repetitivo – refere-se a um grupo de doenças que são causadas fundamentalmente por movimentos repetitivos, envolvendo doenças que acometem os músculos, tendões, nervos e estruturas articulares, geralmente regiões da coluna vertebral e membros superiores.

(15)

1.1 CONTEXTO

O contexto principal deste trabalho é analisar ergonomicamente três postos de trabalho ao computador, em um escritório de uma empresa metalúrgica, localizada no município de Ijuí/RS. As irregularidades encontradas serão identificadas e analisadas e serão propostas melhorias para os postos de trabalho, de acordo com as exigências da Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17) da portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

1.2 PROBLEMA

A partir do momento em que foi identificada como uma das maiores causas de ausência ao trabalho, a questão ergonômica passou a ser uma preocupação constante das empresas. Além da geração de custos diretos e indiretos elevados, as conseqüências destes afastamentos têm contribuído para a diminuição da qualidade de vida dos trabalhadores lesionados, já que são bem conhecidos os efeitos psicológicos e sociais dos acometidos por doenças causadas pela inadequabilidade dos postos de trabalho e dos processos produtivos, os quais impõem ritmos repetitivos, emprego de força, posições antiergonômicas, entre outros fatores de riscos potenciais. 1.2.1 Questões da pesquisa

● Qual é a importância da questão ergonômica do trabalho ao computador?

● Quais são as irregularidades encontradas no posto de trabalho?

● Quais são as condições ambientais para os trabalhadores destes postos de trabalho? ● Quais são as normas que regulam sobre a questão ergonômica e as condições ambientais?

1.2.2 Objetivos da pesquisa

● Analisar ergonomicamente três postos de trabalho ao computador. ● Analisar as condições ambientais nestes postos de trabalho.

(16)

1.2.3 Delimitação

O tema abordado foi escolhido visto que, ao contrário do que geralmente se supõe, o trabalho na posição sentada e com computadores pode originar uma série de dores e complicações aos trabalhadores.

Atualmente, a ergonomia ganhou elevada importância ao minimizar ou eliminar, em alguns casos, a fadiga e o stress decorrentes das atividades laborais. Ressalta-se ainda que uma adequação ergonômica do posto de trabalho pode gerar impactos positivos na produtividade do trabalhador, o que sempre é de interesse da empresa.

(17)

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ERGONOMIA

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ergonomia é o ajuste mútuo entre o homem e seu ambiente de trabalho, cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem estar. É o conjunto de ciências e tecnologias que procuram um ajuste confortável e produtivo entre o ser humano e sua atividade laborativa.

Conforme a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), “Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às características físicas e psicológicas do indivíduo”.

Segundo Iida (1998), ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem. Refere-se não apenas às máquinas e equipamentos, como, também, a toda a situação que envolva o relacionamento entre o homem e o seu trabalho. Portanto, a ergonomia procura a adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e o seu trabalho, tornando-se, atualmente uma medida de prevenção de lesões e acidentes, visando ao aumento da produtividade.

Ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que buscam a adaptação entre o ser humano, ou seja, o trabalhador e o seu trabalho. Seu objetivo básico é adaptar as condições de trabalho às características do ser humano, ou seja, projetar trabalhos, locais de trabalho, máquinas e ferramentas adaptadas as pessoas.

Conforme Grandjean (1998), a palavra ergonomia vem do grego: ergon (trabalho) e nomos (legislação, normas) e pode ser definida como a ciência da configuração de trabalho adaptado ao homem, visando ao desenvolvimento de bases científicas para a adequação das condições de trabalho e suas realidades.

Segundo Carvalho e Nascimento (2004), a ergonomia é denominada de engenharia dos fatores humanos, ela tem como objetivo diminuir o esforço físico e mental dos colaboradores nos seus equipamentos de trabalho, realizando ajustes e adaptações das máquinas ao trabalhador, para uma melhor maneira de lidar com o seu trabalho.

Para Limongi – França e Arellano (2002), ergonomia diz respeito às condições de trabalho ligadas ao trabalhador. Relaciona-se, na medicina, na psicologia, na motricidade e na

(18)

tecnologia das indústrias, para proporcionar um melhor conforto e um melhor desempenho nos diversos cargos dentro da organização, em relação aos trabalhadores.

De acordo com Trebien (2010), ergonomia diz respeito ao funcionamento do corpo e ao comportamento humano; é criar um melhor relacionamento entre o homem e o seu trabalho; seu objetivo é desenvolver, para o empregado, uma maneira que seja mais saudável e melhor de se trabalhar, mesmo que as características da empresa tenham temperaturas elevadas, ruídos, vibrações ou gases, entre outros problemas que possam fazer com que o funcionário não se sinta confortável no local onde ele trabalha.

A ergonomia pode dar diversas contribuições para melhorar as condições de trabalho. Nas empresas, estas podem variar de acordo com a etapa que ocorrem. A contribuição da ergonomia, de acordo com a ocasião em que é feita, classifica-se em concepção, correção, conscientização e participação (IIDA, 2005).

- Ergonomia de concepção: ocorre na fase inicial do projeto do produto, máquina ou ambiente, exigindo muito conhecimento e experiência, porque as decisões são tomadas com base em situações hipotéticas, ainda sem uma existência real. Atua, portanto, como uma medida preventiva, de modo que as características, habilidades e limitações de cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ, 2010; PRATES, 2007).

- Ergonomia de correção: é a modificação de situações de trabalho já existentes, portanto, o estudo ergonômico só é feito após a implantação do posto de trabalho e aplicado em situações reais para solucionar questões de segurança e fadiga excessiva, doenças do trabalhador, quantidade e qualidade na produção. É a ergonomia mais praticada, devido à possibilidade de alterações mais rápidas e de fácil acesso (CRUZ, 2010; PRATES, 2007).

- Ergonomia de conscientização: consiste na capacitação das pessoas nos métodos e técnicas de análise ergonômica do trabalho. Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanças constantes. Isso exigirá novos treinamentos, em que o trabalhador deverá saber como agir de forma segura no ambiente em que está inserido (CRUZ, 2010; PRATES, 2007).

