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PROPOSTA DE PLANO DE GESTÃO PARA A ZONA DE PROTECÇÃO ESPECIAL FURNAS /SANTO ANTÓNIO JANEIRO 2005 A DEZEMBRO 2009 IMAR INSTITUTO DO MAR

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PROPOSTA DE PLANO DE GESTÃO PARA A

ZONA DE PROTECÇÃO ESPECIAL

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NTÓNIO

J

ANEIRO

2005

A

D

EZEMBRO

2009

IMAR – INSTITUTO DO MAR

DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E PESCAS,UNIVERSIDADE DOS AÇORES JUNHO DE 2004

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FICHA TÉCNICA

Coordenador geral do projecto Ricardo Serrão Santos

Redactor Ana Meirinho

Consultores

José Pedro Tavares Neil Cowie

Colaboradores Carla Gomes Joel Bried

Maria Carvalho Magalhães Maria José Pitta Groz Ricardo Medeiros Samanta Vizinho

______________________________________________________________________ Autoria

A informação apresentada neste relatório é baseada na compilação conduzida pelo Núcleo Temático Aves Marinhas do Projecto OGAMP.

Citação

Este documento deve ser citado como:

MEIRINHO,A.,M.C.MAGALHÃES &M.PITTA GROZ (2004). Proposta de Plano de Gestão para a

Zona de Protecção Especial Furnas /Santo António. Arquivos do DOP. Série Estudos, nº 6/2004, 40 p.

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AGRADECIMENTOS

A elaboração das propostas de Planos de Gestão para as ZPE dos Açores não teria sido possível sem a preciosa colaboração de numerosas pessoas e instituições:

Adeliaçor – Associação para o Desenvolvimento Local de Ilhas dos Açores Arde – Associação Regional para o Desenvolvimento

Direcção Regional do Ambiente

Direcção Regional de Estudos e Planeamento dos Açores Direcção Regional dos Recursos Florestais

Direcção Regional do Turismo Instituto de Meteorologia

Grater – Associação de Desenvolvimento Regional Royal Society for the Protection of Birds

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INDICE RESUMO 5 CAPÍTULO I 7 1. Informações gerais 7 a) Localização e descrição 7 2. Caracterização ambiental 9 a) Características físicas 9

b) Características biológicas/ ecológica 11

3. Caracterização socio-económica 15

a) Actividades humanas 15

b) Aspectos estéticos e paisagísticos 18

c) Valores patrimoniais 18

4. Bibliografia 19

CAPÍTULO II: AVALIAÇÃO E OBJECTIVOS 24

1. Avaliação das componentes 24

a) Critérios de avaliação ecológica 24

b) Critérios de avaliação socio-económica 25

2. Factores que influenciam a gestão 26

a) Factores introduzidos pelo Homem 26

b) Factores jurídicos 26

3. Orientações e objectivos de gestão 26

a) Definições das orientações da gestão 26

CAPÍTULO III: MEDIDAS DE GESTÃO 28

1. Medidas, acções e actividades 28

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RESUMO

Nome do Sítio: Furnas/ Santo António

Localização: Furnas de Santo António, São Roque (Ilha Pico, Açores, Portugal). Área: 11 hectares e 3.828 metros de linha de costa.

Estatuto: Zona de Protecção Especial (ZPE), Important Bird Area (IBA), Domínio Público Hídrico (DPH).

Gerido por: Direcção Regional do Ambiente (DRA).

Descrição da Zona

A ZPE é constituída por uma zona costeira composta por praias de calhaus rolados e pequenos ilhéus situados a escassos metros da costa. A ZPE envolve uma linha de costa de aproximadamente 3.828 metros. Esta ZPE alberga colónias de cagarro (Calonectris diomedea borealis) garajau-comum (Sterna hirundo) e de garajau-rosado (Sterna dougallii). É um sítio de fácil acesso, localizado perto de estruturas de recreio e de lazer (parque de campismo, piscinas, estradas) com forte perturbação humana.

Âmbito

Esta ZPE constitui parte significativa de uma rede de zonas de protecção nos Açores que inclui importantes colónias de espécies de aves marinhas. A ZPE detém ainda importância internacional para as aves prioritárias do Anexo I da Directiva Aves que ali nidificam. A designação da área permite proteger habitats críticos para estas aves e todo o valor potencial em termos de conservação.

Esta ZPE inclui alguns ilhéus dos Açores, com grande potencial de recolonização de garajaus através de medidas de conservação adequadas.

Objectivos gerais

Manter e melhorar o local em questão como uma parte integrante da rede de Zonas de Protecção Especial do arquipélago dos Açores, para o benefício de espécies nidificantes de importância internacional, principalmente garajaus. Utilização dos ilhéus das Furnas como um local potencial para remover completamente os possíveis predadores introduzidos e alguma da perturbação humana de forma a obter habitat apropriado para a nidificação regular de garajau-rosado e outras aves de importância internacional.

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Objectivos específicos e medidas de gestão

Espécies e habitats Aumentar a vigilância

Implementar a vigilância diária no ilhéu entre Março a Novembro e semanal no resto do ano. Monitorizar as colónias de aves marinhas

Monitorizar os dados populacionais das espécies-chave de aves marinhas: - garajaus anualmente,

- cagarros de cinco em cinco anos. Avaliar o impacto de predadores

Avaliar o possível impacto de predadores introduzidos sobre a colónia de aves marinhas; Controlar as populações de predadores introduzidos se necessário.

Promoção

Promover o interesse público em relação à conservação das espécies e áreas protegidas Reforçar a campanha SOS Cagarro no Pico;

Realizar sessões de divulgação para a população local;

Desenvolver programa educacional com escolas e ecoteca sobre importância da conservação da biodiversidade;

Aumentar serviços de interpretação em locais seleccionados nas falésias costeiras.

