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Planejamento e Controladoria Financeira

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Academic year: 2022

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Unidade 1

Leandro Rodrigues

Planejamento e Controladoria

Financeira

Livro Didático

Digital

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Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA

Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA

Autor

LEANDRO RODRIGUES Desenvolvedor

CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS

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O AUTOR

Leandro Rodrigues

Olá. Meu nome é Leandro Rodrigues. Sou formado em Administração, com especialização na área de finanças e controladoria. Atualmente sou doutorando e professor orientador de monografias em cursos de MBA, tenho experiência profissional na área de recursos humanos e também na área acadêmica. Trabalhei durante treze anos em uma usina de açúcar e álcool, passei pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP) e hoje estou como associado ao PECEGE ESALQ/USP.Sou apaixonado pelo que faço e adoro compartilhar conhecimentos. Por este motivo estou aqui, no elenco de autores independentes da Editora Telesapiens. Estou muito feliz em poder contribuir com seu crescimento pessoal e profissional através desta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!

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Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:

ICONOGRÁFICOS

INTRODUÇÃO:

para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência;

DEFINIÇÃO:

houver necessidade de se apresentar um novo conceito;

NOTA:

quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento;

IMPORTANTE:

as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você;

EXPLICANDO MELHOR:

algo precisa ser melhor explicado ou detalhado;

VOCÊ SABIA?

curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias;

SAIBA MAIS:

textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento;

REFLITA:

se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre;

ACESSE:

se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast;

RESUMINDO:

quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens;

ATIVIDADES:

quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada;

TESTANDO:

quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas;

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SUMÁRIO

A empresa e o ambiente: importância para tomada de decisão...11

Entendo a empresa como sistema aberto...11

A tomada de decisão...15

Importância das informações para a tomada de decisão...19

Planejamento e Controle...22

Planejamento: conceitos e características...22

Controle...24

Instrumentos para controle operacional...27

Planejamento estratégico...33

Compreendendo o planejamento estratégico...33

Planejamento financeiro de longo prazo...39

Metodologias para decisão de investimento e controle de desempenho...44

Métodos para a avaliação de investimentos...44

Balanced Scorecard...50

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01 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL

UNIDADE

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INTRODUÇÃO

Você sabia que as funções de planejamento e controle são funções básicas de todo gestor? Por este motivo é essencial que estas habilidades sejam desenvolvidas.

Você sabe o que é o planejamento e como ele é elaborado pelas organizações? Você quer aprofundar seus conhecimentos sobre os métodos de controle? Você está no caminho certo, nesta unidade você irá aprender sobre os vários tipos de planejamento e suas aplicabilidades e também sobre o conceito de controle e as ferramentas utilizadas para o desempenho desta função.

Dentro do contexto do planejamento e controle você irá conhecer métodos para análise de viabilidade econômica de projetos de investimento e sobre o Balanced Scorecard (BSC), que é uma metodologia bastante conhecida que tem por objetivo do gerenciamento da estratégia organizacional.

Ao longo desta unidade, você vai mergulhar neste universo do ambiente organizacional!

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Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos você será capaz de:

1. Identificar aspectos do ambiente empresarial e seu impacto na tomada de decisões.

2. Entender a função e a elaboração do planejamento e do controle nas organizações.

3. Compreender o desenvolvimento e aplicação do planejamento estratégico e financeiro de longo prazo.

4. Desenvolver habilidades para tomada de decisões financeiras de longo prazo e de controle de desempenho.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho!

OBJETIVOS

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A empresa e o ambiente: importância para tomada de decisão

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender a empresa como um sistema aberto e identificar aspectos da relação das organizações com o ambiente e, dentro deste contexto, a importância das informações no processo de tomada de decisão. Através do conhecimento adquirido neste capítulo, você vai compreender a importância do desenvolvimento de habilidades essenciais aos gestores.

Vamos em frente?

Entendo a empresa como sistema aberto

Antes de você aprender sobre o planejamento e o controle, é importante que entenda alguns aspectos essenciais sobre a visão das organizações como um sistema aberto. Mas, o que é um sistema? Pode-se entender como sistema o conjunto de partes independentes que, trabalhando em conjunto, têm o propósito de atingir um determinado objetivo.

VOCÊ SABIA?

A abordagem sistêmica da administração baseia-se na teoria geral dos sistemas, criada pelo cientista Ludwig von Bertalanfly. Segundo esta teoria, para se compreender o funcionamento de uma determinada entidade é necessário entendê-la como um sistema (CERTO,2003).

Se você olhar para o interior das empresas, você vai perceber que elas são constituídas por um conjunto de diferentes recursos necessários para o seu o funcionamento, como: recursos econômicos, humanos, matéria-prima e bens de capital.

Ao entender a característica das empresas como sistemas abertos, você pode visualizar que existe uma interação constante das organizações com o ambiente externo, por este motivo são afetadas pelos diversos fatores: econômicos, sociais, culturais, tecnológicos, dentre outros. Os sistemas abertos também trazem a ideia de que determinados inputs são

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introduzidos e transformados, gerando outputs e para que este processo de transformação se realize, as empresas utilizam dos diversos recursos que elas possuem.

Através da Figura 1 você pode entender melhor todas as con- siderações apresentadas sobre a empresa como sistema e, por conseguinte, a sua relação com o ambiente externo.

Figura 1 - A empresa como um sistema aberto”

Sociedade

Política

Recursos Naturais

Clima

Demografia Economia

Sindicatos

Acionistas

Governo Comunidades Comunicação

Concorrentes Clien

tes

Ambiente Remoto

Ambiente Próximo

Cultura

Educação

Legislação e Tributos Fornec

edor es Tecnologias Entradas Processamento Saídas Materiais

Equipamentos Energia Pessoas Pessoas Informações

A Empresa

Produtos Bens Serviços

Fonte: adaptado de Padoveze (2009, p. 13)

Agora vamos explorar um pouco mais o sistema organizacional.

VOCÊ SABIA?

Um sistema é composto por diversas partes e essas partes são os subsistemas. No entanto, devido à complexidade do sistema empresa, a divisão em subsistemas pode ser considerada de diversas maneiras, conforme argumenta Padoveze (2009).

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Então, você vai conhecer a descrição dos subsistemas a partir do ponto de vista de diferentes autores. Primeiramente, será apresentada a descrição dos subsistemas conforme o trabalho de Padoveze (2009) e, segundo este autor, existem seis subsistemas:

1. Subsistema institucional: este subsistema é considerado a matriz de todos os outros, pois ele compreende a missão, crenças e valores da empresa.

2. Subsistema de gestão: é neste subsistema que as decisões da empresa são tomadas, é caraterizado por um conjunto de procedimentos e diretrizes, compreende a realização do planejamento e o controle das operações.

SAIBA MAIS

Você sabe a diferença entre missão, crenças e valores?

Neste artigo, disponibilizado na página eletrônica

“Administradores”, o autor apresenta a explicação destes tópicos de forma bastante clara e leitura agradável. Acesse através do link: http://bit.ly/2ReTCque boa leitura!

1. Subsistema formal: diz respeito à estrutura administrativa da empresa, através do qual todas as tarefas e atividades estão organizadas através de setores ou departamentos.

2. Subsistema social: são os indivíduos que fazem parte da empresa, bem como todos os aspectos relacionados às pessoas.

3. Subsistema de informação: neste subsistema está todo o processo de informação necessário ao trabalho dos gestores. O processo de comunicação nas organizações deve ser constante e para que isto aconteça, faz-se necessário que inúmeros subsistemas de informações específicos sejam gerados.

4. Subsistema físico-operacional: são todas as instalações físicas e equipamentos, é neste subsistema que ocorrem todas as transações, bem como, os eventos econômicos. Está ligado ao processo de produção das organizações.

Agora, você vai conhecer a visão de Figueiredo e Caggiano (2008).

Para estes autores, os subsistemas podem ser definidos como:

1. Institucional: compreendido pela missão, crenças e valores.

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2. Administração: planejamento, controle, gerenciamento.

3. Organização: relaciona-se à estrutura, relação de autoridade e responsabilidade, adequação, adaptação e modificação.

4. Produção: diz respeito ao modelo de operação de cada área funcional.

5. Psico/sócio/político/cultural: relacionado às pessoas que fazem parte do sistema organizacional.

6. Informação: este subsistema dá suporte à elaboração do planejamento e ao controle, bem como à tomada de decisões.

EXPLICANDO MELHOR

Von Bertalanfly argumenta que existem basicamente dois tipos de ambiente: o ambiente fechado e o aberto.

Entende-se por um ambiente fechado aquele que não tem nenhuma interação com o ambiente externo e, portanto, não são influenciados por ele. Um bom exemplo de ambiente fechado é o relógio, independente do ambiente, o relógio precisa trabalhar de maneira pré-determinada, a fim de que ele consiga cumprir com o seu objetivo. Já o sistema aberto é aquele que interage continuamente com o ambiente, neste caso, um exemplo seria uma planta, onde o ambiente influencia as condições de sua existência, ou seja, é o ambiente que vai determinar se a planta irá sobreviver ou não (CERTO, 2003).

Até este momento você foi capaz de compreender a relevância da abordagem sistêmica para administração? É claro que existem várias outras abordagens na teoria da administração, mas esta foi apresentada para que você entenda a empresa como um organismo vivo que interage continuamente com o ambiente externo.

Muitas empresas são surpreendidas pelas mudanças ambientais, justamente por não implementarem um monitoramento constante do ambiente externo e por este motivo não estarem preparadas para se adaptarem com a rapidez necessária a estas transformações, sejam elas em relação aos interesses dos consumidores ou ao surgimento de novas tecnologias. Você se lembra o que aconteceu com grandes empresas do setor musical? Muitas delas simplesmente desapareceram porque

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não estavam preparadas para as grandes mudanças que ocorreram no setor, principalmente a partir do surgimento dos reprodutores de músicas digitais ou outros canais de distribuição de música através da internet.

A alta competitividade e as rápidas mudanças no mundo dos negócios se apresentam como um desafio para os gestores que precisam tomar decisões mais arriscadas, de modo mais frequente e com maior rapidez e, portanto, não se encaixando em um modelo tradicional de tomada de decisão, dentro de um ambiente que se torna cada vez mais imprevisível.

RESUMINDO

Como você pode perceber, é de suma importância que os gestores conheçam o ambiente em que a empresa está inserida e como os diferentes fatores podem influenciar o dia-a-dia das organizações. Eles devem ter a habilidade de tomar diferentes decisões diariamente, bem como desenvolverem planos de ação de curto, médio e de longo prazo. A influência desses fatores externos deve ser considerada em todo esse processo e, para esta finalidade, os tomadores de decisão devem fazer uso de um contínuo fluxo de informação.

A tomada de decisão

Todos nós temos que tomar decisões todos os dias, diante das mais diversas situações. Caro aluno, você pode fazer a escolha de continuar lendo este texto ou fazer qualquer outra coisa, como, por exemplo, sair para tomar um sorvete, não importa qual a alternativa que você vai escolher o que importa é a escolha que foi feita.

Do mesmo modo, os gestores das empresas precisam tomar decisões diariamente e essas decisões, de uma certa maneira, afetam as empresas. É obvio que essas decisões não afetam as empresas na mesma proporção, algumas atingem um grande número de funcionários, têm um alto custo e são decisões de longo prazo e outras, porém, são insignificantes, pois afetam um pequeno número de membros das empresas, têm um baixo custo e têm um efeito de curto prazo.

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Algumas dessas decisões são programadas, ou seja, aquelas que fazem parte da rotina da organização, neste caso são desenvolvidos procedimentos para esta finalidade. Imagine uma loja de roupas e é preciso tomar a decisão de como as roupas serão disponibilizadas para a venda. Este é um típico exemplo de decisão programada, e geralmente seguem algumas diretrizes que foram estabelecidas pela empresa.

Outras são aquelas não programadas, são decisões que geralmente devem ser tomadas uma única vez, por exemplo quando um gestor precisa decidir a respeito da criação de um novo produto ou da viabilidade da expansão da empresa, neste caso, você percebe que a decisão se torna mais complexa, pois se faz necessária a análise de diversas informações e devem ser conduzidas por um processo sistemático de tomada de decisão.

SAIBA MAIS

Para Padoveze (2009), no processo de tomada de decisão os gestores devem primeiramente analisar o problema, nesta etapa deve-se identificar o objetivo inicial, ou seja, o resultado ou a ação desejada e o diagnóstico da situação.

Após realizada esta etapa, segue-se para a elaboração, avaliação e a escolha das ações que serão utilizadas e, por fim, a implementação da decisão que foi tomada. Realizado o processo de implementação, Certo (2003) argumenta que os tomadores de decisões devem obter feedback com a finalidade de identificar se os problemas foram solucionados a partir das ações que foram executadas, caso contrário será preciso identificar e implementar outras alternativas.

Pode se dizer que uma decisão é uma escolha feita entre duas ou mais alternativas. Neste sentido, um gestor deve realizar um processo adequado, a fim de que possa escolher a alternativa que seja a mais ajustada para se atingir os objetivos organizacionais.

Como você pode perceber, dentro das empresas diferentes tipos de decisões são tomadas diariamente, neste sentido, entende-se que os diferentes tipos de decisão são de responsabilidade de pessoas em graus hierárquicos diferentes.

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EXPLICANDO MELHOR

Para que se defina quem será responsável por determinado tipo de decisão é preciso ter como base dois fatores essenciais: a proporção do sistema gerencial que será afetado pela decisão (escopo) e também os níveis de gerenciamento, ou seja, os níveis inferior, médio e superior.

O critério para a escolha do nível que será responsável pela decisão será determinado, justamente, pelo escopo da decisão, quanto maior a sua amplitude, mais alto deve ser o nível hierárquico responsável. Na Figura 2, você pode observar melhor como se configura este processo.

Figura 2 – Níveis hierárquicos responsáveis pela tomada de decisãoconforme o escopo da decisão

Gerência de nível superior toma decisões

Gerência de nível médio toma decisões

Gerência de nível inferior toma decisões

A Escopo restrito

de decisão

B Escopo intermediário

de decisão

C Escopo amplo

de decisão

Responsabilidade pela tomada de decisão

Fonte: adaptado de Certo (2003, p. 127)

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VOCÊ SABIA?

Que existem três condições para a tomada de decisões.

Certo (2003) aponta três condições básicas: a condição de certeza total, incerteza total e o risco.

