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Curso PSICOMOTRICIDADE. Disciplina GERONTOPSICOMOTRICIDADE

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Academic year: 2021

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Curso

PSICOMOTRICIDADE

Disciplina

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Curso

PSICOMOTRICIDADE

Disciplina

GERONTOPSICOMOTRICIDADE

Fátima Maria Oliveira ALVES

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Apresentação

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Aula 1

O Idoso e a

Gerontopsicomotricidade

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Aula 2

O corpo e as perspectivas

Psicomotoras para o idoso

32

Aula 3

Atividades como essência de

Motivação

45

Aula 4

Desenvolvimento psicomotor do

Idoso

58

Aula 5

A Contribuição da Família do Idoso

70

Aula 6

Intervenções

Psicomotoras/Processos

Neurofuncionais

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Referências bibliográficas

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Disciplina XXX

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Este caderno tem como propósito o estudo da Gerontopsicomotricidade que é uma área em que o Psicomotricista trabalha de forma terapêutica e preventiva com a terceira idade. A Gerontopsicomotricidade permite explorar o lado psicomotor do idoso, contribuindo para o combate e/ou prevenção de doenças físicas e mentais estimulando assim, uma melhor qualidade de vida ao paciente, tendo como base três fatores importantes: o movimento, o intelecto e o afeto. Assim, iremos estudar as relações e as influências entre o psiquismo e a motricidade de forma integrada as funções cognitivas, sócio-emocionais, simbólicas, psicolinguísticas e motoras dos idosos.

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Este caderno de estudos tem como objetivos:

Compreender os objetivos da Gerontopsicomotricidade; Diferenciar as áreas de atuação da Psicomotricidade, que são: Estimulação, Educação, Reeducação e Terapia Psicomotora;

Entender que idoso através das atividades torna-se independente e mais seguro;

Perceber que o desenvolvimento psicomotor acontecerá devido a dedicação a atividades criativas que são oferecidas aos idosos para que lhes conservem a lucidez e suas capacidades funcionais, ajudando no sistema circulatório, na oxigenação, nos fluídos e nutrição;

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O Idoso e a

Gerontopsicomotricidade

Fátima Maria Oliveira Alves

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Nesta aula iremos abordar sobre a Gerontopsicomotricidade, que é o trabalho do corpo do idoso através do movimento de forma preventiva e saudável. Levando em consideração o movimento, o intelecto e o afeto. Com o decorrer dos anos o envelhecimento apresenta uma série de modificações e por isso há a necessidade de adaptações que serão estudadas com medidas reabilitativas ativas e preventivas, trabalhando o lado psicomotor com a gerontopsicomotricidade para interceder nas capacidades física, mental e social, proporcionando uma melhor qualidade de vida, combatendo ou prevenindo contra as doenças mentais e físicas.

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Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: Entender que a velhice não deve ser considerada como doença; Conhecer os seis principais fatores psicomotores, que são essenciais trabalhar nesta população, face às perdas evidenciadas com o processo de envelhecimento;

Compreender os objetivos da Gerontopsicomotricidade;

Entender e analisar a Gerontologia que é considerada uma ciência moderna que estuda o idoso, isto é, estuda os fenômenos biológicos, psicológicos, neuropsicossomáticos, sócio-culturais e econômicos decorrentes do envelhecimento, bem como suas consequências.

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Gerontopsicomotricidade

Figura1

O envelhecimento se dá de forma natural. A preocupação deve ser em desenvolver um trabalho para a qualidade de vida e dessa forma dar importância à saúde. Quando a saúde fragiliza é porque há um somatório de vários fatores. A vida marca as pessoas de forma rigorosa, o que agrava muitas vezes a qualidade de vida delas no decorrer da vida. O emocional, as emoções relativas a tristezas, alegrias, angústias, dores, ansiedades e aflições tanto quanto outras têm um papel fundamental em todo esse processo. Os movimentos ficam limitados e carregados a ponto de se tensionarem e evitar um desempenho mais harmonioso.

Fenômeno biológico o envelhecimento é apresentado ao idoso de modo singular e único. Sabemos que muitas vezes a velhice é interpretada como uma etapa de falência e incapacidades na vida, no entanto, é fundamental saber que a pessoa não fica incapacitada porque envelhece. A velhice não deve ser considerada como doença.

Atualmente a Gerontologia é considerada uma ciência aplicada moderna que estuda o idoso, isto é, estuda os fenômenos biológicos, psicológicos, neuropsicossomáticos, sócio-culturais e econômicos

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Aula 1 | O Idoso e a Gerontopsicomotricidade 9

decorrentes do envelhecimento, bem como suas consequências. A saúde e o bem-estar do idoso são dois imperativos na Gerontologia, numa das fases do processo de desenvolvimento do ser humano que, em constante integração com o meio ambiente, sofre contínua transformação. (MATTOS, 2000)

O termo Gerontopsicomotricidade aparece na área da Psicomotricidade com a intenção de trabalhar preventivamente a velhice de uma forma preventiva e mais saudável, tendo como base três fatores importantes, o movimento, o intelecto e o afeto.

Na Gerontopsicomotricidade as capacidades física, mental e social serão trabalhadas numa linguagem psicomotora em busca de uma melhor qualidade de vida, proporcionando saúde ao idoso, fornecendo exercícios psicomotores, despertando o desejo de realizar os movimentos.

A busca da qualidade de vida do idoso manifesta-se como um desafio, e sua aplicação tem crescido nas últimas décadas, portanto a longevidade tem aumentado e a expectativa de vida tem se tornado valiosa como conquista humana e social.

Envelhecer é um processo universal e se realiza gradualmente, e esse envelhecimento salienta-se segundo as oportunidades que o idoso vivencia e experencia.

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Irá estudar e investigar as relações e as influências entre o psiquismo e a motricidade de forma integrada as funções cognitivas, sócio-emocionais, simbólicas, psicolinguísticas e motoras, promovendo a capacidade de ser e agir num contexto psicossocial.

Portanto a Gerontopsicomotricidade vai atuar como forma de prevenção/estimulação ou como reabilitação quando necessária, através de uma mediação corporal e expressiva. Permitindo a possibilidade e a regulação tônico-emocional, o prazer sensório-motor e o desenvolvimento dos processos simbólicos. Dando possibilidade de evitar ou atrasar a deterioração psicobiológica associada ao envelhecimento.

A velhice envolve dois processos, sendo um fisiológico, (denominado senescência) e outro metabólico (chamado de senilidade). Envelhecer é viver, viver é mover-se, essa afirmativa é tomada como base para as justificativas de programas de prevenções e de reabilitação psicomotora (Fonseca, 1998).

Trabalhar com idosos é um desafio em diversos aspectos e traz necessidade de aprimoramento dos conhecimentos sobre geriatria e gerontologia de uma equipe multiprofissional, pois a velhice é um período caracterizado por dois aspectos: pode ser normal (senescência) ou marcado por condições que prejudicam o funcionamento do indivíduo nas suas atividades cotidianas (senilidade). A senescência é um envelhecimento considerado saudável, em que todas as funções cognitivas, pessoais e de relação estão preservadas. O envelhecimento normal, neste caso, pode ser dividido em satisfatório (bem-sucedido) e usual (tem prejuízos, mas com a capacidade de melhorar as perdas funcionais). A senilidade dá-se quando esses danos ou prejuízos acontecem em

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Aula 1 | O Idoso e a Gerontopsicomotricidade 11

intensidade maior, com deficiências funcionais marcantes, podendo ocorrer alterações no sistema nervoso ocasionando déficit cognitivo (MANFRIM, SCHMIDT, 2011, p. 157).

