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Popular Objectivo Rendimento 2021 Fundo de Investimento Alternativo Aberto de Obrigações

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

1º Semestre 2016

do

Popular Objectivo Rendimento 2021

Fundo de Investimento Alternativo Aberto de

Obrigações

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Relatório de Gestão

Enquadramento Macro-económico

O mês de Janeiro registou uma profunda queda nos mercados, principalmente accionistas, constituindo um dos piores inícios de ano dos últimos anos, em consequência do reavivar das dúvidas sobre a economia Chinesa, o que trouxe bastante volatilidade aos mercados mundiais. Quase todos os mercados acionistas perderam, nesse mês, a quase totalidade dos ganhos de 2015. Na Europa, o tema China abalou todos os mercados, face à sua importância para a economia mundial. O epicentro foi o dado da atividade industrial chinesa que ficou aquém do esperado. Ao longo do mês, o Banco Central Chinês foi desvalorizando a moeda, numa tentativa de conter as quedas nos respectivos mercados financeiros. a taxa de Inflação na Zona Euro subiu ligeiramente, em Dezembro de 2015, para os 0,2%. Ainda assim, o nível continua a situar-se bastante abaixo da meta dos 2%, estabelecida pelo BCE para o longo prazo. Houve um aumento da desconfiança sobre o sector automóvel, quando saíram notícias de que a Renault estava a ser investigada por suspeitas de fraude relacionada com as emissões de gases poluentes. Em Portugal ocorreram as eleições presidenciais de que resultou a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa, como Presidente da República. Nos EUA, a FED manteve as taxas e não deu indicações sobre a próxima subida, o que deixou os mercados um pouco nervosos, temendo uma possível inversão do crescimento económico até então sentida. Iniciou-se a época de apresentação dos resultados do 4º trimestre de 2015 das empresas, onde a Alcoa registou resultados acima do antecipado pelos analistas. O JPMorgan anunciou um aumento de 10% nos lucros do 4º trimestre de 2015. A American Express divulgou uma queda de 38% do lucro no último trimestre do ano passado. A Apple teve resultados que superaram as estimativas. A AT&T apresentou um lucro líquido de $ 0,63 por ação, em linha com o mercado. O Facebook viu o seu resultado líquido duplicar face a igual período de 2014. A Ford registou o maior lucro antes de impostos de sempre. A Microsoft

excedeu as expectativas, motivado pelos serviços do investimento na “cloud” e “database” e a Amazon

mais do que duplicou o lucro no último trimestre do ano de 2015.

Fevereiro ficou marcado por uma desaceleração na queda dos índices dos principais mercados accionistas, com alguns a fecharem em terreno positivo (FTSE100 e Dow Jones). As dúvidas sobre o crescimento mundial diminuíram, após a robustez evidenciada pela economia Americana e a forte possibilidade do reforço do plano de apoio à economia europeia por parte do BCE (Q.E.). Na Europa, tanto a atividade industrial como a dos serviços, ficaram aquém do esperado, indicando assim um maior abrandamento na economia da Zona Euro. A taxa de inflação também cresceu menos do que o previsto. Estes dados colocaram maior pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) para apresentar mais medidas de estímulo à economia. Levantaram-se dúvidas sobre o sector bancário europeu, nomeadamente, o Deutsche Bank e a sua capacidade de fazer frente aos seus compromissos. Consequentemente, o banco alemão anunciou a recompra da sua dívida numa operação avaliada em $ 5,4 mil milhões. Em Portugal foi aprovado o Orçamento de Estado para 2016. Nos EUA a presidente da Fed, Janet Yellen, no Comité de Serviços Financeiros manteve a perspetiva de subida gradual dos juros, ainda que tenha admitido, que caso a turbulência no mercado persista, pudesse alterar o ritmo de subida projetado para 2016. A taxa de desemprego norte-americana caiu para 4,9%, o que corresponde aos mínimos de Fevereiro de 2008. Foi revelada a 2ª estimativa do PIB, bastante acima do esperado, ou seja, 1% vs 0,4%. A despesa e o

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rendimento pessoal também evidenciaram valores acima do aguardado, bem como as encomendas de bens duradouros. A taxa de inflação duplicou em Janeiro, ao passar de 0,7% de Dezembro de 2015 para 1,4% no primeiro mês de 2016, atingindo o valor mais elevado desde Outubro de 2014. Estes dados demonstraram o crescimento sólido da economia nos EUA, afastando o receio sobre uma possível recessão.

Março foi o primeiro mês de 2016 em que os principais índices acionistas fecharam em terreno positivo, essencialmente por dois motivos. Na Europa foram confirmadas por parte do Banco Central Europeu (BCE) novas medidas de apoio às economias, acima do que era expectável pelo mercado. Nos EUA ficou patente que não existe, para já, pressa na FED em aumentar a sua taxa de referência.

A Europa viveu essencialmente das decisões do BCE que superaram as estimativas. As taxas de referência e a de refinanciamento foram cortadas em 5bp para 0% e 0,25%, respetivamente. A taxa de depósitos caiu para -0,4%. Foi também anunciado o aumento da compra de ativos para os € 80 mil milhões por mês e as obrigações de empresas não financeiras denominadas em euros e pertencentes à Zona Euro passaram a ser incluídas na lista de compras. Os bancos poderão contrair empréstimos de longo prazo (4 anos) (LTRO’s) junto do BCE, com a possibilidade das taxas cobradas virem a ser tão baixas como são, atualmente, as dos depósitos (valores negativos). A Euronext comunicou a atualização das empresas que compõe o PSI20, tendo saído a Teixeira Duarte e a Impresa, e entrado os títulos do fundo do Montepio Geral, a Sonae Capital e a Corticeira Amorim. Nos EUA, a reunião da FED manteve a sua taxa de juro (0,25%-0,50%). Janet Yellen veio diminuir ainda mais as expectativas de mais subidas a curto prazo da sua taxa de referência, fazendo dependê-las da melhoria da situação económica mundial. Consequentemente os mercados passaram a incorporar a ideia de que um novo aumento da taxa de referência da FED só deverá ocorrer a partir de Setembro de 2016.

