Exerc´ıcios Resolvidos de Termodinˆamica
Jason Alfredo Carlson Gallas,
professor titular de f´ısica te´orica,Doutor em F´ısica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de F´ısica
Mat´eria para a QUARTA prova. Numerac¸˜ao conforme a quarta edic¸˜ao do livro “Fundamentos de F´ısica”, Halliday, Resnick e Walker.
Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas
Conte ´udo
22
ENTROPIA E A II LEI DA
TERMO-DIN ˆ
AMICA
2
22.1 Quest˜oes . . . 2 22.2 Exerc´ıcios e Problemas . . . 4 22.3 Problemas Adicionais . . . 12
Coment´arios/Sugest˜oes e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br
22
ENTROPIA E A II LEI DA TERMODIN ˆ
AMICA
22.1
Quest˜oes
Q-6.
Explique qualitativamente como as forc¸as de atrito entre duas superf´ıcies aumentam a temperatura destas su-perf´ıcies. Por que o processo inverso n˜ao ocorre?
Quando duas superf´ıcies est˜ao em contato, ocorrem interac¸˜oes de natureza el´etrica entre as suas mol´eculas. Com o movimento relativo, essas interac¸˜oes s˜ao rompidas, a energia cin´etica das mol´eculas aumenta, acarretando um aumento da temperatura das superf´ıcies. No processo inverso, a energia t´ermica dificultaria a interac¸˜ao entre as mol´eculas e as for´cas envolvidas seriam localizadas e insuficientes para produzir movimento relativo das su-perf´ıcies.
Q-7.
Um bloco volta `a sua posic¸˜ao inicial, depois de se mover dissipando energia por atrito. Por que este processo n˜ao ´e termicamente revers´ivel?
Porque a energia t´ermica produzida no atrito, n˜ao pode ser reconvertida em energia mecˆanica, conforme a se-gunda lei da termodinˆamica.
Q-10.
Podemos calcular o trabalho realizado durante um processo irrevers´ı vel em termos de uma ´area num diagrama p -V? Algum trabalho ´e realizado?
Nos processos irrevers´ıveis h´a realizac¸˜ao de trabalho sobre o sistema ou pelo sistema sobre o seu ambiente -mas este trabalho n˜ao pode ser obtido pelo c´alculo de uma ´area no diagrama p - V, porque a press˜ao do sistema n˜ao ´e definida num processo irrevers´ıvel.
Q-14.
Sob que condic¸˜oes uma m´aquina t´ermica ideal seria eficiente?
A eficiˆencia de uma m´aquina t´ermica pode ser expressa por
H C
H
Para o rendimento ser de ,
C, o calor liberado, teria que ser nulo, mas essa seria ent˜ao uma m´aquina perfeita que, de acordo com a segunda lei, n˜ao existe. Considerando a eficiˆencia expressa em termos das temperaturas extremas, C H
para um rendimento de , a temperatura da fonte fria teria de ser
K, o que estaria em desacordo com a terceira lei da termodinˆamica (ver discuss˜ao sobre o zero absoluto, por exemplo, na sec˜ao
do segundo volume do Curso de F´ısica B´asica, do autor H. Moyses Nussenzveig).
Q-18.
Por que um carro faz menos quilˆometros por litro de gasolina no inverno do que no ver˜ao?
As m´aquinas t´ermicas reais n˜ao operam ciclos exatamente revers´ıveis e quanto maior for a difernc¸a de tempera-tura entre a fonte quente e a fonte fria, maior ´e a quantidade de energia que n˜ao se aproveita. Assim, nos dias mais frios, um motor de autom ´ovel tem a sua eficiˆencia diminu´ıda.
Q-21.
Dˆe exemplos de processos em que a entropia de um sistema diminui, e explique por que a segunda lei da termo-dinˆamica n˜ao ´e violada.
No processo de congelamento de uma amostra de ´agua, a entropia deste sistema diminui, porque a ´agua precisa perder calor para congelar. A segunda lei da termodinˆamica n˜ao ´e violada porque a entropia do meio, que recebe o calor cedido pela ´agua, aumenta. Este aumento ´e maior do que a diminuic¸˜ao, tal que a entropia do sistema + ambiente aumenta.
Q-23.
Duas amostras de um g´as, inicialmente `a mesma temperatura e press˜ao, s˜ao comprimidas de volume V para o vo-lume , uma isotermicamente e a outra adiabaticamente. Em qual dos casos a press˜ao final ´e maior? A entropia do g´as varia durante qualquer um dos processos?