A vida do idoso tem importância. A recuperação e/ou manutenção das atividades funcionais também tem importância para manter o idoso independente por mais tempo. Os índices estão aí para provar que os idosos adeptos às atividades estão vivendo mais e melhor.

Permite trabalhar o lado psicomotor do geronte,

a sua capacidade física, mental e social,

proporcionando essencialmente uma qualidade de vida e funcionalidade/autonomia. Esta terapia, com medidas reabilitativas e preventivas, contribuí para o combate ou para a prevenção de doenças mentais e físicas, promovendo uma melhor saúde nesta população.

A competência da Psicomotricidade é trabalhar com idosos intervindo mais preventivamente, mas também apresenta capacidades para realizar um trabalho de reabilitação com gerontes que sofram de demência, Parkinson, perturbações do esquema e imagem corporal, quedas frequentes, AVC, entre outros.

Segundo Mariana Silva, Psicomotricista da Clinica Activamente, a intervenção pode ter diferentes níveis, tendo em conta os idosos:

• Primária – Intervenção com idosos saudáveis que tem como principal objetivo evitar possíveis patologias resultantes do processo de envelhecimento (e.g. quedas por dificuldades no equilíbrio dinâmico).

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• Secundária – Intervenção com características reabilitativas, com idosos com ligeiras problemáticas a nível cognitivo ou da capacidade funcional, com o objetivo de manter um bom funcionamento, as capacidades preservadas, estimulando as que estão em fase de deterioração.

• Terciária – Ocorre quando os idosos já têm um diagnóstico estabelecido e são evidentes os problemas ao nível cognitivo e funcional. Os principais objetivos são desenvolver estratégias para superar dificuldades, de forma a retardar os efeitos da deterioração associada à patologia, promovendo a autonomia na realização de atividades, mantendo a capacidade funcional e melhorando a qualidade de vida.

Salientam-se seis principais fatores psicomotores, que são essenciais trabalhar nesta população, face às perdas evidenciadas com o processo de envelhecimento:

• Tonicidade: aparecem movimentos descontrolados, rápidos, bruscos e descoordenados ao nível distal e proximal, aparecendo uma rigidez paratónica ao nível dos membros;

• Equilíbrio: face às alterações sensoriais e perda de força, começam a aparecer alguns desequilíbrios, tando a nível estático como dinâmico, e dificuldades na percepção de obstáculos, levando muitas vezes a quedas;

• Noção de corpo: surgem dificuldades na consciencialização do próprio corpo, na identificação dos diversos segmentos e no esquema corporal;

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Aula 1 | O Idoso e a Gerontopsicomotricidade 13

• Estruturação espaço-temporal: há perda de conceitos espaciais e temporais, associadas muitas vezes à deteriorizaçao do esquema corporal. Os idosos começam a ter dificuldades em orientarem-se em espaços grandes e desconhecidos e apresentam uma maior dificuldade na velocidade de integração espacial. Ao nível do tempo, começam a ter ritmos mais lentos e dificuldades em relembrar o dia em que estão;

• Praxia Global: há mudanças ao nível da coordenação, da força muscular e na flexibilidade e elasticidade, afetando por exemplo a marcha;

• Praxia Fina: verificam-se mudanças nas capacidades motoras finas, com movimentos mais trêmulos e inseguros. Há também alterações na destreza manual e dificuldades na pega entre polegar e indicador, assim como na força necessária para a escrita.

Assim, de forma geral, as metodologias utilizadas na Gerontopsicomotricidade tentam neutralizar ou minimizar:

• Os processos de retrogênese psicomotora;

• A diminuição dos hábitos motores;

• A diminuição das capacidades cognitivas;

• A perda de capacidades sensoriais e percetivas;

Problemas emocionais e afetivos. Mas porque é que a Gerontopsicomotricidade é importante? Porque...

...permite aos idosos um envelhecimento ativo e saudável, através de sessões saudáveis, com elevado valor psicológico, sobre a forma de atividades e movimento lúdicos;

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...coloca os idosos diante um espaço de vida e atividade, que permite uma proatividade cognitivo-motora;

...os gerontes são confrontados com alterações nas suas rotinas psicomotoras, tendo maior possibilidade de se adaptar às mudanças que o envelhecimento acarreta; ...permite a manutenção de uma estrutura funcional adequada às necessidades específicas dos idosos, adquirindo uma tonicidade ajustada, um controlo postural flexível, uma imagem corporal adequada e uma organização espacial e temporal idônea; ...permite a vivência de atividades de mediação corporal, com recurso á criatividade, à emoção e espontaneidade.

A Gerontopsicomotricidade tem, assim, um papel fundamental na redescoberta do corpo e do seu movimento, na manutenção/recuperação da autonomia, desejo e motivação, permitindo estimular a atividade perceptivo-motora, bem como a capacidade relacional dos idosos.

Mas utilizando menos as palavras caras e simplificando o que simples deve ser, deixo alguns exemplos práticos:

Na Psicomotricidade pode-se trabalhar a atenção/concentração, associada ao controlo do tónus, quando se coloca uma música e se pede que o idoso pare, assim que a música cesse. Este trabalho mantém as capacidades essenciais para que o idoso circule na rua com segurança, conseguindo parar na passadeira, quando um carro passa com velocidade.

Trabalhando diversos tipos de marcha em circuitos com declives, relevos ou diferentes densidades

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Aula 1 | O Idoso e a Gerontopsicomotricidade 15

que representem obstáculos ou as alterações de piso, permite ao idoso manter capacidades motoras e estar adaptado para sair em segurança à rua e ser capaz de circular em pavimentos desnivelados ou subir um passeio, evitando assim um maior número de quedas.

Uma atividade em que o utente tem que sequencializar vários acontecimentos, com recurso a imagens, ajudam a que no seu dia-a-dia, consiga por exemplo cozinhar, efetuando todos os passos necessários.

Atividades de motricidade fina ajudam o idoso continuar, por exemplo, a ser capaz de apertar os botões da camisa autonomamente.

Uma atividade de relaxação, com recurso á consciencialização do corpo e acesso à passividade, permite ao idoso ter melhor consciência de si, ajudando a conseguir controlar-se autonomamente numa situação de stress e ansiedade.

Exercícios em que seja necessário consciencializar o corpo e as suas diferentes partes, permite o idoso conhecer-se melhor, aceitar o seu corpo e conseguir exprimir-se da melhor forma.

Em suma a Gerontopsicomotricidade conserva uma estrutura funcional ajustada, promovendo qualidade de vida e atuando na tríade corpo-cognição-afeto.

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Figura2

A gerontopsicomotricidade vai permitir o idoso conhecer e viver seu envelhecimento numa totalidade e com significação, tendo a capacidade de identificar qual o nível de conexão entre a mente e o corpo, entre o pensamento e a ação.

A velhice vem também cercada de muitas transformações e perdas por um lado e ganhos por outro. Do lado das perdas vem a diminuição da força física, da massa muscular, da resistência, da massa óssea, da flexibilidade.

