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Rodrigo Carlos Silva de Lima

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Academic year: 2022

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(1)

Rodrigo Carlos Silva de Lima

Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ

rodrigo.uff.math@gmail.com

9 de agosto de 2017

(2)
(3)

3

(4)
(5)

Corpos

1.1 Corpos

1.2 Axiomas alg ´ebricos de um corpo

m

Defini ¸c ˜ao 1 (Corpo). Um corpo ´e um conjunto K munido de duas opera¸c ˜oes, uma adi¸c ˜ao + e uma multiplica¸c ˜ao × que satisfazem os axiomas que descrevere- mos a seguir (Chamados axiomas de corpoa). Sejam x, y, z elementos quaisquer de K, que ser ˜ao chamados de n ´umeros.

aEm inglˆes ´e usada a palavra field para o que chamamos de corpo.

Axiomas da adi ¸c ˜ao

‡ Axioma 1. Para cada par de n ´umeros x e y corresponde um terceiro n ´umero z chamado de soma de x e y e denotado por x+y.

‡ Axioma 2 (Existˆencia de elemento neutro para adi¸c ˜ao). Existe 0 K tal que x+0=x.

‡ Axioma 3 (Comutatividade da adi¸c ˜ao). x+y=y+x

‡ Axioma 4 (Associatividade da adi¸c ˜ao). (x+y) +z=x+ (y+z) 5

(6)

‡ Axioma 5 (Existˆencia de inverso aditivo). Existe −x K tal que

x+ (−x) = 0.

O elemento −x ´e chamado sim´etrico de x.

m

Defini ¸c ˜ao 2 (Subtra¸c ˜ao). Definimos a opera¸c ˜ao de subtra¸c ˜ao como x−y:=

x+ (−y).

Axiomas da multiplica ¸c ˜ao

‡ Axioma 6. Para cada par de n ´umeros x e y corresponde um terceiro n ´umero z chamado de produto de x e y e denotado por x.y.

‡ Axioma 7 (Comutatividade da multiplica¸c ˜ao). x.y=y.x.

‡ Axioma 8 (Existˆencia do elemento neutro multiplicativo). Existe 1K tal que

1.x=x.

‡ Axioma 9 (Associatividade da multiplica¸c ˜ao).

(x.y).z=x.(y.z).

‡ Axioma 10 (Existˆencia do inverso multiplicativo). Para todo x ̸= 0 K existe x−1K tal que

x.x−1=1.

Enfatizamos que 0−1 n ˜ao est ´a definido. Sempre que consideramos x−1, estaremos supondo x̸=0. O elemento x−1 ´e chamado inverso de x.

z

Observa ¸c ˜ao 1. Como uma opera¸c ˜ao ´e definida como fun¸c ˜ao, ent ˜ao podemos adicionar e multiplicar de ambos lados de uma igualdade, sem alterar a igualdade.

por exemplo, dado c fixo no corpo, temos a fun¸c ˜ao soma que faz Sc(x) = x+c, se

(7)

x =y ent ˜ao Sc(x) = Sc(y), logo x+c =y+c, o mesmo vale para o produto, temos Pc(x) =x.c fun¸c ˜ao, da´ı se x =y tem-se Pc(x) = Pc(y), isto ´e, x.c=y.c.

x=y⇒x+c=y+c

x =y⇒x.c=y.c cK.

m

Defini ¸c ˜ao 3 (Fra¸c ˜ao). Sendo x ̸=0 definimos a fra¸c ˜ao y

x =y.x−1

chamamos y de numerador e x de denominador da fra¸c ˜ao y x.

‡ Axioma 11 (Distributividade da multiplica¸c ˜ao).

x(y+z) =xy+xz.

Esses s ˜ao os axiomas da adi¸c ˜ao e multiplica¸c ˜ao num corpo.

Z

Exemplo1. ConsiderandoQ, Z eN munidos de multiplica¸c ˜ao e adi¸c ˜ao usuais.

O conjunto dos n ´umeros racionais Q ´e um corpo.

O conjunto dos inteiros Z n ˜ao ´e um corpo, pois n ˜ao possui inverso multi- plicativo para todo elementos, por exemplo n ˜ao temos o inverso de 2.

O conjunto dos n ´umeros naturais n ˜ao ´e um corpo, pois n ˜ao possui sim´etrico para cada elemento contido nele.

(8)

Z

Exemplo 2. O conjunto dos polin ˆomios de coeficiente racionais Q[t] n ˜ao

´e um corpo, pois por exemplo o elemento x n ˜ao possui inverso multiplicativo, se houvesse haveria

n

k=0

akxk tal que x

n

k=0

akxk =1=

n

k=0

akxk+1 o que n ˜ao ´e poss´ıvel pois o coeficiente do termo independente x0 ´e zero em

n

k=0

akxk+1 e deveria ser 1.

b

Propriedade 1. Sejam X um conjunto qualquer e K um corpo, ent ˜ao o conjunto F(X, K) munido de adi¸c ˜ao e multiplica¸c ˜ao de fun¸c ˜oes ´e um anel comuta- tivo com unidade, n ˜ao existindo inverso para todo elemento. Lembrando que em um anel comutativo com unidade temos as propriedades, associativa, comutativa, elemento neutro e existˆencia de inverso aditivo, para adi¸c ˜ao. valendo tamb´em a comutatividade, associatividade, existˆencia de unidade 1 para o produto e distri- butividade que relaciona as duas opera¸c ˜oes.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

Vale a associatividade da adi¸c ˜ao

((f+g) +h)(x) = (f(x) +g(x)) +h(x) =f(x) + (g(x) +h(x)) = (f+ (g+h))(x)

Existe elemento neutro da adi¸c ˜ao 0K e a fun¸c ˜ao constante 0(x) = 0 xK, da´ı

(g+0)(x) = g(x) +0(x) =g(x).

Comutatividade da adi¸c ˜ao

(f+g)(x) =f(x) +g(x) =g(x) +f(x) = (g+f)(x)

Existe a fun¸c ˜ao sim´etrica, dado g(x), temos f com f(x) = −g(x) e da´ı (g+f)(x) =g(x) −g(x) =0.

Vale a associatividade da multiplica¸c ˜ao

(f(x).g(x)).h(x) =f(x).(g(x).h(x))

(9)

Existe elemento neutro da multiplica¸c ˜ao 1 K e a fun¸c ˜ao constante I(x) = 1 x K, da´ı

(g.I)(x) =g(x).1=g(x).

Comutatividade da multiplica¸c ˜ao

(f.g)(x) =f(x)g(x) =g(x)f(x) = (g.f)(x)

Por ´ultimo vale a distributividade (f(g+h))(x) =f(x)(g(x) +h(x)) =f(x)g(x) + f(x)h(x) = (f.g+f.h)(x).