No processo isot´ermico a press˜ao final ´e:
No processo adiab´atico, a press˜ao final ´e:
"! $# % ! &!
A press˜ao final ´e maior no processo adiab´atico.
A variac¸˜ao da entropia no processo isot´ermico ´e dada por:
')( *,+ .-* ')( *,+ /-*
No processo adiab´atico, a entropia n˜ao varia, uma vez que
'
´e nulo neste caso.
Q-25.
Ocorre variac¸˜ao da entropia em movimentos puramente mecˆanicos?
Sim, por causa da energia t´ermica produzida pelo atrito.
Q-28.
O Sol libera calor `a alta temperatura e tem a sua entropia diminu´ıda. J´a a Terra absorve o calor `a temperatura bem mais baixa. A entropia da Terra aumenta no processo e este aumento ´e maior do que a diminuic¸˜ao da do Sol, tal que a variac¸˜ao da entropia do sistema Terra-Sol ´e positiva.
22.2
Exerc´ıcios e Problemas
P-4.
Um mol de um g´a ideal monoat ˆomico passa pelo ciclo mostrado na Fig. 22-18. O processo bc ´e uma expans˜ao adiab´atica; 10 2 atm, 0 )3426517 m7 , e18 :9 0
. Calcule: (a) o calor adicionado ao g´as, (b) o calor cedido pelo g´as; (c) o trabalho realizado pelo g´as e (d) a eficiˆencia do ciclo.
Para chegar aos resultados pedidos, antes ´e necess´ario obter o valor da temperatura e da press˜ao no final de cada um dos processos do ciclo. Comec¸ando com o processo adiab´atico que liga os estados b e c, tem-se:
10 ! 0 8;"! 8 8 <0 # 0 8= ! ?> 2A@BDC.E # F517 9 )3G 517 =,HJIKML ;N atm NF PO)3GQ Pa
As temperaturas nos estados b e c s˜ao:
0 <0 0 *,+ > 2E > F3R2ST"@6E > )3R26517<C.7E > E >U9 ;N POWVX&C/Y -Z E 2 K 8 8;18 *,+ > NX O[3G Q T"@6E >\9 )3GF517<C.7E > E >\9 ;N O]V^C.Y -Z E N K
Na compress˜ao isob´arica, tem-se
8 ^8 ,_ _ _ 8 _ 18 `> N Z E # 0 9 a 0 = NX 9 K
As transferˆencias de calor e o trabalho realizado em cada processo s˜ao calculados com a primeira lei:
b ab ab c*ed]f ' `> E > N E >\9 ;N O]V^C.Y -Z E > 2 NF 9 E Z Og&O J b bc 'ih int *ed]f ' ?> E > N E >U9 ;N POWVX&C/Y -Z E > 2 N E Z Og J b ca _ > _ 8 E `> NX PO)3G Q T"@E > 9 E3R2 5<7 C 7 J ca j*edk ' l> E > E >\9 ;N O]V^C.Y -Z E > NF 9 N E Z O J Ent˜ao, finalmente, (a) absorvido ab Og&O J. (b) cedido ca O J. (c)b efetivo b bcm b ca PO6g jn g J. (d)o pq.p pr absorvidop tsMu L H Q L Q ;vN .
E.7
Para fazer gelo, um freezer extraiO kcal de calor de um reserva´orio a
C em cada ciclo. O coeficiente de performance do freezer ´e
g . A temperatura do ambiente ´e
v
C. (a) Quanto calor, por ciclo, ´e rejeitado para o ambiente? (b) Qual a quantidade de trabalho por ciclo necess´aria para manter o freezer em funcionamento?
(a) A performance do freezer ´e dada por:
Z C b E o trabalho externo necess´ario ´e:
b C Z Oaw6xy@ - g g ;N g kcal H b m C H `> g ;N g m OEMw6xy@ - O n MN g kcal (b)b g MN g kcal N kJ. E-10.
Num ciclo de Carnot, a expans˜ao isot´ermica de um g´as ideal acontece aO K e a compress˜ao isot´ermica a
N
K. Durante a expans˜ao,
cal de calor s˜ao transferidas pelo g´as. Calcule (a) o trabalho realizado pelo g´as durante a expans˜ao t´ermica; (b) o calor rejeitado pelo g´as durante a compress˜ao isot´ermica e (c) o trabalho realizado pelo g´as durante a compress˜ao isot´ermica.
