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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS. Avaliação dos Planos Diretores

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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS

Avaliação dos Planos Diretores

Nome do pesquisador: Rosane Biasotto

E-mail e telefone de contato: rosane.biasotto@ibam.org.br ; res. 21 - 2527 2765; trab. 21- 2536 9786.

Município: Macaé/RJ

Número da lei: LEI COMPLEMENTAR Nº 076/2006 Data da aprovação do Plano Diretor: 2006

Estado: Rio de Janeiro

A. Informações gerais do município.

1. Caracterização socio-demográfica e econômica do município. Para essa caracterização podem ser utilizadas fontes secundárias (dados IBGE) e o próprio diagnóstico utilizado no Plano Diretor. Além disso, se possível, buscar situar o contexto sócio-político no qual o Plano Diretor foi elaborado.

a) população urbana e rural (Contagem 2007 – IBGE) e sua evolução nos últimos 20 anos.

Ano População Urbana População Rural População Total

1980 59.397

1991 89.336 11.559 93.657

2000 126.007 6.454 132.461

2007 165.001 4.512 169.513

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1980, 1991, 2000; PNAD 2007

b) evolução da PEA por setor nos últimos 10 anos.

1991

Pessoas com 10 anos ou mais

2000

Pessoas com 10 anos ou mais

(pessoas) (percentual)

Total de Pessoas com 10 anos ou

mais

(percentual)

Total 79.156 100,00 107.951 100,00

Economicamente

Ativa 43.290 54,69 63.152 58,50

Não Economicamente

Ativa

35.866 45,31 44.799 41,50

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1991, 2000

(2)

d) déficit habitacional e déficit de acesso aos serviços de saneamento ambiental.

Déficit Habitacional Básico

Absoluto % do Total de Domicílios

Total Urbana Rural Total Urbana Rural

2.932 2.748 184 7,72 7,61 10,03

(1) Déficit habitacional básico: soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos.

(2) Para municípios o déficit habitacional básico não inclui as estimativas de domicílios rústicos inferiores a 50 unidades.

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI), Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas.

Inadequação Fundiária (1)

Adensamento Excessivo (1)

Domicílio Sem Banheiro (1)

Carência de Infra- estrutura (2)

Absoluto

%

domicílios urbanos

Absoluto

%

domicílios urbanos

Absoluto

%

domicílios urbanos

Absoluto

%

domicílios urbanos

1.106 3,06 3.455 9,56 682 1,89 6.188 17,13

(1) Apenas casas e apartamentos urbanos.

(2) Casas e apartamentos urbanos que não possuem um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica, e coleta de lixo.

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI), Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas.

(i) Conteúdo: O Plano apresenta uma estratégia econômica/sócio-territorial para o desenvolvimento do município? Quais são os elementos centrais desta estratégia? Caso não apresente uma estratégia de desenvolvimento econômico/sócio/territorial, qual é o sentido do plano?

O plano é amplo e abrangente. Estabelece uma série de diretrizes para os diversos setores da administração municipal.

As diretrizes que tratam do desenvolvimento econômico pretendem integrar e harmonizar objetivos que vão desde a afirmação do Município com pólo nacional de produção energética, até outros objetivos específicos que associam arranjos produtivos locais, proteção ambiental;

atividades rurais, atividades turísticas, articulação com municípios vizinhos, economia solidária e etc. São muitas orientações que se sobrepõem sem deixar claro qual seriam as prioridades para o desenvolvimento urbano nos próximos 10 anos.

Sobre a Política Urbana do Município, de acordo com o artigo 8º - “É objetivo da Política Urbana ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado e diversificado de seu território, de forma a assegurar o bem-estar equânime de seus habitantes mediante ações que visem” entre uma série de aspectos extremamente abrangente:

“VII - promover a ordenação e controle do uso do solo, de forma a combater e evitar:

a) a proximidade ou conflitos entre usos incompatíveis ou inconvenientes;

b) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivo ou inadequado em relação à infra- estrutura urbana;

c) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente;

d) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulta na sua subutilização ou não-utilização;

e) a deterioração das áreas urbanizadas e os conflitos entre usos e a função das vias que lhes dão acesso;

f) a poluição e a degradação ambiental;

g) a excessiva ou inadequada impermeabilização do solo;

h) o uso inadequado dos espaços públicos;

(3)

i) a invasão e ocupação de forma irregular de áreas públicas e ou de preservação permanente.”

A reprodução do trecho acima pretende demonstrar o quanto o plano é abrangente e difícil de ser avaliado em relação a sua estratégia de desenvolvimento, absorvendo um conjunto infinito de orientações. Entretanto, o plano não determina nenhum parâmetro objetivo e remete muitas definições necessárias à aplicação de instrumentos de ordenamento e controle do uso do solo para leis municipais específicas a serem elaboradas no prazo de 1 (um) ano.

(ii) Linguagem: Verificar se o plano traz um glossário ou um documento explicativo.

Verificar se a linguagem predominante no plano, é excessivamente técnica, dificultando sua compreensão pela população, ou se procura uma linguagem mais acessível.

O texto é auto-explicativo. A dificuldade na apreensão do conteúdo geral refere-se mais as repetições e redundâncias que se somam a cada capítulo e seção. São muitas repetições de frases e expressões em contextos diferentes. Parece contemplar os diferentes agentes sociais, absorvendo diferentes interesses.

(iii) Relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Verificar se o plano define prioridades de investimentos, relacionando-as ao ciclo de elaboração orçamentária subseqüente.

Repete várias vezes, nos capítulos que orientam políticas setoriais, inclusive de saúde e educação, a necessidade de integrar os orçamentos setoriais e futuros planos plurianuais às diretrizes do plano diretor. Nas disposições transitórias, artigo 243, que estabelece prioridades e prazos, determina, no inciso II, a seguinte obrigação para o poder municipal, dentre outras apresentadas neste relatório:

“b) criar Lei municipal, dentro dos limites de suas atribuições constitucionais, que disciplinará o fundo municipal dos royalties, em consonância com as diretrizes gerais previstas no artigo 31 deste Plano Diretor, que será constituído obrigatoriamente de duas partes: a primeira parcela, permanente, que não pode ser gasta, a não ser com a autorização da maioria absoluta dos votos do Poder Legislativo municipal; a segunda parcela, que será formada pela renda auferida através de investimentos da parte principal, e de reinvestimentos dos lucros obtidos, dentro do prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência desta Lei.”