Administração Estabelecer os mecanismos de gestão da área

Definir equipa técnica para gerir e vigiar a área em estudo;

Definir o posto de vigilante da natureza voluntário e manter registo do número de visitantes dos ilhéus;

Formar equipa técnica, vigilantes da natureza; Rever anualmente o progresso do plano de gestão.

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CAPÍTULO I 1. Informações gerais

a) Localização e descrição

Localização e limites

Nome do Sítio: Furnas/ Santo António

Localização: Furnas de Santo António, São Roque, Ilha do Pico, Açores, Portugal (ver figura 1).

Coordenadas: Longitude 28º 20' W Latitude 38º 32’ N

Área: 11 hectares

Altitude: 150 metros Linha de costa: 3.828 metros

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Descrição sumária

A ZPE é constituída por uma zona costeira composta por praias de calhaus rolados e pequenos ilhéus situados a escassos metros da costa. A ZPE envolve uma linha de costa de aproximadamente 3.828 metros. Esta ZPE alberga colónias de cagarro, garajau-comum e de garajau-rosado. É um sítio de fácil acesso, localizado perto de estruturas de recreio e de lazer (parque de campismo, piscinas, estradas) com forte perturbação humana.

Estatutos de protecção

De entre as espécies referidas no Anexo I da Directiva Aves, cuja conservação requer a designação ZPE, nidificam ou nidificaram nesta área as seguintes espécies (* espécies prioritárias): Calonectris diomedea borealis (cagarro), Sterna dougallii* (garajau-rosado) e Sterna hirundo (garajau-comum) (Decreto –Lei n.º 140/99 de 24 de Abril, Artigo 6º Anexo A-I). Para a ZPE em questão existem três designações de protecção que se apresentam no quadro 1.

Quadro 1 – Estatutos existentes na ZPE “Furnas/ Santo António” e respectivas entidades responsáveis.

Estatuto Área

(hectares) Ano

Entidade Responsável Zona Importante para Aves (IBA) PT074 “Furnas – Santo

António” 53 2003 SPEA/ BirdLife

Zona de Protecção Especial “Furnas/ Santo António” (Decreto

Regulamentar regional n.º 14/2004/A) 23 1991 DRA

Domínio Público Hídrico

(Decreto-Lei n.º 468/71 de 5 de Novembro) 1971 DROTRH

DRA – Direcção Regional do Ambiente

DRORH – Direcção Regional de Ordenamento do Território e Recursos Hídricos DRP – Direcção Regional das Pescas

SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves Regime de propriedade

Os ilhéus das Furnas e as falésias costeiras são estatais. Alguns terrenos adjacentes são particulares.

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2. Caracterização ambiental

a) Características físicas

Clima

Da análise efectuada à Rede Climatológica Nacional do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, observou-se a inexistência de estações meteorológicas na ilha do Pico. Devido à ausência de dados que caracterizem de forma precisa a área da ZPE e atendendo que existe uma semelhança climática entre as zonas de baixa altitude da ilha do Faial e do Pico tornou-se necessário apresentar os dados climáticos relativos à ilha do Faial.

A temperatura média anual na Horta é de 17,7 ºC, com temperatura média mensal mais elevada em Agosto (22,9 ºC) e uma temperatura média mensal mais baixa em Fevereiro (14,2 ºC). A humidade relativa do ar apresenta valores estáveis durante todo o ano situando-se entre 78 a 80%. Em termos de precipitação total mensal verifica-se grandes alterações ao longo do ano e de ano para ano (ver quadro 2).

Quadro 2 – Temperatura média do ar, humidade relativa média do ar e precipitação total mensal na cidade da Horta acerca dos últimos 20 anos (1982 – 2001).

Meses Temperatura média do ar (ºC) Humidade relativa média do ar (%) Precipitação total média (mm) Janeiro 14,4 79,3 95,7 Fevereiro 14,2 79,1 83,2 Março 14,7 79,2 86,8 Abril 15,3 78,2 61,1 Maio 16,6 78,5 73,4 Junho 19,0 80,7 57,5 Julho 21,8 79,6 34,6 Agosto 22,9 79,0 56,6 Setembro 21,9 79,1 91,2 Outubro 19,6 78,5 119,9 Novembro 17,0 78,6 121,3 Dezembro 15,4 80,6 133,0 Ano 17,7 79,2 84,5

Na Horta predominam ao longo de todo o ano os ventos do quadrante SW. O número médio de dias com ventos fortes (velocidade média ≥ 36 km/h) é significativo, atingindo o máximo em Março.

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Hidrogeologia e recursos hídricos

A ZPE em questão apresenta dois pequenos cursos de água de regime torrencial.

Geologia e geomorfologia

A ilha do Pico, a mais jovem do arquipélago com aproximadamente 300 000 anos, foi alvo de inúmeras erupções vulcânicas ao longo da sua formação, estendendo-se estas até à actualidade, tendo deixado marcas bem visíveis na cultura dos Picoenses.

De uma forma geral podemos considerar que o vulcanismo na ilha do Pico é predominantemente efusivo, resultando de erupções do tipo havaiano e estromboliano, existindo também uma actividade surteseiana que terá tido um papel importante na formação da ilha.

As rochas do Pico estão incluídas na série alcalina (basaltos alcalinos – basaltos transicionais – basaltos sub-alcalinos), sendo pobres em sílica (<50 %) e potássio (<2 %), e ricos em sódio (>2 %).

Geologicamente a ilha do Pico pode ser dividida em três complexos vulcânicos: Topo - Lajes, mais antigo, dominado pelo vulcão em escudo do Topo, que iniciou a sua actividade à cerca de 300 000 anos; São Roque - Piedade, localizado na parte oriental da ilha, caracterizado por um vulcanismo do tipo fissural, com cerca de200 cones vulcânicos, formado por um alinhamento vulcânico de orientação predominantemente WNW-ESSE, e a Montanha, o mais recente, dominado por um estrato vulcânico de 2351 metros de altitude, formado por uma alternância sucessiva de erupções efusivas e explosivas. Neste complexo estão ainda incluídas as erupções históricas da Prainha do Norte em 1562, de Santa Luzia em 1718, de São João também em 1718 e da Silveira em 1720.