(19)

- Ergonomia de participação: procura envolver o próprio usuário do sistema na solução de problemas ergonômicos, podendo ser este o trabalhador, no caso de um posto de trabalho, ou consumidor, no caso de produtos de consumo.

De acordo com Iida (2002), para atingir os seus objetivos, a ergonomia estuda diversos aspectos do comportamento humano no trabalho e outros fatores importantes para o projeto como:

• o homem: características físicas, fisiológicas e sociais do trabalhador, influência do sexo, idade, treinamento e motivação;

• máquina: entende-se por máquina todas as ajudas materiais que o homem utiliza no seu trabalho, englobando os equipamentos, ferramentas, mobiliários e instalações;

• ambiente: estuda as características do ambiente físico que envolve o homem durante o trabalho, como a temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases e outros;

• informação: refere-se às comunicações existentes entre os elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões;

• organização: é a conjugação dos elementos acima citados no sistema produtivo, estudando aspectos como horários, turnos de trabalho e formação de equipes;

• conseqüências do trabalho: aqui entram mais as informações de controles como tarefas de inspeção, estudo dos erros e acidentes, além do estudo sobre gastos energéticos, fadiga e stress.

Segundo Iida (2002), quanto aos seus objetivos, à ergonomia busca a segurança, satisfação e o bem estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos. Sabendo-se que os sistemas produtivos evoluem com o desenvolvimento da tecnologia, à medida que as máquinas a cada dia assumem o trabalho pesado, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, ao homem é designado o esforço mental e dos sentidos. Assim, gradativamente, o homem foi migrando o seu trabalho para tarefas que as máquinas ainda não são capazes de executar, como por exemplo, tarefas com computadores. Isto criou novas áreas de estudo e representam mais um campo de atuação para os profissionais de Engenharia e Segurança do Trabalho.

(20)

2.2 ANTROPOMETRIA E POSTOS DE TRABALHO

O ambiente de trabalho precisa ser adequado ao homem e à tarefa que ele vai desempenhar. O que caracteriza o posto de trabalho ao computador e seus constituintes físicos (mesa, cadeira, teclado, etc), sob a ótica da ergonomia, é a sua flexibilidade, ou seja, sua capacidade de se ajustarem às características específicas dos seus usuários.

Conforme Iida (2005), a antropometria trata das medidas físicas do corpo humano. Aparentemente, medir as pessoas seria uma tarefa fácil, bastando para isso ter uma régua, trena e balança. Todavia, isso não é tão simples, quando se pretende obter medidas representativas confiáveis de uma população, a qual é formada por indivíduos dos mais variados tipos e dimensões. Alem disso, as condições em que essas medidas são realizadas influenciam de maneira considerável nos resultados.

O posto de trabalho é composto pelo conjunto de componentes que formam o ambiente físico imediato no qual a pessoa trabalha e com o qual interagem diretamente, incluindo mobiliário, máquinas, ferramentas, acessórios, materiais, produto. Cada componente do posto de trabalho deve ter a sua própria adequação ergonômica e deve apresentar ainda, um bom arranjo dos seus componentes e uma boa relação de distribuição espacial entre os mesmos (DUL, 1995 apud TAVARES E BIEGER, 2005).

De acordo com Iida (2005), basicamente há dois tipos de enfoque para se analisar o posto de trabalho: o taylorista e o ergonômico.

O enfoque taylorista é conhecido também pelo estudo dos tempos e movimentos. A seqüência de movimentos necessários para executar uma determinada tarefa é baseada em uma série de princípios de economia de movimentos, o melhor método é escolhido pelo critério de menor tempo gasto.

Este enfoque contribuiu para o desenvolvimento da indústria na primeira metade do século XX, entretanto, admite-se hoje que os seus resultados nem sempre são os mais eficazes, pois leva a produzir métodos cada vez mais simples e repetitivos, o qual gera concentração de carga de trabalho sobre determinados movimentos musculares, produzindo excessiva fadiga localizada, além da monotonia.

No enfoque ergonômico, as máquinas, equipamentos, ferramentas e materiais são 18

(21)

equilíbrio biomecânico, reduzir as contrações estáticas da musculatura e o estresse geral. A grande dificuldade dos projetistas e a grande variação das dimensões antropométricas da população. Isso, muitas vezes leva a dimensionamentos incorretos de postos de trabalho, provocando esforços musculares estáticos e movimentos exagerados dos braços, ombros, tronco e pernas.

2.3 NORMA REGULAMENTADORA Nº 17 (NR-17)

As exigências a serem cumpridas na questão ergonômica estão contidas na Norma Regulamentadora (NR-17). Esta norma visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

O subitem 17.1.1 da NR-17 estabelece que as condições de trabalho incluam aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e a própria organização do trabalho.

Outro subitem importante da NR-17 é o 17.1.2, o qual determina que para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido na NR-17.

O item 17.3 da NR-17 trata do mobiliário dos postos de trabalho, e determina que sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. Para o trabalho manual sentado ou que tenha que ser realizado em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis deve atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) Ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;

b) Ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;

c) Ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.

O anexo II da NR-17, em seu item 2.1 estabelece os seguintes parâmetros que devem ser atendidos para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé:

(22)

a) O monitor de vídeo e o teclado devem estar apoiados em superfícies com mecanismos de regulagem independentes, conforme a Figura 1;

Figura 1: Suporte para o monitor com regulagem de altura

Fonte: https://www.analiseinformatica.com.br (2016)

b) Será aceita superfície regulável única para teclado e monitor quando este for dotado de regulagem independente de, no mínimo, 26 centímetros no plano vertical;

c) A bancada sem material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 75 centímetros medidos a partir de sua borda frontal e largura de 90 centímetros que proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 centímetros de raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho;

d) A bancada com material de consulta deve ter, no mínimo, 90 centímetros a partir de sua borda frontal e largura de 100 centímetros que proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 centímetros de raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho, para livre utilização e acesso de documentos;

(23)

Figura 2: Áreas de alcance para o trabalhador sentado

Fonte: Iida (1990), Grandjean (1983)

De acordo com Iida (1990), a área de alcance ótimo sobre a mesa pode ser traçada, girando-se os antebraços em torno dos cotovelos com os braços caídos normalmente (Figura 2). Estes descreverão um arco com raio de 35 a 45 cm. A parte central, situada em frente ao corpo, fazendo interseção com os dois arcos, será a área ótima para se usar as duas mãos. Á área de alcance máximo será obtida fazendo-se girar os braços estendidos em torno do ombro, descrevendo arcos de 55 a65 cm de raio (Figura 3). A faixa situada entre a área ótima e aquela de alcance máximo deve ser usada para tarefas menos freqüentes ou que exijam menos precisão. As tarefas de maior freqüência e com maiores exigências de precisão, devem ser executadas dentro da área ótima.

