• Nenhum resultado encontrado

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR"

Copied!
88
0
0

Texto

(1)

Companhia

Energética do

Maranhão S.A. -

CEMAR

Informações trimestrais

em 30 de junho de 2016

(2)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

Conteúdo

Relatório dos auditores independentes sobre as Informações trimestrais

3

Balanços patrimoniais

5

Demonstrações do resultado

6

Demonstrações do resultado abrangente

7

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido

8

Demonstrações dos fluxos de caixa - método indireto

9

Demonstrações do valor adicionado

10

(3)

KPMG Auditores Independentes

Rua Desembargador Leite Albuquerque, 635

Sala 501 e 502 - Aldeota

60150-150 - Fortaleza/CE - Brasil

Telefone +55 (85) 3307-5100, Fax +55 (85) 3307-5101

www.kpmg.com.br

Relatório sobre a revisão de Informações

Trimestrais - ITR

Aos Administradores e Acionistas da

Companhia Energética do Maranhão - CEMAR

São Luis - MA

Introdução

Revisamos as informações contábeis intermediárias da Companhia Energética do

Maranhão (“Companhia”), contidas no Formulário de Informações Trimestrais - ITR

referente ao trimestre findo em 30 de junho de 2016, que compreendem o balanço

patrimonial em 30 de junho de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado e do

resultado abrangente para os períodos de três e seis meses findos nesta data e das

mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o período de seis meses findo

nesta data, incluindo as notas explicativas.

A Administração da Companhia é responsável pela elaboração das informações

contábeis intermediárias individuais e consolidadas de acordo com o Pronunciamento

Técnico CPC 21(R1) - Demonstração Intermediária e com a norma internacional IAS 34 -

Interim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board -

IASB, assim como pela apresentação dessas informações de forma condizente com as

normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, aplicáveis à elaboração das

Informações Trimestrais - ITR. Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão

sobre essas informações contábeis intermediárias com base em nossa revisão.

Alcance da revisão

Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de

revisão de informações intermediárias (NBC TR 2410 - Revisão de Informações

Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 - Review of Interim

Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity,

respectivamente). Uma revisão de informações intermediárias consiste na realização de

indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos financeiros e

contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos de

revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria

conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos

permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos

significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não

expressamos uma opinião de auditoria.

(4)

Conclusão sobre as informações intermediárias

Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a

acreditar que as informações contábeis intermediárias incluídas nas informações

trimestrais acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de

acordo com o CPC 21(R1) e o IAS 34 aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais -

ITR e apresentadas de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de

Valores Mobiliários.

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

Revisamos, também, as Demonstrações do valor adicionado (DVA) referentes ao período

de seis

meses findo em 30 de junho de 2016, preparadas sob a responsabilidade da

Administração da Companhia, cuja apresentação nas informações intermediárias é

requerida de acordo com as normas expedidas pela CVM - Comissão de Valores

Mobiliários aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais - ITR e considerada

informação suplementar pelas IFRS, que não requerem a apresentação da DVA. Essas

demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de revisão descritos

anteriormente e, com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato

que nos leve a acreditar que não foram elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes,

de acordo com as informações contábeis intermediárias tomadas em conjunto.

Auditoria e revisão dos valores correspondente

Os balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2015 e as informações contábeis

intermediárias relativas às demonstrações do resultado e do resultado abrangente para os

períodos de três e seis meses, e do valor adicionado (DVA), das mutações do patrimônio

líquido e dos fluxos de caixa para o período de seis meses do trimestre findo em 30 de

junho de 2015 e respectivas notas explicativas, os quais estão sendo apresentados como

valores correspondentes nas informações contábeis intermediárias do trimestre findo em

30 de junho de 2016, foram anteriormente auditados e revisados por outros auditores

independentes, respectivamente, que emitiram relatórios datados em 10 de março de 2016

e 13 de agosto de 2015, ambos sem modificação.

Fortaleza, 09 de agosto de 2016

KPMG Auditores Independentes

CRC 2SP014428/O-6

João Alberto da Silva Neto

(5)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Balanços patrimoniais em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015 (Em milhares de Reais)

Ativo Nota 30/06/2016 31/12/2015 Passivo Nota 30/06/2016 31/12/2015

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 5 321.974 310.893 Fornecedores 14 246.266 350.552

Investimentos de curto prazo 6 896.607 1.094.340 Obrigações e encargos sobre folha de pagamento 14.383 11.231

Contas a receber de clientes 7 687.463 712.416 Empréstimos e financiamentos 15 197.448 206.607

Contas a receber - bandeiras tarifárias 8 - 5.438 Debêntures 16 40.332 47.303

Serviços pedidos 45.805 34.712 Valores a devolver da parcela A e outros itens financeiros 9 - 14.152

Depósitos judiciais 20 21.453 18.768 Impostos e contribuições a recolher 17.1 70.330 79.481

Valores a receber da parcela A e outros itens financeiros 9 17.868 - Impostos e contribuições sobre lucro a recolher 17.2 2.425 2.676

Estoques 10.414 3.895 Dividendos 165.251 69.406

Impostos e contribuições a recuperar 10.1 35.825 50.696 Encargos do consumidor 7.244 10.290

Impostos e contribuições sobre o lucro a recuperar 10.2 38.036 29.056 Contribuição de iluminação pública 11.064 17.433

Outros créditos a receber 17.257 13.939 Pesquisa e desenvolvimento de eficiência energética 35.175 22.634

Participação nos lucros 19 23.547 29.965

Total do ativo circulante 2.092.702 2.274.153 Instrumentos financeiros derivativos 28.6 18.414 18.984

Provisões para processos cíveis, fiscais e trabalhistas 20 38.050 35.835

Não circulante Outras contas a pagar 64.375 49.160

Contas a receber de clientes 7 90.926 77.963

Valores a receber da parcela A e outros itens financeiros 9 - 10.859 Total do passivo circulante 934.304 965.709

Depósitos judiciais 20 15.710 9.015

Instrumentos financeiros derivativos 28.6 73.363 128.115 Não circulante

Impostos e contribuições a recuperar 10.1 52.295 31.614 Empréstimos e financiamentos 15 1.436.853 1.502.459

Outros créditos a receber 11.788 13.993 Debêntures 16 473.007 495.182

Ativo financeiro da concessão 12 871.959 814.904 Impostos e contribuições a recolher 17.1 1.013 1.104

Intangível 13 1.960.435 1.758.723 Imposto de renda e contribuições social diferidos 18.1 162.988 136.781

Provisões para processos cíveis, fiscais e trabalhistas 20 47.825 39.698

Total do ativo não circulante 3.076.476 2.845.186 Valores a devolver da parcela A e outros itens financeiros 9 43.402

-Pesquisa e desenvolvimento de eficiência energética 30.131 30.132

Total do passivo não circulante 2.195.219 2.205.356

Patrimônio líquido

Capital social 21.1 929.620 840.410

Reservas de capital 21.2 674 674

Reservas de lucros 21.3 922.135 1.107.190

Lucros acumulados 187.226

-Total do patrimônio líquido 2.039.655 1.948.274

Total do ativo 5.169.178 5.119.339 Total do passivo e patrimônio líquido 5.169.178 5.119.339

(6)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Demonstrações do resultado

Períodos de três e seis meses findos em 30 de junho de 2016 e 2015 (Em milhares de Reais)