Devido à natureza vulcânica da ilha e à presença de escoadas lávicas do tipo basáltico, a zona litoral das Furnas de Santo António, bem como toda a ilha, apresenta um diversificado património espeleológico, através da presença de cavidades vulcânicas (grutas lávicas e algares) e de campos de lava bem preservados.

Solos

Os solos existentes na ilha do Pico correspondem ao seguintes tipos:

- Litossolos e solos líticos, não evoluídos derivados de rocha consolidada de natureza basáltica, com pedrogosidade elevada, ocorrendo associados a afloramentos rochosos típicos das zonas de “biscoito”.

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- Regossolos e solos regolíticos, são solos pouco evoluídos. Em geral cascalhentos, identificando-se com cabeços de baacina fina na faixa liotral. A génese destes solos está relacionada com erupções vulcânicas originando cones de escórias.

- Coluviossolos, são originários de deposição de matérias em situação de depressão e possuem elevado interesse para a exploração agrícola. Geralmente ocupam áreas restritas, contudo em algumas zonas do litoral têm representação assinalável.

- Andossolos, são derivados de materiais piroclásticos, ricos em vidro vulcânico. Dividem-se em saturados, insaturados e ferruginosos consoante o grau de saturação em base de troca e na morfologia dos constituintes ferruginosos existentes.

- Solos delgados ândicos, desenvolvem-se sobre mantos lávicos, sendo solos pouco evoluídos, não apresentando horizonte B.

- Solos orgânicos, são formados em condições de saturação hídrica e, com frequência, em zonas sujeitas a temperaturas relativamente baixas (zonas altas) e não susceptíveis de aproveitamento agrícola e/ou vegetal porque estão sujeitos a condições de encharcamento.

b) Características biológicas/ ecológicas

Habitats

Os habitats existentes na ZPE são principalmente compostos por zonas de pastagem abandonadas e matos subespontâneos (comunidades secundárias de recolonização em terrenos mais ou menos alterados pelo Homem que têm como dominantes espécies introduzidas subespontâneas).

Flora

Os ilhéus das Furnas apresentam duas espécies de flora endémicas dos Açores: Spergularia azorica, constante no Anexo II da Directiva Habitats e Festuca petraea (Bracel da rocha). A costa adjacente aos ilhéus das Furnas e alguns ilhéus apresentam também vegetação rasteira não endémica.

Fauna

Aves

Na ZPE existem seis espécies de aves selvagens nidificantes. As espécies mais importantes em termos de estatuto de conservação (espécies pertencentes ao Anexo I da Directiva Aves) são as aves marinhas (ver quadro 3).

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Quadro 3 – Censos e estatuto de conservação na Directiva Aves das aves na ZPE “Furnas/ Santo António” e área envolvente. Censos (número de casais)

Espécie

1989 1990 1991 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Estatuto na

Directiva Aves Fenologia Cagarro 1 (Calonectris diomedea borealis) 9073 1 2091 1 Anexo I Nidificante migratória Garajau-rosado

(Sterna dougallii) 21 7 1 0 3 31 7 28 22 8 15 7 0 0 Anexo I * Nidificante migratória Garajau-comum

(Sterna hirundo) 69 27 11 37 48 57 79 51 73 35 41 60 Anexo I

Nidificante migratória Pombo-da-rocha

(Columba livia atlantis) Nidificante

Tentilhão

(Fringila coelebs moreletti) Nidificante

Melro

(Turdus merula azorensis) Nidificante

1 Nº de indivíduos.

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Mamíferos

O morcego-dos-Açores (Nyctalus azoreum), único mamífero endémico dos Açores e considerada uma espécie ameaçada, apresenta uma distribuição regular na área da ZPE, embora não estejam identificados os habitats de nidificação.

Existem outras espécies de mamíferos que foram introduzidas em todo o arquipélago durante e posteriormente à colonização das ilhas. Algumas destas espécies tornaram-se pragas de difícil controlo e um exemplo disso são os ratos que chegam a atingir números elevados em diversas ilhas (ver quadro 4).

Quadro 4 – Mamíferos introduzidos existentes na ilha do Pico.

Espécie Nome vulgar

Myosotis myotis Morcego-rato-grande

Mus musculus domesticus Ratinho

Rattus norvegicus Ratazana-castanha

Rattus rattus Ratazana-preta

Oryctolagus cuniculus Coelho-bravo

Mustela furo Furão

Répteis

Outra espécie introduzida na ZPE e área adjacente é a lagartixa (Lacerta dugesii).

Invertebrados

A bibliografia referente a invertebrados para ilha do Pico é bastante escassa. Assim sendo, foi impossível compilar dados de invertebrados para a ZPE. Os dados apresentados no quadro 5 e no anexo dizem respeito a toda a ilha do Pico (ver anexo I).

Quadro 5 – Invertebrados endémicos existentes na Ilha do Pico.

Ordem Família Espécie Endemismo

Calathus extensicollis Endémica

Ocydromus schmidti azoricus Endémica

Pseudanchomenus aptinoides Endémica

Trechus montanheirorum Endémica Carabidae

Trechus picoensis Endémica

Cerambycidae Crotchiella brachyptera Endémica

Cisidae Atlantocis gillerforsi Endémica

Tarphius acuminatus Endémica

Tarphius azoricus Endémica

Coleoptera

Colydiidae

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Ordem Família Espécie Endemismo

Acalles subcarinatus Endémica

Laparocerus azoricus Endémica

Otiorhynchus trophonius azoricus Endémica Curculionidae

Pseudechinosoma nodosum Endémica

Agabus godmani Endémica

Dytiscidae

Hydroporus guernei Endémica

Elateridae Heteroderes azoricus Endémica

Scolytidae Phloeosinus gillerforsi Endémica

Aleochara freyi Endémica

Coleoptera

Staphylinidae

Phloeonomus azoricus Endémica

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3. Caracterização socio-económica

a) Actividades humanas

Demografia

Ao longo do último século a ilha do Pico tem sofrido com a diminuição da população residente. O maior número de habitantes (27.855) da ilha foi no ano de 1878. A partir dessa década a população diminuiu gradativamente. Nas décadas de 40 e 50 observou-se um aumento na população residente, sendo que em 1950 o número de habitantes era de 22.557. A partir da década de 50 ocorreu uma nova queda abrupta no número de habitantes residentes na ilha, provavelmente favorecido pela emigração para o Canadá e Estados Unidos da América. Actualmente a população do Pico esta em declínio, como pode ser observado na figura 2.