Abril continuou a tendência de Março, tendo os principais índices bolsistas fechado em terreno positivo, numa altura de apresentação de resultados do 1º trimestre de 2016, tanto nos EUA como na Europa. O BCE manteve todas as suas “armas” ativas para combater a deflação. Nos EUA foram divulgadas as actas da FED, mas sem surpresas. Na divulgação dos resultados algumas empresas tecnológicas de renome desiludiram. No Velho Continente a atividade dos serviços da Zona Euro desacelerou em Março, pelo segundo mês consecutivo, e contra as expectativas dos mercados. As atas da reunião do BCE de 11 de Março salientam que as taxas de juro continuam a fazer parte do conjunto de ferramentas a serem utilizadas. Em Itália, foi criado um fundo (Atlante) de recapitalização no valor de € 5 mil milhões de modo a resolver os problemas de crédito malparado e as dificuldades na obtenção de capital por parte da banca italiana. Em Portugal, o BPI foi suspenso pela CMVM, após ter sido revelado um aparente acordo entre o CaixaBank e a Santoro Finance, no sentido da redução da exposição do BPI a Angola, mas cujos detalhes eram desconhecidos. Posteriormente esse acordo veio a ser dado sem efeito. Os acionistas do BCP, em

Assembleia Geral Anual, aprovaram o reagrupamento de ações num lote de 75 ações numa só (“reverse

stock split”), em vez das 193 inicialmente propostas. Foi promulgado um diploma, criado pelo governo português, que coloca um fim à limitação de direitos de voto na Banca. Nos EUA as atas da reunião da Fed excluíram novo aumento de juros nos em Abril e demonstraram prudência dos membros quanto ao ritmo de subida, dado que esta tende fazer a apreciar o dólar face a divisas como o Euro.

Maio foi um mês positivo, na sua maioria, para os mercados acionistas Europeus, face à forte possibilidade de que os EUA pudessem alterar a sua política monetária já em Julho. As excepções foram o FTSE100 que

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caiu 0,18%, e o índice nacional, PSI20, que registou uma descida de 1,87%, devido à desvalorização do BCP (-20,84%), face aos receios de um aumento de capital. Na Europa o EUR/USD atingiu máximos do ano, acima de 1,16; valores de Agosto de 2015, devido ao PMI da Indústria Chinês, medido pelo Caixin, que mostrou um agravamento do ritmo de contração da atividade transformadora naquele país asiático, o que acabou por reacender as preocupações quanto ao arrefecimento da economia chinesa. O crescimento do PIB da Zona Euro, no 1º trimestre de 2016, ficou abaixo do esperado, 0,5% vs 0,6% estimado. Foi confirmado o cenário de deflação em Abril, com o valor registado de -0,2% e a situar-se muito longe do pretendido pelo BCE, 2%. Segundo dados da Bloomberg, cerca de 58% dos inquiridos votaram na manutenção do Reino Unido na União Europeia, o que levou a uma diminuição dos receios de uma eventual

saída do Reino Unido da EU (“Brexit”). A Bayer lançou uma OPA hostil de $ 62 mil milhões à Monsanto,

oferecendo $ 122 por ação em dinheiro, um prémio de 37% face à cotação de fecho de 9 de Maio, proposta entretanto recusada pela empresa. A Comissão Europeia adiou para Julho o procedimento por défice excessivo, tanto para Portugal (injeção de capital na resolução do Banif em Dezembro de 2015) como para Espanha. O Tribunal Administrativo de Lisboa levantou a suspensão da passagem de quatro obrigações seniores do Novo Banco para o BES, sendo assim confirmada a passagem das obrigações para o "banco mau” e indo ao encontro das pretensões do Banco de Portugal. Nos EUA, a inflação em Abril foi 1,1%, uma variação de 40pb, sendo a maior variação mensal desde Fevereiro de 2013. Foram divulgadas as actas da FED de Abril, as quais demonstraram que, caso os dados económicos apontassem para um reforço do crescimento, da inflação e dos níveis de emprego firmes no 2º trimestre, havia a possibilidade de aumentar as suas taxas de juro de referência em Junho. O PIB do 1º trimestre na 2ª estimativa ficou abaixo do esperado, 0,8% vs 0,9%. No entanto foi revisto em alta, pois na anterior estimativa o valor tinha sido de apenas 0,5%.

Junho foi um mês negativo, na sua maioria, para os mercados acionistas Europeus, face essencialmente ao resultado do referendo sobre o “Brexit”, que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia. A excepção foi o FTSE100 que subiu 4,39% (indiretamente devido à desvalorização da libra esterlina). Na Europa houve a reunião do BCE em que as novidades incidiram sobre a revisão em alta das projeções de inflação para o corrente ano, de 0,1% para 0,2%, devido à recuperação dos preços do petróleo, e também sobre a estimativa de crescimento da economia da Zona Euro, revista em alta, com o BCE a estimar um crescimento de 1,6% do PIB em 2016 vs 1,4% estimados em Abril. A Zona Euro em Junho voltou a ter inflação de 0,1%, aind longe do pretendido pelo BCE. O fim do mês ficou marcado pelo referendo sobre o “Brexit”. Foi criada a idei da vitória do Não, mas ganhou o SIM , o que causou grandes quedas nos mercados financeiros. As excepções foram o Ouro e os Bunds, utilizados como ativos de refúgio. No entanto, e posteriormente, os mercados reagiram positivamente, devido não só ao facto da separação do RU da zona Euro ,não ter efeitos imediatos, pois o início do processo deverá apenas começar em finais de 2016, mas também pelas possíveis intervenções dos bancos centrais (BoE, BCE, FED e BOJ), que poderão de certa forma conter os efeitos de contágio, sendo que de momento é difícil quantificar os seus reais efeitos. As eleições legislativas espanholas mostraram um reforço das intenções de voto no PP (embora ainda sem ter maioria absoluta), aumentando a expectativa de um possível entendimento para a formação de um Governo, algo que não foi possível com os resultados eleitorais de Dezembro último. Nos EUA, Janet Yellen, em declarações ao Congresso, reiterou a intenção de vir a aumentar as taxas de juro de forma