Nota 01/01/2016 a 30/06/2016 01/04/2016 a 30/06/2016 01/01/2015 a 30/06/2015 01/04/2015 a 30/06/2015 Receita operacional líquida 23 1.409.106 699.963 1.282.642 627.091 Custos de energia elétrica, construção e operação 24 (1.010.512) (472.725) (929.415) (454.594)

Energia elétrica comprada para revenda 25 (608.058) (279.119) (666.796) (336.265) Custo de construção (295.806) (141.809) (162.124) (71.758) Pessoal (16.622) (6.076) (14.270) (7.398) Material (2.373) (982) (2.606) (695) Serviços de terceiros (35.728) (18.897) (35.447) (17.972) Depreciação e amortização (51.346) (25.634) (47.101) (23.564) Outros (579) (208) (1.071) 3.058 Lucro bruto 398.594 227.238 353.227 172.497

Despesas com vendas 24 (92.694) (48.832) (70.294) (33.755) Despesas gerais e administrativas 24 (68.347) (37.587) (61.196) (31.490) Depreciação e amortização (17.114) (9.082) (15.016) (7.560) Outras despesas operacionais, líquidas (20.296) (7.684) (18.827) (9.797)

(198.451) (103.185) (165.333) (82.602) 200.143 124.053 187.894 89.895 Receitas financeiras 258.693 168.069 189.453 84.075 Despesas financeiras (224.020) (152.826) (207.950) (79.569) Resultado financeiro, líquido 26 34.673 15.243 (18.497) 4.506 Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social 234.816 139.296 169.397 94.401 Contribuição social 18.3 (21.383) (14.075) (11.183) (7.636) Imposto de renda 18.3 (32.463) (19.218) (30.147) (20.536) Incentivos fiscais 18.3 32.463 19.218 30.147 20.536 IRPJ e CSLL diferidos 18.3 (26.207) (13.972) (16.489) (3.959) Provisões de impostos sobre o lucro (47.590) (28.047) (27.672) (11.595) Lucro líquido do período 187.226 111.249 141.725 82.806

Lucro básico por lote de mil ações - R$ 1,14034 0,67759 0,86321 0,50435 Lucro diluído por lote de mil ações - R$ 1,14034 0,67759 0,86321 0,50435 Quantidade de ações no final do período 164.184 164.184 164.184 164.184 As notas explicativas são parte integrante das informações trimestrais.

Resultado antes do resultado financeiro líquido e impostos Imposto de renda e contribuição social Resultado antes do resultado financeiro líquido, imposto de renda e contribuição social

(7)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Demonstrações do resultado abrangente

Períodos de três e seis meses findos em 30 de junho de 2016 e 2015

(Em milhares de Reais)

01/01/2016 a 30/06/2016 01/04/2016 a 30/06/2016 01/01/2015 a 30/06/2015 01/04/2015 a 30/06/2015

Lucro líquido do período 187.226 111.249 141.725 82.806

Resultados abrangentes - - -

-Total de outros resultados abrangentes 187.226 111.249 141.725 82.806

(8)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Demonstração das mutações do patrimônio líquido

Períodos de seis meses findos em 30 de junho de 2016 e 2015

(Em milhares de Reais)

Capital social Opções outorgadas Legal Benefícios fiscais Capital de giro Dividendos adicionais propostos Lucros acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2014 698.660 674 71.898 69.850 812.036 433 - 1.653.551

Lucro líquido do período - - - - - - 141.725 141.725

Aumento de capital 141.748 - (71.898) (69.850) - - -

-Dividendos adicionais propostos a pagar - - - - - (433) - (433)

Saldos em 30 de junho de 2015 840.408 674 - - 812.036 - 141.725 1.794.843

Saldos em 31 de dezembro de 2015 840.410 674 18.190 71.020 922.135 95.845 - 1.948.274

Lucro líquido do período - - - - - - 187.226 187.226

Aumento de capital (nota 21.1) 89.210 - (18.190) (71.020) - - -

-Dividendos adicionais propostos a pagar - - - - - (95.845) - (95.845)

Saldos em 30 de junho de 2016 929.620 674 - - 922.135 - 187.226 2.039.655

As notas explicativas são parte integrante das informações trimestrais.

(9)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Demonstrações dos fluxos de caixa - método indireto

Períodos de seis meses findos em 30 de junho de 2016 e 2015 (Em milhares de Reais)

30/06/2016 30/06/2015 Fluxo de caixa das atividades operacionais

Lucro líquido do período 187.226 141.725

Ajustes para:

Amortização e depreciação 68.460 62.117

Perda (ganho) na baixa de intangível (81) 5.911

Atualização do ativo financeiro (47.782) 152

Encargos de dívidas, juros, variações monetárias e cambiais líquidas 56.972 145.661

Perda (ganho) com instrumentos derivativos 64.458 (29.764)

Provisão (reversão) para processos cíveis, fiscais e trabalhistas 10.096 15.353 Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa e perda com créditos incobráveis 26.452 8.824 Valores a devolver de parcela A e outros itens financeiros (21.161) 154.939

Rendimentos de aplicações financeiras (65.943) (55.263)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 26.207 16.489 Imposto de renda e contribuição social correntes 21.383 11.183

326.287

477.327

Variações nos ativos e passivos, circulante e não circulantes

Contas a receber de clientes (15.012) (79.691)

Contas a receber – bandeiras tarifárias 5.438 (35.367)

Serviços pedidos (11.093) (11.221)

Depósitos judiciais (9.380) (1.570)

Estoques (6.519) 16

Impostos e contribuições a recuperar (5.810) 4.651

Impostos e contribuições sobre o lucro a recuperar (8.980) (5.407)

Outros créditos a receber (1.113) (4.555)

Fornecedores (104.286) (26.281)

Obrigações e encargos sobre folha de pagamento 3.152 2.505

Impostos e contribuições a recolher 5.517 (14.487)

Impostos e contribuições sobre o lucro a recolher (21.634) (20.713)

Imposto de renda e contribuição social pagos (14.759) 1.943

Encargos do consumidor (3.046) 11.693

Contribuição de iluminação pública (6.369) (3.432)

Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 55.942 7.057

Participação nos lucros (6.418) (11.312)

Provisão para processos cíveis, fiscais e trabalhistas 246 (19.879)

Juros pagos (59.521) (85.457)

Outras contas a pagar 15.214 (1.742)

(188.431)

(293.249) 137.856

184.078

Fluxo de caixa de atividades de investimento

Aquisições no ativo intangível (279.364) (142.457)

Resgates/ Aplicações financeiras 263.677 30.628

(15.687)

(111.829)

Fluxo de caixa de atividades de financiamento

Captação de empréstimos e financiamentos 72.844 120.451

Amortização de empréstimos e financiamentos (184.482) (130.251)

(111.638)

(9.800)

Aumento em caixa e equivalentes de caixa 10.531 62.449

Caixa e equivalentes de caixa no início do período 310.893 161.334

Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 321.424 223.783

Aumento em caixa e equivalentes de caixa 10.531 62.449 As notas explicativas são parte integrante das informações trimestrais.

