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GUIA SOBRE A APLICAÇÃO DO REGIME DE REPORTE FISCAL DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS

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GUIA SOBRE A APLICAÇÃO DO REGIME DE REPORTE

FISCAL DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS

O presente documento tem como objectivo guiar as instituições financeiras nacionais na aplicação do Regime de Reporte Fiscal de Informações Financeiras («RRFIF»), aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º 1/17 de 20 de Junho, que opera a transposição do regime norte-americano Foreign Account Tax Compliance Act (“FATCA”) para o ordenamento jurídico nacional.

De salientar que o documento ora em apreço contém as disposições da regulamentação complementar a que o artigo 17.º do RRFIF se refere, as quais serão publicadas em breve sob a forma de Decreto Presidencial. Contudo, uma vez que o referido decreto encontra-se, ainda, em processo de aprovação, a AGT procede à disponibilização do seu conteúdo em forma de guia.

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1

ÍNDICE

CAPÍTULO I ... 4 DISPOSIÇÕES GERAIS ... 4 1. Objecto ... 4 2. Âmbito de aplicação ... 4 3. Definições ... 4 CAPÍTULO II ... 8 ÂMBITO SUBJECTIVO ... 8 SECÇÃO I ... 8 ENTIDADES ABRANGIDAS ... 8

4. Instituições Financeiras Reportantes ... 8

SECÇÃO II ... 8

ENTIDADES EXCLUÍDAS ... 8

5. Instituições Financeiras Não Reportantes ... 9

6. Entidades governamentais ... 10

7. Organizações Internacionais ... 11

8. Fundos de Pensões ... 11

9. Entidades de investimento detidas por determinadas entidades excluídas ... 14

10. Instituições Financeiras com base local de clientes ... 14

11. Bancos Locais... 17

12. Instituições Financeiras que mantêm contas de reduzido valor ... 18

13. Instituições Financeiras emissoras de cartões de crédito ... 18

14. Estruturas fiduciárias documentadas por um fiduciário ... 19

15. Entidades de investimento representadas... 19

16. Sociedades controladas representadas ... 20

17. Veículo de investimento de âmbito restrito representado ... 22

18. Consultores de Investimento e Gestores de Investimento ... 23

19. Veículos de investimento colectivo isento ... 23

CAPÍTULO III ... 24

ÂMBITO OBJECTIVO ... 24

SECÇÃO I ... 24

(3)

2

20. Contas abrangidas ... 24

SECÇÃO II ... 25

CONTAS EXCLUÍDAS ... 25

21. Contas excluídas ... 25

22. Contas dispensadas de reporte ... 29

SECÇÃO III ... 29

TITULAR DE CONTA ... 29

23. Titular da conta financeira ... 29

CAPÍTULO IV ... 30

OBRIGAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ... 30

SECÇÃO I ... 30

Obrigações de diligência devida ... 30

24. Disposição geral... 30

25. Regras e procedimentos de diligência devida aplicáveis a contas financeiras pré-existentes cujos titulares sejam pessoas singulares ... 32

26. Regras e procedimentos de diligência devida aplicáveis a contas financeiras novas cujos titulares sejam pessoas singulares ... 40

27. Regras e procedimentos de diligência devida aplicáveis a contas financeiras pré-existentes cujos titulares sejam entidades ... 43

28. Regras e procedimentos de diligência devida aplicáveis a contas financeiras novas cujos titulares sejam entidades ... 48

29. Disposições gerais aplicáveis aos procedimentos de diligência devida ... 51

30. Regras aplicáveis às contas financeiras detidas por pessoas singulares que sejam beneficiárias de um contrato de seguro monetizável ... 53

31. Contas recalcitrantes ... 53

32. Alteração de circunstâncias... 54

33. Prova documental ... 55

34. Auto-certificação dos titulares de conta ... 56

SECÇÃO II ... 57

OBRIGAÇÕES DE REPORTE ... 57

35. Reporte de contas dos E.U.A. sujeitas a reporte e contas de instituições financeiras não participantes... 57

36. Obrigação de reporte de contas recalcitrantes ... 58 37. Regras aplicáveis às contas financeiras que se encontram em situações atípicas . 58

(4)

3 38. Regras adicionais aplicáveis ao reporte de pagamentos efectuados a instituições

financeiras não participantes ... 59

39. Submissão de reporte em branco ... 60

40. Declarações Electrónicas ... 61

SECÇÃO III ... 61

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ... 61

41. Obrigação de implementação de um programa de compliance ... 61

42. Regras especiais relativas a entidades relacionadas e sucursais consideradas instituições financeiras não participantes... 62

SECÇÃO IV ... 63

FISCALIZAÇÃO ... 63

(5)

4

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

1. OBJECTO

O presente guia define as obrigações complementares do Regime de Reporte Fiscal das Informações Financeiras, em matéria de identificação de determinadas contas e de reporte de informações à Administração Geral Tributária.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O presente guia aplica-se às instituições financeiras com sede ou direcção efectiva em Angola, excluindo qualquer sucursal situada fora de Angola, bem como às sucursais situadas em Angola de instituições financeiras com sede no estrangeiro.

3. DEFINIÇÕES

Para efeitos do presente guia entende-se por:

a) Contas recalcitrantes, as contas em relação às quais a instituição financeira não dispõe de informação suficiente para proceder à atribuição do estatuto FATCA às mesmas, conforme o disposto no ponto 31 do presente guia;

b) Contratos de seguro monetizáveis, os contratos definidos nos termos da alínea c) do número 3 do artigo 5.º do Decreto Legislativo Presidencial n.º 1/17, de 20 de Junho, que aprova o Regime de Reporte Fiscal de Informações Financeiras (doravante designado por RRFIF);

c) Entidade que não é dos E.U.A., uma «entidade» que não é considerada uma «pessoa dos E.U.A.», tal como estas expressões são definidas, respectivamente, no número 6 do artigo 2.º e na alínea b) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF; d) Entidade relacionada, se uma das entidades controlar a outra, ou se ambas

estiverem sujeitas a um controlo comum, considerando-se, para este efeito, que o «controlo» inclui a titularidade, directa ou indirecta, de mais de 50% dos direitos de voto ou do capital de uma entidade;

