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Novas tecnologias para uma nova prática pedagógica (a formação de professores no curso de Letras do UNIS - Varginha)

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Engenharia de Produção

NOVAS TECNOLOGIAS PARA UMA NOVA PRÁTICA

PEDAGÓGICA (A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CURSO

DE LETRAS DA FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E

LETRAS DO UNIS - VARGINHA)

JOSÉ MANOEL MAGALHÃES FERREIRA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção.

Florianópolis

2001

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JOSÉ MANOEL MAGALHÃES FERREIRA

NOVAS TECNOLOGIAS PARA UMA NOVA PRÁTICA

PEDAGÓGICA (A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CURSO

DE LETRAS DA FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E

LETRAS DO UNIS - VARGINHA)

Esta Dissertação foi julgada adequada e aprovada para a obtenção

do título de Mestre em Engenharia de Produção com área de

concentração em Mídia e Conhecimento no Programa de Pós-

Graduação em Engenharia de Produção da

Universidade Federal de Santa Catarina.

Florianó

iode 2001.

Prof. Ric

areia, Ph.D.

Co»

Curso

BANCA

BANCA EXAMINADORA

Orientadora

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À minha família, Ana Maria, Maria Ciara e Tábata pela compreensão, incentivos e tempo que me permitiram chegar aqui.

(4)

À Prof3. Dra. Vânia Ulbricht pela dedicação e interesse demonstrados durante todo o trabalho, e pelas influências deixadas!

(5)

"A minha alma, engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador".

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Lista de Figuras... viii Listas de T abelas... ix R esum o... x A bstract... xi 1 INTRODUÇÃO... 01 1.1 Objetivos da Pesquisa... 03 1.1.1 Objetivo ge ra l... 03 1.1.2 Objetivos específicos... 03 1.1.3 Indagações... 03 2 MOMENTO HISTÓRICO... 06 2.1 Mutabilidade... 07

2.2 Movimento Acelerado de Produção e Divulgação de Conhecimento... 08

2.3 Paradigmas Educacionais...1 0 2.3.1 Uma educação multicultural...11

2.3.2 Educação universal... 12

2.3.3 Educação contínua... 14

2.3.4 Educação a tiv a ...15

2.3.5 Educar para a comunicação e pesquisa... 16

2.4 Objetivos da Educação... 17

2.4.1 Desenvolvimento humano (lllich, 1973)... 18

2.4.2 Redução das desigualdades sociais (Gadotti, 1998)... 19

2.4.3 Educação baseada na prática pedagógica reflexiva (Moraes, 1997).... 19

2.4.4 Inovação e criatividade (Machado, s /d )... 20

2.4.5 Autonomia, cooperação e criticidade (Demo, 1993)... 20

2.4.6 Educação continuada (Levy, 1997)... ... 21

2.4.7 Qualidade e equidade (Gadotti, 1992)... 22

2.5 Conclusão... 22

3. OS DESAFIOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS...24

3.1 Introdução...24

3.2 O Computador... 24

3.2 A Internet...27

3.3 O Contexto Pedagógico e as Novas Tecnologias... 30

3.4 Conclusão...33

4. O CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (U N IS )...34

4.1 H istórico...34

4.1.1 Descrição... 35

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5. NOVAS TECNOLOGIAS E O CURSO DE LETRAS (U N IS )... 46 5.2 Introdução...4 6 5.2 População Consultada...4 9 5.2.1 Caracterização...4 9 5.2.2 O questionário...5 0 5.3 Avaliação de Resultados...5 1 5.3.1 A Exploração In ic ia l...5<l 5.3.2 A pergunta n.° 01...5 2 5.3.3 A pergunta n.° 0 2 ...5 5 5.3.4 A pergunta n.° 0 3 ...5 9 5.3.5 A pergunta n.° 0 4 ...62 5.3.6 A experiência o b tid a ... 64 5.4 As Entrevistas... 65

5.4.1. Relatório da entrevista com o professor n° 01...65

5.4.2 Relatório da entrevista com o professor n° 0 2 ... 67

5.4.3 Relatório da entrevista com o professor n°0 3 ...70

5.4.4 A experiência o b tid a ...7 3 6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS.. . 7 4 6 .1 Conclusões...7 4 6.2 Recomendações para 0 Curso de Letras do U N IS ...7 9 6.3 Recomendações para Futuros Trabalhos...8 3 BIBLIOGRAFIA REFERENCIADA...8 4 A N E XO ... 89

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Lista de Figuras

Figura 01 : Já Utilizaram / Maneiras de empregar a Internet...5 3 Figura 02: Previsão de inclusão ou aprimoramento da utilização da Internet. 56 Figura 03: Vantagens do uso educacional da Internet ... 60 Figura 04: Desvantagens do uso educacional da Internet...62

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Lista de Tabelas

Tabela 01: Já Utilizaram / Maneiras de empregar a Internet... 53 Tabela 02: Previsão de inclusão ou aprimoramento da utilização da lnternet.56 Tabela 03: Vantagens do uso educacional da Internet... 59 Tabela 04: Desvantagens do uso educacional da Internet...62

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Resumo

FERREIRA, JOSÉ MANOEL MAGALHÃES. Novas tecnologias para

uma nova prática pedagógica (a formação de professores no curso de letras da faculdade de filosofia, ciências e letras do UNIS - Varginha). 104f.

Florianópolis, 2001, Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2001.

A Sociedade atual é marcada pela mutabilidade, fenômeno que implica na geração de novas tecnologias e diferentes interpretações do real; é marcada também pela intensa produção e divulgação de conhecimento auxiliados pela informática e pela telecomunicação, possibilitando o aparecimento de uma comunidade educativa e deslocando o centro de produção da sociedade para a unidade de informação. Neste contexto, a educação mune-se de novos paradigmas, como manter o equilíbrio entre a cultura local e universal, propiciar a todos a partilha do seu saber, desenvolver a noção de diversidade e originalidade, fazer recurso a métodos ativos e preocupar-se com a comunicação e a pesquisa. O Computador e a Internet aparecem como ferramentas que possibilitam aos educandos e educadores perseguir estes paradigmas, favorecendo o processo de apreensão do conhecimento. A Licenciatura em Letras do Centro Universitário do Sul de Minas (Unis) que forma professores de Língua Portuguesa e Língua Inglesa para o Ensino Fundamental e Médio, possui uma excelente estrutura tecnológica e seu projeto pedagógico já se insere nestes novos paradigmas. O presente trabalho investiga o uso do Computador e da Internet neste Curso e propõe uma metodologia diferenciada, a pedagogia de projetos, visando a inserção dessas novas tecnologias na formação dos professores.

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FERREIRA, JOSÉ MANOEL MAGALHÃES. Novas tecnologias para

uma nova prática pedagógica (a formação de professores no curso de letras da faculdade de filosofia, ciências e letras do UNIS - Varginha). 104f.

Florianópolis, 2001, Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2001.

The nowadays society is marked by mutability, fenomenon that is responsable for criation of technology and different interpretation of the what is real. It's also made by intensive production and knowledge sharing helped by Computer Science and Telecomunication, allowing the appearance of na educational community and moving the society production center for the information unit. In this context, Education gest new paradigms like keeping the balance between local and culture, provide knowledgesharing to everybody, to develop diversity and originality notions and make source for active metodologies and to concern about comunication and research. The computers and internet show up as new tools can make educators and students look for these paradigms, making the knowledge acquiring process favorable. The graduation of the Portuguese and English Arts College of the "Centro Universitário do Sul de Minas" (UNIS) that graduates teachers for Portuguese and English for the Elementary and High School, owns na excelent technological structure and its pedagogic project is also within these new paradigms. The present job investigate the use of the computer and for the internet in this course and offer a different metodology, the pedagogy of projets, seeking for the join of this technology in the teachers graduation.

