LIVE | EVIL
EVIL | LIVE
21h30 · Grande Auditório · Duração 1h20 (aprox.) Espectáculo integrado no Festival TEMPS D’IMAGES
Direcção artística e Coreografi a Francisco Camacho Direcção Artística e Dramaturgia Herwig Onghena Filme Bruno de Almeida Interpretação Carlota Lagido, Miguel Bonneville, Samuel Louwyck, Sara Vaz, Sílvia Real Desenho de luz Carlos Ramos Assistente Rafael Alvarez Produção Executiva Paula Pereira Secretariado Paula Caruço Co-produtores EIRA, Festival TEMPS D’IMAGES / DUPLACENA, “a sul” – IX Festival Internacional de Dança Contemporânea / No Fundo do Fundo Apoios Culturgest, Faro Capital Nacional da Cultura 2005, DeVIR/CAPa Apoio em residência criativa O Espaço do Tempo
A EIRA é uma estrutura subsidiada pelo Ministério da Cultura / Instituto das Artes
Agradecimentos Anja Gross, Les Ballets C. de La B., António Pedro Lopes, Benedetta Maxia, Gracinda Nave, Isabel Gonçalves, Inês Jacques, João Costa, Lígia Teixeira, Maria Ramos de Barros, Marta Bonet Codina, Nuno Lucas, Pietro Romani, Rui Mourão, Susana Vidal, Vânia Doutel Vaz
www.tempsdimages-portugal.com DANÇA 13 E 14 DE OUTUBRO
Ontem, vi homens e mulheres que corajo-samente salvavam a vida de uma criança no Sri Lanka. Ou seria na Indonésia? Ou no Afeganistão? Ou seria perto do porto de Aveiro? Amanhã, testemunharei o assassina-to de mulheres com as suas crianças ao peiassassina-to no Congo. Ou será no Sudão? Ou no Kosovo? Depois de amanhã, lembrar-me-ei ainda?
Uma quase interminável torrente de ima-gens confronta-nos com a mágoa da huma-nidade mas, simultaneamente, sentimo-nos, uma e outra vez, como testemunhas impo-tentes da feição do Mal dessa mesma hu-manidade. Fausto parece estar por toda a parte. Algumas vezes, longe; outras, muito perto. A cada momento, a cada dia, somos informados sobre as suas acções.
Em LIVE|EVIL – EVIL|LIVE, os directores artísticos e os intérpretes perseguem as suas relações com o Bem e o Mal. Partindo das suas percepções individuais, exploram as consequências da inevitável ambiguida-de que se ambiguida-desencaambiguida-deia a partir da posição privilegiada, embora posta em risco, en-quanto testemunhas dos desenvolvimen-tos à escala planetária, bem como das vidas de todos e de cada um. E a seguir, o que ha-verá para além desta ambiguidade? Onde
estará esta outra dimensão, oculta ou para a qual estamos cegos devido ao tumulto que a vida nos cria diariamente? Quão insa-no será hoje imaginar que viver pode ser um contraponto ao Mal?
A ideia para LIVE|EVIL – EVIL|LIVE sur-LIVE|EVIL – EVIL|LIVE sur-LIVE|EVIL – EVIL|LIVE giu do criticismo hilariante e tentador de Margarida e o Mestre de Bulgakov, em relação aos conceitos existentes de Bem e Mal, nos anos 20 e 30 do século passado na ex-União Soviética. Ambos os directores do espectáculo (Francisco Camacho e Herwig Onghena) viram-se atraídos pela aborda-gem artística de Bulgakov: o uso da blasfé-mia como fi gura de estilo fundadora. Mas viram-se ainda mais atraídos pelo modo como ele posicionava o artista no contexto sócio-político e moral da sua época (inde-pendentemente do contexto específi co do regime comunista).
Pensar sobre o Mal é impossível sem to-mar em conta a infl uência das imagens do Mal. Actualmente, a percepção individual de Bem e Mal é extremamente infl uenciada por mais do que uma imagem aterradora (senão traumática), impressa na retina.
A música, pelo contrário, é mais e mais (talvez tenha sido sempre assim, ao longo
da história) a fonte de consolo última. Saber que todos nos tornámos pequenos crimino-sos, desde que nos foi possibilitado fazer o download da nossa música favorita, é a este respeito conclusivo, de forma simples mas sintomática.
Existe ainda o corpo. Um corpo que co-nheceu diferentes ideais, nas diferentes épocas, que a indústria do sexo e entrete-nimento elevaram a padrões (capitalistas) inatingíveis. Querer atingi-los, facilmente deixa cada um de nós, em diferentes mo-mentos das nossas vidas, num desconforto fundamental em relação a nós próprios.
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estes elementos. O que acontece quando a música não é uma fonte de consolo no pri-meiro instante? O que acontece quando um corpo morto já não é uma imagem num écran de televisão, mas é proposto num espectáculo ao vivo? Decerto, há também a questão inevitável da genealogia do Mal: Natureza? Deus? Intelecto? E depois: que linguagem de movimento é possível criar perante tudo isto?
