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Relatório de estagio curricular obrigatório

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Área de animais de produção

Vânia Pacagnan Plácido

Prof.ª Dr.ª Aline Félix Schneider Bedin

Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Medicina Veterinária, do Centro de Ciências Rurais, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a obtenção do título de Médico Veterinário.

Curitibanos 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Área de animais de produção

Vânia Pacagnan Plácido

Este relatório foi apresentado ao Curso de Graduação em Medicina Veterinária, do Centro de Ciências Rurais, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a obtenção do título de Médico Veterinário e julgado _________ em defesa pública realizada em 25/06/2019.

Banca Examinadora:

__________________________________________ Prof.ª Dr.ª Aline Félix Schneider Bedin

Orientadora CCR/UFSC

___________________________________________ Prof. Dr. Álvaro Menin

CCR/UFSC

___________________________________________ Prof.ª Dr.ª Caroline Pissetti

CCR/UFSC

Curitibanos 2019

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por nunca permitir que eu perdesse o foco e desistisse do meu objetivo

A minha família por sempre me apoiar e me dar forças para continuar, em especial minha mãe Valda, meu pai Renei e minha irmã Renata.

Ao Leandro Dill por sempre estar presente e me ajudar a levar a vida acadêmica de forma mais leve.

Aos amigos que fiz ao longo dessa caminhada e que se tornaram minha família nestes anos em Curitibanos, em especial, Andreia, Luana e Priscila.

Aos amigos que fiz durante este estágio, em especial Fernanda, Victória e Diego, gratidão por todos os conhecimentos técnicos e por tornar tudo mais fácil durante esses três meses em Minas Gerais.

Ao supervisor do centro de pesquisa Fernando de Souza, demais estagiários do centro de pesquisa, e aos colaboradores que não mediram esforços para tirar as dúvidas e passar seus conhecimentos.

À Professora Aline Félix Schneider Bedin pelas excelentes aulas, conselhos, dicas e sempre estar disposta a me ajudar e tirar as dúvidas que surgem ao longo do caminho.

Ao Professor Álvaro Menin pelos excelentes conselhos e aulas se tornando um exemplo de pessoa para mim.

A Universidade Federal de Santa Catarina em especial o campus Curitibanos, que me proporcionou 6 anos de estudo com a melhor qualidade.

Aos mestres e professores que se fizeram presente, sempre nos mostrando seus conhecimentos e qual caminho seguir.

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RESUMO

O Brasil é o segundo maior produtor de carne de frango, e o quarto maior produtor de carne suína, as projeções indicam um crescimento na produção animal, e nesse contexto muitas empresas de destacam por oferecer soluções em nutrição melhorando o desempenho animal. O estágio curricular obrigatório em Medicina Veterinária foi realizado na Empresa Agroceres Multimix que se destaca por oferecer produtos para a nutrição de aves, bovinos e suínos. Proporcionando acompanhar e realizar os manejos, da suinocultura nos setores de gestação, maternidade, creche, recria e terminação. O setor de avicultura nas criações de frangos de corte e aves de postura. A bovinocultura caracterizada por criações destinadas a animais de corte e de leite e suas categorias. E o dia a dia da fábrica de rações. As experiências, rotinas e trabalhos realizados permitiram consolidar os conhecimentos teóricos aprendidos no ambiente acadêmico com a rotina no campo dessas diversas áreas, fundamentais para a produção animal.

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ABSTRACT

Brazil is the second largest producer of chicken meat, and the fourth largest producer of pork, projections indicate a growth in animal production, and in this context many companies stand out for offering solutions in nutrition improving animal performance. The obligatory curricular traineeship in Veterinary Medicine was carried out at Empresa Agroceres Multimix, which stands out for offering products for the nutrition of poultry, cattle and pigs. Providing accompany and carry out the management of swine in the gestation, maternity, day care, rearing and finishing sectors. The poultry sector in broiler chickens and laying poultry. Cattle breeding characterized by breeding herds for dairy animals and their categories. And the day-to-day feed factory. The experiments, routines and accomplished work allowed to consolidate the theoretical knowledge learned in the academic environment with the routine in the field of these diverse areas, fundamental for the animal production.