(a) Na expans˜ao isot´ermica, '[h int e b . Portanto, b cal n N J. (b) Na compress˜ao isot´ermica tamb´em
b
, mas o calor ´e liberado:
C C H H N O N g cal g J (c) b N g cal g& J. E-15.
Para o ciclo de Carnot ilustrado na Fig. 22-9, mostre que o trabalho realizado pelo g´as durante o processo bc (passo ) tem o mesmo valor absoluto que o realizado durante o processo da (passoO ).
O processo bc ´e a expans˜ao adiab´atica, a temperatura inicial ´e
H e a final ´e
Ce
. Ent˜ao, pela primeira lei,'[h int b . '[h int *ed V ' j*ed V > C HE b m *ed V > H CE
O processo da ´e a compress˜ao adiab´atica, a temperatura inicial ´e
C e a final ´e H. '[h int b e '[h int *ed V > H CE. O trabalho ´e b *ed V > H CE. Portanto, b bc b da. P-20.
Uma bomba t´ermica ´e usada para aquecer um edif´ıcio. Do lado de fora a temperatura ´e A
C e dentro do edif´ıcio deve ser mantida a C. O coeficiente de performance ´e
NF
9
e a bomba injeta
9
Mcal de calor no edif´ıcio por hora. A que taxa devemos realizar trabalho para manter a bomba operando?
O calor injetado, expresso em J/s, ´e:
H > 9 3G K E > O 9 v VzE Nv |{ n N J/s
O coeficiente de performance da bomba ´e dada por:
Z C b H b b } H b
A taxa de realizac¸˜ao de trabalho necess´aria para operar a bomba vai ser ent˜ao
b B H B Z m n N NX 9 m O Nv W P-24.
(a) Mostre que, quando um ciclo de Carnot ´e trac¸ado num diagrama temperatura (Kelvin) versus entropia (T - S), o resultado ´e um retˆangulo. Para o ciclo de Carnot mostrado na Fig. 22-19, calcule (b) o calor ganho e (c) o trabalho realizado pelo sistema.
(a) Os dois processos isot´ermicos do ciclo de Carnot v˜ao produzir dois segmentos de reta, perpendiculares ao eixo T no diagrama (T - S), e os dois processos adiab´aticos ocorrem sem trocas de calor, produzindo dois segmentos perpendiculares ao eixo S.
(b) No diagrama T - S, a ´area sob o segmento de reta ab fornece He sob o segmento cd, fornece C:
H l> O Z E > ;v E~V^ Z J (c) Calculando C: C l> Z E > ;v EJVX Z 2 J
E, finalmente, o trabalho realizado pelo sistema ´e:
b H& C 2 g J P-25.
Numa m´aquina de Carnot de dois est´agios, uma quantidade
H
de calor ´e absorvida `a temperatura
H
, o trabalho
b
H
´e feito e uma quantidade
u ´e rejeitada `a temperatura
u pelo primeiro est´agio. O segundo est´agio absorve o calor rejeitado pelo primeiro, realiza um trabalhob
u , e rejeita uma quantidade de calor
7
`a temperatura
7
. Prove que a eficiˆencia desta combinac¸˜ao ´e
5 .
Para o primeiro est´agio da m´aquina pode-se escrever, de acordo com a equac¸˜ao (22-11),
H u u H
Para o segundo est´agio, igualmente,
7 u 7 u
Essas relac¸˜oes permitem vincular
H e 7 atrav´es de u : 7 7 u u H H
7 7 H H
O rendimento da m´aquina ´e ent˜ao expresso por
7 H
que ´e equivalente a
o 7 H
ou seja, o rendimento da m´aquina ´e func¸˜ao das temperaturas extremas entre as quais opera o ciclo.
P-30.
Um mol de um g´as ideal monoat ˆomico ´e usado para realizar trabalho em uma m´aquina que opera seguindo o ciclo mostrado na Fig. 22-21. Suponha que
, , X3G2S Pa, e m7 . Calcule (a) o trabalho realizado por ciclo; (b) o calor adicionado por ciclo durante o trecho de expans˜ao abc, e (c) a eficiˆencia da m´aquina. (d) Qual a eficiˆencia de Carnot de uma m´aquina operando entre as temperaturas mais alta e mais baixa que ocorrem neste ciclo? Compare esta eficiˆencia com aquela calculada em (c).