(24)

Figura 3: Plano de trabalho com bordas e cantos arredondados

Fonte:http://www.zagros.com.br/ (2016)

f) As superfícies de trabalho devem ser reguláveis em altura em um intervalo mínimo de 13 centímetros, medidos de sua face superior, permitindo o apoio das plantas dos pés no piso (Figura 4);

Figura 4: Superfície de trabalho com altura regulável

Fonte: http://www.mundoergonomia.com.br/ (2016)

g) O dispositivo de apontamento na tela (mouse) deve estar apoiado na mesma superfície do teclado, colocado em área de fácil alcance e com espaço suficiente para sua livre utilização;

(25)

h) O espaço sob a superfície de trabalho deve ter profundidade livre mínima de 45 centímetros ao nível dos joelhos e de 70 centímetros ao nível dos pés, medidos de sua borda frontal;

i) Nos casos em que os pés do operador não alcançarem o piso, mesmo após a regulagem do assento, deverá ser fornecido apoio para os pés que se adapte ao comprimento das pernas do trabalhador, permitindo apoio das plantas dos pés, com inclinação ajustável e superfície revestida de material antiderrapante, conforme a Figura 5.

Figura 5: Apoio para os pés com regulagem de altura

Fonte:http://www.mundoergonomia.com.br/ (2016)

A Norma Brasileira Revisada, NBR nº 13966/97, especifica as características físicas e dimensionais para as mesas para escritório. A Figura 6 e a Tabela 1 representam as dimensões gerais da mesa de trabalho especificadas nesta NBR.

(26)

Figura 6: Dimensões gerais da mesa de trabalho (vista lateral e vista frontal)

Fonte: NBR 13966/1997

Tabela 1: Dimensões gerais da mesa de trabalho (em milímetros)

Fonte: NBR 13966/1997

As dimensões da Tabela 1 referem-se a mesas sem regulagem do tampo. As alturas mínimas e máximas para mesas de trabalho com regulagem podem exceder estes limites, desde

(27)

De acordo com o item 17.3.3, os assentos utilizados nos postos de trabalho também devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:

a) Altura ajustável a altura do trabalhador e à natureza da função exercida; b) Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; c) Borda frontal arredondada;

d) Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar; Conforme a alínea j do anexo II, os assentos devem ser dotados de:

1) Apoio em 05 pés, com rodízios cuja resistência evite deslocamentos involuntários e que não comprometam a estabilidade do assento, conforme a Figura 7;

Figura 7: Apoio para assento em cinco pés com rodízios

Fonte: http://www.mundoergonomia.com.br/ (2016)

2) Superfícies onde ocorre o contato corporal estofadas e revestidas de material que permita a perspiração;

3) Base estofada com material de densidade entre 40 e 50 kg/m³;

4) Altura da superfície superior ajustável, em relação ao piso, entre 37 e 50 centímetros, podendo ser adotados até três tipos de cadeiras com alturas diferentes, de forma a atender as necessidades de todos os operadores, de acordo com a Figura 8;

(28)

Figura 8: Altura da superfície superior do assento ajustável, em relação ao piso

Fonte: http://www.descritorio.com.br/ (2016) 5) Profundidade útil de 38 a46 centímetros;

6) Borda frontal arredondada, conforme a Figura 9;

Figura 9: Borda frontal do assento arredondada

Fonte: http://www.descritorio.com.br/ (2016)

7) Características de pouca ou nenhuma conformação na base;

8) Encosto ajustável em altura e em sentido ântero-posterior, com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar; largura de, no mínimo, 40 centímetros e, com relação aos encostos, de no mínimo, 30,5 centímetros (Figura 10);

(29)

Fonte: http://www.descritorio.com.br/ (2016)

9) Apoio de braços regulável em altura de 20 a25 centímetros a partir do assento, sendo que seu comprimento não deve interferir no movimento de aproximação da cadeira em relação à mesa, nem com os movimentos inerentes á execução da tarefa, de acordo com a Figura 11;

Figura 11: Apoio de braços regulável em altura

Fonte: http://www.descritorio.com.br/ (2016)

Conforme o item 17.4.1, todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados as características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Para as atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, deve:

a) Ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual (Figura 12);

(30)

b) Figura 12: Suporte para visualização de documentos

Fonte: http://www.mercamania.es/ (2016)

b) Ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.

A Figura 13 mostra dicas para uma postura correta do trabalho ao computador. Figura 13: Dicas para postura correta ao computador

Fonte: http://sbgadministra.blogspot.com.br/ (2016)

(31)

De acordo com o item 17.5.1, as condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto (item 17.5.2):

a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152/1987 – Níveis de ruído para conforto acústico, norma brasileira registrada no INMETRO;

b) Índice de temperatura efetiva entre 20ºC e 23°C; c) Velocidade do ar não superior a 0,75m/s;

d) Umidade relativa do ar não inferior a 40%.

Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A). Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos a zona auditiva.

Conforme o item 17.5.3, em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada a natureza da atividade. A iluminação deve ser uniformemente distribuída e difusa.

A medição dos níveis de iluminamento, subitem 17.5.3.4, deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. Quando não puder ser definido o campo de trabalho, este será um plano horizontal a 0,75 metros do piso.