Keywords: Agroceres, Management, Nutrition.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Vista do Centro de pesquisa José Maria Lamas ... 14

Figura 2 – Vista aérea do Centro de Pesquisa José Maria Lamas...14

Figura 3 – Vista aérea do setor de suinocultura...15

Figura 4 – Gaiolas individuais no setor de gestação...16

Figura 5 – Identificação de cio, cachaço a frente e colaborador realizando reflexo de tolerância ao homem...17

Figura 6 – Sala da maternidade em dia de parto, podendo ser observado as baias das matrizes, e suas celas parideiras...19

Figura 7 – Sala de creche. a) Animais se alimentando. b) Vista panorâmica dos boxes, observação dos suínos...22

Figura 8 – Pesagem dos animais em dia de troca de ração. a) leitões aguardando no corredor para pesagem separados por baias. b) leitão na balança de pesagem...23

Figura 9 – Escala utilizada para identificação de diarreia em leitões, a) início da escala e b) continuação da escala...24

Figura 10 – Galpão de recria, mostrando as baias suspensas...26

Figura 11 Vista parcial das instalações do setor de avicultura...27

Figura 12 – Vista dos aviários de frango de corte, a) aviário bluehouse e b) aviário darkhouse...28

Figura 13 – Sistema de aquecimento a gás adotado para frangos de corte. a) vista frontal do aquecedor, b) vista lateral do aquecedor...28

Figura 14 – Galpão de frangos de corte vista interna, a) box de alojamento e b) box preparado para o alojamento...29

Figura 15 – Pesagem de frangos de corte...30

Figura 16 – Galpão de postura convencional, a) vista das gaiolas de postura convencional, b) vista de uma gaiola e c) colaborador realizando coleta de ovos....31

Figura 17 – Boxes do sistema Cage Free, a) vista de aves de postura no box e b) vista das aves em frente ao ninho...32

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Figura 18 – Equipamento para análise de qualidade dos ovos, a) Máquina de análise de qualidade de ovos, b) Paquímetro para análise de espessura da casca de ovo...33 Figura 19- Colorimétria dos ovos...34 Figura 20 – Galpão de confinamento free stall. a) vista parcial do confinamento, b) vista da área com camas c) alimentadores inteligentes, d) sala de ordenha...35 Figura 21 – Confinamento de bovinos de corte. a) vista do galpão de confinamento. b) vista do outro galpão de confinamento. c) galpão de confinamento recebendo alimentação. d) animais se alimentando depois do fornecimento de dieta...38 Figura 22 – Animais com Pododermatite. a) lesão ulcerada interdigital e b) casco com podridão...39 Figura 22 – Vista aérea da fábrica de ração...40

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Protocolo utilizado para inseminação de matrizes e leitoas...18 Quadro 2 – Manejo dos leitões réscem-nascidos...21

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Temperatura dos leitões nos primeiros dias de vida...19

Tabela 2 – Temperatura da creche...23

Tabela 3 – Troca de ração dos animais da creche...23

Tabela 4 – Medicações utilizadas na suinocultura por ordem de escolha...25

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 A EMPRESA ... 13

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO ... 14

3. 1 SUINOCULTURA ... 15

3.1.1 Gestação ... 16

3.1.1.1 Detecção do Cio e Cobertura ... 17

3.1.2 Maternidade ... 18

3.1.2.1 Parto ... 20

3.1.2.2 Manejo dos leitões... 21

3.1.3 Creche ... 22

3.1.4 Recria e Terminação ... 25

3.2 AVICULTURA ... 27

3.2.1 Frangos de corte ... 28

3.2.2 Aves de postura ... 30

3.2.2.1 Sistema convencional de postura ... 31

3.2.2.2 Sistema Cage Free ... 32

3.2.2.3 Análises de qualidade de ovos ... 33

3.3.1 Bovinos de leite ... 34

3.3.2 Bovinos de corte ... 37

3.4 FÁBRICA DE RAÇÕES ... 39

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 41

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1 INTRODUÇÃO

A produção nacional de proteína animal em 2017 foi de 3,75 milhões de toneladas de carne suína e 13,06 milhões de toneladas de frango. O Brasil é o segundo maior produtor de carne de frango, e o quarto maior produtor de carne suína (ABPA, 2018). Na produção de carne bovina foram abatidas 30,8 milhões de cabeças em todo o país (IBGE, 2018).