Chamada de terceira idade ou melhor idade ou outras definições, velhice vem também cercada de muitas transformações e perdas por um lado e ganhos por outro.

O idoso pode ter fragilidade psíquica e física, mas nem sempre a física é a mais evidente podendo a física ser mais uma consequência da psíquica. Se ele estiver passando momentaneamente por um estado carente, com baixa auto-estima, o menor gesto de carinho, paciência e atenção das pessoas que o cercam, pode alavancar uma reação favorável. É ai que entra

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Aula 1 | O Idoso e a Gerontopsicomotricidade 17

uma nova ciência que é a gerontopsicomotricidade recuperando a qualidade de vida de muitos idosos. A longevidade é uma conquista também dessa ciência.

A gerontopsicomotricidade por meio da educação, reeducação e terapia psicomotora promove o crescimento do esquema corporal, assim como a sua imagem corporal, o aumento das habilidades articulares e motoras, e também trabalha a autoestima e socialização do idoso atingindo todas as áreas do comportamento humano.

Segundo Jorge Fernandes, Professor Auxiliar no Departamento de Desporto e Saúde da Universidade de Évora, Coordenador do Curso de Reabilitação Psicomotora:

“As alterações corporais que vão acontecendo ao longo do tempo, influenciam negativamente a organização da personalidade e as relações que o idoso estabelece com os outros e o mundo. No entanto, a consciência de envelhecer aparece num curto espaço de tempo, como que de um dia para o outro, através de um espelhamento que é precedido por um acontecimento traumático, como por exemplo vivenciar uma queda, um luto, ou uma doença.

Desta forma, a pessoa reconhece-se como idosa e assume essa identidade exteriorizando comportamentos associados à dor, revolta, resignação, submissão, ou auto recriminação. Podemos então dizer que a vida psíquica e a vida somática estão sujeitas a formas diferentes e particulares de (dis)funcionalidade, mas que existe uma interdependência funcional entre elas, o que fundamenta a importância da prática psicomotora para as pessoas idosas, ou seja da gerontopsicomotricidade.” 3

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http://journalofagingandinnovation.org/volume-3-edicao-3-2014/editorial-a-gerontopsicomotricidade-como-praxis-terapeutica-de-mediacao-corporal/

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Figura4

RESUMO

Vimos até agora:

A gerontopsicomotricidade por meio da educação, reeducação e terapia psicomotora promove o crescimento do esquema corporal, assim como a sua imagem corporal, o aumento das habilidades articulares e motoras, e também trabalha a autoestima e socialização do idoso;

A Gerontopsicomotricidade aparece na área da Psicomotricidade com a intenção de trabalhar preventivamente a velhice de uma forma preventiva e mais saudável, tendo como base três fatores importantes, o movimento, o intelecto e o afeto;

A Gerontopsicomotricidade vai atuar como forma de prevenção/estimulação ou como reabilitação quando necessária, através de uma mediação corporal e expressiva. Permitindo a possibilidade e a regulação tônico-emocional, o prazer sensório-motor e o desenvolvimento dos processos simbólicos. Dando possibilidade de evitar ou atrasar a deterioração psicobiológica associada ao envelhecimento;

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A Gerontopsicomotricidade tem, assim, um papel fundamental na redescoberta do corpo e do seu movimento, na manutenção/recuperação da autonomia, desejo e motivação, permitindo estimular a atividade perceptivo-motora, bem como a capacidade relacional dos idosos;

A Gerontopsicomotricidade conserva uma estrutura funcional ajustada, promovendo qualidade de vida e atuando na tríade corpo-cognição-afeto.

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O corpo e as

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Estudos de pesquisadores apontam como principais campos de atuação ou formas de abordagem da Psicomotricidade a Estimulação Psicomotora, Educação Psicomotora, Reeducação Psicomotora e Terapia Psicomotora. Em certos momentos os três campos de atuação se confundem, apesar de possuírem características próprias que serão abordadas a seguir. Muitos são os materiais possíveis de serem utilizados (bola, tatame, bambolês, entre outros) independente da área de atuação. O psicomotricista deve ter claro o seu objetivo ao utilizar os materiais, no caso da bola, pode ser usada para massagear o corpo do bebê, para um jogo simbólico ou de regras.

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Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

Diferenciar as áreas de atuação da Psicomotricidade, que são: Estimulação, Educação, Reeducação e Terapia Psicomotora;

Entender o momento, local adequado de utilizar as técnicas; Identificar e diferenciar as técnicas e os objetivos do trabalho psicomotor com a Estimulação, Educação, Reeducação e Terapia Psicomotora.

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Segundo Stanley (2001, p.42), O corpo tornou-se vítima do tornou-seu próprio processo de produção de imagens que se descontrolou. O corpo possui um maravilhoso equipamento para organizar imagens e conceitos complexos, arrumando-os de modo a dar-lhes uma ordem pessoal. Usamos o cérebro para tornar nosso próprio corpo um objeto.

O corpo do sujeito envelhece, adoece e morre. Essa é a sequência da vida, a qual não podemos mudar, mas podemos melhorar e qualificar para que se chegue a um determinado momento da vida de uma forma mais tranquila e consciente.

O idoso tem de descobrir o espaço perdido, conscientizar-se de sua importância como pessoa que possui um espaço e que pode se manter nele por meio da sua forma própria de viver. Ele tem de ter a consciência e o conhecimento que a vida não pode fazê-lo contrair-se e se proibir, achando que tudo que é feito pelo corpo é perigoso e assim deixa de utilizá-lo de forma mais prazerosa, como o privilégio da experiência sexual, o sexo, o prazer do entrelaçar os corpos é o domínio de uma gostosa interação.

Figura5

5 https://www.google.com.br/search?q=imagens+de+corpo+de+idosos&tbm=isch&tbo=u&source=univ& sa=X&ved=0ahUKEwi-2P7UtYnUAhUJG5AKHUM4Dg8QsAQIJw&biw=1094&bih=498#imgrc=8Ibkhe_gG-nhCM:

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... corpo e movimento constituem uma unidade que opera por energia; que corpo, energia e movimento formam um todo; que não haverá movimento sem corpo e tampouco sem um bom uso da energia nele contida. Lola Brikman (1989, p. 13 e 14)

O corpo do idoso tem de aprender a ser produtivo, eficiente, competitivo e funcional, é um meio de expressão representativo, que não precisa ser ideal ou mesmo idealizado, esse corpo precisa estar bem e não em forma. Ele não precisa ser um objeto de desejo, o sujeito é que precisa desejar seu corpo para poder e saber usá-lo. Assim, aprende a cuidar desse corpo, levando a vivenciar uma revolução corporal e cuidar da sua imagem corporal.

O verdadeiro conhecimento do corpo se dá pela percepção cinestésica (sensação do movimento) do próprio corpo, porque mover é sentir e sentir é saber, e da percepção sensorial do movimento (interno ou externo) de uma parte do corpo, que desperta o cérebro para que atue sobre a mesma, registrando sua existência e sua presença nas condições atuais, comparando-as que a memória e experiência anterior já possuíam a respeito dessa mesma parte do corpo6.

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https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/bitstream/123456789/1152/1/Michelly%20Mara%20Lira%20Monteiro.p df

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Figura7

O corpo surge como um símbolo que consagra e torna visíveis as diferenças entre os grupos sociais.