2.4 CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Condições ambientais desfavoráveis, como excesso de calor, ruídos e vibrações podem trazer desconforto ao trabalhador, diminuindo a sua concentração e produtividade e, conseqüentemente, aumentando o risco de acidentes e prejudicando a sua saúde.

(32)

Segundo Iida (1990), uma grande fonte de tensão no trabalho são as condições ambientais desfavoráveis, como excesso de calor, ruídos e vibrações. Esses fatores causam desconforto, aumentam o risco de acidentes e podem provocar danos consideráveis a saúde do trabalhador.

2.4.1 Temperatura e umidade

De acordo com SILVA (1996) a temperatura e a umidade relativa do ar (UR) são variáveis climáticas que influenciam diretamente no desempenho do trabalho humano. Um ambiente termicamente bem projetado pode contribuir para a diminuição da carga de stress mental, aumento do nível de concentração, redução da hiperemia e, por conseguinte, aumento de eficiência na elaboração das tarefas.

Segundo IIDA (2005) a temperatura e a umidade ambiental influenciam diretamente no desempenho do trabalho humano. Vários estudos comprovam estas influências, tanto no trabalho como sobre os riscos de acidentes. De acordo com pesquisa feita por Bredford e Vernon (1922), foi demonstrado que a freqüência de acidentes tende a crescer depois dos 20 ºC e que a eficiência do trabalho a 28 ºC era cerca de 41% menor que a 19 ºC.

Ainda conforme IIDA (2005), o conforto térmico em fábricas e escritórios é conseguido mantendo-se a temperatura média da pele em 33 ºC. Recomendam-se temperaturas de 20 a 24 ºC no inverno e 23 a 26 ºC no verão, com umidade relativa variando entre 40 e 80%. Acima de 24 ºC os trabalhadores sentem sonolência e abaixo de 18 ºC, aqueles envolvidos em trabalho sedentário ou com pouca atividade física, começam a sentir tremores.

2.4.2 Ruído

O ruído caracteriza-se por ser uma mistura complexa de sons, inútil, indesejável e desagradável, podendo ser prejudicial à saúde humana. Sua amplitude é medida em níveis de pressão sonora, utilizando o decibel (dB), o qual representa a relação logarítmica entre a variação de pressão efetivamente medida e uma pressão de referência adotada.

Conforme Iida (1990), outra definição, de natureza mais operacional, considera o ruído um estímulo auditivo que não contém informações úteis para a tarefa em execução.

(33)

Segundo Matos e Santos (1994), podem-se resumir as medidas de controle de ruído em três grupos, os quais são:

● Intervenção da fonte emissora:

- Eliminação ou substituição de máquinas e equipamentos ruidosos por modelos menos ruidosos;

- Modificação no ritmo de funcionamento dos equipamentos; - Aumento da distância e redução da concentração de máquinas; ● Intervenção sobre a propagação:

- Uso de suportes antivibração; - Enclausuramento total ou parcial; - Barreiras;

- Silenciadores;

- Tratamento fonoabsorvente; ● Intervenção sobre o trabalhador:

- Redução do tempo de exposição ao ruído, redução da jornada de trabalho, reorganização do trabalho e aumento das pausas durante as suas atividades;

- Isolamento acústico de áreas silenciosas quando obrigatório.

De acordo com a NR-17, em ambientes onde são realizadas atividades que exigem solicitação intelectual e/ou atenção constantes, o nível de pressão sonora não deve exceder a 65 dB.

Segundo a NBR 10152/1987 – Níveis de ruído para conforto acústico estão descritos na Tabela 2 os níveis sonoros para conforto e os níveis sonoros aceitáveis para escritórios.

Tabela 2: Níveis de ruído para escritórios VALORES dB(A) e NC PARA ESCRITÓRIOS

LOCAL dB(A) NC

Salas de reunião 30 – 40 25 – 35

Salas de gerência, projetos e administração 35 – 45 30 – 40

Salas de computadores 45 – 65 40 - 60

Salas de mecanografia 50 – 60 45 - 55

(34)

2.4.3 Iluminação

Segundo Iida (1990) o nível de iluminação interfere diretamente no mecanismo fisiológico da visão e também na musculatura que comanda o movimento dos olhos. Portanto, a iluminação é condição fundamental no desenvolvimento da tarefa, influenciando decisivamente no comportamento do usuário e na sua eficiência.

De acordo com Iida (2005), os níveis gerais de iluminação recomendados para trabalhos em escritório são de 500 a 700 lux. Entretanto, Grandjean (1987) observou que em muitas salas de trabalho com computadores, os próprios trabalhadores haviam retirado algumas lâmpadas para reduzir a iluminação ambiente para níveis de 200 a 300 lux. Isso se deve provavelmente, ao desconforto provocado pelo elevado contraste com o fundo escuro dos monitores. Esse autor recomenda, que o nível geral de iluminação nos postos de trabalho com computadores seja de 300 lux, quando os documentos apresentarem boa legibilidade, ou 500 lux, quando a legibilidade for menor.

Conforme Iida (1990), outro problema que pode ser encontrado na iluminação do posto de trabalho é o ofuscamento, causado pela presença de fonte com muito brilho, no campo visual ou reflexos na superfície do monitor. O ofuscamento e os reflexos podem ser reduzidos, utilizando-se fontes de luz difusa ou indireta, eliminando-utilizando-se superfícies refletoras e colocando as luminárias de modo que a luz incidente no posto de trabalho tenha ângulos menores que 45° em relação a vertical (Figura 14). Algumas vezes, torna-se necessário também, mudar o posicionamento da tela em relação às fontes de brilho, como as janelas e luminárias.

(35)

Fonte: Iida (1990)

No planejamento da iluminação deve-se fazer o adequado aproveitamento da luz natural e suplementá-la com luz artificial quando necessário. Além de ter boa qualidade, a luz natural proporciona economia com gastos energéticos (Iida, 1990).

