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Estabilidade e dinâmica do crescimento físico, desempenho motor e saúde - Um estudo longitudinal-misto em adolescentes portugueses.

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Academic year: 2021

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(1)Estabilidade e dinâmica do crescimento físico, desempenho motor e saúde. Um estudo longitudinalmisto em adolescentes portugueses.. Michele Caroline de Souza 2014.

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(3) Estabilidade e dinâmica do crescimento físico, desempenho motor e saúde. Um estudo longitudinal-misto em adolescentes portugueses.. Dissertação apresentada ao Programa Doutoral em Ciências do Desporto (Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março), com vista à obtenção do grau de Doutor em Ciências do Desporto, sob a orientação do Professor Doutor José António Ribeiro Maia e co-orientação dos Professores Doutor Joey Eisenmann e Doutora Cláudia Forjaz.. Michele Caroline de Souza Porto, Novembro de 2014.

(4) Ficha de catalogação. FICHA DE CATALOGAÇÃO. Souza, M.C. (2014). Estabilidade e dinâmica do crescimento físico, desempenho. motor. e. saúde.. Um. estudo. longitudinal-misto. em. adolescentes portugueses. Porto: Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.. Palavras-chave:. CRESCIMENTO,. DESEMPENHO. MOTOR,. SAÚDE. CARDIOMETABÓLICA, INFORMAÇÃO LONGITUDINAL, ADOLESCENTES.. Michele Caroline de Souza. IV.

(5) “…Para se aprender a pensar é preciso primeiro aprender a dançar. Quem dança com as ideias descobre que pensar é alegria. Se pensar lhe da tristeza é porque você só sabe marchar, como soldados em ordem unida. Saltar sobre o vazio, pular de pico em pico. Não ter medo da queda. Foi assim que se construiu a ciência: não pela prudência dos que marcham, mas pela ousadia dos que sonham. Todo conhecimento nada mais é que a aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que não se ensina. Brota das profundezas do corpo, como a água brota das profundezas da terra.” Rubem Alves. 1. 1. Alves, Rubem. A alegria de ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1994.. Michele Caroline de Souza. V.

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(7) Dedicatórias. DEDICATÓRIAS. Aos meus pais Júlio e Sandra E à minha irmã Jeane Todas as minhas conquistas são fruto do vosso amor, cuidado e dedicação. O forte sentimento familiar que nos une, transcendeu o oceano e foi o alicerce para que este nosso lindo sonho se concretizasse. “Sou mais eu, porque sou vocês!”. Ao meu namorado Roberto Nosso amor sobreviveu ao tempo, foi paciente, resignado e insistente. E na certeza de muitos reencontros, incitou-nos a continuar…juntos…pois não houve distância que nos fizesse ausentes.. À minha amiga-irmã Raquel Um dos melhores presentes desta aventura além-mar…. “Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares, na infinita possibilidade de tempos, nossos tempos e nossos lugares coincidiram. E deu-se o encontro.” 1 1. Rubem Alves. Michele Caroline de Souza. VII.

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(9) Agradecimentos. AGRADECIMENTOS Esta caminhada foi, e para sempre será, uma das melhores em minha vida. Marcada por um crescimento acadêmico e pessoal imensurável. De toda experiência, de todos os objetivos atingidos e desafios ultrapassados, fica a certeza de que nunca estive sozinha, foram muitas as pessoas e Instituições que “conspiraram” ao meu favor e trabalharam para a concretização desta tese e deste projeto. Portanto, gostaria de expressar todo o meu carinho e sentimento de gratidão a todos que foram luz, imprescindível, nesta minha trajetória. “Há gente que fica na histórida da história da gente!” Ao meu orientador Professor Doutor José António Ribeiro Maia, por idealizar e confiar a mim este lindo desafio, e acreditar que eu seria capaz de cumpri-lo. Agradeço imensamente pela sua primazia em orientar e, às vezes, até em “desorientar”, me fazendo crescer pessoal e academicamente. Seus ensinamentos e conhecimentos sabiamente partilhados, bem como o seu apoio constante e incansável, dedicação, entrega e rigor acadêmico-científico serão, para sempre, exímios exemplos a serem seguidos. Esses 6 anos deixarão saudades, mas parto com a certeza de muitos reencontros. Muito obrigada! À Professora Doutora Cláudia Forjaz, co-orientadora desta tese e tutora do meu processo de bolsa de Doutorado no exterior. Não obstante todo o seu enorme trabalho e ocupações acadêmicas, aceitou fazer parte de todas as etapadas desta trajetória, desde a conceção e escrita do projeto, recolha de dados, candidatura à bolsa, e desenvolvimento da tese. Agradeço pelo empenho, dedicação, tempo, ensinamento e apoio tão gentilmente partilhados e transmitidos. Durante este convívio, minha admiração por si só aumentou. Espero que possamos trabalhar juntas novamente! To Professor Joey Eisenmann, the co-supervisor of this thesis. It was a privilege having your knowledge and wisdom supporting and guiding this project. Thank you for this opportunity to work and learn with you, and for your. Michele Caroline de Souza. IX.

(10) Agradecimentos. kindness and sympathy. I hope that we continue to work together… we have a lot of data for this! À Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADE-UP), na pessoa do respetivo Diretor, Professor Doutor Jorge Olímpio Bento, pelo acolhimento e apoio institucional. Estendo meu agradecimento a todos os professores da FADE-UP, pelos ensinamentos ministrados e enorme contribuição a minha formação acadêmica. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino SuperiorCapes, pela concessão da bolsa de Doutorado no exterior (processo de nº 621410-0), permitindo que eu me dedicasse plenamente à realização do Programa Doutoral e desenvolvimento desta tese. À Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) de Portugal, pelo apoio ao projeto PTDC/DES/67569/2006. Ao Professor Doutor António Manuel Fonseca, Diretor do Programa Doutoral em Ciências do Desporto e Presidente do Conselho Científico da FADE-UP. Agradeço pelo apoio acadêmico, bem como pela enorme disponibilidade e prontidão em auxiliar nas questões mais burocráticas. Ao Professor Doutor Gaston Beunen, in memorian, pelo privilégio de o ter conhecido e participado de suas aulas, bem como pelo seu jeito gentil e terno de partilhar conosco suas experiências e ensinamentos. Ao Professor Doutor Rui Garganta, por ter sido, simultaneamente, mestre e amigo. Agradeço imensamente pelos ensinamentos transmitidos, pelas conversas informais (sempre regadas com muitos sorrisos), pela disponibilidade e cuidado constantemente demonstrados. Estendo meu agradecimento a sua esposa Olga Castela, sempre atenciosa e de alegria contagiante. Sentirei muitas saudades, mas vos levo no meu coração!. Michele Caroline de Souza. X.