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gradual, ainda que de forma cautelosa, pois a instituição pretende ter a certeza da recuperação da economia norte-americana. A Volkswagen irá pagar mais de $15 mil milhões para fechar um acordo nos EUA sobre o escândalo das emissões dos veículos a diesel.

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Actividade do Fundo

O Fundo iniciou a sua actividade em 13 de Junho de 2014, como um Fundo de Investimento Alternativo Aberto de Obrigações . De acordo com o respectivo Prospecto Completo, o Fundo visa proporcionar aos investidores o acesso a uma carteira de investimento, cujo património será aplicado, no mínimo 80%, em obrigações emitidas por estados soberanos ou entidades supranacionais, obrigações hipotecárias, obrigações sobre o sector público e obrigações emitidas por uma instituição financeira sediada num estado membro da União Europeia, ao abrigo do Decreto-Lei nº59/2006, de 20 de Março. O Fundo visa ainda proporcionar aos seus participantes o recebimento anual de um capital. Assim, será permitido aos participantes o resgate isento de comissão, de uma percentagem do número de UP´s detidas à data do pedido de resgate nos períodos de 15 de Junho a 19 de Julho de 2015, de 15 de Junho a 21 de Junho de 2016, de 15 de Junho a 21 de Junho de 2017 de 15 de Junho a 21 de Junho de 2018, de 17 de Junho a 21 de Junho de 2019 e de 15 de Junho a 19 de Junho de 2020. Fora das referidas datas também é possível resgatar, mas com cobrança de uma comissão de resgate variável, que nos quatro primeiros anos é de 4,00%, no quinto e sexto ano é de 3,00% e no sétimo ano é de 2,50%.

O Fundo será liquidado em 15 de Junho de 2021. No vencimento os participantes obterão o capital correspondente ao valor inicial da unidade de participação para efeitos de constituição do Fundo (10 euros), adicionado ou subtraído de eventuais ganhos ou perdas de capital e rendimentos obtidos pelo Fundo. Em 30 de Junho de 2016, todo o património do Fundo encontrava-se já investido de acordo com o que foi referido acima para a sua aplicação e a composição do Fundo apresentava-se repartida pelas seguintes classes de activos:

Volume sob Gestão, Nº Up´s em circulação e valor da UP

O património do Fundo, a 30 de Junho de 2016 era de 968 mil de euros. O número de participantes era de 88.

O quadro seguinte apresenta o volume sob gestão, o número de unidades de participação e o respectivo valor unitário, verificado no final do ano da constituição do Fundo.

Final Volume sob Gestão € Nº. Ups Valor UP € 1º Sem 2016 968.142 124.838,81 7,7551

2015 1.023.440 128.191 7,9837

2014 1.290.850 133.295,00 9,6842

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Nos gráficos seguintes poderá ser observada a evolução do valor da UP e a evolução do Volume sob Gestão:

Rendibilidade1 e Risco

A evolução da rendibilidade e risco do Fundo, por ano civil completo desde a sua criação, foi a que a seguir se indica. O valor da UP utilizado para o cálculo das rendibilidades corresponde ao valor divulgado no último dia útil dos períodos mencionados.

Ano Rendibilidade Risco

1º Sem 2016 -2,86% 4

2015 -17,56% 4

2014 -3,16% 4

As rendibilidades apresentadas correspondem à rendibilidade anualizada do Fundo em cada período, e são líquidas de comissão de subscrição e resgate, uma vez que não existem. Toda a informação relativa ao Fundo encontra-se nos respectivos prospectos, os quais se encontram disponíveis em todos os locais de comercialização do Fundo (balcões e site do Banco Popular) e no site da CMVM.

Factos relevantes ocorridos durante o período

Durante o primeiro semestre de 2016 não ocorreram factos relevantes..

1

As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco mínimo) e 7 (risco máximo) .

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Factos relevantes ocorridos após o período

Não ocorreram factos relevantes após o termo do exercício. Evolução previsível da actividade do Fundo

O crescimento económico mundial depende essencialmente dos três principais blocos económicos: EUA, Europa e China. Atualmente estas zonas encontram-se em fases económicas bastantes distintas e com diferentes desafios que têm de ser superados.

Com efeito, enquanto os Estados Unidos apresentam um crescimento de 2,1% para 2015 e estimativas de também 2,4% para 2016, a sua taxa de desemprego já está abaixo dos 5% e os indicadores avançados apontam para uma economia em crescimento. De tal forma que a FED já iniciou o processo de subida de taxas de juro em Dezembro passado, tudo indicando que essa política se mantenha.