Fluxo de caixa líquido proveniente das atividades operacionais

Fluxo de caixa utilizado nas atividades de investimento

(10)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Demonstrações do valor adicionado

Períodos de seis meses findos em 30 de junho de 2016 e 2015

(Em milhares de Reais)

30/06/2016 30/06/2015 Receitas

Vendas de produtos e serviços 1.390.9581.652.023

Receitas de construção 295.806 162.124

Provisão para créditos de liquidação duvidosa e perda com créditos incobráveis (26.452) (8.829) Provisão para processos cíveis fiscais e trabalhistas (10.096) (7.882) Outras despesas (receitas) operacionais (9.467) (11.874) Outras despesas (receitas) não recorrentes (10.829) (7.816)

1.890.985

1.516.681

Insumos adquiridos de terceiros (inclui ICMS e IPI)

Custos dos produtos e dos serviços vendidos (903.864) (666.796) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (120.701) (114.946) (1.024.565) (781.742)

Valor adicionado bruto 866.420 734.939

Depreciação e amortização (68.461) (62.117)

Valor adicionado líquido gerado pela Companhia 797.959 672.822 Valor adicionado recebido em transferência

Receitas financeiras 130.254 150.927

Atualização VNR 47.784 (152)

Outras (74.926) (17.315)

103.112

133.460

Valor adicionado total a distribuir 901.071 806.282

Distribuição do valor adicionado Empregados Remuneração direta 50.013 46.376 Benefícios 11.536 10.827 FGTS 5.118 3.217 Outros (9.212) (10.123) 57.455 50.297 Tributos Federais 314.557 221.049 Estaduais 271.299 238.377 Municipais 457 811 586.313 460.237 Remuneração de capitais de terceiros

Juros 68.438 151.956

Aluguéis 1.639 2.067

70.077

154.023 Remuneração de capitais próprios

(11)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

Notas explicativas às informações trimestrais

(Em milhares de Reais)

1 Contexto operacional

A Companhia Energética do Maranhão - CEMAR (“Companhia”), sociedade anônima de

capital aberto, com sede em São Luís, no Estado do Maranhão, controlada pela Equatorial

Energia S.A., é a concessionária do serviço público de distribuição de energia elétrica e

atividades associadas ao serviço de energia elétrica naquele Estado, podendo prestar serviços

técnicos de sua especialidade na área de concessão que abrange todo o Estado do Maranhão

com 331.983 km2, atendendo 2.323.484 consumidores em 217 municípios, sendo tais atividades

regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. A

Companhia possui suas ações negociadas unicamente no Mercado de Balcão Organizado da

BM&F Bovespa.

2 Contrato de concessão de distribuição de energia elétrica

Contrato de Concessão nº 060 de 28 de agosto de 2000 celebrado entre a ANEEL, a CEMAR e

o acionista controlador, o qual permanece com o seu termo de vigência em agosto de 2030,

podendo ser renovado por igual período.

Por meio do Despacho nº 4.621, de 25 de novembro de 2014, a ANEEL aprovou modelo de

aditivo aos contratos de concessão do serviço público de distribuição de energia elétrica, cujo

objetivo é garantir que os saldos remanescentes de ativos ou passivos regulatórios relativos a

valores financeiros a serem apurados com base nos regulamentos preestabelecidos pela ANEEL,

incluídos aqueles constituídos após a última alteração tarifária comporão o valor da indenização

a ser recebida pelo concessionário em eventual término da concessão, por qualquer motivo.

A Companhia, nos termos da legislação vigente, celebrou o referido aditivo em 10 de dezembro

de 2014, com a aprovação de seu Conselho de Administração.

A ANEEL no dia 1º de janeiro de 2015, implementou o “Sistema de Bandeiras Tarifárias”, que

sinaliza aos consumidores em conta de energia os custos reais de geração de energia elétrica,

impactados pelas condições operativas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Em março de

2015 foram homologados os novos valores das Bandeiras Tarifárias através da Resolução

Homologatória nº 1.859 de 02 de março de 2015. Com a publicação do Decreto nº 8.401

publicado em 05 de fevereiro de 2015, que dispões sobre a criação da Conta Centralizadora dos

Recursos de Bandeiras Tarifárias (CCRBT), as distribuidoras irão recuperar as suas despesas

decorrentes a exposição involuntária de curto prazo, risco hidrológico e despacho de térmicas

vinculadas ao Contrato de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado

(CCEAR) por disponibilidade.

3 Base de preparação e apresentação das informações trimestrais

3.1

Declaração de conformidade

As informações trimestrais foram elaboradas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC

21 (R1) - Demonstração Intermediária e com a norma internacional de relatório financeiro IAS

34 - Interim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board -

IASB, assim como práticas contábeis adotadas no Brasil (BR-GAAP) que compreendem

(12)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

aquelas incluídas na legislação societária brasileira e apresentadas de forma condizente com as

normas expedidas nos Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovados pelo Conselho Federal

de Contabilidade (CFC) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aplicáveis à

elaboração das informações trimestrais - ITR, e o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico e

outros normativos emitidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Em atendimento ao artigo 25, parágrafo 1º, incisos V e VI, da Instrução Normativa CVM

480/09, o Conselho de Administração, Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva da Companhia

declaram que reviram, discutiram e concordam com as informações intermediárias e com as

conclusões expressas no relatório dos auditores independentes.

A emissão dessas informações trimestrais para o período findo em 30 de junho de 2016 foi

autorizada pelo Conselho de Administração em 9 de agosto de 2016.

3.2

Base de mensuração

As informações trimestrais foram preparadas com base no custo histórico, com exceção dos

seguintes itens materiais reconhecidos nos balanços patrimoniais pelo valor justo: Ativo

financeiro da concessão; instrumentos financeiros derivativos ativos e passivos.

3.3

Moeda funcional e moeda de apresentação

Essas informações trimestrais são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da

Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o

milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

3.4

Uso de estimativas e julgamentos

Na preparação destas informações trimestrais, a Administração utilizou julgamentos,

estimativas e premissas que afetam a aplicação das políticas contábeis da Companhia e os

valores reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir

dessas estimativas.

As estimativas e premissas são revisadas de forma continua. As revisões das estimativas são

reconhecidas prospectivamente.

Itens significativos sujeitos a esses julgamentos, estimativas e premissas incluem:

Nota explicativa 7 - critérios de análise de risco de crédito para determinação da provisão para

créditos de liquidação duvidosa;

Nota explicativa 12 - critério de apuração e atualização do ativo financeiro da concessão;

• Nota explicativa 13 - cálculo da amortização do ativo intangível da concessão de forma linear

pelo prazo correspondente ao direito de cobrar os consumidores pelo uso do ativo da concessão

que o gerou (vida útil regulatória dos ativos) ou pelo prazo do contrato de concessão, dos dois o

menor;

Nota explicativa 18 - reconhecimento de ativos fiscais diferidos: disponibilidade de lucro

(13)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

• Nota explicativa 21 - Reconhecimento de provisões para riscos tributáveis, cíveis e trabalhistas

por meio da avaliação da probabilidade de perda que incluí avaliação das evidências

disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos

tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados

externos;

Nota explicativa 28 - reconhecimento dos custos dos planos de aposentadoria com benefícios

de assistência médica pós-emprego e o valor presente da obrigação de aposentadoria, através da

avaliação atuarial que envolve o uso de premissas sobre taxas de desconto, taxas de retorno de

ativos esperadas, aumentos salariais futuros, taxas de mortalidade e aumentos futuros de

benefícios de aposentadorias e pensões;

• Nota explicativa 29 - definição do valor justo através de técnicas de avaliação, incluindo o

método de fluxo de caixa descontado, para ativos e passivos financeiros não obtidos em

mercados ativos.