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A sociedade moderna está definitivamente marcada pela tecnologia. A vida humana não é hoje mais pensada sem a ajuda dos recursos tecnológicos, frutos da própria dinâmica social.

De alguma forma esta tecnologia tem penetrado também o mundo educacional. É cada vez maior a preocupação das escolas de se aparelharem com laboratórios de informática e, além de ligá-los em rede, conectá-los à rede mundial, Internet.

O laboratório de computação ficou, no início, restrito às aulas de informática que passaram a fazer parte dos currículos, principalmente na rede particular de ensino.

O próprio Estado vem fazendo grandes esforços para a implementação do uso do computador e da Internet na escola. Criou mesmo um grande programa de capacitação para os professores.

A questão primeira que se coloca não é sobre a necessidade ou não do uso do computador e da Internet na escola e sim como preparar os professores para atuarem neste novo paradigma educacional. Como professores que são formados dentro de um paradigma e uma metodologia tradicionais poderão transformar-se quando chegarem às salas de aula, lecionando língua portuguesa e/ou língua Inglesa.

Constata-se que os professores do Ensino Fundamental e Médio precisam ser treinados em serviço para o uso das Novas tecnologias e que, muitos

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deles, não possuem noção da relevância e da oportunidade do emprego dos mesmos. Os professores são formados em instituições que valorizam a Internet e o computador mas estes não são vistos como uma prática pedagógica válida para o ensino superior.

Esta pesquisa apresenta sua contribuição ao procurar estudar o emprego pedagógico de um importante recurso tecnológico: a rede mundial de computadores (Internet). O problema a ser investigado passa pela identificação de quais professores estão utilizando a rede Internet como instrumentos de seu projeto pedagógico, a análise desses meios e quais os benefícios que têm sido colhidos no curso de Letras. As respostas a essas indagações poderão apoiar novas pesquisas para a identificação de uma proposta do uso mais eficiente do recurso na educação superior de graduação, em especial nas Licenciaturas que tem como missão formar professores que atuarão no Ensino Fundamental e Médio.

A proposta de análise do Curso de Letras do UNIS (Centro Universitário do Sul de Minas) se deve, em primeiro lugar, a sua finalidade: formar professores de língua Portuguesa e Língua Inglesa para os Ensinos Fundamental e Médio.

Em seguida, a facilidade para a observação e coleta de dados, visto se tratar de um universo pequeno de docentes. E, pelo fato do Centro Universitário do Sul de Minas ter sido o primeiro Provedor de Internet (Fepesmig.br) de toda região Sul Mineira, sendo assim, tecnologicamente bem aparelhado.

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1.1 Objetivos da Pesquisa

1.1.1 Objetivo geral

Investigar as modalidades de uso pedagógico do Computador e da rede eletrônica de comunicação Internet no curso de Letras do Unis, como instrumento tecnológico de suporte ao aprimoramento qualitativo do processo de ensino-aprendizagem e como preparação de professores.

1.1.2 Objetivos específicos

• Identificar o grau de utilização e aplicação da Internet no curso de Letras pelos professores da faculdade que participaram do presente estudo;

• Identificar as propostas pedagógicas inseridas nos programas das disciplinas daqueles professores que já empregam a rede Internet; • Situar os benefícios já obtidos e os esperados no processo ensino-

aprendizagem que envolva a utilização da Internet.

1.1.3 Indagações

Destacam-se, desde já, algumas indagações importantes para o alcance dos objetivos assinalados. As questões que estiveram presentes durante a pesquisa são apresentadas para explicitar o enfoque paradigmático e as referências que inspiraram o trabalho. As indagações tem, portanto, o propósito

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de encaminhar o alcance dos objetivos da pesquisa, seguindo procedimentos para a pesquisa sugeridos por Bastos et al (1996):

• o Curso de Letras tem preparado seus alunos para o uso das Novas Tecnologias?

• o emprego dos recursos oferecidos pela Internet abrange os níveis mais elevados do aprendizado estimulando a criatividade e a criticidade ou apenas serve para aprimorar a memorização e a reprodução de conceitos e idéias?

• os programas e sites selecionados na Internet empregam recursos de multimídia interativa, de modo a estimular os diversos aspectos da inteligência e a forma individual e coletiva de aprendizagem do aluno, ou trabalham com uma forma única e padronizada?

• a Internet apóia o ensino direcionado à busca individual e coletiva de respostas pelos alunos, de modo que eles possam gerar seus próprios conceitos, por intermédio da sua interação com amplas informações sobre o seu ambiente social e histórico?

• o uso do computador ligado em uma rede mundial colabora para o desenvolvimento humano, engrandecimento pessoal e moral do indivíduo, bem como do grupo em que está inserido?

Uma grande limitação encontrada no trabalho foi uma bibliografia específica. Apesar de encontrar farta bibliografia sobre o tema “Novas Tecnologias e Educação”, são raras as direcionadas para o Ensino Superior e pouquíssimos os relatos de experiências feitas na área.

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Outro limite foi o pequeno número de professores que utilizam a Internet e o Computador em suas atividades pedagógicas, o que restringiu algumas respostas às nossas questões iniciais.

Estas questões que norteiam a presente pesquisa serão respondidas após serem apresentados alguns paradigmas educacionais que se enquadrem com as necessidades destes novos tempos.

Para responder a estas indagações e alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho começa com uma descrição do momento histórico e a proposta de alguns paradigmas educacionais (Capítulo 2) que pretendem fundamentar a adoção das Novas Tecnologias.

Em seguida, descreve as Novas Tecnologias e suas implicações educacionais (Capítulo 3), apresentando-as como um desafio a ser enfrentado.

O capítulo 4 faz uma descrição do Centro Universitário do Sul de Minas e do Projeto Pedagógico do Curso de Letras, visando situar o universo da pesquisa.

O Capítulo 5 apresenta a pesquisa que foi realizada através de um questionário e de entrevistas feitas com os professores do Curso de Letras, relatando a experiência obtida em cada momento.

Finalmente, a conclusão onde se apresentam também propostas para o curso de Letras e futuros trabalhos.

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Como definir este momento histórico? Eis aí uma grande dificuldade. Há termos que estão na moda: globalização, era tecnológica, etc... O fato é que uma época especial se apresenta à sociedade. Seja pela velocidade dos acontecimentos, seja pelos desafios lançados.

Para falar de Educação, não se pode, no entanto, achar que, uma vez fechadas as portas da sala de aula um outro mundo começa. É uma grande tentação do professor acreditar que entre quatro paredes, durante 50 minutos, tudo ao seu redor deixa de existir. Parece mesmo que o tempo pára: não existe o antes e o depois não chega a preocupar. Toda aula não precisa ter necessariamente “vínculo com a vida”, mas a aula, o momento dito de aprendizagem precisa se liberar da ditadura dos 50 minutos.

O que se pretende é que o instante Ensino-Aprendizagem não se desvincule do mundo. Não se torne apenas um momento.

Neste capítulo far-se-á uma reflexão sobre o momento atual, momento único na vida de cada ator social, inspirando diversos autores que, como Giddens(1991) chamam-no de alta-modernidade, acreditando que desde que se inventou as máquinas ainda não se mudou os meios de produção, portanto, acredita ele, a modernidade é o traço marcante desta sociedade.