(11) Agradecimentos. Ao Professor Doutor André Seabra pela contribuição em minha formação acadêmica, sempre disponível para ajudar e partilhar seus conhecimentos e experiências. À Professora Doutora Olga Vasconcelos, pelas contribuições no meu percurso acadêmico e ao desenvolvimento desta tese. Não posso deixar de agradecer a sua presença, sempre tão bem disposta, e suas palavras de carinho e incentivo durante os nossos Seminários do Programa Doutoral. Ao Professor Doutor Duarte Freitas, por todas as aulas ministradas e apoio concedido durante todo o processo do Programa Doutoral. Quero expressar a minha grande admiração por todos os seus trabalhos desenvolvidos na Região Autônoma da Madeira. Aos Professores Doutores Go Tani e António Prista, pela participação constante em vários projetos do nosso gabinete, bem como pelo cuidado e interesse em nosso percurso acadêmico. Vosso trabalho e dedicação são motivos de forte inspiração para mim. Ao Professor Doutor Luciano Basso, sempre tão solícito em ajudar no que fosse preciso. Muito obrigada por todos os ensinamentos transmitidos, desde o início do Mestrado, pela amizade construída e, sobretudo, pelo seu exemplo de responsabilidade, profissionalismo e competência acadêmica. À Professora Doutora Carol Leandro Góis, a quem tenho elevada admiração acadêmica e pessoal. Agradeço imenso suas contribuições e sugestões para o desenvolvimento deste estudo, aulas e seminários ministrados, bem como a partilha de momentos de muita descontração e sorrisos. Ao Professor Doutor Peter Katzmarzyk, do Pennington Biomedical Research Center, pelo exemplo de competência científica e colaboração em nossos projetos. Estendo meus agradecimentos ao Tiago Barreira e Emily Mire, pela disponibilidade em ajudar com as informações da acelerometria.. Michele Caroline de Souza. XI.

(12) Agradecimentos. Aos Professores Doutores Adam Baxter-Jones, Carla Rêgo, Denisa Mendoça, Huiqi Pan e Vincent Diego. Foi um privilégio ter aula convosco. Muito obrigada pelos conhecimentos partilhados! À Professora Doutora Adriana Berleze, minha eterna coordenadora, coorientadora e grande amiga. Muito obrigada pela atenção, cuidado e interesse, sempre demonstrados, por minha vida acadêmica e pessoal. Quero, também, expressar meu agradecimento a seu marido Renato Penna, sempre tão amável comigo. Vocês são especiais! Tenho muito apreço pela amizade que construímos ao longo desses anos. Ao Professor Doutor Ronei Silveira Pinto, pela disponibilidade constante em ajudar no que fosse preciso. Muito obrigada por, mesmo de longe, estimar o meu sucesso ao longo de todo o meu percurso acadêmico. À Professora Doutora Nádia Cristina Valentini, meu primeiro exemplo de competência e profissionalismo acadêmico-científico. Muito obrigada pelo incentivo inicial nesta caminhada em terras lusitanas. À minha querida Professora Teresa Marinho, pelas excelentes aulas de inglês, mas sobretudo, pelas primorosas “aulas de vida”. Muito obrigada por ter sido, além de mestre, minha amiga, confidente e “mãezona”, ternamente cuidando e amparando-me nesta difícil, porém inebriante, aventura em terras portuguesas. Estarás para sempre em meu coração! A todos os alunos portugueses que participaram do projeto “Oporto Growth, Health and Performance Study”. Muitíssimo obrigada pelo entusiasmo, colaboração e disponibilidade apresentados nas diversas avaliações durante esses três anos. Vocês são os personagens principais desta história! Às escolas que integraram o projeto. De um modo muito especial, agradeço a todos os professores de Educação Física e funcionários: - Escola Secundária D. Dinis (Santo Tirso). Michele Caroline de Souza. XII.

(13) Agradecimentos. Professores de Educação Física e Grupo PES: Adelino Passadiço, Alda Garrido, Ana Gomes, Ana Pais Sousa, Ana Paula Carneiro, Carla Cruz, Cláudia Figueiredo, José Soares, Manuela Machado, Miguel Branco, Paulina Ferreira, Rosa Pereira e Sérgio Silva. Funcionária: D. Maria João. - Escola Secundária João Gonçalves Zarco (Matosinhos) Professores de Educação Física: Alfredo Calheiros, Amália Almeida, Audrey Pais, Aurélio Ribeiro, Joaquim Fontoura, Jorge Silva, José Manuel Ferreira, Luís Mortágua, Manuel Romão, Maria de Fátima Costa, Mariana Martins, Pedro Silva Pereira e Rosa Furriel. Funcionários: D. Eva e Sr. Carlos. - Escola EB2/3 de Paranhos (Porto) Professores de Educação Física: Raquel Eira, Paula Viana, Helena Dias, Ana Monteiro, Rita Areias. Funcionário: Sr. Vítor. - Escola EB2/3 de Leça da Palmeira (Matosinhos) Professores de Educação Física: Ana Cristina Morêda, António Gomes, Augusta Magalhães, Cláudia Malafaya, Madalena Oliveira, Manuel Ribeiro, Manuela Guimarães, Maria de Fátima Pinto, Mário Pereira, Teresa Assunção e Vanda Teixeira. - Escola EB2/3 de São Martinho do Campo (Santo Tirso) Professores de Educação Física: Ana Rito, António Figueiredo, Bento Miguel, Carlos Pereira, Eunice Figueiroa e Rui Silva. Funcionário: Sr. Joaquim Fernandes Escola EB2/3 de Nevogilde (Lousada) Professores de Educação Física: Alexandra Vergueiro, Ana Ribeiro, Bruno Leite, Bruno Maia, Cláudia Bastos, Fernando Caldeira, João Gama, Gil Castro, Luciano Caçador, Luisa Silva, Maria José Rocha, Miguel Ribeiro, Nuno Bessa, Pedro Vilaça, Vitor Sousa.. Michele Caroline de Souza. XIII.

(14) Agradecimentos. Escola Secundária de Fontes Pereira de Melo (Porto) Professores de Educação Física: Ana Paula Brito, Ana Sofia,. José. Mario Cachada, Laura Lopes, Manuel Araújo, Pedro Ferreira, Pedro Seco, Rosário Ferreira e Telmo Barbosa. Muito, muito obrigada! Sem vocês, com certeza, este projeto não “sairia do papel”! Quero manifestar um agradecimento especial aos Professores Paulina Ferreira, Amália Almeida, Ana Monteiro, Cristina Morêda, Cláudia Malafaya, António Figueiredo, Miguel Ribeiro e Pedro Seco. Serei sempre grata pela vossa disponibilidade e prontidão em ajudar a mim e à equipe da FADEUP no que fosse preciso. A todos os Funcionários da FADE-UP. Em especial à equipe da Biblioteca e da Informática, pelas assistências dedicadamente prestadas. Agradeço, também, ao Sr. Marinho, Nuno Conceição, Sr. Coimbra e Sr. Serafim, pela boa disposição, prontidão em ajudar e, sobretudo, pela apoio e amizade ao longo desses anos. À minha querida Maria Domingues, pelo enorme cuidado acadêmico e pessoal dispensado. Fico imensamente feliz ao olhar para trás e ver que criamos laços estreitos de carinho e amizade. Adoro-te! Aos colegas e amigos do gabinete de Cineantropometria e Estatística Aplicada: Alessandra Borges, Amanda Batista, Ana Carolina Reyes, Duke de Oliveira, Carla Santos, Fernando Garbeloto, João Paulo dos Anjos, Maria Sidônio Madanelo (Soni), Pedro Gil, Raquel Vasconcelos, Renata Cecília, Rojapon Buranarugsa, Sara Pereira e Tânia Amorim. Foi muito bom conhecer e conviver com cada um de vocês, partilhando sorrisos e angústias. Nosso apoio mútuo e diário tornou nossa caminhada menos cansativa e muito, muito mais divertida e agradável. Estarei sempre a desejar o vosso sucesso! À minha amiga Simonete Pereira da Silva, pela sua “alegria de viver” contagiante, bem como pela amizade e incentivo à concretização deste projeto.. Michele Caroline de Souza. XIV.

