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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS - SERGIPE Roteiro para Avaliação dos Planos Diretores

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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS - SERGIPE

Roteiro para Avaliação dos Planos Diretores

Nome do pesquisador: Cláudia Câmara, Cladis Jacobisen, Fernanda Costa E-mail e telefone de contato: genesiscoop@yahoo.com.br

Município: Boquim

Número da lei: Lei Complementar n0. 544

Data da aprovação do Plano Diretor: 12/12/2007 Estado: Sergipe

A. Informações gerais do município.

1. Caracterização sociodemográfica e econômica do município.

O município de Boquim está situado na Zona Sul do litoral do Estado de Sergipe e possui uma área de 245 km². Limita-se ao Norte com o município de Lagarto, ao Sul com os municípios de Arauá e Pedrinhas, à Leste com os municípios de Estância e Salgado e à Oeste com o município de Riachão do Dantas.

Boquim dista 89 km da Capital do Estado, Aracaju, por rodovia. O município faz parte do território denominado Sul Sergipano, do qual também fazem parte: Arauá, Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Itabaianinha, Pedrinhas, Salgado, Santa Luzia do Itanhy, Tomar do Geru e Umbaúba. O Sul Sergipano reúnia uma população de 249.387 habitantes e uma área de 3.193,60 km2 em 2000.

A população no município era de 24,5 mil habitantes, residentes em 5806 domicílios segundo dados da contagem do IBGE em 2007. A maioria dos residentes se concentrava na área urbana (14.979 habitantes). No período 1991 a 2000 a população cresceu a uma taxa média anual de 0,45%.1

Tabela 1 – Boquim: População urbana e rural

População 1991 2000 2007

Urbana 13.151 hab. 14.975hab. 14.979hab.

Rural 9.864 hab. 9.213hab. 9.493 hab.

Total 23.015 hab. 24.188 hab. 24.472 hab.

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1991, 2000 e Contagem 2007.

1 Fonte: Sistema Nacional de Indicadores Urbanos (SNIU)

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A composição da população por sexo era equilibrada, com leve predominância da população feminina que correspondia em 2000 a 50,50% do total dos residentes.

A taxa de urbanização no município era baixa e manteve-se estável nas ultimas duas décadas, como mostra a Tabela 2. A área urbana está divida em nove bairros e mede 3,86 km². A área central é marcada pela predominância do comércio, com atividades muito diversificadas.

Tabela 2 – Boquim: Taxa de Urbanização

1991 2000 2007

Taxa de Urbanização

(%) 57,14% 61,91% 61,20%

Fonte: Sistema Nacional de Indicadores Urbanos (SNIU), Cidades@ - www.ibge.gov.br

A Zona Rural concentra 25 povoados, os quais em sua grande maioria estão localizados na porção sul, no entorno da sede municipal. Na estrutura fundiária predominam as atividades de lavoura desenvolvidas em pequenas e médias propriedades.

A população economicamente ativa (PEA) era de 18.715 pessoas. A base econômica estava calçada na agricultura e a citricultura é a principal fonte de rendimento no município. Boquim chegou a ser o segundo maior produtor de laranjas do País, tendo a sua frente, somente o estado de São Paulo. Tal desempenho foi favorecido pela formação do solo, areno-argiloso, profundo, excelente para fruticultura cítrica. Em 2000 a população ocupada se concentrava principalmente nesse setor (41,6%). Também se diferenciavam, porém com menor destaque, o percentual de pessoas ocupadas no comércio (13,79%) e os prestadores de serviços (14,84%).

Tabela 3 - Boquim: População Ocupada (IBGE, 2000)

Ocupação %

Percentual de pessoas ocupadas em agropecuária, silvicultura, exploração

florestal e pesca 41,6

Percentual de pessoas ocupadas em comércio de mercadorias 13,79

Percentual de pessoas ocupadas em transporte e comunicação 4,2

Percentual de pessoas ocupadas em serviços auxiliares da atividade

econômica 0,91

Percentual de pessoas ocupadas na administração pública 2,4

Percentual de pessoas ocupadas na indústria da construção civil 3,87

Percentual de pessoas ocupadas na indústria de transformação 3,67

Percentual de pessoas ocupadas em outras atividades industriais 0,94

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Percentual de pessoas ocupadas em prestação de serviço 14,84

Percentual de pessoas ocupadas com atividades sociais 8,8

Percentual de pessoas ocupadas em outras atividades 4,97

Fonte: IBGE: Sistema IBGE de Recuperação Automática, 2000 (SIDRA - www.ibge.gov.br).

O Município apresentava precários indicadores de renda e elevados níveis de pobreza. A renda per capita média era baixa, menor do que um salário2 mínimo e diminuiu entre 1991 e 2000. Os percentuais dos rendimentos provenientes do trabalho também diminuíram nessa década. Já as rendas provenientes das transferências governamentais aumentaram entre 1991 e 2000, a Tabela 4 apresenta esses percentuais. Atualmente o Programa Bolsa Família do Governo Federal atende 3100 famílias no Município. 3 Tal número corresponde a aproximadamente 50% das famílias residentes.