A condição de certeza total existe quanto um gestor sabe exatamente qual será o resultado de uma ação que foi implementada, neste caso, basta que ele faça uma análise dos resultados e escolha aquele que for mais vantajoso para empresa. Mas é preciso considerar que a maioria das decisões tomadas dentro das organizações não estão dentro de uma certeza total. Na condição de incerteza total os gestores tomam a decisão, mas não conhecem os resultados. Esta condição é muito comum nos casos de inovação radical, onde o desenvolvimento dos produtos acontece dentro de um contexto de completa incerteza.

Outra condição é o risco. Neste contexto, os tomadores de decisão têm apenas as informações suficientes sobre os resultados e a partir destas informações estimem a probabilidade de realização dos resultados, o grau de risco está intimamente relacionado com a confiabilidade da informação, se a informação for de baixa qualidade, o risco será maior e os resultados estarão mais próximos da incerteza.

Exemplo: Muitas decisões tomadas pelas empresas fracassam completamente, como foi o caso da New Coke, um novo produto lançado pela Coca Cola, em 1985, que tinha por objetivo recuperar a participação de mercado de refrigerante que havia sido tomado pelo concorrente, a Pepsi. Mas, dentro de três meses após o lançamento, a empresa já havia recebido mais de 400.000 cartas e telefonemas raivosos, a partir disto, a New Coke desapareceu silenciosamente das gôndolas dos supermercados. Mas também existem casos de sucesso, como Meg Whitman que fez da eBay um modelo de negócio na internet (DAFT, 2008).

Caro aluno, veja bem! Os gestores dependem de informações para o desempenho de suas funções, portanto essas informações devem ter confiabilidade e qualidade, além de serem adequadas e oportunas.

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Importância das informações para a tomada de decisão

O processo de desenvolvimento de informações que serão posteriormente utilizadas pelos tomadores de decisão, inicia-se com a coleta de dados, que podem ser fatos ou estatísticas e, após a coleta destes dados, geralmente eles passam por um processo de análise, que são transformados em relatórios e no contexto organizacional refere-se à análise de dados referentes ao funcionamento da empresa e que serão utilizados pelos gestores para as mais diversas ações.

Essas decisões influenciam as decisões administrativas dos gestores e são essas informações que vão determinar o sucesso ou fracasso dessas decisões, portanto, as informações são de fundamental importância para a gestão das organizações. Neste sentido, para que uma informação seja realmente relevante é necessário que esta informação tenha valor para a empresa. Se você comparar as diferentes informações, você vai verificar que algumas são mais valiosas que as outras.

SAIBA MAIS

Mas o que torna uma informação valiosa? Para Certo (2003), o valor de uma informação pode ser definido conforme o benefício que uma empresa pode obter através da sua utilização, quanto maior este benefício, maior será o valor da informação. Ainda de acordo com este autor, existem quatro fatores que determinam o valor da informação: a relevância; a qualidade; a oportunidade e a quantidade.

Uma informação é relevante quando ela é adequada para a situação em que o gestor necessita tomar decisões. Ela é uma informação de qualidade de acordo com o grau em que ela representa a realidade, portanto, se os gestores fizerem uso de informações de qualidade, estarão mais seguros para tomarem decisões que sejam adequadas e, por conseguinte, maior a probabilidade de obterem sucesso em no longo prazo.

Outro fator que determina o valor da informação é a oportunidade.

Uma informação é oportuna quando ela é disponibilizada no momento em que o gestor pode utilizá-la para o proveito da organização.

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EXPLICANDO MELHOR

Imagine que uma empresa fabricante de produtos de limpeza está com problema de venda em um de seus novos produtos. Após uma pesquisa, ela obtém a informação de que este determinado produto está vendendo pouco devido à cor, que não agradou os clientes. Se esta informação chegar após o produto ser retirado de linha, ela não será oportuna, mas se ela for disponibilizada no momento adequado para que os ajustes sejam realizados no produto e, desta maneira, aumentar as vendas, ela será oportuna.

E por fim, o último fator é a quantidade de informações que os gerentes possuem. Ao tomar decisões, os gestores devem avaliar se a quantidade de informações é suficiente, caso contrário, deverão buscar por mais informações e ao decidirem que possuem a quantidade necessária, as decisões que eles tomarem estarão bem justificadas.

Com a evolução tecnológica, os gestores podem fazer uso dos mais diversos sistemas de gerenciamento de informações, que são responsáveis por fornecerem acesso contínuo a informações importantes e atuais para as mais diversas atividades exercidas nas empresas, através dos diferentes níveis hierárquicos.

DEFINIÇÃO

Um sistema de gerenciamento de informação (SGI) é um sistema computadorizado, que tem por objetivo disponibilizar as informações e os suportes necessários para as tomadas de decisões gerenciais. O SGI é alimentado por informações provenientes de sistemas de processamento de transações da empresa e também por meio de banco de dados externos e internos (DAFT, 2008).

Esses sistemas de gerenciamento podem fornecer informações aos gerentes de nível médio que precisam tomar decisões sobre a programação de produção ou realizar análise de pedidos e disponibilidade de recursos. Podem, também, auxiliar os níveis mais altos de gerência, através do sistema de informação executivas (SIE), convertendo grande

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quantidade de dados em informações pertinentes e no momento adequado, facilitando a tomada de decisões e, ainda, sistemas de apoio a decisão (SAD), adequados a todos os níveis hierárquicos, onde os gerentes poderão executar diferentes operações, explorando alternativas e recebendo informações que os ajudará a escolherem a alternativa que trará os melhores resultados.

RESUMINDO

E então, você aprendeu tudo o que foi apresentado neste capítulo? Para ter a certeza que você entendeu o conteúdo, vamos fazer uma revisão. Iniciamos o capítulo demonstrando a relação da empresa com o ambiente externo. Você observou que a empresa é um sistema aberto e está em constante interação com o ambiente externo, recebendo influência dos mais diversos fatores e as empresas devem monitorar o ambiente para não serem surpreendidas pelas mudanças e serem capazes de se adaptarem rapidamente.

Você aprendeu também sobre uma habilidade importante do gestor.

Você está lembrando qual é esta habilidade? É a tomada de decisão.

Todo gestor deve desenvolver esta habilidade e a tomada de decisão envolve diversos aspectos. As decisões são tomadas pelos gestores dos diferentes níveis hierárquicos e a escolha do nível que será responsável por determinada decisão é determinado pelo escopo da decisão, considerando três condições: a certeza total, a incerteza total e o risco.

Dentro deste contexto, a informação exerce um papel primordial.

É a partir de informações que sejam realmente relevantes, de qualidade, realmente oportunas e na quantidade ideal. Para esta finalidade, os gestores podem fazer uso de diversos sistemas de gerenciamento de informações, que fornecem os recursos necessários para todas as decisões administrativas.

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Planejamento e Controle

OBJETIVO

O planejamento é uma função gerencial de grande importância para todas as empresas, independente do seu porte. Ao terminar o estudo deste conteúdo, espera-se que você seja capaz de entender a importância do planejamento e do controle nas organizações, bem as suas características e aplicabilidades. Está animado para esta próxima etapa?

Planejamento: conceitos e características

Você sabia que o planejamento é uma das mais básicas funções gerenciais? Isto mesmo! Ela uma função gerencial básica e todos os gestores devem desenvolver esta competência, pois a habilidade dos gestores em desempenhar esta função é que vai determinar o sucesso de toda e qualquer operação.

Você viu a importância desta habilidade gerencial? Neste capítulo você vai conhecer um pouco mais sobre o planejamento, vamos prosseguir.