Destaca-se, entretanto, segundo artigo 219, que o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual do Município incorporarão e observarão as diretrizes e prioridades estabelecidas no Plano Diretor, devendo seu conteúdo ser analisado em audiência pública especialmente convocada em ocasião anterior à sua votação pelo Poder Legislativo Municipal.

(iv) Relação entre o Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos. Caso o município seja atingido por algum investimento importante em infraestrutura de logística/energia, avaliar se o Plano diretor leva em consideração estes investimentos e seus impactos.

Assunto não tratado diretamente no plano.

B. Acesso à terra urbanizada

Os objetivos da avaliação estarão centrados nos seguintes aspectos:

a) detectar que diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas nos textos do PD

As diretrizes do EC foram reproduzidas, textualmente, porém não na mesma ordem e posição em

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que aparecem no EC. São incorporadas em vários capítulos, seções e itens, especialmente no TÍTULO I - DA CONCEITUAÇÃO, FINALIDADE, ABRANGÊNCIA, PRAZOS E OBJETIVOS GERAIS DO PLANO DIRETOR.

Observa-se que as diretrizes do EC são reescritas e reeditadas em diferentes partes do texto do plano, sobretudo quando são descritos os princípios, objetivos e diretrizes. As diretrizes do EC são também articuladas na própria definição e conceituação geral do plano como instrumento global e estratégico da política municipal.

“Art. 2º - O Plano Diretor é instrumento global e estratégico da política municipal de desenvolvimento social, urbano, econômico, ambiental e dos serviços de utilidade pública do Município de Macaé, determinante para todos os agentes públicos e privados que atuam no Município, tendo como objetivo fundamental definir o conteúdo das políticas públicas, da função social da cidade e da propriedade urbana, de forma a garantir o acesso à terra urbanizada e regularizada, o direito à moradia, ao saneamento básico, aos serviços urbanos públicos, ao transporte, ao trabalho, à educação, às culturas, à saúde, ao lazer, ao meio ambiente para as presentes e futuras gerações, voltado para implementar uma gestão democrática e participativa, com vistas a reduzir as desigualdades sociais e promover a elevação da qualidade de vida.”

b) apontar diretrizes que, embora não reproduzam o texto do Estatuto, se refiram como objetivos ou diretrizes do plano aos seguintes temas:

Garantia do direito à terra urbana e moradia.

O tema da moradia é abordado de maneira bastante ampliada e está contemplado tanto nos princípios, objetivos e diretrizes, como no macrozoneamento, na orientação da regulamentação dos instrumentos da política urbana e na definição de uma política setorial específica

1

.

O artigo 6º, do capítulo II que estabelece os princípios e objetivos gerais do plano, contempla dezoito incisos e a moradia é mencionada, explicitamente, em dois. No inciso III que estabelece o

“direito à cidade para todos, compreendendo o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer”, e no inciso “VI - direito universal à moradia digna”.

No artigo 7º, são dezenove incisos que integram os objetivos gerais decorrentes dos princípios elencados e, no inciso XI, um dos objetivos gerais é “democratizar o acesso à terra e à habitação, estimulando os mercados acessíveis às faixas de baixa renda.”

Observa-se ainda no CAPÍTULO III - Da Política Urbana do Município a definição de outro leque de objetivos e de diretrizes que, em grande parte, contemplam os princípios gerais enunciados, além de indicar no artigo 8° logo no primeiro inciso, repete um trecho do artigo 2°, que conceitua o plano como instrumento global do planejamento municipal é repetido literalmente: “I - garantir o direito à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e serviços públicos, ao trabalho e ao lazer; (...).”

- Gestão democrática por meio da participação popular

1 O artigo 87 que apresenta os objetivos das políticas públicas para a Urbanização e Uso do Solo, no CAPITULO IV - Do Desenvolvimento Urbano, assim como os artigos e incisos das Seções I - Das Políticas de Desenvolvimento Urbano e II - Da Urbanização e Uso do Solo serão abordados no item deste roteiro que trata especificamente da política habitacional.

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A gestão democrática e participativa perpassa todo o texto da lei do plano. São mencionados 15 conselhos municipais e fundos correspondentes, além de conferências relacionadas às políticas setoriais.

Conselhos Municipais citados no Plano Diretor 1 Conselho Municipal de Assistência Social 2 Conselho Municipal da Cultura

3 Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente 4 Conselho Municipal dos Desportos

5 Conselho Municipal dos Direitos da Mulher

6 Conselho Municipal dos Direitos de Pessoas com Deficiência 7 Conselho Diretor de Políticas Públicas de Macaé

8 Conselho Municipal de Educação 9 Conselho Municipal do Idoso

10 Conselho Municipal de Meio Ambiente 11 Conselho Municipal de Mobilidade 12 Conselho Municipal da Pesca 13 Conselho Municipal de Saúde 14 Conselho Municipal do Trabalho 15 Conselho Municipal de Turismo

Não foi possível verificar se todos os conselhos municipais citados estão em pleno funcionamento, embora articulados às diretrizes setoriais.

Destaca-se no artigo sexto que o plano rege-se, além de outros princípios, pela participação da população nos processos de planejamento, gestão, implementação e monitoramento do Plano Diretor.

Ordenação e controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção especulativa de terrenos.

Foram identificadas apenas duas menções específicas:

No artigo 7º, entre os objetivos gerais decorrentes dos princípios elencados: XII - prevenir distorções e abusos no desfrute econômico da propriedade urbana e coibir o uso especulativo da terra como reserva de valor, de modo a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

No artigo 9º, que trata da Política Urbana, na seguinte diretriz: VII - promover a ordenação e controle do uso do solo, de forma a combater e evitar: (...) d) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulta na sua subutilização ou não-utilização.

Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização.

Entre as diversas diretrizes que podem ser associadas, destaca-se o artigo sétimo, que transcreve o EC da seguinte maneira:

São objetivos gerais decorrentes dos princípios elencados:

IV - promover o desenvolvimento sustentável, a justa distribuição das riquezas e a eqüidade social

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no Município;

VII - garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes das obras e serviços de infra- estrutura urbana; (...).

Recuperação dos investimentos do Poder Publico de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos.

Observa-se no plano a menção desta diretriz no artigo sexto que diz: “Este Plano Diretor rege-se pelos seguintes princípios: (...) V - transferência para a coletividade de parte da valorização imobiliária inerente à urbanização; (...).