Este capítulo faz, ainda, uma reflexão sobre a educação mostrando como os autores repensam com coragem este momento de transformações tão profundas.

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2.1 Mutabilidade

Uma das características desta sociedade é a mutabilidade. Reconhecer este fato é importante para se perceber a relação dialética que existe entre os movimentos sociais e o desenvolvimento do sujeito. Assim, o desenvolvimento do homem e da humanidade tem suas implicações no desenvolvimento da tecnologia, das sociedades e da cultura. Da mesma forma, a mutabilidade das sociedades e culturas implica na geração de novas tecnologias, proporcionando novas formas de pensamento, diferentes interpretações do real e formas de relações coletivas(Alves, 1998).

A mutabilidade sempre marcou a sociedade humana. No entanto, neste momento atual, ela está tão implicadamente marcada no processo de vida e realização pessoal que perde-se um referencial, um paradigma que conduza melhor os traçados e planejamentos sociais e humanos. Sejam eles do ponto de vista urbano, familiar e mesmo pedagógico

A mutabilidade atualmente faz com que os indivíduos e os movimentos da sociedade se entrelacem de tal forma que não se pode mais colocar algumas premissas que antes pareciam seguras. Alguns exemplos: “A Educação transforma a sociedade”; “As novas tecnologias impactam a sociedade atual”. Estas são afirmações que merecem, no mínimo, serem discutidas, pois não são mais objeto de consenso.

Giddens (1991,p.84) em “As Consequências da modernidade” ajuda a compreender este fenômeno trazendo o conceito de “reflexividade” segundo o qual, “as práticas sociais são examinadas à luz da informação renovada sobre

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As instituições tradicionais deixaram de exercer o papel de filtro (Postmann,1994), e com as novas tecnologias proporcionando um acúmulo cada vez maior de informações que, por sua vez, esclarecem sobre as práticas sociais, o fenômeno da mutabilidade se tornou, em sua velocidade, uma característica bastante marcante do momento atual.

2.2 Movimento Acelerado de Produção e Divulgação de Conhecimento

Esta característica decorre da primeira e se entrelaça com ela, pois a sociedade atual é marcada pelo movimento acelerado de produção e divulgação de conhecimentos.

Este momento histórico pode ser chamado de sociedade das telecomunicações e da informática. As telecomunicações colocam a sociedade diante de um mundo que não está mais diante dela, mas uma realidade da qual ela faz parte e na qual está inserida (Alves, 1998).

A informática faz surgir novas formas de conhecimento onde os dados não se ligam mais linearmente mas podem se estender em conexões, em redes. O que talvez possibilite ou já esteja possibilitando uma coletividade produtiva, quem sabe até educativa (Levy,1993).

A revolução industrial, que o mundo conheceu no século passado, provocou inúmeras mudanças. Todavia, até a chegada do computador nos meios profissionais no decorrer dos anos 80 e da internet nos anos 90 os agentes de formação tinham tempo de olhar, experimentar, avaliar e julgar todas as novas tecnologias que chegavam: o som e a imagem gravados, a multiplicação de

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meios de transmissão analógicos (telefone, rádio, televisão), a câmara e o toca-discos (Fernandez,1998).

No meio educacional, apesar da persistência de todos estes progressos, o tempo de mudança deixou aos educadores tempo para resistir e mesmo de utilizar essas tecnologias independentemente umas das outras.

O mundo da educação se encontra hoje desconcertado pela aceleração das mudanças nos domínios econômicos, tecnológicos, sociológicos e políticos. Pela primeira vez na história, depois da criação das universidades na Idade Média, as condições são favoráveis a uma reestruturação da estrutura hierárquica no ensino e nos modos de distribuição dos ensinamentos.

Assiste-se hoje ao aparecimento de uma estrutura que permitirá o desenvolvimento de recursos que antigamente estavam localizados e gerenciados por “experts” controlando de maneira independente seu campo de operação: a sala de aula com uma biblioteca em anexo.

O movimento acelerado de produção e divulgação do conhecimento confirma que a sociedade em que vive-se atualmente é caracterizada também como de informação. O centro de produção desta sociedade é a unidade de informação e o seu grande bem de consumo é o conhecimento. A informática possibilita a simulação e o ser humano pode antecipar consequências que aumentem o seu poder de escolha e decisão.

Afigura-se assim uma nova perspectiva nas relações sociais, uma maior integração das ciências e uma visão holística da realidade.

É dentro desta realidade que a Educação deve estabelecer seus novos paradigmas, pois, mais do que nunca, se torna necessário inserí-la nestes novos tempos.

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2.3 Paradigmas Educacionais

Falar que a escola parou no tempo além de se tornar lugar comum, não reflete a realidade. Mas é inegável que, apesar de todo progresso pedagógico, e toda a atualização de teorias a respeito da educação, ainda há dificuldades para abandonar a idéia de educação ligada a prédio, aula, carga horária, curriculum mínimo e avaliação sistemática.

Experiências vêm sendo feitas (PROINFO), mas os paradigmas tradicionais, o medo da perda de controle sobre o aprendizado, as “certezas” do que deve ser transmitido pela escola continuam dificultando maiores progressos.

De uma maneira geral, alguém diz o que deve ser ensinado e o que os alunos devem aprender. Atualmente, o próprio Exame Nacional de Cursos(o Provão) do Ministério da Educação , com o mérito de talvez ter despertado algumas instituições, coloca a educação diante de tal realidade, pois há um parâmetro pré-determinado de Ensino-Aprendizagem.

Os autores que serão analisados a seguir discorrem sobre outros paradigmas. Eles não apontam soluções. Apontam princípios que devem nortear as ações educativas.

O critério para a escolha desses autores foi sua ousadia e não há pretensão de trazer toda sua teoria educacional, mas tópicos que são pertinentes, no momento atual.

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2.3.1 Uma educação multicultural

Moacir Gadotti (1992), professor de História da Educação na Unicamp, chama esta época de pós-moderna, em oposição à época moderna que teria se esgotado, ao menos teoricamente nos anos 50. Segundo ele, a grande questão é “como pensar a escola?”, como pensar a educação nesta pós- modernidade, nesta era multicultural?

Alguns elementos são reveladores desta pós-modernidade: a invasão da tecnologia eletrônica, a automação e, sem dúvida, a invasão da informação. Esta época também se caracteriza pela crise de paradigmas e de referenciais. Segundo o autor, a educação que leva estes elementos em conta é uma educação multicultural (Gadotti, 1992).

O homem da modernidade é um homem voltado para a participação com as massas, um homem voltado para a participação na política. O homem da pós- modernidade está preocupado com o seu cotidiano, com o seu mundo, com as minorias, com metas pessoais de curto prazo. Cada vez mais o homem da pós- modernidade se afirma como indivíduo (Gadotti, 1992).

Nesta situação, a educação deve ser para todos, deve respeitar a diversidade, ampliando horizontes de conhecimento e as visões do mundo. A educação deve ser crítica.

Enquanto a educação clássica colocava seus objetivos no conteúdo, na eficiência, na racionalidade, nos métodos, nas técnicas e nos instrumentos, a educação no pós-moderno assume o papel de resgatar a unidade entre história e sujeito; não priorizar a apropriação do conteúdo mas o processo de conhecimento e suas finalidades. A educação tende a valorizar o movimento, o

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imediato, o afetivo, a relação, a intensidade, o envolvimento, a solidariedade e a auto-gestão.