Tabela 4 – Boquim: Estratificação da população por renda

Renda 1991 2000

Percentual da renda proveniente de rendimentos do trabalho 85,92% 66,82%

Percentual da renda proveniente de transferências governamentais

9,01% 15,31%

Percentual de pessoas com mais de 50% da sua renda proveniente de transferências governamentais

5,95% 13,64%

Renda per capita 114,44 95,19

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil

Cerca de 90% da população economicamente ativa acumula rendimentos nominais mensais até 2 salários mínimos. Sendo que 47% dessa população não têm rendimentos.

Tabela 5 – Boquim: Pessoas de 10 anos ou mais de idade (PEA) por classes de rendimento nominal mensal, 2000

Classes de rendimento nominal mensal

Pessoas de 10 anos ou mais de idade

(Pessoas)

Pessoas de 10 anos ou mais de idade (%)

Sem rendimento 8.797 47

Até ¼ de salário mínimo 700 3,74

Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo 1.231 6,58

Mais de 1/2 a 1 salário mínimo 4.568 24,41

Mais de 1 a 2 salários mínimos 1.996 10,67

Mais de 2 a 3 salários mínimos 636 3,4

2 Esse dado considera o ano de Referência da pesquisa em 2000. Em 03/04/2000 o salário Mínimo correspondia a R$151,00 (cento e cinqüenta e um reais).

3 Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Sistema de Beneficiários ao Cidadão (SIBEC), data de referencia: dezembro de 2009. Disponível in:

(https://www.beneficiossociais.caixa.gov.br/consulta/beneficio/04.01.00-00_00.asp).

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Mais de 3 a 5 salários mínimos 431 2,3

Mais de 5 a 10 salários mínimos 202 1,08

Mais de 10 a 15 salários mínimos 59 0,31

Mais de 15 a 20 salários mínimos 35 0,19

Mais de 20 a 30 salários mínimos 36 0,19

Mais de 30 salários mínimos 24 0,13

Total 18.715 100

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000

A Tabela 6 mostra que as condições de apropriação da renda por extratos da população foram estáveis entre 1991 e 2000. Os 20% mais pobres se apropriam de apenas 2,1% dos rendimentos, enquanto os 20% mais ricos se apropriam de 60% dos rendimentos totais.

Tabela 6 – Boquim: Porcentagem da renda apropriada por extratos da população 1991/2000

População 1991 2000

20% mais pobres 3,8 2,1

40% mais pobres 11,4 8,9

60% mais pobres 22,6 20,0

80% mais pobres 39,9 39,1

20% mais ricos 60,1 60,9

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, 2004

Segundo dados do Observatório das metrópoles, até 2000, o município de Boquim acumulou um deficit habitacional quantitativamente baixo.

Correspondeu a 383 domicílios. Todavia, a quantidade de domicílios inadequados por condições de infraestrutura era muito significativa, atingia a quase totalidade dos domicílios situados no município 5704. Outro dado que merece destaque é a quantidade de domicílios sem instalações sanitárias, cerca de 10% do total existente.

Tabela 7 – Boquim: Deficit e Inadequações Habitacionais (IBGE, 2000)

INADEQUAÇÕES DEFICIT

Infraestrutura Sem sanitário

Adensamento excessivo

Terreno não próprio

Domicílios 383 5704 596 350 232

(%) 7,00 99,00 10,00 6,00 4,00

Fonte: Observatório das Metrópoles. Metrodata: Necessidades Habitacionais, 2000.

(www.observatóriodasmetropoles.net)

2. Localização do município em tipologia a ser utilizada na metodologia de avaliação.

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(i) a tipologia municipal produzida pelo Observatório das Metrópoles (trabalho coordenado pela Tânia Bacelar) e reformulada pela Ermínia Maricato para o Planab,

H - Centros urbanos em espaços rurais com elevada desigualdade e pobreza

(ii) a tipologia produzida pelo Observatório sobre o grau de integração dos municípios às metrópoles, especificamente para os municípios situados em regiões metropolitanas.

Município não integrante da Região Metropolitana

3. Solicitar a prefeitura/câmara os diagnóstico/estudos que subsidiaram a elaboração do Plano Diretor, caso estes estejam disponíveis.

Não foram disponibilizados diagnósticos/estudos sobre o município.

4. Verificar se o município já possuía Plano Diretor antes da elaboração deste.

Sim. Lei nº 262, de 12.06.91 (Plano Diretor de Boquim).