“O corpo” é um verdadeiro capital no universo pesquisado, um corpo distintivo, que sintetiza três ideias: a de símbolo do esforço que cada um fez para controlar, aprisionar e domesticar seu corpo para atingir a boa forma; a de grife que distingue como superior aquele ou aquela que o possui e a de prêmio para os que conseguiram alcançar, com muito trabalho, sacrifício, tempo e dinheiro, as formas físicas consideradas mais civilizadas. (Goldenberg, 2008, p. 22 e 23)

O corpo é conservador nos mínimos detalhes, passa a ser rígido quando não se deixa utilizar, fica tenso quando não o utiliza da maneira correta e ele fica frio quando o usa por usar, sem nenhuma emoção. O corpo é o poder, ele tem o poder. Precisamos cuidar dele.

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Aula 2 | O corpo e as perspectivas Psicomotoras para o Idoso 25

O envelhecimento desse corpo não deve ser sinônimo de perda, nem suscitar repulsa e medo, mas também não deve ser visto apenas como atrativo para uma diversidade de artigos à venda.

Nunca é tarde para descobertas, para realizar-se por meio do corpo, resgatando tudo aquilo que não conseguiu experimentar ao longo da vida e perceber o que este corpo pode pôr em prática descobrindo as belezas e o que cada pessoa deve e pode ser.

O corpo é conservador nos mínimos detalhes, passa a ser rígido quando não se deixa utilizar, fica tenso quando não o utiliza da maneira correta e frio quando o usa por usar, sem nenhuma emoção. O corpo é o poder, tem o poder.

Nova imagem do idoso.... Quantos mais se movimentar com o avanço da idade, mais qualidade para os músculos e articulações!!!!

Figura8

O idoso tem de ter certeza de que seu corpo ainda pode e deve realizar muitas coisas e valorizar cada uma delas. O trabalho com o movimento deve olhar atento à diferenciação de manifestações e funções do ato motor que se utilizam de diferentes gestos, posturas e expressões corporais,

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proporcionando uma sucessão de ideias e de situações favorecedoras do desenvolvimento motor, do conhecimento e da percepção do corpo nas situações cotidianas, bem como da ampliação da cultura corporal. O papel do movimento e da expressão corporal é dar suporte para um desempenho melhor ao idoso. O corpo pode ter sucessos e fracassos que devem servir de base para retomar a sensibilidade e acompanhar as transformações entre as pessoas e seus corpos.

Segundo Thérese Bertherat e Carol Bernstein (1998, p.17), em qualquer idade, você pode livrar-se das pressões que cercaram sua vida interior e seu comportamento corporal, conseguindo perceber o ser belo, bem feito, autêntico, que você deve ser.

Tudo que é vivido pelo idoso por meio do seu corpo, é armazenado em forma de memória, independentemente de vivências boas ou ruins. Esse corpo fica com sinais da presença de cada experiência vivida por ele no passado.

O Corpo e seus Símbolos (linguagens razões)

Jean-Yves Leloup é um mestre do silêncio e da observação da linguagem corporal. A leitura do corpo pode ser curativa. Escritor, PhD em Psicologia Transpessoal, filósofo, sacerdote hesícasta – aquele que dedica sua existência ao mergulho no universo interior e à prece, poeta e notável intérprete das palavras de Cristo, entre outros tantos títulos, nasceu na cidade de Angé, na França, em 24 de janeiro de 1950. Seus pais eram Pierete Leloup Bienvenue e Jean Claude Leloup. Integrante da Igreja Ortodoxa, ele é defensor ardoroso da união entre ciência e espiritualidade, tema mais desenvolvido em sua obra.

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A lição de Leloup é escutar o corpo que não mente; o corpo é “nossa memória mais arcaica… nele nada é esquecido”; cada acontecimento deixa no corpo uma marca profunda.

Jean-Yves publicou mais de cinqüenta livros; traduziu e comentou os Evangelhos de Tomé, Maria de Magdala, Felipe e João.

Entre outros volumes, escreveu Cuidar do Ser"; "Caminhos da Realização"; "O Espírito na Saúde"; "Terapeutas do Deserto"; O Evangelho de Tomé"; "Caminhos da Cura"; "O Corpo e seus Símbolos"; "O Evangelho de Maria"; "Desertos, desertos"; "A Arte de Morrer"; "Palavras da Fonte", "O Evangelho de João"; "Carência e Plenitude"; "Sinais de Esperança"; "Além da Luz e da Sombra"; "Antigos e Novos Terapeutas"; "A Montanha no Oceano" e "Uma Arte de Amar para os Nossos Tempos."

Segundo Cristina Cairo em Livro: LINGUAGEM DO CORPO

Na verdade, o corpo é a tela onde se projetam as emoções. E todas as emoções negativas são projetadas em forma de doenças. Essas somatizações acontecem a curto ou a longo prazo e os sentimentos de infelicidade, desgosto, raiva, mágoa, ressentimentos, etc., dão origem às doenças mais graves quando arrastados por muito tempo. Devemos solucionar as questões duvidosas e problemáticas de nosso c oração o mais rápido possível, para impedirmos o inconsciente de se comunicar através da linguagem do corpo, alertando- nos sobre nossa conduta. O inconsciente relaciona universalmente a função do órgão a uma emoção equivalente. Na verdade, o corpo é a tela onde se projetam as emoções. E todas as emoções negativas são projetadas

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em forma de doenças. Essas somatizações acontecem a curto ou a longo prazo e os sentimentos de infelicidade, desgosto, raiva, mágoa, ressentimentos, etc., dão origem às doenças mais graves quando arrastados por muito tempo. Devemos solucionar as questões duvidosas e problemáticas de nosso c oração o mais rápido possível, para impedirmos o inconsciente de se comunicar através da linguagem do corpo, alertando- nos sobre nossa conduta. O inconsciente relaciona universalmente a função do órgão a uma emoção equivalente.

Linguagem Corporal

A linguagem corporal é uma forma de comunicação não-verbal. Abrange principalmente gestos, postura, expressões faciais, movimento dos olhos e a proximidade entre locutor e o interlocutor (Proxêmica), Contribuem para o estudo da Linguagem Corporal a Cinesiologia, ciência que analisa o movimento do corpo humano, a Paralinguagem, a PNL — Programação Neuro-Linguística —, a Neurociência, a Psicologia, a Proxêmica e a Oratória.

Figura9

Os primeiros estudos científicos sobre linguagem corporal foram feitos por Charles Darwin e publicadas no livro “A expressão das emoções em homens e

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Aula 2 | O corpo e as perspectivas Psicomotoras para o Idoso 29

animais”. Darwin defendia que os mamíferos demonstravam suas emoções através de expressões faciais. A linguagem corporal foi uma das primeiras formas de comunicação humana e continua sendo uma das mais fortes e expressivas. A Linguagem corporal vem sendo utilizada há milhões de anos e está relacionada principalmente ao sistema límbico (mesencéfalo), a segunda estrutura mais primitiva do nosso cérebro.

O surgimento da linguagem verbal há mais de 40.000 anos e da escrita, há 4.000 anos só foram possíveis com o desenvolvimento de uma complexa estrutura cerebral denominada de neocórtex. Como seres humanos, podemos escolher palavras, criar imagens, fazer abstrações e mentir utilizando sobretudo o neocórtex, porém o sistema límbico, responsável pelos sentimentos, envia impulsos elétricos ao corpo, gerando expressões e movimentos, muitas vezes sem nos darmos conta deles. A linguagem corporal pode se manifestar estimulada também pela parte mais antiga e primitiva do cérebro, o sistema reptiliano. Essa estrutura, localizada no talo cerebral, controla as funções corporais e regula nossas necessidades de sobrevivência: batimentos cardíacos, respiração, digestão e reprodução. O corpo em si demonstra varias formas de comunicações como olhares,Gestos etc.