4 Principais políticas contábeis

As informações trimestrais são apresentadas sem a repetição de determinadas notas explicativas

previamente divulgadas, mas com a evidenciação das alterações relevantes ocorridas no

período, se houver. As práticas contábeis utilizadas na preparação destas informações

trimestrais são as mesmas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anuais da

Companhia, descritas na nota n° 3, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015.

Portanto, estas informações trimestrais devem ser lidas em conjunto com as demonstrações

financeiras anuais da Companhia do exercício findo em 31 de dezembro de 2015, que

contemplam o conjunto completo das notas explicativas.

A Companhia adotou todos os pronunciamentos, pronunciamentos revisados e interpretações

emitidas pelo CPC e IASB que estavam em vigor em 30 de junho de 2016.

5 Caixa e equivalentes de caixa

30/06/2016 31/12/2015

Caixa e bancos 18.440

23.721

Aplicações financeiras de curto prazo (a) 303.534 287.172

Total 321.974

310.893 (a) Aplicações financeiras de curto prazo

30/06/2016 31/12/2015 CDB 203.347 191.077 Debêntures compromissadas 100.187 96.095 Total 303.534 287.172

As aplicações financeiras correspondem às operações realizadas junto às instituições financeiras

que operam no mercado financeiro nacional e possuem baixo risco de crédito.

(14)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

As aplicações financeiras de curto prazo referem-se substancialmente a renda fixa, lastreados a

CDB - Certificados de Depósitos Bancários e Operações Compromissadas com característica de

recompra, de alta liquidez, contratados diretamente com as instituições financeiras e

remunerados a taxas em torno de 104,49% e estão disponíveis para utilização nas operações da

Companhia, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitos a

um insignificante risco de mudança de valor.. Estas operações têm vencimentos inferiores a três

meses da data de contratação e possuem compromisso de recompra pelo emissor.

Por essa razão, a Companhia considerou esses ativos circulantes como caixa e e aplicações

financeiras de curto prazo, para fins de elaboração das demonstrações dos fluxos de caixa e,

portanto, não existem diferenças entre os componentes de caixa e aplicações financeiras de

curto prazo apresentados nesta nota explicativa e os saldos considerados na demonstração do

fluxo de caixa. Não existem saldos de caixa e equivalentes de caixa que não estejam disponíveis

para uso imediato pela Companhia.

6 Investimento de curto prazo

Modalidade 30/06/2016 31/12/2015

Fundos de investimentos 896.251 1.094.007

Outros 356 333

Total 896.607 1.094.340

Os fundos de investimentos representam operações de baixo risco com instituições financeiras

de primeira linha. São compostos por diversos ativos visando melhor rentabilidade com o menor

nível de risco, tais como: títulos de renda fixa, títulos públicos, operações compromissadas,

debêntures, CDBs, entre outros, de acordo com a política de investimento da Companhia. São

remunerados pela variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) com percentual em

torno de 102,85% e classificados como mantidos até o vencimento.

7 Contas a receber de clientes

a.

Composição dos saldos

30/06/2016 31/12/2015

Contas a receber de consumidores faturados 460.010

78.812

432.119

Contas a receber de consumidores não faturados 104.356

Parcelamentos 229.371 247.282

Baixa Renda e Viva Luz 34.271 34.537

Outras 45.624 61.681

Total 848.088

879.975 (-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (69.699) (89.596)

Total contas a receber clientes 778.389 790.379

Circulante 687.463 712.416

(15)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

b.

Provisão para créditos de liquidação duvidosa

31/12/2015 Provisões Reversões 30/06/2016

adições (baixas)

Contas a receber de consumidores faturados 79.179 80.858 (98.511) 61.526

Parcelamentos 7.463 6.524 (11.294) 2.693 Outros 2.954 2.526 - 5.480 Total 89.596 89.908 (109.805) 69.699 31/12/2014 Provisões Reversões 31/12/2015 adições (baixas)

Contas a receber de consumidores faturados 61.540 37.497 (19.858) 79.179

Parcelamentos 17.980 12.496 (23.013) 7.463

Outros 2.954 - - 2.954

Total 82.474 49.993 (42.871) 89.596

A constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) está de acordo com os

critérios definidos segundo a melhor estimativa da Administração e considerando a Instrução

Geral nº 6.3.2 do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, a seguir

resumidos:

Clientes com débitos relevantes

Análise individual do saldo a receber dos consumidores, por classe de consumo, considerado de

difícil recebimento. Para os 10 mil maiores clientes, com ou sem débitos parcelados, com

faturas na PCLD por classe de consumo, consideram-se todas as suas demais faturas, vencidas e

a vencer, na PCLD.

Para os demais casos aplicamos a regra abaixo

Consumidores residenciais - Vencidos há mais de 90 dias;

Consumidores comerciais - Vencidos há mais de 180 dias; e

Consumidores industriais, rurais, poderes públicos, iluminação pública, serviços públicos

e outros - vencidos há mais 360 dias.

(16)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

c.

Contas a receber de consumidores faturados

30/06/2016 Saldos a vencer Vencidos até 90 dias Vencidos há mais de 90 dias Total Residencial 71.582 117.748 40.549 229.879 Industrial 13.161 6.654 6.651 26.466 Comercial 43.010 26.790 11.016 80.816 Rural 6.481 5.083 5.792 17.356 Poder público 23.509 27.546 8.263 59.318 Iluminação pública 7.753 842 10.110 18.705 Serviço público 4.947 13.371 9.152 27.470 Fornecimento faturado 170.443 198.034 91.533 460.010 31/12/2015

Saldos a vencer Vencidos até 90 dias

Vencidos há mais de 90 dias Total Residencial 79.747 108.142 17.813 205.702 Industrial 15.102 6.306 3.681 25.089 Comercial 48.411 22.019 4.338 74.768 Rural 8.572 5.316 2.752 16.640 Poder público 20.875 20.738 5.435 47.048 Iluminação pública 12.720 1.712 180 14.612 Serviço público 13.277 29.448 5.535 48.260 Fornecimento faturado 198.704 193.681 39.734 432.119

d.

Parcelamentos

30/06/2016 Saldos a vencer Vencidos até 90 dias Vencidos há mais de 90 dias Total Residencial 115.362 13.113 2.783 131.258 Industrial 7.476 1.858 2.233 11.567 Comercial 19.339 806 962 21.107 Rural 5.414 1.458 1.942 8.814 Poder público 32.540 2.332 416 35.288 Iluminação pública 358 1.026 634 2.018 Serviço público 13.391 3.803 2.125 19.319 Total do parcelamento 193.880 24.396 11.095 229.371

(17)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

31/12/2015

Saldos a vencer Vencidos até 90 dias

Vencidos há mais de 90 dias Total Residencial 114.118 10.065 14.260 138.443 Industrial 6.074 742 3.140 9.956 Comercial 17.819 1.810 4.191 23.820 Rural 5.887 739 1.492 8.118 Poder público 39.956 2.097 2.464 44.517 Iluminação pública 4.487 22 - 4.509 Serviço público 15.962 910 1.047 17.919 Total do parcelamento 204.303 16.385 26.594 247.282

8 Contas a receber - Bandeiras tarifárias

As arrecadações referentes ao Sistema de Bandeiras Tarifárias de janeiro a junho de 2016 no

montante de R$ 47.839, bem como repasses da CCRBT, no montante devolvido de R$15,00,

foram contabilizados como arrecadação antecipada dos valores a receber de parcela A e outros

itens financeiros, não impactando o resultado da Companhia no período. Para o período findo

em 30 de junho de 2016 não existe saldo a receber, em 31 de dezembro de 2015 o saldo a

receber foi de R$ 5.438.