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5

e) Estatuto FATCA, a classificação que um titular de conta assume no âmbito do presente guia, nos termos definidos no número 3 do ponto 24;

f) GIIN, o número de identificação de intermediário global para efeitos do registo FATCA;

g) Instituição financeira de uma jurisdição parceira, uma instituição financeira estabelecida numa jurisdição onde se encontre em vigor um Acordo com os E.U.A. com o intuito de facilitar a implementação do FATCA, excluindo as respectivas sucursais situadas fora do território da jurisdição parceira, bem como uma sucursal situada no território da jurisdição parceira de uma instituição financeira não estabelecida nessa jurisdição;‘

h) Instituição financeira participante, inclui (i) uma instituição financeira que assumiu o compromisso de cumprir com os requisitos definidos num Acordo assinado entre a própria instituição financeira e o IRS ou (ii) uma instituição financeira reportante residente numa jurisdição que tenha celebrado um Acordo Intergovernamental com os E.U.A. para efeitos do FATCA de Modelo 1 ou Modelo 2, incluindo, desta forma, as instituições financeiras reportantes angolanas, desde que, em ambos os casos, a instituição financeira não seja considerada pelo IRS como uma instituição financeira não participante, em virtude de um incumprimento significativo das obrigações decorrentes do regime FATCA;

i) Instituição financeira não participante, qualquer entidade que não seja uma instituição financeira participante nos termos da alínea anterior, salvo se for tratada como uma instituição financeira não reportante ao abrigo da legislação FATCA aplicável na sua jurisdição;

j) Internal Revenue Code, a legislação norte-americana que incide sobre os impostos sobre o rendimento;

k) IRS, o Internal Revenue Service, autoridade fiscal dos E.U.A. competente para efeitos de FATCA;

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6

l) Mercados de valores mobiliários estabelecidos, qualquer bolsa oficialmente reconhecida e controlada por uma entidade governamental da jurisdição na qual o mercado se encontra situado e com um valor anual significativo de acções negociadas na bolsa;

m) Pessoa dos E.U.A. não reportável, qualquer Pessoa dos E.U.A., conforme definida na alínea b) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF, que seja:

i) Uma sociedade cujas acções sejam regularmente negociadas num ou mais

mercados de valores mobiliários estabelecidos;

ii) Qualquer sociedade que seja membro do mesmo grupo alargado de

sociedades afiliadas, nos termos definidos na secção 1471 (e)(2) do

Internal Revenue Code dos E.U.A., como uma sociedade descrita no

subponto (1);

iii) Os E.U.A. ou qualquer outro departamento ou organismo dos E.U.A.;

iv) Qualquer Estado dos Estados Unidos, qualquer território dos E.U.A.,

qualquer subdivisão política de qualquer uma das entidades referidas, ou qualquer departamento ou organismo detido na totalidade por uma ou mais das Entidades referidas;

v) Qualquer organização isenta de imposto nos termos da secção 501(a) do

Internal Revenue Code dos E.U.A. ou plano individual de reforma nos

termos definidos na secção 7701(a)(37) do Internal Revenue Code dos E.U.A.;

vi) Qualquer banco descrito na secção 581 do Internal Revenue Code dos

E.U.A.;

vii) Qualquer estrutura fiduciária de investimento imobiliário nos termos

definidos na secção 856 do Internal Revenue Code dos E.U.A.;

viii) Qualquer sociedade de investimento regulada nos termos descritos na

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7

registada na securities exchange commission nos termos da investment

company act de 1940 (15 U.S.C. 80a-64);

ix) Qualquer fundo fiduciário comum nos termos definido na secção 584(a)

do Internal Revenue Code dos E.U.A.;

x) Qualquer estrutura fiduciária que esteja isento de imposto nos termos da

secção 664 (c) do Internal Revenue Code dos E.U.A. e ou que esteja descrito na secção 4947(a)(1) do Internal Revenue Code dos E.U.A.;

xi) Um corrector de valores mobiliários, mercadorias ou instrumentos

financeiros derivados (incluindo contratos de capital nacional, futuros, contratos a prazo e opções) que se encontre registado nessa qualidade nos termos da legislação dos Estados Unidos ou de qualquer Estado;

xii) Um corrector nos termos definidos na secção 6045 (c) do Internal Revenue

Code dos E.U.A.; ou

xiii) Qualquer estrutura fiduciária isenta de imposto ao abrigo de um plano

descrito na secção 403 (b) ou secção 457 (g) do Internal Revenue Code dos E.U.A.;

n) Pessoa dos E.U.A. reportável, qualquer pessoa dos E.U.A., conforme definida na alínea b) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF, que não se encontre abrangida pela alínea anterior;

o) Pessoa que não é dos E.U.A., uma pessoa singular que não constitui uma «pessoa dos E.U.A.», tal como esta expressão se encontra definida na alínea b) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF;

p) Pessoas que exercem o controlo, as pessoas singulares que detêm o controlo de uma entidade, tal como definidas nos termos das disposições legais e regulamentares em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, sendo que:

i) No caso de uma estrutura fiduciária, considera-se como pessoas que

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8

beneficiários ou categoria de beneficiários, bem como qualquer outra pessoa singular que em última instância exerça o controlo efectivo da estrutura fiduciária; e

ii) No caso de outro instrumento jurídico que não a estrutura fiduciária,

considera-se como pessoas que exercem o controlo as pessoas com funções similares ou equivalentes;

q) Regularmente negociadas, quaisquer participações relativamente às quais exista um volume significativo de negociação numa base permanente;

r) RRFIF, Regime de Reporte Fiscal de Informações Financeiras aprovado pelo

Decreto Legislativo Presidencial n.º 1/17, de 20 de Junho;

CAPÍTULO II

ÂMBITO SUBJECTIVO

SECÇÃO I

ENTIDADES ABRANGIDAS

4. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS REPORTANTES

1. Estão sujeitas às obrigações previstas no presente guia as entidades qualificadas como instituições financeiras reportantes, nos termos do artigo 4.º do RRFIF. 2. Consideram-se abrangidos pelo conceito de «entidade de investimento» previsto

na alínea c) do número 3 do artigo 2.º do RRFIF, os investidores em capital de risco, constituídos nos termos da legislação nacional.

SECÇÃO II

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9

5. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO REPORTANTES

1. Para efeitos do presente guia não são consideradas instituições financeiras reportantes as seguintes:

a) Entidades Governamentais, nos termos definidos no ponto 6; b) Organizações Internacionais, nos termos definidos no ponto 7; c) Determinados fundos de pensões, nos termos definidos no ponto 8;

d) Entidades de Investimento detidas por determinadas entidades excluídas, nos termos definidos no ponto 9;

e) Instituições Financeiras com base local de clientes, nos termos definidos no ponto 10;

f) Bancos Locais, nos termos definidos no ponto 11;

g) Instituições Financeiras que mantêm contas de reduzido valor, nos termos definidos no ponto 12;

h) Instituições Financeiras emissoras de cartões de crédito, nos termos definidos no ponto 13;

i) Estruturas fiduciárias documentadas por um fiduciário, nos termos definidos no ponto 14;

j) Entidades de Investimento representadas, nos termos definidos no ponto 15; k) Sociedades controladas representadas, nos termos definidos no ponto 16;

l) Veículos de Investimento de âmbito restrito representado, nos termos definidos no ponto 17;

m) Consultores de Investimento e Gestores de Investimento, nos termos definidos no ponto 18;

n) Veículos de Investimento Colectivo, nos termos definidos no ponto 19.

2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as Entidades Governamentais, o Banco Nacional de Angola (BNA) e as Organizações Internacionais não devem ser consideradas entidades excluídas sempre que pratiquem uma actividade

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financeira comercial do tipo das realizadas por uma «Empresa de Seguros Especificada», «Instituição de Custódia» ou «Instituição de Depósito».

