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ESTÃGIO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO
BIBLlOTECARIOrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
* Professora do Departamento de Biblioteco-nomia e Documentação da Escola deComu-nicaçôes e Artes da USP.
Bibliotecária Chefe da Seção de Biblioteca e Documentação do Instituto de Psicologia da USP.
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(1/2):27-32, [un. 1985
~
-
tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
RESUMO
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
D i s c u t e q u e s t õ e s s o b r e t e o r i a e p r á t i c a p o s i c i o n a n d o o e s t á g i o c o m o e l e m e n t o fa c i l i t a d o r d a a p r o x i m a ç ã o e n t r e " s a b e r e fa z e r ' : E s t á g i o n ã o p o d e s e r v i s t o c o m o
m e r o t r e i n a m e n t o m a s c o m o fo r m a d e c o m p l e m e n t a ç ã o e a p r i m o r a m e n t o e d u c a -c i o n a l . S u a v a l i d a d e , e n t r e t a n t o d e p e n d e d e u m c u r r t c u l o b e m m i n i s t r a d o e d a q u a -l i d a d e d a p r á t i c a o fe r e c i d a : v a r i e d a d e d e e x p e r i ê n c i a s ; c o m p e t ê n c i a d o s u p e r
-v i s o r ; s a t i s fa ç ã o d a s n e c e s s i d a d e s e i n t e -r e s s e s d o a l u n o e t c . D i s c u t e , a i n d a , a fu n ç ã o e a é p o c a d a r e a l i z a ç ã o d o e s t á g i o ; o r e t o r n o d a e x p e r i ê n c i a d o p o n t o d e v i s t a c r i t i c o , p a r a d e b a t e e n t r e a l u n o e s u p e r v i s o r ; a v i a b i l i d a d e n o m e r c a d o d e t r a b a l h o ; a q u e s t ã o d a c o o r d e n a ç ã o , q u e i n c l u i d e s d e o p l a n e j a m e n t o , p r o g r a -m a ç ã o e s u p e r v i s ã o e a v a l i a ç ã o d o e s t á -g i o . P o r fi m , s ã o a p r e s e n t a d a s s e i s s u
-Elza Corrêa Granja*
Examinando a evolução do ensino de
Biblioteconomia no Brasil verificamos
que este recai ora sobre a prática, ora
so-bre a teoria.
Segundo GUEDES4 houve grande
inte-resse pela prática nas duas primeiras
fa-ses de desenvolvimento da educação
bibliotecária. Já na década de 1950 a 60
observa-se um certo decl ínio da prática
e uma tendência geral em afirmar o valor
teórico (predomrnio do currículo
acadê-mico) e estabelecer uma hierarquização
dentro da harmonia das correntes
teóri-ca e prátiteóri-ca, sempre prevalecendo
princí-pios sobre as normas práticas.
Elza Corrêa Granja
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
g e s t õ e s p a r a o m e l h o r t r a t a m e n t o d o
t e m a .tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Palavra chave - B i b l i o t e c o n o m i a : t e o r i a
e p r á t i c a . E s t á g i o s
SUMMARY
I t h o l d s q u e s t i o n s o n t h e o r y a n d p r a c t i c e , placing t h e s t a g e a s a n e l e m e n t
t h a t fa c i l i t a t e s t h e a p p r o a c h i n g b e t w e e n " k n o w i n g a n d d o i n g " , T h i s s t a g e s h o u l d n o t b e c o n s i d e r e d á s a m e r e t r a i n i n g , b u t a s a n e d u c a t i o n a l c o m p l e m e n t a -t i o n a n d a c c o m p l i s h m e n t . I t s v a l i d i t y , h o w e v e r d e p e n d s o n a w e l l - d o n e c u r r i -c u l u m a n d o n t h e q u a l i t y o f t h e o ffe r e d p r a c t i c e : v a r i e t y o f e x p e r i e n c e s ; e ffi c i e n c y o f t h e s u p e r v i s o r ; s a t i s fa c t i o n o f t h e s t u d e n t
's
n e c e s s i t i e s a n d i n t e r e s t s e t c . I t s t i l l p u t s o n d i s c u s s i o n t h efunc-t i o n a n d p e r i o d o f t h e s t a g e ; t h e e x p e -r i e n c e ' s r e t u r n fr o m t h e c r i t i c a l p o i n t o f v i e w , t o b e a r g u e d b e t w e e n t h e s t u d e n t
dnd t h e s u p e r v i s a r ; i t s v i a b i l i t y i n t h e l a b o u r m a r k e t ; t h e q u e s t i o n o f c o o r -d i n a t i o n - - w h i c h i n c l u d e s s i n c e t h e
planning, p r o g r a m m e , s u p e r v i s i o n a n d e v a l u a t i o n o f t h e s t a g e . A t l a s t , s i x s u g g e s t i o n s a t e p r e s e n t e d v i e w i n g t h e b e s t t r e a t m e n t o f t h i s t h e m e .