(15) Agradecimentos. Tenho uma admiração especial pelo seu estudo realizado na Região do Cariri Cearense, este foi e sempre será motivo de forte inspiração para mim. À minha amiga Mafalda Sofia Roriz, pela amizade construída ao longo desses anos e pela ajuda nos momentos de dificuldade. Estendo meus agradecimentos a todos os profissionais envolvidos nas Férias Desportivas da Câmara Municipal da Maia. Foi muito bom partilhar momentos de trabalho e de muita diversão convosco. Muito obrigada pela oportunidade e confiança! Ao meu querido amigo Alcibíades Bustamante, “hombre” de poucas palavras, sorriso sincero e coração puro. Muito obrigada pelo exemplo diário de dedicação e perseverança, bem como pela amizade, incentivo e apoio constante. Aguardo sua visita em Porto Alegre! À Sofia Sá Cachada, minha “portuga” predileta. Muito obrigada pelas ajudas incansáveis nas recolhas de dados, pela disponibilidade desinteressada e, principalmente, pela amizade e momentos de descontração, regados de muitos sorrisos. Gosto muito de ti e levo-te no meu coração! À minha querida amiga Fernanda Santos, com quem comecei e, agora, termino esta enobrecedora caminhada. Durante esses 6 anos, partilhamos muitos momentos, e tu sempre com este sorriso contagiante estampado no rosto. Muito obrigada pela nossa amizade, que cativou um lugar especial em meu. coração,. pela. dedicação,. cuidado,. entusiasmo. e. parceria. no. desenvolvimento deste projeto que também foi seu. Espero que a vida te reserve sempre o melhor e nos conceda muitos reencontros! Amo! À minha amiga Thayse Gomes, pela amizade sólida e sincera que aos poucos fomos construindo. Admiro muito a competência e exímia dedicação que demonstras em tudo que fazes. Agradeço por todo o empenho e ajuda nas recolhas de dados, e por seres do jeitinho que és: séria e direta, mas ao mesmo tempo, meiga e benevolente. Estes “extremos” tornam-te única… a minha querida “BFF”! Tenho certeza que nossa amizade estará sempre bem guardada em nossos corações!. Michele Caroline de Souza. XV.

(16) Agradecimentos. Ao amigo e colega de gabinete, Daniel Santos, que mesmo com uma vida completa (família, trabalho e seu próprio doutoramento), sempre conseguiu doar uma parte substancial do seu tempo para que este projeto se concretizasse. Muito obrigada por tudo que fizeste, pela presença sempre bem disposta nas recolhas, pelas inúmeras boleias às escolas, por levar e trazer questionários e acelerômetros…enfim, por tudo! Agradeço, mais ainda, pela amizade e cumplicidade edificadas ao longo desses anos. Com certeza, tudo isso ficará na memória e no coração! Estendo meus agradecimentos a sua querida esposa Bárbara Lourenço, que tanto nos ajudou nas recolhas. Muito obrigada! À querida Sarita Bacciotti, meu “presente” neste último ano de doutoramento. Muito obrigada por todos os momentos que partilhamos, pela amizade sincera e cuidado constante. Estendo meus agradecimentos a sua linda família, Carlos e Sofia Bacciotti, que sempre foram tão amáveis comigo. Espero revê-los em breve! Ao meu amigo Marcelo Peduzzi de Castro, pelo sentimento fraterno que construímos. Obrigada por estar sempre presente, pelas palavras de conforto, pelas risadas, críticas, incentivos e até pelas consultas fisioterapêuticas! Estarei sempre sorrindo com tuas conquistas pessoais e acadêmicas. Saudades! À minha amiga Roseanne Autran, por me “reconhecer” neste último ano de doutoramento. Serei sempre grata por nossos laços estarem mais estreitos, por nossa amizade, que tornou esses últimos meses mais leves e alegres, e pelo simples prazer da tua companhia e parceria. Obrigada por seres tão especial para mim e, agora, para minha família. Gosto imenso de ti! Aos amigos Denise Soares e Luciano Silveira, por me receberem tão bem aqui em Portugal e por permanecerem presentes durante todo este percurso. Muito obrigada pelos churrascos, almoços, jantares e companhia familiar. Espero reencontrá-los brevemente em Porto Alegre.. Michele Caroline de Souza. XVI.

(17) Agradecimentos. À minha querida “irmã gêmea” Geise Nascimento, pela nossa linda amizade. Muito obrigada por todas as conversas, risadas e bons momentos que compartilhamos. Saudades! Aos amigos Jenny Carolina Tavares, Bruna Santos, Amanda Santos, Toni Bovolini, Renata Willig, Cristine Schmidt, César Agostinis, Jailton Pelarigo, Henrique Soares, Ítalo Ramos e Bruno Remígio, pelos bons momentos de convívio, pela preocupação, amizade e partilha. Desejo muito sucesso a cada um de vocês! Ao Bom Sucesso Health Club, especialmente ao André Oliveira e Susana Soares, pela oportunidade inicial de trabalho, pelos incentivos e amizade durante todos esses anos. Quero expressar, também, o meu carinho à “malta” da dança. Muito obrigada pelos finais de tarde mais felizes, pelo convívio, energia positiva e cuidado. Aos amigos dos tempos de escola e Licenciatura, que permanecem até hoje, Ana Paula Corrêa, Caroline Kummer, Daisy Sampaio, Franciele Anziliero, Jamile Schmelzer, Kátia Souza, Lisiane Ribeiro, Marcelo Borges, Marcelo Souza, Michele Bandinelli e Paula Kersche. Não obstante à distância, nossa amizade e carinho mativeram-nos sempre próximos. Sei o quanto vocês desejaram o meu sucesso. Por isso e por tudo, muito obrigada! Às minhas amadas famílias Silva e Souza. Vocês são minha raiz e minha história. É por vocês e com vocês que realizo mais este sonho, pois em cada passo dado, senti o amor e carinho que, ternamente, foi me transmitido. Quero agradecer, especialmente, aos grandes responsáveis por esta união familiar: “Vô” Algemiro Silva (in memorian), “Vó” Carlinda Silva (in memorian), “Vô” Nilton Souza (in memorian) e “Vó” Lourdes de Souza. Amo vocês! Às famílias Ribas e Bicca, pela crença nesta conquista. Serei sempre grata pelo carinho e amor sempre demonstrados. Em especial, agradeço aos meus queridos “sogrinhos”, Lúcia e Jorge Ribas, e aos meus amáveis tios, Clary e Elimar Bicca. Vocês são um presente que a vida, gentilmente, me deu!. Michele Caroline de Souza. XVII.