Outras leis encontradas:

Lei Orgânica do Município de Boquim, de 12.05.90;

Lei nº 399, de 24.12.98 (Lei de Perímetro Urbano);

Lei nº 02, de 29.01.73 (Código de Posturas e Obras);

Lei nº 264, de 12.06.91 (Código de Obras);

Lei nº 261, de 12.06.91 (Código de Urbanismo);

Lei nº 301, de 17.11.92 (Código de Limpeza Urbana);

Lei nº 379, de 22.12.97 (Cria o Conselho de Desenvolvimento Municipal);

Lei nº 418, de 27.10.99 (Cria o Fundo de Desenvolvimento Municipal);

Lei nº 221, de 07.10.89 (Estabelece Área de Proteção Ambiental);

Lei nº 420, de 28.10.99 (Estabelece Área de Proteção Ambiental);

Lei nº 425, de 30.12.99 (Organização do Sistema de Proteção Ambiental);

Lei nº 475, de 30.12.02 (Cria o Projeto de Desenvolvimento Sustentável de Boquim);

Lei nº 517, de 05.07.06 (Cria o Conselho Municipal de Meio Ambiente);

Lei nº 484, de 29.12.03 (Cria o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional);

5. Ao final da leitura do Plano Diretor, com foco nos aspectos elencados nesse roteiro, solicita-se uma avaliação sintética, buscando refletir sobre o sentido geral do Plano, procurando responder às seguintes questões:

(i) Conteúdo: O Plano apresenta uma estratégia econômica/sócio-territorial para o desenvolvimento do município? Quais são os elementos centrais desta estratégia?

Caso não apresente uma estratégia de desenvolvimento econômico/sócio/territorial, qual é o sentido do plano?

O Plano apresenta uma estratégia econômica/sócio-territorial para o desenvolvimento do município. Os elementos centrais dessa estratégia são, em princípio, o Macrozoneamento que tem por finalidade orientar o desenvolvimento econômico e ambiental de cada região do território do município (urbana e rural), e o Zoneamento Urbano que estabelece áreas diferenciadas de uso e ocupação do solo visando dar utilização mais adequada

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a cada uma delas. O PD estabelece inclusive uma Zona de Ocupação Industrial – ZOI destinada a instalação de industriais e grandes equipamentos de serviços urbanos.

Pode-se ainda afirmar que algumas das Políticas Setoriais, entre as quais a do Desenvolvimento Econômico, estabelece diretrizes que se caracterizam como parte de uma estratégia econômica / sócio-territorial para o município.

(ii) Linguagem: Verificar se o plano traz um glossário ou um documento explicativo.

O Plano não conta com glossário.

Verificar se a linguagem predominante no plano é excessivamente técnica, dificultando sua compreensão pela população, ou se procura uma linguagem mais acessível.

Apresenta linguagem técnica, sem preocupação com uma linguagem mais acessível.

(iii) Relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Verificar se o plano define prioridades de investimentos, relacionando-as ao ciclo de elaboração orçamentária subseqüente.

Não há qualquer menção a nenhum dos instrumentos do ciclo orçamentário.

(iv) Relação entre o Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos.

Caso o município seja atingido por algum investimento importante em infraestrutura de logística/energia, avaliar se o Plano diretor leva em consideração estes investimentos e seus impactos.

Não faz menção a investimentos na área de infraestrutura nem ao PAC.

B. Acesso a terra urbanizada

Os objetivos da avaliação estarão centrados nos seguintes aspectos:

a) detectar que diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas nos textos do PD.

Algumas das diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas no texto do PD, especificamente no artigo 4° - Função Social da Propriedade, artigo 6° - Direito ao maio ambiente ecologicamente equilibrado e artigo 8° - Direito a Gestão democrática.

b) apontar diretrizes que, embora não reproduzam o texto do Estatuto, se refiram como objetivos ou diretrizes do plano aos seguintes temas:

- Garantia do direito à terra urbana e moradia.

A questão da moradia é mencionada no art. 4º, abaixo transcrito, e contemplada nos artigos 34, 35 e 36 que tratam da Política Municipal de Habitação:

Art. 4º. A função social da cidade é atendida na medida em que se cumpram as normas de ordem pública direcionadas ao bem-estar de seus habitantes, especialmente no que tange à moradia, à infraestrutura urbana, à educação, à

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saúde, ao lazer, à segurança, à acessibilidade, à comunicação, à produção e circulação de bens e de serviços e à proteção, preservação e recuperação dos recursos naturais ou criados.

- Gestão democrática por meio da participação popular.

Contemplada no art. 8º, abaixo transcrito:

Art. 8º. Fica assegurado o direito de gestão democrática no desenvolvimento das funções sociais da cidade, o qual se realizará por meio da participação direta da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano e ambiental.

- Ordenação e controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção especulativa de terrenos.

Contemplado nos instrumentos da política urbana previstos no artigo 103, abaixo transcrito, em especial o Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória conceituado nos artigos 108 a 111, e o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Progressivo conceituado nos artigos 111 e 112:

Art. 103. Para fins desta lei, serão utilizados os seguintes instrumentos de desenvolvimento urbano:

I - outorga onerosa do direito de construir;

II - transferência do direito de construir;

III - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

IV - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana progressivo;

V - operações urbanas consorciadas e de interesse social;

VI - direito de preempção;

VII – regularização fundiária;

VIII – Sistema Municipal de Informações;

IX – Fundo Municipal de Desenvolvimento Sustentável.

- Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização.

Aspecto mencionado no artigo 1º, abaixo transcrito:

Art. 1º. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do Município de Boquim tem como objetivo, garantir o direito à cidade, o cumprimento da função social da propriedade, a justa distribuição dos serviços públicos, a ordenação do uso e ocupação do solo e da produção do espaço urbano e a preservação do patrimônio ambiental, histórico e cultural, mediante a gestão democrática participativa, nos termos da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 e da Lei Orgânica Municipal.