6. ENTIDADES GOVERNAMENTAIS

1. São consideradas «Entidades Governamentais» as entidades referidas no número 1 do artigo 3.º do RRFIF, com excepção da alínea c), bem como os seus organismos integrantes e entidades por si controladas.

2. Considera-se como «organismo integrante» qualquer pessoa, organização, organismo, serviço, fundo, departamento ou outra entidade, independentemente da forma da sua designação, que constitui uma autoridade administrativa angolana, desde que os seus rendimentos líquidos sejam creditados na sua própria conta ou noutras contas do Estado Angolano, sem que qualquer parte dos seus rendimentos reverta a favor de uma pessoa singular ou de uma pessoa colectiva de direito privado.

3. Considera-se como «entidade controlada» uma entidade jurídica autónoma do Estado Angolano, desde que verifiquem cumulativamente as seguintes condições: a) A entidade seja detida e controlada na totalidade e directamente por uma ou mais Entidades Governamentais ou por intermédio de uma ou mais entidades controladas;

b) Os rendimentos líquidos da entidade sejam creditados na sua própria conta ou nas contas de uma ou mais Entidades Governamentais, sem que qualquer parte do seu rendimento reverta a favor de uma pessoa singular ou de uma pessoa colectiva de direito privado;

c) Em caso de dissolução, os activos da entidade revertem a favor de uma ou mais Entidades Governamentais.

4. Para efeitos do número 2 e da alínea b) do número anterior, as instituições financeiras não devem considerar que os rendimentos revertem a favor de pessoas singulares ou de uma pessoa colectiva de direito privado, se estas forem as

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destinatárias de um programa público cujas actividades são desenvolvidas em benefício do público em geral, visando o bem comum.

5. O disposto no número anterior não se aplica quando aqueles rendimentos sejam provenientes do exercício de uma actividade comercial desenvolvida por uma entidade pública, designadamente uma actividade de banca comercial, que presta serviços financeiros a particulares.

7. ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

Considera-se como «Organização Internacional» qualquer organização

intergovernamental ou supranacional, incluindo qualquer departamento ou organismo detido na totalidade pela mesma, que:

a) Seja primordialmente constituída por Estados que não sejam os E.U.A.; b) Tenham em vigor um acordo de sede com Angola; e

c) O seu rendimento não reverta a favor de particulares ou de pessoas colectivas de direito privado.

8. FUNDOS DE PENSÕES

1. Para efeitos do presente guia, são considerados como entidades excluídas os «Fundos de Pensões de Participação Alargada», os «Fundos de Pensões de Participação Limitada» e os Fundos de Pensões constituídos por Entidades Governamentais, Organizações Internacionais e pelo BNA, em conformidade com as condições previstas nos números seguintes.

2. Consideram-se como «Fundo de Pensões de Participação Alargada», os fundos de pensões constituídos em Angola para a concessão de benefícios conexos com pensões de reforma, invalidez, morte ou qualquer combinação destes, a beneficiários que sejam, ou tenham sido, trabalhadores dependentes de um ou mais empregadores, em contrapartida pelos serviços prestados, desde que o fundo cumpra, cumulativamente, os seguintes requisitos:

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a) Não tenha um único beneficiário com direito a mais de 5% dos activos do fundo;

b) Esteja sujeito a supervisão da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) e ao dever de comunicação anual à Administração Geral Tributária (AGT) de informações sobre os seus beneficiários e cumpra pelo menos um dos seguintes requisitos:

i) O fundo esteja, de forma geral, isento de imposto sobre os rendimentos

de capitais, nos termos da legislação nacional, devido ao seu estatuto de plano de reforma ou de pensões;

ii) Pelo menos 50% do total das contribuições recebidas pelo fundo sejam

da entidade empregadora associada, com excepção das transferências de activos de outros fundos de pensões que preencham os requisitos deste ponto ou de contas referidas na alínea a) do número 1 do ponto 19.

iii) As distribuições ou levantamentos do fundo sejam apenas permitidos

mediante a ocorrência de determinados eventos relacionados com a reforma, invalidez ou morte, com excepção das transferências para outros fundos de pensões que preencham os requisitos deste ponto ou para contas referidas na alínea a) do número 1 do ponto 21, ou estejam previstas sanções para as distribuições ou levantamentos feitos antes da ocorrência ou verificação desses eventos; e

iv) As contribuições para o fundo feitas por trabalhadores dependentes,

com excepção de contribuições adicionais para compensar insuficiências passadas, estejam limitadas por referência ao rendimento auferido pelo trabalhador dependente ou não possam exceder os USD 50.000 (cinquenta mil dólares dos E.U.A.) anuais, aplicando-se as regras de agregação de contas e conversão de moeda previstas no RRFIF e no presente guia.

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3. Consideram-se como «Fundo de Pensões de Participação Limitada», os fundos de pensões constituídos em Angola para a concessão de benefícios conexos com reforma, invalidez ou morte a beneficiários que sejam, ou tenham sido, trabalhadores dependentes de um ou mais empregadores em contrapartida pelos serviços prestados, desde que o fundo cumpra, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) O fundo tenha menos de 50 participantes;

b) O fundo seja participado por um ou mais empregadores que não sejam entidades de investimento, conforme definidas na alínea c) do número 3 do artigo 2.º do RRFIF, ou «entidades não financeiras passivas», conforme definidas na alínea c) do número 3 do artigo 6 do mesmo regime;

c) As contribuições do trabalhador dependente e da entidade empregadora, com excepção das transferências de activos de contas referidas na alínea a) do número 1 do ponto 21 do presente guia, se encontrem limitadas por referência ao rendimento do trabalho dependente por ele auferido e à retribuição a pagar ao trabalhador, respectivamente;

d) Os participantes que não sejam residentes em Angola não tenham direito a mais de 20 % dos activos do fundo; e

e) Esteja sujeito a supervisão da ARSEG e ao dever de comunicação anual à AGT de informações sobre os seus beneficiários.

4. Os fundos de pensões constituídos por Entidades Governamentais, Organizações Internacionais ou pelo BNA apenas são considerados entidades excluídas se forem constituídos em Angola para a concessão de benefícios conexos com a reforma, invalidez ou morte a beneficiários ou participantes que sejam, ou tenham sido, trabalhadores dependentes dessas mesmas entidades ou que, não sendo nem tendo sido trabalhadores dependentes, os benefícios sejam concedidos em contrapartida de serviços pessoais prestados a essas entidades.

5. Os fundos de pensões constituídos em Angola por entidades residentes noutro país que tenham natureza semelhante àquelas identificadas no número anterior

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também são considerados entidades excluídas, desde que preencham os requisitos aí previstos.

