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Irrfan KHAN. Nimrat KAUR. um filme de Ritesh BATRA THE LUNCHBOX

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Academic year: 2021

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Texto

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um filme de

Ritesh

BATRA

THE LUNCHBOX

Nimrat

KAUR

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SINOPSE

Um erro no usualmente eficaz serviço de entrega de lancheiras (as “Dabawallahs”, serviço de entrega de refeições em Bombaim) provoca a relação entre uma jovem mulher desprezada e um homem perto da idade da reforma. Por via destas lancheiras, ambos iniciam uma correspondência e começam a sonhar com outra vida.

APRESENTAÇÃO

Um dos milagres de Bombaim é o fenómeno da entrega de lancheiras. Os Dabawallahs de Bombaim são uma comunidade de 5,000 entregadores de dabba (lancheiras). É uma profissão hereditária. Todas as manhãs os Dabawallahs entregam nos escritórios, aos maridos, as refeições quentes vindas das cozinhas das donas de casa e regressam depois à tarde com as lancheiras vazias às respetivas casas. Durante 120 anos, eles deram aos homens de Bombaim um gostinho de casa no escritório. Andam pelos comboios sobrelotados e ruas caóticas, que por vezes têm apenas uma alcunha ou até mais que um nome. Os Dabawallahs são analfabetos e usam um complexo sistema de código de cores e símbolos para entregar as lancheiras no labirinto de Bombaim. A Universidade de Harvard analisou o seu sistema de entrega e concluiu que apenas 1 em 4 milhões de lancheiras é entregue na morada errada.

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Uma lancheira entregue na morada errada liga uma dona de casa – Ila Vaid – a Saajan Fernandes, um homem solitário no crepúsculo da vida. Ila vive em Kandivili, um enclave hindu conservador de classe média. E Saajan vive na aldeia de Ranwar, em Bandra, um velho bairro cristão que está ameaçado pelos novos arranha-céus de Bombaim. Muito em breve, Saajan irá reformar-se e dizer adeus a uma Bombaim que esmagou os seus sonhos, lhe roubou os seus entes queridos um por um e lhe deu cabelos brancos. É então que Ila entra na sua vida. Na grande cidade que esmaga sonhos e os recicla todos os dias, ambos encontram um sonho ao qual se agarrar. Os dois trocam notas na lancheira e criam uma vida de fantasia. Enquanto a lancheira vai para trás e para diante, esta fantasia torna-se tão elaborada que ameaça esmagar a realidade de ambos. As personagens de A LANCHEIRA existem na fronteira entre a Bombaim da realidade e a Bombaim da fantasia. No final, chegam a uma encruzilhada onde têm de escolher entre os dois mundos. A LANCHEIRA é a história de nostalgia e esperança no futuro e, acima de tudo, das pequenas alegrias da vida que precisam da nossa atenção.

SOBRE O REALIZADOR

Ritesh Batra é um argumentista / realizador que vive entre Bombaim e Nova Iorque. Em 2009, Batra foi selecionado para os laboratórios de Argumentistas e Realizadores de Sundance pelo seu projeto THE STORY OF RAM. Também foi nomeado como Fellow do Sundance Time Warner Storytelling e de Annenburg. Frequentou a licenciatura em Cinema na Tisch School of Arts da Universidade de Nova Iorque, da qual desistiu. As suas curtas-metragens foram apresentadas em muitos festivais internacionais de cinema e prestigiados palcos das artes. A sua recente curta-metragem CAFÉ REGULAR, CAIRO, filmada no Cairo, Egipto, foi apresentada no Festival Internacional de Cinema de Roterdão e também no Festival de Cinema de Tribeca de 2012.

O argumento de A LANCHEIRA fez parte do laboratório de argumentistas do Binger-NFCD de 2011, venceu uma Menção Honrosa do Júri na edição de 2012 do Cinemart, no Festival Internacional de Cinema de Roterdão e integrou a Berlinale Talent Project Market.

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SOBRE O FILME

A tradição literária do grande cinema bengali (Charulata de Satyajit Ray) familiarizou-nos com histórias inesquecíveis de amor, suportadas pelo amor das palavras, do prazer da escrita e da gula da leitura. Daí essa imensa alegria, com A LANCHEIRA, de descobrir um jovem cineasta hindi que não só perpetua essa sublime tradição da mais bela maneira possível, como também a renova em profundidade, ao inscrever a sua história na realidade quotidiana de Bombaim.

“Quando escrevo uma história, não tenho um género em mente. Penso nas personagens e na forma como posso ir ao mais fundo delas mesmas. A LANCHEIRA é uma simples história de amizade que se desenvolve entre dois desconhecidos, prisioneiros do seu respetivo encerramento. A relação epistolar provém mais da tradição literária do que cinematográfica, mas como

se trata da história de duas pessoas que não são dotadas para comunicar com o seu próprio meio, que se deixam ultrapassar pelos códigos e costumes da época contemporânea, pareceu-me que as cartas e as poucas palavras deixadas numa lancheira seriam o melhor meio para eles comunicarem, de saírem de si mesmos suavemente e de os ajudar a recuperar a confiança em si. Por outro lado, escrever ou receber cartas é uma forma de nostalgia à qual estas duas personagens estão ligadas.