N ˜ao temos inverso multiplicativo para toda fun¸c ˜ao, pois dada uma fun¸c ˜ao, tal quef(1) =0 e f(x) =1 para todo x̸=1 em K, n ˜ao existe fun¸c ˜ao g tal que g(1)f(1) =1, pois f(1) =0, assim o produto de f por nenhuma outra fun¸c ˜ao gera a identidade.

1.2.1 Subcorpo

m

Defini ¸c ˜ao 4 (Subcorpo). Um conjunto AK munido das opera¸c ˜oes+, × do corpo k que satisfaz as propriedades

O elemento neutro da adi¸c ˜ao 0 pertence ao conjunto.

O elemento neutro da multiplica¸c ˜ao 1 pertence ao conjunto.

A adi¸c ˜ao ´e fechada.

O produto ´e fechado.

Dado x A implica −x A.

Dado x ̸=0A tem-se x−1A.

b

Propriedade 2. Sejam K um corpo

P = ∩

AK|A ´e corpo A.

(10)

Ent ˜ao P ´e corpo, sendo o menor subcorpo de K .

ê Demonstra ¸c ˜ao. Se K = {0} ent ˜ao P = {0} que ´e corpo . Considere ent ˜ao K um corpo n ˜ao trivial.

Temos que mostrar os seguintes itens

O elemento neutro da adi¸c ˜ao 0 pertence ao conjunto.

O elemento neutro da multiplica¸c ˜ao 1 pertence ao conjunto.

A adi¸c ˜ao ´e fechada.

O produto ´e fechado.

Dado xP implica −xP.

Dado x̸=0P tem-se x−1P.

As propriedades, associativida, comutatividade, distributividade, n ˜ao precisam ser demonstradas pois valem em subconjuntos de K.

Demonstrando os itens:

O elemento neutro da adi¸c ˜ao 0 pertence ao conjunto, pois 0 pertence a todos subcorpos, logo pertence a interse¸c ˜ao dos subcorpos.

O elemento neutro da multiplica¸c ˜ao 1 pertence ao conjunto, pois pertence a todos subcorpos.

A adi¸c ˜ao ´e fechada. Dados x e y em P, ent ˜ao x e y pertence a todo subcorpo AK, portanto x+yA qualquer e da´ı x+yP.

O produto ´e fechado. Dados x e y em P, ent ˜ao x e y pertence a todo subcorpo AK, portanto x.yA qualquer e da´ı x.y P.

Dado xP implica −xP. Se xP ent ˜ao x pertence a todo subcorpo A e da´ı

−xA qualquer e portanto −x P.

Dado x ̸=0P tem-se x−1P. Se x P ent ˜ao xA para qualquer subcorpo A de K e da´ı x−1 A qualquer ent ˜ao x−1 P.

P ´e o menor subcorpo pois dado qualquer subcorpo AK temos AP, pois A ´e um elemento da interse¸c ˜ao

AK|A ´ecorpo A.

(11)

1.3 Homomorfismo e Isomorfismo

m

Defini ¸c ˜ao 5 (Homomorfismo de corpos). Sejam A, B corpos. Uma fun¸c ˜ao f:A→B chama-se um homomorfismo quando se tem

f(x+y) = f(x) +f(y) f(x.y) = f(x).f(y)

f(1A) = 1B

para quaisquerx, yK.Denotaremos nesse caso as unidades 1A e 1Bpelos mesmos s´ımbolos e escrevemos f(1) =1.

b

Propriedade 3. Se f ´e homomorfismo ent ˜ao f(0) = 0.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Temos

f(0+0) =f(0) +f(0) = f(0) somando −f(0) a ambos lados segue

f(0) = 0.

b

Propriedade 4. Vale f(−a) = −f(a). ê Demonstra ¸c ˜ao. Pois

f(a−a) =f(0) =0=f(a) +f(−a) da´ı f(−a) = −f(a).

$

Corol ´ario 1.

f(a−b) = f(a) +f(−b) = f(a) −f(b).

(12)

b

Propriedade 5.Se a ´e invert´ıvel ent ˜aof(a) ´e invert´ıvel e vale f(a−1) =f(a)−1. ê Demonstra ¸c ˜ao.

f(a.a−1) =f(1) =1=f(a).f(a−1)

ent ˜ao pela unicidade de inverso em corpos segue que f(a)−1 =f(a−1).

b

Propriedade 6. f ´e injetora.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Sejamx, ytais quef(x) = f(y), logof(x)−f(y) = 0,f(x−y) = 0, se x ̸=y ent ˜ao x−y seria invert´ıvel logo f(x−y) n ˜ao seria nulo, ent ˜ao segue que x=y.

b

Propriedade 7. f(A) ´e subcorpo de B.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

A adi¸c ˜ao ´e fechada, dados a=f(x) e b=f(y) ent ˜ao a+bf(A) pois f(x+y) =f(x) +f(y) =a+b.

O produto ´e fechado, pois f(x.y) =f(x).f(y) =a.b.

−af(A) pois f(−x) = −f(x) = −a.

Se a̸=0 ent ˜ao a−1 f(A) pois f(x−1) =f(x)−1, x̸=0 pois se fosse x =0 ent ˜ao a=0, logo x ´e invert´ıvel.

b

Propriedade 8. Se f ´e bijetora ent ˜ao a fun¸c ˜ao inversa f−1 de f ´e um homo- morfismo.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Sejam a=f−1(x) e b=f−1(y).

f−1(1) = 1 pois f(1) =1.

f−1(x+y) =f−1(f(a) +f(b)) =f−1(f(a+b)) =a+b=f−1(x) +f−1(y).

(13)

f−1(x.y) = f−1(f(a).f(b)) = f−1(f(a.b)) =a.b =f−1(x).f−1(y).

b

Propriedade 9 (Composi¸c ˜ao de homomorfismo). A composi¸c ˜ao de homo- morfismos ´e um homomorfismo .

ê Demonstra ¸c ˜ao. Considere f : A → B e g : B → C homomorfismos ent ˜ao gf:A→C ´e um homomorfismo.

Vale g(f(1A)) = g(1B) =1C .

g(f(x+y)) =g(f(x) +f(y)) =g(f(x)) +g(f(y))

g(f(x.y)) = g(f(x).f(y)) =g(f(x)).g(f(y))

m

Defini ¸c ˜ao 6 (Isomorfismo). Um Isomorfismo ´e um homomorfismo bijetor.

Dois corpos s ˜ao ditos isomorfos se existir um isomorfismo entre eles. Para todos os efeitos dois corpo isomorfos s ˜ao considerados idˆenticos.

$

Corol ´ario 2. Se f ´e isomorfismo ent ˜ao f−1 ´e isomorfismo .

m

Defini ¸c ˜ao 7 (Automorfismo). Um automorfismo de corpos ´e um isomorfismo do corpo nele mesmo .

$

Corol ´ario 3. A composi¸c ˜ao de bije¸c ˜oes ´e uma bije¸c ˜ao, a composi¸c ˜ao de homo- morfismo ´e um homomorfismo, logo a composi¸c ˜ao de isomorfismos ´e um isomor- fismo, em especial a composi¸c ˜ao de automorfismo ´e um automorfismo .