Em janeiro de 2016 a bandeira tarifária vermelha estava vigente no valor de R$ 4,50 para cada

100 kWh. A partir de fevereiro de 2016 a bandeira vermelha passou a ter dois patamares: R$

3,00 (patamar 1) e R$ 4,50 (patamar 2), aplicados a cada 100 kWh (quilowatt-hora)

consumidos. Também a bandeira amarela teve seu valor reduzido e passou de R$ 2,50 a R$

1,50, aplicados a cada 100 kWh (e suas frações). Durante o primeiro trimestre de 2016 a

ANEEL homologou em janeiro a bandeira vermelha, em fevereiro a bandeira vermelha patamar

1 e em março a bandeira amarela, e no segundo trimestre, a bandeira tarifária vigente foi a

verde.

9 Valores a receber (devolver) da parcela A e outros itens financeiros

A conta de Compensação dos Valores da Parcela A - CVA é o mecanismo destinado a registrar

as variações de custos relacionados à compra de energia e encargos regulatórios, ocorridas no

período entre reajustes tarifários e/ou revisões periódicas, de modo a permitir maior

neutralidade no repasse destas variações para as tarifas, onde a concessionária contabiliza as

variações destes custos como ativos e passivos setoriais, conforme demonstrado a seguir:

(18)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016 30/06/2016 Circulante Não circulante Total Parcela A

CDE - Conta de desenvolvimento energético (1.189) 16.635 15.446 PROINFA - Programa de incentivo às fontes alternativas

de energia elétrica 41 6.965 7.006

Rede básica 1.033 1.296 2.329

Compra de energia 44.758 (11.108) 33.650

ESS - encargos do serviço do sistema (7.223) (14.565) (21.788)

37.420 (777)

36.643

Itens financeiros

Sobrecontratação de energia (a) (10.486) 6.120 (4.366)

Exposição financeira 828 (35.713) (34.885)

PIS/ COFINS (b) (10.399) - (10.399)

Eletronuclear 563 - 563

Neutralidade (539) (14.077) (14.616)

CEPISA violação do limite de continuidade 429 - 429

Outros 52 1.045 1.097

(19.552) (42.625) (62.177)

Total 17.868 (43.402) (25.534)

(a) Para o cálculo do repasse da sobrecontratação de energia ou da exposição ao mercado de curto prazo é necessária a apuração dos resultados no mercado de curto prazo da distribuidora no último ano civil com dados disponibilizados, bem como os valores do PLD (Preço de liquidação de diferença), ambos apurados mensalmente pela CCEE. Neste sentido temos: (i) No segundo trimestre de 2015 o PLD teve média de R$ 297,15 sendo superior ao segundo trimestre de 2016, com isso constituindo um componente ativo do ano de 2015; (ii) no período de 30 de junho de 2016, a CEMAR teve o volume de excedente no mercado de curto prazo inferior, ou seja, os contratos vigentes superior a energia requerida apurada, aliado ao PLD médio deste mesmo período de 2016 menor no patamar de R$69,80; e (iii) em conjunto, tivemos a redução do despacho de térmicas por parte do Operador Nacional do Sistema - ONS em quantidade menor, o que diminui as despesas da receita variável juntos aos geradores. Fatos que levam a constituição para o ano de 2016 de componente passivo, em relação a 2015.

(b) Pela sistemática das distribuidoras de energia, conforme Nota Técnica nº 115/2005-SFF/SRE/ANEEL, a alíquota efetiva de PIS/COFINS calculados no mês é aplicada no segundo mês subsequente. Onde é apurada a diferença entre os valores calculados e os efetivamente cobrados do consumidor, os valores apurados são reconhecidos como passivo ou ativo regulatório de acordo com impacto causado. Em 2015 resultou em uma devolução ao consumidor, a ser repassada em 2016.

31/12/2015

Circulante Não circulante

Total

Parcela A

CDE - Conta de desenvolvimento energético 21.242 5.353 26.595 PROINFA - Programa de incentivo às fontes

alternativas de energia elétrica 196 -

196

Rede básica 4.748 - 4.748

Compra de energia 88.381 7.503 95.884

ESS - encargos do serviço do sistema (56.810) - (56.810)

57.757 12.856 70.613

(19)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

Neutralidade (10.083) (3.276) (13.359)

CEPISA violação do limite de continuidade 2.602 - 2.602

Outros 650 51 701

(71.909) (1.997)

(73.906)

Total (14.152) 10.859 (3.293)

A partir de dezembro de 2014 com o advento do OCPC08, Reconhecimento de Determinados

Ativos ou Passivos nos relatórios Contábil-Financeiros de Propósito Geral das Distribuidoras de

Energia Elétrica, emitidos de acordo com as Normas Brasileiras e Internacionais de

Contabilidade, que regulamentou o reconhecimento de ativos e passivos regulatórios oriundos

do aditivo contratual assinado com o Poder Concedente conforme nota 2, a Companhia passou a

registrar esses direitos e obrigações de acordo com o período de competência e de maneira

prospectiva.

31/12/2015 Constituição Atualização Amortizações 30/06/2016

Parcela A

CDE - Conta de Desenvolvimento Energético 26.595 (10.045) 2.444 (3.548) 15.446 PROINFA- Programa de incentivo às fontes alternativas de energia elétrica 196 6.651 322 (163) 7.006

Rede básica 4.748 1.114 225 (3.758) 2.329

Compra de energia - CVA (a) 95.884 67.828 4.764 (134.826) 33.650

ESS-Encargos do Serviço do Sistema (b) (56.810) 4.600 (2.820) 33.242 (21.788)

70.613 70.148 4.935 (109.053) 36.643 Itens financeiros Sobrecontratação de energia (c) (64.658) 12.797 292 47.203 (4.366) Exposição financeira (d) 8.835 (38.769) (1.224) (3.727) (34.885) PIS/ COFINS (11.121) 722 - - (10.399) Eletronuclear (e) 3.094 - - (2.531) 563 Neutralidade (f) (13.359) (2.974) (711) 2.428 (14.616)

CEPISA violação limite continuidade 2.602 - (2.173) 429

Outros 701 645 - (249) 1.097

(73.906) (27.579) (1.643) 40.951 (62.177)

Total (3.293) 42.569 3.292

(68.102) (25.534)

31/12/2014 Constituição Baixa Atualização Amortizações 31/12/2015 Parcela A

CDE - Conta de Desenvolvimento Energético 1.201 31.077 335 3.057 (9.075) 26.595

PROINFA- Programa de incentivo às fontes alternativas de energia elétrica 833 268 (69) 61 (897) 196

Rede básica 6.544 1.632 214 786 (4.428) 4.748

Compra de energia - CVA (a) 214.148 (81.034) 103.865 22.832 (163.927) 95.884

ESS - Encargos do Serviço do Sistema (b) (52.757) (38.048) 8.126 (6.939) 32.808 (56.810)