-Recuperação dos investimentos do Poder Publico de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos.

Não mencionado no PD.

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-Regularização Fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda.

Previsto no artigo 103 acima transcrito, e conceituado nos artigos 118 e 119.

Questões centrais:

I. A Função Social da Propriedade

1. O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social da propriedade? De que forma?

Estabelecido no artigo 3º, abaixo transcrito:

Art. 3º. A propriedade cumprirá a sua função social na medida em que atender às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas neste Plano Diretor, tais como:

I - aproveitamento socialmente justo e racional do solo, com sua utilização em intensidade compatível com a capacidade dos equipamentos e serviços públicos disponíveis;

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis, bem como a proteção, a preservação e a recuperação do meio ambiente e do patrimônio histórico, cultural, paisagístico, artístico e arquitetônico;

III - utilização compatível com a segurança e a saúde dos usuários e dos vizinhos;

IV - plena adequação aos fins a que se destina, sobretudo em se tratando de propriedade pública

II. Controle do Uso e Ocupação do Solo

1. O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural?

O PD estabelece macrozoneamento nos artigos 69 e 70, abaixo transcritos:

Art. 69. Para orientar o ordenamento e a gestão territorial do Município, ficam definidos o Macrozoneamento e o Zoneamento Urbano Municipal.

Capítulo I – Do Macrozoneamento

Art. 70. O macrozoneamento municipal tem por finalidade definir diretrizes para orientar o desenvolvimento de acordo com as características físicas, sociais, culturais, econômicas e ambientais de cada região, de forma a promover o desenvolvimento harmônico do Município e o bem-estar de seus habitantes, sendo dividido em duas zonas, delimitadas no Anexo IV:

I – Zona Urbana (ZU), destinada prioritariamente aos diversos usos urbanos, correspondendo à sede municipal;

II – Zona Rural (ZR), destinada prioritariamente às propriedades rurais e à produção agrícola.

2. Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Quais?

Os objetivos do macrozoneamento estão definidos no artigo 70, acima transcrito.

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3. O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros?

O macrozoneamento encontra-se delimitado no ANEXO IV.

4. Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do uso e ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do solo?

O PD estabelece o zoneamento urbano nos artigos 74 e 75 e estabelece áreas Especiais de Interesse Sociais nos artigos 83 e 84, todos abaixo transcritos:

Art. 74. O zoneamento urbano estabelece áreas diferenciadas de uso e ocupação do solo, visando a dar a utilização mais adequada a cada uma delas.

Art. 75. O Zoneamento Urbano está assim constituído e delimitado em mapa no Anexo V:

I – Zona de Ocupação Urbana (ZOU);

II – Zona de Expansão Urbana (ZEU);

III – Zona de Ocupação Industrial (ZOI).

Art. 83. As Áreas Especiais de Interesse Social são aquelas destinadas à recuperação, manutenção e construção de habitações de interesse social, delimitadas no Anexo VI.

Art. 84. As Áreas Especiais de Interesse Social regem-se por normas específicas de uso e ocupação do solo que se sobrepõem às de Zoneamento Urbano, sem prejuízo do atendimento dos demais parâmetros da zona em que se encontram, e terão prioridades nos projetos, planos e programas de urbanização ou reurbanização e nos investimentos públicos.

III. Perímetro Urbano e Parcelamento do Solo

1. O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra para a extensão do perímetro? Qual?

O perímetro urbano não sofreu alteração, conforme artigo 71, abaixo transcrito:

Art. 71. A Zona Urbana corresponde à sede municipal, delimitada por meio da Lei no 399, de 24 de dezembro de 1998 – Lei de Perímetro Urbano.

2. O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para legislação específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse social?

O PD não inclui regras para o parcelamento do solo urbano. Entretanto o PD estabelece regras específicas para parcelamento de interesse social no artigo 89, abaixo transcrito:

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Art. 88. Para novos parcelamentos nas AEIS, a área mínima do lote será de 125 m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados) e a máxima de 200 m2 (duzentos metros quadrados).

Parágrafo único. Para os novos conjuntos habitacionais nas AEIS, a área mínima das habitações será de 32 m2 (trinta e dois metros quadrados).

3. Identificar a previsão de área de expansão urbana e sua definição.

O PD prevê área de expansão urbana e sua definição nos artigos 78 e 79, abaixo transcritos:

Seção II – Zona de Expansão Urbana – ZEU

Art. 78. A Zona de Expansão Urbana corresponde às áreas que apresentam potencial para crescimento da cidade.

Art. 79. Constituem diretrizes de urbanização da Zona de Expansão Urbana:

I – priorizar obras de saneamento básico e ampliação do sistema viário junto a outras instâncias de governo e da iniciativa privada;

II – adensar de forma controlada a ocupação e o uso do solo para minimizar os problemas resultantes de carência de infraestrutura;

III – desenvolver estratégias para a expansão da malha urbana de forma contínua;

IV – evitar os vazios urbanos, promovendo a ocupando de áreas mais próximas da Zona de Ocupação Urbana.

4. Verificar se o plano estabelece que os novos loteamentos devem prever percentuais para área de habitação de interesses social.