E artigo oitavo:

CAPÍTULO III - Da Política Urbana do Município. Art. 8º - É objetivo da Política Urbana (...): I - recuperar para a coletividade a valorização imobiliária resultante da ação do Poder Público; (...)

Regularização Fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda.

A regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda é um dos objetivos gerais do plano. Associa-se a política de desenvolvimento urbano e figura entre suas diretrizes. Também faz parte da orientação das políticas para as áreas púbicas no artigo nono, incisos:

IV - promover e viabilizar a regularização fundiária e urbanística de assentamentos subnormais e de parcelamentos clandestinos e irregulares, atendendo a padrões adequados de preservação ambiental e de qualidade urbana;

XV - promover a regularização física e fundiária de assentamentos irregulares já consolidados e das unidades ali construídas, requalificando e urbanizando estas áreas, através de ações integradas com os demais órgãos da administração municipal; (...).

De acordo com o artigo 99 são ações estratégicas das políticas públicas para as Áreas Públicas, inciso V - urbanizar e dotar de equipamentos de uso público as áreas de assentamentos com habitação de interesse social.

Questões centrais:

I. A Função Social da Propriedade

1. O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social da propriedade? De que forma?

Sim. Ênfase na associação entre regulação do solo e financiamento do desenvolvimento urbano;

interação e coresponsabilidade entre os diferentes agentes sociais; ordenamento territorial.

2. Apresenta um capítulo específico para tratar da função social da propriedade?

Sim, no CAPÍTULO IV - Da função social da propriedade urbana, artigos 10, 11 e 12.

Estabelece que a propriedade urbana, tanto privada como pública cumpre sua função social quando atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos no plano.

O capítulo finaliza no artigo 12 com a ratificação do artigo 182 da Constituição da República,

repetindo ainda textualmente os artigos 5º, 6º, 7º e 8º da Lei Federal 10.257, de 10 de julho de

2001, Estatuto da Cidade, afirmando que “não cumprem a função social da propriedade urbana,

por não atender às exigências de ordenação da cidade, os imóveis urbanos totalmente

desocupados, ou subutilizados, sendo passíveis, sucessivamente, de parcelamento, edificação e

utilização compulsórios, Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo e

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desapropriação com pagamentos em títulos.”

II. Controle do Uso e Ocupação do Solo

1. O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural? Compreende a totalidade do território municipal.

O macrozoneamento estabelecido no plano abrange todo o território municipal, subdividindo-o em Macrozona de Ambiente Natural, onde se admite o uso rural/agrícola e Macrozona de Ambiente Urbano.

2. Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Sim. Quais?

O controle do uso e ocupação do solo consta do TÍTULO III - DA ESTRUTURAÇÃO URBANA. O objetivo expresso no texto do artigo 115 reforça a intenção de “orientar, ordenar e disciplinar o crescimento do Município e dos núcleos urbanos, através dos instrumentos de regulação do solo, do sistema viário estrutural, da distribuição espacial das atividades, da densificação e configuração da paisagem urbana no que se refere à edificação e ao parcelamento do solo.”

O Macrozoneamento é apresentado no CAPÍTULO I que, de acordo com o artigo 116, divide o território municipal em duas Macrozonas:

i) Macrozona de Ambiente Natural – MAN, e ii) Macrozona de Ambiente Urbano - MAU.

Cada uma destas duas macrozonas é subdividida em macroáreas que, de acordo com a própria descrição feita no texto da lei, contemplam as singularidades do território. Os objetivos e as diretrizes para as macrozonas e suas correspondentes macroáreas são reproduzidas a seguir.

ANEXO 11 - Representação Esquemática do Macrozoneamento Municipal

(8)

i) A Macrozona de Ambiente Natural – MAN subdivide-se em:

Macroárea de Preservação Ambiental – MPA

Na Macroárea de Preservação Ambiental, de acordo com o artigo 125, será elaborado, prioritariamente, o Zoneamento Ambiental, sem prejuízo da utilização de outros instrumentos previstos na legislação ambiental e neste Plano Diretor, de acordo com o artigo 125.

Abrangência (artigo 123) Objetivos específicos (artigo 124) Compreende as áreas

caracterizadas pela predominância de

paisagens naturais pouco alteradas, com presença de elementos ambientais passíveis de preservação, incluindo as áreas de produção agropecuária.

I - preservar os recursos naturais existentes;

II - criar unidades de conservação, em especial de proteção integral;

III - compatibilizar a conservação da natureza ao uso sustentável dos recursos naturais no desenvolvimento das atividades econômicas, em especial a agropecuária e o turismo;

IV - definir ações estratégicas para o desenvolvimento do turismo, considerando as potencialidades de cada localidade;

V - implementar programas municipais de fomento à atividade agrícola;

VI - criar canais de escoamento dos produtos e assessorar os produtores na organização em associações e cooperativas.

Macroárea de Uso Sustentável - MUS

De acordo com o artigo 129, para a Macroárea de Uso Sustentável deverá ser elaborado, prioritariamente, os Planos Regionais, sem prejuízo da aplicação de outros instrumentos previstos neste Plano Diretor.

Abrangência (artigo 126 e 127) Objetivos específicos (artigo 128)

Abrange sedes de distritos, localidades rurais e núcleos isolados, cujo processo de urbanização apresenta-se em diferentes graus de consolidação urbana e qualificação ambiental, decorrentes da ocupação muitas vezes inadequada do território.

I - planejar de forma sustentável o processo de urbanização em curso;

II - utilizar padrões de urbanização que induzam a ocupação em baixa densidade;

III - estabelecer normas e instrumentos de ordenamento territorial, parcelamento, uso e ocupação do solo, compatíveis à preservação ambiental;

IV - criar um sistema efetivo de transportes urbanos, que atenda a todos os distritos;

V - garantir o atendimento a todos os núcleos urbanos por saneamento básico;

VI - estimular a construção de uma estrutura turística efetiva, com prioridade para a proteção e recuperação do patrimônio natural e histórico e para qualificação do comércio local.

No parágrafo único, do artigo 129, estão indicado os planos regionais como o principal instrumento de planejamento urbano e ambiental das sedes distritais, núcleos isolados e localidades da Macroárea de Uso Sustentável.

De acordo com o mesmo parágrafo, os Planos Regionais deverão considerar a análise dos

principais aspectos de natureza físico-territorial, ambiental, socioeconômica e relativos ao

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desempenho das funções urbanas.