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Anos Nº de habitantes

Figura 2– Evolução do número de habitantes da ilha do Pico no último século.

Segundo o Censo de 2001, a percentagem da população com actividade económica (empregados e desempregados) na ilha do Pico é de 48 %, enquanto que a população sem actividade económica (estudantes, domésticas, reformados e incapacitados) é de 52 %.

Na área envolvente à ZPE localiza-se a freguesia de Santo António, com cerca de 6 % da população da ilha do Pico (858 habitantes).

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Iniciativas comunitárias

A área da ZPE, foi alvo de investimento comunitário através do Programa LIFE (quadro 6).

Quadro 6 – Projectos LIFE aprovados para a área em questão e montantes totais para o arquipélago dos Açores. Projecto

Conservação das comunidades e habitats de aves marinhas dos Açores 1995-1998 Parceiros do projecto

Departamento de Oceanografia e Pescas – Universidade dos Açores (DOP); Direcção Regional do Ambiente (DRA); University of Glasgow

Royal Society for the Protection of Birds (RSPB).

Valor total 500.000 € Investimento LIFE

300.000 € Gestão integrada de zonas costeiras e marinhas dos Açores 1998-2002

Parceiros do projecto

Departamento de Oceanografia e Pescas – Universidade dos Açores (DOP); Direcção Regional do Ambiente (DRA); Direcção Regional das Pescas (DRP); Centro do Instituto do Mar – Universidade dos Açores (IMAR).

Valor total 1.365.585,71 € Investimento LIFE

819.351,42 €

Actividades recreativas

Na ZPE são practicadas diversas actividades recreativas tais como pesca, apanha de marisco, caça submarina, mergulho, actividades balneares e turismo.

Censos, monitorização e investigação

No Projecto LIFE “Conservação das comunidades e habitats de aves marinhas dos Açores” 1995-1998 foram efectuados trabalhos de censos e investigação na ZPE e áreas adjacentes: - censos dos níveis populacionais das colónias de garajau-rosado;

- censos completos e inventariação de colónias de garajau-rosado, garajau-comum, cagarro e gaivota na faixa costeira do arquipélago;

- avaliação do estatuto da freira-do-Bugio nos Açores, com recurso a técnicas de atracção por reprodução de vocalizações;

- campanhas de anilhagem de cagarro, garajau-rosado e garajau-comum;

- estudos de selecção de habitat e cronologia da reprodução das várias espécies de aves marinhas.

No LIFE “Gestão integrada de zonas costeiras e marinhas dos Açores” 1998-2002 foram recolhidos anualmente dados dos níveis populacionais das colónias de garajau-rosado.

No âmbito do Projecto “Novo Atlas das Aves que Nidificam em Portugal” promovido pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICN), Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), Direcção Regional do Ambiente dos Açores e Parque Natural da Madeira a ilha do

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Acções de promoção Público-alvo

O público alvo das acções de promoção efectuadas na ZPE em questão foi composto principalmente por pescadores locais, população local das freguesias próximas, escolas de ensino básico e secundário da ilha do Pico e escuteiros da ilha do Pico.

Evolução do número de visitantes

A ZPE “Furnas/ Santo António” é bastante visitada por turistas e visitantes locais que utilizam a área para as actividades recreativas descritas anteriormente. No entanto não existe um registo do número de visistantes.

Infra-estruturas de apoio aos visitantes

Na ZPE em questão e na área envolvente existem diversas infra-estruturas de apoio aos visitantes tais como piscinas e zonas balneares, portos, restaurantes e um parque de campismo.

Educação ambiental

Entre 1995 e 1998, ao abrigo do projecto LIFE “Conservação das comunidades e habitats de aves marinhas dos Açores” foram elaborados e distribuídos desdobráveis, cartazes, folhetos, brochuras e puzzles didácticos sobre as aves marinhas que nidificam nos Açores e os regimes de protecção existentes.

No âmbito da campanha SOS Cagarro, durante o projecto anteriormente referido, a DRA elaborou um spot radiofónico e um spot televisivo sobre medidas de protecção para cagarros encandeados, emitidos diariamente pela Antena 9 e pela RTP Açores, nos meses de Outubro e Novembro. Realizaram-se também várias acções de recolha de cagarros encandeados e sessões de esclarecimento sobre as medidas a tomar para proteger estas aves. Foi ainda realizado um spot televisivo sobre garajaus exibido na RTP Açores durante o Workshop sobre garajau-rosado, em Agosto de 1997.

Ao abrigo do projecto LIFE “Gestão integrada de zonas costeiras e marinhas dos Açores” 1998-2002 foram elaboradas diversas palestras, brochuras, panfletos e posters com o intuito de informação e sensibilização sobre as Áreas Marinhas Protegidas. Em 1999 foram produzidas e distribuídas 1400 caixas de papelão e material de divulgação da campanha SOS Cagarro.

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b) Aspectos estéticos e paisagísticos

Uso e ocupação do solo

Na ZPE em questão as formas mais comuns de uso do solo são: conservação da Natureza/ investigação; e solo não utilizado.

Acções de gestão e conservação

Para além da publicação da legislação referida anteriormente efectuaram-se outras acções de gestão e conservação na ZPE em questão que se apresentam de seguida.