(14)

m

Defini ¸c ˜ao 8 (Homomorfismo caracter´ıstico-HC). Sejam D um dom´ınio, P : Z → D o ´unico homomorfismo de an´eis tal que P(1) = 1D . Chamamos P de homomorfismo caracter´ıstico de D. Ent ˜ao

P(n) =

n

k=1

1D =n.1D

para qualquer nZ .

b

Propriedade 10. O n ´ucleo de P ´e um ideal de Z.

ê Demonstra ¸c ˜ao. O n ´ucleo de P, ´e o conjunto de n ´umeros inteiros ker(P) = {x Z|x.1D=0}.

Tal conjunto ´e um ideal de Z pois

0 Ker(P), pois 0.1D =0.

Dados dois elementos x, yKer(D) ent ˜ao x =x11D =0, y=y1.1D=0 logo x+y=0=x11D+y11D =

x1

k=1

1D+

y1

k=1

1D=

x1

k=1

1D+

y1+x1

k=1+x1

1D =

y1+x1

k=1

1D = (x1+y1)1D portanto x1+y1Ker(D).

Sendo xKer(P) e yZ tem-se x =x1.1D = logo y.x=y.0=0= (y.x1).1D

b

Propriedade 11. P(Z) ´e subanel de D.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

0 P(Z) pois 0.1D=0.

A soma ´e fechada . x, yP(Z) ent ˜ao

x1

k=1

1D+

y1

k=1

1D =

y1+x1

k=1

1D.

(15)

1D P(Z) pois 1.1D =1D.

A multiplica¸c ˜ao ´e fechada . x, yP(Z) ent ˜ao x.y=

x1

k=1 y1

k=1

1D=

y1x1

k=1

1D.

Dado xP(Z) ent ˜ao −x P(Z), basta ver que

−n

k=1

1D+

n

k=1

1D= −

n

k=1

1D+

n

k=1

1D =0.

$

Corol ´ario 4. Como Z ´e um dom´ınio principal, existe n0 Z com n0 0 tal que ker(P) =I(n0) =n0Z.

b

Propriedade 12. Como D ´e um dom´ınio ent ˜ao o n ´ucleo de p ´e um ideal primo de Z. Assim n0=0 ou n0 =p com p primo.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Ker(P) ´e primo, pois dados x, y Z tais que x.y Ker(P) tem-se

x.y

k=1

1D=0=

x

k=1

1D

y

k=1

1D =0

da´ı como D ´e dom´ınio segue que x.1D ou y1D s ˜ao nulos, o que prova que x ou y em ker(P).

Agora se o gerador do ideal fosse um n ´umero composto n0 =x.y ent ˜ao

n0

k=1

1D =

x

k=1

1D.

y

k=1

1D=0

da´ı x ou y Ker(P) o que compromete a minimalidade de n0, logo n0 ´e primo ou n0 =0.

$

Corol ´ario 5. Se n0 =0, P ´e injetora (o n ´ucleo s ´o tem o elemento nulo) e D cont´em um subanel isomorfo `a Z .

{n.1D, nZ}=P(Z)D.

(16)

Vale n.1D ̸=0Dn̸=0.

$

Corol ´ario 6. Caso n0 =p Para cada nZ por divis ˜ao euclidiana de n por p , existem q e rZ tais que n=pq+r, logo

n.1D= (qp+r)1D=q(p1D) +r1D =r.1D

ent ˜ao

P(Z) = {n1D, nZ}={r1D, r[0, p−1]N}={01D,· · ·,(p−1)1D}.

m

Defini ¸c ˜ao 9 (Caracter´ıstica de um dom´ınio.). Seja Dum dom´ınio. Chamare- mos o gerador n ˜ao-negativo do n ´ucleo do HCde caracter´ıstica de D. Dizemos que D ´e de caracter´ıstica zero, quando ker{P}={0}. Nesse caso D cont´em um subanel isomorfo `a Z. Escrevemos car(D) =0. Dizemos queD ´e de caracter´ıstica p, onde p ´e primo, quando ker(P) =P.Z nesse caso D cont´em um subanel isomorfo `a Zp, escrevemos car(D) = p.

$

Corol ´ario 7. Todo corpo ´e um dom´ınio, ent ˜ao a caracter´ıstica de um corpo ´e 0 ou p, com p primo .

m

Defini ¸c ˜ao 10 (Corpo de fra¸c ˜oes de um dom´ınio). Para todo dom´ınio D, podemos construir o seu corpo de fra¸c ˜oes Q(D), `a saber o conjunto

Q(D) ={a

b |a, b D, b̸=0} onde a

b = c

d ⇔ ad=bc.

(17)

b

Propriedade 13. Q(D) ´e um corpo com as opera¸c ˜oes a

b + c

d = ad+bc bd e a

b c d = ac

bd.

b

Propriedade 14. Q(D) ´e um corpo que tem as seguintes propriedades

1. D ´e um subanel de Q(D).

2. Se K ´e um corpo eD ´e um subanel deK ent ˜ao Q(D) ´e subcorpo de K. (Q(D)

´e o menor corpo gerado por D.) ê Demonstra ¸c ˜ao.

1. Seja a D ent ˜ao b D, b ̸=0 temos ab b = a

1 , identificamos a com a 1 . A adi¸c ˜ao e multiplica¸c ˜ao de D correspondem `a adi¸c ˜ao e multiplica¸c ˜ao de Q(D), restritas `as fra¸c ˜oes com denominador 1D.

2. .

m

Defini ¸c ˜ao 11 (Corpo das fun¸c ˜oes racionais com coeficientes num corpo.). Sejam K um corpo e K[x] o dom´ınio dos polin ˆomios com coeficiente em K. K(x), o corpo das fun¸c ˜oes racionais com coeficientes em K ´e definido como

k(x) = {f(x)

g(x)|f(x), g(x)K[x]; g(x)̸=0} k(x) ´e o corpo das fra¸c ˜oes de k[x].

m

Defini ¸c ˜ao 12 (Extens ˜ao de corpos). Sejam K e L corpos. Dizemos que L ´e uma extens ˜ao de K ⇔ K ´e um subcorpo de L. Escrevemos L|K. Nesse caso KL, K ´e um corpo com as opera¸c ˜oes de L e 1k =1L. L|K lˆe-se, extens ˜ao L sobre K.

(18)

Z

Exemplo 3. S ˜ao extens ˜oes R|Q, C|Q, R|Q, C|R.

b

Propriedade 15. Seja a extens ˜ao L|K ent ˜ao

car(L) =car(K).