9. ENTIDADES DE INVESTIMENTO DETIDAS POR DETERMINADAS ENTIDADES EXCLUÍDAS

1. São consideradas entidades excluídas as instituições financeiras qualificadas como tal, exclusivamente, por serem consideradas entidades de investimento, desde que cumpram cumulativamente os seguintes requisitos:

a) Todos os titulares directos de uma participação no capital dessas entidades sejam entidades previstas nos pontos 6 a 9 do presente guia ou o BNA; b) Todos os detentores directos de direitos de crédito sobre essas entidades

sejam instituições de depósito, relativamente a empréstimos efectuados a essas entidades, entidades previstas nos pontos 6 a 9 ou o BNA.

2. Adicionalmente, também se consideram entidades excluídas, as instituições financeiras qualificadas como tal, exclusivamente, por serem consideradas entidades de investimento, desde que cumpram, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) Todos os titulares directos de uma participação no capital e dos direitos de crédito sobre essas entidades sejam entidades não residentes em Angola; b) Todos os titulares directos de uma participação no capital e dos direitos de

crédito sobre essas entidades tenham natureza semelhante à das entidades previstas nos pontos 6 a 9 ou sejam um banco central.

10. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS COM BASE LOCAL DE CLIENTES

Consideram-se como «Instituições Financeiras com uma base local de clientes», as instituições financeiras que satisfaçam cumulativamente os seguintes requisitos:

a) Estejam autorizadas pelas autoridades de supervisão competentes a operar como instituições financeiras e estejam sujeitas à Lei n.º 12/15, de 17 de Junho, Lei de Bases das Instituições Financeiras;

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b) Não disponham de instalações fixas fora do território nacional para exercer a actividade, com excepção de instalações que não sejam publicitadas junto do público e a partir das quais são apenas exercidas funções de apoio administrativo; c) Não angariem titulares de contas ou clientes fora do território nacional, não se considerando, para este efeito, que as instituições financeiras angariam titulares de contas ou clientes fora de Angola, apenas pelo facto de:

i) Disporem de uma página na internet, desde que esta não sugira

especificamente que as instituições financeiras oferecem contas financeiras ou serviços a não residentes e as instituições financeiras não se dirijam nem angariem, por qualquer outro modo, titulares de contas ou clientes dos E.U.A.; ou

ii) Efectuarem publicidade através de meios de comunicação social,

principalmente distribuídos ou emitidos em Angola, que sejam acessoriamente distribuídos ou emitidos noutros países, desde que essa publicidade não sugira especificamente que as instituições financeiras oferecem contas financeiras ou serviços a residentes fora do território nacional e as instituições financeiras não se dirijam nem angariem, por qualquer outro modo, titulares de contas ou clientes dos E.U.A..

d) Sejam obrigadas, nos termos da legislação nacional, a identificar os titulares de conta residentes para efeitos de reporte de informações ou de retenção na fonte de imposto relativamente a contas financeiras detidas por residentes ou para efeitos do cumprimento dos requisitos dos procedimentos de diligência, aplicáveis em Angola, em matéria de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo;

e) Pelo menos 98 % das contas financeiras mantidas pelas instituições financeiras sejam detidas por residentes;

f) Devem estar em condições de aplicar os procedimentos de diligência devida previstos no presente guia, desde 30 de Novembro de 2014, para evitar que as instituições financeiras ofereçam contas financeiras a instituições financeiras não

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participantes e para verificar se as instituições financeiras abrem ou mantêm contas financeiras de «pessoas dos E.U.A.» que não sejam residentes em Angola, incluindo «pessoas dos E.U.A.» que eram residentes em Angola no momento da abertura das contas financeiras, mas que posteriormente deixaram de ser residentes em território nacional, ou de quaisquer «entidades não financeiras passivas» quando alguma das «pessoas que exerçam o controlo» destas entidades seja residente ou cidadão dos E.U.A. e não residente em Angola;

g) No caso da aplicação dos procedimentos de diligência devidos resultar a identificação de uma conta financeira cujo titular seja uma «pessoa dos E.U.A. reportável», que não seja residente em Angola ou cujo titular seja uma «entidade não financeira passiva», controlada por pessoas residentes ou cidadãos dos E.U.A. que não sejam residentes em Angola, as instituições financeiras devem comunicar essa conta financeira, como se as instituições financeiras fossem instituições financeiras reportantes, devendo designadamente cumprir as obrigações de registo junto das autoridades tributárias dos E.U.A., ou encerrar essa conta financeira; h) As contas pré-existentes cujos titulares sejam pessoas singulares não residentes

em Angola ou cujos titulares sejam entidades devem ser analisadas em conformidade com os procedimentos de diligência devida previstos no presente guia e devem ser comunicadas, como se as instituições financeiras fossem instituições financeiras reportantes, devendo designadamente cumprir as obrigações de registo junto das autoridades tributárias dos E.U.A., ou encerrar essas contas financeiras;

i) As entidades relacionadas com as instituições financeiras que sejam instituições financeiras, devem ser constituídas em Angola e, excepto se forem fundos de pensões descritos no ponto 8 do presente guia, devem cumprir os requisitos estabelecidos neste número; e

j) Não devem adoptar normas ou práticas discriminatórias relativas à abertura ou manutenção de contas financeiras cujos titulares sejam pessoas singulares consideradas «pessoas dos E.U.A.» e residentes em Angola.

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11. BANCOS LOCAIS

São considerados «Bancos Locais» as instituições financeiras que satisfaçam cumulativamente os seguintes requisitos:

a) Exercem a sua actividade exclusivamente na qualidade de um banco ou de uma cooperativa de crédito ou outra organização cooperativa similar de crédito sem fins lucrativos;

b) A actividade que desenvolvem consiste primordialmente na recepção de depósitos e na concessão de empréstimos, no caso de um banco, a clientes de retalho não relacionados e, relativamente a uma cooperativa de crédito ou outra organização cooperativa similar de crédito, a membros, desde que nenhum membro tenha uma participação superior a 5% nessa cooperativa de crédito ou organização cooperativa similar de crédito;

c) Cumpram os requisitos descritos nas alíneas b) e c) do ponto anterior, desde que, para além das restrições relativas à página na internet previstas na subalínea i) da alínea c) do ponto anterior, a página na internet não permita a abertura de contas financeiras;

d) O valor do activo constante do balanço não exceda USD 175 milhões (cento e setenta e cinco milhões de dólares dos E.U.A.) e, em termos do balanço consolidado da instituição financeira e das entidades com ela relacionadas, o total do activo não seja superior a USD 500 milhões (quinhentos milhões de dólares dos E.U.A.); e

e) As entidades relacionadas devem ser constituídas em Angola e sendo instituições financeiras, com excepção das entidades previstas nos pontos 8 e 12, devem ainda cumprir os requisitos descritos no presente ponto.