A impossibilidade de estas duas vidas se cruzarem, exceto por intermédio de um erro no sistema de entrega de uma lancheira em Bombaim, deriva também do facto de que a dona de casa é hindu e o homem do escritório é católico. Desse modo, a personagem de Shaikh, o colega de escritório chamado para lhe suceder, vem de um bairro maioritariamente muçulmano. Bombaim é o local onde se constrói a história, mas é também a complexidade dos seus meios sociais e religiosos que a cidade exprime através desta lancheira.”

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REVISTA DE IMPRENSA

THE LUNCHBOX – A LANCHEIRA Crítica de Cannes | Maio 2013 | Deborah Young | The Hollywood Reporter

Um primeiro filme inteligente e despretensioso que oferece uma delicada viagem entre as relações humanas na fervilhante Bombaim.

Um engano na entrega de uma lancheira leva a um romance por correspondência. Este filme competiu ao abrigo da Semana de Críticos Indianos e é protagonizado por Irrfan Khan, Nawazuddin Siddiqui e Nimrat Kaur.

Um destaque na Semana da Crítica de Cannes que já gerou muita publicidade boca a boca, A LANCHEIRA é um encantador primeiro filme que descreve

a ação na fervilhante Bombaim num conto terno e bem elaborado, sobre um romance por correspondência. Em vez de usar as redes sociais modernas, este casal virtual encontra-se devido a um engano na entrega de uma lancheira que só poderia acontecer na Índia. O mais enternecedor é a delicadeza com que o argumentista e realizador Ritesh Batra revela as esperanças, tristezas, arrependimentos e medos das pessoas quotidianas, sem qualquer sinal de condescendência ou truques narrativos. Esta coprodução entre a Índia, a Alemanha, a França e os Estados Unidos beneficia de um bom trabalho de produção e deve chegar a mais do que festivais, entrando nos mercados internacionais.

No coração do filme está o incrível sistema de “dabbawallahs”, uma comunidade de entregadores de lancheiras que entregam milhares de refeições quentes cozinhadas pelas donas de casa todas as manhãs e depositadas nos escritórios dos maridos. As lancheiras são devolvidas a

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casa pela tarde. Ao ver os homens de boné branco a entregar as lancheiras de bicicleta, faça chuva ou faça sol, é um espetáculo deslumbrante. Tal como um entregador relembra com orgulho, o seu sistema foi sujeito a um estudo da Universidade de Harvard, que concluiu que apenas uma em 4 milhões de lancheiras é entregue na morada errada. Este filme é sobre essa lancheira. Ila (Nimrat Kaur) é uma bela dona de casa que tenta conquistar a atenção do seu marido extremamente distraído (Nakul Vaid) através do estômago. Apesar do seu sentido de humor, boa vontade e habilidade culinária (ajudada pela voz sem corpo de uma velha senhora que mora no andar de cima e lhe dá conselhos), o marido simplesmente não olha para ela. A sua lancheira é entregue um dia no escritório errado; o beneficiário surpreendido é um contabilista solitário à beira da reforma, Saajan (Irrfan Khan). Percebendo que ocorreu um erro, Ila junta um bilhete no dia seguinte, onde ela revela impulsivamente a um total desconhecido, algumas das suas frustrações. Ele

responde-lhe e dia após dia, sempre em bilhetes manuscritos com um tom muito digno, tornam-se íntimos duma forma de correspondência não literária ao estilo de “A Rua do Adeus”.

A juntar a esta ternura, temos os desempenhos discretos de Khan (QUEM QUER SER BILIONÁRIO e A VIDA DE PI) e da atriz de cinema e teatro Kaur, e ainda um terceiro ingrediente: o aprendiz de contabilista Shaikh (Nawazuddin Siddiqui, que deu nas vistas nos filmes em Competição em Cannes BOMBAY TALKIES e MONSOON SHOOTOUT), que Saajan deve estar a treinar para o substituir. Órfão e tendo subido na vida a pulso, Shaikh tem um bom coração que lentamente vai derrubando a parede soturna que Saajan construiu à sua volta desde que a sua esposa faleceu. Embora ele seja um dos funcionários do escritório que não recebe lancheira e tem de se sustentar com umas bananas baratas, Shaikh é a personificação da animação e coragem perante a adversidade.

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Profissionalmente filmado por Michael Simmonds, com montagem de John Lyons e agraciado com a música ideal de Max Richter, o filme não constitui qualquer problema de ritmo ou técnico para o público ocidental. Mas contudo, não deixa de ser um conto muito indiano na sua delicadeza e humor, especialmente na forma como varre as suas personagens numa vasta grelha social, que inclui comboios apinhados e engarrafamentos, trabalhadores laboriosos e casamentos complicados. Muito antes do final do filme, torcemos para que todos encontrem a sua fatia de felicidade e cheguem à estação certa, mesmo que tenham apanhado o comboio errado.

“A LANCHEIRA, de Ritesh Batra é uma pequena dádiva. Tudo gira em torno da melancolia, mas de uma melancolia eufórica. Os filmes que dispõem bem, como A LANCHEIRA, são sempre muito solicitados.”

-Pierre Murat, Télérama

“Um filme que dispõe bem e nos toca o coração!” - Jay Weissberg, Variety “Uma história elegante e espirituosa, que decorre nas ruas de Bombaim, A LANCHEIRA é um encanto aromático inesperado do estreante Ritesh Batra.” – Fionnuala Halligan, The Screen Daily

Índia, França, Alemanha | 2013 | 104 min | DCP | Hindi e Inglês Distribuído por Alambique

Referências

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