Atenção: Caso este tema não seja tratado no próprio plano, avaliar a lei de parcelamento do solo em vigor. Indicar se o plano prevê a revisão desta lei e em que prazo.

O PD não estabelece percentuais para áreas de habitação de interesse social:

IV. Coeficientes e Macrozonas:

1. Verificar quais são os tipos de zona e/ou macrozonas definidos no Plano.

O PD estabelece macrozoneamento e zoneamento urbano no seu artigo 69, 70, 74 e 75 acima transcritos.

2. Definição de coeficientes de aproveitamento básico e máximo (se não forem definidos esses coeficientes, verificar quais são os parâmetros utilizados para o controle do uso e ocupação do solo).

O PD não conceitua coeficientes de aproveitamento básico e máximo, e não define demais parâmetros de ocupação do solo.

3. Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio.

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O PD define subutilização no parágrafo 2º do artigo 107, abaixo transcrito:

Art. 107. A todos os imóveis não edificados, subtilizados ou não utilizados, localizados na Zona Urbana ou em Áreas Especiais de Interesse Social, aplicar-se-á o parcelamento, edificação ou utilização compulsória.

§ 1º. O disposto no caput deste artigo não se aplica a imóveis que, por força da legislação urbanística, estejam impedidos de atingir os níveis mínimos de construção previstos para o local.

§ 2º. Serão considerados imóveis subutilizados, aqueles que não atendam ao parâmetro mínimo de ocupação equivalente a 0,2 (zero vírgula dois);

§ 3º. O disposto no caput também se aplica às obras inacabadas, paralisadas ou em ruínas, bem como aos imóveis com utilização móvel ou transitória.

4. Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento.

Não consta do PD.

5. Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de utilização.

As macrozonas e o zoneamento urbano estão definidos, respectivamente, nos artigos 70 e 75, já transcritos, entretanto não consta no PD parâmetros de utilização das Macrozonas e zonas estabelecidas.

6. Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreas centrais e sítios históricos.

O PD estabelece Política específica para os Sítios Históricos nos artigos 44 e 45 abaixo transcritos, não apresentando políticas específicas para as áreas centrais:

Art. 44. Para os fins desta Lei, são considerados patrimônio histórico e cultural do Município, os bens, materiais e imateriais, que expressem a identidade, a evolução e a memória dos diferentes grupos formadores da comunidade do Município de Boquim.

§ 1º. Constituem bens culturais materiais: patrimônio histórico, arquitetônico, paisagístico construído e natural, artístico, arqueológico e documental;

§ 2º. Constituem bens culturais imateriais aqueles relacionados ao sentimento, ao conhecimento e ao saber fazer, quais sejam, a dança, a música, a culinária, o artesanato e os folguedos.

Art. 45. Para assegurar o disposto no caput do artigo anterior, o Poder Executivo deve:

I – garantir a preservação e adequada utilização do patrimônio histórico e cultural;

II – documentar, selecionar, proteger e promover a preservação, a conservação, a recuperação, a revitalização e a divulgação dos bens;

III – incorporar a proteção do patrimônio cultural ao processo permanente de planejamento e ordenação do território;

IV – sensibilizar a opinião pública sobre a importância e a necessidade de valorização, preservação, proteção e recuperação de seu patrimônio histórico, cultural e entorno;

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V – incentivar a participação e a gestão da comunidade na pesquisa, identificação, preservação e promoção do patrimônio histórico, cultural, ambiental e arqueológico;

VI – assegurar o acesso aos espaços do patrimônio histórico e cultural de propriedade pública;

VII – disciplinar o uso dos bens do patrimônio histórico e cultural de forma a garantir a sua perpetuação.

7. Identificar o estabelecimento de zoneamento específico para áreas de proteção ambiental.

Não estabelece zoneamento específico, entretanto, trata de Áreas de Proteção como Política Setorial nos artigos de 49 a 69

V. ZEIS

1. Definição de tipos de ZEIS.

O artigo 85, abaixo transcrito, define os tipos de AEIS – Áreas Especiais de Interesse Social:

Art. 85. As Áreas Especiais de Interesse Social compreendem:

I - terrenos públicos ou particulares ocupados por favelas, vilas ou loteamentos irregulares, em que haja interesse público em promover a urbanização e regularização de títulos, desde que não haja riscos graves para o meio ambiente ou segurança;

II - glebas ou lotes urbanos, isolados ou contínuos, não edificados, subtilizados ou não utilizados, necessários para implantação de programas habitacionais de interesse social;

III - áreas com concentração de habitação coletiva precária, de aluguel, em que haja interesse público na promoção de programas habitacionais destinados prioritariamente à população de baixa renda, moradora da região, compreendendo inclusive vilas e cortiços.

Parágrafo único. Fica vedado o remembramento de lotes nas AEIS, exceto para a implantação de equipamentos comunitários ou de interesse coletivo ou para adequação dos lotes à área mínima exigida para titulação individual de habitação social.

2. Definição da localização em mapa, ou coordenadas ou descrição de perímetro.

As AEIS encontram-se delimitadas no Anexo VI do PD.