RESUMO

Vimos até agora:

O corpo é o poder e tem o poder;

O envelhecimento deste corpo não deve ser sinônimo de perda;

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O corpo para cada pessoa é vista de forma diferente, pois depende muito de que forma cada um o vê e o vivencia;

O corpo do idoso deve ser observado e utilizado de forma diferenciada para entender o quanto ele é provedor de muitas capacidades;

O corpo fica mais vulnerável quando se é idoso. Deve-se levar a sério todos os sinais do corpo;

O idoso tem que continuar a buscar suas realizações através do seu corpo;

O idoso tem de ter certeza de que seu corpo ainda pode e deve realizar muitas coisas e valorizar cada uma delas;

A linguagem corporal é uma forma de comunicação não-verbal.

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Praticar alguma atividade física traz benefícios e ajuda amenizar mudanças que consequentemente aparecem com o envelhecimento. Com o uso da prática das atividades é claro observar a melhora de algumas capacidades, reduzindo alguns riscos e as dores. Também resultada na melhora ou adequação ou reeducação das áreas psicomotoras, facilita a flexibilidade, o equilíbrio, os reflexos, propiciando habilidades com mais qualidade.

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Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

Entender que idoso através das atividades torna-se independente e mais seguro;

Perceber que o idoso ativo vive melhor e os problemas da saúde são os que mais o angustia pois quando ela fica debilitada vem o receio de se tornar dependente tornando uma pessoa apática e sem perspectiva;

Compreender que todas as atividades devem ser avaliadas previamente antes de serem utilizadas;

Assegurar que todo profissional tem que ter a sensibilidade e o conhecimento para traçar atividades com objetivos compatíveis para a execução de formas prazerosa, natural e de fácil compreensão;

Saber que a prática psicomotora dá oportunidade ao idoso de desenvolver estruturas psicomotoras almejadas junto à alguns valores, como partilhar, agir, respeitar, aprender e re-aprender.

(33)

Aula 3 | Atividades como essência de motivação 33

Não podemos negar que a chegada a velhice traz limitações sobre um corpo muito vivido. Já não tem a mesma vitalidade, a rapidez dos movimentos, do raciocínio, da coordenação motora.

O idoso através das atividades torna-se independente e mais seguro. Atualmente, percebe-se que, quanto mais ativo mais segurança e benefícios na execução de algumas atividades, como levantar-se, vestir-se, tomar banho, sentar ou caminhar.

Figura10

Elas contribuem significativamente para minimizar as perdas inevitáveis ocasionadas com a velhice, e essas atividades são peças fundamentais para o desenvolvimento das atividades da vida diária - AVD.

Atividades e suas práticas facilitam reuniões com momentos privilegiados de encontro e prazer. Ver e ser visto é importante para o idoso. Mostrar o que sabe ainda realizar para aqueles que já não acreditam. Ao realizar as atividades em grupos se percebe a oportunidade de trocas, críticas, discussões, olhares. Eles tomam posições e se forma grupos de cumplicidade.

(34)

Figura

11 Segundo a Revista Veja Rio, Por Thaís Meinicke, 25 set 2014.

“No comecinho da manhã ou no final da tarde, as temperaturas mais amenas são ideais para um passeio ao ar livre. Seja em uma caminha na orla ou no parque, ou ainda um bate-papo na pracinha mais próxima, sair de casa e ver o movimento da cidade podem fazer o dia bem mais interessante.”

O idoso ativo vive melhor e os problemas da saúde são os que mais o angustia pois quando ela fica debilitada vem o receio de se tornar dependente tornando uma pessoa apática e sem perspectiva.

As atividades devem ser produtivas, que estimulem os sentidos, promovam a integração, as áreas psicomotoras. Todas as atividades devem ser avaliadas previamente antes de serem utilizadas. Da mesma forma que as condições físicas dos participantes deverão ser avaliadas afim de determinar qual a melhor atividade a ser realizada. Faz-se necessário que as atividades sejam muito divertidas e fáceis de fazer.

Segundo Okuma (1998), estudos em gerontologia têm demonstrado que a atividade física aliada a outros aspectos tais como hereditariedade,

11

http://vivasdiferencas.webnode.com.br/news/intera%C3%A7%C3%A3o%20social%20durante%20ati vidade%20fisica%20diminui%20risco%20de%20depress%C3%A3o/

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Aula 3 | Atividades como essência de motivação 35

alimentação adequada e hábitos de vida apropriados, podem melhorar em muito a qualidade de vida dos idosos.

Cada dia que passa temos mais certeza que a saúde, a atividade física e a prática de exercícios físicos estão mais presentes na vida do idoso. Os benefícios da prática regular de atividades para a saúde dele traz como consequência uma maior qualidade de vida.

Muitas mudanças acontecem no corpo do idoso com o passar dos anos. Essas mudanças podem trazer doenças, doenças que podem ocasionar incapacidades respiratória e circulatória, quedas, desgastes nos tendões e ligamentos causando inflamações e dores.

O profissional tem que ter a sensibilidade e o conhecimento para traçar atividades com objetivos compatíveis para a execução de formas prazerosa, natural e de fácil compreensão.

Ajudando a interferir nos processos psíquicos terapias alternativas levam ao conhecimento do próprio corpo e também na busca do reequilíbrio e auto-conhecimento, o que facilita a imagem corporal, como também muitas transformações.

Em razão dos comprovados benefícios da atividade física e da promoção de uma vida saudável,

(36)

acredita-se que o engajamento de indivíduos na terceira idade em programas de exercícios físicos regulares poderá ter grande influência no decurso do envelhecimento, de forma que contribua para a longevidade e o bem-estar nessa fase. Na compreensão de Guiselini (2006), “o exercício físico possibilita o desenvolvimento equilibrado de todas as dimensões do bem-estar: físico, emocional, social, mental e espiritual”.

A prática regular de atividades físicas na terceira idade tem se revelado como um fator determinante no que diz respeito à manutenção da qualidade de vida e do bem estar dos idosos. A atividade física aparece como uma ferramenta que pode oferecer um acréscimo positivo na qualidade de vida dos idosos, onde as suas capacidades físicas são estimuladas e sua autonomia para desempenhar sem auxílio as tarefas diárias podem ser mantida por um tempo maior e com melhor qualidade.

Figura

12 Quanto mais ativa é uma pessoa menos limitações físicas ela tem, isto é fato. A prática de exercícios físicos promove proteção da capacidade funcional no idoso como em todas as idades. Por capacidade funcional entende-se o desempenho para a realização das atividades do cotidiano ou atividades da

12

https://www.google.com.br/search?q=imagens+de+atividades+para+idosos&tbm=isch&tbo=u&sourc e=univ&sa=X&ved=0ahUKEwir6MSUu4zUAhUITJAKHVhABcUQsAQIJQ&biw=1094&bih=498#imgrc=ap19

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Aula 3 | Atividades como essência de motivação 37

vida diária, como tomar banho, vestir-se, levantar-se e sentar-se, caminhar, fazer compras, cozinhar, ou seja, atividades da vida diária (AVDs). Promove a melhora da composição corporal, a diminuição de dores articulares também.