A educação tradicional trabalhava o conceito de igualdade (buscando eliminar diferenças) a educação deve agora trabalhar o de equidade (igualdade sem eliminar as diferenças). O pressuposto básico da educação clássica era a hegemonia, agora deve ser o da autonomia (Gadotti, 1992).

Nesse contexto a educação enfrenta o desafio de manter o equilíbrio entre a cultura local, regional, própria de um grupo social e uma cultura universal. A escola tem que ser assim, local como ponto de partida e intercultural como ponto de chegada. É verdade que a escola sozinha não será capaz de dar conta dessa tarefa. Numa perspectiva intercultural de educação ela deverá aliar-se a outras instituições para que possa enfrentar, com autonomia este desafio (Gadotti, 1992).

2.3.2 Educação universal

Ivan lllich (1993), educador nascido em Viena, se tornou conhecido por suas idéias radicais e por suas atitudes de vida. Faz uma crítica severa ao sistema escolar, como estrutura reprodutora e justificadora do tipo de sociedade que se apresenta atualmente lllich (1973) apresenta três princípios que serão norteadores de ações nesta proposta.

Segundo lllich (1973) um sistema educacional deve, antes de mais nada, dar a todos os que queiram aprender acesso aos recursos disponíveis, em qualquer época de sua vida.

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A escola permanece, ainda hoje, como uma instituição de alguns para uma determinada idade. É uma concepção do sistema como também da sociedade em geral. Mesmo quando se trata de uma determinada escola, o fato de empregar sistemas seriados e uma avaliação ainda unidimensional, coloca os membros de uma mesma classe em posição diferenciada com relação ao acesso a recursos para que ele possa aprender.

O segundo princípio de lllich (1973) coloca que o sistema educacional deve capacitar a todos os que queiram partilhar o que sabem, a encontrar os que queiram aprender algo deles.

O autor vislumbra dentro do processo educacional uma forma de partilhar conhecimentos, desmistificando assim a idéia de um ambiente específico para educar que, no seu entender, deveria se dar no confronto de interesses e esses interesses devem encontrar respaldo no sistema educacional.

O terceiro princípio preconiza que o sistema educacional deve dar oportunidade a todos os que queiram tornar público um assunto que tenham possibilidade de que seu desafio seja conhecido. Nesse aspecto, o autor afirma que é preciso usar a tecnologia moderna para tornar a liberdade de expressão, de reunião e imprensa verdadeiramente universal e, portanto, plenamente educativa.

lllich (1973) que não gosta do termo rede por achar que ela é comumente usada com a conotação de reserva de material ou doutrinação, diversão, propõe a criação de uma “teia educacional” (mesmo esta tendo conotação de armadilha) para designar as oportunidades que se criariam neste sistema proporcionando assim modalidades diferentes de acesso ao conhecimento.

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2.3.3 Educação contínua

McLuhan (1969), canadense e professor nos Estados Unidos, analisa a complexa rede de informações em que está imerso o homem na era da eletrônica, da cibernética e da automação que afeta profundamente sua visão do mundo, de si mesmo e dos outros. Em seus escritos, sustenta que a humanidade passou por três estágios: o mundo tribal, vivendo predominantemente no espaço acústico; o mundo destribalizado, sob a influência do alfabeto e do livro como extensão dos olhos, portanto do espaço visual; e o mundo retribalizado (aldeia global), sob a influência dos meios de comunicação eletrônicos que dão uma predominância ao espaço acústico.

Para ele, a educação de massa é o fruto da era da mecanicidade. Ela se desenvolveu com o crescimento dos poderes de produção e atinge o seu esplendor no momento em que a civilização ocidental chega ao máximo de divisão e de especialização, tornando-se assim mestra na arte de impor seus produtos à massa. Nestas condições, a educação era uma tarefa relativamente simples: bastava descobrir as necessidades da máquina social e depois recrutar e formar as pessoas que responderiam a essas necessidades. A função real da escola era menos a de encorajar as pessoas a descobrir e aprender e, com isto fazer de sua vida um progresso constante, que a de procurar moderar e controlar estes processos de maturação e evolução.

A especialização e a estandardização tiveram como consequência um mimetismo de todos os indivíduos. Dentro deste contexto, a única maneira de um sujeito se distinguir era fazer a mesma coisa que seu homólogo, porém melhor e mais depressa. A competição tornou-se a marca da educação.

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Esta época terminou, diz McLuhan (1969). Noções como a de integralidade e diversidade substituem as de especialização e parcialização. Os novos meios de comunicação suscitam uma dimensão nova no engajamento do indivíduo face aos acontecimentos, quebrando assim os quadros tradicionais. Os cidadãos possuem atualmente muito menos necessidade de ter uma formação e pontos de vista semelhantes, ao contrário, surgem paradigmas como diversidade e originalidade que ganham importância.

Caberá ao educador não mais o papel de professor todo-poderoso e sim a tarefa de criar um novo ambiente educativo. Ao estudante caberá o papel de explorador, pesquisador e produtor do seu conhecimento. A educação deverá ser contínua, pois não se trata mais de ganhar a vida e sim renovar a vida.

2.3.4 Educação ativa

Jean Piaget (1988), psicólogo suíço, se destaca na área educacional com seus estudos sobre os processos de construção do conhecimento nas crianças. Segundo o autor, o papel da ação é fundamental na educação pois a característica essencial do pensamento lógico é ser operatório, ou seja, prolongar a ação interiorizando-a .

O recurso a métodos ativos dá especial atenção à pesquisa espontânea do estudante e exige que toda verdade seja reinventada por ele e não simplesmente transmitida. Surge então, o receio de que a figura do mestre seja relegada a segundo plano ou que os alunos permaneçam completamente livres. O educador continua indispensável a título de animador, criando situações e dispositivos iniciais capazes de suscitar problemas que levem à

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reflexão. O professor deixa de ser apenas um conferencista. Ele estimula a pesquisa e o esforço ao invés de se contentar com soluções já prontas. É necessário que o mestre-animador não se limite ao conhecimento de sua ciência, mas esteja informado também a respeito das peculiaridades do desenvolvimento da criança.

2.3.5 Educar para a comunicação e pesquisa

Doutor em Comunicação e Professor de “Novas Tecnologias da Comunicação” na Universidade de São Paulo, José Manoel Moran (1998) acredita que um dos eixos das mudanças na educação passa pela transformação da educação em um processo de comunicação autêntica, aberta entre professores e alunos, principalmente, mas também incluindo administradores e a comunidade.

Esta visão de educação parte do princípio que a maior preocupação deve ser mudar a forma de ensinar e também de aprender.

De uma forma geral, a educação está ainda presa a processos mecanicistas e autoritários de ensinar. Este processo pode ser eficiente a curto prazo pois os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos programáticos, porém não aprendem a desenvolver sua forma própria de pensar e buscar conhecimento.

Moran (1998) está convencido que só vale a pena ser educador dentro de um contexto comunicacional participativo, interativo e vivencial.

Os modelos tradicionais de ensino-aprendizagem comumente fazem perder tempo demais, aprender pouco e carregam um grau de desmotivação bastante significativo.

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Para o autor o foco do processo deve ser voltado para a aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo e a troca de resultados. A integração bem sucedida aumenta a aprendizagem diminuindo ainda o aspecto competitivo.