Keywords - L i b r a r i a n s h i p : T h e o r y a n d
p r a c t i c e . S t a g e s .
Ainda conforme aquela autora, "a
partir de 1970, houve uma inclinação
no sentido de reviver a experiência
prática; pesquisas e estudos foram feitos
e, atualmente, a prática é considerada
relevante para a formação profissional do
bibliotecário;' (GUEDES, 1979).
A prática em BibliõteGonomia não é,
portanto, um assunto novo mas um
pro-blema comum à maioria dos cursos de
biblioteconomia.
~ evidente que, em qualquer
forma-ção, é necessário, para não dizermos
im-prescindivel, uma aproximação entre a
teoria e a prática. E o estágio é visto
como elemento facilitador dessa
apro-ximação.
Desnecessário, portanto, falar aqui da
sua importância no processo
ensino-aprendizagem e, conseqüentemente, na
formação profissional superior.
Entretanto, é preciso que deixemos
claro o que entendemos por estágio,
ou seja, qual o conceito que dele temos,
sob pena de vermos sua importância
confirmada ou sensivelmente reduzida.
O estágio não pode ser visto como
mero treinamento prático a que se
sub-mete o aluno no decorrer de sua
forma-ção até alcançar a graduação. Defin 1-10.
desta forma seria estreitar não só as
pers-pectivas que um programa de estágio
pode oferecer, mas subestimar a própria
Biblioteconomia enquanto área de atuação
confiada a profissional de nivel superior.
Periam Danton? afirma que "uma
es-cola de Biblioteconomia não pode
con-centrar seus esforços, exclusivamente,
nas necessidades e práticas comuns
tra-28
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(1/2):27-32, jun. 1985o
ESTÁGIO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIOdicionais das bibliotecas; deve propor e
incentivar idéias novas, pesquisar o antigo,
reexaminar o aceito, experimentar o não
experimentado e servir de guia, visando à
inovação dentro de sua especialidade."
Se é verdade que a teoria isenta de"
prática é estéril e que a prática sem
teo-ria é inconseqüente, o estágio deverá ter
por objetivo viabilizar e consolidar esta
união entre o ensino teórico e o prático,
entre o SABER e o FAZER.
Esta união Só ocorre quando há um
entrosamento entre a experiência no
campo e o currrculo acadêmico. Um
está-gio que poucas opções oferece ao aluno,
pouco acrescentará também à sua
instru-ção teórica.
Às vezes o estágio deturpa a idéia
inicial do estudante, quando ele se agarra
à primeira oportunidade com a
possibili-dade de conseguir emprego. Como
conse-qüência acontece, muitas vezes,
perder-mos. um bom estudante e ganharmos um
péssimo profissional.
Por outro aldo, um currículo fraco ou
mal ministrado poderá emprestar ao
está-gio, ou seja, à prática, uma importância
exagerada.
Há que se ter cuidado, portanto, em
não conferir ao estágio objetivos
ineren-tes ao currículo- que, de maneira alguma,
deverão ser transferidos ã experiência
no campo, sob alegação de que a prática
responderá por essa ou aquela aquisição de conhecimento.
Portanto, a validade do estágio,
en-quanto elemento de complementação e
aprimoramento educacional, estará na
dependência direta de um currículo bem
ministrado e da qualidade da prática
oferecida, no. que diz respeito à variedade
da experiência, competência dos
super-visores, interesses e possibilidades
ofereci-das pela instituição e satisfação de
neces-sidades do estagiário, ou seja, motivação.
Não podemos esquecer que os
compor-.tarnentos decorrem da motivação. No
es-tudante essa motivação se manifesta
atra-ves ' da necessidade de fazer um trabalho
que satisfaça por si só. Um fator
impor-tante para obter satisfação no trabalho,
é assegurar entendimento e encorajar o
estagiário a refletir sobre o trabalho que
realiza e não apenas a executá-Io
mecani-camente.