A Europa, após ter saído de uma recessão em 2014 já apresentou um crescimento de 1,5% no seu PIB, bem como se estima uma taxa de crescimento de 1,7% para 2016. A esta inversão acresce o facto de o BCE ter iniciado uma política de injeção monetária na zona euro, o que provocou uma desvalorização muito significativa do Euro face ao USD. As empresas europeias (e principalmente as alemãs e do Norte da Europa) que são muito exportadoras já refletiram nas suas contas o aumento das margens operacionais em 2015 e continuarão a fazê-lo ao longo de 2016.

A China é o ponto de interrogação da atual conjuntura. Com efeito, o crescimento do seu PIB tem vindo a desacelerar de 14,20% no ano de 2007 para 6,9% em 2015 (de acordo com os últimos números divulgados). Contudo, os indicadores da economia chinesa estão muito longe de revelar uma recessão. O que se passa é que a China passou de um processo de crescimento essencialmente exportador para uma estrutura económica onde o consumo explodiu, fruto do surgimento da classe média que, dada a sua demografia, é tão numerosa como qualquer das zonas mais desenvolvidas. Em consequência, os maiores consumos de automóveis, bens duradouros, telemóveis, etc., vêm desta região do globo. Há um factor adicional de instabilidade que tem a ver com a passagem da moeda chinesa de um valor fixado pelas autoridades chinesas para uma progressiva determinação livre face às principais moedas mundiais. A consequência imediata tem sido a sua desvalorização, o que poderá trazer uma melhoria dos termos de troca dos produtos chineses e, por essa via, melhorar a sua balança comercial, atualmente ainda excedentária, mas que se tinha vindo a deteriorar nos últimos meses e que foi uma das principais preocupações dos mercados.

Custos e Proveitos do Fundo

No quadro seguinte estão indicados os custos e proveitos do Fundo, bem como as principais rubricas de comissões, com referência a 30 de Junho de 2016.

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Euros

2014 2015 1º Sem 2016

Custos 134.463 465.393 196.628

Proveitos 93.173 248.748 167.489

Comissão suportada pela OIC

Comissão de Gestão 3.783 6.710 2.753

Comissão de Depósito 688 1.220 500

Comissão Carteira Títulos - - -

Taxa de Supervisão 1.400 2.400 1.200

O Fundo suporta todas as despesas relativas à compra, venda e outras operações de activos por conta do Fundo, encargos legais e fiscais, bem como a taxa de supervisão e os relativos aos honorários do Auditor do Fundo que sejam devidos por força da legislação em vigor, conforme definido no prospecto do Fundo. No quadro seguinte apresenta-se a demonstração do património em 30 de Junho de 2016:

Montante (Euros)

Valores Mobiliários

888.409

Saldos Bancários

62.558

Outros Activos

23.920

Total Activos

974.887

Passivo

6.745

Valor Líq. Inventário

968.142

No quadro seguinte apresenta-se a demonstração dos activos por % do Activo em 30 de Junho de 2016:

Nom e ISIN Montante % Act liquido

OT 3.85% 04/15/21 PTOTEYOE0007 165.009,97 18,09% PORTEL 5.875 17/4/18 XS0843939918 16.191,10 1,77% FIAT 6,75 14/10/19 XS0953215349 175.341,33 19,22% BCPPL 3,375 27/02/17 PTBITIOM0057 98.457,44 10,79% ABGSM 8.875 050218 XS0882237729 11.558,48 1,27% ASTIM 7.125 011220 XS1000393899 123.018,70 13,48% TEREOS 4.25 04032020 FR0011439900 103.005,97 11,29% ISOLUX 6.625 150421 XS1046702293 16.894,21 1,85% COPASA 7 12/19/20 ES0276156009 85.720,55 9,40% BTPS 3 3/4 05/01/21 IT0004966401 117.131,44 12,84%

Composição discriminada da carteira do Fundo:

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Lisboa, 25 de Agosto de 2016

(11)