O conteúdo mínimo dos planos regionais para a Macroária de Uso Sustentável, de acordo com o artigo 130, deverá observar:

“I - estabelecimento de perímetros urbanos, considerando a área urbana consolidada e área para expansão urbana;

II - definição das diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos para o parcelamento, uso e ocupação do solo;

III - previsão de programas e projetos de curto, médio e longo prazos voltados ao atendimento dos núcleos urbanos por saneamento ambiental, iluminação pública e sistemas integrados de circulação viária e transportes urbanos;

IV - mapeamento das áreas e situações de risco ambiental;

V - previsão ou recuperação de áreas públicas de lazer;

VI - previsão de equipamentos urbanos e comunitários.”

Na Macroárea de uso sustentável são ainda estabelecidas, no artigo 126, parágrafos 1 e 2, algumas condições mínimas de urbanização, ou seja de execução de infra-estrutura básica e equipamentos urbanos, que são enumerados nos incisos de I a V do parágrafo segundo, como segue abaixo:

“I - meio-fio e calçamento, com canalização de águas pluviais;

II - abastecimento de água tratada;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

V - escola de ensino fundamental e posto de saúde.”

No TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS, no artigo 243, que estabelece as prioridades e prazos para execução e cumprimento pelo Poder Público Municipal, destaca-se no inciso V - quanto à política de desenvolvimento urbano, o item: i) que explicita o prazo de 2 (dois) anos, contados do início da vigência da lei do plano para que sejam elaborados os Planos Regionais para a Macroárea de Uso Sustentável.

Destaca-se que não é previsto a utilização de instrumentos denominados de indução do desenvolvimento, como é previsto para as Macroáreas de Ambiente Urbano.

ii) A Macrozona de Ambiente Urbano, de acordo com o artigo 119, subdivide-se em:

I - Macroárea da Orla – MO;

II - Macroárea de Ocupação Prioritária - MOP;

III - Macroárea de Ocupação Controlada - MOC;

IV - Macroárea de Regularização Urbanística - MRU;

V - Macroárea de Expansão Periférica - MEP;

VI - Macroárea de Transição - MT.

Conforme artigo 119, o perímetro urbano do primeiro distrito está caracterizado pela predominância da ocupação humana e das intervenções decorrentes do processo de urbanização.

O objetivo geral da macrozona de ambiente urbano, definido no artigo 120, é “reduzir as

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desigualdades sócio-espaciais do tecido urbano consolidado, com prioridade para a qualificação e requalificação das áreas precárias e promover a ocupação gradativa da área disponível para expansão urbana, regulando o adensamento em função da infra-estrutura instalada.”

As macroáreas que subdividem a Macrozona de Ambiente Urbano são descritas a partir de características físicas, geográficas e, em alguma medida, por singularidades que refletem o processo de urbanização da cidade de Macaé. São estabelecidos para cada uma das marcoáreas objetivos específicos, diretrizes e instrumentos a serem aplicados.

As macroáreas são definidas da seguinte maneira:

I - Macroárea da Orla – MO

De acordo com o artigo 132, abrange três trechos distintos: orla sul; orla centro e orla norte.

Porém, o plano não estabelece nenhuma diretriz específica para os trechos descritos. Nos artigos de 131 a 134, tanto os objetivos como as diretrizes indicam para os três trechos igualmente ações de qualificação dos espaços públicos e intervenções urbanísticas, além de controle gabarito, dentre outros detalhes da ocupação que favoreça a valorização do local para instalação de atividades de lazer. O plano também não prevê a implantação de ZEIS nestas áreas.

II - Macroárea de Ocupação Prioritária - MOP

É descrita no artigo 136 como a área consolidada da cidade, embora mantenha vazios urbanos a serem ocupados. Os objetivos e as diretrizes (artigos 138 e 139) sugerem que há uma diferenciação interna em relação à capacidade da infra-estrutura. Estabelece como objetivos o aproveitamento da infra-estrutura instalada e o incentivo da promoção imobiliária para baixa e média renda, tem também como objetivo impedir a deterioração de áreas urbanizadas e ambientalmente frágeis. Para esta macroárea, no artigo 140, são nomeados vários instrumentos a serem utilizados, incluindo ZEIS e aqueles denominados no próprio plano como de indução do desenvolvimento.

III - Macroárea de Ocupação Controlada - MOC

De acordo com o artigo 141, é descrita como uma área de predominância de atividades industrial e de serviços e, sendo assim os objetivos e as diretrizes expressam a manutenção destas características. É previsto, no artigo 144, inciso V, que define diretrizes, a criação de Corredores Ecológicos Urbanos. No parágrafo primeiro os corredores ecológicos são descritos como faixas de território que possibilitam a integração paisagística de espaços vegetados e objetivam atenuar o conflito de vizinhança entre os usos residencial e industrial. No parágrafo segundo estabelece que Lei municipal específica deverá criar e delimitar os corredores ecológicos urbanos da Macroárea de Ocupação Controlada. No artigo 145 são nomeados como aplicáveis os seguintes instrumentos: Transferência do direito de construir; Operações urbanas consorciadas; Direito de preempção; Zona de Especial Interesse Social.

IV - Macroárea de Regularização Urbanística e Ambiental– MRU

Conforme o artigo 146, a Macroárea é caracterizada pela predominância de áreas ocupadas por população de baixa renda, configurada em loteamentos irregulares, assentamentos espontâneos e ocupações em áreas de risco ou de preservação ambiental, apresentando infra-estrutura básica incompleta, deficiência de equipamentos sociais e culturais, comércio e serviços. Entre os objetivos e as diretrizes destaca-se a regularização urbanística e fundiária, visando à manutenção dos moradores da área, além de recuperação de áreas ambientalmente degradadas. No artigo 149 são previstos uma série de instrumentos destacando-se como diferencial das demais zonas a atenção em nomear a Concessão do direito real de uso; Usucapião especial de imóvel urbano e Concessão de uso para fins de moradia, dentre outros.

A macroárea subdivide-se em Zonas de Especial Interesse Social – ZEIS, de acordo com no

artigo 150 da Subseção I, Das Diretrizes para a Regularização das Ocupações Irregulares. Tais

ZEIS deverão ser regulamentadas por lei municipal específica.