(18) Agradecimentos. À minha amiga-irmã Raquel Nichele de Chaves, por ter cuidado tão bem de mim ao longo desta nossa memorável caminhada. Agradeço por todos os momentos acadêmicos e pessoais ternamente partilhados, pela cumplicidade e respeito, pelas palavras de incentivo e consolo, bem como pelos sorrisos sinceros, que iluminaram e deram mais vida a esta aventura em Portugal. Mas, principalmente, obrigada pela possibilidade de conviver diariamente com tua amabilidade, sinceridade e benevolência, que fizeram de mim uma pessoa melhor. Quero estender meus agradecimentos a tua querida família: “Tio” Jair e “Tia” Dinalva, Fagner, Rafael e Eduardo Chaves, pelo carinho e amor que sempre demonstraram. Tenho certeza que os laços criados, entre “Souzas” e “Chaves”, perdurarão vivamente em nossos corações! À minha irmã Jeane de Souza da Silveira, pelo amor e cumplicidade incondicional. Agradeço por sempre estar ao meu lado, por me ajudar nos momentos de dificuldade e por acreditar no sucesso desta minha trajetória. Nosso companheirismo é nossa maior dádiva…irmãs de coração e, sobretudo, de alma! Agradeço também ao meu cunhado Vinícius Silveira pelo incentivo constante. Muito obrigada! Ao meu namorado Roberto Lampert Ribas, pelo amor e cuidado. Se outrora houve tropeços, hoje nossos passos são firmes e fortes, e nos conduzem a um lindo caminho, com a realização deste sonho, que idealizamos juntos há anos, e o começo de uma nova etapa. Muito obrigada por ser meu amado e amigo, por se fazer presente em todos os momentos e por, constantemente, dar-me a mão e fazer-me acreditar que sempre é possível seguir em frente. És encantadoramente especial… TEPS! Aos meus amados pais, Júlio César de Souza e Sandra Mercedes de Souza, por me amarem incondicionalmente. Não foram poucas as vezes em que a saudade não coube em meu peito e transbordou pelos olhos, e vocês, igualmente saudosos, guardaram vosso sentimento e sorrindo, encorajaramme a continuar. Serei eternamente grata pelo vosso esforço e dedicação para que essa história tivesse um lindo e próspero final. Obrigada por esses últimos. Michele Caroline de Souza. XVIII.

(19) Agradecimentos. meses de convívio, que enriqueceram e abrilhantaram os meus dias. É por vocês e com vocês que continuarei sempre. Amo! Ao Criador, por mais essa oportunidade de evolução acadêmica e pessoal. Obrigada por guiar e fortalecer os meus passos, consolar meu coração e ser presença constante em minha vida.. Michele Caroline de Souza. XIX.

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(21) Índice Geral. ÍNDICE GERAL. DEDICATÓRIAS ......................................................................................................................... VII AGRADECIMENTOS ................................................................................................................... IX ÍNDICE GERAL ......................................................................................................................... XXI ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................................................. XXV ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................................ XXVII RESUMO ................................................................................................................................. XXIX ABSTRACT ............................................................................................................................. XXXI LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .............................................................................. XXXIII CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO GERAL E ESTRUTURA DA TESE ............................................ 1 INTRODUÇÃO GERAL ........................................................................................................................3 Necessidade de um olhar integrador .................................................................................... 3 Janelas de leitura e interpretação – modelos disponíveis .................................................... 6 Desafios e exigências da informação longitudinal. ............................................................. 11 Pilares da tese. .................................................................................................................... 12 ESTRUTURA DA TESE .......................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 19 CAPÍTULO II – ESTUDOS METODOLÓGICOS ........................................................................ 27. ESTUDO I – THE OPORTO MIXED-LONGITUDINAL GROWTH, HEALTH AND PERFORMANCE STUDY. DESIGN, METHODS AND BASELINE RESULTS ................................................................................................. 29 ABSTRACT ......................................................................................................................... 31 INTRODUCTION ................................................................................................................. 33 METHODS ........................................................................................................................... 35 Design and sample .......................................................................................................... 35 Measurements ................................................................................................................. 36 Anthropometry ............................................................................................................. 36 Body Composition ....................................................................................................... 37 Biological Maturation ................................................................................................... 37 Physical Fitness............................................................................................................... 37 Cardio-metabolic risk factors ........................................................................................... 38 Lifestyle characteristics ................................................................................................... 39. Michele Caroline de Souza. XXI.

(22) Índice Geral. Physical activity ........................................................................................................... 39 Behaviours and Eating Habits ..................................................................................... 40 Sleep Habits ................................................................................................................ 41 Health Status Perception ............................................................................................. 41 Family support for Physical Activity ............................................................................. 41 Gestational information ............................................................................................... 41 Socioeconomic status ................................................................................................. 41 Built Environment ........................................................................................................ 42 Data quality control .......................................................................................................... 42 Statistical analysis ........................................................................................................... 44 RESULTS ............................................................................................................................ 45 DISCUSSION ...................................................................................................................... 48 CONCLUSIONS .................................................................................................................. 52 REFERENCES .................................................................................................................... 53. ESTUDO II – A NOÇÃO DO TRACKING E A SUA APLICAÇÃO À EDUCAÇÃO FÍSICA E AO ESPORTE .................... 63 RESUMO ............................................................................................................................. 65 ABSTRACT ......................................................................................................................... 67 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 69 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................................... 71 O conceito do Tracking ................................................................................................... 72 Tracking: estatísticas, resultados e significado ............................................................... 73 Autocorrelações........................................................................................................... 73 O γ de Foulkes & Davis ............................................................................................... 77 Estatística γ segundo sugestões de David Rogosa .................................................... 80 Índice de constância de crescimento de Goldstein ..................................................... 83 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 88 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 89. ESTUDO III – MODELAÇÃO MULTINÍVEL E DELINEAMNETO LONGITUDINAL-MISTO NA PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE ....................................................................................................... 93 RESUMO ............................................................................................................................. 95 ABSTRACT ......................................................................................................................... 97 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 99 MÉTODOS ........................................................................................................................ 101 Amostra ......................................................................................................................... 101 Controle da qualidade da informação ........................................................................... 103 Procedimentos estatísticos ........................................................................................... 103 Variáveis e problema em estudo ................................................................................... 106. Michele Caroline de Souza. XXII.

(23) Índice Geral. RESULTADOS .................................................................................................................. 108 DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 111 REFERÊNCIAS: ................................................................................................................ 116 Capítulo III – ESTUDOS ANALÍTICOS ................................................................................... 121. ESTUDO IV – SHORT-TERM TRACKING OF YOUTH PHYSICAL FITNESS: THE OPORTO GROWTH, HEALTH AND PERFORMANCE STUDY ................................................................................................................ 123 ABSTRACT ....................................................................................................................... 125 INTRODUCTION ............................................................................................................... 127 MATERIAL AND METHODS ............................................................................................. 129 Sample .......................................................................................................................... 129 Anthropometry ............................................................................................................... 129 Biological Maturation ..................................................................................................... 130 Physical fitness .............................................................................................................. 130 Physical activity ............................................................................................................. 130 Data quality control ........................................................................................................ 131 Statistical analysis ......................................................................................................... 131 RESULTS .......................................................................................................................... 134 DISCUSSION .................................................................................................................... 137 PERSPECTIVES ............................................................................................................... 143 REFERENCES .................................................................................................................. 144. ESTUDO V – MODELING THE DYNAMICS OF BMI CHANGES DURING ADOLESCENCE. THE OPORTO GROWTH, HEALTH AND PERFORMANCE STUDY.............................................................................................. 149 ABSTRACT ....................................................................................................................... 151 INTRODUCTION ............................................................................................................... 153 MATERIALS AND METHODS .......................................................................................... 154 Sample .......................................................................................................................... 154 Anthropometry ............................................................................................................... 155 Biological Maturation ..................................................................................................... 155 Physical fitness .............................................................................................................. 156 Physical activity ............................................................................................................. 156 Sleep Habits .................................................................................................................. 156 Dietary habits ................................................................................................................. 157 Data quality control ........................................................................................................ 157 Statistical analysis ......................................................................................................... 157 RESULTS .......................................................................................................................... 158 DISCUSSION .................................................................................................................... 162 REFERENCES .................................................................................................................. 166. Michele Caroline de Souza. XXIII.