(e m eu ro s ) C Ó D IG O A C T IV O A C T IV O M E N O S -V A L IA S A C T IV O 3 0 .0 6 .2 0 1 5 C Ó D IG O P A S S IV O 3 0 .0 6 .2 0 1 6 3 0 .0 6 .2 0 1 5 B R U T O M A IS -V A L IA S E P R O V IS Õ E S L IQ U ID O C A R T E IR A D E T ÍT U L O S C A P IT A L D O O IC 2 1 O b ri g a ç õ e s 1 2 6 3 0 1 5 1 1 7 7 9 3 8 6 3 8 5 8 8 8 4 0 9 1 0 4 6 0 1 1 6 1 U n id a d e s d e P a rti c ip a ç ã o 1 2 4 8 3 8 8 1 2 8 2 9 1 3 2 6 O u t. I n s tr u m e n to s D ív id a 6 2 V a ri a ç õ e s P a tr im o n ia is 6 8 2 1 - 6 6 9 T O T A L D A C A R T EI R A D E T ÍT U LO S 1 2 6 3 0 1 5 1 1 7 7 9 3 8 6 3 8 5 8 8 8 4 0 9 1 0 4 6 0 1 1 6 4 R e s u lta d o s T ra n s ita d o s - 2 5 7 9 2 8 - 4 1 2 8 4 6 5 R e s u lta d o s D is tr ib u id o s 6 6 R e s u lta d o s L íq u id o s d o P e rí o d o - 2 9 1 3 9 2 8 8 3 3 T E R C E IR O S T O T A L D O C A P IT A L D O O IC 9 6 8 1 4 2 1 2 6 9 7 9 3 4 1 8 C o n ta s d e D e v e d o re s P R O V IS Õ E S A C U M U L A D A S T O T A L D O S VA LO R ES A R EC EB ER 0 0 0 0 0 4 8 1 P ro v is õ es pa ra En c ar go s -T O T A L D A S P R O VI SÕ ES A C U M U LA D A S 0 0 D IS P O N IB IL ID A D E S T E R C E IR O S 1 2 D e p ó s ito s à O rd e m 6 2 5 5 8 6 2 5 5 8 2 1 5 1 7 5 4 2 1 R e s g a te s a P a g a r 1 3 D e p ó s ito s a P ra z o e c o m P ré -A v is o 4 2 3 C o m is s õ e s a P a g a r 7 2 0 8 8 1 T O T A L D A S D ISP O N IB ILI D A D ES 6 2 5 5 8 0 0 6 2 5 5 8 2 1 5 1 7 5 4 2 4 + 4 2 9 O u tr a s C o n ta s d e C re d o re s 4 7 9 9 7 8 1 2 T O T A L D O S VA LO R ES A P A G A R 5 5 1 9 8 6 9 3 A C R É S C IM O S E D IF E R IM E N T O S A C R É S C IM O S E D IF E R IM E N T O S 5 1 A c ré s c im o s d e P ro v e ito s 2 3 9 2 0 -2 3 9 2 0 1 7 9 7 7 5 5 A c ré s c im o s d e C u s to s 1 2 2 6 6 7 7 5 2 D e s p e s a s c o m C u s to D if e ri d o 5 6 R e c e ita s c o m P ro v e ito D if e ri d o 5 8 O u tr o s A c ré s c im o s e D if e ri m e n to s 5 8 O u tr o s A c ré s c im o s e D if e ri m e n to s 5 9 C o n ta s T ra n s itó ri a s A c tiv a s 5 9 C o n ta s T ra n s itó ri a s P a s s iv a s -T O T A L D E A C R É S C IM O S E D IF E R IM E N T O S A C T IV O S 2 3 9 2 0 0 0 2 3 9 2 0 1 7 9 7 7 T O T A L D E A C R É S C IM O S E D IF E R IM E N T O S P A S S IV O S 1 2 2 6 6 7 7 T O T A L D O A C T IV O 1 3 4 9 4 9 3 1 1 7 7 9 3 8 6 3 8 5 9 7 4 8 8 7 1 2 7 9 1 6 3 T O T A L D O C A P IT A L E P A S S IV O 9 7 4 8 8 7 1 2 7 9 1 6 3 T o ta l d o N ú m e ro d e U n id a d e s d e P a rt ic ip a ç ã o e m c ir c u la ç ã o 1 2 4 8 3 9 1 2 8 2 9 1 V a lo r U n itá ri o d a U n id a d e d e P a rt ic ip a ç ã o 7 ,7 5 5 1 9 ,8 9 7 8 C O N T A B IL IS T A C E R T IF IC A D O O C O N S E L H O D E A D M IN IS T R A Ç Ã O B A L A N Ç O E M 3 0 D E J U N H O D E 2 0 1 6 3 0 .0 6 .2 0 1 6

Demonstrações financeiras

(12)

(e m e u ro s ) C Ó D IG O C U S T O S E P E R D A S 3 0 .0 6 .2 0 1 6 3 0 .0 6 .2 0 1 5 C Ó D IG O P R O V E IT O S E G A N H O S 3 0 .0 6 .2 0 1 6 3 0 .0 6 .2 0 1 5 C U S T O S E P E R D A S C O R R E N T E S P R O V E IT O S E G A N H O S C O R R E N T E S JU R O S E C U S T O S E Q U IP A R A D O S JU R O S E P R O V E IT O S E Q U IP A R A D O S 7 1 2 D a C a rte ir a d e T ítu lo s 4 8 4 4 -811 D e O p e ra ç õ e s C o rr e n te s 7 1 1 O u tr o s , d e O p e ra ç õ e s C o rr e n te s -812 D a C a rte ir a d e T ítu lo s 3 2 7 6 3 3 6 3 3 0 C O M IS S Õ E S E T A X A S 7 2 2 D a C a rte ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s R E N D IM E N T O D E T ÍT U L O S 72 4+ … +7 28 O u tr a s , d e O p e ra ç õ e s C o rr e n te s 4 4 5 3 5 3 9 5 822 D a C a rte ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s P E R D A S E M O P E R A Ç Õ E S F IN A N C E IR A S 7 3 N a C a rte ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s 1 8 5 8 5 5 5 5 5 1 9 G A N H O S E M O P E R A Ç Õ E S F IN A N C E IR A S IM P O S T O S 83 N a C a rte ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s 1 3 3 6 0 2 6 2 9 1 1 7 4 1 1 + 7 4 1 2 I m p o s to S o b re o R e n d im e n to -9 9 1 1 7 4 1 2 + 7 4 2 2 I m p o s to In d ir e c to s 2 5 0 R E P O S . E A N U L A Ç Ã O P R O V IS Õ E S P R O V IS Õ E S D O E X E R C ÍC IO 851 D e P ro v is õ e s p / E n c a rg o s 7 5 1 P ro v is õ e s p a ra E n c a rg o s 7 7 O U T R O S C U S T O S E P E R D A S C O R R E N T E S 1 2 2 6 1 5 7 9 86 O U T R O S P R O V E IT O S E G A N H O S C O R R E N T E S 1 1 2 4 1 9 9 6 T O T A L D O S C U S T O S E P E R D A S C O R R E N T E S 1 9 6 6 2 8 7 2 4 0 4 T O T A L D O S P R O V E IT O S E G A N H O S C O R R E N T E S 1 6 7 4 8 9 1 0 1 2 3 7 R E S U L T A D O L ÍQ U ID O D O P E R ÍO D O 0 2 8 8 3 3 R E S U L T A D O L ÍQ U ID O D O P E R ÍO D O 2 9 1 3 9 0 T O T A L 1 9 6 6 2 8 1 0 1 2 3 7 T O T A L 1 9 6 6 2 8 1 0 1 2 3 7 R e s u lta d o s d a C a rt e ir a d e T ítu lo s e O u tr o s A c tiv o s - 2 4 3 3 4 4 3 7 2 2 R e s u lta d o s E v e n tu a is R e s u lta d o s d a s O p e ra ç õ e s E x tr a p a tr im o n ia is R e s u lta d o s A n te s d e Im p o s to s /o R e n d im e n to - 2 8 8 8 9 3 8 7 4 4 R e s u lta d o s C o rr e n te s - 2 9 1 3 9 2 8 8 3 3 R e s u lta d o L íq u id o d o P e rí o d o - 2 9 1 3 9 2 8 8 3 3 O C O N S E L H O D E A D M IN IS T R A Ç Ã O D E MO N ST R A Ç Ã O D E R E SU L T A D O S E M 3 0 D E J U N H O D E 2 0 1 6 C O N T A B IL IS T A C E R T IF IC A D O