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Os programas de regularização de ocupações irregulares deverão priorizar as áreas de risco, estabelecer e tornar públicos os critérios e as prioridades de atendimento. O artigo 151 determina que para garantir a destinação das Zonas de Especial Interesse Social deverão ser elaborados os Planos de Urbanização das ZEIS, estabelecido por decreto do Poder Público Municipal.

É conteúdo mínimo dos planos de urbanização das ZEIS: diagnósticos técnicos, diretrizes e índices urbanísticos, projetos de intervenção urbanística, instrumentos aplicáveis de regularização fundiária, participação da população, integração das ações setoriais do município, fonte de recursos, atividades de geração de emprego e renda e plano social. O plano de urbanização poderá contemplar mais de uma ZEIS e deve ser elaborado com participação direta da população.

Todas as ZEIS deverão constituir um conselho gestor. Para a implementação dos planos, o parágrafo segundo do artigo 152, diz que o poder público poderá disponibilizar assessoria técnica.

Vale destacar ainda o parágrafo sexto que determina que lei específica deva revisar as Áreas de Especial Interesse Ambiental, definir procedimentos e técnicas para regularização das Zonas Especiais de Interesse Social, bem como para delimitação de novas ZEIS, observados os seguintes critérios: i) assentamentos irregulares espontâneos consolidados, aptos à urbanização e ocupados por família de baixa renda; ii) loteamentos e parcelamentos irregulares e precários, ocupados por famílias de baixa renda.

V - Macroárea de Expansão Periférica - MEP

De acordo com o artigo 153, a Macroárea de Expansão Periférica caracteriza-se por ser uma área disponível para expansão imediata do tecido urbano, expressa na incidência de empreendimentos imobiliários de iniciativa privada e nos investimentos públicos mais recentes, especialmente em equipamentos urbanos e na melhoria e expansão do sistema viário. Os objetivos expressos são ampliar infra-estrutura e ofertar a produção de lotes urbanizados. Neste ponto podemos inferir que há certa contradição em relação aos objetivos e as diretrizes para a área consolidada. Ao mesmo tempo em que pretende aproveitar a infra-estrutura urbana instalada, o plano absorve vetores de expansão da malha urbana, embora reconheça a presença significativa de vazios urbanos ainda na área consolidada.

VI - Macroárea de Transição – MT

Esta macroárea caracteriza-se, de acordo com os artigos 258 e 159 pela predominância da atividade agropecuária em diversas propriedades rurais, pela incidência de alguns empreendimentos imobiliários, configurando uma aglomeração de condomínios residenciais, além de pequenas propriedades rurais. É definida com uma área de reserva para expansão futura.

Nesta área está nomeado apenas o instrumento da transferência do direito de construir como instrumento a ser aplicado, embora o texto diga sem o prejuízo da aplicação de outros instrumentos.

3. O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros?

O macrozoneamento está demarcado em mapas e constam dos seguintes anexos:

ANEXO 01 - Mapa de Macrozonas ANEXO 02 - Mapa de Macroáreas.

ANEXO 03 - Mapa de Macroáreas da Macrozona de Ambiente Urbano ANEXO 05 - Mapa dos distritos

ANEXO 13 - Descrição dos limites da Macrozona de Ambiente Urbano e respectivas Macroáreas.

4. Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do uso e ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do solo?

O Plano Diretor indica que são instrumentos complementares ao controle do uso e ocupação do

solo, a serem regulamentados:

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- Planos Regionais, com prioridade para a Macroária de Uso Sustentável. Cabe destacar que o plano não deixa claro quantos planos regionais devem ser elaborados, nem sua incidência.

- Plano de Estruturação Urbana previstos para as macroárias urbanas, contendo, minimamente, projetos de intervenção urbanística, formas de participação da população e forma de integração das ações setoriais do poder público municipal.

- Lei de Uso do Solo Urbano e Lei de Parcelamento da Terra que são considerados como instrumento de ordenação do uso e ocupação do solo urbano. São instituídas as seguintes categorias a serem utilizadas na revisão da legislação urbanísticas:

I - Zonas Residenciais;

II - Zonas de Uso Diversificado;

III - Zonas Industriais;

IV - Zonas de Uso Especial;

V - Zona de Expansão Urbana;

VI - Zonas de Especial Interesse Ambiental;

VII - Zonas de Especial Interesse Social;

VIII - Setores Especiais Urbanos;

IX - Setores Especiais Viários.

Para cada uma destas categoriais são estabelecidas condições especiais.

III. Perímetro Urbano e Parcelamento do Solo

1. O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra para a extensão do perímetro? Qual?

Informação não disponível.

2. O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para legislação específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse social?

O plano estabeleceu orientações específicas e categoriais para o zoneamento urbano que deverão ser adotadas na revisão da legislação urbanística. Para cada uma destas categoriais são estabelecidas condições especiais. Com relação às ZEIS o plano diretor cria, conforme mencionado anteriormente, os planos de urbanização das ZEIS que deverão ser regulamentados por leis específicas.

3. Identificar a previsão de área de expansão urbana e sua definição.

O plano define como área de expansão a Macroárea de Expansão Periférica – MEP, como uma área disponível para expansão imediata do tecido urbano, onde vem ocorrendo maior incidência de empreendimentos imobiliários de iniciativa privada, acompanhados de investimentos públicos mais recentes, especialmente em equipamentos urbanos e na melhoria e expansão do sistema viário.

Os objetivos são ampliar infra-estrutura e ofertar a produção de lotes urbanizados. Neste ponto podemos inferir que há certa contradição em relação aos objetivos e as diretrizes para a área consolidada. Ao mesmo tempo em que pretende aproveitar a infra-estrutura urbana instalada, o plano absorve vetores de expansão da malha urbana, embora reconheça a presença significativa de vazios urbanos ainda na área consolidada.

Além disso, cria a Macroárea de Transição – MT caracterizada pela predominância da atividade

agropecuária em diversas propriedades rurais, pela incidência de alguns empreendimentos

imobiliários, configurando uma aglomeração de condomínios residenciais, além de pequenas

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propriedades rurais. É definida com uma área de reserva para expansão futura. Nesta área está nomeado apenas o instrumento da transferência do direito de construir como instrumento a ser aplicado, embora o texto diga sem o prejuízo da aplicação de outros instrumentos. Uma estratégia difusa.

4. Verificar se o plano estabelece que os novos loteamentos devem prever percentuais para área de habitação de interesses social.

Não há previsão de percentuais para HIS.