DEFINIÇÃO

O planejamento pode ser conceituado como o processo de definir quais os caminhos que a empresa vai percorrer para chegar até onde ela deseja e o que será feito para colocar em prática os seus objetivos. Pode se dizer, de um modo mais acadêmico, que o planejamento é o desenvolvimento sistemático de ações que tem por finalidade alcançar os objetivos organizacionais que foram estabelecidos através de análise, avaliação e da seleção das oportunidades que foram previstas (CERTO, 2003).

Para se elaborar um planejamento é necessário levar em consideração vários fatores e seguir algumas etapas. Primeiramente, o gestor precisa estabelecer quais são os objetivos da empresa, onde a empresa quer chegar, na segunda etapa deve-se enumerar tantas alternativas quanto forem necessárias para se atingir estes objetivos e

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desenvolver as premissas ou suposições, são elas que vão determinar a viabilidade de utilização de determinada alternativa.

EXPLICANDO MELHOR

Você já aprendeu sobre a influência do ambiente externo sobre as organizações, então agora você vai entender a sua aplicabilidade. Ao desenvolver um planejamento é essencial que, após determinar os objetivos, faça-se a avaliação do cenário, relacionando os diversos fatores que poderão afetar as operações, para esta finalidade deve ser feita uma projeção de possíveis cenários.

SAIBA MAIS

Ao elaborar um planejamento, a projeção de cenários é um fator que deve ser considerado, independentemente do tamanho da empresa. Neste vídeo, o SEBRAE apresenta dicas de como analisar o ambiente e projetar cenários.

Acesse o link: http://bit.ly/2TQ5xfY. Acesso em: 21 jan. 2020.

Na terceira etapa do processo de planejamento o gestor deverá fazer uma análise dos recursos: humanos, monetários, máquinas e materiais.

Na avaliação dos recursos, o gestor deverá fazer também a estimativa dos recursos externos acessíveis e dos recursos internos que a empresa já possui e estão com capacidade ociosa ou aqueles que poderão ser utilizados com maior eficiência.

O próximo passo é estabelecer a estratégia que será realizada para alcançar os objetivos que foram apresentados no plano geral, onde estão especificadas a meta da empresa. E, por fim, será elaborado um plano de ação para atingir as metas de curto e de longo prazo.

No capítulo anterior você aprendeu também sobre as decisões.

Então, as decisões estão presentes e são essenciais em todas as etapas do planejamento.

Como você pode perceber, um planejamento quando bem elaborado, produz muitos benefícios para as organizações, pois através do planejamento os gestores têm uma orientação para o futuro, onde pretendem chegar. O planejamento estratégico faz com que os gestores

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não olhem somente para os problemas normais enfrentados diariamente, mas sejam capazes de expandirem a sua visão e realizarem projeções de situações diversas que eles poderão se confrontar no futuro e não serem surpreendidos pelas constantes mudanças externas.

Ainda não terminou... um planejamento bem preparado pode trazer outros benefícios. Pode também auxiliar os gestores no momento da tomada de decisão, pois serão capazes de tomarem decisões mais coordenadas, cientes de como uma decisão tomada hoje poderá afetar uma decisão futura, outro aspecto é que o planejamento, produzido a partir dos objetivos, faz com que os gestores estejam continuamente conscientes daquilo que a sua empresa quer realizar.

O planejamento, na verdade, não é capaz de eliminar os riscos, mas é um grande auxílio aos gestores no processo de detectar e lidar antecipadamente com os diversos problemas organizacionais, evitando que tragam prejuízos à organização.

VOCÊ SABIA?

O planejamento pode ser considerado dentro de três níveis: estratégico, tático e operacional. O planejamento estratégico é elaborado pela administração da empresa, neste tipo de planejamento os executivos desenvolvem estratégias de longo prazo que envolvem toda a empresa.

O planejamento tático é desenvolvido pelos gerentes de nível médio, envolvendo unidades de negócio e departamentos e são de médio prazo e o planejamento operacional envolve tarefas que são realizadas diariamente e desenvolvido considerando o curto prazo.

Controle

Após você compreender sobre o processo de planejamento, agora você vai aprofundar o seu conhecimento sobre outra função gerencial, que é o controle. De fato, o ambiente empresarial tem se tornado cada vez mais complexo, aumentando também a necessidade do controle, e os gestores encaram o desafio de desenvolverem esta habilidade.

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DEFINIÇÃO

O controle pode ser definido como o esforço sistemático, que tem por finalidade controlar o desempenho real com os planos e as metas pré-estabelecidas. Se o desempenho não estiver conforme o que foi planejado, deve-se tomar ações corretivas, a fim de que os recursos organizacionais sejam utilizados de modo mais eficaz e os objetivos sejam atingidos.

Você viu a importância do controle para o trabalho dos gestores?

Imagine que você é responsável, em uma empresa, por um determinado setor e neste setor os funcionários têm metas diárias para serem cumpridas, mas,ao final do dia, você percebe que as metas estiveram abaixo daquilo que foi pré-determinado e este problema continua por alguns dias. Então o que você, como gestor terá que fazer? Implementar ações corretivas para que os resultados estejam adequados. Como você percebeu que esta situação estava acontecendo? Justamente, devido ao controle. Você entendeu a importância desta competência gerencial?

O planejamento e o controle são funções que estão intimamente relacionadas. Desenvolver um planejamento bem elaborado não é o suficiente, pois no decorrer da implementação das ações corre-se o risco de se desviar dos planos, portanto, é imprescindível que se desenvolva métodos para medição e controle que sejam capazes de advertir quando acontecerem esses desvios e os sejam tomadas as devidas ações corretivas.

VOCÊ SABIA?

Semelhante ao planejamento, o controle possui diferentes níveis. O controle geral, desempenhado pela alta administração, preocupa-se em medir o progresso alcançado em relação aos objetivos e metas que foram definidas através do plano estratégico. O controle gerencial está relacionado ao uso eficiente dos recursos organizacionais, assegurando que estes estejam comprometidos com os objetivos da empresa, e o controle operacional preocupa-se em garantir que as tarefas estão sendo realizadas com eficiência.

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Como você pode imaginar, a complexidade da função controle vai aumentando de acordo com o tamanho da empresa. Quando uma empresa é ainda pequena a função é desempenhada pelo próprio dono, não exigindo sistemas sofisticados para o controle de suas operações, diferentemente do que acontece nas grandes organizações, o controle deve ser constante e em todos os níveis.

No decorrer do exercício da função de controle, os gestores podem se deparar com algumas “armadilhas” e devem estar sempre atentos a estes potenciais obstáculos. Por exemplo, quando um gerente precisa cumprir a suas metas de produção semanal, ele pode pensar em aumentar o ritmo do trabalho para que a meta seja alcançada.

Aparentemente ele estaria tomando a decisão correta para atingir os objetivos de curto prazo, no entanto, ele teria problemas no longo prazo, pois ao forçar demasiadamente o ritmo de trabalho das máquinas, futuramente elas apresentariam problemas e, futuramente, prejudicariam o alcance das metas.

Como você acha que os funcionários se sentem quanto percebem que estão sendo controlados? Um outro ponto a ser considerado é o moral dos funcionários, que podem se sentir pressionados a realizarem as suas tarefas, não se sentido o suficiente livres para que façam um bom trabalho e também podem até imaginar que o controle é meio de forçá- los a trabalhar mais para aumentar a produção.