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12. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS QUE MANTÊM CONTAS DE REDUZIDO VALOR

Consideram-se como «instituições financeiras que mantêm contas de reduzido valor», as instituições financeiras que satisfaçam cumulativamente os seguintes requisitos:

a) Não sejam uma entidade de investimento;

b) Nenhuma conta financeira mantida pelas instituições financeiras ou por qualquer entidade com elas relacionadas tenham um saldo ou valor superior USD 50.000 (cinquenta mil dólares dos E.U.A.), aplicando-se, para efeito deste guia, as regras de agregação de contas e de conversão de moeda previstas no RRFIF e no presente guia; e

c) O valor do activo constante do balanço não exceda USD 50 milhões (cinquenta milhões de dólares dos E.U.A.) e, em termos do balanço consolidado das instituições financeiras e das entidades com elas relacionadas, o total do activo não seja superior a USD 50 milhões (cinquenta milhões de dólares dos E.U.A..).

13. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS EMISSORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO

Consideram-se como «instituições financeiras emissoras de cartões de créditos» as instituições financeiras que preencham cumulativamente os seguintes requisitos:

a) A qualificação como instituição financeira resulte exclusivamente de ser emissora de cartões de crédito, que aceita depósitos apenas quando um cliente efectua um pagamento superior ao valor do saldo devido, respeitante ao cartão de crédito e o montante pago em excesso não seja imediatamente restituído ao cliente; e

b) Desde 30 de Novembro de 2014, a instituição financeira tenha adoptado normas e procedimentos destinados a evitar que um depósito de um cliente ultrapasse os 50 milhões dos E.U.A. ou a assegurar que um depósito de montante superior seja restituído ao cliente no prazo de 60 dias, aplicando-se, para efeitos deste guia, as regras de agregação de contas e de conversão de moeda previstas no RRFIF e no presente guia.

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14. ESTRUTURAS FIDUCIÁRIAS DOCUMENTADAS POR UM FIDUCIÁRIO

São consideradas como «estruturas fiduciárias documentadas por um fiduciário» as estruturas fiduciárias que preencham os seguintes requisitos:

a) Sejam constituídas ao abrigo da legislação nacional;

b) Sejam instituições financeiras dos E.U.A. reportantes ou instituições financeiras participantes; e

c) O seu fiduciário reporte todas as informações exigidas nos termos do guia, como se as estruturas fiduciárias fossem instituições financeiras reportantes.

15. ENTIDADES DE INVESTIMENTO REPRESENTADAS

1. São consideradas como «entidades de investimento representadas» as instituições financeiras qualificadas como entidades de investimento, nos termos da alínea c) do número 3 do artigo 2.º do RRFIF, relativamente às quais uma entidade terceira (entidade representante) cumpre as obrigações resultantes do presente guia, em seu nome e por sua conta, desde que a «entidade de investimento representada»:

a) Seja estabelecida em Angola;

b) Não seja considerada um intermediário qualificado, uma sociedade de pessoas que efectua retenções na fonte de imposto americano ou uma estrutura fiduciária que efectua retenções na fonte de imposto americano; e c) Tenha celebrado um acordo com a entidade representante nos termos do qual

esta se tenha comprometido a actuar nessa qualidade. 2. A entidade representante deve cumprir os seguintes requisitos:

a) Estar autorizada a actuar em nome da instituição financeira, designadamente na qualidade de gestor do fundo, gestor fiduciário, administrador ou sócio-gerente, para o cumprimento das obrigações de registo junto do IRS;

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c) No caso de identificar uma «conta dos E.U.A. sujeita a reporte» respeitante à «entidade de investimento representada», deve proceder ao registo da mesma junto do IRS, até 90 dias após essa «conta dos E.U.A. sujeita a reporte» ser identificada;

d) Aplicar, em nome da entidade de investimento representada, todos os procedimentos de diligência devida e cumprir todas as obrigações de retenção na fonte, reporte e outras que a instituição financeira teria de cumprir se fosse considerada uma instituição financeira reportante;

e) Identificar e inserir o GIIN da entidade de investimento representada (obtido através do cumprimento dos requisitos de registo aplicáveis contantes do portal do IRS FATCA) em todas as comunicações efectuadas em nome da instituição financeira; e

f) Não ter sido revogada a sua qualidade de entidade representante.

16. SOCIEDADES CONTROLADAS REPRESENTADAS

1. Uma instituição financeira é considerada uma «sociedade controlada representada» se preencher, os seguintes requisitos:

a) Seja considerada uma «sociedade controlada», tal como definida no número seguinte, constituída de acordo com a legislação nacional, e não seja considerada um intermediário qualificado, uma sociedade de pessoas que efectua retenções na fonte de imposto americano ou uma estrutura fiduciária que efectua retenções na fonte de imposto americano;

b) Seja detida, na totalidade, directa ou indirectamente, por uma instituição financeira dos E.U.A. reportante que aceite actuar, ou exija que uma sociedade relacionada da instituição financeira actue, como entidade representante da instituição financeira; e

c) Partilhe um sistema de contas electrónico comum com a entidade representante que permita a esta identificar todos os titulares de contas e todos os beneficiários da instituição financeira, bem como ter acesso a todas as

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21

informações sobre as contas e clientes mantidas pela instituição financeira, incluindo, designadamente, as informações sobre a identificação dos clientes, documentação dos clientes, saldos das contas e todos os pagamentos efectuados aos titulares das contas ou beneficiários.

2. Para efeitos do presente ponto, a expressão sociedade controlada designa qualquer «entidade que não é dos E.U.A.» e que seja uma sociedade relativamente à qual mais de 50% do total dos direitos de voto de todas as categorias de acções com direito de voto dessa sociedade, ou o valor total do capital dessa sociedade, seja detido, ou considerado detido, em qualquer dia do seu período de tributação, por sócios dos E.U.A., sendo designados como tais as «pessoas dos E.U.A.» que detenham, ou que se considere deterem, pelo menos 10% do total dos direitos de voto de todas as categorias de acções com direito de voto dessa sociedade. 3. A entidade representante deve cumprir os seguintes requisitos:

a) Estar autorizada a actuar em nome da instituição financeira, designadamente na qualidade de gestor do fundo, gestor fiduciário, administrador ou sócio-gerente, para o cumprimento das obrigações de registo junto do IRS;

b) Encontrar-se registada na qualidade de entidade representante junto do IRS; c) No caso de identificar uma «conta dos E.U.A. sujeita a reporte» respeitante à

entidade de investimento representada, deve proceder ao registo da mesma junto do IRS, até 90 dias após essa «conta dos E.U.A. sujeita a reporte» ser identificada;

d) Aplicar, em nome da entidade de investimento representada, todos os procedimentos de diligência devida e cumprir com todas as obrigações de retenção na fonte, reporte e outras que a instituição financeira teria de cumprir se fosse considerada uma instituição financeira reportante;

e) Identificar e inserir o GIIN da entidade de investimento representada (obtido através do cumprimento dos requisitos de registo aplicáveis constantes do portal do IRS FATCA) em todas as comunicações efectuadas em nome da instituição financeira; e

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f) Não ter sido revogada a sua qualidade de entidade representante.