(24) Índice Geral. ESTUDO VI – MODELING LONGITUDINAL CHANGES IN HYPERTENSIVE AND WAIST PHENOTYPE. THE OPORTO GROWTH, HEALTH AND PERFORMANCE STUDY ............................................................................... 173 ABSTRACT ....................................................................................................................... 175 INTRODUCTION ............................................................................................................... 177 METHODS ......................................................................................................................... 179 Sample .......................................................................................................................... 179 Biological Maturation ..................................................................................................... 180 Physical activity ............................................................................................................. 180 Physical fitness .............................................................................................................. 180 Hypertensive and waist phenotype ............................................................................... 181 Data quality control ........................................................................................................ 181 Statistical analysis ......................................................................................................... 182 RESULTS .......................................................................................................................... 183 DISCUSSION .................................................................................................................... 186 REFERENCES .................................................................................................................. 192 Capítulo IV – SÍNTESE FINAL................................................................................................. 197 CONCLUSÕES FINAIS ......................................................................................................... 199 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ................................................................................................... 208 DESAFIOS FUTUROS .......................................................................................................... 209 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 212. Michele Caroline de Souza. XXIV.

(25) Índice de Tabelas. ÍNDICE DE TABELAS CAPÍTULO I Tabela 1. Principais pesquisas longitudinais conduzidos nos Estados Unidos e Europa ..................................................................................................................................... 5 Tabela 2. Estrutura básica do delineamento longitudinal-misto do OGHPS ............... 10 Tabela 3. Estrutura da tese ....................................................................................... 16. CAPÍTULO II Estudo I Table 1. Sample size per age and sex groups ........................................................... 35 Table 2. Summary overview of data collected ............................................................ 43 Table 3. Reliability estimates of key anthropometric and physical fitness measurements in the Oporto Growth and Health Study ...................................................................... 44 Table 4. Descriptive characteristics for several indicators of anthropometry, physical activity, muscular fitness and cardiorespiratory fitness among Portuguese boys and girls (ANCOVA F test and p-values)............................................................................ 46 Table 5. Prevalence (95% confidence interval, CI) of weight status, body fat status, physical activity, physical fitness and cardio-metabolic indicators in Portuguese boys and girls ..................................................................................................................... 47 Estudo II Tabela 1. Medidas descritivas do IMC das coortes 2 e 3 ........................................... 73 Tabela 2. Autocorrelações e respectivos intervalos de confiança (IC95%) entre as mensurações de IMC ao longo de 3 anos em cada uma das coortes ........................ 75 Estudo III Tabela 1. Estrutura básica do delineamento longitudinal-misto de acordo com as quatro coortes de idade ........................................................................................... 102 Tabela 2. Dimensão da amostra em função da idade, coorte e sexo ........................ 103. Michele Caroline de Souza. XXV.

(26) Índice de Tabelas. Tabela 3. Parâmetros (±erro-padrão) dos modelos ajustados para o desempenho da força de preensão, com preditores variantes e invariantes no tempo........................ 110. CAPÍTULO III Estudo IV Table 1. Descriptive statistics for boys and girls of each age cohort ........................ 134 Table 2. Mean auto-correlations, estimated population tracking coefficients (β), and Cohen’s kappa (κ) for each PF test in each cohort separately for boys and girls ...... 136 Estudo V Table 1. Sample size by age, cohorts and sex ......................................................... 155 Table 2. Descriptive statistics for girls and boys in each annual time point (10 to 18 years of age) ............................................................................................................. 160 Table 3. Results summary for the three nested models of girls and boys ................ 161 Estudo VI Table 1. Sample size by age, sex, and cohort ......................................................... 179 Table 2. Descriptive statistics for girls and boys in each annual time point (T0-T8) .. 185 Table 3. Results summary for the three nested models ........................................... 186. CAPÍTULO IV Tabela 1. Resumo das principais conclusões do estudo I ....................................... 200 Tabela 2. Resumo das principais conclusões dos estudos II e III ............................ 201 Tabela 3. Resumo das principais conclusões do estudo IV ..................................... 204 Tabela 4. Resumo das principais conclusões do estudo V ...................................... 205 Tabela 5. Resumo das principais conclusões do estudo VI ..................................... 206. Michele Caroline de Souza. XXVI.

(27) Índice de Figuras. ÍNDICE DE FIGURAS CAPÍTULO I Figura 1. Níveis de influência no desenvolvimento de comportamentos de saúde segundo o modelo ecológico ....................................................................................... 7 Figura 2. Estrutura básica do delineamento longitudinal-misto do OGHPS ................. 8 Figura 3. Quadro relacional entre atividade física, aptidão física e saúde na infância e adolescência e suas associações na vida adulta ......................................................... 9 Figura 4. Modelo relacional das diferentes variáveis estudadas nas três janelas do tempo do OGHPS ...................................................................................................... 10. CAPÍTULO II Estudo II Figura 1. Exemplo de partes (muito reduzidas, mas importantes) do output do LDA para o γ de Foulkes & Davis da coorte 2 ..................................................................... 79 Figura 2. Exemplo de output do TIMEPATH para o γ segundo as sugestões de Rogosa da coorte 3 .................................................................................................... 82 Figura 3. Exemplo de partes muito reduzidas, mas importantes, do output do LDA para o modelo I e II do índice de constância de crescimento de Goldstein das meninas da coorte 2.................................................................................................................. 87. Estudo III Figura 1. Representação do desempenho da força de preensão das quatro coortes de adolescentes em função do tempo .......................................................................... 108 Figura 2. Representação das trajetórias médias dos sujeitos dos dois sexos em função do tempo e, também, do Percentil 25 e 75 da %GTotal ............................... 110. Michele Caroline de Souza. XXVII.

(28) Índice de Figuras. CAPÍTULO III Estudo IV Figure 1. Examples of all possible trajectories of positive and negative instability as previously defined .................................................................................................... 133 Figure 2. Example of trajectories of 30 random girls (left) and boys (right) from cohort 2 in the 1-mile run/walk, 50-yard dash, standing long jump, handgrip strength and agility shuttle run ................................................................................................................ 140 Estudo VI Figure 1. Average trajectories of HWP as function of time (time 0=10 years, time 1=11 years, …, time 8=18 years) and sex (no other covariates are included in the model that produced these mean trajectories) ............................................................................ 183. Michele Caroline de Souza. XXVIII.