A prática psicomotora dá oportunidade ao idoso de desenvolver estruturas psicomotoras almejadas junto à alguns valores, como partilhar, agir, respeitar, aprender e re-aprender.

Exercitando os músculos corporais melhoramos o tônus muscular e oportunizamos o elastecimento desses músculos.

O tônus muscular é uma das áreas psicomotoras que tem papel fundamental. O idoso ativo vive melhor e os problemas da saúde são os que mais o angustia pois quando ela fica debilitada vem o receio de se tornar dependente tornando uma pessoa apática e sem perspectiva.

REFORÇANDO:

É importante e fundamental, que o profissional que atuará na realização das atividades com os idosos ter acima de tudo, SENSIBILIDADE e também CONHECIMENTO para oferecer atividades compatíveis a cada idoso. Ele deve ter a preocupação na execução, ela deve ser prazerosa, de fácil compreensão e natural. O profissional deve conhecer cada idoso para saber que tipo de atividade pode executar com cada um deles.

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Figura13

A prática de atividades físicas ou exercícios físicos regulares é preconizada atualmente como forma de manutenção da saúde, sendo este um fator importante de ser contemplado para uma melhor qualidade de vida.

As atividades físicas podem ser representadas por todas as atividades da vida diária e exercem efeitos benéficos nos sistemas locomotores, digestivo, respiratório e cardiovascular, assim como no metabolismo celular e nas funções dos órgãos em geral (Pereira, 1996; Pitanga, 2004).

Os exercícios físicos são formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetivam o desenvolvimento da aptidão física, de reabilitação orgânico-funcional e habilidades motoras (Nahas, 2003). Nesse contexto, a prática regular de exercícios físicos tem papel essencial no funcionamento normal do corpo e para a saúde, por esse motivo níveis de aptidão física apropriados devem ser mantidos durante toda a vida (Pereira, 1996).

A prática regular de exercícios pode provocar alterações nos sistemas cardiovascular e respiratório, principalmente nos indivíduos sedentários e não atletas,

13

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Aula 3 | Atividades como essência de motivação 39

melhorando assim a absorção, transporte, entrega e utilização de oxigênio pelo músculo. Ainda, são desenvolvidos também os aspectos físico-motores como a coordenação, o ritmo, o equilíbrio e a agilidade (Santos, 1994).

Diante do exposto, esta revisão mostra sua relevância ao destacar a importância da prática de atividades físicas ou exercícios físicos para a manutenção da saúde e lança um olhar além dos aspectos fisiológicos tendo seu principal enfoque nos elementos motores, buscando apresentar a forma benéfica com a qual o exercício atua nas capacidades coordenação motora e propriocepção.

Abaixo alguns tipos de Atividades que podem ser executadas com o idoso, lembrando que, primordial é levar a sensação de tranquilidade, alegria, afeto, prazer e não a fadiga.

Tipos de Atividades: * Apresentação Pessoal; * de Atenção; * de Comunicação; * de Integração; * de Sociabilidade; * com Músicas;

* com Fotos de Família; * de Sensações; * de Descontração; * de Expressão Corporal; * Divertidas; * de Afetividade; * com Acessórios; * Motivacionais; * de Teatro; * de Cooperação;

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* de Ordem Motora; * de Criatividade;

* com Materiais Diversos * e etc.

Segundo a autora Fátima Alves no seu livro “A Psicomotricidade e o Idoso”, pgs 106, 107 e 108.

Antes mesmo do idoso atingir uma fase onde alterações de ordem motora, perceptiva, cognitiva e sócio-emocional impliquem ou alterem sua qualidade de vida faz-se necessário a intervenção ocupacional direcionada através da educação, reeducação e terapia psicomotora e isso pode acontecer por meio de atividades.

A melhor forma para trabalhar sua postura e coordenação motora é dialogar com o corpo harmonicamente propiciando um funcionamento normal do organismo e toda atividade deve ser enfatizada no esquema corporal.

Os exercícios devem ser programados e devem considerar alguns aspectos importantíssimos, aqui vão algumas sugestões:

• Todo programa de atividades deve ter o conhecimento prévio de um médico de preferência que já acompanha o idoso;

• Quando na posição em pé, deve-se considerar o equilíbrio, já que esse equilíbrio no idoso é instável devido às alterações ósseas;

• Se faz necessário uma reorganização do equilíbrio devido as mudanças de posição nos segmentos corporais;

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Aula 3 | Atividades como essência de motivação 41

• As atividades devem ser realizadas com pequenas flexões para evitar o estresse postural;

• Qualquer atividade deve respeitar as limitações articulares dos membros;

• O apoio do pé ao descer uma escada ou uma plano elevado é prescindível para que não haja traumatismos na coluna;

• A tontura é causada muitas vezes quando o idoso movimenta sua cabeça, tanto com movimentos rotativos quanto os de inclinação, e isso também pode acarretar desgaste na sua coluna;

• Quando se faz alguma atividade com as pernas afastadas, deve-se obedecer ao alinhamento dos pés e dos ombros para não sobrecarregar a musculatura do baixo-abdômen;

• Todos exercícios têm que fazer com que o idoso se sinta confortável e que não se incomodado;

• Toda flexão deve ser feita em etapas, para evitar possíveis alterações

• Quando se utiliza de exercícios com cadeiras, observar atentamente se o idoso está corretamente apoiado;

• Ao realizar atividades no chão, sentados ou deitados, devem ser feitos em colchonetes devido a sensibilidade corporal e de temporal que o idoso apresenta;

• Ao se sentir mal apoiado, deve oferecer algum apoio;

• Deve-se sempre se preocupar com a curvatura da coluna na realização de algumas atividades;

• Sempre observar se não existem articulações comprometidas e que as mesmas os façam sentir ou mesmo causem desconforto;

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• Não é aconselhável alguns exercícios ou mesmo quando uma durabilidade maior para aqueles que apresentam um sedentarismo mais prolongado;

• O apoio dos cotovelos não são muito aconselháveis pois muitas vezes por causa do envelhecimento da articulação deles não suportam o peso e a respiração é dificultada;

• Em idosos predispostos algumas atividades podem causar dificuldade respiratória;

• Todo movimento bem orientado beneficia a tonificação muscular como a mobilidade articular;

• O idoso tem que ter o conhecimento de cada movimento aplicado e buscar a consciência do movimento através do seu próprio conhecimento;

• O movimento para preensão contribui para algumas habilidades do dia a dia do idoso;

• Ouvir sempre com muita atenção suas queixas; e

• Respeitar suas limitações e seu ritmo.

Esse é um pequeno exemplo e pode-se criar diversas outras atividades.

Fazer uma roda, na posição de pé ou sentada (dependendo do grupo de idosos); Cada um se identificar (trabalhar a memória); Pode-se fazer um crachá com os nomes (mas precisa-se ficar atento ao idoso que não sabe ler e por conta disso ele poderá ficar constrangido); Oferecer para cada idoso uma bola plástica leve e macia. Pedir para que cada um olhe o outro (coordenação óculo-motora, percepção) até que todos tenham se olhado, após isso escolher e jogar a bola (coordenação motora manual, lateralidade) dizendo algo (nome, palavra, adjetivo, animal e etc).