ê Demonstra ¸c ˜ao. K e L s ˜ao corpos logo 1 K, L e da´ı

n

k=1

1 K, L e assume o mesmo valor em ambos para todo n N, da´ı ambos corpos tem a mesma caracter´ıstica, pois se a soma se anula em um corpo tamb´em se anula em outro e se a soma n ˜ao se anular em um dos corpos tamb´em n ˜ao se anula em outro pois assumem mesmo valor em ambos corpos para todo nN.

Z

Exemplo 4. Seja K um corpo. Sabemos que car(K) =0 ou car(k) =p, onde p ´e um natural primo. No primeiro caso k cont´em um dom´ınio isomorfo `a Z, `a saber o dom´ınio D={n.1K|nZ}. Como K ´e um corpo , o corpo de fra¸c ˜oes de D

´e um subcorpo de K, assim

KQ(D) = {n.1K

m.1K

| n, mZ; m̸=0}Q.

b

Propriedade 16. O menor subcorpo de K ´e Q(D) Q.No sentido que qualquer subcorpo de K deve conter Q(D).

m

Defini ¸c ˜ao 13 (Corpo primo). Seja K um corpo, O corpo primo de K ´e o menor subcorpo de K.

Z

Exemplo 5. Quando car(K) =0, m1k=0 m =0 e o corpo primo de K ´e Q(D) ={n.1K

m.1K

| n, mZ; m̸=0}.

(19)

b

Propriedade 17. Seja L|K uma extens ˜ao de corpos. As opera¸c ˜oes de adi¸c ˜ao e multiplica¸c ˜ao de L induzem em L uma estrutura de K-espa¸co vetorial. O multiplica¸c ˜ao por escalar do conjunto K, dada como cα onde c K e α L e a adi¸c ˜ao α+β usual de elementos de L.

m

Defini ¸c ˜ao 14(GrauL|K). A dimens ˜ao deLcomoK-espa¸co vetorial ´e chamada de grau de L|K, denotamos [L:K] =dimk(L).

m

Defini ¸c ˜ao 15 (Extens ˜oes finitas). Seja L|K uma extens ˜ao de corpos, dizemos que L|K ´e extens ˜ao finita quando [L : K] = c, c um n ´umero natural e denotamos [L : K] < ∞. Caso contr ´ario dizemos que L|K ´e extens ˜ao infinita e denotamos [L:K] =∞.

Z

Exemplo 6. Seja K um corpo, ent ˜ao K|K ´e uma extens ˜ao finita, pois K ´e um K-espa¸co vetorial de dimens ˜ao 1, pois 1k ´e uma base para K.

Z

Exemplo 7. C|R ´e uma extens ˜ao finita, pois {1, i} gera C como um R-espa¸co vetorial e al´em disso ´e linearmente independente, logo ´e uma base.

Z

Exemplo 8. [Q(2:Q] =2 pois temos base {1, 2}.

Z

Exemplo 9. (Exemplo de uma extens ˜ao infinita)

Sendo Kum corpo e x uma indeterminada sobreK, a extens ˜ao K(x)|K ´e infinita, pois {xk, kN} ´e linearmente independente sobre K, logo vale [K(x) :K] =∞.

(20)

b

Propriedade 18 (Multiplicatividade do grau). Sejam L|K e K|F extens ˜oes finitas de corpos, ent ˜ao L|F ´e extens ˜ao finita e [L:F] = [L:K][K:F].

ê Demonstra ¸c ˜ao. Seja L|KB = {ak|k In} uma base da extens ˜ao L|K e K|FB = {bs|sIm} uma base para a extens ˜ao K|F. Vamos mostrar que

L|FB={akbs|kIn, sIm}

´e uma base de L|F. Seja lL por L ser K espa¸co vetorial, existem kj K tal que l=

n

j=1

ajkj

e como kjK e K ´e F-espa¸co vetorial, ent ˜ao existem f(s,j)F tal que kj=

m

s=1

f(s,j)bs

logo

l=

n

j=1

aj

(∑m s=1

f(s,j)bs

)

=

n

j=1

(∑m s=1

f(s,j).bs.aj

)

=

n

j=1

m

s=1

f(s,j).(bs.aj)

assim podemos escreverl como combina¸c ˜ao linear dos elementos {ajbs|jIn, sIm}. Vamos mostrar agora que ´e linearmente independente, suponha

0=

n

j=1

(

m

s=1

f(s,k).bs)

| {z }

kjK

.aj

como L|KB ´e linearmente sobre K, temos que ter

m

s=1

f(s,j).bs =0

mas como K|FB ´e linearmente independente sobre F segue que f(s,j) = 0 para todo sIm. Assim segue que L|FB ´e uma base para L|F.

b

Propriedade 19. Se [L:F] ´e finita ent ˜ao [L:K] e [K:F] s ˜ao finitas.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Sejam as extens ˜oes L|K e K|F . Supondo [L : F] finita K L implica dimFK dimFL o que implica [K : F] [L : F]. Seja {ek, k Il} base de L como F espa¸co vetorial L =

l

k=1

Fek

l

k=1

Kek L onde a primeira soma ´e direta, logo sabemos que {ek, k Il} gera L como K espa¸co vetorial da´ı dimKL l, isto ´e, [L:K]l, logo tamb´em ´e finita.

(21)

$

Corol ´ario 8. Sejam as extens ˜oes L|K e K|F . [L : F] ´e finita ⇔ [L: K] e [K :F] s ˜ao finitas.

b

Propriedade 20. Seja Muma extens ˜ao do corpo K. Se [M:K] =p, pprimo, ent ˜ao todo corpo L com KLM, satisfaz L=K ou K=M.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Por multiplicatividade do grau temos

[M:K] =p= [M:L] [L:K]

logo [M:L] =1 ou [L:K] =1, da´ı L=K ou L=M.

m

Defini ¸c ˜ao 16 (Torre de corpos). Uma torre de corpos ´e uma sequˆencia de corpos (Fk)n1 onde Fk+1|Fk. Uma torre ´e dita finitaa sequˆencia ´e finita, caso contr ´ario ela ´e infinita.

m

Defini ¸c ˜ao 17 (Adjun¸c ˜ao). Sejam L|K uma extens ˜ao de corpos e S tal que S L. K[S] ´e o menor anel contido em L contendo KS e ´e dom´ınio por herdar propriedade do corpo L. Dizemos que k[S] ´e o subanel de L obtido pela adjun¸c ˜ao de S `a K.

K(S) ´e o menor corpo contido em L contendo KS, da mesma maneira K(S) ´e dito o subcorpo de L obtido pela adjun¸c ˜ao de S `a K.

m

Defini ¸c ˜ao 18 (Compositum). Sejam E e F extens ˜oes de K, se E e F est ˜ao contidos em um corpo L, denotamos por EF o menor subcorpo de L que cont´em E e F e o chamamos de compositum de E e F em L. Se E e F n ˜ao s ˜ao subconjuntos de um corpo L ent ˜ao n ˜ao definimos o compositum.

