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096.1
ILUMlNURAS E MINIATURAS MEDIEVAIS
SÍLVIA CORTEZ SILVA Professor Assistente'
DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA - U.F .PE
Breve história da ilustração na Idade Me dia. Principais características e tecni~ ca s das iluminuras e niiniaturas med-ie-' vais.
I.MINIATURAS E ILUMINURAS
Desde os tempos mais remotos o. homema-uornoú e'\ ilustrou seus manuscritos. U m dos documentos mais antigos e típicos eram os
j - ~ .
rolos de papiros que eont inham o
texto
egípcio conhecido como o Livro dos Hort.os , 'onde se podia observar numerosas cenas pintadas em cores vi'Vas_Atraves da informação de vários autores latinos sabe-se que enRoma no principio do Imperio ezara comuns -o s Itlivrosilustrá';': dbs" ". O pergamínho era adornado de vinhetas predominando a cor de p U ! . .
pura e as letras grafadas em ouro e pr at.a , Entretanto, o apogeu do ma nuserito iluminado ocorreu na Idade M.édia, geraíhie~te 'escrito ;. '~obre pergaminho, os manuscritos aparecem em papel no fim do medievõ. Como a -mai'Oridadeda arte da ilustração
ê
efetivada nesta época, convemes tabelecer a diferença entre dois termos muitas vezes citados como si'-nbnimo: miniatura e iluminura.As miniaturas, eram desenhos de pequenas dimensões rela -cionadas com o texto. A paléNra miniatura deriva-se de minium ( tinta vermelha) usada para pintaras letras iniciais dos capitules dos
ma-ne seríto s , O tamanho reduzido das pinturas medievais originou
contro-versias quanto
ã
origem etnnolôgica da palavra~ derivando-a de minu-tum. coisa pequena, '-miúda, e ap1icando-a 'às miniaturas ou "p+ntarras reduzidas". Atua'lmente , se emprega de modo especial para designar re-tratos diminutos e por analogia para significar algo de pequenas di mensoes.Quanto às ilumin'Jras trabalhadas com a técnica do vi traI,
finalmentetraçadás e colorid"ls, são de uma beleza e luminosidade im
-possIveis de traduzir pelas mais apuradas técnicas da indústria
gráfi-ca atual. Se bem que as iluminuras às vezes não tenham relação com o
texto servindo apenas como decoraçao da página, mantem sua importância
Como precursoras da ilustração moderna.
EnquantzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAo:as miniaturas vão se fixar no máximo em duas cores •
nas iluminuras abundam uma variedade de cores primárias e secundárias.
Para Wilson Martins os dois tipos, a miniatura e a
ilumi-nura se confundem, uma vez que a ornamentação dos manuscritos nao es
-tã apenas ligada ao uso do min.ium nas letras e figuras:"a miniatura é
uma tecnica mais pobre e mais restrita que a iIuminura, e so esta úIti
ma merece propriamente o nome de ilustração, de decoração da página'!.
1.1 Miniaturas e iluminuras bizantinas
Os mánuscritos bizantinos podem ser divididosUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAt para
o
es-tudo de suas miniaturas e iluminuras. em manuscritos profanos e
manus-'cr Ltos religiosos.
Entre os manuscritos profanos o mais antigo é o calendã
de 354, executado em Roma por utnartista oriental. De um modo geral o
e,s1:.il.:.o.Aasminiaturas e iluminurasestão dentro das tradições da arte
helênica. No seculo IV ~ o dourudo vai ser usado para intensificar as
tonalidades e as orlas que enqcad ram as figuras, estao ,. ornamentadas
com losangos dourados. são várias as obras desse periodo que denotam o
puro estilo grego dar a grande importância de Cosme Indicoplentes que
em sua obra Topografia Cristã reúne, junto com as reminiscencias do
passado o espirito particular ('o grego e, graças a ele penetram na eco
10gia bizantina toda uma serie de composições e tipos novos.
Entre os manuscritos religiosos, perdura .a; '..ilustração
presa
ã
arte grega, mas se obse-rva uma tenrtência cada vez maior do usodo dourado (às vezes re cobríndo toda a superficie do pergaminho) e de
cores brilhantes. Vale registra.r umEvangelho Siríaco, ilustrado por
Um monge chamado Rabula. A obra. citada e curiosa pela apresentação, pe
Ia primeira vez, na iconografia. crí s
tã
dos evangelistas .re·tratadoscomaspectos profanos, e por grandes c0:olposições de página inteira, toda
dividida à moda de mosaicos.