As projeções indicam um crescimento de 2,6% de carne suína e de frango, e na produção de bovinos crescimento de 1,9% ao ano, chegando a 34,2 milhões de toneladas de carne até 2028. Obtendo um aumento de 26,8% a mais que a produção atual, suprindo a demanda interna do país e as exportações (BRASIL, 2018).

Neste contexto, muitas empresas destacam-se por oferecer tecnologias na nutrição animal visando o melhor aproveitamento dos ingredientes por meio de seus produtos, e deste modo aumentando a eficiência alimentar e a produtividade dos sistemas de produção.

Dentre as empresas que se destacam por oferecer soluções e tecnologias na área de nutrição dos animais de produção destaca-se a Agroceres Multimix empresa de nutrição animal.

O estágio foi realizado na Agroceres Multimix Nutrição Animal no Centro de Pesquisas Professor José Maria Lamas, no período de 02/01/2019 a 29/03/2019, totalizando 480 horas, sob a orientação do supervisor do Centro de Pesquisa, o Zootecnista Fernando Augusto de Souza.

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2 A EMPRESA

A Agroceres foi criada em 1945, sendo a primeira empresa de milhos híbridos do Brasil, em 1977 se associou com a PIC formando então a Agroceres PIC, empresa líder em genética de suínos no Brasil e na Argentina (AGROCERES, 2019).

Em 2010 incorporou a Multimix, empresa com forte atuação em nutrição de aves, adotando o nome Agroceres Multimix. Em 2015, adquiriu a Novanis, empresa de nutrição de bovinos de corte nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, oferecendo produtos para nutrição de suínos, bovinos de corte e de leite e, aves de corte e postura (AGROCERES, 2019).

Possui sete unidades fabris em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, e Mato Grosso do Sul, um laboratório e, um centro de pesquisa em Rio claro (SP) além do Centro de Pesquisas Professor José Maria Lamas em Patrocínio- Minas Gerais, com uma área de 54 hectares e 45 colaboradores (AGROCERES, 2019).

Atua na distribuição de tecnologia e inovação, fornecendo premixes, núcleos, concentrados, e atendimento técnico através de orientações para produtores sobre os ingredientes, ambiência, manejo, sanidade e genética (AGROCERES, 2019).

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3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

O estágio foi desenvolvido no centro de pesquisa José Maria lamas da Silva - Agroceres Multimix (Figura 1) que possui cinco instalações de aves, cinco instalações de suínos, duas instalações de bovinocultura de corte e uma de bovinos de leite, além de uma fábrica de rações (Figura 2).

Figura 1: Vista do Centro de Pesquisa José Maria Lamas da Silva- Agroceres Multimix.

Fonte: Agroceres, 2019. Figura 2: Vista aérea do Centro de Pesquisa José Maria Lamas

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Durante o período de 02 de janeiro a 29 de março de 2019, foram acompanhados todos os setores do centro de pesquisa, correspondendo a cinco semanas no setor de suinocultura, quatro semanas na avicultura, três semanas na bovinocultura e uma semana na fábrica de ração. As atividades desenvolvidas envolveram o acompanhamento e participação nos manejos realizados pelos colaboradores.

A fazenda conta com um arco sanitário na entrada principal onde todos os veículos que entram na propriedade passam por desinfecção. Todas as pessoas que circulam no interior do Centro de Pesquisa usam uniforme cinza, de uso exclusivo nas dependências da empresa. O setor de avicultura e suinocultura ficam em uma área isolada, sendo denominada “granja”, onde é obrigatória a realização de banho completo e a utilização de uniforme branco.