Em 1995, ao abrigo do projecto LIFE “Conservação das comunidades e habitats de aves marinhas dos Açores” a DRA produziu e colocou placas de sinalização e informação em madeira pintada a delimitar a ZPE. Em 1996 foram produzidos autocolantes para colocar em placas de madeira por forma a sinalizar a delimitação da ZPE. Em 1997 e 1998 foram renovadas algumas das placas e autocolantes de sinalização.

Em 2002, foi realizada pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) a caracterização dos territórios mais apropriados para a conservação das populações de aves selvagens do Anexo I da Directiva Aves no Arquipélago dos Açores.

c) Valores patrimoniais

Principais bens imóveis

Na ZPE e na área envolvente existem algumas infra-estruturas de apoio aos visitantes previamente referenciadas como piscina, parque de campismo e um pequeno coreto.

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4. Bibliografia

Monografias, artigos científicos e relatórios

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Congresso Ibérico de Entomologia). Suplemento Nº1. vol.4.

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(23)

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- (1993) Decreto Regulamentar Regional n.º 14/93/A de 31 de Julho – Regulamento de apanha de lapas, com instituição das zonas de Reserva.

- (1993) Portaria n.º 43/93 de 2 de Setembro – Fixação das condições de apanha sem fins comerciais. - (1993) Decreto Legislativo Regional n.º 21/93/A de 23 de Dezembro – Aplicação à Região do

Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro (Rede Nacional da Áreas Protegidas).

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- (2004) Decreto Regulamentar Regional n.º 14/2004/A, de 20 de Maio – Classifica as Zonas de Protecção Especial (ZPE) da Região Autónoma dos Açores.

(24)

CAPITÚLO II: AVALIAÇÃO E OBJECTIVOS

1. Avaliação das componentes

a) Critérios de avaliação ecológica

Dimensão

Os ilhéus das Furnas são de reduzido tamanho em termos de superfície, mas apresentam área suficiente para suportar uma colónia de garajaus. Estes ilhéus já apresentaram importantes colónias de garajaus (Gaspar Frutuoso).

Os ilhéus das Furnas, conjuntamente com a Ponta da Piedade, são os melhores locais da ilha do Pico para a nidificação de garajau-rosado.

Diversidade

Na ZPE em questão, nem os habitats, nem as espécies de flora são muito diversificados, contudo o número de espécies de aves marinhas nidificantes é o esperado para aquele local (3 espécies, todas referidas no Anexo I da Directiva Aves).

Fragilidade

Os ilhéus das Furnas são locais de grande perturbação humana, o que constitui uma ameaça à nidificação de aves marinhas. Apesar disso, os ilhéus das Furnas apresentam potencial de recuperação se bem monitorizados e livres de predadores.

Representatividade

Os ilhéus das Furnas representam um dos muitos exemplos de ilhéus costeiros de pequenas dimensões dos Açores.

Raridade

O morcego-dos-Açores que aqui ocorre é a única espécie endémica de mamífero dos Açores.

Naturalidade

No passado verificou-se uma forte modificação dos habitats, principalmente devido à utilização da área da ZPE como zona balnear e de recreio.

(25)

Escala de importância do sítio

As características mais relevantes da ZPE “Furnas/ Santo António” são as apresentadas no quadro 7.

Quadro 7 - Identificação e/ ou confirmação de características da ZPE de acordo com os seguintes temas: geologia e geomorfologia; habitat e tipos de vegetação; espécies vegetais e animais; valores históricos e culturais e visitantes.

Importância

Censos Regional Nacional Europeia Geologia e Geomorfologia

Pequenos ilhéus costeiros Pouca

Fauna e Flora

Calonectris diomedea 4240 c. 2 % 2 % 1 – 2 %

Sterna dougallii* 31 c. 3 % 3 % 2 %

Sterna hirundo 79 c. 2 % < 1 % < 1 %

Spergularia azorica Elevada

Visitantes

Zona balnear e de recreio Média

b) Critérios de avaliação sócio-económica

Valor potencial

Os ilhéus das Furnas apresentam bastante potencial para a nidificação de garajaus rosados e comuns. O melhoramento dos habitats, o controle de perturbação humana e a erradicação completa de predadores dos ilhéus são condições necessárias para aumentar o potencial destes locais e incrementar a nidificação de aves marinhas.

Os ilhéus das Furnas são bastante utilizados para actividades balneares, recreativas e para pesca desportiva. A sua proximidade da costa e as repetidas perturbações a que estão sujeitos diminuem o sucesso reprodutivo dos garajaus e dos cagarros.

Atractivo paisagístico

A área das Furnas é bastante atractiva do ponto de vista turistíco e recreativo.

Benefícios indirectos

Na área envolvente existem diversas áreas de conservação ou de importância estratégica: - Zonas de Protecção Especial “Ponta da Piedade” e “Lajes do Pico”;

(26)

- Sítios de Importância Comunitária “Lajes do Pico”, “Montanha do Pico, Prainha e Caveiro”, “Ponta da Ilha”, “Ilhéus da Madalena” e “Baixa do Sul”;

- Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico; - Reservas Florestais Naturais “Caveiro”, “Lagoa do Caiado” e “Mistério da Prainha”; - Reservas Florestais de Recreio “Mistérios de São João”, “Quinta das Rosas” e “Prainha”.

2. Factores que influenciam a gestão

a) Factores introduzidos pelo Homem

- Acesso humano não controlado e perturbação (pesca da costa e de barco, apanha de marisco, actividades balneares e recreativas, etc.);

- Presença de predadores e plantas invasoras introduzidas;

- Poucos dados existentes sobre algumas espécies de aves e sobre o efeito da pesca na população de aves marinhas;

- Desenvolvimento turístico nas proximidades.

b) Factores jurídicos

- Pouca tradição no cumprimento da legislação ambiental nos Açores; - Mão de obra especializada muito limitada;

- Deficiência na comunicação entre departamentos com competência na utilização e gestão da área.