17. VEÍCULO DE INVESTIMENTO DE ÂMBITO RESTRITO REPRESENTADO

1. Uma instituição financeira angolana é qualificada como «veículo de investimento de âmbito restrito representado» se preencher, os seguintes requisitos:

a) Seja considerada uma instituição financeira exclusivamente por ser qualificada como uma entidade de investimento e não seja considerada um intermediário qualificado, uma sociedade de pessoas que efectua retenções na fonte de imposto americano ou uma estrutura fiduciária que efectua retenções na fonte de imposto americano;

b) A entidade representante:

i) Seja uma instituição financeira dos E.U.A. reportante, uma instituição

financeira reportante nos termos de um Acordo Intergovernamental para efeitos do FATCA de Modelo 1, ou uma instituição financeira participante;

ii) Esteja autorizada a actuar em nome da instituição financeira,

designadamente na qualidade de gestor profissional, gestor fiduciário ou sócio-gerente; e

iii) Aceite efectuar, em nome da instituição financeira, todos os

procedimentos de diligência devida e cumprir todas as obrigações de retenção na fonte, reporte e outras que a instituição financeira teria de cumprir se fosse considerada instituição financeira reportante, devendo conservar a documentação obtida, respeitante à instituição financeira, durante um período de seis anos;

c) A instituição financeira não seja um veículo de investimento para partes não relacionadas;

d) A totalidade das participações representativas de dívida e do capital da instituição financeira seja detida por um número máximo de 20 pessoas

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23

singulares, não contando para este efeito as participações representativas de dívida detidas por instituições financeiras participantes ou por entidades descritas nos pontos 9 a 17, nem as participações representativas do capital detidas por uma entidade que detenha 100% da instituição financeira e que seja qualificada como um «veículo de investimento de âmbito restrito representado», nos termos do presente ponto.

18. CONSULTORES DE INVESTIMENTO E GESTORES DE INVESTIMENTO

Consideram-se como «consultores de investimento» e «gestores de investimento», as entidades de investimento que sejam qualificadas como instituições financeiras devido ao exercício, de modo exclusivo, de uma actividade de prestação de serviços de consultoria para investimento ou de gestão de carteiras de investimento, numa base discricionária e individualizada, no âmbito de mandato conferido pelos clientes, desde que os instrumentos financeiros sob gestão se encontrem depositados em nome do cliente em uma ou mais instituições financeiras e nenhuma delas seja considerada instituição financeira não participante.

19. VEÍCULOS DE INVESTIMENTO COLECTIVO ISENTO

1. Considera-se como «veículo de investimento colectivo isento» as entidades de investimento que se encontram constituídas e a operar em Angola ao abrigo da regulamentação aplicável aos organismos de investimento colectivo, cujas unidades de participação ou acções, incluindo participações representativas de dívida de montante superior a USD 50.000 (cinquenta mil dólares dos E.U.A.), sejam detidas por uma das entidades previstas nos pontos 6 a 9 do presente guia, incluindo entidades não residentes em Angola de natureza semelhante, por um banco central, por «entidades não financeiras activas», por «pessoas dos E.U.A. não reportáveis» ou instituições financeiras que não sejam consideradas instituições financeiras não participantes.

2. Todas as entidades de investimento encontram-se dispensadas do cumprimento de obrigações de reporte relativamente às participações de um veículo de

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investimento colectivo isento, excepto as instituições financeiras através das quais as mesmas são detidas.

3. Uma entidade de investimento angolana encontra-se, igualmente, dispensada do cumprimento de obrigações de reporte relativamente às participações de um veículo de investimento colectivo isento situado fora de Angola.

4. Para efeitos do número 1, uma entidade de investimento não deixa de ser considerada um veículo de investimento colectivo isento pelo facto de ter emitido participações tituladas ao portador, desde que:

a) Não tenha emitido tais participações desde 31 de Dezembro de 2012; b) Retire todas as participações após a sua entrega;

c) Realize os procedimentos de diligência devida previstos no presente guia e reporte qualquer informação exigida relativamente às participações quando estas forem apresentadas para resgate ou outro tipo de pagamento; e

d) Tenha implementado normas e procedimentos para assegurar o resgate ou imobilização dessas participações o mais rapidamente possível e, em qualquer caso, antes de 1 de Janeiro de 2017.

CAPÍTULO III ÂMBITO OBJECTIVO

SECÇÃO I

CONTAS ABRANGIDAS

20. CONTAS ABRANGIDAS

1. Para efeitos do presente guia, consideram-se abrangidas pelas obrigações de identificação e reporte as contas qualificadas como «conta financeira», tal como definidas no artigo 5.º do RRFIF.

2. Para efeitos do número 7 da alínea e) do número 3 do artigo 5.º do RRFIF, apenas se consideram como contas financeiras as formas de participação no capital ou de

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25

detenção de dívida de entidades que sejam qualificadas como instituições financeiras unicamente por serem entidades de investimento.

3. Para as categorias de instituições financeiras que não estão referidas no número anterior, as formas de participação no capital ou de detenção de dívida são apenas consideradas como contas financeiras se o valor da participação representativa de capital ou de dívida for, directa ou indirectamente determinado, primariamente, por referência a activos que dão origem a pagamentos sujeitos a retenção na fonte dos E.U.A. e a categoria de participações for estabelecida com o propósito de evitar o reporte nos termos do presente guia.

SECÇÃO II CONTAS EXCLUÍDAS

21. CONTAS EXCLUÍDAS

1. Ficam excluídas das obrigações de identificação e de reporte as seguintes contas: a) Contas de reforma ou pensões que, nos termos da legislação nacional, verifiquem

os seguintes requisitos:

i) Estejam sujeitas a regulamentação na qualidade de conta de reforma

pessoal ou integrem um plano de reforma ou de pensões registado ou regulado para a atribuição de benefícios de reforma ou de pensão, incluindo invalidez ou morte;

ii) As contribuições usufruam de benefícios fiscais, designadamente as

contribuições feitas para essa conta que estariam sujeitas a imposto de acordo com a legislação nacional são dedutíveis ou excluídas do rendimento bruto do titular de conta ou tributadas a uma taxa reduzida, ou a tributação dos rendimentos de capitais relacionados com estas contas é diferida ou efectuada a uma taxa reduzida;

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26

iv) Apenas possam ser efectuados levantamentos quando seja atingida uma

determinada idade de reforma, invalidez ou morte, ou sejam aplicadas sanções em caso de levantamentos efectuados antes da ocorrência destes eventos; e

v) As contribuições anuais encontram-se limitadas a um valor igual ou

inferior a USD 50.000 (cinquenta mil dólares dos E.U.A.) ou o montante equivalente em moeda nacional, ou existe um limite máximo de contribuições efectuadas durante a vigência do contrato que não excede USD 1 milhão (um milhão de dólares dos E.U.A.) ou o montante equivalente em moeda nacional, sendo, em qualquer caso, aplicáveis as regras de agregação de contas e conversão de moeda previstas no presente guia.