3. 1 SUINOCULTURA

O setor de suinocultura é composto por cinco instalações sendo destinadas a gestação, maternidade, creche, recria e terminação (Figura 3). O setor ainda conta com lagoas de tratamento de dejetos. Utiliza-se o sistema de ciclo completo, o que possibilitou o acompanhamento de todas as fases de criação. Os equipamentos são manuais, com sistema de aquecimento a lenha.

Figura 3: Vista aérea do setor de suinocultura

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3.1.1 Gestação

O galpão de gestação possui área de 318,15 m², pé direito medindo 3,00 m com capacidade para 90 matrizes alojadas em baias individuais (Figura 4) e, 33 matrizes alojadas na sala denominada “coringa” em baias coletivas em anexo ao galpão de terminação. As baias individuais apresentam dimensões de 1,97 x 0,59 m e piso 1/3 ripado, já as baias coletivas apresentam dimensão de 2,61 x 2,74 m, com piso 100% concretado. As instalações possuem comedouro e bebedouro tipo chupeta convencional.

Figura 4: Gaiolas individuais no setor de gestação.

Fonte: Autor.

O arraçoamento é realizado uma vez ao dia na quantidade de 2,200 kg de ração, exceto quando há execução de ensaios experimentais. A limpeza das instalações se dá pelo menos duas vezes ao dia, com a retirada das fezes para o corredor principal e posterior despejo na canaleta.

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Para a inseminação da fêmea segue-se o protocolo da empresa (Quadro 1). As porcas são inseminadas de acordo com a observação do colaborador, categoria, tempo de desmame e peso. A inseminação ocorre com a presença do macho a frente, após a limpeza da vulva com papel toalha. Deve retirar a embalagem da ponta da pipeta, lubrificá-la, abrir os lábios vulvares e introduzir a pipeta com cuidado voltada com a ponta para cima, até ela travar na cérvix. Após a introdução da pipeta, o sêmen é depositado na extremidade da pipeta, aguardando aproximadamente 4 minutos para sucção completa do sêmen, para posterior retirada da pipeta. Para leitoas a pipeta utilizada é a convencional pequena que não alcança o colo cervical, e para matriz pipeta intrauterina, este procedimento é repetido conforme o protocolo.

Quadro 1: Protocolo utilizado para inseminação de matrizes e leitoas.

Porcas que apresentam cio até o 5º dia após o desmame

Detecção do Cio 1º Inseminação 2º inseminação 3º inseminação Período da manhã Tarde do mesmo dia Manhã do dia

seguinte (24 h do cio)

Manhã do próximo dia (48h do cio)

Período da tarde Manhã do 1º dia

seguinte (12h do cio) Manhã do 2º dia (36h do cio) Manhã do 3º dia (56h do cio)

Porcas que apresentem cio 6º dia após o desmame

Detecção do Cio 1º Inseminação 2º inseminação 3º inseminação Período da manhã

ou tarde No ato da detecção 12h do cio 24h do cio Para marrãs com mais de 230 dias de idade ou peso entre 135 e 145 kg Detecção do Cio 1º Inseminação 2º inseminação 3º inseminação Período da manhã No ato da detecção Manhã do dia

seguinte (24 h do cio)

Manhã do próximo dia (48h do cio)

Período da tarde No ato da detecção Manhã do 2º dia (36h

do cio) Manhã do 3º dia (56h do cio) Fonte: Agroceres Multimix- adaptado pelo autor.

3.1.2 Maternidade

Este galpão possui área de 274,8 m², pé direito medindo 2,77 m, com instalações para 34 matrizes, sendo divididas em três salas composta por 12, 12 e 10 baias. As baias (Figura 6) possuem gaiolas medindo 0,58 m x 2,00 m com 1/3 do

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piso ripado, sistema de bebedouro tipo concha e cocho circular para os leitões, bebedouros tipo chupeta, comedouro tipo calha revestido com tubo PVC para as matrizes. O controle de temperatura é realizado por meio de termômetros localizados nos escamoteadores e na sala, o resfriamento das matrizes é realizado através de lonas de PVC que liberam correntes de ar no dorso da fêmea. Já o aquecimento dos leitões é feito por meio de resistência elétrica presente no escamoteador (Tabela 1).