3. Orientações e objectivos de gestão

a) Definições das orientações da gestão

Âmbito

Esta ZPE constitui parte significativa de uma rede de zonas de protecção nos Açores que inclui importantes colónias de espécies de aves marinhas. A ZPE detém ainda importância internacional para as aves prioritárias do Anexo I da Directiva Aves que ali nidificam. A designação da área permite proteger habitats críticos para estas aves e todo o valor potencial em termos de conservação.

Esta ZPE também inclui alguns ilhéus dos Açores com grande potencial de recolonização de garajaus através de medidas de conservação adequadas.

(27)

Objectivos gerais

Manter e melhorar o local em questão como uma parte integrante da rede de Zonas de Protecção Especial do arquipélago dos Açores, para o benefício de espécies nidificantes de importância internacional, principalmente garajaus. Utilização dos ilhéus das Furnas como um local potencial para remover completamente os possíveis predadores introduzidos e alguma da perturbação humana de forma a obter habitat apropriado para a nidificação regular de garajau-rosado e outras aves de importância internacional.

(28)

CAPÍTULO III - MEDIDAS DE GESTÂO

1. Medidas, acções e actividades

Espécies e habitats Aumentar a vigilância

Implementar a vigilância dos ilhéus

Os ilhéus das Furnas deverão ser vigiados pelo vigilante da natureza, diariamente entre Março e Novembro e semanalmente (em dias aleatórios) durante o resto do ano. Esta vigilância é particularmente importante para assinalar a perturbação humana ou a entrada de predadores. Qualquer situação irregular deverá ser relatada ao gestor da áreas protegidas, polícia marítima e outras entidades relevantes.

Monitorar as colónias de aves marinhas

Monitorar os dados populacionais das espécies-chave

Realização de censos anuais para o garajau-rosado e garajau-comum. Realização de censos de cinco em cinco anos para cagarro.

Estes censos deverão ser realizados por alguém a designar futuramente pelo gestor e com a colaboração do vigilante da natureza.

Avaliar o impacto de predadores

Avaliar o possível impacto de predadores introduzidos sobre a colónia de aves marinhas Deverá ser avaliado o impacto de predadores nos ilhéus das Furnas através de controles sazonais. Estes controles devem ser feitos anualmente antes do período de nidificação de garajaus (Fevereiro a Março).

Controlar as populações de predadores introduzidos se necessário

No caso de serem encontrados ratos ou outros predadores introduzidos deverá proceder-se à sua erradicação completa. Esta acção deverá ser feita por profissionais competentes que não coloquem em risco outras espécies que eventualmente existam nos ilhéus e supervisionada pelo gestor.

(29)

Promoção

Promover o interesse público em relação à conservação das espécies e áreas protegidas Reforçar a campanha SOS Cagarro

A Campanha SOS Cagarro, que visa a protecção dos cagarros juvenis encadeados pelas luzes da cidade durante os primeiros voos, deverá ser mantida e reforçada todos os anos durante os meses de Outubro e Novembro (altura em que os juvenis saem dos ninhos). A campanha deverá incidir maioritariamente no tópico referente à iluminação, tendo como público alvo as crianças e os jovens. Através deste público-alvo a transmissão da mensagem deverá ser veiculada para grupos adultos mais específicos.

Realizar sessões de divulgação para a população local

Deverão ser organizadas anualmente sessões de divulgação com o objectivo de esclarecer e informar a população em geral sobre a importância da protecção da ZPE e da área envolvente. As sessões deverão incidir prioritariamente em três tópicos distintos: principais aves marinhas e respectivos habitats; principais ameaças e práticas para participar na protecção da ZPE. Estas apresentações ficam a cargo do gestor.

Desenvolver programa educacional com escolas e ecoteca sobre importância da conservação da biodiversidade

Realizar sessões de divulgação em escolas e ecoteca

Deverão ser organizadas anualmente sessões de divulgação com o objectivo de esclarecer e informar os alunos do 1º, 2º, 3º Ciclo e Secundário sobre a importância da protecção da ZPE e

da área. As sessões deverão incidir prioritariamente em três tópicos distintos: principais aves marinhas e respectivos habitats; principais ameaças; práticas para participar na protecção da ZPE. As sessões ficam a cargo do gestor.

Realizar acções de formação para professores locais

Deverão ser organizadas anualmente acções de formação para os professores locais e para os responsáveis pelas ecotecas, de modo a que os mesmos possam integrar no programa curricular actividades relacionadas com a importância da protecção da ZPE e da área envolvente. As acções de formação deverão incidir prioritariamente em três tópicos distintos: técnicas didácticas para interpretar as aves marinhas, respectivos habitats e ameaças e exemplos de acções de educação ambiental para os alunos participarem na protecção da ZPE. Estas acções deverão ser realizadas por pessoa futuramente a designar, sob supervisão do gestor.

(30)

Aumentar serviços de interpretação em locais seleccionados nas falésias costeiras Deverá ser colocada sinalização em local bem visível, nas falésias da costa adjacente aos ilhéus das Furnas, divulgando que a perturbação humana deverá ser evitada. A sinalização deverá ser colocada durante o primeiro ano de execução do plano de gestão, sob a supervisão do gestor e deverá ser reparada ou substituída sempre que necessário.

Administração Estabelecer mecanismos de gestão da área

Definir equipa técnica para gerir e vigiar a ZPE Gestor

Deverá ser definido, logo no primeiro ano de projecto do Plano de Gestão (2005), o gestor das áreas protegidas. O gestor terá a seu cargo supervisionar a aplicação dos Planos de Gestão, o trabalho dos vigilantes da natureza, as actividades acima mencionadas e outras a designar futuramente.

Definir o posto de vigilante da natureza voluntário e manter registo do número de visitantes dos ilhéus

Deverá ser definido, logo no primeiro ano de projecto do Plano de Gestão (2005), um posto honorário de vigilante da natureza voluntário ao nadador salvador responsável pelas piscinas naturais de Santo António. Este vigilante poderá paricipar na formação geral dos vigilantes da natureza e deverá ser elucidado da importância dos ilhéus das Furnas para a nidificação de garajaus. Sempre que possível deverá manter um registo do número de visitantes aos ilhéus das Furnas.