Educar é procurar chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação, pela multimídia. É partir de onde o aluno está, ajudando-o a ir do concreto ao abstrato, do imediato para o contexto, do vivencial para o intelectual, integrando o sensorial, o emocional e o racional.

2.4 Objetivos da Educação

Outros tantos autores teriam outros tantos paradigmas. No entanto, com estes serão dimensionados os objetivos que este trabalho pretende alcançar: refletir sobre o emprego de Novas Tecnologias nas Licenciaturas.

Uma grande parte das reflexões pedagógicas levam a pensar sobre o Ensino Fundamental e Médio, parecendo que o Ensino Superior não faz parte dessas preocupações. Quando são apresentadas análises sobre o Ensino Superior estas apontam uma preocupação maior com áreas tecnológicas ou da saúde.

Este trabalho quer trazer uma contribuição para a formação de professores que merecem uma Educação que lhes dê segurança e autonomia no seu ato de ensinar.

Para isto, a partir dos paradigmas apresentados, foram selecionados sete objetivos da Educação que são apontados pelos autores precedentes ou decorrem dos mesmos.

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2.4.1 Desenvolvimento humano (lllich, 1973)

Se a ênfase do processo educacional está no indivíduo, no sujeito coletivo, na aprendizagem, na construção do conhecimento, no desenvolvimento da compreensão, na necessidade de construção e reconstrução do homem e do mundo, então a educação deverá estar voltada para o desenvolvimento humano como fator mais importante neste momento de transição, como argamassa principal de um processo de transformação que não significa apenas uma grande mudança, mas sim, uma transformação radical que afetará cada um de nós e as próximas gerações. As decisões , as escolhas, os pensamentos e ações pessoais , afetam não apenas o comportamento de cada um, mas também o comportamento dos indivíduos que interagem uns com os outros (lllich, 1973).

O desenvolvimento humano depende da capacidade de reflexão do ser humano, do aprimoramento das habilidades de pensar e saber, o que significaria saber que se sabe. É aquele ser que pensa, que sabe o que quer, que escolhe e decide a sua experiência diante das possibilidades que se apresentam. É o ser que constrói a sua própria identidade, a partir de sua liberdade e autonomia para tornar-se sujeito.

Uma nova educação para a era da mutabilidade requer que a inteligência, a consciência e o pensamento, assim como o conhecimento sejam vistos como estando em processo, em continuidade, e que o produto resultante de cada uma dessas atividades nunca estará completamente pronto e acabado, mas num movimento de vir a ser.

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2.4.1 Desenvolvimento humano (lllich, 1973)

Se a ênfase do processo educacional está no indivíduo, no sujeito coletivo, na aprendizagem, na construção do conhecimento, no desenvolvimento da compreensão, na necessidade de construção e reconstrução do homem e do mundo, então a educação deverá estar voltada para o desenvolvimento humano como fator mais importante neste momento de transição, como argamassa principal de um processo de transformação que não significa apenas uma grande mudança, mas sim, uma transformação radical que afetará cada um de nós e as próximas gerações. As decisões , as escolhas, os pensamentos e ações pessoais , afetam não apenas o comportamento de cada um, mas também o comportamento dos indivíduos que interagem uns com os outros (lllich, 1973).

O desenvolvimento humano depende da capacidade de reflexão do ser humano, do aprimoramento das habilidades de pensar e saber, o que significaria saber que se sabe. É aquele ser que pensa, que sabe o que quer, que escolhe e decide a sua experiência diante das possibilidades que se apresentam. É o ser que constrói a sua própria identidade, a partir de sua liberdade e autonomia para tornar-se sujeito.

Uma nova educação para a era da mutabilidade requer que a inteligência, a consciência e o pensamento, assim como o conhecimento sejam vistos como estando em processo, em continuidade, e que o produto resultante de cada uma dessas atividades nunca estará completamente pronto e acabado, mas num movimento de vir a ser.

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2.4.2 Redução das desigualdades sociais (Gadotti, 1998)

Para o autor, uma educação de boa qualidade continua sendo a condição mais relevante para a evolução social. É um requisito mínimo de decência social. Tanto no Brasil como em qualquer parte do mundo as condições educacionais da população tem sérias implicações nas taxas de produtividade, no desenvolvimento econômico, na melhoria das condições de vida, na construção de uma cidadania mais participativa.

Para tanto, a educação deverá estar voltada para a diminuição da seletividade dos sistemas educacionais, oferecendo uma sólida educação básica universalizada, melhoria na qualidade do ensino e diminuição das taxas de repetência e evasão.

Mais do que nunca a função do professor torna-se primordial. Dificilmente planos governamentais resolverão questões como evasão e repetência. A escola ainda é para alguns em uma determinada idade (lllich, 1973). Apostar que um computador por escola colocará os indivíduos em igualdade de condições é, no mínimo, demagógico.

2.4.3 Educação baseada na prática pedagógica reflexiva (Moraes, 1997)

Uma educação compreendida como um processo transformacional e dialógico, fundamentado nos processos interativos que representam as transações locais, traduzidas pelas relações entre educador e educando e seu contexto, escola e comunidade, implica no desenvolvimento da aprendizagem baseada em processos de reflexão na ação e reflexão sobre a ação, que

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podem ser representados pelo ciclo: descrição, execução, reflexão. Atualmente entende-se que os recursos de informática e da telemática podem facilitar a ocorrência desse ciclo e gerar novos ambientes de aprendizagem, envolvendo mentes humanas, transformação, produção e disseminação de informações e conhecimentos.

2.4.4 Inovação e criatividade (Machado, s/d)

A criatividade é uma característica inerente à natureza humana, embora se reconheça que a educação atual venha inibindo esses processos. Uma educação voltada para a produção de novas idéias e novos conhecimentos requer a ocorrência de processos intuitivos e criativos.

A criatividade e a capacidade de inovação evidenciam o potencial do indivíduo a mudar, para crescer e aprender ao longo da vida. As capacidades de criar e inovar permitem organizar e reorganizar experiências ao longo da vida, recombinando-as para constituírem um novo repertório existencial do indivíduo. A ampliação de oportunidades de ocorrência de processos criativos e inovadores facilita a compreensão das mudanças, tanto no nível individual quanto coletivo. Mesmo as empresas se renderam a esta evidência. Foi bom o tempo da repetição, mas acabou.

2.4.5 Autonomia, cooperação e criticidade (Demo, 1993)

Na realidade, um mundo em permanente mutabilidade requer que o indivíduo aprenda a conviver com as incertezas, com os desafios, com a

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transitoriedade, com o incerto, com o imprevisto e com o novo. Como preparar o indivíduo para viver na mudança e não querer apenas controlá-la? Isso requer ambientes de aprendizagem que desenvolvam a autonomia, a cooperação, a criticidade, além de muita criatividade e capacidade inovadora.

Autonomia pressupõe uma metodologia do aprender a aprender, do aprender a pensar, a partir das construções do sujeito que descobre por si mesmo, que inventa sem ajuda de terceiros, que se auto-organiza, reestrutura, reequilibra suas atividades, incorporando o novo em suas estruturas mentais, auto-organizando suas atividades motoras, verbais e mentais.

Para tanto, o aprendiz (professor e aluno) necessita aprender a pesquisar, a dominar as diferentes formas de acesso às informações, a desenvolver capacidade crítica de avaliar, de reunir e organizar informações mais relevantes. Criticidade implica em ter condição de análise, de síntese, de reflexão, de isenção e de reconhecimento de seus próprios saberes.