(29) Resumo. RESUMO O principal propósito desta tese foi investigar, longitudinalmente, a rede de inter-relações entre características individuais, fatores ambientais e do estilo de vida que afetam a estabilidade e o dinamismo da mudança no crescimento físico, desempenho motor e saúde de adolescentes portugueses com idades entre os 10 e os 18 anos. A amostra total foi constituída por 6894 jovens de ambos os sexos, divididos em 4 coortes etárias (10, 12, 14 e 16 anos), acompanhados durante 3 anos. Os participantes são provenientes de escolas da Região do Grande Porto, Portugal. Procedimentos estandardizados foram utilizados para medir e estimar indicadores do crescimento físico, maturação biológica, composição corporal, desempenho motor, atividade física, risco cardiometabólico, hábitos alimentares e tempo de sono. As análises estatísticas univariadas e multivariadas foram realizadas no SPSS, WinPepi, LDA, TIMEPATH e HLM. Distintos procedimentos de análise do tracking mostraram estabilidade moderada a elevada do índice de massa corporal (IMC) de meninas das coortes 2 e 3; e estabilidade baixa a moderada da aptidão física de adolescentes das coortes 1 e 2. Na análise da força muscular estática, as meninas são mais fortes aos 10 anos, mas os meninos apresentam maiores ganhos anuais; a percentagem de gordura corporal tem uma associação positiva com as mudanças da força. Na análise do IMC, meninos e meninas apresentam um aumento linear com a idade; a aptidão física evidencia associação negativa com a mudança do IMC; o tempo de sono e consumo de frutas e vegetais não foram significativos. Na análise do fenótipo conjunto da tensão arterial e perímetro da cintura, os valores de meninos e meninas aumentam de forma não-linear; os meninos e adolescentes avançados maturacionalmente têm valores de risco mais elevados; a atividade física e aptidão física têm associações negativas com as mudanças longitudinais deste fenótipo. Das principais conclusões destacamos: (1) a importância da abordagem multidisciplinar utilizada, o seu delineamento longitudinal-misto e a vasta gama de informação; (2) a validade do estudo do tracking e análise multinível para descrever e interpretar as mudanças longitudinais; (3) a reduzida estabilidade dos componentes da aptidão física quando analisados por técnicas estatísticas distintas; (4) a importância da aptidão física e atividade física como fatores de proteção ao aumento longitudinal do IMC e dos indicadores cardiometabólicos.. Palavras-chave: crescimento, desempenho motor, saúde cardiometabólica, informação longitudinal, adolescentes. Michele Caroline de Souza. XXIX.

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(31) Abstract. ABSTRACT The main purpose of this thesis was to interpret the net of multiple relationships among biological, environmental and lifestyle indicators affecting growth, development, health and performance of Portuguese adolescents aged 10 to 18 years old. The sample comprises 6894 adolescents of both sexes, divided into 4 age cohorts (10, 12, 14 and 16 years old) followed for 3 consecutive years. Participants are from schools located in Porto, Portugal. Standardized procedures were used to measure growth, biological maturation, body composition, physical fitness, physical activity, cardio-metabolic risk, eating habits and sleep duration indicators. SPSS, WinPepi, LDA, TIMEPATH and HLM were used in the univariate and multivariate statistical analysis. Distinct procedures to analyse tracking showed moderate-to-high stability in girls’ body mass index (BMI) from cohorts 2 and 3; and low-to-moderate stability of adolescents’ physical fitness from cohorts 1 and 2. In the analysis of static strength, girls are stronger at 10 years of age, but boys have higher annual increases; the percentage of total body fat is positively associated with static strength. In the analysis of BMI, boys and girls show linear increments with age; physical fitness is negatively associated with BMI changes; sleep duration and fruit/vegetables intake were not significant. In the analysis of the hypertensive and waist phenotype, boys’ and girls’ values increase in a nonlinear fashion; boys and adolescents who were more mature have higher risk values across adolescence; physical activity and physical fitness are negatively associated to the longitudinal changes in this complex phenotype. Main conclusions: (1) the relevance of using a multidisciplinary approach, a mixed-longitudinal design and the broad array of variables; (2) the validity of the tracking and multilevel analysis to describe and interpret the longitudinal changes; (3) the reduced stability of physical fitness components when analysed with different statistical procedures; (4) the relevance of physical fitness and physical activity as protector factors of longitudinal increases in BMI and cardio-metabolic indicators.. Key-words: growth, motor performance, cardio-metabolic health, longitudinal information, adolescents.. Michele Caroline de Souza. XXXI.

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(33) Lista de abreviaturas e siglas. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. AAHPERD. American Alliance for Health, Physical Educations, Recreation and Dance. Achat. Coeficiente de Achatamento. Ampl. Amplitude Total. ANCOVA. Análise de Covariância / Analysis of Covariance. ANOVA. Análise de Variância / Analysis of Variance. Assi. Coeficiente de Assimetria. BMI. Body Mass Index. BP. Blood Pressure. CI. Confidence Interval. C1. Coorte etária 1. C2. Coorte etária 2. C3. Coorte etária 3. C4. Coorte etária 4. CA. Califórnia. CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. CDC 2. CIFI D. Centers for Disease Control and Prevention Centro de Investigação, Formação, Intervenção e Inovação em Desporto. cm. Centímetros / Centimeters. CRF. Cardiorespiratory Fitness. CVD. Cardiovascular Diseases. DBP. Diastolic Blood Pressure. DF. Distrito Federal. DP. Desvio Padrão. e.g.. For exemple. EUA. Estados Unidos da América. FADE-UP. Faculdade do Desporto da Universidade do Porto. Michele Caroline de Souza. XXXIII.

(34) Lista de abreviaturas e siglas. FCT. Fundação para Ciência e Tecnologia. FD. Foulkes & Davis. GLU. Glucose. H. Hour. H0. Hipótese Nula. HBSC. Health Behaviour in School Aged Children. HDL-C. High Density Lipoprotein-Cholesterol. HGr. Relative Handgrip Strength. HWP. Hypertensive and Waist Phenotype. i.e.. isto é. IBM SPSS. International Business Machines - Statistical Package for Social Sciences. IMC. Índice de Massa Corporal. INE. Instituto Nacional de Estatística de Portugal. IPAQ-SF. International Physical Activity Questionnaire - Short Form. ISCOLE. International Study of Childhood Obesity, Lifestyle and the Environment. kg. Quilograma / Kilometer. kgf. Quilograma Força. LDA. Longitudinal Data Analysis. M. Média. m2. Metros quadrado. M1. Momento Um. M2. Momento Dois. M3. Momento Três. MAP. Mean Arterial Pressure. min. Minutos. mm. milimeter. mmHg. Milímetros de mercúrio/ Milimeters of mercury. MMN. Modelação Multinível. MPA. Moderate Physical Activity. MVPA. Moderate to Vigorous Physical Activity. Michele Caroline de Souza. XXXIV.

(35) Lista de abreviaturas e siglas. N/n. Amostra / Sample size. OGHPS. Oporto Growth, Health and Performance Study. P5. Percentil 5. P25. Percentil 25. P50. Percentil 50. P75. Percentil 75. PA. Physical Activity. PF. Physical Fitness. PHV. Peak Height Velocity. R. Coeficiente de correlação / Correlation Coefficient. r. Coeficiente de Correlação / Correlation Coefficient. reps. Repetitions. rm. Correlação média. s. Segundos / Seconds. SBP. Systolic Blood Pressure. SD. Standard Deviations. SES. Socioeconimic Status. SHR. Shuttle Run. SLJ. Standing Long Jump. SP. São Paulo. t. time. TEM. Technical Error of the Measurement. TG. Triglycerides. TPA. Total Physical Activity. UK. United Kingdon. VPA. Vigorous Physical Activity. vs. Versus. WC. Waist Circumference. WHO. World Health Organization. yrs. years. 50yd. 50 yards dash. %. Percentual. Michele Caroline de Souza. XXXV.