Os gestores devem ter a visão da empresa como um todo, embora o controle ocorra em aspectos específicos da organização, o gestor ao elaborar ações corretivas deve levar em conta não somente aquela atividade específica, mas a relação existente com os outros departamentos que também estão envolvidos no processo.

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SAIBA MAIS

Certo (2003) apresenta alguns fatores que podem colaborar para que o controle seja bem sucedido: focar nas atividades especificas, lembrando que as medidas e padrões desempenho são diferentes em cada atividade;

o gestor deve estar ciente de que o controle pode ser utilizado nas diversas realidades da vida da empresa; as ações corretivas devem ser oportunas, mesmo que leve algum tempo até que os gerentes coletem informações e elaborem os relatórios necessários, a ação corretiva deve ser executada no momento correto, evitando que a situação que foi identificada pela coleta de informações não tenha se modificado e por fim, todas as pessoas envolvidas devem conhecer todo o funcionamento do processo de controle.

Instrumentos para controle operacional

Vale a pena você conhecer algumas ferramentas para controle de operações. Em outras partes do nosso curso você vai conhecer e aprofundar no estudo sobre o controle financeiro.

Você se lembra que na empresa acontece um processo de entrada (inputs), transformação e saída (outputs), e neste contexto, a empresa utiliza os diferentes recursos (materiais, humanos, tecnológicos), que uma vez processados. Na Figura 3 você pode visualizar melhor este processo.

Figura 3 – Sistema empresa

Entrada Processo de

transformação

Saída Matéria-prima,

recursos, humanos, recursos financeiros e

máquinas

Produtos e serviços

Fonte: Elaborada pelo autor (2020).

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Todas as vezes que uma empresa tomar a decisão de elaborar um plano operacional, ela deve considerar a alocação dos recursos.

Neste planejamento a empresa também decide qual será a estratégia funcional das operações, utilizando os planos de ação da área financeira de marketing, a partir disto, são especificadas as tarefas que serão executadas para se atingir os objetivos, isto é, o controle operacional. Ele garante que todas as atividades operacionais estão realizadas conforme aquilo que foi planejado.

ACESSE

Através deste vídeo você conhecer o processo de planejamento o operacional e a importância da padronização de rotinas e procedimentos, tudo isto de um modo didático e agradável. Disponível em: http://bit.ly/2TMXFfl. Acesso em: 21 jan. 2020.

Continuando...Como você pode perceber para que todo este processo aconteça conforme o planejado é necessário o controle. Então, agora você vai conhecer algumas destas atividades que auxiliam o gestor nesta tarefa.

O primeiro item deste que será apresentado é o controle de estoque, e para esta finalidade vamos considerar o just-in-time(JIT). Esta abordagem foi desenvolvida pela Toyota e tem como o objetivo a redução de estoques a uma quantidade mínima, de modo que os componentes necessários para produção sejam entregues no momento em que serão utilizados.

De acordo com Certo (2003), os programas just-in-time bem- sucedidos apresentam algumas características: contemplam maior proximidade com os fornecedores e qualidade nos produtos que foram adquiridos; boa organização no recebimento e manuseio dos produtos comprados dos fornecedores e comprometimento da administração com a filosofia do JIT.

ACESSE

Neste vídeo você vai conhecer um pouco mais sobre a filosofia/conceito do just-in-timee as suas características.

Disponível em: http://bit.ly/2RAva1H. Acesso em: 21 jan. 2020.

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Um outro elemento do controle da operacional é o controle de manutenção, cabendo aos gestores desenvolver estratégias que tenham por objetivo manter o funcionamento de máquinas e equipamentos, conforme o que foi previamente programado.

Para isto, deve-se desenvolver políticas de manutenção preventiva (onde são realizadas as devidas manutenções dos equipamentos, antes que apresentem problemas) e políticas de manutenção corretiva, e para que estes procedimentos sejam realizados com êxito, deve-se verificar a disponibilidade dos responsáveis pela manutenção, bem como os materiais e equipamentos para eventuais substituições.

Outros componentes do controle operacional são: o controle de custo e o controle orçamentário, estes dois procedimentos você verá com maiores detalhes ao tratarmos da controladoria financeira.

Você conhece o gerenciamento da qualidade total? Os defensores da qualidade total defendem a ideia de que as empresas devem tem como metas de qualidade os produtos com zero defeito e a consciência de que o trabalho deve ser feito corretamente na primeira vez em que for executado, evitando o retrabalho.

SAIBA MAIS

Quer aprofundar seus conhecimentos sobre esta ferramenta? Leia este artigo, onde os autores realizaram uma pesquisa de revisão da literatura sobre a Gestão da Qualidade Total nas pequenas e médias empresas. O artigo é interessante porque apresenta conceitos e ferramentas utilizadas. Disponível em: http://bit.ly/2ugjTvJ. Acesso em:

21 jan. 2020.

Outro fator importante neste processo de controle de operações é o controle de materiais, que tem como objetivo determinar o fluxo de materiais desde os vendedores, passando pelas operações até chegar ao consumidor final. O controle de materiais pode ser organizado em seis procedimentos, conforme você pode verificar na Figura 4.

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Figura 4 – Atividades da gerência de materiais.

Fonte: Adaptado de Certo (2003)

E então, está animado para conhecer outras ferramentas que são utilizadas pelos gestores para controle operacional?

Para realizar a sua função de controle os gestores podem fazer uso da inspeção da administração por exceção. Esta técnica de controle supõe que sejam apresentados aos gestores apenas os desvios entre o real e o planejado, assim todos os funcionários devem estar preparados para resolver os problemas que forem detectados e os gerentes possam lidar com outros problemas não rotineiros.

O gestor pode considerar a gestão por objetivo, onde são estipulados diversos objetivos e planos de ação e cria-se um sistema de recompensas para aqueles funcionários que se aproximarem da meta.

SAIBA MAIS

Quer conhecer mais sobre a gestão por objetivos? Neste manual são apresentados conceito e procedimentos para implementação e avaliação da gestão por objetivos. É um livro elaborado por uma instituição portuguesa, escrito em uma linguagem fácil e didática. Boa leitura! Leia através do link: http://bit.ly/38sWNAQ. Acesso em: 21 jan. 2020.

Outra ferramenta interessante é a análise do ponto de equilíbrio.

Esta ferramenta fornece aos gestores informações sobre lucros ou perdas relacionados a diferentes níveis de produção e, a partir dessas

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informações é possível tomar decisões referentes aos custos fixos, custos variáveis e custos totais, bem como aspectos relacionados à receita total, lucro, perda e ponto de equilíbrio.

Existem ainda outras ferramentas: a árvore de decisões (técnica que utiliza estatística através de um modelo que apresenta a sequência e interdependência das diferentes decisões), o controle de processo (técnica que ajuda a monitorar o processo de produção e pode ser implementado através de gráficos de controle); a análise de valor (técnica de controle e redução de custos que envolve a participação de toda a equipe, inclusive com a participação de membros de outros departamentos).

ACESSE

Está interessando em aprender como elaborar uma árvore de decisão. Assista o vídeo e entenda como utilizar esta ferramenta. Disponível em: http://bit.ly/36h1ITI. Acesso em:

21 jan. 2020.

Outra ferramenta é produção integrada por computador (CIM), os quais fazem parte os componentes: é o projeto assistido por computador (CAD) que incluem várias técnicas de design computadorizado; a produção assistida por computador (CAM) utiliza sistemas de computador no planejamento, programação de equipamentos utilizados no processo produtivo e também na inspeção dos itens que foram fabricados; as máquinas de controle numérico, que são máquinas utilizadas como ferramentas; sistemas automatizados de manuseio de materiais e sistemas flexíveis de produção, que são postos de trabalho controlados por computador.