(a) O trabalho l´ıquido produzido por ciclo ´e igual `a ´area do diagrama p - V da fig. 22-21. Calculando os trabalhos correspondentes `a expans˜ao e `a compress˜ao, vem
b bc > E O O J b da > E g J b ciclo O O g g J (b) No processo ab, b e '[h int ?*ed V '
. As temperaturas nos estados inicial e final deste processo s˜ao: a *,+ g NXMNN K b *,+ O vF;v g K ab `> C.Y -E > N E >\9 ;N O]V^C.Y -Z E > O vFMv g g NXMNN E Z N O 9 g J bc j*"d P > c bE c b c b 2 n NXMN K bc `> C.Y -E > E >U9 MN PO]V^&C/Y -Z E > 2 n NFMN O vXMv gE Z Nv ;N J H ab m bc N O 9 g& m Nv ;N PO6gg6 J
(c) A eficiˆencia da m´aquina pode ser calculada por b H g Ogg6 O
(d) A eficiˆencia da m´aquina ideal de Carnot operando entre as mesmas temperaturas extremas seria:
Carnot H C g NXMNN 2 n NFMN g
Comparado o rendimento da m´aquina com o da m´aquina ideal, tem-se Carnot O g
O rendimento da m´aquina ´e de
do da m´aquina ideal.
P-36.
Um inventor afirma ter criado quatro m´aquinas, todas operando entreO K e
N
K. As caracter´ısticas de cada m´aquina, por ciclo, s˜ao as seguintes: m´aquina (a), H
J, C g J,b O J; m´aquina (b), H J, C J, b O J; m´aquina (c), H v J, C J, b O J; m´aquina (d), H J, C n J, b
2 J. Usando a primeira e a segunda leis da termodinˆamica, verifique para cada m´aquina se alguma destas leis est´a violada.
(a) Primeira lei da termodinˆamica:
'[h int b H C g J 'ih int O J Como 'ih int
, est´a violada a primeira lei. Para verificar a segunda lei, calcula-se o rendimento da m´aquina para ser comparado ao rendimento da m´aquina ideal de Carnot operando entre as mesmas temperaturas:
m´aq. b H O Carnot H C H O N O Como m´aq.
Carnot, a segunda lei n˜ao est´a violada. (b) H& C N J '[h int N O 2 J Como '[h int
, esta m´aquina tamb´em viola a primeira lei.
m´aq. b H O 9 Sendo m´aq.
Carnot, tamb´em est´a violada a segunda lei. (c) H& C v O J 'ih int O O m´aq. b H O v Mv g
Esta m´aquina est´a de acordo com a primeira lei, mas viola a segunda, uma vez que m´aq. Carnot. (d) Hc C n J '[h int m´aq. b H 2
Esta m´aquina est´a de acordo com a primeira e a segunda leis.
E-41.
Suponha que a mesma quantidade de calor, por exemplo,
v
J, ´e transferida por conduc¸˜ao de um reservat´orio a O K para outro a (a)2 K, (b) K, (c)
N
K e (d) Nv
K. Calcule a variac¸˜ao de entropia em cada caso.
(a) Se C K, ')( H H H v O ;v J/K ')( C C C v 2 Mv J/K ')( '[( Hm ')( c Mv m ;v n J/K (b) C K ')( C C C v MN J/K '[( Mv m MN Mv J/K (c) C N K ')( C C c v N 9 g J/K ')( Mv m 9 g J/K (d) C Nv K ')( c c C v Nv g J/K ')( Mv m g g J/K P-44. Um cubo de gelo de 2 g a
C ´e colocado num lago que est´a a A
C. Calcule a variac¸˜ao de entropia do sistema quando o cubo de gelo atingir o equil´ıbrio t´ermico com o lago. O calor espec´ıfico do gelo ´e
cal/g. C. ( Sugest˜ao: O cubo de gelo afetar´a a temperatura do lago?)