O plano prevê o prazo de até março de 2007 para revisão da legislação urbanística – uso e ocupação do solo e parcelamento. Não foi possível saber se esta obrigação foi cumprida.

IV. Coeficientes e Macrozonas:

1. Verificar quais são os tipos de zona e/ou macrozonas definidos no Plano.

Além do macrozoneamento que também subdivide o território municipal em macroáreas, o plano prevê o zoneamento urbano o plano a partir das seguintes categorias a serem utilizadas:

I - Zonas Residenciais;

II - Zonas de Uso Diversificado;

III - Zonas Industriais;

IV - Zonas de Uso Especial;

V - Zona de Expansão Urbana;

VI - Zonas de Especial Interesse Ambiental;

VII - Zonas de Especial Interesse Social;

VIII - Setores Especiais Urbanos;

IX - Setores Especiais Viários.

As orientações para cada uma das categorias são definidas no CAPÍTULO II, Das Disposições Preliminares para Revisão da Legislação de Uso e Ocupação do Solo.

2. Definição de coeficientes de aproveitamento básico e máximo (se não forem definidos esses coeficientes, verificar quais são os parâmetros utilizados para o controle do uso e ocupação do solo).

O plano não estabelece coeficientes de aproveitamento, remete para legislação urbanística complementar.

Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio.

Está definição aparece no título III, artigo 186. São imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados, situados na Macroárea de Ocupação Prioritária. Considera-se não edificado o lote ou gleba onde o coeficiente de aproveitamento é igual a zero. Subutilizado, o lote ou gleba edificados, onde o coeficiente de aproveitamento não atinja o limite mínimo definido para o lote na zona em que se situe, exceto os imóveis que necessitem de áreas construídas menores que o coeficiente mínimo estabelecido para o desenvolvimento de atividades econômicas ou os imóveis inseridos em áreas de interesse ambiental.

Destaca-se que os índices e parâmetros mencionados não foram estabelecidos no plano diretor.

3. Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento.

Para efeito do plano o coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área

do terreno, artigos 186 – sobre parcelamento e utilização compulsória e repete o mesmo texto

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quando trata da outorga onerosa do direito de construir.

4. Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de utilização.

Não estabelece parâmetros.

5. Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreas centrais e sítios históricos.

É previsto a criação de Setor Especial de Preservação Histórico-Cultural: área destinada à recuperação e preservação do patrimônio municipal de valor histórico e cultural. No capítulo que dá orientações preliminares para a revisão da lei de uso e ocupação do solo.

6. Identificar o estabelecimento de zoneamento específico para áreas de proteção ambiental.

O plano prevê a criação do zoneamento ambiental e da algumas orientações gerais. De acordo com o artigo 66, são objetivos das políticas públicas para o Meio Ambiente:

I - implementar as diretrizes contidas na Política Nacional do Meio Ambiente, Política Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional de Saneamento, Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar, Código Florestal Brasileiro, Lei Orgânica do Município, Código Municipal de Meio Ambiente e demais normas correlatas e regulamentares da legislação federal e da legislação estadual, no que couber;

II - promover o desenvolvimento institucional e o fortalecimento da capacidade de planejamento e de gestão democrática do Município, incorporando no processo a dimensão ambiental e assegurando a efetiva participação da sociedade;

III - promover mudanças nos padrões de produção e de consumo, reduzindo custos e desperdícios e incentivar a adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e econômicas que visem à proteção e recuperação do meio ambiente, através da educação ambiental formal e não formal;

IV - proteger e recuperar o meio ambiente e a paisagem urbana em especial, preservar os ecossistemas naturais de relevante interesse ambiental e as paisagens notáveis;

V - ampliar as áreas verdes e áreas protegidas do Município;

VI - garantir a produção e divulgação do conhecimento sobre o meio ambiente por um sistema de informações integrado.

As diretrizes gerais das políticas públicas para o Meio Ambiente são indicadas no artigo 67:

I - aplicar os instrumentos de gestão ambiental previstos no Código Municipal de Meio Ambiente e outros estabelecidos na legislação vigente;

II - controlar e ou impedir o uso indevido e a ocupação de áreas sujeitas à inundação, áreas de contenção de cheias e áreas de preservação permanente;

III - ampliar as áreas permeáveis no território do Município;

IV - orientar e controlar o manejo do solo nas atividades agrícolas;

V - minimizar os impactos negativos das atividades de mineração e movimentos de terra e exigir

aplicação de medidas mitigadoras e compensatórias de seus empreendedores;

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VI - prevenir a poluição da água, do ar e a contaminação do solo e subsolo;

VII - definir metas de redução da poluição, em especial as oriundas da indústria do petróleo;

VIII - implementar o controle sobre a circulação, trânsito e transporte de produtos tóxicos e perigosos;

IX - controlar as fontes de poluição sonora criando procedimentos para controlar o ruído difuso e desenvolver campanhas para esclarecer a população quanto à emissão de ruídos;

X - atuar em sintonia com as políticas de zoneamento, uso e ocupação do solo, visando, em especial, à implantação de corredores ecológicos urbanos;

XI - garantir a participação democrática, paritária e representativa da população na elaboração e implementação das políticas ambientais através do Conselho Municipal de Meio Ambiente e das conferências municipais de meio ambiente, dentre outras formas de participação;

XII - promover a fiscalização e a educação ambiental como instrumento de reversão e prevenção de invasões em áreas de preservação ambiental;

XIII - ampliar áreas verdes do Município, priorizando as áreas de interesse ambiental, indicadas no mapa esquemático 09 que faz parte integrante desta Lei.

§ 1º - as áreas descritas no inciso XIII, serão objeto de estudos técnicos e científicos, os quais avaliarão sua função ecológica, indicando melhor forma de manejo, com o objetivo de proteger, preservar e recuperar ambientalmente as mesmas;

§ 2º - as áreas, depois de estudadas, poderão ser transformadas em unidade de conservação, conforme o caso, e integrarão o Sistema Municipal de Unidades de Conservação, ou poderão ter padrões diferenciados, quanto ao uso e ocupação do solo, visando à sustentabilidade ambiental;

XIV - compatibilizar Planos Regionais com os Planos de Bacia Hidrográfica, de Gerenciamento Costeiro e demais planos regionais, quando couber.

