Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde
Oficina 1
Redes de Atenção à Saúde
Guia do Tutor/Facilitador
Belo Horizonte, 2008.
Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais Av. Augusto de Lima, 2.061 - Barro Preto - BH - MG CEP: 30190-002 - www.esp.mg.gov.br
Rubensmidt Ramos Riani
Diretor Geral da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais
Tammy Angelina Claret Monteiro Superintendente de Educação da ESP-MG Onofre Ricardo de Almeida Marques Superintendente de Pesquisa ESP-MG Adilson Meireles Pacheco
Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças ESP-MG
Geraldo Ernesto Fisher
Coordenador de Educação Profissional - SEDU/ESP-MG Patricia Falcão
Coordenadora de Educação Superior - SEDU/ESP-MG Michael Andrade Molinari
Coordenador de Educação Continuada - SEDU/ESP-MG Patrícia da Conceição Parreiras
Coordenadora do Núcleo de Gestão Pedagógica SEDU/ESP-MG
Thiago Augusto Campos Horta
Coordenador do Núcleo de Planejamento em Educação para Saúde - SEDU/ESP-MG Revisão Técnico-Pedagógica:
Agda Soares Martins Cláudia Tavares do Amaral Conceição Aparecida Gonçalves Patrícia da Conceição Parreiras Thiago Augusto Campos Horta Wagner Fulgêncio Elias
Editora Responsável: Adriana Santos Capa: Fred Lima
Diagramação e Impressão: Gráfica Expressa
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
Rua Sapucaí, 429 – CEP: 30150-050 – Belo Horizonte-MG www.saude.mg.gov.br
Elaboração do Plano Diretor da Atenção Primária à saúde Eugênio Vilaça Mendes
Consultor da Secretaria de Estado de Saúde Maria Emi Shimazaki
Consultora Técnica
Marco Antônio Bragança de Matos Superintendente de Atenção à Saúde Denise Figueiredo Medrado
Técnica da Gerência de Atenção Primária à Saúde Fernando Antônio Gomes Leles
Empreendedor Público
Gerente Adjunto do Projeto Estruturador Saúde em Casa Ignez Helena Oliva Perpétuo
Profa. Associada UFMG - CEDEPLAR Departamento de Demografia Laura Lídia Rodrigues Wong Profa. Associada UFMG - CEDEPLAR Departamento de Demografia Luciana Maria de Moraes
Técnica da Assessoria de Normalização Maria Rizoneide Negreiros de Araújo Gerente de Atenção Primária à Saúde Marli Nacif de Sousa
Técnica da Gerência de Atenção Primária à Saúde Wagner Fulgêncio Elias
Técnico da Assessoria de Normalização
I34 IMPLANTAÇÃO do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde: Redes de Atenção à Saúde/
Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais - Belo Horizonte: ESPMG, 2008.
Conteúdo: Oficina I - Redes de Atenção à Saúde Guia do Participante
1.Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde - Implantação 2.Redes de Atenção à Saúde 3.Atenção Primária à Saúde I. Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais
WA 540
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AGRADECIMENTOS
À Secretaria Municipal de Itabira e a todos os profissionais da Atenção Primária desse município pela colaboração na validação deste Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde, por meio do piloto realizado nas Unidades de Saúde do Programa de Saúde da Família.
Às Secretarias Municipais de todos os municípios das microrregiões de
Montes Claros - Bocaiúva e Janaúba - Monte Azul e do município de Uberlândia,
bem como aos profissionais da Atenção Primária desses municípios, onde foi
realizada a primeira fase de implantação do Plano Diretor da Atenção Primária
à Saúde.
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APRESENTAÇÃO
Os projetos prioritários que estão sendo implantados em todo o estado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais tem um grande objetivo, estabelecido no modelo de gestão estratégica do Governo, o “Estado para Resultados”: a vida saudável para toda a população mineira, como um benefício direto e claramente perceptível.
Estes projetos se articulam entre si para possibilitar o desenvolvimento da estratégia maior, a construção de redes de atenção à saúde nos territórios sanitários, capaz de identificar a necessidade de saúde da população adscrita e de prestar uma assistência contínua e integral.
Assim, os projetos Saúde em Casa, Pro-Hosp, SUS Fácil, Transporte em Saúde, Farmácia de Minas e Gestão Regional do SUS, entre outros, estão fortalecendo a malha de pontos de atenção e implantando sistemas de apoio, logísticos e de governança para as redes prioritárias Viva Vida, Urgência e Emergência, HiperDia e Mais Vida, que representam uma resposta consistente e de qualidade para a mulher e criança, para o cidadão em situação de urgência, para o usuário com doenças cardiovasculares e diabetes e para o idoso, respectivamente.