Figura 6: Sala da maternidade em dia de parto, podendo ser observado as baias das matrizes, e suas celas parideiras. Fonte: do autor.

Fonte: Autor. Tabela 1: Temperatura dos leitões nos primeiros dias de vida.

Temperatura da Zona de Conforto Térmico °C

IDADE MÍNIMA MÉDIA MÁXIMA

0 a 7 28 29 30

8 a 14 27 28 29

15 a 21 26 27 28

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Neste galpão as matrizes são transferidas na semana do parto, por volta dos 110 dias. Antes da transferência as fêmeas passam por uma limpeza com a lavagem de toda a superfície corporal seguida de desinfecção com Iodo solução 1/1000, em sequência são pesadas e transferidas para a maternidade.

Quando as porcas completarem 114 dias de gestação e as leitoas 115 dias recebem 0,7 ml de ocitocina na vulva para indução do parto que deve ocorrer dentro de 24 horas. Caso as fêmeas já apresentem sinais pré parto não se administra ocitocina. Neste setor as matrizes recebem alimentação ad libitum. É realizada a limpeza das gaiolas de gestação ao menos uma vez por período (manhã/tarde) e então as matrizes são levantadas para se alimentarem.

3.1.2.1 Parto

Na semana de partos ficam no setor dois colaboradores durante o dia, e um outro no turno da noite, desta forma as matrizes ficam acompanhadas 24 horas. No dia de parto as matrizes não recebem alimentação e se preconiza o maior silêncio possível para não estressar as fêmeas.

Matrizes onde o intervalo entre expulsão dos leitões for maior que 30 minutos adota-se o procedimento de massagem abdominal na fêmea ou muda-se a sua posição e aguarda-se 20 minutos. Se após este tempo não haver expulsão do leitão, aplica-se 2 ml de ocitocina e aguarda-se mais 30 minutos. Se não ocorrer a expulsão do leitão, realiza-se o exame de toque vaginal retirando-se os leitões que estiverem no canal do parto. Após o toque, administra-se antibiótico a base de Benzilpenicilina G, Benzatina e Procaina +, Dihidroestreptomicina+, Piroxicam, para eventuais complicações pós-parto. Todos os procedimentos devem ser registrados na ficha da matriz.

As matrizes são vacinadas contra Erisipela, Parvovirose e Leptospirose no período de 7 a 10 dias de lactação.

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3.1.2.2 Manejo dos leitões

Após a expulsão do primeiro leitão se inicia alguns cuidados fundamentais (Quadro 2) na seguinte ordem: expulsão do leitão, limpeza de vias aéreas, corte de umbigo, desinfecção do umbigo, pesagem, colocação de brinco, secagem com pó, mamada do colostro e anotação na ficha da matriz.

Quadro 2: Manejo dos leitões recém-nascidos.

Retirar o muco e fluido da boca e narina dos leitões

Amarrar o cordão umbilical a 2 cm da pele com cordão de algodão com nó duplo apertado fortemente, cortar o restante do cordão umbilical com tesoura a 1 cm do nó, e mergulhar o cordão remanescente em solução de iodo a 10 %. Cuidar para não puxar o cordão umbilical em nenhum momento.

Pesar o leitão, colocar brinco de acordo com o sexo (brancos= fêmeas, amarelo= machos) e fazer seu registro na ficha da matriz, anotando a hora do nascimento

Secar a pele do leitão com PIGDRY ® para ajudar os leitões a ficarem quentes e ativos.

Auxiliar na primeira mamada para ingestão do colostro.

Fonte: Agroceres Multimix - Adaptado pelo autor.