Então, gostou de conhecer as diversas ferramentas utilizadas para o controle das operações? Você percebeu que diversos sistemas de gestão computadorizados são utilizados para a execução do controle, quais seriam as implicações da utilização dessas novas tecnologias no controle gerencial?

Com a utilização desses sistemas, principalmente pelas grandes empresas, as atividades de produção que antes necessitavam de controle gerencial, foram transformadas em controle de tarefas. Desta maneira,

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os gestores não precisam supervisionar os funcionários como faziam anteriormente, mas se preocupam somente com situações excepcionais.

Esses sistemas trouxeram outros benefícios, melhorando a qualidade das informações e com menores custos, além de disponibilizarem as informações com maior rapidez. A produção integrada por computador favoreceu o aperfeiçoamento de grupos de trabalho.

RESUMINDO

Chegamos ao final de mais um capítulo e vamos agora resumir tudo o que você aprendeu. Realmente foi muito conteúdo! Você, primeiramente, aprendeu que o planejamento é uma função básica, sendo de grande importância para todas as empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes, a fim de que consigam alcançar os seus objetivos.

O planejamento vai funcionar como um mapa a ser seguido e para o seu desenvolvimento devem ser seguidas diversas etapas e, quanto bem elaborado, pode trazer grandes benefícios para as empresas e pode ser considerado em três níveis: estratégico, tático e operacional.

Outro assunto que foi tratado foi o controle. Você aprendeu que ele está intimamente ligado ao planejamento e todos os gestores têm o desafio de desenvolver esta habilidade. O controle tem a função de verificar se aquilo que está sendo executado está em conformidade com o planejado, caso contrário, deve-se aplicar ações corretivas.

Você aprendeu, também, sobre as diferentes ferramentas para controle de operações e em tempos de grande desenvolvimento tecnológico, sistemas computadorizados de gerenciamento são utilizados com grande eficácia no processo de controle, como: projetos assistidos por computador, produção assistida por computador, máquinas de controle numérico, sistemas automatizados de manuseio e de produção flexível.

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Planejamento estratégico

OBJETIVO

O planejamento estratégico é um assunto de extrema relevância, pois todas as empresas devem elaborar as suas estratégias de longo prazo. Estes planos estratégicos envolvem toda a organização e os demais planos deverão estar em conformidade com estas estratégias. Ao terminar este estudo, você será capaz de compreender o desenvolvimento e aplicação do planejamento estratégico e financeiro de longo prazo. Você está disposto a dar mais este passo rumo ao conhecimento?

Compreendendo o planejamento estratégico

Vamos iniciar entendo o conceito de planejamento estratégico.

De uma maneira simplista pode se dizer que planejamento estratégico é o planejamento do futuro, elaborado pela alta administração de uma empresa, pelos executivos.

Quando estes executivos se reúnem para pensarem neste planejamento do futuro, eles podem chegar a um consenso informal sobre o rumo que a empresa vai seguir ou podem desenvolver uma estrutura formalizada com planos muito bem definidos, que são denominados planos estratégicos, e o processo de elaboração e revisão desses planos é o planejamento estratégico. Lembrando que este tipo de planejamento é de longo prazo.

SAIBA MAIS

A palavra “estratégico” é usada nas duas expressões e pode causar confusão. A criação de uma estratégia diz respeito ao processo através do qual se decide desenvolver uma estratégia, já o planejamento estratégico é o processo onde toma-se a decisão de implementar uma estratégia, decidindo programas que serão adotados pela empresa e a quantidade de recursos necessária para cada um desses programas (ANTHONY; GOVINDARAJAN, 2001).

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Para garantir que uma empresa tenha uma estratégia adequada e consiga obter vantagens desta estratégia é importante que se crie um processo de gerenciamento da estratégia. Então, você está conseguindo acompanhar o raciocínio? Antes de desenvolver um planejamento estratégico, a organização precisa definir qual será a estratégia e para a definição da estratégia é preciso seguir um processo sistemático, seguindo algumas etapas, algumas delas você já conhece bem.

No processo de gerenciamento da estratégia as organizações devem, inicialmente, realizar a análise do ambiente e, como você já aprendeu, nesta análise envolve-se todos aqueles fatores que podem impactar os resultados e até mesmo a sobrevivência da empresa. Após realizada esta análise, é necessário que se estabeleça uma um caminho que será seguido pela empresa e para definir esta direção, dois fatores devem ser considerados: a missão e os objetivos organizacionais.

Depois de realizadas estas etapas, as estratégias são definidas e implementadas, e a partir do estágio de implementação das estratégias, inicia-se o processo de controle estratégico.

ACESSE

Você quer conhecer um pouco mais sobre estratégia? Quer saber a origem da estratégia? Acesse este vídeo e assista esta entrevista, é um vídeo de poucos minutos, mas com informações interessantes sobre o conceito de estratégia nas organizações. Disponível em: http://bit.ly/2unO188.

Acesso em: 21 jan. 2020.

O desenvolvimento da estratégia da empresa provém primeiramente dos objetivos organizacionais que foram desenvolvidos a partir das metas que estão relacionadas com a missão da empresa, ele deve trazer em seu escopo todos os objetivos específicos de cada departamento. Observe a Figura 5 e você vai compreender melhor como acontece este processo.

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Figura 5 – Objetivos estratégicos e departamentais Missão da

Empresa Metas Objetivos da

Empresa Estratégias da

Empresa Objetivos Funcionais

Objetivos Operacionais

Objetivos de Marketing

Objetivos Financeiros

Objetivos Pessoais Estratégias

Operacionais

Estratégias de Marketing

Estratégias Financeiras

Estratégias Pessoais

Fonte: Padoveze (2009, p. 100).

Então, como você já estudou, o planejamento estratégico é realizado após a decisão de se implementar a estratégia. Ele é desenvolvido pela alta administração da empresa em conjunto com executivos das outras unidades ou outros centros de importância para a organização.

Mas qual o propósito de todas essas atividades? O propósito é simplesmente o de aperfeiçoar o processo de comunicação entre todos os executivos, por meio da execução de diversas atividades, através dos quais seja possível chegar a um conjunto de objetivos e planos que sejam aceitos por todos.

Em algumas empresas, o departamento de controladoria é o responsável pelo plano estratégico, em outras, esta função é executada por um grupo específico. No entanto, para a realização de um plano estratégico são necessárias algumas características, ele exige capacidade de análise e visão ampla, características que talvez não estejam presentes em grupos como os de controladoria ou grupos de planejamento.

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ACESSE

Você está achando o tema interessante? Então acesse o link e aprenda mais sobre o planejamento estratégico.

Nesta palestra o administrador Leonardo Faletti apresenta de modo simples e prático dos procedimentos para o desenvolvimento de um planejamento estratégico. Vale pena assistir! Disponível em: http://bit.ly/2RdzhSj. Acesso em: 21 jan. 2020.

Você sabe quais as vantagens e as limitações de um planejamento estratégico? A primeira vantagem do planejamento é que ele oferece a base para a elaboração do orçamento anual. Ao elaborar um orçamento onde serão alocados recursos para o próximo ano, é essencial que se conheça a direção que a empresa seguirá nos vários anos subsequentes.