De acordo com o artigo 68, são ações estratégicas das políticas públicas para o Meio Ambiente:

I - estabelecer zoneamento ambiental compatível às diretrizes para ocupação do solo;

II - realizar estudos técnicos visando implantar parques municipais com áreas reservadas para atividades de educação e lazer, devidamente dotados de equipamentos comunitários necessários a estas atividades, resguardando ao máximo as áreas ambientalmente frágeis e ou de preservação permanente, como forma de uso adequado, desestimulando invasões e ocupações indevidas;

III - implantar corredores ecológicos ligando fragmentos de vegetação, buscando viabilidade técnica e econômica através de parcerias e medidas compensatórias de empreendimentos potencialmente poluidores;

IV - adequar a estrutura operacional e administrativa do órgão responsável pela coordenação da execução das políticas ambientais à demanda local;

V - criar e operar centros de reabilitação e reintrodução de animais silvestres;

VI - elaborar e implementar programa de recuperação de áreas degradadas;

VII - implementar o Licenciamento Ambiental Municipal como procedimento administrativo pelo

qual o órgão ambiental competente licencia, seguindo critérios de interesse local, a localização,

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instalação, operação e ampliação de empreendimentos ou atividades de pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras que ofereçam risco à saúde pública, que exerçam suas atividades nas proximidades de quaisquer recursos hídricos ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação e impacto ambiental negativo, reconsiderando as disposições regulamentares e normas técnicas aplicáveis, quando for o caso;

VIII - organizar administrativa, jurídica e operacionalmente o Fundo Municipal de Meio Ambiente, dentro do prazo de 6 (seis) meses, a partir da data de vigência desta Lei;

IX - manter, adequar e potencializar as estruturas de gestão e as infra-estruturas operacionais das unidades de conservação municipais e fomentar a criação de brigadas de incêndio para proteger as unidades na época de seca, levando-se em consideração seus respectivos planos de manejo;

X - garantir a inclusão das diretrizes estabelecidas nas Conferências Municipais de Meio Ambiente na pauta de prioridades das políticas públicas do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

V. ZEIS

1. Definição de tipos de ZEIS.

Não há definição de tipos de ZEIS.

2. Definição da localização em mapa, ou coordenadas ou descrição de perímetro

A localização das ZEIS aparece com maior ênfase no Título III, capítulo I, seção VI que trata da Macroárea de Regularização Urbanística e Ambiental e subseção I das Diretrizes para a Regularização das Ocupações Irregulares. Entretanto, a identificação e localização das ZEIS serão objeto de um plano de regularização especifico para as ZEIS.

3. Definição da população que acessa os projetos habitacionais nas ZEIS.

Não define.

4. Definição de tipologias habitacionais em ZEIS.

Não define.

5. A remissão para lei específica.

Determina que lei municipal específica crie e delimite as ZEIS e instituí o plano de urbanização de zonas de especial interesse social a ser criado por decreto do executivo.

6. Caso as ZEIS já estejam demarcadas em mapas, identificar qual é o percentual da zona definido no plano.

Não foi possível identificar.

7. Verificar se existem definições de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS, tais como investimentos em educação, saúde, cultura, saneamento, mobilidade, etc.

Não há definição. Existem diretrizes gerais e itens de programa que deverão ser tratados nos

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planos de urbanização das ZEIS.

VI. Avaliação geral do zoneamento em relação ao acesso à terra urbanizada.

1. Qual o significado do zoneamento proposto sob o ponto de vista do acesso à terra urbanizada? (ou seja, procure avaliar o zoneamento, buscando identificar em que porções do território, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo zoneamento se favorece o acesso à terra urbanizada pelas classes populares ou, pelo contrário, se favorece a utilização das s áreas pelos empreendimentos imobiliários voltados para classes médias e altas). Para fazer esta leitura, atentar para as seguintes características: tamanhos mínimos de lote, usos permitidos (incluindo possibilidades de usos mistos na edificação) e possibilidade de existência de mais de uma unidade residencial no lote.

O Plano Diretor de Macaé, embora tenha um título inteiro dedicado ao macrozoneamento e regulamentação do uso e ocupação do solo urbano (incluindo parcelamento), não estabelece nenhum parâmetro objetivo (índices de aproveitamento). Remete a definição dos parâmetros, desde coeficiente de aproveitamento até os demais parâmetros tradicionais: taxa de ocupação, etc, para posterior regulamentação específica.

De acordo com a própria descrição das macrozonas e macroáreas percebe-se que há uma distinção entre áreas mais valorizadas e menos valorizadas. Nesta distinção, feita pelos objetivos e diretrizes, indica-se a concentração de ZEIS nas macroáreas que são descritas como parcelas urbanas com maiores problemas de infra-estrutura e equipamentos. Chama atenção também o fato de não ser indicado à implantação de ZEIS na Macroárea da Orla, reservada para atividades de comércio e serviços associados ao turismo.

Avaliar este zoneamento do ponto de vista quantitativo (percentual do território urbanizável destinado ao território popular frente ao percentual de população de baixa renda no município) e qualitativo (localização deste território no município).

Não há parâmetros quantitativos.

Atenção: incluir as ZEIS nesta análise, porém não restringir a avaliação apenas às ZEIS, caso existam zonas do macrozoneamento que permitam, pelas características e parâmetros de uso e ocupação do solo, a produção de moradia popular. Caso estes parâmetros não sejam estabelecidos no próprio plano e sim na lei de uso e ocupação do solo, buscar a lei de uso e ocupação do solo ou lei de zoneamento em vigor.

VII. Instrumentos de Política Fundiária Observações gerais:

Alguns instrumentos são apenas mencionados outros são detalhados. Os instrumentos apenas mencionados são direito: de superfície e concessão para fins de moradia. Instrumento não previsto: operação interligada.

Entre os instrumentos detalhados no plano, apenas o EIV não é remetido explicitamente à lei

específica posterior, embora também possa ser alterado pela revisão da lei de uso e ocupação do

solo urbano, citada em diversos momentos no plano. Em geral o prazo para regulamentação das

leis específicas, especialmente do uso e ocupação do solo e parcelamento é de 1 ano a contar da

data de vigência do plano.

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Todos os instrumentos dependem de lei específica e da revisão da legislação urbanística ordinária. Os instrumentos estão vinculados ao Macrozoneamento, mas dependem do futuro zoneamento urbano. Não se verificou regras de transição explicitas, mas prazos para regulamentação dos instrumentos citados. O EIV é detalhado em termos de procedimentos.

Em geral os recursos são destinados a habitação e regularização fundiária, mas também a provisão de infra-estrutura e reorientação da expansão urbana.

Edificação/Parcelamento Compulsórios. IPTU progressivo no tempo

1. Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário verificar:

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

O instrumento é apresentado e são definidas apenas condições mínimas para a sua aplicação, sendo remetido para regulamentação específica.

- área de aplicação:

Na Macroárea de Ocupação Prioritária.

Definição conceitual dos imóveis não utilizados quando o coeficiente de aproveitamento é igual a zero. Subutilizado, o lote ou gleba edificados, onde o coeficiente de aproveitamento não atinja o limite mínimo definido para o lote na zona em que se situe.

Condição de isenção: imóveis que necessitem de áreas construídas menores que o coeficiente mínimo estabelecido para o desenvolvimento de atividades econômicas ou os imóveis inseridos em áreas de interesse ambiental.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

É remetido para lei complementar.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Nas disposições e transitórias estabelece que o Município deve criar Lei municipal para área incluída neste Plano Diretor, que determine o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e prazos para implementação da referida obrigação e ainda, que regulamentará a aplicação da utilização compulsória sobre edificações não utilizadas determinando a aplicação dos critérios diferenciados por zonas, ou partes de zonas de uso, conforme o interesse público sobre a ocupação de determinadas áreas do Município, dentro do prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência desta Lei.

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Define a área, mas remete a possibilidade de restringir sua área de abrangência em lei municipal específica, dependendo do zoneamento urbano.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um

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objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Identificado com o macrozoneamento, mais especificamente com a macroárea de ocupação prioritária.

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não há definição específica. Parece que enquanto não for editada lei específica o instrumento não existe.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

Não definido.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não previsto.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Não explicito.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Não definido.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Há casos de isenção definidos da seguinte maneira: imóveis que necessitem de áreas construídas menores que o coeficiente mínimo estabelecido para o desenvolvimento de atividades econômicas ou os imóveis inseridos em áreas de interesse ambiental.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não há.

Identificar para onde vão os recursos.

Não se aplica.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades.

Não define prioridades para utilizar terrenos submetidos à utilização compulsória.

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Não há.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Prevê lei específica.

Identificar se estão definidos prazos.

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Prazo de 1 ano.

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

O instrumento foi previsto. Fica estabelecido que o direito de construir acima até o máximo permitido pro lei será cobrado em contrapartida financeira. São indicadas prioridades genéricas para aplicação dos recursos auferidos com instrumento. Não define coeficiente básico.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

É remetido para lei municipal específica e depende também da lei de uso e ocupação do solo – zoneamento urbano.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Lei municipal para efeito de aplicação da outorga onerosa do direito de construir em área definida no Plano Diretor, indicará as áreas onde os limites máximos do coeficiente de aproveitamento poderão ser aplicados, podendo ainda a mesma Lei fixá-lo em limite inferior, dentro do prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência desta Lei (conforme disposições gerais e transitórias).

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

A outorga onerosa do direito de construir poderá ser aplicada, exclusivamente, na Macroárea de Ocupação Prioritária. Tal macroárea é delimitada no plano. No entanto, lei municipal específica, baseada no zoneamento urbano definirá onde poderão ser atingidos coeficientes máximos e mínimos. Sugere ambigüidade e certa contradição. Apesar de definir a macroárea, a aplicação poderá ser restringida por lei municipal e pela própria lei de uso e ocupação do solo.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Identificado com as diretrizes da Macroárea de ocupação prioritária.

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não prevê regra de transição enquanto não é regulamentado.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento.

Não previsto.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não previsto.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Não previsto.

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Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Não previsto.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Não previsto.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não previsto.

Identificar para onde vão os recursos e identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir serão aplicados, preferencialmente, para:

regularização fundiária;

execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

constituição de reserva fundiária;

ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;

proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Não define.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Lei municipal específica regulamentará a outorga onerosa do direito de construir, determinando, no mínimo:

I - as condições de aplicação do instrumento;

II - as definições de contrapartida;

III - as fórmulas de cálculos;

IV - os casos de isenção do pagamento da outorga.

Identificar se estão definidos prazos.

Prazo de 1 ano para regulamentar através de lei específica. Depende também da lei de uso do solo também com prazo de 1 ano.

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

É criada as ZEIS. Além disso, quando orienta a revisão da lei de uso e ocupação do solo também

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cria o Setor Especial de Interesse Social: área contígua ou próxima às ZEIS, vazias ou com ocupação rarefeita, destinadas a abrigar projetos complementares ao processo de regularização urbanística e fundiária das ZEIS.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

As ZEIS são abordadas como instrumento dirigido a promoção da regularidade fundiária de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação sócio-econômica da população e as normas ambientais incentivando ações includentes. São associadas aos seguintes instrumentos: concessão do direito real de uso; usucapião especial de imóvel urbano; concessão de uso para fins de moradia.

Para garantir a destinação das Zonas de Especial Interesse Social deverão ser elaborados os Planos de Urbanização das ZEIS, estabelecido por decreto do Poder Público Municipal. Diz que um plano de urbanização por conter mais de uma ZEIS. Todas as ZEIS deverão constituir um Conselho Gestor com participação do poder público e moradores. O Conselho gestor das ZEIS deverão participar da elaboração e implementação dos planos de urbanização.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Estabelece o conteúdo mínimo dos Planos de Urbanização, instrumento criado para implementação das ZEIS, mas não estabelece prazo.

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Em todas as macroáreas urbanas, com exceção da macroária da orla. A Macroárea de Regularização Urbanística será subdividida em Zonas de Especial Interesse Social, delimitadas em Lei municipal específica, com o propósito de promover a regularização das edificações, do parcelamento, uso e ocupação do solo dos assentamentos, atendendo aos objetivos definidos neste Plano Diretor.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Sim. Promoção da moradia digna entre outras diretrizes ao longo do plano, incluindo a macrozona de regularização e urbanização.

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não há prazo de transição.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento.

Na implementação das ZEIS deverão ser criados conselhos gestores para cada ZEIS.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Estabelece nas disposições transitórias, o prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência da lei

do plano, para revisar a Lei municipal que institui as Áreas de Especial Interesse Social, definindo

procedimentos e técnicas para regularização das Zonas Especiais de Interesse Social, bem como

para delimitação de novas ZEIS. Devem ser considerados os critérios estipulados no Título III

deste Plano Diretor, e ainda, garantir, no interesse local, a prestação de serviço de assistência

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