1.4
13-19, dez.1981
:ral,
'âfi-)res, ras ,
~s
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UTSRQPONMLKJIHGFEDCBAl e
iltigfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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commotivos geométricos.
o
movimento iconoclasta afetou de certa forma, as caracteri.sticas das miniaturas e iIuminuras, culminado E m 843 quando a figu-ra humanaaparece estilizaddIssnna e o ornato vai 'ter muito maior
im-portância.
o
manuscrito sacro ou profano, apesar da forte influênciaec1esiãtica, harmonizou uma soma considerável de experiência artisti ca com estilos diversos •
• '~'.: -,I.
-E m que pese as grandes influências helênicas que foram
umaconstante na miniatura e iluminura bizantina, as mesmasforam
80-,~f~~~~j'rdaspelo condicionamento r el igioso, na época em que as mesmas atingir:,cunsua maioridade.
1.2 Miniatura e Iluminura Cêlticas e Anglo-saxônicas . -, ":-::
A ilustração aparece nos manuscritos celticos ~ partir do secul.pVII~ A escola irlandesa de ornamentação de manuscrito' era au-tõctoIle. oriunda e inspirada pela primeira civilização do pais»desti-nada a influir profundcunentena arte britânica chegando ate o conti -nente. A arte celtica combina comexatidão matauatica os adornos e
fi-guras, distribuindo as' cores de tal maneira entre estes elementos que dã ao conjunto uma aparência esmaltada. Principalmente as miniatu . Tas celticas se inspiraram nos objetos de metal e ourivesaria, o que
jãera tradicional entre os ce1ticos. O estilo celtico passou da:~ ' 1 '
-landa
ã
Escócia ,edepoisã
Inglaterra. A originalidade das~lIliniaturas anglo-saxônicas está numafuSão de elementos celticos e romanos. Pos-teriormente, a influência carolmgia se faz nas ilustrações auglo-sa-xôuicas, sobretudo nas cercaduras onde aparecem motivos ornamentaistomados da arquitetura românica. O ~ro é usado profusamente e'J mais tarde no século
XIII,
em vez de ser aplicado em estado lIquido é utili zadp ,emfolha com intencobrilho. técnica que deu maior realce às mi-niaturas. A inicial miniaturizada vai encerrar dentro de seusli.Íliites umaminiatura que ilustra a matéria do texto imediato. Esta inovaçao na arte da miniatura vai ser adotada cOmodetalhe favorito da orname~ tação .••1.3 Miniatura e Iluminura Carolingia
As miniaturas- da escola éarollngia,. al· 'émda tradição
classica e da influência cêltica, vão apr e sent ar çem muitas produções,
o elemento,UTSRQPONMLKJIHGFEDCBAm e r o v Ing í o ou franco L o m b ardo isolado de qualquer -.estilo.
Caracteriza-se pelas iniciais que são acompanhada s de motivos da fau-na. -As cores que predominam são: verde, lar anj a < ! amarelo. Tanto as
. tonalidades como os desenhos, demonstram qu~ os artistás se inspira-ram ~o esmalte (miniatura cêl~ica).
Eu
(~
1.5 Miniatura e lluminura !:'talia,us
Impo s s rve~ 1 ent.r e f ' . . • . . "if'
tanro , axar car ac t er aat ãcas espec acas
i ' das ilúminuras
e
miniatura.s c~,.rolingias e u função das inÜmeras ofici-nas que surgiram nos vários cent ro s culturais do Império .: de Car Los Magno, cuja produção apresenta, diferenças d e estilo.1.4 Miniatura e Iluminura G(~~::J,6'nica
O século X, ass':naia a época áurea do manuscrito miniatu-rado e ilustrado, na Al'j'l"""It1:~",: cem a disnat ia sâlica dos Otões. Os
.
manuscritos vão ter grsr:.êi.::;; p<:t!.;inass comb iuando a ilustração com o
texto. O centro da, prodc çâ'c < > e r a a aba.d í.a de Richenau
e .:e
'póssivé! distinguir duas fa c:es! na i)'riD.eíra , as obras têm mais um caraternar-rativo 'e - estavam destin da:> <~c en s íno , na segunda fase a austeridade vai pouco" a pouco' sendo i>'~lbst r tu Ida pelo ado rno ,
A s r a í n Latuz as c iluminuras í.t a lLanas , vao aparecer, com
btÜb,.-no momento que receb(~:J a influência :· .~t· ancc-10lllbarda e bizant.f .na; .'anteriormente o s e u aspecto
ê
bastante::'J:~:i.mârio. A s :dnfiuenciascitad~~ 'vão tend~ncionar as miniaturas ital :'.a.nas separadamente. Nas 'clue apr'e~ntama,~tmdência b í.saat i.na , o d c sen'jo da figura ê o~entro principal, segueomêtodo clãsúco, pura.l/~nt(!grego. Neste estilo. o colorido 'é opaco, as tint-'" .,: •.1 <r1.:i.cada.s sobre -rm fUlldo,'y~rde oliva.