Outra vantagem do plano estratégico, é que ele contribui para o aperfeiçoamento e treinamento dos executivos, no sentido de que impulsiona os executivos a pensarem em estratégias e também como elas devem ser implementadas, contribuindo para que eles desenvolvam um pensamento de longo prazo e estejam sempre alinhados com as estratégias da empresa.

O planejamento estratégico traz à tona as consequências da programação de decisões de programas de curto prazo, ou seja, ele pode revelar que o lucro previsto de projetos individuais pode não contribuir com o lucro de toda a organização.Você viu até agora as vantagens do planejamento estratégico, mas ele também possui algumas limitações.

REFLITA

“O planejamento estratégico é um processo que prepara a empresa para o que está por vir” (PADOVEZE, 2009, p. 99)

Anthony e Govindarajan (2001) argumentam que o planejamento estratégico possui basicamente três limitações: pode-se correr o risco de que ele possa se transformar em uma atividade burocrática, afastando-se do pensamento estratégico; a empresa pode criar um

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problema ao promover a criação de um grade departamento de planejamento estratégico, delegando aos membros deste departamento a responsabilidade de preparar o plano estratégico, sendo que a estas pessoas cabe somente a tarefa de auxiliar no processo de planejamento, é preciso reconhecer que ele consome tempo e é oneroso para as empresas.

Você já aprendeu que o plano estratégico é uma visão específica do futuro da empresa. Sendo assim, este plano deve conter várias descrições:

ele descreve como será o setor de atuação da empresa; deve demonstrar quais serão os futuros mercados em que ela irá competir e quais são os seus competidores.

O plano deve deixar claro quais produtos e serviços serão oferecidos pela empresa e quais as características dos clientes, e também qual o valor que será oferecido aos clientes através dos produtos; quais serão as vantagens no longo prazo; qual deverá ser o porte e a rentabilidade da empresa no futuro e quanto será agregado de valor aos acionistas.

O processo de planejamento estratégico deve, também, seguir algumas etapas. Quer conhecer estas etapas? Então vamos continuar...

Na Figura 6 são apresentados os passos que dever executados para a elaboração do planejamento.

Figura 6 – Processo de elaboração do planejamento estratégico

Fonte: Adaptado de Anthony e Govidarajan (2001)

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EXPLICANDO MELHOR

Você viu através do modelo apresentado na Figura 6, que o desenvolvimento do planejamento estratégico implica o levantamento de hipóteses e parâmetros. As hipóteses referem-se aos eventos que devem ser considerados, devido à sua relevância e seu impacto no cenário em que a empresa está inserida e por conseguinte, na própria empresa, por exemplo: o crescimento do produto interno bruto (PIB); o preço das matérias-primas; condições de mercado; comportamento dos concorrentes e legislação.

Os parâmetros referem-se a hipótese de aumento de salário, novas linhas de produtos ou linhas que foram extintas e ainda o preço de venda dos produtos (ANTHONY;

GOVIDARAJAN, 2001).

A implementação do planejamento estratégico exige algumas habilidades essenciais para que obtenha sucesso. Neste processo, é importante a interação entre as pessoas e, nesta função, os gestores desempenham um papel de suma importância, são eles que conhecem as dificuldades e compreendem os outros membros da empresas, e por isso são capazes de encontrar a melhor forma para negociarem a maneira mais adequada de colocar a estratégia em prática, neste sentido, podem ser os melhores implementadores do planejamento estratégico.

Este processo também exige a capacidade de alocar os recursos necessários para a implementação do planejamento. Esta habilidade é uma característica de destaque dos implementadores bem-sucedidos, eles são capazes de programar tarefas com muita competência, além de possuírem grande aptidão para a elaboração de orçamentos e de distribuírem outros recursos essenciais para a execução do planejamento.

Outro elemento importante é a capacidade de monitoramento. Este fator é realmente de grande relevância, pois é através do monitoramento constante que os gestores recebem um feedback contínuo de como está o andamento da implementação das estratégias. Para esta finalidade, eles desenvolvem sistemas de realimentação e utilizam estas informações na identificação de determinados problemas e determinam se são esses problemas que estão causando algum tipo de bloqueio na implementação da estratégia.

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Durante a implementação da estratégia é essencial, também, que se organize uma rede trabalho, reunindo pessoas que auxiliem na resolução de problemas conforme eles vão surgindo. Veja, se você quiser ser um bom implementador de estratégias, você precisa possuir estas competências: de interação; de alocação de recursos; de monitoramento e de organizar.

ACESSE

Você sabia que o planejamento estratégico também pode ser aplicado nas pequenas empresas? Neste artigo disponibilizado na página eletrônica do SEBRAE, você vai conhecer alguns aspectos do planejamento para as empresas de pequeno porte. Leia o artigo e aprenda um pouco mais sobre a aplicabilidade do planejamento estratégico. Disponível em: http://bit.ly/2TIFwiM. Acesso em: 21 jan. 2020.

Até agora você aprendeu sobre o planejamento estratégico de um modo geral. No próximo tópico, você irá conhecer sobre um tipo específico de planejamento, o planejamento financeiro de longo prazo.

Planejamento financeiro de longo prazo

Como você pode entender a partir do que foi estudado até aqui, o planejamento estratégico é um planejamento de longo prazo. No entanto, as empresas podem desenvolver planos específicos de longo prazo, como é o caso do planejamento financeiro.

Não se esqueça daquelas etapas que você aprendeu para a realização do planejamento estratégico, elas valem também para o planejamento financeiro. Para este tipo de planejamento, faz-se necessárias diversas análises que serão de grande auxilio ao gestor na implementação do planejamento.

Quando um empreendedor decide investir o seu capital na criação de uma empresa ou quando os investidores tomam a decisão de investimento em determinada empresa, eles estão buscando por um retorno para o capital investido, sendo assim, é necessário que a empresa tenha lucratividade.

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De acordo com Figueiredo e Caggiano (2008), as empresas quando formulam seus objetivos, devem estar atentas às diversas áreas de atividades da empresa, no entanto, a lucratividade merece a principal atenção, pois somente quando uma empresa é lucrativa é que ela consegue atingir os objetivos de outras áreas. Para uma empresa assegurar a sua sobrevivência a longo prazo, é necessário que ela atinja as suas metas de lucro.

Portanto, o principal objetivo da empresa é a geração de lucro, e para que este objetivo seja alcançado os gestores devem se preocupar a administração eficiente dos ativos, tendo em vista a geração de caixa e, para o gerenciamento destes resultados, o gestor pode fazer uso do fluxo de caixa.

SAIBA MAIS

Você sabia que existe diferença entre lucro e lucratividade?

Lucro significa o resultado da empresa após a dedução de todos os custos e despesas. A lucratividade é a relação entre o lucro e o valor das vendas. Saiba mais no site do SEBRAE: http://bit.ly/2tBzWUE. Acesso em: 21 jan. 2020.

O sucesso de uma empresa é medido pela sua capacidade de gerar fluxos de caixa. Pode-se dizer que o fluxo de caixa é um resumo de todos os eventos relevantes e que tem como base as informações contábeis, as informações contidas no fluxo de caixa são de grande interesse dos gestores e investidores.