O compositum de uma subfam´ılia arbitr ´aria de subcorpos de um corpo L ´e o menor subcorpo contendo todos os corpos da fam´ılia ( Sendo no m ´aximo L ).

(22)

Tamb´em chamamos a extens ˜ao EF|F de transla¸c ˜ao de E para F.

m

Defini ¸c ˜ao 19. Seja K um subcorpo de E ek)n1 elementos de E denotamos por

K(α1,· · · , αn)

ou K(αk)n1 como o menor subcorpo de E contendo K e os elementos dek)n1.

b

Propriedade 21. K(α1,· · · , αn) ´e o corpo cujos elementos consistem em todos quocientes da forma

f(α1,· · · , αn) g(α1,· · · , αn)

onde f e g s ˜ao polin ˆomios den vari ´aveis com coeficientes em K e g(α1,· · · , αn)̸= 0.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

b

Propriedade 22. Sejam L|K uma extens ˜ao de corpos e αL, S={α}, K[x] o dom´ınio dos polin ˆomios com coeficientes em K, ent ˜ao

K[α] ={f(α)|f(x)K[x]}

o menor subanel de L que cont´em K{α} ´e {f(α)|f(x)K[x]}, o conjunto dos polin ˆomios com coeficientes em K aplicados em α.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

Para qualquerf(x) =

n

k=0

akxkemK[x]temosf(α) =

n

k=0

akαkL. A={f(α)|f(x) K[x]} ´e subanel de L que cont´em K{α}, cont´em α, pois f(x) = x K[x], da´ı f(α) = α A , tamb´em cont´em K, pois dado a0 K temos o polin ˆomio f(x) = a0 K[x]

e da´ı f(α) = a0 A. O conjunto A ´e subanel pois 0 B, a soma e o produto s ˜ao fechados e o inverso aditivo pertence ao conjunto, as outras propriedades tamb´em

(23)

se verificam, temos uma soma abeliana, produto associativo e vale a propriedade distributiva. Para qualquer subanel B de L que contenha K{α} tem-se

αn BnN

a.αn B, com aK.

Logo

n

s=0

s A, da´ı AB.

Logo todo anel de L que cont´em K{α} cont´em A, logo A ´e o menor subanel.

$

Corol ´ario 9. K(α) ´e o menor subcorpo de L que cont´em L e K{α} e tem que conter o dom´ınio K[α], portanto K(α) cont´em o corpo de fra¸c ˜oes de K[α], isto ´e,

K(α)Q(K[α]) = {f(α)

g(α) |f(x), g(x)K[x], g(α)̸=0}K(α) disso segue que

K(α) ={f(α)

g(α) |f(x), g(x)K[x], g(α)̸=0}

m

Defini ¸c ˜ao 20 (Finitamente gerado). E ´e finitamente gerado sobre K, se existem elementosk)n1 em E, tais que E=K(αk)n1.

m

Defini ¸c ˜ao 21 (Elemento alg´ebrico ou transcendente sobre K). Seja L|K uma extens ˜ao de corpos e sejaaL. a ´e dito alg´ebrico sobreK⇔ existef(x)K[x]\{0} tal que f(a) =0, caso contr ´ario a ´e transcedental sobre K.

m

Defini ¸c ˜ao 22 (Elementos alg´ebricos ou transcendentes). Para elementos alg´ebricos ou transcendentes sobre Q n ˜ao mencionaremos o corpo envolvido, di- remos apenas que s ˜ao alg´ebricos ou transcendentes.

(24)

Z

Exemplo 10. Se a 0 ´e racional ent ˜ao apq ´e alg´ebrico, pois ´e raiz de xq−ap. Onde p, q positivos em N .

$

Corol ´ario 10. Sea ´e alg´ebrico sobre K,F|Kextens ˜ao, ent ˜ao a ´e alg´ebrico sobre F, pois existe P(x)K[x] tal que P(α) = 0, por´em de KF segue P(x)F[x], pois os coeficientes em K tamb´em s ˜ao elementos de F, logo a ´e alg´ebrico sobre F.

$

Corol ´ario 11. Suponha a torre de corpos

KK(α1)K(α1, α2)⊂ · · ·K(α1,· · · , αn)

cada elemento gerado pelo anterior pela adjun¸c ˜ao de um ´unico elemento. Se cada αk ´e alg´ebrico sobre K ent ˜ao ent ˜ao cada αt+1 ´e alg´ebrico sobre K(α1,· · · , αt), da´ı cada degrau ´e alg´ebrico e a torre ´e dita alg´ebrica.

m

Defini ¸c ˜ao 23 (Polin ˆomio m´ınimo de a sobreK). Sejam L|K e aL alg´ebrico sobre K. O polin ˆomio P(x) K[x] m ˆonico irredut´ıvel tal que P(a) = 0 ´e o polin ˆomio m´ınimo de a sobre K. Denotaremos tal polin ˆomio como Pa|K(x).

Z

Exemplo 11. Todo α K ´e alg´ebrico sobre K, com polin ˆomio m´ınimo x−αK[x].

Z

Exemplo 12. i ´e alg´ebrico sobre Q e seu polin ˆomio m´ınimo sobre Q ´e x2+1Q[x].

Z

Exemplo 13. π e e s ˜ao n ´umeros transcendentes sobre Q.

(25)

b

Propriedade 23. Se P(x)K[x] tal que P(a) =0 ent ˜ao Pa|K(x)|P(x).

Teorema 1 (Caracteriza¸c ˜ao de elementos alg´ebricos). Sejam L|K uma extens ˜ao de corpos e αL. Temos que α ´e alg´ebrico sobre k⇔ [K(α) :K]<∞, nesse caso k(α) = k[α] ,[K(α) : K] = n, onde n = grau(P(x)) e P(x) K[x] ´e o polin ˆomio m´ınimo de α sobre K.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

⇒). Sejam P(x) o polin ˆomio m´ınimo de α sobre K, f(x) K[x] tal que f(α) ̸= 0.

Ent ˜ao P(x) n ˜ao divide f(x) e da´ı existem g(x), h(x) em K[x] tais que g(x)P(x) +h(x)f(x) =1

disso segue que h(α)f(α) = 1, f(α) ´e invert´ıvel em K[α], que fica sendo n ˜ao apenas anel por´em corpo, por isso deve ser igual `a K(α).

As potˆencias α0, · · · , αn−1 s ˜ao LI sobre K, pois se n ˜ao

n−1

k=0

akαk = 0 com coefi- cientes n ˜ao todos nulos em K, da´ı g(x) =

n−1

k=0

akxk ´e n ˜ao nulo e g(α) = 0 logo P(x) divide g(x), o que ´e absurdo pois o primeiro possui grau maior.

Seja f(α) K[α] onde f(x) K[x] ent ˜ao existem polin ˆomios q(x), r(x) em K(x) tais que ∂ R < n e f(x) =q(x)P(x) +r(x) ent ˜ao f(α) =r(α) e α0,· · · , αn−1 ´e base de k[α] como espa¸co vetorial sobre K, logo [K(α) :K] =n.