FRANCISCO CAMACHO
Estudou dança nas escolas da Companhia Nacional de Bailado (1982/83) e do Ballet Gulbenkian (1983/84), tendo ingres-sado neste último como bailarino esta-giário (1984/86). Deslocou-se regular-mente a Nova Iorque, estudando dança, teatro e voz, nomeadamente no Merce Cunningham Studio e no Lee Strasberg Theatre Institute. Recentemente, estudou guionismo com Luís Falcão e escrita cria-tiva com José Luís Peixoto e Possidónio Cachapa. Regularmente, estuda voz com Lúcia Lemos.Dançou com vários coreógrafos em Portugal e em Nova Iorque, destacando Paula Massano, Meg Stuart (Disfi gure Study, actuando na Europa e nos Estados Unidos), Alain Platel (Bonjour Madame, comment allez-vous aujourd’hui, il fait beau, il va sans doute pleuvoir, etc, em toda a Europa e no Canadá) e Carlota Lagido (Lilith e Self).
Coreografando desde 1988, os seus espectáculos têm sido apresentados em vários países europeus, americanos e africa-nos. Foi galardoado com o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa de 1995 e 1997, na área da Dança.
Participou como actor nas peças de teatro Puro Sangue (1995, Menção Especial do prémio ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão) e Leonardo (1996), ambas escritas e encenadas por Lúcia Sigalho, e nas curtas-metragens Um Círculo Perfeito de Carlos Ramos e Metamorfose de Cláudia Oliveira.
Colaborou na dramaturgia de espec-táculos de Filipa Francisco, Paula Castro, João Galante e Teresa Prima. Criou uma Instalação a convite do Festival “Três Semanas Três Nomes”, organizado por Real Pelágio na Ericeira, em 2000.
Tem participado em debates e conferên-cias; assim como em diversos encontros
internacionais como o European Choreo-graphic Forum 1, Crash Landing@Moscow e Cellbytes 2001.
Ensina periodicamente em Portugal e orientou workshops em França, Finlândia, Reino Unido, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, colaborando regularmente com Danças na Cidade, Forum Dança e CEM. Manteve um Núcleo de Formação na EIRA, sua produtora executiva, da qual é fundador.
MÚSICA 25 DE OUTUBRO 21h30 · Grande Auditório · Duração 1h30
FESTIVAL LUÍS DE FREITAS BRANCO Cinquentenário da Morte de Luís de Freitas Branco
António Rosado
Recital de piano
PRÓXIMO ESPECTÁCULO
Este recital do pianista António Rosado centra-se no ciclo mais emblemático da produção pianística de Luís de Freitas Branco, os Dez Prelúdios dedi-cados a Viana da Mota (1918), contextualizando-os no panorama impressionista de que são expoente. O programa inclui Jeux d’eau de Ravel (1901), obra--prima que foi uma das matrizes dessa linguagem a nível pianístico, bem como o 1º caderno de Iberia de Isaac Albéniz (1907), exemplo magnífi co dessa esté-tica em Espanha.
Também de Luís de Freitas Branco, a Sonatina (1930) representa uma vertente neoclássica, os Quatro Prelúdios dedicados a Isabel Manso (1940) são exemplo do expressionismo de traços neo-realistas que marcaram a fase mais tardia da carreira do com-positor.
Assinalando também o cinquentenário da morte de George Enescu, António Rosado executará a Sonata nº 1 deste compositor (1924), obra colossal que inter-secta modernismo, neoclassicismo e nacionalismo numa síntese poderosa.
Os portadores de bilhete para o espectáculo têm acesso ao Parque de Estacionamento da Caixa Geral de Depósitos.
Culturgest, uma casa do mundo. Informações 21 790 51 55
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Presidente Manuel José Vaz Manuel José Vaz Manuel José Vaz
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Vogal Vogal
Vogal Luís dos Santos Ferro Luís dos Santos Ferro Luís dos Santos Ferro
Assessores
Gil Mendo (Dança) Francisco Frazão (Teatro)
Miguel Wandschneider (Arte Contemporânea) Raquel Ribeiro dos Santos (Serviço Educativo)
Direcção de Produção
Margarida Mota
Produção e Secretariado
Patrícia Blazquez Mariana Cardoso de Lemos
Exposições
António Sequeira Lopes (Produção e Montagem) Paula Tavares dos Santos (Produção) Susana Sameiro (Culturgest Porto)
Comunicação
Filipe Folhadela Moreira
Publicações
Marta Cardoso Patrícia Santos Rosário Sousa Machado
Actividades Comerciais
Catarina Carmona
Serviços Administrativos e Financeiros
Cristina Ribeiro Paulo Silva
Direcção Técnica
Eugénio Sena
Direcção de Cena e Luzes
Horácio Fernandes
Audiovisuais
Américo Firmino Paulo Abrantes
Iluminação de Cena
Fernando Ricardo (Chefe) Nuno Alves
Maquinaria de Cena
José Luís Pereira (Chefe) Alcino Ferreira
Técnicos Auxiliares
Tiago Bernardo Álvaro Coelho
Frente de Casa
Rute Moraes Bastos
Bilheteira Manuela Fialho Edgar Andrade Joana Marto Recepção Teresa Figueiredo Sofi a Fernandes Auxiliar Administrativo Nuno Cunha