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Visto que o objetivo das entrevistas, neste caso, é entender como reagir perante situações do cotidiano da atuação profissional do design, define-se que o método utilizado para a coleta de dados se dará por meio de entrevistas com perguntas abertas. Sendo assim, a publicação não pretende fazer parte de uma pesquisa cientificamente precisa, mas sim, fazer parte de uma compilação informal desses depoimentos organizado de modo que seja possível a interpretação das ações comuns mais bem sucedidas e das que não trouxeram o mesmo efeito.

Todas as recomendações compiladas pelo Manual de Redação da Folha de São Paulo (2001) e de Ramos (2004) que se encontram nos conceitos gerais desse trabalho foram respeitadas. Com uma exceção, já que o Manual de Redação da Folha de São Paulo (2001) aconselha que as perguntas sejam específicas, evitando termos gerais e neste caso o conselho não foi observado, visto que as mesmas perguntas foram utilizadas para todos os entrevistados, obrigando-as a serem abertas e até certo ponto genéricas, pois teve-se como objetivo adquirir um panorama geral das impressões dos profissionais e evitar induzir qualquer tipo de resposta dos que se voluntariaram a atender a entrevista.

Além disso, as respostas foram registradas por meio de um gravador, exposto ao entrevistado e mediante consulta verbal sobre seu consentimento. O arquivo de áudio, posteriormente, foi transcrito e editado. O critério utilizado para edição encontra-se no tópico 4.1.3 e os textos encontram-se no apêndice.

3.1.1 Roteiro De Perguntas

Haguette (1997), Medina (1988), Minayo (1996) e Ramos (2004) também defendem que uma boa entrevista depende de um bom planejamento das perguntas.

Portanto, foi elaborado um roteiro de perguntas que segue os seguintes tópicos:

● Formação

● Tempo e Área de Atuação ● Experiências

Já que através do primeiro tópico pode-se ter uma leve noção sobre a influência da academia no comportamento profissional do entrevistado, os autores esperam ter a oportunidade de observar se os profissionais que possuem alguma formação acadêmica tendem a passar por algum tipo de situação específica. Caso a hipótese se comprove, é de se esperar que os autores passem por tal situação, podendo assim, se precaver antecipadamente.

O segundo tópico levanta um panorama da situação atual do entrevistado, assim pode-se observar se ele encontra-se em sua mesma área de formação e se passou por outras áreas antes de chegar ao seu momento atual. Essa informação pode mostrar como o aprendizado em outras áreas pode ser útil na solução de problemas no design.

A intenção da última parte da entrevista é questionar de maneira direta o entrevistado sobre uma experiência que lhe foi marcante como um problema, uma situação que é recordada como uma boa experiência, o que aprendeu diante desses cenários opostos e seus conselhos. É onde as lições passadas por esses profissionais aparecem de forma mais evidente e direta.

Para atingir o objetivo de cada parte, foram selecionadas perguntas dentro de cada tópico.

Sobre o tópico formação e área de atuação, foram formuladas duas questões para entender como a formação pode, ou não, ter determinado sua área de atuação atual. Visto que o profissional pode buscar conhecimento em outras áreas para atuar no design posteriormente.

Se formado, onde e em que ano?

Em que área do design atua?

Sobre tempo atuando na área:

Há quanto tempo atua nesta área? Foi logo após sua formação?

Se não, qual foi sua atuação profissional no tempo entre sua formação e sua

Há a possibilidade de o entrevistado ter se formado em design, atuado em outra área e então retornado à atuação de origem. Essa influência deve ser observada, pois pode trazer pontos muito positivos quando o entrevistado se encontra em um momento em que precisa resolver situações de crise.

Sobre experiências:

Consideram-se essas perguntas como as principais, pois delas se extrairão os principais conceitos que auxiliaram no produto final deste trabalho.

Pode nos contar, em sua experiência como designer, uma situação problema

que lhe foi marcante?

A resposta para essa pergunta pode mostrar um problema que qualquer profissional pode encontrar em sua trajetória ou uma situação extraordinária. Em ambas as situações a resposta do entrevistado mostra uma situação que já existiu e que pode trazer boas conclusões. As duas perguntas seguintes são relativas a ela.

Essa experiência, foi um problema solucionado? Se sim, como foi o processo

de solução?

Quais atributos julga necessários para chegar à solução como foi feito?

E para encerrar o grupo de perguntas principais, uma situação oposta:

Pode nos contar um episódio interessante em sua carreira que pode ser

contado como uma boa experiência?

Após as quatro perguntas principais, abre-se um espaço para que o convidado aconselhe os novos profissionais.

O que aconselha para pessoas que passarem por problema semelhante?

Como chegou nessa situação? A quem aconselha passar pela mesma cena?

3.1.2 Seleção Dos Entrevistados

Pela facilidade de contato e objetivos alinhados com este trabalho, definiu-se a associação ProDesign>PR como um bom meio de entrar em contato com atuantes na área de design. Dos profissionais, foram selecionados os associados que estavam ativos, o que gerou uma lista de 49 nomes, desses 22 responderam afirmativamente ao convite de participar do projeto e 20 foram entrevistas levadas a a cabo.

3.1.2.1 ProDesign>PR

Segundo o site da própria associação, a ProDesign>PR é uma associação sem fins lucrativos, que tem como objetivo valorizar o mercado de design. Possui sede em Curitiba e foco na melhoria nas atividades do design no Paraná. Criada a partir da necessidade de representatividade e união dos profissionais do design, sendo assim um espaço bastante aberto para programas como o que este trabalho se propõe.

Dois dos objetivos da ProDesign>PR são:

 Promover o constante aumento do valor do design por meio das melhores práticas, do conhecimento e da visibilidade;

 Integrar e coordenar seus associados, imprimindo unidade à sua ação, no sentido de apoiá-los em suas questões profissionais;

Estes se encaixam com os objetivos específicos desse Trabalho de Conclusão de Curso.

Esperando boa adesão dos profissionais associados e cientes de que os relatos por eles proferidos envolvem o nome de clientes e de empresas, é selado o compromisso de não agregar problemas a nenhum dos envolvidos realizando-se um trabalho ético e transparente com os apoiadores do projeto, preocupando-se com os aspectos a seguir.

3.1.3 Transparência De Edição

Destaca-se o comprometimento em não exibir qualquer informação que possa ser prejudicial ao profissional colaborador, à ProDesign>PR ou aos autores. Isso é garantido por um acordo via e-mail, que incluiu o texto transcrito, editado e revisado da entrevista do profissional, solicitando sua leitura e acordo em publicar o seu relato. Os termos são colocados nas seguintes palavras, que o entrevistado:

Está ciente e confere autorização a Murilo Mafra e Raphael Inoue o direito de usar o texto presente no arquivo anexo fixado na obra discriminada como o conteúdo de uma publicação, um dos produtos finais de seu Trabalho de Conclusão de Curso.

Sendo assim, ficam os autores da publicação isentos de responder pelos direitos autorais de quem captou seu depoimento, sempre que a fixação desta tenha sido especialmente feita para os fins desta autorização.

Nesse mesmo e-mail foi solicitado aos entrevistados uma foto e um currículo com, no máximo, 400 caracteres.

A edição das entrevistas foi necessária pela grande quantidade de informações coletadas. Tendo sempre como foco a resposta das perguntas do roteiro, a edição preocupou-se em deixar de lado respostas que pudessem parecer fora do tema. Além disso, buscou aproveitar o máximo de informações possíveis para agregar ao modelo de plano de negócios, objetivo desse trabalho.

Essas respostas, que podem ser encontradas nos anexos de A a U, depois de editadas, foram analisadas para compor a publicação, melhor explanada a seguir.

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