⇐).

Supondo [k(α) : K] = n, tomamos A = {α0,· · ·, αn}, A ´e linearmente dependente sobre K, pois possui n+1 elementos, logo existe (ck)n0 em K nem todos nulos, tais que

n

k=0

ckαk=0

logo tomando f(x) =

n

k=0

ckxk em K[x] temos f n ˜ao nulo e f(α) = 0, da´ı α ´e alg´ebrico sobre K.

(26)

$

Corol ´ario 12. Sejam L|K uma extens ˜ao de corpos e α L. Temos que α ´e transcendente sobre K ⇔ K(α)|K ´e extens ˜ao infinita. Nesse caso K[a]̸=K(α).

Z

Exemplo 14. Seja α =331, estudamos a extens ˜ao Q(α)|Q. Temos α3 =2, α

´e raiz de x32zinQ[x] que ´e irredut´ıvel pelo crit´erio de Eisenstein , da´ı [Q(α) : Q] =3 e {1, α, α2} ´e uma base de Q(α) sobre Q .

b

Propriedade 24. Sejam L|K um extens ˜ao de corpos, α L. K(α, β) = K(S)

onde S={α, β}. Vale que

K(α)(β) =K(α, β) = K(β)(α).

ê Demonstra ¸c ˜ao. Vale que α, βK(α, β) e K K(α, β) logo K(α)K(α, β) e K(α)(β)K(α, β). K(α)(β) ´e o menor subcorpo de L que cont´em K(α){β} ent ˜ao

K(α)(β)K(α){β}K{α, β}

logo K(α)(β)K(α, β) pois K(α, β) ´e o menor subcorpo de L que cont´em K{α, β}, disso segue que K(α, β) = K(α)(β).

Como K(α, β) =K(β, α) = K(β, α) ent ˜ao

K(α)(β) =K(α, β) = K(β)(α).

Z

Exemplo 15. Mostre que Q(2+3) =Q(2,3) como temos 2, 3

Q( 2,

3) segue 2+

3 Q( 2,

3) logo Q( 2+

3) Q( 2,

3). Vamos mostrar que

2 e

3Q( 2+

3) . Sendo α =

2+

3 temos

3= α−

23= α22

+2 logo 2 = α2−1⇒

2 = α21

Q(α)e

3=α−

2Q(α)logoQ( 2+

3) =Q( 2,

3).

O polin ˆomio m´ınimo de α sobre Q pode ser obtido da seguinte maneira, de 2

21242+1⇒α410α2+1=0

(27)

portanto α ´e alg´ebrico sobreQ e o polin ˆomio m´ınimo de αsobre Q ´eα −10α +1, pois

[Q( 2)(

3) :Q] = [Q( 2)(

3) :Q(

2)][Q(

2) :Q] =2.2=4 pois

3/ Q(

2) (mostre!).

m

Defini ¸c ˜ao 24 (Extens ˜ao simples). Seja L|K uma extens ˜ao de corpos. Dizemos que L|K ´e uma extens ˜ao simples∃α∈L tal que L=K(α).

b

Propriedade 25. Seja L|K uma extens ˜ao de corpo. Se α, βL s ˜ao alg´ebricos sobre K, ent ˜ao α±β, α.β e α

β com β̸=0 s ˜ao alg´ebricos sobre K, Desse modo {αL|α ´e alg´ebrico sobre K}

´e um subcorpo de L que cont´em K.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Seja δ±β, α.β α

β β̸=0} ent ˜ao δK(α, β) e KK(δ)K(α, β).

Vamos mostrar que [K(α, β) :K]<∞ da´ı por multiplicatividade dos graus [K(α, β) :K] = [K(α, β) :K(δ)] [K(δ) :K]

pelo que j ´a mostramos o fato de [K(α, β) : K] ser finito implica [K(α, β) : K(δ)] e [K(δ) :K] finitos logo alg´ebricos.

Sejam f, g K[x] os polin ˆomios m´ınimos de α e β sobre K, com graus m e n respectivamente temos que

[K(α) :K] =m, [K(β) :K] =n.

f(x)K(x)K(β)[x] ´e tal que f(α) =0, logo α ´e alg´ebrico sobre K(β), sendo P o polin ˆomio m´ınimo de α sobre K(β) de grau s, ele divide f(x) em K(β)[x] logo sm, portanto [K(β)(α) :K(β)] =sm o grau ´e finito e a extens ˜ao total [K(α, β) :K] =sn

´e finita por multiplicatividade dos graus. Como a extens ˜ao [K(α, β) :K] ´e finita ela ´e alg´ebrica.

(28)

m

Defini ¸c ˜ao 25 (Fecho alg´ebrico de Q). Consideremos a extens ˜ao de corpos C|Q. Chamamos de fecho alg´ebrico de Q ao subcorpo Q de C definido por

Q={αC, α ´e alg´ebrico sobre Q}

Q ´e realmente corpo pela propriedade anterior. O conjunto dos n ´umeros alg´ebricos ´e um corpo.

$

Corol ´ario 13.

QQC.

$

Corol ´ario 14. A extens ˜ao Q|Q ´e infinita, por´em ´e alg´ebrica .

Ela ´e infinita, pois supondo que fosse finita [Q : Q] = n, arranjamos um elemento que n ˜ao ´e raiz de nenhum polin ˆomio com grau n, por exemploxn+1−2

´e irredut´ıvel sobre Q, α sendo uma raiz desse polin ˆomio tem-se que [Q(α) :Q] = n+1 e Q(α)Q, logo n ˜ao pode ser [Q:Q] =n.

m

Defini ¸c ˜ao 26 (Extens ˜ao alg´ebrica ou transcendente). A extens ˜ao de corpos L|K ´e dita alg´ebricatodo α L ´e alg´ebrico sobre K. Caso contr ´ario L|K ´e dita transcendente. Ent ˜ao para que a extens ˜ao seja transcendente basta que exista alguma αL que seja transcendente.

$

Corol ´ario 15. A extens ˜ao R|Q ´e transcendente.

Z

Exemplo 16. π ´e transcendente, isto ´e, P(x)Q[x]\{0}vale que P(π)̸=0.

(29)

Z

Exemplo17. A extens ˜ao C|R ´e alg´ebrica. DadoαCent ˜ao existema, bR tais que α=a+bi, logo

(a−α)2 = (bi)2 = −b2 =a22α.a2 ⇒a2+b22aα2 =0,

α ´e ra´ız def(x) = x2−2ax+a2+b2, todo n ´umero complexo ´e ra´ız de um polin ˆomio de coeficientes reais, da´ı α C arbitr ´ario ´e alg´ebrico sobre R e portanto C|R ´e uma extens ˜ao alg´ebrica.

b

Propriedade 26. Se F|K ´e extens ˜ao finita, ent ˜ao F|K ´e alg´ebrica.