3. Definição da população que acessa os projetos habitacionais nas ZEIS.

Não definido no PD.

4. Definição de tipologias habitacionais em ZEIS.

Não definido no PD.

5. A remissão para lei específica.

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O PD remete a regulamentação das AEIS para Planos de Urbanização, específicos para cada uma das áreas, conforme estabelecido no artigo 87, e estabelece alguns parâmetros para novos parcelamentos nas AEIS, conforme artigo 88, ambos abaixo transcritos:

Art. 87. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar Plano de Urbanização para cada AEIS, definindo:

I – padrões de parcelamento, edificações, uso e ocupação do solo;

II – formas de gestão e de participação da população nos processos de delimitação, implementação e manutenção das AEIS;

III – infraestrutura mínima de ocupação.

Art. 88. Para novos parcelamentos nas AEIS, a área mínima do lote será de 125 m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados) e a máxima de 200 m2 (duzentos metros quadrados).

Parágrafo único. Para os novos conjuntos habitacionais nas AEIS, a área mínima das habitações será de 32 m2 (trinta e dois metros quadrados).

6. Caso as ZEIS já estejam demarcadas em mapas, identificar qual é o percentual da zona definido no plano.

As AEIS encontram-se delimitadas no anexo 6, entretanto o material fornecido encontra-se ilegível.

7. Verificar se existem definições de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS, tais como investimentos em educação, saúde, cultura, saneamento, mobilidade, etc.

O artigo 84, abaixo transcrito, menciona as AEIS como áreas prioritárias nos investimentos públicos:

Art. 84. As Áreas Especiais de Interesse Social regem-se por normas específicas de uso e ocupação do solo que se sobrepõem às de Zoneamento Urbano, sem prejuízo do atendimento dos demais parâmetros da zona em que se encontram, e terão prioridades nos projetos, planos e programas de urbanização ou reurbanização e nos investimentos públicos.

VI. Avaliação geral do zoneamento em relação ao acesso à terra urbanizada.

1. Qual o significado do zoneamento proposto sob o ponto de vista do acesso à terra urbanizada? (ou seja, procure avaliar o zoneamento, buscando identificar em que porções do território, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo zoneamento se favorece o acesso à terra urbanizada pelas classes populares ou, pelo contrário, se favorece a utilização das s áreas pelos empreendimentos imobiliários voltados para classes médias e altas). Para fazer esta leitura, atentar para as seguintes características: tamanhos mínimos de lote, usos permitidos (incluindo possibilidades de usos mistos na edificação) e possibilidade de existência de mais de uma unidade residencial no lote.

(14)

Exceto pelas áreas Especiais de Interesse Social – AEIS, delimitadas no anexo VI, cujas diretrizes essenciais se referem a inclusão de parcelas da população marginalizadas, que não acessam solo urbano dentro das regras legais, e aumentar a oferta de terras para os mercados urbanos de baixa renda, nenhuma outra área do território do município se apresenta, explicita ou implicitamente, destinada a uma ou outra parcela da população por faixa de renda.

O PD estabelece restrições específicas para o parcelamento nas AEIS, áreas mínima e máxima de lotes, bem como área mínima das habitações para novos conjuntos habitacionais nas AEIS, entretanto, não há referência quanto a destinação, por faixa de renda, para nenhuma outra área do território do município.

2. Avaliar este zoneamento do ponto de vista quantitativo (percentual do território urbanizável destinado ao território popular frente ao percentual de população de baixa renda no município) e qualitativo (localização deste território no município)

Atenção: incluir as ZEIS nesta análise, porém não restringir a avaliação apenas às ZEIS, caso existam zonas do macrozoneamento que permitam, pelas características e parâmetros de uso e ocupação do solo, a produção de moradia popular. Caso estes parâmetros não sejam estabelecidos no próprio plano e sim na lei de uso e ocupação do solo, buscar a lei de uso e ocupação do solo ou lei de zoneamento em vigor.

As AEIS encontram-se delimitadas no anexo VI, entretanto o material fornecido encontra-se ilegível, o que não permite quantificar percentuais.

VII. Instrumentos de Política Fundiária

1. Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário verificar:

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável por meio do próprio plano.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

- Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

- Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

(15)

- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

- Identificar se está especificado a fórmula de cálculo da contrapartida.

- Identificar para onde vão os recursos.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades - Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

- Identificar se estão definidos prazos.

- No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que estaria sujeito ao EIV.

Como se aplica¹onde se aplica² quando se aplica³

Edificação/Parcelamento Compulsórios IPTU progressivo no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos) Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social Operação Urbana

Transferência do Direito de Construir EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança Concessão de uso especial para moradia Direito de superfície

Direito de preempção Observações:

(1) Como se aplica – fazer uma descrição sucinta do funcionamento do instrumento.

(2) Onde se aplica – identificar a relação com o zoneamento ou macrozoneamento.

(3) Quando se aplica – verificar se a aplicação ocorre a partir da data de aprovação do plano; se há prazo para regulamentação; ou se há outras definições.