b) Outras contas-poupança que não sejam de reforma, nem constituam contratos de seguro ou contratos de renda, desde que cumpram os seguintes requisitos:

i) Estejam sujeitas à regulamentação aplicável aos veículos de poupança

para outros efeitos que não relativamente a reforma;

ii) As contribuições usufruam de benefícios fiscais, designadamente as

contribuições feitas para essa conta que estariam sujeitas a imposto de acordo com a legislação nacional são dedutíveis ou excluídas do rendimento bruto do titular de conta ou tributadas a uma taxa reduzida, ou a tributação dos rendimentos de capitais relacionados com estas contas é diferida ou efectuada a uma taxa reduzida;

iii) Apenas possam ser efectuados levantamentos quando se verifiquem

determinadas condições relacionadas com os objectivos da conta de investimento ou poupança, como por exemplo o pagamento de despesas com educação ou saúde, ou sejam aplicadas sanções em caso de levantamentos efectuados caso não se verifiquem essas condições; e

iv) As contribuições anuais não ultrapassem USD 50.000 (cinquenta mil

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27

c) Contratos de seguro de vida a prazo, considerando-se como tal um seguro de vida celebrado em Angola cujo período de cobertura termine antes de o segurado atingir os 90 anos de idade, desde que cumpram os seguintes requisitos:

i) O valor dos prémios periódicos não diminua ao longo do tempo e estes

prémios tenham uma periodicidade, pelo menos, anual durante a vigência do contrato ou até o segurado atingir os 90 anos de idade, consoante o período que for mais curto;

ii) O contrato não possua qualquer valor contratual a que qualquer pessoa

possa aceder, seja através de levantamento, empréstimo ou por qualquer outro modo, sem que isso implique a cessação do contrato;

iii) O montante a pagar, com excepção da prestação por morte, com o

cancelamento ou cessação do contrato não possa exceder o montante acumulado dos prémios pagos durante o contrato, deduzido do montante dos encargos por mortalidade, doença e outras despesas devidos pelo período ou períodos de vigência do contrato, bem como quaisquer montantes pagos antes do cancelamento ou cessação do contrato; e

v) O contrato não seja detido por um adquirente a título oneroso.

d) Contratos de resseguro entre duas empresas de seguro;

e) Contas mantidas em Angola e detidas exclusivamente por uma herança, quando a documentação referente a essa conta inclua uma cópia do testamento ou uma certidão de óbito do falecido;

f) Contas de garantia ou caução mantidas em Angola, constituídas em conexão com:

i) Um despacho ou sentença judicial;

ii) Uma venda, permuta ou locação de bens móveis ou imóveis;

iii) Uma obrigação de uma instituição financeira, que gere um empréstimo

garantido por um bem imóvel, de reservar uma parte do pagamento unicamente para assegurar, numa data futura, o pagamento de impostos ou seguros respeitantes ao bem imóvel; ou

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iv) Uma obrigação de uma instituição financeira exclusivamente para facilitar

o pagamento de impostos numa data futura.

g) Contas mantidas por entidades de investimento, conforme definidas na alínea e) do número 3 do artigo 5.º do RRFIF, que sejam participações regularmente negociadas em mercados de valores mobiliários estabelecidos, salvo se o titular da participação, que não seja uma instituição financeira a agir na qualidade de intermediário, se encontrar registado nos livros dessa entidade de investimento e esse registo tenha sido feito em ou após 1 de Julho de 2014.

2. Para efeitos da subalínea ii) da alínea f) do número anterior, as contas de garantia ou caução relacionadas com uma venda, permuta ou locação de bens móveis ou imóveis, devem cumprir os seguintes requisitos:

a) Serem financiadas exclusivamente pela entrega de sinal, caução ou depósito em montante adequado para garantir a execução de uma obrigação directamente associada a uma operação, ou pagamento similar, ou ser financiada por um activo financeiro depositado na conta em conexão com a venda, permuta ou locação de um bem;

b) Serem constituídas e movimentadas de forma exclusiva para garantir a obrigação de pagamento do preço do comprador na aquisição de um bem, do vendedor de pagamento de passivos contingentes, ou do locador ou locatário de pagamento de quaisquer danos relacionados com um bem locado, nos termos do respectivo contrato de locação;

c) Os seus activos, incluindo os rendimentos por si gerados, serem pagos ou distribuídos em benefício do comprador, vendedor, locador ou locatário, quando um bem for vendido ou permutado ou ocorra a cessação do contrato de locação; d) Não serem uma conta de margem ou similar associada a uma venda ou permuta de

um activo financeiro; e

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22. CONTAS DISPENSADAS DE REPORTE

1. Para efeitos do presente guia, as seguintes contas estão dispensadas de reporte, salvo se a instituição financeira optar em contrário:

a) Contas de depósito detidas por pessoas singulares, se o saldo no final de cada ano civil não exceder USD 50.000 (cinquenta mil dólares dos E.U.A.) ou o montante equivalente em moeda nacional;

b) Contratos de seguro monetizáveis, conforme definidos na alínea b) do ponto 3 do presente guia, se o saldo no final de cada ano civil não exceder USD 50.000 (cinquenta mil dólares dos E.U.A.) ou o montante equivalente em moeda nacional; c) Contas novas detidas por entidades associadas a um cartão de crédito ou a uma linha de crédito, quando a instituição financeira que mantém as contas tenha políticas e procedimentos que impeçam que o saldo devido ao titular da conta exceda USD 50.000 (cinquenta mil dólares dos E.U.A.) ou o montante equivalente em moeda nacional.

2. Sem prejuízo da dispensa de reporte prevista no número anterior, as instituições financeiras devem aplicar os procedimentos de diligência devida previstos no presente guia às contas aí referidas.

3. As entidades de investimento estão dispensadas das obrigações de identificação e de reporte relativamente a participações detidas por outra entidade de investimento constituída e a operar em Angola ao abrigo da regulamentação aplicável aos organismos de investimento colectivo, que não seja considerada um «veículo de investimento colectivo isento» nos termos do ponto 19 do presente guia, se essas obrigações forem cumpridas por essa entidade de investimento ou outra entidade.

SECÇÃO III TITULAR DE CONTA

23. TITULAR DA CONTA FINANCEIRA

1. Para efeitos do presente guia, considera-se titular da conta financeira a pessoa como tal identificada pela instituição financeira que mantém a conta. Não é

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considerada como titular da conta uma pessoa que, não sendo uma instituição financeira, detenha uma conta financeira em benefício ou por conta de outra pessoa, na qualidade de agente, depositário, mandatário, signatário, consultor de investimentos ou intermediário, considerando-se, neste caso, que o titular da conta financeira é essa outra pessoa.

4. No caso de contratos de seguro monetizável ou contratos de renda, considera-se que o titular da conta é qualquer pessoa com direito a aceder ao valor em numerário ou a alterar o beneficiário do contrato ou, se não existir tal pessoa, considera-se que o titular da conta é qualquer pessoa designada como titular para efeitos do contrato e qualquer pessoa com direito adquirido a um pagamento nos termos do mesmo.