(36) Lista de abreviaturas e siglas. %GTOTAL. Percentual de Gordura Total. κ. Kappa. ξ. Índice de Constância de Goldstein. ξ*. Índice de Constância de Goldstein modificado. γ. Gama. -. Negativo / Negative. ~/≈. Aproximadamente. +. Positivo / Positive. <. Menor. =. Igual. >. Maior. ±. Mais ou menos. ≤. Menor ou Igual. ≥. Maior ou Igual. ♀. Meninas. ♂. Meninos. Michele Caroline de Souza. XXXVI.

(37) CAPÍTULO I. Introdução Geral e Estrutura da Tese.

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(39) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. INTRODUÇÃO GERAL 1.. Necessidade de um olhar integrador. O dinamismo do crescimento e desenvolvimento do ser humano reflete, em larga escala, o longo processo de evolução biocultural da espécie, dado serem fenômenos dinamicamente moldados por um vasto conjunto de fatores biológicos e do envolvimento (Bogin, 1999; Rogol, Clark et al., 2000; Ulijaszek, 2006; Malina, Bouchard et al., 2009). Esta complexidade inter-relacional genes e ambiente - atua de múltiplas formas para condicionar a plasticidade fenotípica numa ampla gama de variabilidade intra e interindividual no crescimento e desenvolvimento (Bogin, 1999; Malina, Bouchard et al., 2009). Há também quem considere os estados de crescimento e desenvolvimento, à escala populacional, indicadores sensíveis na aferição das condições gerais de saúde e qualidade de vida (Guedes & Guedes, 1997; Bogin, 1999; Ulijaszek, 2006; Hills, King et al., 2007). A adolescência é entendida como uma janela temporal ímpar para mergulhar o olhar na pluralidade de mudanças do foro biológico, cognitivo e psicossocial; acresce a aquisição e desenvolvimento de hábitos e estilos de vida, cuja persistência podem ter implicações significativas na saúde (Ulijaszek, 2006; Malina, Bouchard et al., 2009; Alberga, Sigal et al., 2012). O estudo da população adolescente reveste-se, ainda, de maior importância devido à modernização tecnológica atual e a consequente fruição de novos “gadgets”, que têm conduzido à promoção de estilos de vida nunca antes presenciados, essencialmente marcados pela aquisição de hábitos alimentares não saudáveis, comportamentos sedentários, diminuição dos níveis de atividade física, redução da exercitação física plena de sentido, i.e., da prática desportiva (Elgar, Roberts et al., 2005; Must, Bandini et al., 2007). A emergência de novos “ambientes”, frequentemente designados de obesogênicos, conduziu às duas das maiores epidemias à escala global (Elgar, Roberts et al., 2005; Hallal, Andersen et al., 2012; Spruijt, 2012; Ng, Fleming et al., 2014) - a obesidade e do sedentarismo - intimamente relacionados com o Michele Caroline de Souza. 3.

(40) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. desenvolvimento exponencial de distúrbios cardiometabólicos em crianças e jovens (Weiss, Bremer et al., 2013), e que conduzem ao aumento do risco de doenças cardiovasculares na vida adulta (Kemper, Post et al., 1999; Twisk, Kemper et al., 2002). Daqui a necessidade, sempre presente, de informação cada vez mais precisa e atual acerca do modo como os jovens crescem e se desenvolvem no contexto da realidade do seu espaço habitacional, educativo e recreacional. A saúde do adolescente é hoje associada a um vasto manancial de indicadores do seu crescimento físico (Bogin, 1999; de Onis, Onyyango et al., 2007), maturação biológica (Malina, 2014), aptidão física (Ortega, Ruiz et al., 2008), composição corporal (Guedes & Guedes, 1997; Malina, Bouchard et al., 2009) e estilos de vida (Spruijt, 2012). Acresce a necessidade, sempre renovada, (1) da descrição modal e da variação do desempenho motor dos adolescentes; (2) da monitorização da mudança ocorrida ao longo do tempo (intraindividual e das diferenças interindividuais), bem como (3) da oferta de oportunidades de exercício físico/prática desportiva sintonizadas com as necessidades e prioridades dos jovens . O desafio interpretativo acerca do significado da variabilidade dos efeitos contextuais no crescimento físico, desenvolvimento e saúde de crianças e adolescentes é “eterno”, não deixando nunca de nos surpreender. O seu fascínio percorre uma vastidão de disciplinas da Antropologia Física e Biologia Humana, à Pediatria, Saúde Pública e Epidemiologia. Mais recentemente deslocou-se para o território das Ciências do Desporto e Educação Física pela importação de preocupações emergentes da nova disciplina designada de Epidemiologia da Atividade Física. O vasto espaço da Educação na escola é, também, educação para a saúde, bem como o alcance polissêmico do Desporto. Historicamente, alguns dos estudos longitudinais mais emblemáticos realizados nos Estados Unidos e na Europa centraram a sua atenção somente no crescimento físico e maturação biológica (Matton, Beunen et al., 2007; Malina, Bouchard et al., 2009). Posteriormente, incluíram inovações do foro do Michele Caroline de Souza. 4.

(41) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. desempenho motor e atividade física (Matton, Beunen et al., 2007; Malina, Bouchard et al., 2009; da Silva, Beunen et al., 2013). Mais recentemente, o olhar tem sido mais abrangente em virtude dos desafios populacionais associados ao desenvolvimento de doenças cardiometabólicas no adulto e às evidências crescentes que a infância e adolescência são janelas importantes da sua emergência. Daqui que tenha havido uma mudança de foco para a avaliação de indicadores de risco já em contexto pediátrico (Matton, Beunen et al., 2007; Malina, Bouchard et al., 2009). Não obstante a inegável importância do corpo de conhecimento adquirido, a extensão e variedade dos indicadores pesquisados (ver Tabela 1), a que se agrega a latitude e profundidade dos seus problemas e metodologias, a complexidade relacional da dinâmica da mudança no crescimento, desenvolvimento e indicadores de saúde está longe de ser completamente fechada. Em nosso entender, exige uma compreensão mais interativa por parte dos pesquisadores das Ciências do Desporto e Educação Física dos países lusófonos. Sobretudo, quando os delineamentos longitudinais escasseiam e as abordagens interdisciplinares não abundam (da Silva, Beunen et al., 2013).. Tabela 1. Principais pesquisas longitudinais conduzidos nos Estados Unidos e Europa. Pesquisa. Cidade/País/Ano de início. Fels Longitudinal Study. Yellow Springs, EUA (1929). Principais indicadores estudados Medidas somáticas, Maturação biológica, Composição corporal, Em fases mais recentes: Aptidão Física, Atividade Física, Fatores de risco de doenças cardiometabólicas, Marcadores genéticos, Aspectos nutricionais.. Saskatchewan Child Growth and Development Study. Saskatoon, Canadá (1964). Medidas somáticas, Maturação biológica, Composição corporal, Atividade física, Aptidão física, Conteúdo e densidade mineral óssea.. Leuven Longitudinal Study on Lifstyle, Fitness and Health. Lovaina, Bélgica (1968). Medidas somáticas, Maturação biológica, Composição corporal, Somatótipo, Aptidão física,. Michele Caroline de Souza. 5.