Um dia após o nascimento dos leitões, é realizada a aplicação de Ferro Dextrano intramuscular na tábua do pescoço, e o desgaste dos quatro caninos com alicate. É realizada a administração de Coccicidiostático Baycox® via oral, certificando-se que ele ingeriu, e o corte da cauda com tesoura elétrica quente em todos os animais.

Na primeira semana de vida dos leitões é realizado a tatuagem na orelha dos animais de acordo com o número correspondente do brinco. É realizada a castração dos machos de forma cirúrgica, iniciando pela contenção dos animais no meio da perna e com um bisturi é realizado um corte horizontal no escroto, torcido o canal escrotal e tracionado para sua remoção, logo em seguida é aplicado spray de Sulfadiazina Prata e Cipermetrina.

Com 15 dias realiza-se a vacinação de todos os leitões contra Haemophilus

Parasuis, Mycoplasma Hyopneumoniae e Circovírus suíno por via intramuscular na

região do pescoço. Aos 21 dias é realizado o desmame, sempre no período na manhã, em carrinhos metálicos os animais são transferidos para a creche.

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Tabela 4: Medicações utilizadas na suinocultura por ordem de escolha

Doença Medicamento Dias de

Tratamento

Via de aplicação

Dose por peso

6 Kg 9 Kg 12 Kg 18 Kg Diarreia Primeira escolha Lispec® Lincomicina e espectinomicina 3 a 5 dias IM 0,6 0,9 1,2 1,8 Diarreia Segunda Escolha Kinetomax®

Enrofloxacina Dose Única IM 0,45 0,7 0,9 1,4

Artrite Pencivet Plus® Benzilpenicilina G, procaína, Benzatina, Sulfato de dihidroestreptomicina, Piroxicam Dose Única IM 06 0,9 1,2 1,8 Problema Respiratório Primeira escolha Excenel® Celtiofur 3 dias IM 0,1 0,2 0,3 0,5 Problema Respiratório Segunda escolha Draxxin®

Tulatromicina Dose Única IM 0,2 0,2 0,3 0,5

Encefalite Agemoxi®

Amoxilina triidratada Dose única IM 0,6 0,9 1,2 1,5

Dermatite Agemoxi®

Amoxilina triidratada Dose única IM 0,6 0,9 1,2 1,5

Fonte: Agroceres Multimix - Adaptado pelo autor.

3.1.4 Recria e Terminação

O galpão de recria (Figura 10) possui 29,0 m de comprimento e 12,5 m de largura, telhado com estrutura da tesoura metálica e telhas de cerâmicas. Possui três salas com 12 baias, sendo que cada baia possui uma área 4,4 m² (2,25 x 2,05 m), com piso ripado de concreto, sistema de bebedouro do tipo chupeta com regulagem de altura e comedouro do tipo linear, sendo acomodados oito animais. Os animais permanecem dos 63 a 70 dias até 107 dias de idade.

O galpão do setor de terminação possui 47,5 m de comprimento e 11,0 m de largura com telhas de cerâmicas. É dividido em três salas, cada sala é composta por 12 baias coletivas cada baia possui uma área 6,25 m² (2,50 x 2,50 m) com comedouro linear, bebedouros tipo chupeta como piso ripado de concreto, abriga cerca de 288 animais.

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Figura 10: Galpão de recria, mostrando as baias suspensas.

Fonte: Autor.

O galpão do setor de terminação possui 47,5 m de comprimento e 11,0 m de largura com telhas de cerâmicas. É dividido em três salas, cada sala é composta por 12 baias coletivas cada baia possui uma área 6,25 m² (2,50 x 2,50 m) com comedouro linear, bebedouros tipo chupeta como piso ripado de concreto, abriga cerca de 288 animais.

Na recria e terminação os manejos adotados são a alimentação dos animais, a pesagem da ração e dos animais a cada troca de alimentação de acordo com os experimentos, e a da limpeza das baias.