Segundo o subitem 17.5.3.3, os níveis mínimos de iluminação devem estar de acordo com os valores estabelecidos pela NBR 5413/1992. Porém, em março de 2013 foi criada a NBR ISO/CIE 8995-1/2013, a qual cancela e substitui a NBR 5413/1992, todavia não houve ainda a publicação de Portaria do MTE que se efetua essa atualização.

Na Tabela 3 estão descritos os níveis de iluminância, de acordo com a NBR 5413/1992 e a ISO CIE 8995/2013.

Tabela 3: Comparativo dos níveis de iluminância

Comparação entre a NBR 5413/1992 e a ISO CIE 8995/2013 para níveis de iluminância

NBR 5413/1992 ISO CIE/2013

300 – 500 -750 (lux) 500 (lux)

(36)

2.5 DOENÇAS E LESÕES RELACIONADAS AO TRABALHO

O desgaste de estruturas do sistema musculoesquelético atinge diversas categorias de trabalhadores e possui várias denominações, entre as quais Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho (DORT), adotadas pelos ministérios da saúde e da previdência social.

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) são um conjunto de doenças que atingem os músculos, tendões e nervos superiores e que têm relação com as exigências das tarefas, dos ambientes físicos e da organização do trabalho. São inflamações provocadas por atividades de trabalho que exigem movimentos manuais repetitivos durante longo tempo.

De acordo com dados do INSS (2013), as lesões por esforços repetitivos são a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a cada 100 trabalhadores na região Sudeste, um é portador da síndrome. Dados de 2011 do Ministério da Previdência Social informaram que o custo para o Brasil relacionado a acidentes e doenças de trabalho somado ao pagamento das aposentadorias e outras despesas, é maior que 40 bilhões/ano. Entre os trabalhadores mais suscetíveis a desenvolver o DORT são: bancários, metalúrgicos, digitadores, operadores de linha de montagem, operadores de telemarketing, jornalistas e secretárias.

2.6 GINÁSTICA LABORAL

A cada ano que passa mais doenças ocupacionais são identificadas como motivo de afastamento dos trabalhadores das empresas. Os exercícios laborais visam à promoção da saúde e a melhora das condições de trabalho.

Segundo Zilli (2002, p. 35-36), a Rússia foi citada realizando a ginástica da pausa adaptada para cada cargo em 150.000 empresas, envolvendo 5 milhões de trabalhadores. Na Bulgária e na antiga União Soviética comprovou-se que o tempo de pausa era compensado com a produtividade e ainda percebeu-se a melhora na acomodação visual em trabalhos de precisão e otimização da reação visomotora entre 42% e 65% das pessoas que executavam um programa de ginástica de pausa.

(37)

A mesma autora relata que em 1928, teve origem no Japão com exercícios diários executados pelos funcionários dos Correios a fim de se descontraírem e cultuar a saúde.

Conforme Polito e Bergamaschi (2003, p. 25), após a Segunda Guerra Mundial, este hábito foi difundido por todo o país, e atualmente, um terço dos trabalhadores japoneses exercitam-se diariamente, tendo obtido como resultados, a diminuição dos acidentes de trabalho, o aumento da produtividade e a melhoria do bem - estar dos trabalhadores.

De acordo com Zilli (2002, p. 36), os primeiros registros sobre a ginástica laboral no Brasil, datam de 1966, nos estaleiros Ishikavajima, introduzida pelos japoneses e, em 1973, na Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior de Novo Hamburgo (FEEVALE) com experiências realizadas por meio da aplicação de programas de atividades físicas que em conjunto com o SESI implantaram o programa de Ginástica Laboral Compensatória em cinco empresas da região do Vale dos Sinos.

Para Figueiredo e Alvão (2005, p. 69) pode-se arriscar a conceituar a ginástica laboral como uma atividade física realizada durante a jornada de trabalho, com exercícios de compensação aos movimentos repetitivos, à ausência de movimentos, ou a posturas desconfortáveis assumidas durante o período de trabalho.

Segundo Oliveira (2006, p. 3), ginástica laboral são exercícios efetuados no próprio local de trabalho, com sessões de cinco, dez ou quinze minutos, tendo como principais objetivos a prevenção das LER/DORT e a diminuição do estresse, através dos exercícios de alongamento e de relaxamento.

A ginástica laboral pode ser classificada em três tipos:

• Ginástica Laboral de Aquecimento ou Preparatória: é realizada antes da jornada de trabalho e o seu principal objetivo é preparar o indivíduo para o início do trabalho;

• Ginástica Laboral de Pausa ou Compensatória: é realizada durante as pausas obrigatórias objetivando aliviar as tensões, fortalecer a musculatura do trabalhador e impedir a instalação dos vícios de postura;

• Ginástica Laboral de Relaxamento: é realizada no final da jornada de trabalho, e tem como principais objetivos a redução do estresse, alívio das tensões e a melhora na função social.

• Ginástica Laboral Corretiva: é aplicada a um grupo reduzido de pessoas, utilizando exercícios que visam fortalecer a musculatura e atenuar as conseqüências provenientes de condições ergonômicas inadequadas no ambiente de trabalho.

(38)

A Ginástica Laboral (Figura 15) proporciona benefícios, tanto para o trabalhador, quanto para a empresa. Além de prevenir as LER/DORT, contribui para a melhora do relacionamento interpessoal e o alívio das dores corporais.

Figura 15: Ginástica Laboral em escritório

Fonte: http://www.ergoseating.com.br/ (2016)

(39)

3 METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho, foram analisados ergonomicamente três postos de trabalho ao computador, em um escritório de uma empresa metalúrgica. Foram realizadas avaliações destes postos de trabalho, e foram apontadas adequações para todas as inconformidades observadas, visando adequar à norma NR-17 e conseqüentemente garantir postos de trabalho ergonomicamente corretos.

3.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A empresa entrou em operação no ano de 1974 e está localizada na cidade de Ijuí/RS. Trabalha na fabricação de diversos equipamentos para o setor de armazenagem e classificação de grãos, tais como silos metálicos, elevadores para grãos, máquinas de limpeza, classificadores de sementes, secadores, fornalhas, torradores, entre outros.