A s mindatur a s ;:resils a in.ZJ,\lên::i:s L o r s b a r d a s .: :!apresentam
" ] . - -.
maiores ornatos, entre::;ç::"~; !'.e 0-:rabesco~ e mot ívo s ,da, f~una, I : : ; com
brÚhante ~olo~Úo e uso "',":-:9;',,:·.ado do .dour ado •
. _ , . '~ : . , . '~ '. - = , , . . . , . .- >; -. ).~ ~. '"" : : j ::-r·
. .... -r
, 1. 6 Miniatura ~'Ii~~inUJ:a R0:,\â;:!j"~ \
; : . ,. '. . " , . " : ~ . . i ( " . . ,
A
arte
românié-<! ioj~ a arte que mais enriqueceu a L c o n ografia dos séculos
XI
e XII. Ê . n n a atte· ~5;:,,,,::,cá. e que contem toda umaclasse de símbolos. ant Igo s e mi.sr er Io so s , A arte românica
e
antes ded . , . . -
-tu o, um espãr-at;o , e exat auent e. a expr~3S:'í;f';:'igiüal de.UIDfl <70ncepçao
'de vida. e, emparticl~:':n::,I:a '.lÍ:ia espiy'itu,::-~:!. f ': ' religiosa que foi,gfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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em um"momento dado, comum aos palses cristãos.
A França por sua posição geografica vai ser o centro Europa românica. Considera-se a época românica a idade de Durá da ilu lllin.açãcí dos manuscritos; aparece certa estilização, simplicidade, fir
m e z a do traço, tintas em tons vivos, ausência de sombreados. ',j
A miniatura da epoca reco br e a totalidade da pagina que iluridna. T ~ grande:importância' na miniatu;a românica a Blblia feita
em~~,Satnt-Bertin~ o Salterio feitocin Saint-Vaaste, a vida de Santo Amando, produzidoe~ Saint-Amand deValenciennes. Com estes documen
tos e po ss'[vaI estuda~ o m e s m o tema iconogrâfico ao largo dos secu 10s.
O s manuscritos românicos não foram executandos para
impe-radores nem grandes va asal.o s, se destinavam a, outro tipo de públicó. Foram feitos para a própria abadia que os executou, seu conteúdo e 'de cunho filosófico e teológico, embora tambem tratem de assuntos litera
..•
rios. ,Existem também os livros d e st ínado s aos fiéis: as biblias dos pobres. As imagens são deI iberad ament e informativas. Estavam tambem destinados ao povo cristão' os rolos de Exult, muitos dos quais proce-dem da Ital ia. Os Exulted eram mostrados aos fiéis nosãbado Santo élO
que podiam comtemplar as imagens que ilustram a ressurreição de Cris-to.
A miniatura e a ilum.inura românica são iguais ao afresco
..
e a escultura, apresentam o homem.enfrentando o animal, o vegetal e . todo o cosmo. mas vai se preocupar, principalmente, com o homem pera,!
te D e u s .
A inicial românica não apresenta' modificações, muito sen-slveis no corpo da letra, porém vai apresentar mudanças na sua decor~ ção· interior. O desenho
ê
mais trabalhado, e as novas f'orma s arquite-tÕnicas como rosâd~as~· fQlhag~ns. usada s no capiteis' começam a seremintroduzidas nas letras. As no~~s itiicüiis de cobrir toda página ca-da vez são usadas. Para adornar o interior das letras cada vez mais
.
ampliados. os cal!grafos imaginam numerosos expedientes. Colocam uma segunda capitàl dentro da primeira, u sammadiiscu Las unidas uma as ou-tras, sobretudo recorrem. a um novo adorno,gracioso, ligeiro, a "fili grana", assim chamada por parecer 'tiro fioniúito fino disposto
Cad. Bibliote~n.,
Reci6e,
(4) : 13-19, dez.1981
da
ceprichosamem:e. As letras filigranadas estavam destinadas a um grande sucesso durante o resto da Idade Média.