Feitas estas considerações, quanto à
importância, objetivo e validade do
está-gio, poderíamos perguntar qual seria o
momento adequado para a realização do
estágio em Biblioteconomia?
É comum, por parte das empresas e
entidades ligadas a treinamento,
recru-tar para estágio estudantes de dois
últi-mos semestres de cursos de ensino
supe-rior ou profissionalizante. As escolas de
Biblioteconomia que vinham adotando o
estágio currricular obrigatório
estabelece-ram essa prática em geral no último
se-mestre. Com a aprovação do novo
currí-culo rnrnirno pelo Conselho Federal de
Educação, fica estabelecido que todas as
escolas de Biblioteconomia deverão exigir
estágio de, no mrnirno 250 horas; não
tenho condições de afirmar, mas parece
que a maior parte das escolas colocou
esse estágio nos últimos semestres do
curso.
Apesar dessa maior incidência do
E Iza Corrêa Granja
tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
gio nos últimos semestres, pesquisa
reali-zada pela professora Jahi ra Corrêa dos
Santos", em sua tese de mestrado
apre-sentada à UFRS (1975). demonstrou
não haver diferença positiva significativa
no desempenho de alunos que
estagia-ram durante os três primeiros semestres,
e que, portanto, não haviam cursado
ainda as disciplinas profissionalizantes, e
aqueles que estaqiararn no último
semes-tre do curso. Essa mesma pesquisa revela
que a motivação do aluno foi fator
pre-ponderante no desempenho do estágio.
É discutível, portanto, a
obrigatorie-dade da realização do estágio no último
semestre do curso.
Tendo em vista que o estagiário
não é um profissional, mas um estudante
em busca de treinamento
complemen-tar de caráter profissionalizante, acredito
que esta complementação pode ser
igual-mente valiosa quando acompanha a
evo-lução do conhecimento adquirido em sala
de aula e à medida que o curso se
desen-volve.
É necessário que os alunos
demons-trem sua capacidade de fazer algo com o
conhecimento adquirido, isto é, que
possam aplicar a informação recebida
em novas situações e problemas e, tudo
leva a crer, que a retenção do aprendido
será maior e melhor se esta aplicação
for paralela ao momento da
aprendiza-gem. Há um outro fator ainda a ser
consi-derado e que diz respeito à oportunidade
do aluno trazer para o supervisor as
difi-culdades enfrentadas quando do
desem-penho que, colocadas para análise, em
muito ampliarão os conhecimentos
ante-riormente adquiridos.
Para aqueles que julgam
maisconvenien-te a realização do estágio no último
semes-tre letivo, a vantagem estaria no
conhe-cimento já acumulado pelo aluno que
te-ria sua percepção de realidade já ampliada
e estaria em condições de igualdade
am-pliar sua interação com o campo de
tra-balho. O aluno se sentiria mais
capacita-do e, portanto, mais seguro para, com o
conhecimento e prática adquiridos
ante-riormente, melhor direcionar seus
interes-sses e objetivos e, de comum acordo com
o supervisor, poderá manifestar seus
interesses e dirigir sua prática para uma
área, tipo de biblioteca ou serviço para o
qual se sinta mais inclinado.
Vejamos qual a viabilidade de que
estágios, assim planejados (durante ou no
fim do curso). possam ser postos em
prá-tica, ou seja, quais as oportunidades
que o contexto profissional atual e o
mer-cado de trabalho oferecem ao estagiário
para complementar sua formação.
Se levarmos em consideração o estado
atual de grande parte de nossas
bibliote-cas - apresentando limitações de todo o
tipo como falta de recursos humanos,
financeiros, ausência de equipamentos
modernos e procedimentos técnicos
desa-tualizados e inoperantes' - somos
obri-gados a pôr em dúvida a contribuição que
tais estágios possam oferecer. Daí
enfa-tizarmos a necessidade de que a entidade
ou empresa interessada em receber o
estagiário disponha
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
r e a l m e n t e de condiç-ções que favoreçam o ensino prático,compatíveis com a formação do estudan-.
te e em harmonia com os programas esc
0-30
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(1/2):27-32, jun. 1985o
ESTÁGIO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIOJá a Fundação do Desenvolvimento
Administrativo", mais conhecida por
FUNDAP, mantém, desde 1980, um
pro-grama de bolsas para aprimoramento de
estudantes de cursos regulares de nível
técnico e superior para a realização de
estágios junto a órgãos da Administração
Centralizada e Autarquia do Estado. Em
seu relatório de 1982, verificamos que
contratou, através desse programa, 2.000
estudantes de n rvel técnico (30%) e
su-perior (70%), na capital (65%) e no
interior (35%) por períodos de 6 a 12
meses.