Além disso, um amplo projeto de inovação tecnológica dará qualidade e agilidade na assistência: o Prontuário Eletrônico de Saúde da Família, o Sistema Informatizado de Acolhimento e Classificação de Risco em Urgência e Emergência, o Call Center e a Telemedicina.
O Saúde em Casa pode ser considerado âncora deste conjunto de projetos, por seu objetivo primordial de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde. Através dele, já foi ultrapassada a marca de 3.500 equipes de PSF, construídas quase 800 unidades básicas de saúde, distribuídos cerca de 860 veículos para transporte das equipes de saúde e mensalmente repassado um incentivo financeiro para as equipes de todos os municípios, melhorando a estrutura e as condições de trabalho.
Agora, com o Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde, quer-se agregar qualidade às ações de saúde que beneficiam a população. Trata-se de um conjunto de dez oficinas de capacitação dos profissionais das equipes de saúde, com implantação de linhas-guias de atenção à saúde e de instrumentos de diagnóstico da situação de saúde, programação e monitoramento de ações, além de outros instrumentos de gestão.
Será implantado através de uma cooperação técnico-educacional entre a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) e a Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES -, a Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF - e Universidade Federal de Uberlândia – UFU -, alcançando nesta primeira etapa 484 municípios de nove macrorregiões do Estado.
É um projeto inovador e audacioso, com o qual queremos cumprir o nosso compromisso de proporcionar uma vida saudável a cada um dos mineiros.
Marcus Vinícius Caetano Pestana da Silva
Secretário de Estado de Saúde e Gestor do SUS de Minas Gerais
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SUMÁRIO
PARTE 1: Plano Diretor da Atenção primária à Saúde...9
INTRODUÇÃO ...11
1. A ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DO SAÚDE EM CASA: O PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE... 13
1.1. A SITUAÇÃO DE SAÚDE EM MINAS GERAIS... 13
1.2. A SITUAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM MINAS GERAIS.... 13
1.3. O PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM MINAS GERAIS... 15
2. A OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – FASE II ... 17
2.1. OBJETIVO GERAL... 17
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 18
2.3. ESTRATÉGIAS... 18
2.3.1. A parceria com Universidades... 18
2.3.2. O papel das Gerências Regionais de Saúde - GRS... 19
2.3.3. Os Facilitadores das oficinas de implantação PD/APS... 21
2.3.4. Os Participantes das oficinas de implantação do PD/APS... 22
2.3.5. A Comissão Coordenadora Microrregional do PD/APS... 22
2.3.6. As oficinas:... 23
2.3.7. A institucionalização do PD/APS... 28
2.3.8. A Metodologia Pedagógica utilizada para as Oficinas de implantação do PD/APS... 29
2.3.8.1. O Currículo Integrado como Caminho Metodológico... 29
3. ORIENTAÇõES OPERACIONAIS PARA O TUTOR / FACILITADOR... 33
PARTE 2: As Redes de Atenção primária à Saúde...35
1. OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM... 37
2. PLANO DE ESTUDO E PROGRAMAÇÃO... 37
1° Dia ... 41
2° Dia ... 63
Material de Apoio (Slides) ... 117
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Parte 1
Plano Diretor
da Atenção Primária à Saúde
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INTRODUÇÃO
O atual sistema de saúde no nosso estado, salvo exceções, ainda caracteriza-se por um sistema fragmentado de atenção à saúde, voltado para as condições agudas, com Atenção Primária à Saúde de baixa resolubilidade e qualidade.
Tal afirmação pode ser evidenciada pelas longas filas de espera nas unidades básicas de saúde, pronto-atendimentos e pronto-socorros por urgências não respondidas, pouca ênfase no cuidado das condições crônicas e um número significativo de internamentos sensíveis às condições ambulatoriais.
Para o enfrentamento dos problemas de saúde que afligem a população, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais aceitou o desafio de se deslocar para mais próximo dos cidadãos - ou seja, onde as pessoas vivem – e em parceria construir um novo caminho que inicia com um planejamento local – feito com os profissionais nos seus territórios de atuação e responsabilidade dos gestores, nos seus municípios.
O Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde se caracteriza como um esforço conjunto de profissionais, gestores e cidadãos no fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, através do planejamento, organização, operacionalização e monitoramento de ações que visam resultados concretos na melhoria dos indicadores de saúde, na qualidade e na resolubilidade da assistência à saúde.
Como estratégia educacional para a sua implantação, o Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde conta com um conjunto de 10 oficinas que são realizadas nos municípios e microrregiões e tem como público-alvo, profissionais que atuam na Atenção Primária e gestores de saúde.