ê Demonstra ¸c ˜ao.[1] Sejam dim[F : K] = n, a F, e a sequˆencia (ak)nk=0 que possuin+1 termos, como possui n+1 termos n ˜ao pode ser linearmente independente sobre K, logo existem (ks)n0 em K, tais que

n

s=0

ksak =0

portanto fabricamos um polin ˆomio P(x) =

n

s=0

ksxk, que se anula em a, como tal elemento ´e arbitr ´ario segue que a extens ˜ao ´e alg´ebrica.

ê Demonstra ¸c ˜ao.[2] Seja α F arbitr ´ario. Temos que K K(α) F e da´ı por multiplicatividade dos graus sabemos que [K(α) : K] divide [L:K], como ´e finita, ent ˜ao α alg´ebrico.

b

Propriedade 27. Se L|K ´e uma extens ˜ao finita, ent ˜ao existemk)n1 em L, alg´ebricos sobre K tais que L = K(αk)n1, isto ´e, se L ´e uma extens ˜ao finita de K ent ˜ao L ´e finitamente gerada.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Seja n = [L : K] ek, k In} L uma base de L sobre K, ent ˜ao

L=

n

k=1

k K(αk)n1 L

(30)

logoL=K(αk)n1, pela proposi¸c ˜ao anterior cadaαk ´e alg´ebrico sobre K, pois a extens ˜ao

´e finita e por isso alg´ebrica.

b

Propriedade 28. Seja F|K extens ˜ao, ent ˜ao s ˜ao equivalentes

1. K[α] ´e corpo

2. φ:K[x]→K[α] com φ(f(x)) =f(α) n ˜ao ´e injetora.

3. α ´e alg´ebrico.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

1)2). α−1 K[α] implica que existe P(x) =

n

k=0

akxk com ak K tal que P(α) = 1

α =

n

k=0

akαk, disso segue que

n

k=0

akαk+1 = 1, implica que tomando f(x) =

n

k=0

akxk+11 temosφ(f(x)) =f(α) =0 logo a fun¸c ˜ao n ˜ao ´e injetora pois possui mais de um elemento no seu Kernel, al´em do polin ˆomio nulo.

2)3). Existe f(x) K[x] tal que φ(f) = 0 = f(α), logo α ´e alg´ebrico sobre K, pois temos polin ˆomio que se anula com coeficientes em K. 3)⇒2) tamb´em n ˜ao ´e complicado, pois α alg´ebrico implica que existe P(x) K[x]\ {0} tal que P(α) =0 da´ı tem-se φ(P) =0.

3)1). Seja Pα|K(x) o polin ˆomio m´ınimo de α sobre K, seja h(α) K[α]\ {0}. h(x) K[x], h(x) n ˜ao se anula em α, temos duas possibilidade do mdc com o polin ˆomio m´ınimo ele ´e 1 ou ´e o polin ˆomio m´ınimo, a segunda possibilidade se descarta pois h n ˜ao se anula em α, ent ˜ao existem g1 e g2 polin ˆomios tais que

1=Pα|K(x)g1(x) +h(x)g2(x) e da´ı aplicando em α tem-se

1=h(α)g2(α)

o inverso est ´a no conjunto, logo temos um corpo, pois o conjunto j ´a era anel comutativo com unidade.

(31)

b

Propriedade 29. L|K ´e alg´ebricatodo anel R, com KRL for corpo.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

⇒).

Suponha L|K alg´ebrica, seja um anel R com K R L, seja α R temos que mostrar que α−1R, α ´e alg´ebrico sobre K, como αL ent ˜ao α ´e alg´ebrico sobre K, existe P(x) =

n

k=0

akxk tal que

n

k=0

akαk =0, tomamos o menor t tal que αt ̸=0 logo

n

k=0

akαk=

n

k=t

akαk =0

n

k=t+1

akαk = −atαt

n

k=t+1

akαk−1−t=

n−1−t

k=0

ak+t+1αk = −atα−1

como at K ent ˜ao a−1t K e em R, portanto α−1 ´e escrito como soma de elementos do anel R por isso pertence ao anel, como quer´ıamos mostrar.

⇐).

Tomamos α L arbitr ´ario, K[α] ´e anel, logo ´e corpo. Logo existe α−1 K[α].

Existe P(x) =

n

k=0

akxk com ak K tal que P(α) = 1 α =

n

k=0

akαk, disso segue que

n

k=0

akαk+1 = 1, implica que tomando f(x) =

n

k=0

akxk+11 temos f(α) = 0 logo α

´e alg´ebrico sobre K, como o α tomado ´e arbitr ´ario, segue que L|K ´e uma extens ˜ao alg´ebrica.

b

Propriedade 30. Sejam F|K,αF, temos que k(α)|K ´e finita ⇔α ´e alg´ebrico sobre K.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

⇒).

K(α)|K ´e finita implica que K(α)|K ´e alg´ebrica, logo α ´e alg´ebrico sobre K.

⇐). Suponha que α seja alg´ebrico,

Pα|K(x) =xn+

n−1

k=0

akxk,

vamos mostrar que {1, α,· · · , αn−1} ´e base de K(α)|K. Primeiro, suponho por ab- surdo que o conjunto seja L.D, ent ˜ao existem (ks)n−10 em K, n ˜ao todos nulos tais

(32)

que

0=

n

s=0

ksαs

tomando h(x) =

n

s=0

ksxs chegamos em contradi¸c ˜ao com minimalidade do grau do polin ˆomio m´ınimo.

f(α)K[α], pois por divis ˜ao euclidiana

f(x) =Pα|K(x)g(x) +r(x) aplicando x=α temos

f(α) =r(α)

, da´ı r(x) tem que ser identicamente nulo, pois o grau ´e menor que do polin ˆomio m´ınimo.

m

Defini ¸c ˜ao 27 (Classe de extens ˜oes not ´aveisa ). Seja C uma certa classe de extens ˜oes E|F, dizemos que C ´e not ´avel, quando se verificam as condi¸c ˜oes

1. Seja E|F|K, ent ˜ao E|KC⇔E|F e F|K em C.

2. Se F|K em C e E ´e qualquer extens ˜ao de K com EF em algum corpo ent ˜ao EF|E em C.

3. Se F|K e K|E em C com F e E subcorpos de um mesmo corpo, ent ˜ao FE|K em C.

aNo texto de algebra de Serge Lang o termo usado ´e distinguished, por´em preferi usar o termo not ´avel

(refazer figuras)

$

Corol ´ario 16. A condi¸c ˜ao 3) segue das condi¸c ˜oes 1) e 2) pois se E|K e F|K em C ent ˜ao pela condi¸c ˜ao 2) segue EF|E e pela condi¸c ˜ao 1) EF|K em C. Ent ˜ao precisamos testar apenas as duas primeiras condi¸c ˜oes.