Formar equipa técnica

Deverão ser realizados cursos intensivos dirigidos aos vigilantes da Natureza a fim de melhorar o seu desempenho na conservação das espécies e dos habitats protegidos. Estes cursos deverão ser realizados anualmente, antes do período reprodutor das aves marinhas e focarão diversos tópicos importantes:

- melhorar os conhecimentos de fauna e flora;

- identificação e possível controle de predadores naturais e introduzidos; - vigilância eficaz;

(31)

Rever anualmente o progresso do plano de gestão Produzir um relatório anual

Deverá ser produzido pelo gestor um relatório anual sobre o progresso do Plano de Gestão, que deverá ser distribuído pelas entidades competentes duas semanas antes da reunião administrativa interna anual.

Organizar reunião administrativa interna anual

Deverá ser organizada anualmente uma reunião administrativa interna com as entidades competentes directamente relacionadas com os Planos de Gestão da ZPE. A organização desta reunião é da responsabilidade do gestor.

Organizar reunião anual com as entidades relevantes

O gestor deverá organizar e realizar uma reunião anual com as entidades relevantes (SRA, Câmara Municipal, Serviços de Ilha, Universidade dos Açores, Proprietários, Autoridades policiais e outras entidades futuramente a designar pelo gestor).

(32)

2. Cronograma de trabalhos por área

Quadro 8 – Listagem de todos os objectivos específicos e medidas de gestão, data prevista de execução e importância relativa de cada medida de gestão para a execução do plano (1 essencial; 2 importante; 3 desejável).

Ano de actividade

Objectivos específicos e medidas de gestão 2005 2006 2007 2008 2009 Espécies e habitats

Aumentar a vigilância

Implementar a vigilância do ilhéu 1 1 1 1 1

Monitorar as colónias de aves marinhas

Monitorar os dados populacionais das espécies-chave de aves marinhas Censos anuais de garajau-rosado;

Censos anuais de garajau-comum;

Censos de cinco em cinco anos de cagarro;

1 2 1 2 1 1 2 1 2 1 2

Avaliar o impacto de predadores

Avaliar o possível impacto de predadores introduzidos sobre a colónia de aves marinhas 1 1 1 1 1

Controlar as populações de predadores introduzidos se necessário 1 1 1 1 1

Promoção Promover o interesse público em relação à conservação das espécies e áreas protegidas

Reforçar a Campanha SOS Cagarro no Pico, anualmente; 3 3 3 3 3

Realizar sessões de divulgação para a população local, anualmente; 3 3 3 3 3

Desenvolver programa educacional com escolas e ecoteca sobre importância da conservação e biodiversidade

Realizar sessões de divulgação, esclarecimento e informação em escolas e ecoteca, anualmente;

Realizar acções de formação para professores locais, anualmente;

3 2 3 3 3 2 3 3 3 2

(33)

IMAR – DOP/UAç 33

Ano de actividade

Objectivos específicos e medidas de gestão 2005 2006 2007 2008 2009 Administração

Estabelecer mecanismos de gestão da área

Definir equipa técnica para gerir e vigiar a área em estudo; 1 Definir o posto de vigilante da natureza voluntário e manter registo do número de visitantes dos ilhéus 2

Formar equipa técnica, vigilantes da natureza 1 2 2 2 2

(34)

ANEXOS

Anexo I – Outras Espécies de Flora e Fauna

Quadro I – Outras espécies de invertebrados que ocorrem na ilha do Pico.

Ordem Família Espécie

Anaspidae Anapis proteus

Anobium punctatum Ptilinus cylindripennis

Anobiidae

Ptilinus pectinicornis

Apionidae Kalcapios semivittatum semivittatum

Bostrichidae Scobicia barbata

Bruchidae Bruchus tristiculus

Buprestidae Agrilus derasofasciatus Acupalpus brunneipes Amara aenea Anchus ruficornis Campalita olivieri Dromus meridionalis Harpalus distinguendus Laemostenus complanatus Ocys harpaloides Ophonus stictus Pseudophonus aptinoides Carabidae Pseudophonus rufipes Arthopalus syriacus Cerambycidae Chlorophorus pilosus Chaetocnema hortensis Crysolina banksi Epitrix cucumeris Epitrix hirtipennis Chrysomelidae Polyspsilla polyspilla

Cleridae Necrobia ruficollis

Coccinella undecimpunctata Scymnus interruptus

Coccinellidae

Scymnus levaillanti

Corylophidae Sericoderus lateralis

Cryptophagidae Ephistemus globulus Ahasverus advena Cryptamorpha desjardinsi Cryptolestes capensis Cryptolestes pusillus Cucujidae Placonotus granulatus Asynonychus godmani Otiorhynchus sulcatus Pissodes castaneus Coleoptera Curculionidae Pselactus spadix

(35)

Ordem Família Espécie

Pseudophloeophagus aenopiceus Pseudophloeophagus tenax Rhopalomesites tardyi Sitona lineatus

Dermestidae Dermestes frischi

Dermestidae Dermestes undulatus

Agabus bipustulatus

Dytiscidae

Rhantus suturalis

Elateridae Melanotus dichrous

Erotylidae Cryptophilus interger

Gyrinidae Gyrinus distinctus

Saprinus semistriatus Histeridae Saprinus subnitescens Cercyon atricapillus Cercyon depressus Cercyon haemorrhoidalis Cercyon lugubris Hydrophilidae Sphaeridium bipustulatum Aridius nodifer Latridiidae Corticaria fulvipes

Melyridae Attalus lusitanicus

Monotomidae Monotoma spinicollis Berginus tamarisci Litargus pilosus Mycetophagidae Typhaea stercorea Carpophilus fumatus Carpophilus marginellus Epuraea biguttata Lasiodactylus tibialis Meligethes aeneus Nitidula carnaria Nitidulidae Omosita colon