Não se trata de treinamento tradicional, mas sim de oficinas constituídas de períodos de concentração e de dispersão. Os períodos de concentração são presenciais – para aquisição de conhecimentos e habilidades - e a dispersão – para aplicação prática dos conteúdos assimilados - ocorre no território de responsabilidade da equipe de saúde.
Esta primeira oficina nos dá a visão das funções da Atenção Primária à Saúde - de coordenação, de responsabilização e de resolução dos problemas de saúde – e do seu papel fundamental da mudança de modelo de atenção à saúde:
a organização das redes de atenção à saúde, voltada tanto para as condições agudas e quanto para as crônicas.
A Equipe de Elaboração
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1. A ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DO SAÚDE EM CASA: O PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - PD/APS 1 .
1.1. A SITUAÇÃO DE SAÚDE EM MINAS GERAIS
A análise situacional da saúde em Minas Gerais mostra uma população num processo de envelhecimento muito rápido. Em 2006, 9% da população mineira, 1.800.000 habitantes, era composta por pessoas de mais de 60 anos;
em 2025, esse percentual será de aproximadamente 15%.
Esse incremento acelerado dos idosos tem duas implicações principais: o aumento dos custos do sistema público de saúde e o incremento das doenças crônicas.
Além disso, uma analise epidemiológica, realizada através do estudo da carga das doenças mostra que ela se compõe de: 15% por doenças infecciosas, 10% por causas externas, 9% por condições maternas ou perinatais e 66% por doenças crônicas. Essa situação epidemiológica é definida como de dupla carga das doenças porque, de um lado, persistem as doenças infecciosas e, de outro, há uma forte predominância relativa das condições crônicas que já são responsáveis por 2/3 da carga das doenças no estado.
Uma situação de saúde caracterizada pela dupla carga da doença exige, como resposta conseqüente, a estruturação do sistema de saúde sob a forma de redes de atenção com um centro de comunicação na atenção primária à saúde.
Essa é a razão pela qual o Plano de Governo de Minas Gerais, para o período de 2007 a 2010, coloca, como prioridades, a implantação das redes de atenção às mulheres e às crianças (Viva Vida), de atenção às urgências e emergências, de atenção às doenças do aparelho circulatório e diabetes (Hiperdia) e de atenção aos idosos (Mais Vida).
E como um dos projetos estruturantes, organizador dessas redes temáticas, o Saúde em Casa, cujo objetivo é melhorar a qualidade da atenção primária à saúde no estado.
1.2. A SITUAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM MINAS GERAIS
A política da atenção primária à saúde em Minas Gerais vem sendo implantada através do Programa de Saúde da Família (PSF). Em 2006 o estado tinha 3.470 equipes, o que significa uma cobertura nominal de 61,5% da população mineira. Em termos da população SUS dependente, ou seja, descontados os 25% que têm cobertura por planos privados de saúde, a cobertura sobe para 82,0% dessa população. Ou seja, a batalha da quantidade de PSF está ganha no estado.
O que conta, agora, é dar qualidade a esta quantidade.
Um dos indicadores mais robustos para medir a qualidade da atenção primária à saúde são as condições sensíveis à atenção ambulatorial. Em Minas Gerais, 33% das internações hospitalares do SUS são por essas condições, o que significa um enorme desperdício de recursos, já que elas custam, anualmente, mais de 100 milhões de reais.
1
Eugenio Vilaça Mendes
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O diagnóstico da situação da atenção primária à saúde no estado revela graves problemas.
Um problema de base decorre da representação da atenção primária à saúde, determinada pelo modelo hierárquico do SUS. A concepção vigente de um sistema piramidal com níveis de complexidade que vão da atenção básica à média e alta complexidade, é teoricamente insustentável porque parte de um suposto equivocado: o de que a atenção primária à saúde é menos complexa que as atenções de média e alta complexidades.
As tecnologias mais com- plexas estão na atenção primária à saúde; elas são menos densas e menos custosas, mas são as mais complexas num sistema de saúde.
Essa visão hierárquica, além de con ceitualmente equivocada, deter - mina, no operacional, resultados
desastrosos, expressos na banaliza ção da atenção primária à saúde, aproximando-a de uma aten ção primitiva que pode ser feita com poucos recursos e ofertada, especialmente, a regiões e populações mais pobres.
Um segundo problema reside na forma em que o sistema de saúde é operacionalizado no estado, como um sistema fragmentado, em que cada parte não se comunica adequadamente com as outras e onde a atenção primária à saúde não pode desempenhar seu papel fundamental de coordenar, como centro de comunicação, os fluxos e contra- fluxos das pessoas e das coisas ao longo do contínuo de atenção.