Atualmente a empresa possui 21 funcionários, dos quais 4 trabalham nos setores administrativo, financeiro e venda de equipamentos, e 17 trabalhadores fazem parte do seu setor de produção, sendo administrada pelo seu fundador até os dias de hoje.

3.2 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DO SETOR ADMINISTRATIVO (ADM.)

O primeiro posto de trabalho analisado foi o do setor administrativo (Figura 16). As atividades são realizadas por um funcionário do sexo masculino, e consistem na apuração e controle das notas fiscais de compra e venda, ou seja, é responsável pela contabilidade da empresa.

Para a realização das suas tarefas, o funcionário utiliza computador, máquina de calcular e telefone, localizados em duas mesas de trabalho independentes, sendo que o computador está localizado sobre a mesa de menor e os documentos e outros equipamentos, estão sobre e mesa maior. A jornada de trabalho semanal é de 10 horas, e o horário diário da realização das atividades se dá entre 08h00min e 10h00min de segunda a sexta-feira.

(40)

Este posto de trabalho localiza-se no térreo, o piso é cerâmico e as paredes são em alvenaria, e o forro é de laje maciça. O local possui iluminação natural, através de vidros e artificial por lâmpadas fluorescentes.

Figura 16: Posto de trabalho do setor administrativo

Fonte: Autoria Própria (2017)

3.3 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DO DEPARTAMENTO PESSOAL (D. P.)

O segundo posto de trabalho analisado foi o do setor de departamento pessoal (Figura 17). As atividades são realizadas por um funcionário do sexo feminino e consiste na análise de documentos referentes à rotina trabalhista, admissão e demissão de funcionários, cálculo de férias, folha de pagamento.

Para a realização das suas tarefas, o funcionário utiliza computador, máquina de calcular e telefone, localizados em uma mesa de trabalho. A jornada de trabalho semanal é de 44 horas, e o horário diário da realização das atividades se dá entre 07h30min e 11h50min e entre 13h30min e 18h05min de segunda a quinta-feira, e sexta-feira das 07h30min e 11h50min e a tarde entre 13h30min e 17h30min.

(41)

Este posto de trabalho também localiza-se no térreo, o piso é cerâmico e as paredes são em alvenaria, e o forro é de laje maciça. O local possui iluminação natural, através de vidros e artificial por lâmpadas fluorescentes.

Figura 17: Posto de trabalho do setor de departamento pessoal

Fonte: Autoria Própria (2017)

3.4 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DO SETOR DE COMPRAS E EMISSÃO DE NOTAS FISCAIS

O terceiro e último posto de trabalho analisado foi o do setor de compras e emissão de notas fiscais (Figura 18). As atividades são realizadas por um funcionário do sexo masculino, e consistem no lançamento de notas fiscais de compra e venda, compras de materiais.

Para a realização das suas tarefas, o funcionário utiliza computador, máquina de calcular e telefone, localizados em uma mesa de trabalho. A jornada de trabalho semanal é de 44 horas, e o horário diário da realização das atividades se dá entre 07h30min e 11h50min e entre 13h30min e 18h05min de segunda a quinta-feira, e sexta-feira das 07h30min e 11h50min e a tarde entre 13h30min e 17h30min.

(42)

Este posto de trabalho localiza-se no térreo, o piso é cerâmico e as paredes são em alvenaria, e o forro é de laje maciça. O local possui iluminação natural, através de vidros e artificial por lâmpadas fluorescentes.

Figura 18: Posto de trabalho do setor de compras

Fonte: Autoria Própria (2017)

3.5 MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS

Para a realização das medições antropométricas e das condições ambientais nos postos de trabalho, foram utilizados os seguintes equipamentos: trena, termômetro e umidade, decibelímetro digital e luxímetro.

3.5.1 ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA

3.5.1.1 Mesa e Assento

Para a realização da análise antropométrica dos postos de trabalho foi utilizada uma trena, 40

(43)

Figura 19: Medição do mobiliário do posto de trabalho

Fonte: Autoria Própria (2017)

3.5.2 CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Grandes fontes de tensão no trabalho, relacionadas ao excesso de calor, ruídos e vibrações, geram condições ambientais desfavoráveis nos ambientes de trabalho. Provocam desconforto ao trabalhador, diminuindo a sua concentração e produtividade, aumentando o risco de acidentes e prejudicando a sua saúde.

3.5.2.1 Temperatura e Umidade

Foi utilizado o equipamento Termômetro e umidade marca Instrutherm, modelo HT-270 (Termo-Higrômetro Digital) para a medição destas condições ambientais. Para a realização da leitura, ligou-se a iluminação do display e foi selecionada a função º C. A leitura dos valores foi realizada com o equipamento posicionado sobre a mesa de trabalho, de acordo com a Figura 20.

(44)

Figura 20: Termômetro sobre a mesa de trabalho para a medição da temperatura e umidade

Fonte: Autoria Própria (2017)

3.5.2.2 Ruído Ambiental

Para a medição do ruído foi utilizado o equipamento Decibelímetro Digital, marca Impac, modelo IP-130. Para a realização da medição, o equipamento foi ligado e selecionado a curva de ponderação A, à qual é apropriada para fazer medições de sons e ruídos ambientais. O mesmo foi colocado sobre a mesa de cada posto de trabalho (Figura 21), em seguida realizou-se a leitura do valor indicado no mostrador.

(45)

Fonte: Autoria Própria (2017)

3.5.2.3 Iluminância

Para a medição da iluminância dos postos de trabalho foi utilizado o equipamento Luxímetro marca Instrutherm, modelo LD-200 (Digital Lux Meter). Para a verificação e leitura desta condição ambiental, o equipamento foi ligado e colocado sobre a mesa de trabalho (Figura 22), removeu-se a proteção da sonda e virou-se a face do detector para uma posição paralela a fonte de luz, em seguida o valor foi lido no display do equipamento.