(42) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. Em fases mais recentes: Fatores genéticos, Fatores de risco para doenças cardiometabólicas. Muscatine Heart Study. Iowa, EUA (1970). Medidas somáticas, maturação biológica, Aptidão Física, Atividade física, Fatores de risco de doenças cardiometabólicas.. Bogalusa Heart Study. Lousiana, EUA (1972). Medidas somáticas, maturação biológica, Aptidão Física, Atividade física, Fatores de risco de doenças cardiometabólicas.. Amsterdam Growth Study. Amsterdão, Holanda (1977). Medidas somáticas, maturação biológica, Aptidão Física, Atividade física, Fatores de risco para doenças cardiometabólicas, Densidade óssea, Parâmetros fisiológicos.. The Northern Ireland Young Hearts Project. Irlanda do Norte, Irlanda (1989). Medidas somáticas, maturação biológica, Aptidão Física, Atividade física, Fatores de risco de doenças cardiometabólicas.. European Youth Heart Study. Estudo multi-centro: Dinamarca, Noruega, Estônia e Portugal (1997). Medidas somáticas, maturação biológica, Aptidão Física, Atividade física, Fatores de risco de doenças cardiometabólicas.. 2.. Janelas de leitura e interpretação – modelos disponíveis. Uma janela de leitura abrangente e integrada do lato território do crescimento físico, desempenho motor e estado de saúde de adolescentes requer, num certo sentido, um alicerce conceitual que considere não só a interrelação entre os seus diversos indicadores, mas também o dinamismo da sua mudança. Uma proposta, suficientemente abrangente e genérica, é a perspetiva ecológica do desenvolvimento humano centrada na díade indivíduo e ambiente, inicialmente proposta por Bronfenbrenner (1979), cuja extensa divulgação e aplicação no espaço lusófono se deve ao esforço do Professor Ruy Krebs (1995). Este modelo investiga as relações entre as mudanças que ocorrem no sujeito em desenvolvimento e todos os sistemas onde decorrem, direta ou indiretamente (Krebs, 1995). Mais recentemente, a sua abordagem dinâmica e interacionista foi incorporada no domínio da Epidemiologia da Atividade Física (Figura 1), face ao reconhecimento que múltiplos níveis de influência (individual, sociocultural, físico-ambiental e contexto político) atuam. Michele Caroline de Souza. 6.

(43) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. na adoção de estilos de vida ativos e saudáveis (Sallis & Owen, 1997; Sallis, Cervero et al., 2006; Sallis, Owen et al., 2008).. Figura 1. Níveis de influência no desenvolvimento de comportamentos de saúde segundo o modelo ecológico (adaptado de Sallis & Owen, 1997).. Bouchard e Shephard (1994) apresentam um modelo relativamente complexo de associações recíprocas entre a atividade física, aptidão física e a saúde sob a influência de fatores biológicos (hereditariedade), do envolvimento (físico e social) e do estilo de vida (Figura 2). Este modelo tem recebido elevada visibilidade internacional (Matton, Beunen et al., 2007) em grande parte por causa da ampliação do conceito de aptidão física - de um foco primário centrado na componente motora para a maior ênfase na saúde, descrita. em. cinco. componentes:. morfológica,. muscular,. motora,. cardiorespiratória e metabólica (Bouchard & Shepard, 1994; Malina, Bouchard et al., 2009; Pate, Oria et al., 2012). Num outro plano, os renomados projetos de pesquisa - HERITAGE Family Study (Bouchard, Leon et al., 1995) e Québec Family Study (Katzmarzyk, Malina et al., 1999) - são exemplos de aplicações deste modelo com base nos fatores hereditários.. Michele Caroline de Souza. 7.

(44) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. Figura 2. Especificação gráfica das relações entre atividade física, aptidão física e saúde (adaptado de Bouchard & Shephard, 1994 ).. Um último modelo a ser citado, sugerido por Blair, Clark et al. (1989), descreve o efeito benéfico da manutenção de comportamentos ativos (atividade e aptidão física) durante a infância e adolescência e a sua transferência para a saúde do adulto (Figura 3). Essas relações interativas e de “longo prazo” noutras fases da vida têm sido exploradas em estudos epidemiológicos de renome internacional, nomeadamente o European Youth Heart Study (Riddoch, Edwards et al., 2005), Bogalusa Heart Study (Nicklas, von Duvillard et al., 2002), Muscatine Heart Study (Janz, Dawson et al., 2002), sobretudo no que se refere à saúde cardiometabólica.. Michele Caroline de Souza. 8.

(45) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. Figura 3. Quadro relacional entre atividade física, aptidão física e saúde na infância e adolescência e suas associações na vida adulta (adaptado de Blair, Clark et al. 1989). Inspirados nas abordagens destes três modelos, bem como em pesquisas anteriores com uma estrutura longitudinal-mista realizadas nos arquipélagos da Madeira (Freitas, Maia et al., 2002) e Açores (Maia & Lopes, 2007), no Cariri Cearense (Silva, 2010) e em Muzambinho (Basso, Meira et al., 2009) foi possível delinear o projeto designado de Oporto Growth, Health and Performance Study (OGHPS). Nasceu no ano letivo de 2010/2011, e o seu grande. propósito. é. investigar,. longitudinalmente,. a. interação. entre. características individuais e fatores ambientais no crescimento físico, desempenho motor e marcadores da saúde de adolescentes portugueses com idades entre os 10 e os 18 anos. A partir de um delineamento longitudinal-misto (ver Tabela 2), e uma estrutura flexível, centrada nos domínios da Ciências do Desporto, Epidemiologia e Auxologia, o esforço interpretativo do OGHPS está direcionado para a estabilidade e dinâmica da mudança de um vasto conjunto de variáveis descritoras das categorias centrais da pesquisa. A abrangência desta leitura implicou, também, que se conhecesse a importância de aspectos tão distintos como os que se referem ao período gestacional, comprimento e peso à nascença, bem como nos primeiros anos de vida, estatuto socioeconômico da família, perceção do suporte parental relativamente à prática de atividade física; associamos, também, comportamentos alimentares, tempo de sono, perceção do estado de saúde e aspectos do ambiente construído. A Figura 4 ilustra o modelo relacional das diferentes variáveis estudadas nas três janelas do tempo.. Michele Caroline de Souza. 9.

(46) Introdução Geral e Estrutura da Dissertação. Tabela 2. Estrutura básica do delineamento longitudinal-misto do OGHPS. Idades. Coortes C1. 10. 11. C2. 12 12. 13. C3. 14 14. C4. 15. 16 16. 17. 18. Ano 1 Ano 2 Ano 3. Figura 4. Modelo relacional das diferentes variáveis estudadas nas três janelas do tempo do OGHPS.. Michele Caroline de Souza. 10.

Imagem

Figura  1.  Níveis  de  influência  no  desenvolvimento  de  comportamentos  de  saúde segundo o modelo ecológico (adaptado de Sallis &amp; Owen, 1997)
Figura  2.  Especificação  gráfica  das  relações  entre  atividade  física,  aptidão  física e saúde (adaptado de Bouchard &amp; Shephard, 1994 )
Figura  3.  Quadro  relacional  entre  atividade  física,  aptidão  física  e  saúde  na  infância e adolescência e suas associações na vida adulta (adaptado de Blair, Clark et al
Tabela 2. Estrutura básica do delineamento longitudinal-misto do OGHPS.
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