Um terceiro problema, estreitamente articulado com a fragmentação, reside no privilegiamento das condições agudas em relação às condições crônicas. Esse modelo de atenção à saúde, numa situação de dupla carga das doenças, tem resultados muito desfavoráveis porque as condições crônicas, que são responsáveis por 2/3 da carga das doenças, não respondem bem a ele. Por isso, o SUS vem, no País e em nosso estado, perdendo a batalha das doenças crônicas, apesar de gastos crescentes no controle dessas enfermidades. É preciso reverter esse modelo e instituir um outro, voltado para a atenção concomitante às condições
crônicas e agudas, as redes de atenção à saúde. Essas redes de atenção à saúde só serão efetivas se organizadas sob a coordenação da atenção primária à saúde. Essa é a razão pela qual o programa de governo de Minas Gerais, no período 2007/2010, coloca como
prioridades as redes de atenção às mulheres e às crianças (Viva Vida), a rede de atenção às urgências e emergências, a rede de atenção à hipertensão e ao diabetes (Hiperdia) e a rede de atenção aos idosos (Mais Vida). Todas essas redes devem ser coordenadas por uma atenção primária à saúde de qualidade.
Um quarto problema importante era a inexistência de É preciso reverter esse modelo e instituir um outro, voltado para a atenção concomitante às condições crônicas e agudas, as redes de atenção à saúde.
As tecnologias mais complexas estão na atenção primária saúde;
elas são menos densas e
menos custosas, mas são
as mais complexas num
sistema de saúde.
15 diretrizes clínicas com base em evidências. Nesse sentido,
a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais elaborou e publicou as diretrizes clínicas referentes à mulher, criança, adolescente, idosos, hipertensão, diabetes, tuberculose, hanseníase, HIV/Aids, saúde bucal e saúde mental.
Um quinto problema, demonstrado pelo processo de certificação das unidades básicas de saúde, está na precária infra-estrutura física dessas unidades, seja em termos de construção, seja em termos de equipamentos e materiais permanentes.
Um sexto problema localiza-se na fragilidade do sistema de educação permanente. Esse processo se faz de forma fragmentada, com cursos temáticos muito fracionados e sem suporte de boas práticas de educação de adultos.
Há um enorme gasto de tempo dos profissionais e de recursos financeiros, sem uma contra-partida de efetividade educacional.
Por fim, mas não menos importante, há sérios problemas nas relações de trabalho e no emprego dos profissionais expressos na precarização dos vínculos, em altos turnovers, em salários desiguais e que prejudicaram fortemente os municípios mais pobres.
1.3. O PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM MINAS GERAIS
Diante do diagnóstico realizado, a Secretaria de Estado de Saúde elaborou uma resposta orgânica que se materializa num Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde. Ao fazê-lo procurou refletir sobre qual é o papel do governo estadual num campo de responsabilidade inequívoca dos municípios.
E descobriu o nicho de atuação do estado, em conjunto com o Ministério da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde, reforçando o federalismo sanitário brasileiro que se baseia no federalismo cooperativo, e nele vem se inserindo.
Esta proposta foi concebida no raciocínio básico de que os problemas da atenção primária à saúde em Minas Gerais são problemas complexos e que as situações que manifestam problemas complexos – ao contrário do senso comum que busca sempre soluções simples e rápidas -, só podem ser respondidas, com conseqüência, por soluções complexas e sistêmicas.
O Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde é a estratégia de implantação do projeto estruturante do governo do estado, o Saúde em Casa.
Como solução complexa integra um conjunto de mais de três dezenas de soluções tecnológicas desenvolvidas no período de 2003/2007. Seu objetivo-síntese é o de reduzir as internações por condições sensíveis à atenção ambulatorial para 28% em 2010 e para um valor entre 16% a 21%
em 2023, de acordo com os cená rios mais favorável e mais desfavorável.
O Plano Diretor da
Atenção Primária à
Saúde é a estratégia de
implantação do projeto
estruturante do governo
do estado, o Saúde
em Casa.
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O Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde, enquanto estratégia de implantação do projeto Saúde em Casa, será desenvolvido, com base no Manual da Atenção Primária à Saúde, em cada uma das microrregiões sanitárias de Minas Gerais, numa ação coordenada da Secretaria de Estado de Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde. A metodologia de implantação será através de oficinas educacionais, elaboradas com base nos princípios andragógicos da educação de adultos.
Esse processo educacional partirá da formação de agentes multiplicadores e terminará na realização das oficinas em cada uma das 5.009 Unidades Básicas de Saúde do estado.