(13)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DO PERÍODO FINDO em 30 de JUNHO DE 2016

(em euros)

DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS 30-06-2016 30-06-2015

OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO OIC

RECEBIMENTOS: 0 0

Subscrição de unidades de participação 0 0

PAGAMENTOS: - 26 159 - 49 889

Resgates de unidades de participação - 26 159 - 49 889

Fluxo das operações sobre as unidades do OIC - 26 159 - 49 889

OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS

RECEBIMENTOS: 75 698 368 466

Venda de títulos e outros activos 44 585 326 114

Resgates de unidades de participação 1 046 1 995

Juros e proveitos similares recebidos 30 067 40 357

PAGAMENTOS: - 161 309 - 101 200

Compra de títulos e outros activos - 155 265 - 100 000

Juros e custos similares pagos - 4 844 0

Outras taxas e comissões - 1 200 - 1 200

Fluxo das operações da carteira de títulos e outros activos - 85 611 267 266 OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE

RECEBIMENTOS: 0 1

Juros de depósitos bancários 0 1

PAGAMENTOS: - 4 483 - 8 605

Comissão de gestão - 2 793 - 3 577

Comissão de depósito - 508 - 650

Impostos e taxas - 260 - 1 635

Outros pagamentos correntes - 922 - 2 743

Fluxo das operações de gestão corrente - 4 483 - 8 604

Saldo dos fluxos de caixa do período (A) - 116 253 208 773

Disponibilidades no início do período (B) 178 811 6 402

Disponibilidades no fim do período (C)=(B)+/-(A) 62 558 215 175

(14)

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2016

(Valores expressos em euros)

INTRODUÇÃO

A constituição do Fundo de Investimento Mobiliário Popular Objectivo Rendimento 2021 – Fundo de

Investimento Alternativo Aberto de Obrigações, foi autorizada pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (“CMVM”) em 18 de Setembro de 2013 por tempo determinado e iniciou a sua actividade em 13 de Junho de 2014. O Fundo constitui-se como Fundo de Investimento Alternativo Aberto de Obrigações, de duração limitada de 7 anos e 1 mês, ocorrendo a sua dissolução e liquidação em 15 de Junho de 2021.

O Fundo tem como objectivo permitir aos seus participantes acederem ao mercado obrigacionista com montantes relativamente baixos, possibilitando a obtenção de uma remuneração superior às taxas de juro praticadas no mercado monetário, proporcionando aos seus participantes a recepção de um capital anual. O Fundo é administrado pela POPULAR GESTÃO ACTIVOS - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A., com sede na Rua Ramalho Ortigão, 51, em Lisboa, sendo as funções de banco depositário exercida pelo Banco Popular Portugal, S.A..

A Entidade Gestora é uma sociedade anónima, cujo capital social, inteiramente realizado, é de 675.000 Euros.

A actividade do Fundo encontra-se regulamentada pela Lei nº 16/2015 de 24 de Fevereiro, o regime geral dos organismos de investimento colectivo.

Em relação à sua política de investimento, o Fundo Popular Objectivo Rendimento 2021 não investe directa ou indirectamente em acções, poderá investir em obrigações, constituir depósitos bancários e investir noutros instrumentos financeiros de curto prazo, embora com um limite máximo de 35% do valor líquido global do fundo.

O Fundo visa proporcionar aos seus participantes o acesso a uma carteira de investimento, cujo património será aplicado no mínimo 80% em obrigações emitidas por estados independentes. Os participantes obterão no vencimento o capital correspondente ao valor inicial da unidade de participação para efeitos de constituição do fundo, adicionado ou subtraído de eventuais ganhos ou perdas de capital e rendimentos obtidos pelo fundo.

Em relação á distribuição de rendimentos, trata-se de um fundo de capitalização não procedendo a qualquer distribuição.

(15)

BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do OIC, processados de acordo com o Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, estabelecido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários através do regulamento nº06/2013.

O regulamento nº 1/2013 veio introduzir o reconhecimento do montante de imposto diferido passivo incidente sobre o saldo positivo entre as mais e menos-valias potenciais geradas a partir de 1 de Abril de 2013 pela carteira de títulos.