No planejamento de longo prazo é de extrema importância para que as organizações estabeleçam o nível de lucro, mas para que o padrão de lucro tenha significado é essencial que a empresa tenha um parâmetro como medida, neste caso, um recurso é utilizar um índice de retorno sobre o capital empregado (ROCE), que é encontrado utilizando-se a seguinte forma:

ROCE = LLP/AP Onde:

LLP = Lucro Líquido Projetado

AP = Ativos Planejados

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O nível de lucro de uma empresa depende basicamente do uso eficiente de seus ativos, sejam eles humanos ou materiais e a lucratividade depende fundamentalmente da capacidade da empresa de manter, ampliar e desenvolver uma estrutura de sucesso para os seus ativos.

SAIBA MAIS

O objetivo do fluxo de caixa é apurar e projetar o saldo disponível com a finalidade de que exista sempre o capital de giro. O fluxo de caixa pode trazer benefícios à empresa no sentido de antecipar decisões importantes, como: redução de despesas sem comprometer o lucro; planejamento de investimentos e de empréstimos e negociações de prazos com fornecedores. Saiba mais sobre esta importante ferramenta na página eletrônica do Sebrae. Disponível em:

http://bit.ly/3avMbCY. Acesso em: 21 jan. 2020.

Você está percebendo que o lucro da empresa depende essencialmente da habilidade dos gestores em gerenciarem os ativos das organizações. O gerenciamento dos ativos envolve decisões, investimentos e financiamentos, dentre estes, dois tipos de decisões: as de investimentos, são as que merecem maior atenção e devem ser planejadas adequadamente, pois são elas o principal fator de impacto na lucratividade nos negócios, pois envolvem o comprometimento de recursos da empresa.

Essas decisões de investimentos são decisões estratégicas, consideradas dentro de um período de longo prazo. São decisões de extrema importância, pois envolvem a aplicação de um montante considerável de recursos financeiros por um longo período de tempo, por este motivo a incerteza também é grande.

Outro fator é que uma vez que estas decisões foram tomadas, é praticamente impossível revertê-las se porventura verificar que foram tomadas equivocadamente, além disso, este tipo de decisão tem grande impacto sobre a lucratividade. Importante ressaltar que a política de investimentos da empresa é fundamental não somente para empresa, mas para o setor e para a economia.

ACESSE

Através deste artigo você vai entender a aplicabilidade prática da análise de investimentos em uma empresa do setor de alimentos. Leia o artigo e aumente seus conhecimentos.

Disponível em: http://bit.ly/38tV0v0. Acesso em: 21 jan. 2020.

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Caro aluno, para que um gestor tome a decisão sobre os investimentos ele deve realizar diversas análises através de diversas ferramentas, a partir das quais será escolhido aquele investimento que oferecer o melhor retorno e o menor risco. A possibilidade de investimentos deve ser avaliada considerando o conceito de fluxo de caixa e a decisão deve ser tomada a partir do conceito do dinheiro no tempo, o retorno e risco esperados e os métodos que comumente são utilizados para realizar estas avaliações são o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR).

No ambiente empresarial, os investimentos podem se caracterizar por meio de diferentes ações. Uma empresa pode realizar um investimento através da aquisição de outra empresa ou pode optar por realizar o investimento em uma nova empresa, outro tipo é quando a empresa investe em uma nova unidade de negócio ou em um novo produto, ou ainda, quando o investimento é realizado em ativos específicos.

Como já foi evidenciado, uma das características da análise dos investimentos é a avaliação do risco. Para Padoveze (2009, p.135), o objetivo da gestão do risco é justamente “manter um processo sustentável de criação de valor para os acionistas”, então todas as organizações devem “criar uma arquitetura informacional para monitorar a exposição da empresa ao risco”.

DEFINIÇÃO

O risco pode ser conceituado como todos os eventos incertos que de uma certa maneira podem impactar o alcance dos objetivos estratégicos, operacionais e financeiros das organizações. Para o conceito de riscos podem ser utilizadas diferentes perspectivas, os riscos podem ser visto como: uma oportunidade, quanto maior o risco maior a probabilidade de retorno; como um perigo ou ameaça, estão relacionados a eventos negativos (perdas financeiras, roubos, fraudes entre outros) e podem , ainda, ser vistos como incerteza, onde todos os resultados possíveis sejam eles positivos ou negativos, são considerados (PADOVEZE, 2009).

Caro aluno, um gestor ao executar o gerenciamento do risco, deve considerar o ambiente interno e o ambiente externo. Internamente, a gestão do risco vê o risco na perspectiva da performance, e do ponto de vista externo, a gestão do risco está relacionada com a perspectiva do desempenho organizacional.

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RESUMINDO

Terminamos mais um capítulo. Você entendeu todo o conteúdo? Para garantir que você compreenda todo o assunto apresentado, vamos recapitular os principais tópicos. Primeiramente, você compreendeu sobre o planejamento estratégico, seu conceito e aplicabilidades.

Você aprendeu que para a elaboração de um planejamento estratégico, deve-se seguir um processo sistemático para que ele seja bem estruturado e garanta o sucesso. Para a realização de todo estes procedimentos, foi preciso entender o conceito de criação de estratégia e plano estratégico, onde a criação da estratégia diz respeito ao desenvolvimento da estratégia e o planejamento está relacionado à implementação da estratégia, decidindo programas e alocação de recursos.

O planejamento estratégico está relacionado ao futuro da empresa e possui vantagens e limitações e para a sua implementação, sendo necessário que o seu implementador possua algumas habilidades essenciais, como a capacidade de iteração, de alocação de recursos, de monitoramento e de organização.

Neste capítulo, você aprendeu também alguns conceitos básicos sobre o planejamento financeiro. O principal objetivo da empresa é a obtenção de lucro e por este motivo os gestores devem ter a preocupação de realizarem um gerenciamento eficiente dos ativos focando na geração de caixa. Nesta realidade de gerenciamento de ativos, você conheceu a dimensão da decisão de investimentos, senda esta uma decisão com resultados de longo prazo.

E para finalizar, foram apresentadas algumas considerações sobre a gestão de risco, devido à sua relevância para as decisões organizacionais.

Nos encontramos no próximo capítulo.

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Metodologias para decisão de

investimento e controle de desempenho

OBJETIVO

O objetivo desta última unidade é desenvolver as competências necessárias para a tomada de decisões financeiras de longo prazo e de controle de desempenho, através do Balanced Scorecard. Está disposto a percorrer mais este caminho rumo ao conhecimento? Então, vamos em frente!

Métodos para a avaliação de investimentos

Caro aluno, como você já aprendeu, a decisão de investimentos compreende a realização de diversas análises e, nestas análises, deve-se levar em consideração algumas variáveis. E quais são estas variáveis? No processo de avaliação de investimentos, deve-se considerar o valor que será investido ou o valor que está investido atualmente, os fluxos de caixa futuros, a quantidade de tempo de ocorrência desses fluxos e o custo do dinheiro no tempo.

Um investimento é realizado com a intenção de que se obtenha um resultado que supere o valor investido e também compense o risco de deixar neste investimento. Este resultado é a rentabilidade do investimento e pode ser considerada o prêmio por investir.

SAIBA MAIS

Você sabe o que significa custo de oportunidade? Imagine que você queira investir o seu dinheiro e você começa avaliar as diversas possibilidades de investimento. Ao optar por um tipo de investimento, você deixará de obter as rentabilidades de outros, neste sentido, você percebe que o parâmetro utilizado para a sua escolha é a rentabilidade, portanto o custo de oportunidade é o benefício que você perdeu devido a uma determina escolha.

Referências

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