As intervenções do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde envolvem ações integradas nas diversas áreas em que os problemas se manifestam:
• A normalização da atenção primária à saúde através do Manual da Atenção Primária à Saúde;
• O diagnóstico local da atenção primária à saúde: os processos de territorialização, o cadastramento das famílias por riscos sócio-sanitários e a definição da situação local;
• A organização dos processos de trabalho, o que envolve os processos de humanização e acolhimento dos usuários, a organização da atenção programada por ciclos de vida e com base em riscos e a organização da atenção às urgências por graus de risco;
• A organização da vigilância em saúde através das ações de atenção primária em vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e vigilância ambiental;
• A implantação dos sistemas logísticos como o cartão SUS, o prontuário familiar eletrônico, as relações com o sistema de transporte sanitário e com a central de regulação;
• A implantação do sistema de apoio diagnóstico e terapêutico;
• A implantação do sistema de assistência farmacêutica, tanto nos ciclos logísticos quanto no uso racional dos medicamentos;
• A implantação do programa de qualidade da atenção primária à saúde com o processo de certificação das equipes e com as oficinas de qualidade;
• O incentivo financeiro para custeio das equipes de saúde da família de acordo com os índices de necessidades dos municípios;
• Os investimentos em infra-estrutura física e em equipamentos.
• O fortalecimento do controle social pelos Conselhos Locais de Saúde.
• A implantação da gestão da clínica, através da elaboração e implantação das linhas-guia com a utilização da tecnologia de gestão de patologia - o que implica a programação por riscos, o contrato de gestão, o sistema de monitoramento eletrônico, a educação permanente dos profissionais da atenção primária e de educação em saúde dos usuários – e da tecnologia de auditoria clínica.
• A avaliação do Plano Diretor da APS, através da aplicação
de uma linha de base, da avaliação de processos e resultados
17 e da avaliação das opiniões de profissionais e usuários.
• O Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde será monit orado por um sistema
construído a partir de uma linha de base, através de medições temporárias.
O Saúde em Casa, com sua estratégia do Plano Diretor da Atenção Primária, numa ação cooperativa do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde objetiva dar um choque de qualidade na atenção primária à saúde em Minas Gerais.
2. A OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – FASE II 2
A operacionalização do conjunto de ações integradas do Plano Diretor da APS será realizada em duas grandes etapas. Esta primeira etapa se refere à realização de dez oficinas sobre os seguintes temas: redes de atenção à saúde, análise da APS, diagnóstico local e municipal, a assistência farmacêutica, a programação local e municipal, acolhimento e classificação de risco, prontuário da família, abordagem familiar, monitoramento e contrato de gestão. Na segunda etapa, ainda em elaboração, serão operacionalizadas as demais ações.
A implantação do PD/APS já foi realizada, na Fase 1, nos municípios de Itabira e Uberlândia e nas microrregiões de Montes Claros / Bocaiúva e Janaúba / Monte Azul, envolvendo cerca de 200 equipes de saúde da família de 28 municípios.
Na Fase 2, o PD/APS será implantado em 9 macrorregiões (Norte, Jequitinhonha, Nordeste, Sudeste, Leste do Sul, Centro Sul, Triângulo Norte, Noroeste e Oeste), através de parceria com a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) que executará as ações educacionais de forma descentralizada através de Cooperação Técnico Educacional com a Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES e com as Universidades Federais de Juiz de Fora e Uberlândia.
A Fase 3, com início previsto para junho/08, beneficiará 4 macrorregiões – Centro, Sul, Leste e Triângulo Sul -, através da parceria com novas universidades.
2.1. OBJETIVO GERAL
Assessorar as Secretarias Municipais de Saúde dos municípios das macrorregiões Norte, Nordeste, Jequitinhonha, Sudeste, Leste do Sul, Centro Sul, Triângulo Norte e Oeste na reorganização do sistema municipal de saúde, com vistas à consolidação do sistema integrado de serviços de saúde, através do fortalecimento da APS e da construção das redes
O Saúde em Casa, com sua estratégia do Plano Diretor da Atenção Primária, numa ação cooperativa do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde objetiva dar um choque de qualidade na atenção primária à saúde em Minas Gerais.
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SES/ESP-MG
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integradas de atenção à saúde.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Implantar os instrumentos de normalização da SES/MG:
Manual da Atenção Primária à Saúde, Prontuário de Saúde da Família, Linhas-Guias de Atenção à Saúde.
• Implantar os demais instrumentos de gestão da clínica:
diagnóstico local, programação local e municipal, protocolo de classificação de risco, contrato de gestão e sistema de monitoramento.
2.3. ESTRATÉGIAS
2.3.1. A parceria com Universidades
A Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP- MG) estabeleceu Cooperação Técnico Educacional com as universidades regionais: Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES - e com as Universidades Federais de Juiz de Fora – UFJF - e Uberlândia – UFU - que serão responsáveis pela implantação do PD/APS nas seguintes macrorregiões do Estado:
Foram selecionados 2 tutores universitários para cada
Uberlândia – UFU - que serão responsáveis pela implantação do PD/APS nas seguintes macrorregiões do Estado:
UNIVERSIDADE MACRORREGIÃO
UNIMONTES Norte
Nordeste Jequitinhonha
UFJF Sudeste
Leste do Sul Centro Sul UFU Triângulo Norte Noroeste Oeste
Foram selecionados 2 tutores universitários para cada microrregião localizada nas macrorregiões relacionadas. Cada tutor será responsável por:
Uberlândia – UFU - que serão responsáveis pela implantação do PD/APS nas seguintes macrorregiões do Estado:
UNIVERSIDADE MACRORREGIÃO
UNIMONTES Norte
Nordeste Jequitinhonha
UFJF Sudeste
Leste do Sul Centro Sul UFU Triângulo Norte Noroeste Oeste
Foram selecionados 2 tutores universitários para cada microrregião localizada nas
macrorregiões relacionadas. Cada tutor será responsável por:
19 microrregião localizada nas macrorregiões relacionadas. Cada
tutor será responsável por:
• atuar de maneira integrada com o técnico da GRS designado para a microrregião;
• participar integralmente das oficinas de capacitação dos tutores e técnicos da GRS;
• planejar as atividades de capacitação dos facilitadores juntamente com o técnico da GRS e submeter à apreciação do coordenador da universidade;
• responsabilizar-se por um mesmo grupo de facilitadores, de uma mesma microrregião, durante todo o percurso das oficinas;
• conduzir as oficinas de capacitação dos facilitadores nas microrregiões, conforme o planejado;
• avaliar o processo de capacitação dos discentes (facilitadores) conforme estabelecido na proposta de implantação do PD/APS;
• emitir relatório de avaliação, ao final de cada oficina, conforme orientação do Coordenador Geral;
• supervisionar a realização das oficinas de replicação nos municípios, as atividades do período de dispersão e a implantação dos instrumentos do PD;
• identificar eventuais problemas relacionados à metodologia durante o processo de capacitação e implantação e buscar soluções adequadas;
• avaliar o cumprimento das metas definidas no plano diretor;
• informar ao Coordenador Geral sobre o desenvolvimento das atividades do período de dispersão, através de relatórios padrão;
• integrar a Comissão Coordenadora Microrregional de Implantação do PD/APS;
• participar dos momentos de avaliação dos tutores na universidade de origem.
Será indicado um representante da universidade como Coordenador Geral dos tutores universitários. O Coordenador Geral deverá atuar em consonância com a ESP-MG e com a coordenação do Programa Saúde em Casa.
2.3.2. O papel das Gerências Regionais de Saúde - GRS A GRS se responsabilizará, juntamente com a universidade regional, pela implantação do PD/APS nos municípios das macrorregiões definidas para a Fase 2 de implantação que se localizem na sua área de abrangência.
Deverá indicar 1 (um) técnico, preferencialmente ligado à Coordenação da Atenção Básica e a outros programas relacionados à Atenção Primária à Saúde, que se responsabilizará por cada microrregião.
O total de técnicos a serem indicados por cada GRS,
assim como as microrregiões de atuação e macrorregiões e
universidades correspondentes, será:
20
Cada técnico será responsável por:
• atuar junto às CIBs microrregionais, garantindo espaço para discussão e deliberação sobre a implantação do PD, assim como discussão e encaminhamentos necessários para resolução de eventuais problemas;
• acompanhar a institucionalização do PD nos municípios, garantindo uma boa compreensão da proposta por parte do secretário e prefeito municipal e a adesão por meio de uma resolução municipal que trate da implantação do PD;
• definir o número de facilitadores por município e planejar as atividades de capacitação dos facilitadores juntamente com os tutores universitários;
• garantir local adequado e equipamentos necessários para a realização das oficinas de facilitadores;
• garantir a distribuição do material didático e instrumentos do PD produzidos pela ESP-MG para todos os municípios;
• atuar de maneira integrada com os tutores universitários designados para a microrregião;
• participar integralmente das oficinas de capacitação dos
2.3.2. O papel das Gerências Regionais de Saúde - GRS
A GRS se responsabilizará, juntamente com a universidade regional, pela implantação do PD/APS nos municípios das macrorregiões definidas para a Fase 2 de implantação que se localizem na sua área de abrangência.