Oedemeridae Nacerda melanura

Acrotrichis sanctaehelenae Acrotrichis sericans Acrotrichis thoracica Ptiliidae Ptenidium pusillum Sitophilus oryzae Rhynchophoridae Sitophilus zeamais Aphodius granarius Scarabaeidae Onthophagus taurus Hylastes ater Hylastes attenuatus Hylurgus ligniperda Hypothenemus eruditus Liparthrum curtum Orthotomicus erosus Coleoptera Scolytidae Xyleborus saxeseni

(36)

Ordem Família Espécie Scydmaenidae Stenichnus tythonus mesmini

Aleochara bipustulata Aloconota insecta Aloconota sulcifrons Amischa analis Anotylus complanatus Staphylinidae Anotylus nitidulus Atheta atramentaria Atheta coriaria Atheta dilutipennis Atheta divisa Atheta fungi Atheta laticollis Atheta sordida Cafius xantholoma Chloecharis debilicornis Cilea silphoides Coproporus pulchellus Cordalia obscura Creophilus maxillosus Cypha pulicaria Emplenota albopila Gabrius nigritulus Gyrohypnus fracticornis Habrocerus capillaricornis Heterota plumbea Heterothops minutus Lithocharis nigriceps Ocypus olens Phacophallus parumpuntatus Philonthus pachycephalus Philonthus politus Phloeonomus pusillus Phoeopora corticina Phoeopora teres Proteinus atomarius Quedius simplicifrons Remus pruinosus Rugilus orbiculatus Sepedophilus lusitanicus Sepedophilus testaceus Spatulonthus longicornis Sunius propinquus Tachyporus nitidulus Staphylinidae Xenusa sulcata Gnatocerus cornutus Coleoptera Tenebrionidae Tribolium castaneum

Danaidae Danaus plexippus

Cyclophora azorensis

Lepidoptera

Geometridae

(37)

Ordem Família Espécie

Lycaenidae Lampides boeticus

Hypena obsitalis Mythimna unipuncta Noctua pronuba Noctuidae Xestia c-nigum Colias crocea Pieridae

Pieris brassicae azorensis

Lepidoptera Sphingidae Macroglossum stellatarum

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(38)

Anexo II – Biologia e ecologia das aves marinhas

Quadro II – Biologia e ecologia das espécies de aves marinhas que nidificam na ZPE “Furnas/ Santo António” e área envolvente. Espécies Envergadura Peso Período Reprodut

or

Alimentação Ilhas de nidificação Estimativas populacionais nos Açores

Habitat Distribuição geográfica e migrações

Garajaus – ORDEM Charadriiformes Família Sternidae Sterna hirundo Garajau-comum Common Tern 79 cm 121- 153 g Abril – Julho Cerca de 4000 casais reprodutores.

Distribuem-se pelo Leste da América do Norte, Europa e Ásia central;

No Inverno migram para a costa Leste da América do Sul, África do Sul e Austrália. Sterna dougallii Garajau-rosado Roseate Tern 76 a 79 cm 106-133 g Abril – Julho Pequenos peixes, principalmente peixe-pau, chicharro, sauri, trompeteiro, peixe-agulha, goraz e mesopelágicos. A dieta pode variar consideravelmente entre colónias e de ano para ano.

Todas as ilhas dos Açores. Entre 400 e 1050 casais reprodutores. Em praias de areia ou calhau, ilhéus e escarpas. Nos Açores nidificam preferencialmente em ilhéus, em grande parte devido à perturbação humana.

Distribuem-se pelo Norte da América, América Central, Venezuela, Europa (Irlanda, Inglaterra e Açores).

No Inverno migram para a costa Este da América do Sul e África do Sul.

(39)

IMAR – DOP/UAç 39 Espécies Envergadura Peso Período Reprodutor Alimentação Ilhas de nidificação

Estimativas populacionais

nos Açores Habitat

Distribuição geográfica e migrações

Pardelas - ORDEM Procellariiformes Família Procellariidae Calonectris diomedea borealis Cagarro Pardela-de-bico-amarelo Cory's Shearwater 100-125 cm Macho: 680-1060 g Fêmea: 605-1010 g Finais de Fevereiro -finais de Outubro. Pequenos peixes pelágicos (chicharro, cavala, etc.), pequenas lulas e alguns crustáceos. Todas as ilhas dos Açores. Cerca de 200.000 casais reprodutores. Cavidades naturais e fendas na rocha. Reutilizam buracos de coelho no solo ou escavam o seu próprio ninho.

Durante o período reprodutor: Mediterrâneo e ilhas do Atlântico Norte.

Migração: Hemisfério Sul, nomeadamente para a costa da Namíbia, África do Sul, Brasil e Uruguai.

Fontes:

CRAMP, S. & SIMMONS, K.E. 1977. Handbook of the Birds of Europe, the Middle East and North Africa: The Birds of the Western Paleartic, vol 1. Oxford University Press.

FEIO, R. 1997. Utilização de jangadas no recenseamento da população de cagarro Calonectris diomedea borealis (Cory 1881) nos Açores. Relatório de estágio da Licenciatura em Biologia Marinha e Pescas da Universidade do Algarve.

HARRISON, P. 1989. Seabirds of the world: a photographic guide. Christopher Helm. London.

MONTEIRO, L. R., RAMOS, J. A. & FURNESS, R. W. 1996. Past and present satus and conservation of the seabirds breeding en the Azores archipelago. Biological Conservation 78: 319-328.

PEREIRA, J., 1997. Comparação da alimentação e crescimento de crias em duas espécies simpátricas de garajau (Sterna hirundo; Sterna dougallii) nos Açores. Relatório de estágio da Licenciatura em Biologia Marinha e Pescas da Universidade do Algarve.

WARHAM, J. 1996, The behaviour, population, biologt and physiology of the Petrels. Academic press. London. WARHAM, J. 1990, The Petrels: their ecology and breeding systems. Academic press. London.

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Referências

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