(46)

Figura 22: Luxímetro sobre a mesa de trabalho para a medição da iluminância

Fonte: Autoria Própria (2017)

(47)

4.1 ANÁLISE ERGONÔMICA

Para cada posto de trabalho foram descritos os resultados encontrados, e para as inconformidades observadas foram sugeridas alterações para a adequação do posto de trabalho a norma NR-17, garantindo um ambiente de trabalho ergonomicamente correto.

4.1.1 Posto de trabalho do setor administrativo (ADM.)

Como este posto de trabalho possui duas mesas independentes, optou-se por analisar a mesa de menor dimensão, na qual está localizado o computador. Em relação à mesma, observa-se, conforme a Tabela 4, que a sua largura, profundidade, profundidade livre para os joelhos e a profundidade livre para os pés, não estão de acordo com o recomendado pela NBR 13966/1997, a qual especifica as características físicas e dimensionais para as mesas para escritórios.

Tabela 4: Dimensões gerais da mesa de trabalho do setor Administrativo (em milímetros) Variável

Recomendado

NBR 13966/1997 Medido Observação Mínimo Máximo

Altura da mesa de trabalho 720 750 740 De acordo com a norma Largura da mesa de trabalho 800 ― 680 Em desacordo com a norma Profundidade da mesa de trabalho 600 1100 410 Em desacordo com a norma Altura livre sob o tampo 650 ― 720 De acordo com a norma Profundidade livre para os joelhos 450 ― 300 Em desacordo com a norma Profundidade livre para os pés 570 ― 300 Em desacordo com a norma Largura livre para as pernas 600 ― 680 De acordo com a norma

Fonte: Autoria Própria (2017)

Observa-se ainda que a mesa de trabalho possui bordas arredondadas e o dispositivo de apontamento na tela (mouse) não está apoiado na mesma superfície do teclado, conforme prescreve a NR-17, visto que o mesmo está sobre a mesa maior (Figura 16, p.38).

Em relação ao assento utilizado para as atividades neste posto de trabalho, o mesmo possui apoio em cinco pés com rodízios, assento e encosto com espuma de alta densidade e

(48)

revestido com material que permite a perspiração na cor azul, permitindo a movimentação sob o tampo da mesa na qual está localizado o computador, contudo não permite a movimentação sob o tampo da mesa lateral, onde estão localizados os documentos. O encosto da cadeira possui altura da superfície superior ajustável em relação ao piso, entre 37 e 50 centímetros, e a sua profundidade útil é de 42 centímetros, conforme recomendações da NR-17. O assento possui ainda apoio para os braços regulável em altura e borda frontal arredondada.

Abaixo estão descritas inconformidades deste posto de trabalho em relação a NR-17: ● O monitor de vídeo, o teclado e o mouse, não estão apoiados em superfícies com mecanismos de regulagem independentes, conforme o ítem 2, do Anexo II da norma.

● Encosto não é ajustável em sentido antero-posterior;

Após analisar qualitativamente e quantitativamente o posto de trabalho, e para adequação do mesmo as normas, as seguintes recomendações de alteração são necessárias:

● O monitor do computador deve ser apoiado em superfície que contenha mecanismo para a regulagem de altura conforme a necessidade do funcionário, evitando também reflexos da iluminação do ambiente;

● A mesa analisada, na qual está localizado o computador, deve ser trocada por outra maior com ajuste de altura da superfície de trabalho, e com a superfície de apoio para o teclado e o mouse com ajuste independente de altura, atendendo as recomendações necessárias para o trabalho.

4.1.2 Posto de trabalho do setor de departamento pessoal (D. P.)

Em relação à mesa de trabalho, verifica-se, conforme a Tabela 5 que a dimensão da largura livre para as pernas está em desacordo ao recomendado pela NBR 13966/1997. As demais variáveis medidas estão de acordo com a norma referenciada e com a NR-17.

(49)

Tabela 5: Dimensões gerais da mesa de trabalho do setor de D. P. (em milímetros) Variável

Recomendado

NBR 13966/1997 Medido Observação Mínimo Máximo

Altura da mesa de trabalho 720 750 740 De acordo com a norma Largura da mesa de trabalho 800 ― 1500 De acordo com a norma Profundidade da mesa de trabalho 600 1100 750 De acordo com a norma Altura livre sob o tampo 650 ― 680 De acordo com a norma Profundidade livre para os joelhos 450 ― 650 De acordo com a norma Profundidade livre para os pés 570 ― 650 De acordo com a norma Largura livre para as pernas 600 ― 530 Em desacordo com a norma

Fonte: Autoria Própria (2017)

Ainda em relação à mesa de trabalho, observa-se que a mesma não possui bordas arredondadas e o dispositivo de apontamento na tela (mouse) está apoiado na mesma superfície do teclado, com espaço suficiente para sua livre utilização, conforme prescreve a NR-17.

O assento utilizado para as atividades, no posto de trabalho do departamento pessoal, possui apoio em cinco pés com rodízios, encosto com espuma de alta densidade, revestida com material que permite a perspiração na cor cinza, permitindo também a movimentação sob o tampo da mesa. O encosto da cadeira possui altura da superfície superior ajustável em relação ao piso, entre 37 e 50 centímetros, e a profundidade útil entre 38 e 46 centímetros, conforme recomendações da NR-17. O assento possui ainda apoio para os braços regulável em altura e borda frontal arredondada.

Abaixo estão descritas suas inconformidades:

● O monitor de vídeo, o teclado e o mouse, não estão apoiados em superfícies com mecanismos de regulagem independentes, conforme o item 2, do Anexo II da norma.

● Encosto não é ajustável em altura e em sentido ântero-posterior;

Após analisar qualitativamente e quantitativamente o posto de trabalho, e para adequação do mesmo as normas, as seguintes recomendações de alteração são necessárias:

● O monitor do computador deve ser apoiado em superfície que contenha mecanismo para a regulagem de altura conforme a necessidade do funcionário, evitando também reflexos da iluminação do ambiente;

(50)

● A mesa deve ser trocada ou realizada modificações que propiciem a regulagem do ajuste de altura da superfície de trabalho, e com a superfície de apoio para o teclado e o mouse com ajuste independente de altura, atendendo as recomendações necessárias para o trabalho.