2.4.6 Educação continuada (Levy, 1997)

Uma sociedade instruída pressupõe capacidade de aprendizagem contínua. Já se vive numa sociedade que requer segundas e terceiras profissões. Portanto, a evolução do conhecimento, da técnica e da tecnologia pressupõe que as pessoas voltem às escolas, que as instituições empregadoras (as próprias escolas) proporcionem educação aos seus membros e que os indivíduos tenham acesso às informações onde quer que elas estejam.

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A formação continuada supõe a autonomia do indivíduo na construção e reconstrução do conhecimento e na responsabilidade sobre suas aplicações. Requer capacidade de reflexão, de interação social e a necessidade de buscar informações que lhes faltam.

2.4.7 Qualidade e eqüidade (Gadotti, 1992)

A qualidade do processo de aprendizagem deve ser garantido nos vários pontos de chegada visando a igualdade de oportunidades e de tratamentos. Significa trabalhar necessidades desiguais ao longo do processo, assegurando o acesso às informações e a produção do conhecimento, e a satisfação das necessidades básicas dos indivíduos mediante processos coletivos e cooperativos de aprendizagem.

Esta qualidade deve ser capaz de proporcionar ao aprendiz o domínio dos códigos básicos, o desenvolvimento de sua capacidade de dialogar num mundo interativo e interdependente usando os instrumentos de sua cultura. Um indivíduo que saiba comunicar e comunicar-se. Mais do que nunca, esta sociedade é construída pelas interações pessoais. Na medida em que o indivíduo é capaz de comunicar-se, expressar-se, nessa mesma medida ele se torna ator na sociedade em que vive.

2.5 Conclusão

Antes de propor uma nova metodologia para o curso de Letras, utilizando Novas Tecnologias, a premissa deste trabalho é a necessidade de paradigmas diferentes na proposta pedagógica.

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Assim com os paradigmas e objetivos propostos neste capítulo, colocam-se as bases para a introdução de novas tecnologias e novas metodologias.

A idéia de que basta colocar um computador ligado à Internet e que por si só estes transformarão a prática educacional é mágica e anacrônica.

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3.1 Introdução

Pedro Demo (1993), seu seu livro “Desafios Modernos da Educação”, afirma que o futuro da educação passará pela instrumentação eletrônica e esta não é, em si, educativa e formativa.

Os capítulos precedentes mostraram uma imagem da sociedade atual (mutabilidade e produção de conhecimento), dos paradigmas da educação (multicultural, universal, contínua, etc.) e seus objetivos. O Computador e a Internet serão agora apresentados como novas tecnologias à disposição dos professores, uma tentativa de resposta às análises apresentadas.

O computador e a internet tendem a se tornar definitivamente ferramentas para alcançar os objetivos propostos e perseguir os paradigmas apresentados.

O professor ainda é a grande chave para uma mudança de paradigma. Porém, as ferramentas disponíveis podem auxiliar a tornar este ser humano mais apto a alcançar suas metas.

3.2 O Computador

Desde sua invenção, o computador ampliou progressivamente seu campo de usabilidade.

No início era sobretudo uma máquina de calcular. Se o operador lhe oferecia um bom número de equações ele encontraria a melhor solução. Foi a

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época (anos 50) dos programas de contabilidade, de finanças, de folha de pagamento e dos planejamentos de produção (Moraes, 2001).

Nos anos 80, com a microinformática, o computador pessoal se tornou um instrumento de comunicação. Como na época de Gutenberg cada um passou a produzir seus documentos. Foi a época da publicação através do computador. Esta época evoluiu para as mensagens eletrônicas e mesmo para as video­ conferências (Moraes, 2001).

Nos anos 90 os serviços de informática se esforçaram para por ordem nas suas aplicações. As bases de dados substituem os fichários. É o momento dos grandes sistemas operacionais e a época de capitalizar o conhecimento adquirido (Moraes, 2001).

Assim, surgem as redes que conseguiram conectar os computadores pessoais. E hoje, já se tem dificuldade de entender o dia a dia sem o uso dessas máquinas.

Ao mesmo tempo que o computador se entranhou na sociedade, ele passou também a ser visto como um instrumento que poderia ajudar na renovação de uma prática pedagógica do processo ensino-aprendizagem (Heide, 2000).

Ao pensar em se utilizar o computador no sistema educacional, surgiram algumas premissas, um tanto quanto prematuras, mas que enriquecem esta reflexão.

Alves (1998) apresenta algumas dessas premissas que, de tão comentadas, se tornaram lugar comum no meio educacional. Fruto talvez de um entusiasmo inicial e da falta de paradigmas novos que dessem suporte a uma concepção diferente:

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b) quanto mais cedo se aprende a linguagem do computador, melhor; c) a inovação tecnológica nas organizações e indústrias deve ser

aproveitada na área educacional;

d) para que a educação se adeqüe aos novos tempos é necessário que assimile as novidades (Alves, 1998).

Heide (2000), argumenta que as teorias behavioristas relegavam à tecnologia a um papel secundário e apenas suplementar, o que não deixava margem a utilizá-la conforme suas potencialidades.

Foi uma visão distorcida que acompanhou durante muito tempo alguns dos nossos educadores e mesmo governantes. Acreditar que o computador por si só resolveria os problemas de ensino-aprendizagem ou a relação professor- aluno. Foi um desgaste pelo qual as escolas não precisariam ter passado.

Com o aparecimento das propostas construtivistas de aprendizagem, passa-se a valorizar a busca do conhecimento e a entender as experiências como fonte de aprendizagem:

“Em geral, os objetivos da instrução em um ambiente construtivista concentram-se na solução de problemas, no raciocínio, no pensamento crítico e na utilização ativa de conhecimento. Além disso, os construtivistas vêem a colaboração, a metacognição e a instrução centrada no aluno como elementos essenciais do ambiente de aprendizagem”(Grau e Bartasis, 1995. In Heide, 2000, p.23)

Em seguida surgiram algumas propostas para que o computador ganhasse lugar definitivo no processo educacional.

Num processo de acerto e erro, convencendo-se de que tecnologia e sociedade ou tecnologia e educação não são conflitantes, equacionou-se melhor a relação com o computador.

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Alves (1998) apresenta três propostas convincentes:

a) em primeiro lugar a idéia de que o computador é uma ferramenta, um recurso para a apreensão do conhecimento de forma compreensiva e crítica,

b) o computador pode e deve ser usado na prática da interdisciplinaridade, favorecendo assim um processo de integração entre as diversas áreas do conhecimento,

c) o computador deve vir acompanhado de um referencial teórico dos objetivos educacionais (Alves, 1998).

O computador torna-se um elemento presente na atividade, tendo como foco principal o aluno e o processo de aprendizagem, e sendo um instrumento que nesta sociedade pode se tornar um veículo do surgimento de uma nova prática pedagógica.

Saliente-se que essas possibilidades crescem, ao se vislumbrar o desdobramento do uso do computador na educação, ou seja, a rede.

3.2 A Internet

A Internet é uma extensa rede de computadores interligados, mas independentes. O seu histórico está ligado inicialmente ao uso para fins militares e, em seguida, acadêmico (Frutos, 1988).

Com a internet se inicia uma modificação nos modos de funcionamento da sociedade moderna: cresce a rapidez dos intercâmbios, os dados se globalizam, cada um pode ser visto pelo mundo inteiro e as informações se tornam disponíveis instantaneamente (Benhamou, 2001).

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Esta mudança profunda não deveria deixar indiferente os educadores. Essas novas tecnologias penetram pouco a pouco o sistema educativo e se tornarão tão generalizadas quanto o quadro negro.

Mas a experiência mostra que não basta dispor de computadores para desenvolver uma atividade ligada à informática e à educação.

Não se pode esperar das redes eletrônicas a solução mágica para modificar profundamente a relação pedagógica, mas elas vão facilitar como nunca a pesquisa individual e grupai, o intercâmbio de professores com professores, de alunos com alunos, de professores com alunos (Moran,2000).

A Internet propicia a troca de experiências, de dúvidas, de produção científica, as trocas pessoais, tanto de quem está perto como longe geograficamente (Moran,2000).

O professor pode ampliar a forma de preparar a sua aula. Pode ter acesso aos últimos artigos publicados, às notícias mais recentes sobre o tema que vai tratar, pode pedir ajuda a outros colegas - conhecidos e desconhecidos - sobre a melhor maneira de trabalhar aquele assunto com os seus estudantes.

Os alunos podem fazer suas pesquisas antes da aula, preparar apresentações - individualmente ou em grupo. Podem consultar colegas conhecidos ou desconhecidos, da mesma ou de outras escolas, da mesma cidade, país ou de outro país. Aumentará incrivelmente a interação com outros colegas, pesquisando os mesmos assuntos, trocando resultados (Heide, 2000).

A motivação para a prática de línguas estrangeiras e para o aperfeiçoamento do próprio idioma se torna muito mais perceptível, porque existe real necessidade de escrever e, nos próximos anos, também de falar. Quando podia-se escolher um livro texto e seguí-lo capítulo a capítulo, estava

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claro o caminho do começo ao fim, tanto para o professor, como para o aluno, para a administração e para a comunidade.

O processo pode ser enriquecido extraordinariamente, mas, ao mesmo tempo, complica-se. Ensinar é orientar, estimular, relacionar, mais que informar. Mas só orienta aquele que conhece, que tem uma boa base teórica e que sabe comunicar-se. O professor terá que se atualizar sem parar, vai precisar abrir-se às informações que o aluno vai trazer, aprender com o aluno, interagir com ele.

Benhamou (2000) aponta três pressupostos para o binômio educação e tecnologia:

a) o educador tem um papel essencial no processo educativo, sejam quais forem os métodos ou técnicas utilizadas;

b) cabe aos responsáveis pelo processo ( diretores, Coordenadores de Curso, Chefes de Departamento...) imaginar o contexto de trabalho que permitirá aos educadores ultrapassar os passos das novas pedagogias com os métodos e técnicas contemporâneos. Os professores não podem permanecer sozinhos para explorar as potencialidades das novas técnicas nem para conceber utilizações de novos métodos pedagógicos;

c) chegou o momento, na educação superior, de viver estes novos tempos.

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3.3 O Contexto Pedagógico e as Novas Tecnologias

Uma rápida lembrança da História da Educação mostra que o acesso à fontes de informação sempre causou um certo problema. O educador não via muito bem como integrar à sua missão pedagógica o fato dos alunos terem diretamente acesso a essas fontes.

Assim foi desde as bibliotecas públicas da Roma de Augusto, passando pelos mosteiros da Idade Média, até aos arquivos públicos deste século Apenas um pequeno grupo de iniciados tinha acesso ao conhecimento e o próprio poder institucional velava para que assim o fosse (Gadotti, 1997).

Atualmente, considerando-se a mutabilidade, a questão não é mais se deve ou não utilizar a Internet na educação. A questão agora é: “O que se pode esperar da utilização da Internet?”

Ensinar na e com a Internet supõe a integração em um contexto estrutural de mudança do ensino-aprendizagem, onde professores e alunos vivenciam processos de comunicação abertos, de participação interpessoal e grupai efetivos. Caso contrário, a Internet será uma tecnologia a mais, que reforçará as formas tradicionais de ensino. A Internet não modifica, sozinha, o processo de ensinar e aprender, pois esta mudança vai depender da atitude básica pessoal diante da vida, do mundo, de si mesmo e do outro e das atitudes fundamentais da instituição escolar (Moran, 1988).

Uma das primeiras preocupações é integrar a Internet com as outras tecnologias na educação: video, televisão, jornal, computador. Integrar o mais avançado com as técnicas convencionais, integrar o humano e o tecnológico, dentro de uma visão pedagógica nova, criativa, aberta.

(43)

Fala-se das inúmeras possibilidades de interação, de troca, de pesquisa. Elas existem. Mas isto só poderá realizar-se mediante um novo paradigma de ensino.

A resposta a esta questão é necessária para que se possa conceber um projeto pedagógico sobre as possibilidades das hipermidias e as redes de informação.

Alguns elementos que podem ajudar a encontrar respostas são apresentados:

a) uma nova característica do novo contexto do trabalho pedagógico deve ser centrado nos alunos e sobre o que eles aprendem (Piaget,1976). O papel do professor-conferencista é relativisado em benefício de um outro mais completo: o papel de conceber e planejar o conjunto de atividades que permitirão que a aprendizagem seja um sucesso. O professor é bem diferente de um conferencista e bem mais que um tutor (Heide, 2000);

b) a segunda característica é que a utilização da Internet é mais favorável num contexto pedagógico cooperativo de troca de informações e de idéias (Moran,1998). A pedagogia é centrada no saber compartilhado antes mesmo da utilização da internet. A internet permite simplesmente de ir mais longe nesta preocupação de encontrar as informações e criar um saber coletivo onde cada um se torna beneficiário. Os alunos são colocados numa situação onde podem aprender uns dos outros. Eles são assim levados a aceitar o fato que todo conhecimento é uma elaboração pessoal e coletiva. Constata-se que para os jovens, hoje em dia, essa maneira de

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apresentar a educação é natural e se torna um fator motivador para cumprir os trabalhos propostos. O esforço necessário para se acostumarem às novas técnicas e aos novos métodos se torna desapercebido em comparação com o interesse de uma produção original. No entanto, para que alunos(e professores) se tornem entusiastas da utilização da internet parece necessário que primeiro seja proposto como um objeto simples de conhecimento (Machado, s/d);

c) uma terceira característica importante é a colocação em evidência do método de trabalho. Os alunos compreenderão rapidamente que a qualidade da resposta dada a um determinado problema para o qual eles utilizarão a Internet está diretamente ligada à fase da reflexão individual e coletiva que precede a utilização do instrumento da informática (Heide, 2000 ). Os alunos aprendem, com a ajuda do professor, a trabalharem em equipes de projetos. Os projeto define como o objetivo vai ser alcançado coletivamente e também uma divisão das tarefas. O aluno é o coordenador, o relator, o especialista de tal ou tal técnica. O professor muitas vezes não está acostumado a dirigir estas equipes. Se é relativamente fácil de supervisionar a distribuição inicial das competências e tarefas, é muito mais difícil manter as equipes motivadas e organizadas, numa relação pedagógica nova para adquirir conhecimentos novos e utilizando equipamentos que certos alunos dominam melhor que o próprio professor ( Magali, 2000 ).

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3.4 Conclusão

Assim, pode-se concluir afirmando que as conseqüências pedagógicas da utilização do computador e da Internet estão diretamente ligadas à uma concepção didática centrada na gestão coletiva de projetos.

Ao professor não é suficiente o domínio do computador ligado à Internet à sua disposição. Trata de uma mudança de postura. Nesta nova civilização da informação estão diretamente interligados: as técnicas, os conteúdos e o encaminhamento.

O computador e a Internet são duas ferramentas fantásticas. Mas já se utilizou retroprojetor, projetor de “slides”, vídeo e nem por isso a metodologia mudou.

Uma experiência relatada por alunos do Curso de Mestrado por videoconferência na Fepesmig alerta que, apesar da alta tecnologia empregada, a metodologia não se modificou. Mas, a utilização do computador e da Internet pelos alunos propiciou uma nova forma de aprender, sobretudo a interrelação do conhecimento produzido.

O Curso de Letras do Centro Universitário, que será apresentado a seguir, propõe em seu Projeto Pedagógico a inserção em novos paradigmas educacionais. No entanto, ainda não há alusão à utilização destes novos meios tecnológicos.

(46)

4.1 Histórico

A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras foi fundada em 30 de outubro de 1965, na Cidade de Varginha, no Sul de Minas com o objetivo de formar professores para a região onde está inserida. A Mantenedora da Faculdade é a Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas que englobou, mais tarde, também a Faculdade de Engenharia.

Inicialmente contava com quatro cursos de Licenciatura Plena:

a) Letras, com habilitação em Português, Inglês e suas Literaturas; b) História, com habilitação em História e Organização Social e Política

do Brasil;

c) Pedagogia, com habilitações em Orientação Educacional, Supervisão e Administração escolar;

d) Matemática, com habilitações em Matemática, Física e Desenho Geométrico.

Possuía também um curso de Licenciatura Curta-Estudos Sociais, já extinto.

Esta estrutura perdurou até o ano de 1995, quando foi acrescentada mais uma licenciatura em Educação Física e, no ano de 1999, o Bacharelado em Comunicação Social.

No ano de 1997, percebendo uma demanda muito grande a Mantenedora da Faculdade de Filosofia, implantou o primeiro provedor de acesso à Internet de todo o Sul de Minas (Fepesmig.br).

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No ano de 1998, foi implantado o Curso de Bacharelado em informática, o que deu oportunidade para que se investisse em laboratórios de Informática. Hoje a Fundação de Ensino e Pesquisa conta com 3 laboratórios, todos em rede, conectados a Internet, perfazendo um total 90 computadores.

Em 1999 iniciou-se uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina começando um Curso de Mestrado, por Video Conferência, em Engenharia de Produção, ênfase em Mídia e Conhecimento.

Em novembro de 2000, a Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas torna-se Centro Universitário, passando a se chamar, então, Centro

Universitário do Sul de Minas(UNIS) (Guia de Referência, Fepesmig, 2000).

4.1.1 Descrição

O Curso de Letras se insere dentro da missão do UNIS que pretende:

“Contribuir para o desenvolvimento regional, através das relações com o saber; formando cidadãos éticos e de competências múltiplas; gerando soluções criativas; fomentando a pesquisa e o desenvolvimento; interrelacionando-se com a comunidade; promovendo o crescimento e a melhoria da qualidade de vida”(Projeto Pedagógico UNIS, 1999,p.5).

O Projeto Pedagógico do Curso de Letras do Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS(Projeto Pedagógico-Letras-Unis,2000) revela alguns aspectos bastante sintonizados com os novos paradigmas.

“O Curso de Letras pretende atuar em três dimensões: humana, Política

e técnica(Projeto Pedagógico - Letras, UNIS, 2000,p. 12)

Ao falar de três dimensões de atuação, saliente-se que, na Dimensão Humana, o curso se propõe a possibilitar ao educando utilizar os recursos

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disponíveis no mundo da informação e, quanto à Dimensão Técnica, além de inserí-lo no mundo do trabalho, torná-lo apto a esse mercado.

a) Dimensão Humana

• inserção do discente no meio universitário de forma que ele

possa produzir e usufruir conhecimentos, bens e valores culturais;

• formação de um homem capaz de preservar, difundir e

expandir o patrimônio cultural da humanidade;

• preparação do indivíduo para o domínio dos conhecimentos

científicos e tecnológicos que lhe permitam utilizar as possibilidades disponíveis no mundo da cultura e da informação e vencer as dificuldades que possam impedir seu desenvolvimento.

b) Dimensão Política

• inserção do homem no mundo das relações sociais regidas pelo princípio da igualdade e do respeito à dignidade e as liberdades fundamentais dos seres humanos;

• formação do cidadão capaz de compreender e respeitar os

direitos e deveres da cidadania;

• formação do cidadão capaz de compreender os direitos e

deveres do Estado, da Família e dos demais grupos que compõem a comunidade;

• formação do cidadão capaz de compreender a importância das

lutas coletivas para o bem comum;

• formação do cidadão que condene qualquer tratamento

desigual por qualquer motivo, especialmente convicções religiosas ou políticas e condene também preconceitos de classe, raça ou sexo;

• formação de um educador compromissado com a transformação social.

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c) Dimensão técnica

• inserção do discente no mundo do trabalho, no qual são

construídas as bases materiais de uma existência digna e autônoma;

• formação de um profissional capaz de compreender os

processos tecnológicos e sociais de produção, distribuição e consumo dos bens necessários à existência humana, buscando compreender também as formas e as condições da organização do trabalho e da sociedade;

• viabilização de condições que facultem ao profissional a ser

formado, opções de conhecimento e de atuação no mercado de trabalho”.(Projeto Pedagógico - Letras, UNIS, 2000, p. 13).

Objetivos Gerais do curso de Letras

O Projeto Pedagógico, coerente com os novos Paradigmas, ressalva que o discente deve ser despertado para a criatividade, a sintonia com os valores culturais, lançando assim um grande desafio para sua proposta de Ensino- Aprendizagem.

“Promover o ensino dos conteúdos específicos da Língua portuguesa e sua respectiva literatura.

Oferecer aos discentes as condições para que se bacharelem nas línguas e suas respectivas literaturas a que o curso se propõe, nos termos estatutários.

• Proporcionar aos discentes as condições didático-pedagógicas

para a aprendizagem, a pesquisa e a extensão, no campo das Letras.

• despertar a criatividade, o empreendimento dos discentes,

(50)

linguistico para que se apropriem do mesmo, sintonizados com seu meio, ao mesmo tempo, buscando compreendê-lo e criticá-lo, tornando-o um agente de transformação cultural, política e social.

• Levar o discente a um amadurecimento de nível linguístico mais elevado.

Objetivos Específicos

• Explorar os recursos didéticos-pedagógicos do curso.

• Promover pesquisas e estudos de campo, na área da linguagem.

• Desenvolver no discente:

hábito, o gosto pela literatura;

a sua capacidade de interpretação dos textos; a sua criatividade pela situação de textos próprios; seu espírito crítico sobre situações de fatos linguísticos; a sua sintonia com valores culturais da sociedade pelo estudo e exame do conteúdo cultural dos textos;

sua destreza em bem escrever, usando o emprego mais elevado da língua;

sua preocupação em policiar-se para uma oralidade mais elevada, própria e adequada ao seu nível universitário; gosto pela leitura, interpretação e compreensão de obras literárias, relacionadas à época de cada uma;

a visão, através do estudo crítico sob o aspecto histórico, filosófico e literário de obras, mais global para que se forma e se tenha um profissional de estrutura amadurecida e aberta;

a capacidade de criar, questionar e solucionar questões relacionadas á normatividade não despótica das gramáticas normativas;

através da visão ampla do funcionamento da linguagem propiciar a politização do discente para a transformação e

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