(Ver Tabela aixo)

(16)

B. Acesso à terra urbanizada VII. Instrumentos de Política Fundiária

Edificação /Parcelam ento Compulsó rios IPTU progressiv o no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Operação Urbana

Transferência do Direito de Construir

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Concessão

de uso especial para moradia

Direito de superfície

Direito de preempção

Os instrumentos estão apenas

listados/mencionados ou a forma de

aplicação específica no município está

prevista?

Listado, sendo definidas as zonas de incidênicas , bem como o coeficiente mínimo de utilização que caracteriza a sub utilização construtiva

O

instrumento está conceituado e a forma de aplicação está

parcialemnte definida.

Não previsto

O instrumento está previsto nos arts. 83 a 89 do PD. O PD conceitua AEIS, definie as diretrizes, determina a

elaboração de planos de urbanzação e definie algumas normas sobre

parcelamento do solo.

O instrumento é mencionado, sendo definido que as operações urbanas serão estabelecidas por lei municipal, cujo conteúdo mínimo consta do art 115 do PD. A forma de pagamento da contrapartida tbém é definida no mesmo artigo.

O instrumento está previsto nos arts. 106 e 107 do PD. O PD conceitua o instrumento, definie a destinação para os terrenos obtidos com a TDC e define alguns procedimentos para aplicação do instrumento.

Não previsto.

Há uma referência a ele na operação urbana, mas nada mais.

Não previsto no PD. Trta- se de direito subjetivo e pode ser aplicado independente mente de lei municipal.

Não previsto.

Pode ser aplicado independente mente da previsão do PD com base nos

dispositivos do Código Civil.

O instrumento é mencionado e a forma de aplicação remetida para o Estatuto da Cidade.

A forma de aplicação é remetida à legislação complementar específica ou é autoaplicável por meio do próprio plano?

A forma de aplicação está parcialment e definida.

Apesar de necessário, não há remissão à legislação específica

Não é autoaplicável . Apesar de necessária, não há remissão à legislação específica.

Não é auto-aplicável, pois o O PD define espacilamente algumas AEIS, mas não descreve os respectivos perímetros. O PD também define algumas regras para conjuntos

habitacionais, mas os parâmetros para as áreas já ocupados deverão ser definidos nos respectivos planos de urbanização.

Não é

autoaplicável. O PD definie que cada operação será objeto de lei específica.

Não é autoaplicável.

Apesar de necessária, não há remissão à legislação específica.

Não é

autoaplicável.

Apesar de necessária, não há remissão à legislação específica.

Estando remetida para uma lei específica, foi definido prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo?

Não foi remetido para legislação específica.

Não foi remetida para legislação específica.

Não há deinição de prazo para a elaboração dos Planos de Urbanização.

Não há definição de prazo.

Não foi remetida para legislação específica.

Não foi remetida

para legislação específica.

(17)

B. Acesso à terra urbanizada VII. Instrumentos de Política Fundiária

Edificação/

Parcelame nto Compulsór ios IPTU progressiv o no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Operação Urbana

Transferência do Direito de Construir

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Concessão de uso especial para moradia

Direito de superfície

Direito de preempção

Sendo autoaplicável, o perímetro aonde a lei se aplica está definido? De que forma?

Não é auto -aplicável, porém as zonas de incidência do instrument o estão definidas no PD

Não é autoaplicável.

Não houve definição no PD do perímetro de aplicação.

Algumas AEIS

estão manchadas no PD, mas não há descrição de perímetros no PD.

Não é autoaplicável . Não houve definição no PD do perímetro de aplicação.

Não é autoaplicável. Não houve definição no PD do perímetro de aplicação.

Não é

autoaplicável.

Não houve definição no PD do perímetro de aplicação.

A utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento?

Qual?

Não. Não. Sim,

manutenção e produção de habitação de interesse social.

Não I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários; II - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; III - servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social; IV - servir à instalação de infraestrutura.

Não

Caso autoaplicável, está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano?

Não é auto- aplicável

Não é autoaplicável.

Não há

previsão.

Não é autoaplicável .

Não é autoaplicável. Não é

autoaplicável.

Caso autoaplicável, está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano?

Não é auto- aplicável

Não é autoaplicável.

Não há

previsão.

Não é autoaplicável .

Não é autoaplicável. Não é

autoaplicável.

(18)

B. Acesso à terra urbanizada VII. Instrumentos de Política Fundiária

Edificação/Par celamento Compulsórios IPTU

progressivo no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Operação Urbana Transferên cia do Direito de Construir

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Concessão de uso especial para moradia

Direito de superfície

Direito de preempção

Estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento?

Não Não. Não há

previsão.

Não. Não. Não.

Estão definidos prazos para revisão dos instrumentos?

Não Não. Não há

previsão.

Não. Não. Não.

Está definido quem aprova a sua utilização?

Não Não. Não há

previsão.

Não. Não. Não.

Está definido o procedimento para sua utilização?

Parcialmente Não. Não há

previsão.

Apenas a sua instituição por lei que deverá conter: I – definição da área a ser atingida; II – programa básico de ocupação da área; III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação; IV – finalidades da operação; V – estudo prévio de impacto de vizinhança; VI – contrapartida a ser exigida dos

proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos termos da Operação Urbana

Consorciada correspondente;

VII – forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com

representação da sociedade civil.