Até à data de introdução desta alteração, apenas era registado o montante de imposto apurado incidente sobre o saldo positivo entre as mais e menos-valias efectivas, quando não isentas de imposto (ver nota g)). Com as alterações ao regime fiscal dos organismos de investimento colectivo previsto no Decreto-Lei nº 7/2015, o impacto fiscal sobre o saldo positivo das mais e menos-valias apurado até 31 de Março de 2013 foi considerado no âmbito do apuramento do imposto a efectuar, com referência a 30 de Junho de 2015. As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes:

a) Especialização de exercícios

O OIC regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, sendo reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.

b) Aplicações em títulos

Os títulos são registados pelo respectivo valor de aquisição sendo valorizados, de acordo com as regras estabelecidas no prospecto completo do Fundo, que têm por base o disposto no Regulamento nº 15/2003 da CMVM, conforme segue:

• Títulos cotados

Para efeitos de determinação dos preços aplicáveis aos valores mobiliários cotados, admitidos à negociação numa bolsa de valores ou transaccionados num mercado regulamentado, será utilizada a cotação de fecho divulgada pela entidade gestora do mercado onde os valores se encontram admitidos à negociação, com excepção dos mercados estrangeiros cujo fecho ocorra após as 17 horas, caso em que a cotação utilizada será a disponível até àquela hora.

• Títulos não cotados

Para efeitos de determinação dos preços aplicáveis aos valores mobiliários não cotados, no caso de obrigações, adoptar-se-ão os seguintes critérios:

(16)

i) Tratando-se de obrigações admitidas à negociação numa bolsa de valores mas que não tenham sido negociadas em bolsa nos últimos quinze dias, ou que estejam em processo de admissão à cotação, utilizar-se-á, para cada um desses valores, o preço de oferta de compra oferecido por “market-makers”, difundido regularmente por meios de informação especializados (nomeadamente Reuters, Bloomberg ou equivalente), desde que o seu volume e preços de tais ofertas sejam representativos e tenham em conta o seu presumível valor de realização;

ii) Tratando-se dos mesmos valores atrás mencionados e existindo obrigações da mesma espécie, emitidas pela mesma entidade e admitidas à cotação, utilizar-se-á a valorização destes activos como preço aplicável àqueles valores, desde que as emissões sejam fungíveis entre si e assegurem a mesma liquidez;

iii) Tratando-se de obrigações não cotadas, utilizar-se-ão os preços de oferta de compra, ou na impossibilidade da sua obtenção, o valor médio das ofertas de compra e venda atrás mencionados, difundidos por aqueles meios de informação especializados anteriormente referidos, desde que o volume e preços de tais ofertas sejam representativas e tenham em conta o seu presumível valor de realização.

As mais e menos-valias assim apuradas são registadas nas rubricas de mais e menos-valias no activo a acrescer e a deduzir, respectivamente, ao valor bruto da carteira de títulos por contrapartida de resultados.

Os juros decorridos dos títulos em carteira são registados na rubrica de Acréscimos de proveitos do activo por contrapartida de resultados.

Os valores relativos a operações de compra e venda de títulos realizadas, mas cuja liquidação ainda não ocorreu à data do balanço, encontram-se registados nas rubricas de Contas de devedores, do Activo, e Outras contas de credores, do Passivo.

Na venda de títulos, o método utilizado no custeio das saídas é o FIFO, independentemente da sua natureza.

c) Valorização das unidades de participação

O valor da unidade de participação é calculado mensalmente, com referência ao último dia de cada mês determina-se pela divisão do valor líquido global do OIC pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido global do OIC é apurado através da dedução, à soma dos valores que o integram, do montante de comissões e encargos até ao momento da valorização da carteira.

d) Comissão de gestão

A comissão de gestão corresponde à remuneração da sociedade responsável pela gestão do património do OIC. A Sociedade Gestora apura e imputa diariamente, uma comissão de gestão à taxa nominal 0,55% ao ano, calculado sobre o valor do património liquido do Fundo . Este custo é registado na rubrica “Comissões”, sendo o mesmo liquidado mensalmente até ao quarto dia útil.

(17)

e) Comissão de depositário

A comissão de depositário corresponde à remuneração do Banco Popular Portugal, S.A., pelo exercício dos seus serviços de banco depositário. De acordo com o regulamento de gestão do OIC, esta comissão é cobrada mensalmente até ao quinto dia útil e, por aplicação de uma taxa nominal fixa de 0,10% ao ano, calculado sobre o valor património liquido global do fundo. Este custo é registado na rubrica “Comissões”.

f) Outros encargos

Os custos de auditoria obrigatórios são pagos pelo Fundo, que suportará igualmente a taxa de supervisão à CMVM, liquidada mensal e postecipadamente, calculada sobre o valor líquido global do Fundo, correspondente ao último dia do mês.

g) Impostos sobre o rendimento

O Decreto-Lei n.º 7/2015 procedeu à reforma do regime de tributação dos OIC – Organismos de

Investimento Colectivo.

À semelhança do regime de tributação aplicável às sociedades, sobre o lucro tributável apurado pelos OIC incide a taxa geral de IRC (actualmente 21%). Para efeitos de apuramento do lucro tributável, não são considerados os rendimentos de capitais, rendimentos prediais e mais-valias (exceto se provenientes de jurisdição sujeita a regime fiscal claramente mais favorável), assim como os gastos ligados àqueles rendimentos.

Os prejuízos fiscais apurados pelos OIC são reportáveis por 12 anos com o limite de 70% do lucro tributável apurado em cada exercício. Os OIC encontram-se isentos de derrama municipal e de derrama estadual, sendo-lhes no entanto aplicáveis as regras de tributação autónoma previstas no Código do IRC.

Com o novo regime, passa a incidir Imposto do Selo sobre o valor líquido global dos OIC, trimestralmente, à taxa de:

 0,0025% - para os OIC que invistam, exclusivamente, em instrumentos do mercado monetário e depósitos;

 0,0125% - para os outros OIC.

Os rendimentos resultantes da distribuição ou resgate são sujeitos a retenção na fonte, podendo esta não ser aplicada em função da natureza do participante ou da sua residência fiscal.

(18)

 Regime transitório

O regime de tributação dos OIC consagra um regime transitório.