´
E claro que o cubo de gelo n˜ao afeta a temperatura do lago. O gelo vai absorver calor para derreter e ter sua temperatura final elevada at´e
A
C. Nessa transferˆencia de calor, a variac¸˜ao de entropia do lago ser´a negativa e a do gelo, positiva. Comec¸ando a calcular as variac¸˜oes de entropia do gelo, tem-se:
')( gelo Cxe `> 6E > AxP@ -2 Z E -* g N vN n cal/K ')( gelo C F > FE >U9 Axy@ -2FE g N Z n N cal/K ')( ´agua Cx ´agua `> 26E > Axy@ -2 Z E -* 99 g N O cal/K
O calor cedido pelo lago para levar o gelo ao seu estado final de equil´ıbrio ´e:
lago l> 26EP > Axy@ -2 Z E > 2 Z E m 9 axy@ -2 m > Axy@ -2 Z E > Z ED cal
A variac¸˜ao de entropia do lago vai ser:
')( lago 2Axy@ - 99 Z NF O6g cal/K
A variac¸˜ao de entropia do sistema ´e, ent˜ao, '[( sistema n m n N m O NF;vv cal/K
J´a a variac¸˜ao de entropia do{P{B
C/@ m @C~ 2* B ´e: ')( NF Og m NXMvv n cal/K P-48.
Um mol de um g´as ideal monoat ˆomico evolui de um estado inicial `a press˜ao p e volume V at´e um estado final `a press˜ao
e volume , atrav´es de dois diferentes processos. (I) Ele expande isotermicamente at´e dobrar o vo-lume e, ent˜ao, sua press˜ao aumenta a vovo-lume constante at´e o estado final. (II) Ele ´e comprimido isotermicamente at´e duplicar a press˜ao e, ent˜ao, seu volume aumenta isobaricamente at´e o estado final. Mostre a trajet´oria de cada processo num diagrama p-V. Para cada processo calcule, em func¸˜ao de p e de V: (a) o calor absorvido pelo g´as em cada parte do processo; (b) o trabalho realizado pelo g´as em cada parte do processo; (c) a variac¸˜ao da energia interna do g´as,h
int,f
h
int,ie (d) a variac¸˜ao de entropia do g´as,
(
f
(
i.
(I) Expans˜ao isot´ermica: '[h int e b ; (a) e (b) ia b ia j+ -* 1 X -* Processo isoc´orico: b e '[h int ; af ¡d V ' N +)> f aE a +¢ f O + O a af N +)> O 2E + n (c) '[h int,iaf af n (d) ')( ia ia -* ¡+ -* ')( af d V f a N + -* O N + -* ')( (I) ')( iam ')( af l> m N E + -* O + -*
(II) Compress˜ao isot´ermica: '[h int e b , (a) e (b) ib b ib ¡+ /-* b b ib b ib -* Expans˜ao isob´arica: bf jd P ' +)> f bE > f u E b f f O b
bf +)> O E + b bf ' > £E N (c) '[h int,bf bf b bf # v z= n (d) ')( ib + -* '[( bf jd P f b + -* O + -* '[( (II) '[( ibm ')( bf ?> m E + -* O + -*
Sendo a entropia uma vari´avel de estado, confirma-se que ')( (I) ')( (II). P-53.
Um mol de um g´as monoat ˆomico passa pelo ciclo mostrado na Fig. 22-24. (a) Quanto trabalho ´e realizado quando o g´as se expande de a at´e c pelo caminho abc? (b) Quais as variac¸˜oes de energia interna e entropia de b at´e c? (c) Quais as variac¸˜oes de energia interna e entropia num ciclo completo? Expresse todas as respostas em termos de
, , R e
.
(a) No caminho abc s´o h´a realizac¸˜ao de trabalho no processo isob´arico ab.
b
ab ´e igual `a ´area do gr´afico sob o segmento de reta ab:
b ab ' N
(b) No processo isoc´orico bc, as temperaturas, inicial e final, s˜ao:
a + b a O O a c > O aE > E j9 a
Para a variac¸˜ao da energia interna vem,
'ih int,bc *ed V ' `> E > N + E >U9 OE a v + a
E para a variac¸˜ao de entropia, tem-se
')( bc j*"d V c b j*"d V -* c b ')( bc N + -*
(c) A variac¸˜ao da energia interna no ciclo deve ser nula. Pode-se confirmar isso calculando-se as variac¸˜oes asso-ciadas aos processos ab e ca e somando-as ao j´a conhecido valor da variac¸˜ao no processo bc:
'[h int,ab *ed V ' `> E > N + E > O E + n '[h int,ca *ed V ' `> E > N + E > 9 E + 6
'[h int,ciclo '[h int,abm '[h int,bcm '[h int,ca l> n m v 6 E T
Para calcular a variac¸˜ao de entropia no ciclo, tamb´em se precisa calcular a variac¸˜ao correspondente aos processos ab e ca e somar os resultados ao valor j´a obtido para o processo bc. Comec¸ando pelo processo isob´arico ab:
')( ab j*"d P b a `> E > + E -* O + -*
Como o processo ca n˜ao ´e nem a press˜ao, nem a volume constante, usam-se dois outros processos que levem o sistema do estado c ao estado a. Considere-se primeiro um processo `a press˜ao constante,
, no qual o volume seja reduzido deO a :
c c d d d 9 + O + ')( cd *ed P d c ?> E > + E -* O + -*
Agora, considere-se um processo a volume constante, que leve o sistema do estado intermedi´ario d ao estado a:
')( da *ed V a d ?> E > N + E -* N + -*
E, finalmente, a variac¸˜ao de entropia no ciclo ´e:
')( ciclo ')( abm ')( bcm ')( cdm ')( da l> m N N E + -*
22.3
Problemas Adicionais
P-56.Um mol de um g´as ideal ´e usado em uma m´aquina que opera seguindo o ciclo da Fig. 22-26. BC e DA s˜ao proces-sos adiab´aticos revers´ıveis. (a) O g´as ´e monoat ˆomico, diatˆomico ou poliatˆomico? (b) Qual a eficiˆencia da m´aquina?
(a) Considerando o processo adiab´atico BC e tomando os valores inicial e final para a press˜ao e o volume do
gr´afico, vem > E! N > v E ! N £3&!¤3.e! v !e! SM¥ ! &Q;! m§¦ O ¦ e ¦ N
O g´as ´e, portanto, monoat ˆomico.
(b) Para obter a eficiˆencia do ciclo, ´e preciso calcular o calor absorvido e o calor liberado. No processo AB tem-se: AB
*ed P
'
Para obter a variac¸˜ao da temperatura neste processo, faz-se
A +
B > E + A AB `> C.Y -E > + E > + E No processo CD tem-se: CD c*ed P '
Calculando as variac¸˜oes de temperatura necess´arias,
B ! 5 H B C ! 5 H C + > ED! 5 H c > v E! 5 H C +
No processo isob´arico CD, vem
C C D D D C D C + 9 v O + CD ?> AC/Y -E > + E > + E O
A eficiˆencia do ciclo ´e dada por:
o AB& CD AB &O P-57.
Um mol de um g´as ideal monoat ˆomico, inicialmente `a press˜ao de
kN/m u e temperatura de v K expande a partir de um volume inicial
m7 at´e
m7 . Durante a expans˜ao, a press˜ao p e o volume do g´as est˜ao relacionados por
?> [3R2 7 E f 5 f \¨ _ onde p est´a em kN/mu , e est˜ao em m 7 e @ m
7 . Quais s˜ao: (a) a press˜ao final e (b) a temperatura final do g´as? (c) Qual o trabalho realizado pelo g´as durante a expans˜ao? (d) Qual a variac¸˜ao de entropia do g´as durante a expans˜ao? (Sugest˜ao: use dois processos revers´ıveis simples para achar a variac¸˜ao de entropia.)
(a) Simplesmente substituindo os dados fornecidos na relac¸˜ao dada para a press˜ao em termos do volume, vem
> AC 7 E `> )3G 7 E HJI©M© 5 u I©;© 6 9 O[3R2 7 N/m u
(b) Para a temperatura final tem-se: > 9 O)3R27T"@6E > C.7PE > [3R2 7 T"@6E > C 7 E v Z OO K
Para calcular o trabalho realizado pelo g´as, vem: b b a f f f 5 f \¨ _ b f \¨ _ª @ 5 f ¨ _2« f f b @ f \¨ _ ª 5 f ¨ _ m 5 f U¨ _ « b ?> [3R2 7 E > E H ª 5 u m 5 H « b ?> i3G 7 E ª 5 H m « NF v kJ
(d) Para calcular a variac¸˜ao de entropia, consideram-se dois processos sucessivos pelos quais o sistema passa do estado inicial ao final. Comec¸ando por um processo isot´ermico a
v K, no qual '[h int e b , tem-se *,+ .-* ^ `> C.Y -E >\9 MN O]V^C.Y -Z E > v Z E -* N O 9 J ')(¬ g v J/K
Considere-se agora um processo isoc´orico, no qual a press˜ao e a temperatura chegam aos valores finais:
b e c*zd V ' ')(¬~¬ 2 j*zd V ')(¬~¬ *zd V -* ?> C/Y -E > N + E -* OO v NF 9 J/K
A variac¸˜ao de entropia ´e ent˜ao ')( '[( ¬ m ')( ¬~¬ g v NF 9 n J/K