4.1.3 Posto de trabalho do setor de compras e emissão de notas fiscais

Todas as dimensões medidas, para a mesa de trabalho do setor de compras estão de acordo ao recomendado pela NBR 13966/1997 e pela NR-17, conforme a Tabela 6.

Tabela 6: Dimensões gerais da mesa de trabalho do setor de compras (em milímetros) Variável

Recomendado

NBR 13966/1997 Medido Observação Mínimo Máximo

Altura da mesa de trabalho 720 750 730 De acordo com a norma Largura da mesa de trabalho 800 ― 1500 De acordo com a norma Profundidade da mesa de trabalho 600 1100 700 De acordo com a norma

Altura livre sob o tampo 650 ― 710 De acordo com a norma

Profundidade livre para os joelhos 450 ― 700 De acordo com a norma Profundidade livre para os pés 570 ― 700 De acordo com a norma Largura livre para as pernas 600 ― 850 De acordo com a norma

Fonte: Autoria Própria (2017)

A cadeira utilizada para as atividades, no posto de trabalho do setor de compras e emissão de notas fiscais, possui apoio em cinco pés com rodízios, assento e encosto com espuma de alta densidade e é revestida com material que permite a perspiração na cor cinza, permitindo também a movimentação sob o tampo da mesa. O encosto da cadeira possui altura da superfície superior ajustável em relação ao piso, entre 37 e 50 centímetros, e a profundidade útil entre 38 e 46 centímetros, conforme recomendações da NR-17. O assento possui ainda apoio para os braços e borda frontal arredondada.

Abaixo estão descritas suas inconformidades:

● O monitor de vídeo, o teclado e o mouse, não estão apoiados em superfícies com mecanismos de regulagem independentes, conforme o item 2, do Anexo II da norma.

● Encosto não é ajustável em altura e em sentido ântero-posterior;

(51)

Após analisar qualitativamente e quantitativamente o posto de trabalho, e para adequação do mesmo as normas, as seguintes recomendações de alteração são necessárias:

● O monitor do computador deve ser apoiado em superfície que contenha mecanismo para a regulagem de altura conforme a necessidade do funcionário, evitando também reflexos da iluminação do ambiente;

● A mesa deve ser trocada ou realizada modificações que propiciem a regulagem do ajuste de altura da superfície de trabalho, e com a superfície de apoio para o teclado e o mouse com ajuste independente de altura, atendendo as recomendações necessárias para o trabalho;

● A cadeira deve ser trocada por outra com ajuste de altura do encosto e dos apoios de braços.

Analisando os três postos de trabalho, observa-se que todos possuem ao menos uma inconformidade em relação à NR-17 ou em relação à NBR 13966/1997. Devem ser feitas algumas modificações no mobiliário, de forma a atender as recomendações da NR-17 e proporcionar um ambiente de trabalho ergonomicamente correto aos trabalhadores.

4.2 ANÁLISE TÉRMICA

A empresa dispõe de um aparelho climatizador tipo split 12000 BTUS, para o controle da temperatura.

A medição da temperatura e umidade foi realizada no mês de novembro de 2016. Foram feitas seis medições por dia, durante o período de três dias. As medições foram realizadas às 08h, 10h, 12h, 14h, 16h e 18h. Nos setores administrativo e departamento pessoal foi realizada uma única medição, pois ambos estão localizados próximos um do outro.

Na Tabela 7, estão descritas as temperaturas médias encontradas nos três setores analisados, nos horários observados.

Analisando-se os resultados da Tabela 7, observa-se que em todas as medições a temperatura ficou acima do índice de temperatura efetiva máxima recomendada pela NR-17, a qual é de 23 ºC. A maior temperatura média encontrada foi no setor de compras, a qual estava 3 ºC acima da temperatura máxima recomendada por norma.

(52)

Tabela 7: Valores das temperaturas médias

Variável Turno Horas

Setor Recomendado NR-17 Adm. D. P. Compras Temperatura ºC Manhã 08h 24,4 24,4 24,7 20 – 23 ºC 10h 24,8 24,8 25,2 12h 24,8 24,8 25,1 Média 24,7 24,7 25 Tarde 14h 24,8 24,8 25,9 16h 25 25 26 18h 25,4 25,4 26,1 Média 25 25 26

Fonte: Autoria Própria (2017)

Sugere-se a instalação de mais um aparelho climatizador, ou a troca do aparelho utilizado por outro de maior potência, para adequar a temperatura dos postos de trabalho ao especificado pela NR-17.

Em relação a umidade (Tabela 8), observa-se que em todas as medições realizadas, os valores ficaram acima dos 40%, estabelecido como valor mínimo pela NR-17. Os maiores valores médios para a umidade foram encontrados nos setores administrativo e departamento pessoal.

Tabela 8: Valores das umidades médias

Variável Turno Horas

Setor Recomendado NR-17 Adm. D. P. Compras Umidade % Manhã 08h 63,6 63,6 67,5 > 40% 10h 66,5 66,5 67,4 12h 66,6 66,6 67,7 Média 65,6 65,6 67,5 Tarde 14h 63,2 63,2 63,9 16h 60,5 60,5 58,5 18h 62,4 62,4 61,5 Média 62 62 61,3 50

Referências

Documentos relacionados

3 O presente artigo tem como objetivo expor as melhorias nas praticas e ferramentas de recrutamento e seleção, visando explorar o capital intelectual para

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Lopes et al., (2013), utiliza imagens de sensoriamento remoto do TM LANDSAT 5 na análise da qualidade da água com relação do clorofila-a espacializado nas margens

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

Quando o condómino não habita a sua fracção, está obrigado a participar das despesas comuns do prédio, nomeadamente, nos custos decorrentes da limpeza das partes comuns, da gestão

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Figura 2: Compilação - Ambiente e Zonas de Trabalho Figura 3: Compilação - Entidades/Clientes do Atelier Figura 4: Ambiente de Inserção - Moradia Particular Figura 5: