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SOCIEDADES DE ADVOGADOS Regime fiscal à luz do novo E.O.A.

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Direcção: Pedro Costa Azevedo Colaboração: Sara Félix Rui Ferreira d’ Apresentação Madalena Nascimento

Nº 76 Setembro 2015

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SOCIEDADES DE ADVOGADOS

Regime fiscal à luz do novo E.O.A.

Têm surgido dúvidas sobre o sentido e alcance do art.º 215.º, 15 do novo Estatuto da Ordem dos Advogados, aprovado pela lei 145/2015, de 09/09, que determina que:

“Às sociedades de advogados é aplicável o regime fiscal previsto para as sociedades constituídas sob a forma comercial.”

Em nossa opinião, e inexistindo alterações ao CIRC até final do ano, tudo ficará na mesma para as sociedades de advogados constituídas exclusivamente por advogados, na medida em que o art.º 6.º do CIRC prevê que o regime da transparência fiscal se aplique às sociedades de profissionais.

Segundo este artigo:

“ 1 — É imputada aos sócios, integrando-se, nos termos da legislação que for aplicável, no seu rendimento tributável para efeitos de IRS ou IRC, consoante o caso, a matéria coletável, determinada nos termos deste Código, das sociedades a seguir indicadas, com sede ou direção efetiva em território português, ainda que não tenha havido distribuição de lucros: a) Sociedades civis não constituídas sob forma comercial;

b) Sociedades de profissionais;

Dispõe depois o n.º 4 que se considera sociedade de profissionais

“1) A sociedade constituída para o exercício de uma atividade profissional especificamente prevista na lista de atividades a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS, na qual todos os sócios pessoas singulares sejam profissionais dessa atividade; ou,

2) A sociedade cujos rendimentos provenham, em mais de 75 %, do exercício conjunto ou isolado de atividades profissionais especificamente previstas na lista a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS, desde que, cumulativamente, durante mais de 183 dias do período de tributação, o número de sócios não seja superior a cinco, nenhum deles seja pessoa coletiva de direito público e, pelo menos, 75 % do capital social seja detido por profissionais que exercem as referidas atividades, total ou parcialmente, através da sociedade;”

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Da lista anexa ao CIRS constam, na verba 6010, os Advogados;

Ora, tendo em conta que o EOA não prevê as sociedades multidisciplinares, as sociedades de advogados serão sempre sociedades de profissionais, logo, sociedades sujeitas à transparência fiscal obrigatória.

Tenha-se no entanto algum cuidado com a possibilidade prevista no art.º 213.º, nº 2, do novo Estatuto de incluir como sócios sociedades de advogados ou organizações associativas de profissionais equiparados a advogados constituídas noutro Estado membro da União Europeia cujo capital e direitos de voto caiba maioritariamente aos profissionais em causa”. As sociedades que optem por essa possibilidade deverão verificar se se aplica ou não a alínea b) do nº 4 do art.º 6.º do CIRC.

Caso pretendam alguma segurança adicional na interpretação a dar ao artigo poderão as sociedades solicitar informação vinculativa ao abrigo do art. 68.º da Lei Geral Tributária.

Suzana Fernandes da Costa

Vogal do Conselho Distrital do Porto

PARECERES DO CONSELHO DISTRITAL

CONSULTA JURÍDICA

Parecer nº 50/PP/2014

Conclusão:

O sítio da Internet tal qual se encontra descrito, não respeita a dignidade do exercício da profissão e a relação do Advogado com o Cliente e viola regras deontológicas essenciais (o dever de diligência na apreciação da consulta, o dever de evitar o conflito de interesses, de verificar a veracidade da identificação do cliente e a proibição de fixação de um valor a priori pela prestação do serviço).

JURISPRUDÊNCIA

DIREITO FISCAL

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo de 19.08.2015

(Proc. 01008/15)

No presente aresto entendeu o STA que o pedido de pagamento a prestações em execução fiscal, formulado à luz da redacção dada ao art. 196º n.º 1 do CPPT pela Lei n.º 64-B/2011 de 30/12, pode ser requerido até à marcação da última venda, no caso de existir pluralidade de bens penhorados.

O STA sustentou tal interpretação na intenção do legislador que, na “alteração legislativa que foi introduzida no n.º 1 do art. 196.º do CPPT visou uma maior flexibilização no regime de pagamento em prestações”. Acrescentou ainda aquele tribunal, citando acórdão anterior da mesma secção, que “o pagamento do montante exequendo em prestações favorecendo o executado por lhe permitir conservar os bens penhorados,

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favorece o erário público duplamente porque o pagamento protelado no tempo vence juros que serão pagos pelo executado, não se farão as despesas com a venda e termos subsequentes do processo, não se venderão, quantas vezes ao desbarato bens valiosos, com benefício apenas para quem os adquire e prejuízo quer para o executado quer para o erário público, mantendo-se um muito mais salutar funcionamento da economia, para não falar das pertenças, dos afectos e da felicidade dos devedores”.

DIREITO PROCESSUAL

Acórdão do Tribunal da Relação de Évora de 10.08.2015

(Proc.68/15.5YREVR)

Este aresto discute o uso do incidente de “revisão e confirmação de sentença estrangeira” quando esteja em causa sentenças comunitárias. Na esteira de jurisprudência anterior, o Tribunal analisou e concluiu que “a revisão e confirmação de sentença estrangeira constitui pressuposto da transferência para cumprimento, da pena em Portugal, de cidadão português condenado em país estrangeiro” todavia tratando-se de uma sentença comunitária “vista a existência do princípio de reconhecimento

mútuo das sentenças comunitárias” aquele incidente torna-se

desnecessário. Bastará, pois, que o órgão jurisdicional nacional interprete as normas jurídicas internas à luz da Decisão Quadro de 13-06-2002 para concluir se a sentença está por natureza reconhecida e é exequível, caso em que, restará apurar a adequação à ordem jurídica nacional dos seus efeitos para se dar inicio ao processo de transmissão de sentença e certidão.

LEGISLAÇÃO

Neste mês, destacamos as seguintes publicações, na área do Direito

Penal:

Lei n.º 81/2015 de 03.08.2015

Trigésima sétima alteração ao Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro, transpondo integralmente as Directivas 2008/99/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Novembro de 2008, relativa à protecção do ambiente através do direito penal, e 2009/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Outubro de 2009, que altera a Directiva 2005/35/CE, relativa à poluição por navios e à introdução de sanções em caso de infracções.

Lei n.º 83/2015 de 05.08.2015

Trigésima oitava alteração ao Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro, autonomizando o crime de mutilação genital feminina, criando os crimes de perseguição e casamento forçado e alterando os crimes de violação, coação sexual e importunação sexual, em cumprimento do disposto na Convenção de Istambul.

Lei n.º 103/2015 de 24.08.2015

Trigésima nona alteração ao Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro, transpondo a Directiva 2011/93/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Dezembro de 2011, e cria o sistema de registo de identificação criminal de condenados pela prática de crimes contra a autodeterminação sexual e a liberdade sexual de menor; primeira alteração à Lei n.º 113/2009, de 17 de

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Setembro; primeira alteração à Lei n.º 67/98, de 26 de Outubro, e segunda alteração à Lei n.º 37/2008, de 6 de Agosto.

Decreto-Lei n.º 171/2015 de 25.08.2015

Regulamenta e desenvolve o regime jurídico da identificação criminal, aprovado pela Lei n.º 37/2015, de 5 de Maio.

Lei n.º 110/2015 de 26.08.2015

Estabelece o quadro de penas acessórias aplicáveis aos crimes contra animais de companhia (Quadragésima alteração ao Código Penal e terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 315/2009, de 29 de Outubro). No âmbito do Direito do Trabalho, veja-se a publicação do seguinte diploma:

Lei n.º 84/2015 de 07.08.2015

Primeira alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de Junho, consagrando a meia jornada como nova modalidade de horário de trabalho.

Menções no sector do Direito Civil:

Lei n.º 111/2015 de 27.08.2015

Estabelece o Regime Jurídico da Estruturação Fundiária, altera o Código Civil, e revoga os Decretos-Lei n.º 384/88, de 25 de Outubro, e 103/90, de 22 de Março.

Decreto-Lei n.º 156/2015 de 10.08.2015

Estabelece o regime do subsídio de renda a atribuir aos arrendatários com contratos de arrendamento para habitação, celebrados antes de 18 de Novembro de 1990, em processo de actualização de renda,e o regime de determinação do rendimento anual bruto corrigido.

De salientar, no âmbito do Direito do Ambiente:

Lei n.º 114/2015 de 28.08.2015

Segunda alteração à Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto, que aprova a lei-quadro das contra-ordenações ambientais.

Foi ainda publicado, no ramo do Direito Administrativo, o seguinte diploma:

Lei n.º 116/2015 de 28.08.2015

Décima quarta alteração ao Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de Maio.

Destaque, ainda, para as seguintes publicações:

Lei n.º 119/2015 de 31.08.2015

Aprova o Código Cooperativo e revoga a Lei n.º 51/96, de 7 de Setembro.

Declaração de Rectificação n.º 36/2015 de 06.08.2015

Rectifica o Decreto-Lei n.º 119/2015, de 29 de Junho, do Ministério da Justiça, que aprova o novo Regulamento da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, publicado no Diário da República n.º 124, 1.ª Série, de 29 de Junho de 2015.

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Está a receber a nossa publicação porque está ativo na lista de subscritores da Ordem dos Advogados. Para mais informações

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Referências

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