As mais-valias e menos-valias de elementos patrimoniais adquiridos na vigência do regime anterior foram apuradas e tributadas de acordo com as regras do anterior regime, em que era tributada em 25% a diferença entre as mais-valias e as menos-valias obtidas em cada ano, considerando-se como valor de realização o seu valor de mercado a 30 de Junho de 2015 e entregue o imposto através da Declaração Modelo 22 do ano em que os elementos patrimoniais sejam realizados. A diferença entre o valor de realização e o valor de mercado a 30 de Junho de 2015 é isenta de IRC.

NOTA 1 – SALDOS E MOVIMENTOS NAS CONTAS DE CAPITAL DO OIC

Quadro 1 – Número de unidades de participação emitidas, resgatadas e em circulação no 1º semestre de 2016. Valor líquido global do OIC e da unidade de participação no primeiro semestre de 2016, bem como dos factos geradores das variações ocorridas.

No Início Subscr. Resgates Dist. res. Outros Res. Per. No Fim

Valor base 1 281 913 - 33 525 - - - 1 248 388

Diferença p/ Valor base - 545 - - 7 366 - - - 6 821

Resultados distribuídos - - - 0

Resultados acumulados - 41 283 - - - - 216 645 - - 257 928

Resultados do exercício - 216 645 - - - 216 645 - 29 139 - 29 139

Soma 1 023 440 0 26 159 0 0 - 29 139 968 142

Nº unidades participação 128 191 - 3 353 124 839

Valor unidade participação 7,9837 - 7,8028 7,7551

Quadro 2 – Número de participantes por escalão

ESCALÕES UPs ≥ 25% 10% ≤ UPs < 25% 5% ≤ UPs < 10% 2% ≤ UPs < 5% 0,5% ≤ UPs < 2% UPs < 0,5% -1 17 36 34

(19)

Quadro 3 – Evolução do valor da unidade de participação, do valor global e do número de UP’s em circulação do OIC desde o início da actividade.

Anos 2016 Março Junho 2015 Março Junho Setembro Dezembro 2014 Junho Setembro Dezembro Nº de U.Ps em Circulação VLGF Valor da UP 1 014 544 7,9453 127 691 1 023 440 7,7551 124 839 968 142 1 304 919 133 645 9,9770 130 793 1 269 793 9,8977 128 291 1 090 324 8,4988 128 291 7,9837 128 191 1 310 512 9,8317 133 295 1 290 850 9,6842 133 295 1 335 383 9,9920

NOTA 3 - INVENTÁRIO DA CARTEIRA DE TÍTULOS

Preço de Mais Menos Valor da Juros aquisição valias valias carteira corridos

1. VALORES MOBILIÁRIOS COTADOS

Merc. Cot. Oficiais de Bolsa Val. Port.

- Titulos de Dívida Pública 155 265 8 543 0 163 808 1 202 165 010

OT 3.85% 04/15/21 155 265 8 543 - 163 808 1 202 165 010

Merc. Cot. Oficiais B.V. Estados Membros U.E.

- Titulos de Dívida Pública 115 910 605 0 116 515 616 117 131

BTPS 3 3/4 05/01/21 115 910 605 - 116 515 616 117 131 - Obrigações diversas 991 840 2 631 386 385 608 086 22 102 630 188 PORTEL 5,875 17/4/18 110 500 - 95 500 15 000 1 191 16 191 FIAT 6,75 14/10/19 170 438 - 2 309 168 129 7 212 175 341 BCPPL 3,375 27/02/17 102 840 - 5 526 97 314 1 144 98 458 ABGSM 8,875 05/02/18 174 750 - 168 553 6 197 5 362 11 559 ASTIM 7,125 01/12/20 137 813 - 15 511 122 302 717 123 019 TEREOS 4,25 04/03/20 99 000 2 631 - 101 631 1 375 103 006 ISOLUX 6,625 15/04/21 96 500 - 80 986 15 514 1 380 16 894 COPASA 7 19/12/20 100 000 - 18 000 82 000 3 721 85 721 Total 1 263 015 11 779 386 385 888 409 23 920 912 329 Som a Descrição dos títulos

(20)

DISCRIMINAÇÃO DA LIQUIDEZ DO OIC

Contas Saldo inicial Saldo final

Depósitos à ordem 178 811 62 558

Total 178 811 62 558

NOTA 4 – CRITÉRIOS DE VALORIZAÇÃO DOS ACTIVOS

Os critérios utilizados na valorização dos activos integrantes da carteira do Fundo encontram-se explicitados no capítulo “Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas” deste Anexo. Durante o período não foram utilizados critérios diferentes dos previstos no prospecto do Fundo.

NOTA 12 – EXPOSIÇÃO AO RISCO DE TAXA DE JURO

SALDO (A)+/-(B) FRA SWAPS(IRS) Futuros Opções

de 0 a 1 anos - - - - 97 314 de 1 a 3 anos - - - - 21 197 de 3 a 5 anos - - - - 769 899 97 314 769 899 MATURIDADES MONTANTE EXTRA-PATRIMONIAIS (B) EM CARTEIRA (A) 21 197

(21)

NOTA 15 – INDICAÇÃO DOS CUSTOS IMPUTADOS AO OIC NO PERÍODO Comissão de Gestão Componente Fixa 2 753 0,2743% Componente Variável - -Comissão de Depósito 500 0,0498% Taxa de Supervisão 1 200 0,1195% Custos de Auditoria 1 226 0,1222% Outros Custos - -Total 5 679

Taxa Global de Custos(TGC) 0,5658%

(1) M édia relativa ao perío do de referência

% VLGF ( 1)

Valor Custos

(22)
(23)

Referências

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