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Aula 3 | Atividades como essência de motivação 43

RESUMO

Vimos até agora:

O profissional tem que ter a sensibilidade e o conhecimento para traçar atividades com objetivos compatíveis para a execução de formas prazerosa, natural e de fácil compreensão;

Através das vivências psicomotoras a população idosa pode manter sua independência e autonomia sobre sua vida, o que favorece reestruturar os problemas de ordem física, mental, emocional e social, vivendo de forma ativa e participativa.

As atividades promovem uma desmobilização das articulações e aumentam o tônus muscular, motivando o idoso no seu dia a dia e fazendo-o diminuir a tensão psíquica. Essas atividades evidenciam significados subjetivos que implicam na vida cotidiana do idoso de um modo geral.

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Desenvolvimento

Psicomotor do Idoso

Fátima Maria Oliveira Alves

A

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4

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o

A longevidade tem aumentado por conta da qualidade de vida do idoso.

A conquista dessa qualidade de vida manifesta-se com a expectativa de conservar a estrutura funcional, atuando na tríade corpo-cognição-afeto promovendo um desenvolvimento e ajustamento mais adequado para a velhice.

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Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

Se o idoso tiver uma vida em constante atividade ele terá grandes chances permitir seu corpo manter níveis ótimos das funções para sua idade;

O desenvolvimento psicomotor acontecerá devido a dedicação a atividades criativas que são oferecidas aos idosos para que lhes conservem a lucidez e suas capacidades funcionais, ajudando no sistema circulatório, na oxigenação, nos fluídos e nutrição;

O indivíduo ao se desenvolver, interagir com o mundo, as pessoas, os objetos, está desenvolvendo a sua psicomotricidade;

O desenvolvimento é um processo contínuo, desde a concepção até o fim da vida;

Roberto Havighurst sugeriu o período de desenvolvimento para a maturidade posterior que corresponde a idade de mais de 60 anos.

(46)

Figura14

Apesar da origem da psicomotricidade ter sido em França e dela se ter expandido preferencialmente para os países mediterrânicos e latino-americanos, na nossa linha de pensamento os contributos dos autores norte-americanos e dos autores russos, apresentam contribuições muito relevantes para o desenvolvimento conceptual da psicomotricidade.

Desenvolvimento Psicomotor (autores

europeus: Wallon, Piaget e Ajuriaguerra);

Desenvolvimento Perceptivo-Motor

(autores norte-americanos: Kephart, Cratty, Getman, Frostig, Brash, Cruickshank e J. Ayres);

Desenvolvimento Sócio-Motor (autores

russos: Vygotsky, Luria, Bernstein, Zaporozhets e Elkonin).

14

Rosana Fachada PSICOMOTRICIDADE “Acreditar no que se faz é a chave ... SlidePlayer1058 × 793Pesquisa por imagem

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Aula 4 | Desenvolvimento psicomotor do idoso 47

Desenvolvimento

Psicomotor

e

Aprendizagem

Escala de Desenvolvimento Psicomotor

Autores Europeus:

WALLON - Prelúdios psicomotores do pensamento… PIAGET - Da embriologia motora à embriologia mental AJURIAGUERRA - A criança é o seu corpo

Autores Norte-americanos:

KEPHART - Da aquisição à generalização motora CRATTY - Pirâmide perceptivomotora

GETMAN - Complexo visuo-motor

FROSTIG - Capacidades perceptivovisuais BARSCH - Teoria movigenética

CRUICKSHANK - Disfunção perceptivomotora J. AYRES - Integração sensorial

Autores Russos:

VYGOTSKY - Perspectiva sóciohistórica da motricidade BERNSTEIN - Coordenação de movimentos

LURIA - Organização funcional do movimento humano ZAPOROZETS & ELKONIN - Evolução dos hábitos

motores

Congreso Internacional “EDUCACIÓN INFANTIL Y DESARROLLO DE COMPETENCIAS”15. Organizado por La Asociación Mundial de Educadores Infantiles (AMEI-WAECE) en Madrid los dias 28, 29 y 30 de Noviembre de 2008.

Desenvolvimento Psicomotor do Idoso

A evolução humana pode ser estudada do ponto de vista da filogênese, que é o estudo da evolução

15

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das espécies, desde os seus primórdios, da

ontogênese, refere-se à evolução humana e

retrogênese por sua vez, refere-se à involução

humana.

Filogênese – pensar na evolução dos peixes em

répteis, possibilitando a conquista do meio terrestre, seguindo-se mais tardiamente da evolução dos mamíferos, inicialmente quadrúpedes e transformando-se em bípedes, o que possibilitou a libertação dos membros superiores para a manipulação de objetos e para modificação de seu meio. Desenvolvimento de um cérebro cada vez mais plástico que proporciona as capacidades de raciocínio, linguagem e introspecção)16

Filogénese: A Filogénese estuda a história da

evolução humana, nomeadamente a constituição dos seres humanos como sujeitos cognitivos. Ou seja, o sentido filogenético está presente quando a palavra evolução nos remete para o progresso da espécie humana, ocorrido desde as longínquas origens da vida até à forma que os Homens assumem na actualidade.

Ontogénese: O conhecimento é encarado como

um processo de modificações e adaptações ao meio que desde o nascimento ocorre em todos os seres vivos. Ou seja, verifica-se o sentido ontogenético, quando o termo evolução nos remete para o desenvolvimento do individuo, desde a concepção até ao final da vida, a velhice.

A retrogênese, por sua vez, refere-se à involução humana. A retrogênese pode ser definida, então, como o processo no qual ocorre um mecanismo inverso ao da aquisição do desenvolvimento normal.17

16 http://filogneseeontognese.blogspot.com.br/2010/11/filogenese-e-ontogenese.html 17 https://www.researchgate.net/publication/233529692_Psicomotricidade_e_retrogenese_Consideracoe s_sobre_o_envelhecimento_e_a_Doenca_de_Alzheimer

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Aula 4 | Desenvolvimento psicomotor do idoso 49

O desenvolvimento é um processo contínuo, de uma imaturidade característica; o ser humano caminha para uma maturidade, vencendo vários obstáculos e integrando várias aquisições que são essenciais para lidar com as realidades existentes, culminando posteriormente num declínio na velhice.

O início da velhice pode ser o ápice do desenvolvimento humano, pelo maior potencial de experiência, inteligência, cooperação social e conhecimento filosófico. Porém, nessa fase da vida encerra-se o processo de seleção natural da espécie, dada a ausência de mecanismos poligenéticos protetores e reparadores, presentes até então.

Visando um envelhecimento ativo, a psicomotricidade assume importante papel na promoção de saúde do idoso através de diferentes dimensões, tais como, preventivas, educativas e reeducativas, proporcionando benefícios biopsicossociais, e consequentemente qualidade de vida.

É sabido que para a Organização Mundial de Saúde (OMS -1991) é considerado como idoso, o indivíduo que tem entre 61 e 75 anos de idade.

Com o passar do tempo os problemas vão aumentando, principalmente quando há acomodação, que muitas vezes é uma característica da velhice, o qual tem modificado e isso é muito bom. Envelhecer sem incapacidade passa a ser um fator indispensável para a manutenção de boa qualidade de vida.