Esses dados nos levam a pensar se o
estagiário não estaria sendo visto como
mão de obra barata e concorrente aos
profissionais.
Se, por um lado, o estudante não
de-ve de-ver o estágio como emprego, uma vez
que, nem sempre, a esta altura de sua
for-mação, já tem um objetivo definido,
por outro lado, é preciso que as escolas
de Biblioteconomia tenham uma
partici-pação maior no planejamento,
programa-ção, supervisão e avaliação dos estágios
com vista a evitarem desvios nos objetivos
dessa atividade. Por sua vez, a entidade
que recebe o estagiário deve estar
cons-ciente de que seu objetivo maior é formar
bons profissionais que contribuirão, por
sua vez, para impedir o "envelhecimento"
-dos quadros funcionais da entidade,
na medida em que o estagiário constitui
um eficiente veiculo de renovação de
tec-nologias e metodologias operacionais.
O estágio é, portanto, uma
responsa-bilidade que deve ser partilhada pelas
escolas de Biblioteconomia em perfeito
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 18(1/2):27-32, jun. 1985 31
lares.
Estas condições se aplicam também aos
recursos humanos disponíveis. Para se
for-mar um bom profisional é preciso que
aquele que o treina e orienta s e j a um bom profissional.
É preciso, por outro lado, que o
está-gio seja objeto de um cuidadoso
planeja-mento, programação, acompanhamento e
avaliação, tanto por parte da escola
quanto da entidade interessada em
receber o estagiário.
Infelizmente não contamos com
estu-dos e pesquisas que nos permitam avaliar
a contribuição que os estágios
curricula-res obrigatórios vêm emprestando à
for-mação do bibliotecário. Parece evidente,
entretanto, que não estão atendendo à
motivação do estudante. Entretanto,
veri-ficamos um interesse cada vez maior por
parte das empresas em assinar convênios
com as escolas com a finalidade de
rece-ber estudantes-estagiários em seu servi-ços.
No Últi mo relatório do Centro de
In-tegração Empresa-Escola (CI E E)I
pude-mos constatar que 36.497 estudantes no
Brasil procuraram esse Centro, tendo sido
colocados em estágio 22.165. Nesse
mes-mo ano 962 novas empresas/ entidades/
instituições firmaram convênio com CIEE
que, somadas a 546 outras já cadastradas
em 1981, o que gerou um total de 1.645
entidades que concederam estágios para
estudantes. Houve um dispêncio total de
bolsas-aux (lio concedi das a estagiários
pelo CIEE no valor de Cr$ 4.468.000.016
(quatro bilhões, quatrocentos e sessenta
li
Elza Corrêa Granja
tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
entrosamento com as entidades que
rece-bem os estagiários. Para tanto
procura-mos elaborar algumas sugestões, a
trtu-10 de contribuição:
Estabelecer critérios para
credencia-mento das entidades interessadas em
receber estagiários junto
ã
Escola ouUniversidade' responsável pela habilita-ção profissional.
2 Celebrar convênios apenas com as
enti-dades/ empresas que ofereçam serviços
e condições considerados adequados
ou de relevância para a formação
profissional do bibliotecário.
3 Viabilizar e consolidar a concessão
de bolsas-estágio, em sistema de
cus-tos partilhado (entidade/ escola) e em
número adequado para o período de
6 a 12 meses.
4 Estabelecer critérios a serem
observa-dos nos programas de treinamento.
5 Designar professores que deverão
res-ponder unicamente pela disciplina
estágio supervisionado, tendo por
responsabilidade o planejamento,
pro-moção, acompanhamento e avaliação
cuidadosa do estágio.
6 Desenvolver estudos periódicos' em
relação ao currfculo acadêmico no
sen-tido de obter o maior entrosamento
possível entre aquele e o programa
de estágio.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA -
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
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4 GUEDES, M. Z. - E s t á g i o s u p e r v i s i o n a d o e m b i b l i o t e c a s : proposição e validade de um currrculo para ensino baseado na competência. Curitiba, 1979. Tese (rnes-tradol Setor de Educação, UFPr. 5 SANTOS, J.C. - E s t á g i o e d e s e m p e n h o d o
a l u n o d o c u r s o d e B i b l i o t e c o n o m i a .
Porto Alegre, 1975. Tese (Mestradol PUC, RGS.