1. 7 A Miniatura e Ilu:minura GóticagfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A
artegôtica em todas as suas formasê
antes de tudo 'um testemunho de vida. ~ a arte da cor da natureza, dos estandartes ' de guerra. dos pendoes dos torneios. Ê a cor distribuida entre os arabes co s românicqs e o s metalicos dourados bizantinos nas miniaturas e ilus trações.UTSRQPONMLKJIHGFEDCBAA arte antiga expressa a Lí.berdadeç va inteligência dó homem,desenvolvida eu s e u s e n t ido 1l!éiI,JS profundo. Valendo-se de novas
técni-c a s ) , presa à s influências orientais trazidas pelas cruzadas" ela vai
se expressar ligando-se .ao servo e ao senhcr , ao militar e ao. bui --:
guês,
ao cientista e ao religioso.A
arte da ilustração, ilustra li-vros
que vao passar de mãoem
mão e cujas personalidades Parecem saird a s páginas;
já
não está encerrada nos mosteiros apesar de aindacon-.
tinuar ilustrando livros piédosos, ilustra fábulas, novelas amorosas, canções de gesta comotambém livros para as universidades.
co
ad
10
ou
tr
Jean Porcher afinna: "accnt ece o fenômeno laicização da arte. O· que vai caracterizar a, il~inação gótica no seu inicio
ê
o na tUl.'alismo, e o abandono das abstrações l.'omânlcas'e irlandesas; o,de-senvolvimento do realismo o que não exclui um aspecto ingênuo; ~ a au sência de perspectiva" •
a
e
A letra capital serve ainda de moldura de cenas alegóri-cas ou l.'ea.listas, entretanto, os temas vão oeupar :" l U I l k lugar
:prmor-dial.
1
2
3
Enquanto, as miniaturas românicas estao ligadas aosmostei ros, as góticas vão se ligar às cidades, daí ser difícil a tarefa de discernir escolas .e estilos.
Na França o destaque
e
para a Escola de pariS'''em que a ar te da "Dliniatura'passa para as mãos de pintores comoJean Boudichon,A!!. ,dre,~neveu, Jean de BandoLe o mais famoso de todos Jean Fouquetqueilust.ra o Livro de Horas de Etienne Chevalier.
E;m torno de 1340, floresce o g~niodo miniaturismo' Jean Pucell e , que consegue harmondaar a pureza do realismo do pl.'imeil.'o· pe-'rlodo do seculo XII! como . i r ef Inamenrc · do.seguinte.. Com Pitcelle
t ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
m e
.S
s
l
aparece um novo estilo na miniatura. A imaginação e liberada e o góti co floresce outra vez, inova a ornamentação marginal ~ motivada na vt-nha: (Dai o termo vinheta hoje aplicado a qualquer ilustração que conste d a folha de rosto).
o
manuscritoe
agora um todo iluminado onde o arabesco seentrecruza com folhagens e o texto, liberado das regras : .of Lé LaLs , adquire um novd valor.gfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
O
bumiide manuscrito românicoe
substituldo pe10
livro de' arte onde não se sabe o que mais admira~. se a ilustração ou o rétratolO ambos na maturidade. A mescla de cores vivas e ocon-traste dos tons tanto
em
retratos como nas orlas que os acompanham são leis da,míniatura gótica, que durante muito tempo, vão ser obede-cidas. Entretànto, quando os iluminadores .p'~ssama usar cores :mais claras e vão chegar depois de Pucelle ã tecnica do "camaf eo " onde sô existe uma cor em varias nuané es na miniatur~,;.praticamente a ilumin.!, ção entra em decadência. Jean Fouquet nos de íxou várias amostras de "camafee" nos manuscritos que decorou, mas a arte-do mestre se 'sobre .poe·ã
tecnica utilizada.Se o "camafeo" mostra já o declmio da iluminuragõtica, a grisalha que e uma pintura monocr.omaem tons de cinza' :comp1ementa este quadro de decadência.
Bibliografia
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v~11
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· 1933 - 1934. v. 18 - 23
S.ENCICLOPEDIAUNIVERSALILUSTRADA.Bilbao, Espasa Calpe s
.4, ..
v. 35 6 .•.HAlJSER,Amo1d. História Social da Literatura e da Art e, são pa1:Ilo,. Me-stre Jou. 1972. t , 1
7 •.HElWBEL,Michel. Pintura Gótica 1. Madrid, Aguillar, 1969. v. 7 8.~TINS, Wilson. A Palavra escrita. são Paulo, ANHEMBI. 1957.
:p.
105 - 106
9.PICHARD,.Jo seph, Pintura Românica. Madrid, Aguillar, 1969.. v. 6