Os problemas que se instalam aparecem ou aumentam devido a situações que já são características dos idosos, como a diminuição da força muscular e da coordenação motora, o comprometimento da locomoção, as tarefas do cotidiano vão ficando mais

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difíceis de serem realizadas. No entanto, se o idoso tiver uma vida em constante atividade ele terá grandes chances permitir seu corpo manter níveis ótimos das funções para sua idade.

O processo de envelhecimento poderá dar início a várias limitações negativas tanto nos aspectos biológica os quanto psicológicos e sociais, decorrentes da senescência, onde os declínios físico e mental são lentos e graduais, ocorrendo em alguns indivíduos na casa dos 50 e em outros, depois dos 60 anos, ou da senilidade, que é a fase do envelhecer em que o declínio físico é mais acentuado e é acompanhado da desorganização mental.

O desenvolvimento psicomotor acontecerá devido a dedicação a atividades criativas que são oferecidas aos idosos para que lhes conservem a lucidez e suas capacidades funcionais, ajudando no sistema circulatório, na oxigenação, nos fluídos e nutrição. O desempenho funcional pode ser mensurado pelo desempenho nas atividades motoras, capacidade de comunicação e outros aspectos cognitivos, além de medir o grau de solicitação de cuidados de terceiros que o paciente exige para realização de tarefas motoras e cognitivas.

“O declínio nos níveis de atividade física habitual para idoso contribui para a manifestação de diversas doenças, como consequência a perda da capacidade funcional. A degeneração que se verifica, ao nível das capacidades dos vários sistemas fisiológicos, diminui a capacidade de desempenho das atividades comuns do dia a dia. A atividade, seja ela de que tipo for, parece o melhor remédio para a velhice, surgindo assim a necessidade de oferecer à população idosa estímulos de natureza física, emocional, social e intelectual.” 18

18

(51)

Aula 4 | Desenvolvimento psicomotor do idoso 51

Figura

19

O desempenho motor do idoso declina em função de fatores centrais (ineficiência de funcionamento do Sistema Nervoso Central) e periféricos (declínios sensórios-motores). Em relação aos declínios de fatores periféricos, ocorrem disfunções dos sistemas sensoriais (visual, proprioceptivo e vestibular), alterando a percepção do ambiente, além de modificações no sistema músculo-esquelético, resultando frequentemente em redução da capacidade de controle motor e de força muscular (SHUMWAY-COOK & WOOLLACOTT, 2000).

DA INFÂNCIA À 3ª IDADE

O indivíduo ao se desenvolver, interagir com o mundo, as pessoas, os objetos, está desenvolvendo a sua psicomotricidade.

A partir do momento em que estamos vivos, que existimos, somos um ser psicomotor.

(Velasco, 1994 in Bueno, 1998, p. 20)

O desenvolvimento psicomotor acontece num processo conjunto de todos os aspectos (motor, intelectual, emocional, e expressivo).

(Bueno, 1998, p.19)

19

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A partir das primeiras experiências psicomotoras que a criança vai construindo pouco a pouco o seu modo pessoal de ser, de sentir, de agir e reagir diante dos outros, dos objetos e do mundo que a rodeia, e a qualidade da relação que a criança estabelece com o meio é que condicionará a saúde mental da mesma.

(Lapierre, 1984 in Bueno, 1998, p.20) Ao pesquisar Bueno (1998) encontramos descrições das fases de desenvolvimento humano como infância, adolescência, vida adulta e terceira idade. O desenvolvimento é um processo contínuo, desde a concepção até o fim da vida.

Segundo Jorge Fernandes, professor Auxiliar no Departamento de Desporto e Saúde da Universidade de Évora, Coordenador do Curso de Reabilitação Psicomotora:

“A pessoa idosa está sujeita a uma diminuição progressiva das capacidades gnosopráxicas, da

capacidade em reagir a

situações emocionais ou físicas, e dos processos mnésicos ou atencionais. O desenvolvimento psicossomático que o ser humano adquire ao longo dos primeiros anos de vida sofre uma involução com o avançar da idade. Desta forma, o idoso pode expressar lentidão psicomotora, perda de força, fadiga, aumento do tempo de reação, problemas práxicos, problemas espaçotemporais, problemas de marcha, fobia da queda, dificuldades de comunicação em grupo, abulia,

problemas de regulação

emocional, angústias, ou

desvalorização da imagem corporal. A pessoa idosa está sujeita a uma diminuição progressiva das capacidades gnosopráxicas, da

capacidade em reagir a

situações emocionais ou físicas, e dos processos mnésicos ou atencionais. O desenvolvimento psicossomático que o ser humano adquire ao longo dos primeiros anos de vida sofre

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Aula 4 | Desenvolvimento psicomotor do idoso 53

uma involução com o avançar da idade. Desta forma, o idoso pode expressar lentidão psicomotora, perda de força, fadiga, aumento do tempo de reação, problemas práxicos, problemas espaçotemporais, problemas de marcha, fobia da queda, dificuldades de comunicação em grupo, abulia,

problemas de regulação

emocional, angústias, ou

desvalorização da imagem corporal.”20

Alguns autores iniciam suas pesquisas, sobre o desenvolvimento humano, descrevendo o processo desde a concepção, já outros, começam descrevendo desde o nascimento.

VIDA ADULTA

Fase chamada de maturidade;

Período que vai aproximadamente dos 20 aos 50 anos;

Adulto jovem (entre os 20 e 35 anos) -

Assume novas responsabilidades no decorrer de sua vida;

Passa a ter uma profissão definida; Assume o papel materno/paterno;

Meia-idade (entre 35 e 50/55 anos) -

Os indivíduos dominam atividades ligadas à profissão e são mais estáveis;

Tendem à moderação, objetividade e economia em todas as execuções de movimento. A atividade motora, no geral, diminui, o que é lamentável e contra-indicado.

20 http://journalofagingandinnovation.org/volume-3-edicao-3-2014/editorial-a-gerontopsicomotricidade-como-praxis-terapeutica-de-mediacao-corporal/ VIDA ADULTA – MATURIDADE ASSUME O PAPEL PATERNO

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TERCEIRA IDADE

Inicia aos 55 anos, após o indivíduo ter atingido e vivenciado as realizações pessoais na fase da maturidade;

Velhice - No que tange às mudanças, biologicamente

pode ser considerado um período de involução:

Reservas orgânicas são diminuídas;

As necessidades alimentares mudam (a quantidade de ingestão diminui);

O ritmo do sono é alterado;

A sexualidade é alterada e a prática diminuída também;

No aspecto motor há um agravamento de suas qualidades motoras básicas como agilidade, destreza, velocidade e força.

O acontecimento dos tópicos citados pode variar de idoso para idoso, de acordo com o tratamento dispensado, a forma como conduziu a sua vida e se preparou para a velhice. Mesmo assim o ser humano fatalmente morrerá.

A morte é um fecho de um ciclo que começa com a separação do indivíduo do mundo intra-uterino pelo nascimento e que termina com o retorno simbólico a um estado de paz e silêncio.

(Bueno, 1998, p. 40) Roberto Havighurst sugeriu o período de desenvolvimento para a maturidade posterior que corresponde a idade de mais de 60 anos. Assim como Gallahue e Ozmum, Havighurst (1953, 1972; Havighurst e Levine 1979).

TERCEIRA IDADE A SEXUALIDADE É ALTERADA E A PRÁTICA DIMINUÍDA

Referências

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