169.969 (86.105) 112.471 19.797 (145.519) 70.613 Itens financeiros Sobrecontratação de energia (c) 92.009 (55.056) (121.094) 1.879 17.604 (64.658) Exposição financeira (d) (3.239) 10.307 1.029 749 (11) 8.835 PIS/COFINS 24.403 (11.121) (24.403) - - (11.121) Eletronuclear (e) 7.651 - 4.329 - (8.886) 3.094 Limite de continuidade (1.017) - 113 - 904 Neutralidade (f) (3.706) (10.392) (4.556) - 5.295 (13.359)

CEPISA violação limite continuidade 1.090 1.824 (359) 47 - 2.602

Outros 1.059 805 (395) - (768) 701

118.250 (63.633) (145.336) 2.675 14.138 (73.906)

Total 288.219 (149.738) (32.865) 22.472 (131.381) (3.293)

(a) A Portaria Interministerial dos Ministros de Estado da Fazenda e de Minas e Energia nº 25, de 24 de janeiro de 2002, estabeleceu a Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da “Parcela A” - CVA, com o propósito de registrar as variações de custos, negativas ou positivas, ocorridas no período entre reajustes tarifários anuais, relativos aos itens previstos nos contratos de concessão de distribuição de energia elétrica, de forma a permitir maior neutralidade no repasse destas variações para as tarifas. Estas variações são apuradas por meio da diferença entre os gastos efetivamente incorridos e os gastos estimados no momento da constituição da tarifa nos reajustes tarifários anuais. Os valores considerados na CVA são atualizados monetariamente com base na taxa SELIC.

(20)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

(b) Encargo pago referente à entrada das usinas térmicas como forma de poupar os reservatórios das usinas hidrelétricas e das entradas das usinas térmicas devido a restrição de transmissão entre os submercados.

(c) O Decreto n° 5.163, de 30 de julho de 2004, em seu art. 38, determina que no repasse dos custos de aquisição de energia elétrica às tarifas dos consumidores finais, a ANEEL deverá considerar até 105% do montante total de energia elétrica contratada em relação à carga anual de fornecimento do agente de distribuição. Este repasse foi regulamentado pela Resolução ANEEL n° 255, de 6 de março de 2007. As distribuidoras de energia elétrica são obrigadas a garantir 100% do seu mercado de energia por meio de contratos aprovados, registrados e homologados pela ANEEL, tendo também a garantia do repasse às tarifas dos custos ou receitas decorrentes das sobras e déficits de energia elétrica, limitados em 5% do requisito de carga. A Sobrecontratação de Energia refere-se à apuração dos repasses dos custos de compra de energia da parcela até 5% do requisito da carga do agente de distribuição.

(d) Conforme dispõe o art. 28 do Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004, em seus §§ 2º e 3º, as regras de comercialização preveem mecanismos específicos para o rateio dos riscos financeiros decorrentes de diferenças de preços entre submercados, eventualmente impostos aos agentes de distribuição que celebrarem Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado - CCEAR na modalidade de quantidade de energia.

(e) Refere-se à diferença entre a tarifa praticada e a tarifa de referência entre Furnas e Eletronuclear, conforme determinado na Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009. A diferença apurada foi rateada entre as concessionárias que adquiriram o CCEAR 2005 - 1º Leilão, e seu valor está sendo mensalmente pago pelas distribuidoras à Eletronuclear nos anos de 2013 a 2015, conforme parcelas homologadas pela REH 1.406/2012. Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia possui valores a receber correspondente ao reconhecimento dos montantes a pagar no ano de 2015 conforme determinado na Resolução Homologatória ANEEL nº 1.585, de 13 de agosto de 2013 e que serão contemplados nos próximos reajustes tarifários. (f) Decorre do repasse aos consumidores da compensação financeira devido à violação dos limites de continuidade dos pontos de conexão dos acessos de

distribuidoras a outras distribuidoras, conforme previsto no Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional - PRODIST (Seção 8.2, item 6.1.5.2). Referem-se a valores pagos pelas distribuidoras acessadas, que devem ser repassados aos consumidores finais das distribuidoras acessantes, sob a forma de financeiro negativo.

Anualmente, no mês de agosto, a ANEEL apura o novo índice do reajuste tarifário da

Companhia adequando suas despesas da Parcela A (custo não gerenciáveis, como compra de

energia, encargos setoriais, encargos de transmissão). Através da Resolução Homologatória nº

1940, de 25 de agosto de 2015, a ANEEL realizou o reajuste tarifário anual da Companhia, onde

as novas tarifas entraram em vigor no dia 28 de agosto de 2015 com vigência até 27 de agosto

de 2016. Ao calcular o reajuste, a Agência considera a variação de custos que a Companhia teve

no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o

IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia

comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais.

Neste processo as CVAs contabilizadas pela Companhia são auditadas e apuradas devendo ser

feito a baixa da diferença entre o valor apurado pela Companhia e o concedido pela ANEEL no

mesmo período. Os componentes financeiros concedidos no reajuste tarifário do ano anterior

devem ter seus saldos baixados, sejam positivos e negativos, uma vez que estes só podem ser

amortizados em 12 meses após o reajuste. A apuração das diferenças desses diversos pontos é

chamada de Efeito do Reajuste na empresa e, para esse período, o reposicionamento tarifário a

ser percebido pelos consumidores foi de 8,64%, considerando-se os componentes financeiros

incluídos nas tarifas da Companhia.

10 Impostos a recuperar

Os saldos do circulante e não circulante em decorrência das retenções ou antecipações legais

estão demonstrados conforme a seguir:

(21)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

10.1

Impostos e contribuições a recuperar

30/06/2016 31/12/2015

Circulante

ICMS a recuperar (CIAP) 32.627 35.138

Outros 3.198 15.558

Total 35.825 50.696

Não circulante

ICMS a recuperar (CIAP) 51.572 30.891

Outros 723 723

Total 52.295 31.614

10.2

Impostos e contribuições sobre o lucro a recuperar

30/06/2016 31/12/2015

Circulante

IR sobre aplicação financeira 13.289 24.718

IRPJ/CSLL a restituir (a) 22.967 1.923

IRRF 1.781 2.415

Total 38.036 29.056

(a) Os valores registrados no circulante são originários de antecipações e de valores retidos na fonte de Órgãos Públicos de IRRF, CSLL, PIS e COFINS do ano de 2015. Os valores registrados no não circulante é composto de antecipações de IRPJ e CSLL do ano-calendário de 2004 e que foram pagas através de parcelamento na forma da Lei nº

11.941/2009.

11 Partes relacionadas

Os principais saldos de ativos, passivos e receitas/despesas em 30 de junho de 2016, assim

como as transações que influenciaram o resultado do período, relativas a operações com partes

relacionadas decorrem de transações da Companhia com sua controladora, acionistas e suas

partes relacionadas, profissionais-chaves da Administração (Presidente e Diretores) e outras

partes relacionadas, conforme Deliberação CVM nº 560, de 11 de dezembro de 2008, que

aprovou o CPC 05 - Divulgações sobre Partes Relacionadas estão demonstradas conforme a

seguir:

(22)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

30/06/2016 31/12/2015 30/06/2015

Empresas Ref. Natureza da operação Ativo Passivo Resultado/ despesa Ativo Passivo Resultado/ despesa Eletrobrás (a) Empréstimo - (235.507) (12.306) - (253.752) - Dividendos - (55.189) - - (23.032) - FASCEMAR (b)

Contrato de confissão de dívida - - - - - -

Previdência Privada - - 1.249 - - 1.530 Equatorial Energia (c) Contrato de compartilhamento 402 - - 212 - - Dividendos - (107.099) - - (44.696) -

GERAMAR (d) Compra de energia elétrica - - 1.313 - - 1.485

Equatorial

Soluções (e) Contrato de compartilhamento 1.030 (647) - 798 (1.357) -

CELPA (f) Contrato de compartilhamento 607 - - 340 - -

(a) Os valores com a Eletrobras são referentes aos dividendos a pagar e a contratos de empréstimos. Os contratos de empréstimos com a Eletrobrás são provenientes de linhas de financiamento específicas para o Setor Elétrico e suas condições são igualmente praticadas com outras distribuidoras de energia elétrica do Brasil.

(b) Os valores com a FASCEMAR são provenientes das contribuições da patrocinadora CEMAR com sua Fundação de Previdência Complementar. As condições do plano de previdência da CEMAR com a FASCEMAR estão descritas conforme Nota 0.

(c) Os valores com a Equatorial Energia S.A. (Controladora da CEMAR) são provenientes do contrato de compartilhamento de recursos humanos, administrativos e rateio proporcional das respectivas despesas incorridas; e de dividendos a pagar.

(d) Os valores com Geradora de Energia do Norte S.A. (“Gera Maranhão”) são provenientes do contrato de compra de energia elétrica CCEAR Nº 5555/2007 - 29413N - 29414N, que é pactuado em condições normais de mercado, com vigência até 2024.

(e) Os valores com a Equatorial Soluções são provenientes do contrato de compartilhamento de recursos humanos, administrativos e rateio proporcional das respectivas despesas incorridas, com prazo de duração indeterminado.

(f) Os valores com a CELPA são provenientes do contrato de compartilhamento de infraestrutura.

Remuneração de pessoal-chave da Administração

A remuneração anual global dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria foi

fixada em até R$ 15.500, conforme Assembleia Geral Ordinária realizada em 14 de abril de

2016.

Proporção de cada elemento na remuneração total, referente ao período findo em 30 de junho de

2016:

Conselho de Administração Remuneração fixa: 100% Diretoria Remuneração fixa: 25% Benefícios 2% Remuneração variável: 73%

(23)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

Remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria paga pela Companhia no período:

Administração Conselho de Diretoria estatutária Total Números de membros 7 8 15

Remuneração fixa anual 262 1.229 1.491

Salário ou pró -labore 262 1.112

1.374

Benefícios diretos e indiretos - 117 117

Remuneração variável - 3.848 3.848

Bônus - 3.823 3.823

Benefícios pós-emprego - 25

25

Valor total da remuneração por órgão 262 5.077

5.339

A Equatorial Energia S.A., controladora da CEMAR, presta garantia como avalista ou fiadora

da Companhia sem ônus nos contratos de financiamentos abaixo listados:

Instituição financiamentoValor do % do aval Início Término liberado Valor 30/06/2016 Agência Especial de Financiamento Industrial

- FINAME PSI (Simplificado) 776 100 25/03/2010 15/10/2019 776 1.317

Agência Especial de Financiamento Industrial

- FINAME PSI (Convencional) 17.262 100 17/08/2010 15/04/2020 17.262 8.351 Banco do Brasil - CCB Nº 21/00003-4 90.000 100 19/12/2014 11/04/2018 90.000 92.901 Banco do Brasil - CCB Nº 20/02000-7 150.000 100 19/12/2014 12/06/2018 150.000 151.109 Banco do Brasil - CCB Nº 20/02002-3 40.000 100 19/12/2014 15/06/2018 40.000 40.250 Banco do Brasil - CCB Nº 2100010-7 20.000 100 19/12/2014 03/12/2017 20.000 24.605 Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social - BNDES (11.2.0841.1) 175.237 100 11/11/2011 15/11/2021 175.237 58.538 Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social - BNDES (12.2.1211.1) 466.645 100 13/12/2012 15/12/2022 467.280 368.017 Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social - BNDES (14.2.1233.1) 141.709 100 30/12/2014 15/03/2024 212.109 221.465 Banco do Nordeste do Brasil - BNB 136.076 100 23/11/2005 18/11/2016 136.076 2.888 Banco do Nordeste do Brasil - BNB

(193.2008.2808.3018) 144.939 100 05/02/2009 05/02/2021 144.939 85.109

Caixa Econômica Federal - Contrato Nº

415.866-52/2013 - FINISA 25.763 100 04/10/2013 07/10/2025 25.763 26.067 Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP 7.956 100 07/11/2011 15/03/2020 7.956 4.213

Total 1.416.363 - - - 1.487.398 1.084.830

12 Ativo financeiro da concessão

Refere-se à parcela dos investimentos realizados e não amortizados até o final da concessão

classificada como um ativo financeiro por ser um direito incondicional de receber caixa ou outro

ativo financeiro diretamente do poder concedente decorrente da aplicação das Interpretações

Técnicas ICPC 01(R1) - Contratos de Concessão e ICPC 17 - Contrato de Concessão:

Evidenciação, e da Orientação Técnica OCPC 05 - Contratos de Concessão. Essa parcela de

infraestrutura classificada como ativo financeiro é remunerada por meio do denominado WACC

regulatório, que consiste na remuneração do investimento e que é cobrada mensalmente na tarifa

dos clientes.

A indenização será efetuada com base nas parcelas dos investimentos vinculados a bens

reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo

de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

(24)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

A movimentação dos saldos referentes ao ativo financeiro da concessão está assim apresentada:

31/12/2015

Atualização do ativo financeiro

(a) Capitalização Baixa 30/06/2016 Ativo financeiro 1.230.766 72.573 9.766 (141) 1.312.964 Obrigações especiais (b) (415.862) (24.791) (352) - (441.005) Total 814.904 47.782 9.414 (141) 871.959 31/12/2014 Reclassificação Atualização do ativo financeiro (a) Capitalização Baixa 31/12/2015 Ativo financeiro 1.010.795 26.416 74.771 119.626 (842) 1.230.766 Obrigações especiais (b) (354.639) - (48.528) (12.695) - (415.862) Total 656.156 26.416 26.243 106.931 (842) 814.904

A concessão da Companhia não é onerosa, desta forma, não há obrigações financeiras fixas e pagamentos a serem realizados ao poder concedente.

(b) Atualização do ativo financeiro

Em 11 de setembro de 2012, foi publicada a Medida Provisória 579, que dispõe sobre a prorrogação e licitação das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sobre a redução dos encargos setoriais, sobre a modicidade tarifária, e dá outras providências. Tal medida provisória foi convertida em 11 de janeiro de 2013 na Lei nº 12.783.

De acordo com este normativo legal, o cálculo do valor dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou não depreciados, para fins de indenização, deve utilizar como base a metodologia de valor novo de reposição, conforme critérios estabelecidos em regulamento do poder concedente.

Visando a melhor estimativa da indenização ao final da concessão, o valor justo do ativo financeiro é revisado mensalmente, considerando a atualização pelo IGP-M, por ser este um dos principais critérios de atualização anual utilizada pelo regulador nos processos de reajuste tarifário. Possíveis variações decorrentes do critério de cálculo do VNR também são consideradas.

(c) Obrigações especiais

Representam substancialmente recursos da União Federal, dos Estados e dos Municípios e pela participação de consumidores, vinculados à realização de investimentos na concessão do serviço público de energia elétrica. As obrigações especiais são calculadas com base na participação da fonte de recurso, a saber:

• Os recursos da União são calculados pelo percentual estabelecido no contrato; e • Os demais recursos se enquadram na resolução 414/2010 da Aneel.

(25)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

13 Intangível

O ativo intangível está constituído da seguinte forma:

30/06/2016

Taxas anuais médias ponderadas

de depreciação (%) Custo Amortização

(-) Obrigações Vinculadas à Concessão Valor líquido Em serviço 4,37% 3.861.911 (1.578.440) (797.240) 1.486.231 Em curso 591.936 - (117.732) 474.204 Total 4.453.847 (1.578.440) (914.972) 1.960.435 31/12/2015 Taxas anuais médias ponderadas

de depreciação (%) Custo Amortização

(-) Obrigações vinculadas à concessão Valor líquido Em serviço 4,37% 3.813.805 (1.493.628) (825.674) 1.494.503 Em curso 373.359 - (109.139) 264.220 Total 4.187.164 (1.493.628) (934.813) 1.758.723

O ativo intangível é composto pelo direito de uso dos bens vinculados ao contrato de serviço de

concessão amortizáveis até agosto de 2030, conforme ICPC 01(R1). Com a adoção da ICPC 01

(R1), o valor de amortizações de ativos fixos tangíveis das concessões e os correspondentes

subsídios foram reclassificados para a rubrica de Amortização de Intangíveis das Concessões -

ICPC 01 (R1).

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, a

infraestrutura utilizada na distribuição de energia elétrica é vinculada a esses serviços, não

podendo ser retirada, alienada, cedida ou dada em garantia hipotecária sem a prévia e expressa

autorização da ANEEL.

A Resolução nº 20 da ANEEL, de 3 de fevereiro de 1999, regulamenta a desvinculação dos bens

das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo a autorização prévia para

desvinculação da infraestrutura inservível à concessão, quando destinada à alienação,

determinando que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada para

aplicação na própria concessão.

(26)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

A movimentação do ativo intangível está demonstrada abaixo:

31/12/2015 Adições Baixas Capitalização/ transferência (a) 30/06/2016

Em serviço 3.813.808 - (11.511) 59.614 3.861.911 (-) Amortização (1.493.628) (96.542) 11.730 - (1.578.440) Total em serviço 2.320.180 (96.542) 219 59.614 2.283.471 Em curso 373.359 287.958 - (69.381) 591.936 Total em curso 373.359 287.958 - (69.381) 591.936 Obrigações especiais (b) (1.235.855) 352 - (8.593) (1.244.096) (-) Amortização 301.039 28.085 - - 329.124

Total em obrigações especiais (934.816) 28.437 - (8.593) (914.972)

Total 1.758.723 219.853 219 (18.360)

1.960.435 31/12/2014 Reclassificação Adições Baixas Capitalização transferência (a) / 31/12/2015

Em serviço 3.678.195 (26.416) - (41.341) 203.370 3.813.808 (-) Amortização (1.337.280) - (182.683) 26.335 - (1.493.628) Total em serviço 2.340.915 (26.416) (182.683) (15.006) 203.370 2.320.180 Em curso 276.503 - 419.852 - (322.996) 373.359 Total em curso 276.503 - 419.852 - (322.996) 373.359 Obrigações especiais (b) (1.154.431) - (94.119) - 12.695 (1.235.855) (-) Amortização 245.408 - 55.631 - - 301.039

Total em obrigações especiais (909.023) - (38.488) - 12.695 (934.816)

Total 1.708.395 (26.416) 198.681 (15.006) (106.931) 1.758.723

(a) Capitalizações correspondem às transferências do intangível em curso para o intangível em serviço e ativo financeiro em serviço e reclassificação às transferências para o ativo financeiro em serviço da concessão.

(b) Obrigações especiais representam substancialmente recursos da União Federal, dos Estados e dos Municípios e pela participação de consumidores, vinculados à realização de investimentos na concessão do serviço público de energia elétrica.

Intangível em curso

O saldo do intangível em curso está constituído da seguinte forma:

30/06/2016 31/12/2015

Obras em andamento 513.781 332.159

Materiais em depósito 87.909 47.760

Adiantamento a fornecedores 6.261 9.055

Provisão para perdas (16.015) (15.615)

Total 591.936 373.359

O intangível em curso teve um acréscimo em virtude da ampliação dos investimentos em obras

de construção de novas subestações, ampliações e novas tecnologias voltadas à expansão e

modernização do sistema elétrico. Teremos este ano, o maior investimento da Companhia no

(27)

Companhia Energética do Maranhão S.A. - CEMAR

Informações trimestrais em 30 de junho de 2016

14 Fornecedores

30/06/2016 31/12/2015

Suprimento de energia elétrica 116.153

181.260

Encargos de uso da rede elétrica 18.487 14.413

Materiais e serviços 111.626 154.879 Total 246.266 350.552

15 Empréstimos e financiamentos

30/06/2016

Custo médio da dívida (%a.a.) Principal e encargos

Circulante

Não circulante

Total

Moeda estrangeira (USD):

STN 4,26% 114 12.204 12.318

Operação Itaú 4131 3,00% 742 130.666 131.408

Operação Santander 4131 3,00% 844 131.850 132.694

Total moeda estrangeira 1.700 274.720 276.420

Moeda nacional Banco do Brasil 14,97% 10.788 305.984 316.772 BNB 8,50% 21.569 66.430 87.999 BNDES 9,74% 105.076 542.944 648.020 CAIXA 6,00% 2.879 23.187 26.066 Eletrobrás 12,45% 47.015 188.492 235.507 FINEP 4,00% 1.128 3.084 4.212 IBM 14,70% 1.656 1.373 3.029 Votorantim 4,50% 474 1.287 1.761 Sudene 7,00% 7.025 33.909 40.934 Subtotal 197.610 1.166.690 1.364.300 (-) Custo de captação (1.862) (4.557) (6.419)

Total moeda nacional 195.748 1.162.133 1.357.881

Referências

Documentos relacionados

Nas grandes cidades, a queima de combustíveis fós- seis produz gases, como os óxidos de nitrogênio e de enxofre, que reagem com a água produzindo compos- tos ainda mais ácidos.

Repare que as massas somadas dos reagentes equi- valem à massa do produto. A quantidade e natureza dos átomos são as mesmas, apenas houve um rear- ranjo/recombinação entre eles.

Na análise não-linear geométrica são empregadas distintas medidas de deformações para obter o vetor de forças internas e a matriz de rigidez tangente da estrutura, sendo

Um teste numérico (inf-sup teste) dessa condição foi então proposto, tendo-se como referência os trabalhos de Chapelle e Bathe (1993), para verificar se os elementos

Fabricação de material elétrico para veículos - exclusive baterias 2,0 Fabricação de artigos para uso elétrico, aparelhos e equipamentos para sinalização e alarme e outros

Neste sentido, o presente trabalho tem por objetivo mapear, a evolução temporal do processo de urbanização e a caracterização quanto ao nível de impermeabilização do solo

As leituras que fiz até aqui foram de textos que envolviam, de alguma forma, ações de Modelagem Matemática e Matemática em sala de aula, ou seja, a modelagem vista de fora, sendo

c) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los. Santa Maria – RS) – Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação