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Liturgia e Beleza. Perspectivas de estética teológica

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Academic year: 2022

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(1)

Liturgia e Beleza

Perspectivas de estética teológica

(2)

A beleza como via de acesso a Deus

“Pode-se conhecer a Deus a partir da beleza do mundo.”

(CIgC 32)

“É preciso contemplar a beleza do Pai e com ela impregnar a nossa

alma.” (São Gregório

de Nissa)

(3)

O belo como transcendental

Os transcendentais são propriedades pelas quais se exprime a transcendentalidade do ser:

• Unidade

• Verdade

• Bondade

• Beleza: não é uma explicitação do ser e do ente,

antes aquela explicitação na qual as explicitações

precedentes se hamonizam.

(4)

Estética Filosófica

Platão

• Arte é uma imitação da natureza; que, por sua vez, é uma imitação do mundo das ideias.

• O objeto da imitação é a beleza.

• A Beleza é o prelúdio sensível ao bem

inacessível.

Aristóteles

• A arte é simplesmente imitação da natureza.

• O Belo é um prazer despertado nas

faculdade cognoscitivas.

(5)

Estética Filosófica

Vico

• A Arte é um modo de o homem expressar-se

numa determinada fase do seu desenvolvimento

Kant

• A Arte é fruto do sentimento, que na obra de arte percebe e expressa o universal no particular, o

inteligível no sensível, o número no fenômeno

(6)

Estética Teológica

“Eis que estavas dentro de mim e eu te buscava do lado de fora. Eu, disforme, lançava-me sobre as coisas belas que tu fizeste. Estavas comigo, eu não estava contigo. Mantinham-me longe de ti aquelas coisas que, se não fossem em ti, não existiriam. Chamaste, gritaste, venceste minha cegueira. Exalaste teu perfume. Resplandesceste, brilhaste e ofuscaste minha cegueira. Exalaste teu perfume. Eu o inspirei e suspiro por ti. Eu te provei e agora tenho fome e sede de ti. Tocaste-me e ardi no desejo de tua paz.”

(Santo Agostinho)

(7)

Estética Teológica

Santo Agostinho

• A beleza tem tanto poder, que nos atrai a si com vínculos de amor.

• À beleza convém a gratuidade do frui, do satisfazer-se, que é razão em si mesmo; à funcionalidade, ao invés, corresponde o interesse de usar.

• Reflexo da totalidade e da unidade que estão em Deus.

• A beleza das criaturas remete ao Criador.

• Como tudo o que existe não existe senão por amor, tudo é belo, porque a suprema Beleza participa de todo o seu objeto de amor, mesmo quando os olhos frágeis não conseguem captá-lo.

• A Beleza do amor último suscita o amor à Beleza.

(8)

Estética Teológica

Santo Tomás de Aquino

• O belo é “extátito” e só é abraçado por quem aceita ser arrastado para fora de si mesmo para caminhar em direção ao outro.

• “O Belo é o que, sendo visto, agrada.”

• Meditação sobre a Beleza construída a partir da contemplação do Filho de Deus: “A Beleza tem semelhança com o que é próprio do Filho”.

• “A Beleza requer, pois, três coisas: integridade, ou perfeição, a devida proporção ou harmonia e o esplendor.”

• O belo é fragmento que mantém em si a relação das partes do Todo, reproduzindo-o analogamente.

• A Beleza é o esplendor de todos os transcendentais reunidos.

• A Beleza é o arché dos Três, revelada de modo supremo na hora do abandono da Cruz.

(9)

Estética Teológica

Kierkegaard

• Não se chega à decisão de crer sem atravessar o estágio estético, que é

superado pela imitação de Cristo sofredor.

• A Beleza é o caminho real da busca de saída.

• Não se ama senão aquilo que, com sua

Beleza, nos arrebata.

(10)

Estética Teológica

Dostoievski

• Lógica dos pensamentos duplos: a Beleza pode manifestar-se também no mal, na desordem, na indiferença e até mesmo na estupidez.

• Cristo é prova irrefutável da verdade que salva.

• Só a verdade que passa pelo fogo da negação e se deixa tocar pelo nada, só esta verdade salvará o mundo.

• “A Beleza salvará o mundo.”

(11)

Estética Teológica

Hans Urs von Balthasar

• O Belo é via da recuperação da verdade e do bem.

• É preciso redescobrir a chave estética de toda a mensagem cristã.

• A estética é via para glorificar o Eterno no milagre de sua

autocomunicação no finito e para anunciar ao mundo a alegria da salvação.

• É Cristo crucificado o lugar em que se realiza o êxodo de Deus de

si para sua criatura e tornou-se ao mesmo tempo o excessus da

criatura para seu Criador e Senhor: é justamente nesse encontro

do dúplice e assimétrico movimento, que irrompe o evento da

Beleza na história, como antecipação misteriosa e velada da

Beleza eterna, que um dia se manifestará em plenitude.

(12)

A beleza evangeliza

“No meio dessa exigência diária de fazer avançar o bem, a evangelização jubilosa torna-se beleza na liturgia. A Igreja

evangeliza e se evangeliza com a beleza da liturgia, que é também celebração da atividade evangelizadora e fonte de um renovado impulso para se dar.”

(EG 24)

(13)

Apêndice

(14)

A questão das imagens sacras

“Firme permaneça o costume de propor nas igrejas as sagradas imagens à veneração dos fiéis; contudo, sejam expostas com moderação quanto ao número, com conveniência quanto à ordem, para que não causem admiração ao povo cristão nem favoreçam devoções menos corretas.”

(SC 125)

(15)

Arte religiosa & Arte sacra

Arte Religiosa

Arte de devoção

Quem fala é o homem

Tem a força do seu autor Parte de uma “revelação”

particular

Arte Sacra

Arte de culto

Impõe-se o sagrado Tem autoridade em si

mesma

Fundamenta-se na

Revelação pública

(16)

Arte religiosa & Arte sacra

A arte sacra, discreta e em estreita ligação com a liturgia,

faz um todo com o espaço sagrado. FAZ PARTE DA CELEBRAÇÃO, APRESENTANDO

UMA VERDADE DE FÉ.

A arte religiosa pode decorar uma sala, um quarto... e até uma capela.

É MAIS UMA SUBJETIVIDADE REGIONAL E DE ÉPOCA.

(17)

Bibliografia

Catecismo da Igreja Católica (CIgC). § 32 e 33

Constituição Dogmática Sacrosanctum Concilium (SC).

n. 122 a 130.

Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (EG).

FORTE, Bruno. A Porta da Beleza. Aparecida: Ideias e Letras, 2006.

MOLINARO, Aniceto. Metafísica. 2ª ed. São Paulo:

Paulus, 2004.

MONDIN, Batista. Introdução à Filosofia. 17ª ed. São Paulo: Paulus, 2009.

PASTRO, Claudio. A Arte no Cristianismo. São Paulo:

Paulinas, 2010.

_____________. O Deus da Beleza. 3ª ed. São Paulo:

Paulinas, 2012.

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