Deverá indicar 1 (um) técnico, preferencialmente ligado à Coordenação da Atenção Básica e a outros programas relacionados à Atenção Primária à Saúde, que se responsabilizará por cada microrregião.
O total de técnicos a serem indicados por cada GRS, assim como as microrregiões de atuação e macrorregiões e universidades correspondentes, será:
UNIVERSIDADE MACRORREGIÃO MICRORREGIÃO GRS 2 Januária 5 Montes Claros NORTE DE MINAS
1 Pirapora
JEQUITINHONHA 2 Diamantina
1 Diamantina
3 Pedra Azul
NORDESTE
4 Teófilo Otoni UNIMONTES
2 18 6
2 Leopoldina 3 Juiz de Fora 1 Manhumirm SUDESTE
2 Ubá 1 Manhumirm UFJF
LESTE DO SUL
2 Ponte Nova
2 Barbacena CENTRO SUL
1 São João Del Rei
3 14 7
1 Ituiutaba TRIÂNGULO DO
NORTE 2 Uberlândia
1 Patos de Minas NOROESTE
1 Unaí OESTE 6 Divinópolis UFU
3 11 5
Cada técnico será responsável por:
z atuar junto às CIBs microrregionais, garantindo espaço para discussão e deliberação sobre a implantação do PD, assim como discussão e encaminhamentos necessários para resolução de eventuais problemas;
z acompanhar a institucionalização do PD nos municípios, garantindo uma boa compreensão da proposta por parte do secretário e prefeito municipal e a adesão por meio de uma resolução municipal que trate da implantação do PD;
z definir o número de facilitadores por município e planejar as atividades de capacitação dos facilitadores juntamente com os tutores universitários;
z garantir local adequado e equipamentos necessários para a realização das oficinas de facilitadores;
z garantir a distribuição do material didático e instrumentos do PD produzidos pela ESP-MG para todos os municípios;
z atuar de maneira integrada com os tutores universitários designados para a microrregião;
z participar integralmente das oficinas de capacitação dos tutores e técnicos da
GRS;
21 tutores e técnicos da GRS;
• responsabilizar-se por um mesmo grupo de facilitadores, de uma mesma microrregião, durante todo o percurso das oficinas;
• colaborar na condução das oficinas de capacitação dos facilitadores nas microrregiões, conforme o planejado;
• supervisionar a realização das oficinas de replicação nos municípios, as atividades do período de dispersão e a implantação dos instrumentos do PD;
• identificar eventuais problemas e dificuldades relacionadas ao processo de implantação e buscar soluções adequadas;
• avaliar o cumprimento das metas definidas no plano diretor;
• integrar e coordenar a Comissão Coordenadora Microrregional de Implantação do PD/APS;
• participar dos momentos de avaliação dos técnicos na GRS de origem.
O Coordenador da Atenção Básica responderá por toda a GRS, atuando em consonância com a ESP-MG e com a coordenação do Programa Saúde em Casa.
2.3.3. Os Facilitadores das oficinas de implantação PD/
APS
Os facilitadores das oficinas serão capacitados pelos tutores das universidades e pelos técnicos da GRS para conduzir as oficinas de capacitação dos profissionais das equipes de saúde dos municípios.
O número de facilitadores será definido de acordo com o número de equipes de saúde dos municípios, sendo que, minimamente, 1 (um) facilitador por município.
O número de facilitadores por turma de capacitação não deve ultrapassar 40 profissionais. O facilitador deve:
• ser um técnico municipal com atuação direta na assistência, ou com atuação no nível gerencial da secretaria municipal;
• ser de nível superior, preferencialmente das áreas de medicina, enfermagem e odontologia;
• ser capaz de conduzir oficinas de trabalho e supervisionar as atividades do período de dispersão nos municípios;
• ser capaz de trabalhar em equipe.
O facilitador assinará um Termo de Compromisso pelo qual se compromete a:
• participar integralmente das oficinas de capacitação dos facilitadores;
• planejar e executar a replicação das oficinas a nível municipal, responsabilizando-se pelo mesmo grupo de equipes e profissionais durante todo o percurso das oficinas;
• reportar-se ao Coordenador Municipal para questões gerenciais;
• reportar-se ao Tutor universitário para questões metodológicas;
• informar o Coordenador Municipal sobre o desenvolvimento das oficinas, através de relatórios padrão;
• supervisionar as atividades do período de dispersão das
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equipes e a implantação dos instrumentos do PD/APS;
• identificar eventuais problemas durante o processo de implantação e buscar soluções adequadas;
• avaliar o cumprimento das metas definidas no plano diretor;
• informar o Coordenador Municipal sobre o desenvolvimento das atividades do período de dispersão, através de relatórios padrão;
• participar dos momentos de avaliação da implantação do plano diretor.