Durante o estágio foi possível acompanhar os animais do PPT (Pig

Performance Test). Estes animais ficam em uma estrutura separada das demais

com duas baias com 12 animais cada, bebedouro tipo chupeta e alimentação com uma máquina de alimentação individualizada (PPT) com capacidade para armazenamento de 40 kg de ração. Quando os animais entram para se alimentarem a máquina realiza a identificação do animal por meio de um chip. Realizando a mensuração do peso no animal, o consumo de alimento, cálculo de conversão alimentar e por WiFi disponibiliza esses dados em um programa ficando disponível o

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registro de todas as informações. Neste local os manejos diários consistem em limpeza e reposição de ração na máquina, seguida de observação detalhado dos animais. E toda semana se realiza a pesagem destes animais.

O abate experimental dos animais do PPT foi realizado em um frigorifico da cidade, onde foi possível acompanhar todo o processo de abate e pesagem de carcaça, e medido a espessura do toucinho na carcaça quente e 24 horas depois medição da espessura de toucinho com a carcaça refrigerada.

3.2 AVICULTURA

O setor de avicultura (Figura 11) é composto por cinco instalações sendo duas para frangos de corte, duas para aves de postura, e uma para matrizes, que não está sendo utilizada no momento, além de uma composteira. As instalações de avicultura ficam dentro do setor denominado “granja”, sendo separados da suinocultura por um corredor de quebra vento formado por árvores não frutíferas.

Figura 11: Vista parcial das instalações do setor de avicultura

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O leite é armazenado em um tanque de resfriamento. Vacas em tratamento ou diagnosticadas com mastite são ordenhadas em balde e tem seu leite descartado. Após a ordenha se inicia a higienização da sala de ordenha e da sala de espera. Os conjuntos de teteiras são acopladas a base e se inicia a limpeza automática programada.

O fornecimento de alimentação aos bezerros é realizado de acordo com a dieta de cada um, sendo de um a três litros de leite e ração, e após a alimentação é fornecido água. A alimentação das vacas é preparada na propriedade e fornecida duas vezes por dia de acordo com as categorias: vacas secas, vacas lactantes, novilhas e bezerros. Antes do fornecimento de uma nova alimentação as sobras são pesadas e anotadas em uma ficha. A dieta é preparada utilizando um trator equipado com um vagão com balança, misturador e frezza acoplado a visor digital que fornece as quantidades adequadas para cada categoria animal. A alimentação é fornecida de forma homogenia nos cochos Intergado® e as vacas se alimentavam

ad libidum tendo registrado a quantidade de alimento ingerida por cada animal de

acordo com o microchip. A alimentação dos bovinos é composta por: silagem de milho, feno, e ração de acordo com a fórmula da empresa.

Durante o estágio foi acompanhado um parto distócico, no qual foi necessário o reposicionamento do terneiro, e com a ausência de contração da vaca foi realizado a tração manual com auxílio de corda. Após o nascimento o animal é retirado da mãe evitando qualquer contato com a mesma, foi realizado a cura do umbigo com solução de iodo, avaliação do leite com colostrômetro e o fornecimento de colostro.

Foi presenciado o tratamento de uma vaca que apresentou retenção de placenta e perda de apetite. Nesta foi administrado solução com cálcio, glicose, e corticoide via endovenosa e não havendo melhora foi chamado um médico veterinário que diagnosticou “Deslocamento do abomaso”, a esquerda e realizou cirurgia através de bloqueio local com lidocaína. Abertura na região acima do flanco a direita e reposicionamento do abomaso com fixação na linha alba na parede torácica, sutura dos músculos obliquo interno, externo e transverso do abdômen, pele e, prescrito como pós operatório: medicamento a base de Benzilpenicilina G,

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Procaína, Benzilpenicilina G Benzatina e Dihidroestreptomicina, e Piroxicam, Meloxican, solução de Glicose e, Cloreto de colina, Inositol, Vitaminas do complexo B, Nicotinamida (vitamina PP), Cálcio e Acetilmetionina e a administração de conteúdo rúminal via sonda gástrica por três dias.