Parcialmen te

Não.

(19)

B. Acesso à terra urbanizada VII. Instrumentos de Política Fundiária

Edificação/Par celamento Compulsórios IPTU

progressivo no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Operação Urbana Transferênc ia do Direito de

Construir

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Concessão de uso especial para moradia

Direito de superfície

Direito de preempção

No caso de envolver

pagamentos de contrapartida,

identificar se estão definidos critérios de isenção.

Não cabe pagamento de contrapartida

Não há previsão. Não envolve pagamento de contrapartida.

Não há definição. Não envolve pagamento de

contrapartid a.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida?

Não cabe pagamento de contrapartida

§ 1º. O coeficiente de aproveitamento é 01 (um), permitindo-se ao proprietário construir o equivalente a uma vez a área do terreno, sem qualquer pagamento relativo a criação de solo.

§ 2º. A base de cálculo para cobrança da outorga por metro quadrado excedido é o valor da terra nua do local do imóvel estabelecido pela Planta de Valores Imobiliários ou o valor venal do imóvel, prevalecendo o maior.

§ 3º. O valor da outorga onerosa do direito de construir será

equivalente ao produto entre a área de solo criado e o valor que prevalecer nos termos do § 2º acima.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

A contrapartida pode ser monetária, em obras, em terrenos para HIS ou em projetos de recuperação ambiental.

Não envolve pagamento de

contrapartid a.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

(20)

B. Acesso à terra urbanizada VII. Instrumentos de Política Fundiária

Edificação/Par celamento Compulsórios IPTU

progressivo no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de

construção ou alteração de usos)

Operação Interligada

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Operação Urbana Transferênc ia do Direito de

Construir

EIV – Estudos de Impacto de

Vizinhança

Concessão de uso especial para moradia

Direito de superfíci e

Direito de preempção

Para onde vão os recursos?

Não cabe pagamento de contrapartida

Fundo Municipal de Desenvolvimento Sustentável

Não envolve

pagamento de contrapartida.

A contrapartida monetária vai para o Fundo

Municipal de Desenvolvimento Sustentável

Não envolve pagamento de

contrapartid a.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Qual a destinação dos recursos e suas finalidades?

Não cabe pagamento de contrapartida

obras de infraestrutura

Não envolve

pagamento de contrapartida.

obras de infraestrutura, terrenos para HIS ou projetos de recuperação ambiental.

Não envolve pagamento de

contrapartid a.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Quem é responsável pela gestão dos recursos?

Não cabe pagamento de contrapartida

Os recursos financeiros

provenientes da outorga onerosa do direito de construir serão

obrigatoriamente destinados ao Fundo Municipal de Desenvolvimento

Sustentável para

obras de infraestrutura.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

Não

envolve pagamento de

contrapartid a.

Não envolve

pagamento de contrapartida.

O plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão?

Não, apesar de necessário.

Não, apesar de necessário.

Remete opara

a necessidade de elaboração de Plano Urbanístico.

Sim, para cada operação. Não, apesar de necessário.

Apesar de

necessária, não há remissão à legislação específica.

Estão definidos prazos? Não. Não. Não. Não. Não. Não

No caso do EIV, incluir a definição da linha de

corte do empreendimento que

estaria sujeito ao EIV.

(21)

C. Acesso aos serviços e equipamentos urbanos, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental e ao transporte e à mobilidade.

O Estatuto das Cidades estabelece que o plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana (art. 40). Nesse sentido é fundamental avaliar em que medida os Planos Diretores aprovados pelos municípios incorporam diretrizes, instrumentos e programas visando o acesso aos serviços e equipamentos urbanos e a sustentabilidade ambiental, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental, ao transporte e mobilidade e ao meio ambiente urbano sustentável.

Questões centrais:

I – O Plano Diretor e a Integração das Políticas Urbanas

Buscar-se-á avaliar a existência de uma abordagem integrada das políticas urbanas por meio dos seguintes aspectos:

1. Definições, diretrizes e políticas que expressem essa abordagem integrada.

2. A criação de programas e a instituição de instrumentos visando a integração das políticas urbanas.

3. Identificar eventuais contradições e dicotomias entre as definições e instrumentos relativos às políticas setoriais previstas no Plano.

Não identificado abordagem integrada

II – O Plano Diretor e a Política de Habitação.

Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação habitacional do município, com ênfase nas desigualdades sociais nas condições de moradia e no deficit habitacional. Identificar se essa avaliação incluiu levantamentos específicos ou se o plano prevê a elaboração de cadastros de moradias precárias.

Não existe diagnóstico identificando a situação habitacional. Remete no art. 35 item VIII a elaboração do Plano Municipal de Habitação, conforme transcrito:

Art. 35 A Política Municipal de Habitação observará as seguintes diretrizes....

VIII – elaborar o Plano Municipal de Habitação, contando com a participação da comunidade ao longo de todo processo.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de habitação.

Estão listadas no artigo 35 do PD:

Art. 35 A Política Municipal de Habitação observará as seguintes diretrizes:

I- Viabilizar o acesso a moradia, especialmente a população de baixa renda;

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