(33)

Figura 1.1: Na propriedade 1) vale a ida e a volta

Figura 1.2: Propriedade 2)

b

Propriedade 31. A classe das extens ˜oes alg´ebricas e das finitas s ˜ao not ´aveis.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Considere C a classe das extens ˜oes finitas.

1. E|F e F|K s ˜ao finitas ⇔ E|K ´e finita, por multiplicatividade dos graus.

2. Suponha F|K finita e E extens ˜ao de K, existem elementos (αk)n1 em F, alg´ebricos sobre K, tais que F = K(αk)n1, ent ˜ao EF = EK(αk)n1 = E(αk)n1 ent ˜ao EF|E ´e finitamente gerada por elementos alg´ebricos, portanto finita.

Agora o caso de extens ˜oes alg´ebricas.

⇐).

Suponha E|K alg´ebrica, dado α E existe P(x) K[x] tal que P(α) = 0, como FE ent ˜ao F ´e alg´ebrico sobre K. E ´e alg´ebrico sobre F pois, como KF ent ˜ao P(x)K[x]F[x].

⇒. Suponha queF|Ke E|Fs ˜ao alg´ebricos. SejaαEarbitr ´ario, ent ˜aoαsatisfaz

n

k=0

akαk=0

(34)

Figura 1.3: Propriedade 3)

com ak F, pois α ´e alg´ebrico sobre F. Seja F0 = K(αk)n1 ent ˜ao F0|K ´e finita, pois F|K ´e alg´ebrica, logo cada ak ´e alg´ebrico. Considere a torre:

KF0 F0(α)

cada degrau da torre ´e finito, ent ˜ao F0(α) ´e finito sobre K, da´ı α ´e alg´ebrico em K, como α ´e arbitr ´ario ent ˜ao E|K ´e alg´ebrica.

Seja F|K alg´ebrica, ent ˜ao E|F ´e alg´ebrica, pois dado αF temos P(x)K[x] tal que P(α) =0, como K E vale P(x) K[x] E[x], ent ˜ao todo elemento de F ´e alg´ebrico sobre E, o conjunto

A={x EF|x´e alg´ebrico sobre E}

´e corpo e cont´em E e F, como EF ´e o menor corpo com essa propriedade, ent ˜ao EF=A ent ˜ao todo elemento de EF ´e alg´ebrico sobre E

Z

Exemplo 18. Determine o polin ˆomio m´ınimo de α = cos(

p ) +isen( p ) em Q, onde p ´e um natural primo.

Sabemos que αp =cos(2π) +isen(2π) =1, logo α ´e raiz de xp1= (x−1)

p−1

k=0

xk

(35)

seja f(x) = x −1

x−1 ent ˜ao f(x+1) = (x+1)p1

x =

p k=0

(p

k

)xk1

x =

p k=1

(p

k

)xk x

p−1

k=0

( p k+1

)

| {z }

ak

xk

logo a0 = p, ap = 1 p|a0 e p2 ̸ |a0, p ̸ |ap, al´em disso p|ak para os outros valores por propriedade de coeficiente binomial. Logo f(x+1) ´e irredut´ıvel sobre Q por crit´erio de Eisenstein. Vale que [Q(α) :Q] =p−1.

1.4 Constru ¸c ˜ ao de uma raiz.

Seja K um corpo e f(x) um polin ˆomio de grau 1 em K[x], nesta se¸c ˜ao considera- mos o problema de achar uma extens ˜ao E de K em qual f possui uma raiz. Se P(x) ´e um polin ˆomio irredut´ıvel emK[x]que divide f(x) ent ˜ao qualquer raiz de P(x) tamb´em

´e raiz de f(x), logo iremos nos restringir ao estudo com polin ˆomio irredut´ıveis.

m

Defini ¸c ˜ao 28 (Raiz). Seja L|K uma extens ˜ao de corpos e seja f(x)k[x]. Um elemento αL´e uma raiz de f(x) ⇔ f(α) =0.

b

Propriedade 32. Seja L|K uma extens ˜ao de corpos e α L uma raiz de fK[x]. Ent ˜ao, (x−α)|f(x) em L[x].

ê Demonstra ¸c ˜ao.

Comof(x)K[x]L[x] por divis ˜ao euclidiana porx−αemL[x]existemq(x), r(x) em L[x] tais que

f(x) = (x−α)q(x) +r(x)

onde r(x) = 0 ou 0∂r(x)<1, da´ı r(x) =rL, f(x) = (x−α)q(x) +r, f(α) =0 =r, f(x) = (x−α)q(x).

m

Defini ¸c ˜ao 29 (Multiplicidade de raiz). Seja L|K uma extens ˜ao de corpos.

Dizemos que αL ´e uma raiz de multiplicidade m de f(x)k[x] ⇔ (x−α)m|f(x)

(36)

em L[x] mas (x−α)m+1 n ˜ao divide f(x) em L[x].

Quando m =1, α ´e uma raiz simples de f.

Com m=2, temos raiz dupla.

Com m=3, raiz tripla e assim por diante.

Com m2, α ´e dita m ´ultipla.

Contamos uma raiz de multiplicidade m como sendo m ra´ızes (α)m1 .

b

Propriedade 33. Se f(x) ´e de multiplicidade m ent ˜ao em L[x] temos f(x) = (x−α)mq(x) onde q(α)̸=0.

b

Propriedade 34. Seja K um corpo. Se f(x) k[x] ´e um polin ˆomio de grau n1 ent ˜ao f(x) tem no m ´aximo n ra´zes em qualquer extens ˜ao L de K.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Faremos a demonstra¸c ˜ao por indu¸c ˜ao sobre n =∂f(x) 1.

Se n=1 temos f(x) =ax+b, a ̸=0, bK logo temos apenas uma raiz x= −b a K, fica provada a base da indu¸c ˜ao.

Supomos o resultado v ´alido para os polin ˆomios em K[x] de grau s, 1 s < n e vamos provar para n. Seja L|K, f(x) K[x] com ∂f(x) = n. Se f(x) n ˜ao tem raiz em L, ent ˜ao o resultado segue. Supondo que f(x) tem raiz em α L de multiplicidade m , como (x−α)m | f(x) L[x] ent ˜ao n = ∂f(x) m = ∂(x −α). Em L[x] temos f(x) = (x −α)mq(x) com q(α) ̸= 0, ∂q(x) = n−m 0. Se β ̸= α L ´e raiz de f(x) ent ˜ao 0 = (β −α)mq(β) L, L ´e corpo ent ˜ao q(β) = 0. β ´e raiz de q(x), n > ∂q(x) = n−m 1. Por hip ´otese de indu¸c ˜ao q(x) tem no m ´aximo n−m ra´ızes em L e da´ı f(x) tem no m ´aximo m+ (n−m) = n = ∂f(x) ra´ızes em L, e o resultado segue por indu¸c ˜ao.

m

Defini ¸c ˜ao 30 (Congruˆencia m ´odulo I). Sejam A um anel comutativo com

Referências

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