3.3.2 Bovinos de corte

O sistema de confinamento de bovinos de corte (Figura 21 a, b, d) consiste em dois galpões com 12 boxes cada com seis animais, da raça Nelore. O manejo adotado neste sistema é realizar o escore de sobra de ração nos cochos de alimentação, sempre antes do fornecimento da alimentação, para calcular o aumento ou a diminuição da quantidade de ração. O escore zero correspondente a nenhuma sobra; o escore um sem sobra, escore dois pouca sobra e o escore três muita sobra. No escore zero se aumenta a quantidade de ração e, o escore três se diminui o fornecimento de alimentação, e as sobras são pesadas e anotadas na ficha de controle. A alimentação no confinamento é realizada na forma 85 x 15 (85 % de concentrado e 15 % de volumoso), por meio de um trator com vagão (Figura 21 c) com balança programado para despejar a quantidade de alimentação necessária em cada comedouro. O fornecimento de ração se realiza duas vezes por dia, além desses manejos se realiza a limpeza dos bebedouros duas vezes por semana.

Foi acompanhado a realização por um Médico Veterinário do teste de tuberculose através do teste cervical comparativo em 140 animais do confinamento, os animais foram manejados no tronco, e realizado a tricotomia de dois pontos na região cervical e injetada a tuberculina. A leitura da prega foi realizada após 48 horas, onde todos os animais apresentaram reação negativa.

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Figura 23: Vista aérea da fábrica de ração.

Fonte: Agroceres, 2019.

Os grãos de milho chegam e são descarregados na moega, onde passa por uma seleção na peneira e por meio do elevador são armazenados no silo. No momento da preparação de ração é moído de acordo com a peneira escolhida e pelo elevador são transportados para o silo dosador e depois para a balança onde são acondicionados os outros ingredientes, seguindo para o pré misturador e misturador horizontal. De acordo com a composição da ração e a adição de óleo, os ingredientes ficam no misturador por tempos diferentes: alimentos secos ficam no misturador por dois minutos, alimentos úmidos ficam um minuto e meio no misturador e após a incorporação de óleo permanecem mais um minuto no misturador. O misturador tem capacidade de 500 kg de ração e após a finalização, a ração é liberada pela rosca extratora, pesada e acondicionadas em caixas, e são liberadas para a expedição.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio final obrigatório em Medicina Veterinária é muito importante, uma vez que é possível conciliar os conhecimentos teóricos adquiridos em sala com a prática exercida no campo.

As atividades desenvolvidas na empresa Agroceres Multimix me proporcionaram adquirir uma enorme bagagem de conhecimento, através do contato com suínos, aves, bovinos de leite e corte, e além de participar da rotina da fábrica de ração, conciliando nutrição, manejo e bem-estar dos animais de produção.

O estágio proporcionou uma experiência da rotina de uma empresa, através do contato com diferentes posições administrativas e funcionais da empresa. Por fim evolui muito como pessoa e como profissional através deste ambiente em que convivi durante três meses.

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5 REFERÊNCIAS

ABPA-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL (Brasil). Relatório Anual 2018. São Paulo/SP, 2018. Disponível em:

http://abpa-br.com.br/setores/avicultura/publicacoes/relatorios-anuais. Acesso em: 08 maio 2019.

AGROCERES (Brasil). História. 2019. Disponível em:

https://agroceres.com.br/empresa.aspx#tabHistoria. Acesso em: 08 maio 2019. AGROCERES MULTIMIX. Procedimento Operacional Padrão (POP), 2018. Disponível em < Documento interno- Agroceres> Acesso em 10 de mar. de 2019. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Projeções do

Agronegócio: Brasil 2017/18 a 2027/28 projeções de longo prazo / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Política Agrícola. – Brasília: MAPA/ACE, 2018. 112 p.

IBGE (Brasil). Em 2018, abate de bovinos e suínos continua em alta. 2019. Estatísticas Econômicas. Disponível em:

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/23989-em-2018-abate-de-bovinos-e-suinos-continua-em-alta. Acesso em: 08 maio 2019.

Referências

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