Entre os profissionais facilitadores do município será indicado um como Coordenador Municipal da implantação do PD/APS. O Coordenador Municipal integrará a Comissão Coordenadora Microrregional de Implantação do PD/APS. Se responsabilizará, entre outras coisas, pela apresentação ao Conselho Municipal de Saúde do processo de implantação.
2.3.4. Os Participantes das oficinas de implantação do PD/
APS
Poderão participar das oficinas municipais todos os técnicos com atuação direta ou indireta na Atenção Primária do município:
• Profissionais das equipes de saúde da família e de unidades de saúde convencionais: médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos de enfermagem, THD, ACD, ACS, profissionais de outras áreas.
• Gerentes das UBS.
• Técnicos do nível central: coordenadores da atenção básica, planejamento, educação permanente e outras áreas afins.
Os participantes deverão:
• formar grupos de 30 a 40 participantes por oficina;
• participar integralmente de todas as oficinas de capacitação, mesmo quando cumprirem carga horária de trabalho menor do que a duração diária da oficina;
• se responsabilizar pela implantação, nos períodos de dispersão, dos instrumentos do PD, conforme as orientações específicas de cada oficina.
2.3.5. A Comissão Coordenadora Microrregional do PD/
APS
Será constituída uma Comissão Coordenadora Microrregional com os seguintes integrantes:
• os tutores universitários responsáveis pela oficina;
• o técnico da GRS designado para a microrregião;
• o coordenador municipal de cada município da microrregião.
O técnico da GRS será o responsável pela condução dos trabalhos da comissão, devendo:
• planejar e coordenar os encontros periódicos da Comissão, que poderão acontecer durante a oficina microrregional;
• monitorar a implantação do PD/APS na microrregião e
apresentar o consolidado ou sistematização microrregional
23 referente a cada um dos produtos no início de cada
oficina;
• informar a ESP-MG e a Coordenação do Projeto Saúde em Casa sobre os resultados apurados;
• apresentar os resultados à CIBmicro a cada oficina, favorecendo a apropriação pelos seus integrantes do processo de organização da APS.
A Comissão deverá elaborar um plano de trabalho para implantação do PD para cada microrregião, considerando as peculiaridades de cada uma, fazendo monitoramento deste plano em encontros regulares durante a oficina de capacitação dos facilitadores.
2.3.6. As oficinas:
Serão realizadas oficinas macrorregionais para capacitação dos tutores e técnicos da GRS; oficinas microrregionais para capacitação dos facilitadores e oficinas municipais para capacitação dos técnicos dos municípios.
Serão 10 oficinas em cada um dos níveis, com carga horária de 16 horas para cada oficina, cumprindo um total de 160 horas presenciais, e um período de dispersão de cerca de 2 meses entre uma oficina e a subseqüente.
O Tutor / Facilitador / Técnico Municipal receberá a certificação, após concluída a Qualificação e deverá ter a freqüência mínima de 75% em cada Oficina e por cada modalidade [Concentração e Dispersão] para sua obtenção, conforme pode ser verificado no quadro a seguir:
T
F
E
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10
...
Universidade Oficina para
TUTORES OfT-1 DT-1 OfT-2 DT-2 OfT-3 DT-3 OfT-4 DT-4 OfT-5 DT-5 Microrregião
Oficina para
FACILITADORES OfF-1 DF-1 OfF-2 DF-2 OfF-3 DF-3 OfF-4 DF-4 OfF-5 DF-5 Município
Oficina para EQUIPES
OfE-1 DE-1 OfE-2 DE-2 OfE-3 DE-3 OfE-4 DE-4 OfE-5 DE-5
Of. Oficina de capaticação dos Tutores (16h)
DT Realização das oficinas microrregionais de capacitação dos facilitadores Supervisão - oficinas municipais de capacitação das equipes
- implantação dos instrumentos gerenciais Of. Oficina de capaticação dos Facilitadores (16h)
DF Realização das oficinas municipais de capacitação das equipes Supervisão (16h): implantação dos instrumentos gerenciais Of. Oficina de capacitação das Equipes (16h)
DE Implantação dos instrumentos gerenciais Ocupação dos TUTORES a cada 2 meses:
16 horas presenciais para serem capacitados 16 horas presenciais para capacitação dos facilitadores 16 horas de supervisão