5. Quando ocorra o vencimento de um contrato de seguro monetizável ou de um contrato de renda, consideram-se como titulares da conta as pessoas com direito a receber um pagamento nos termos do contrato.

CAPÍTULO IV

OBRIGAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

SECÇÃO I

OBRIGAÇÕES DE DILIGÊNCIA DEVIDA

24. DISPOSIÇÃO GERAL

1. As instituições financeiras devem aplicar os procedimentos descritos nos pontos 25 a 28 do presente guia para identificar as «contas dos E.U.A. sujeitas a reporte» e as contas detidas por instituições financeiras não participantes.

2. As instituições financeiras devem aplicar os procedimentos descritos nos pontos 25 e 27 do presente guia às contas pré-existentes, conforme definidas na alínea f) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF, e os procedimentos descritos nos pontos 26 e 28 do presente guia às contas novas, conforme definidas na alínea g) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF, variando os mesmos consoante o titular da conta seja

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uma pessoa singular ou uma entidade, nos termos do disposto nos pontos referidos.

3. Os procedimentos de diligência devida devem ser aplicados a todas as contas financeiras mantidas pelas instituições financeiras, com o intuito de determinar o estatuto FATCA dos titulares das contas financeiras, de acordo com os seguintes estatutos:

i) «Pessoa que não é dos E.U.A.», nos termos da alínea o) do ponto 3 do presente guia;

ii) «Pessoa dos E.U.A. reportável», nos termos da alínea n) do ponto 3 do presente guia;

iii) «Pessoa dos E.U.A. não reportável», nos termos da alínea m) do ponto 3 do presente guia;

iv) «Instituição financeira participante», nos termos da alínea h) do ponto 3 do presente guia;

v) «Instituição financeira não participante», nos termos da alínea i) do ponto 3 do presente guia;

vi) «Instituição financeira não reportante», nos termos do artigo 4.º do RRFIF, incluindo instituições financeiras estrangeiras que assumam um estatuto de natureza idêntica ao abrigo da legislação FATCA aplicável na sua jurisdição de residência;

vii) «Entidade não financeira activa» que não é dos E.U.A., nos termos da alínea d) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF;

viii) «Entidade não financeira passiva» que não é dos E.U.A., nos termos da

alínea c) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF.

4. Para efeitos da subalínea i) da alínea d) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF, consideram-se incluídos no conceito de «entidade não financeira activa» que não é dos E.U.A. os condomínios situados em território nacional.

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32

5. Para efeitos da alínea c) do número 3 do artigo 6.º do RRFIF, apenas se considera que uma conta financeira é uma «conta dos E.U.A. sujeita a reporte», quando, pelo menos, um dos titulares de conta é uma «pessoa dos E.U.A. reportável» ou uma «entidade não financeira passiva» que não é dos E.U.A. em que, pelo menos, uma das «pessoas que exerce o controlo» é uma «pessoa dos E.U.A. reportável». 6. As contas que sejam classificadas como contas detidas por instituições financeiras não participantes na sequência da aplicação dos procedimentos previstos nos pontos seguintes, devem ser tratadas como contas relativamente às quais o montante total dos pagamentos efectuados ao seu titular deve, relativamente a 2015 e 2016, ser reportado à AGT, conforme o disposto no número 9 do artigo 9.º do RRFIF.

7. Para efeitos da aplicação do presente guia, todos os montantes expressos em dólares dos E.U.A. devem ser interpretados como incluindo, igualmente, o montante equivalente em moeda nacional ou outra moeda convertível.

25. REGRAS E PROCEDIMENTOS DE DILIGÊNCIA DEVIDA APLICÁVEIS A CONTAS FINANCEIRAS PRÉ-EXISTENTES CUJOS TITULARES SEJAM PESSOAS SINGULARES

1. As contas pré-existentes cujos titulares sejam pessoas singulares devem ser qualificadas de acordo com as seguintes categorias:

a) Contas pré-existentes dispensadas de análise e de identificação, considerando-se como tal:

ix) As contas referidas nas alíneas a) e b) do número 4 do artigo 6.º do RRFIF, excepto se as mesmas excederam USD 1.000.000 (um milhão de dólares dos E.U.A.) a 31 de Dezembro de 2015 ou venham a exceder em qualquer ano subsequente, caso em que as instituições financeiras devem aplicar os procedimentos de diligência devida aplicáveis às contas de elevado valor; ii) As contas que consistam em contratos de seguros monetizáveis ou

contratos de renda, desde que a lei nacional ou norte-americana impeça de forma efectiva a venda desses tipos de contratos a residentes dos E.U.A.,

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o que se considera verificar-se, designadamente, quando a instituição financeira em causa não possui a licença exigida nos termos da legislação dos E.U.A. para vender esse tipo de produtos a residentes dos E.U.A.. b) Contas de menor valor, sendo consideradas como tais, as contas pré-existentes

cujos titulares sejam pessoas singulares e cujo saldo ou valor, a 30 de Novembro de 2014, não excedesse USD 250.000 (duzentos e cinquenta mil dólares dos E.U.A.), no caso de um contrato de seguro monetizável ou de um contrato de renda, ou USD 50.000 (cinquenta mil dólares dos E.U.A.), nos restantes casos, mas não exceda em qualquer dos casos, USD 1.000.000 (um milhão de dólares dos E.U.A.);

c) Contas de elevado valor, sendo consideradas como tais, as contas pré-existentes cujos titulares sejam pessoas singulares e cujo saldo ou valor, a 30 de Novembro de 2014, 31 de Dezembro de 2015 ou 31 de Dezembro de qualquer ano subsequente, exceda USD 1.000.000 (um milhão de dólares dos E.U.A.).

2. Para efeitos de identificação das contas de menor valor, as instituições financeiras devem analisar as suas bases de dados susceptíveis de pesquisa por meios electrónicos, com vista à identificação dos seguintes indícios de vinculação aos E.U.A. na informação associada aos titulares de conta:

a) Identificação do titular de conta como cidadão ou residente dos E.U.A.; b) Indicação inequívoca de um local de nascimento nos E.U.A.;

c) Morada postal ou residência actual nos E.U.A. (incluindo apartado postal dos E.U.A.);

d) Número de telefone actual dos E.U.A.;

e) Instruções permanentes para a transferência de fundos para uma conta mantida nos E.U.A.;

f) Procuração ou autorização de assinatura actualmente válida concedida a uma pessoa com morada nos E.U.A.; ou,

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g) Um endereço para retenção de correspondência ou que contenha a indicação «ao cuidado de», que seja o único endereço de que a instituição financeira possua registo relativamente ao titular de conta, não, devendo, contudo, este dado ser considerado como um indício de vinculação aos E.U.A., no caso de contas de menor valor, se o endereço for fora dos E.U.A.

3. Sempre que, através da pesquisa electrónica, não seja detectado nenhum dos indícios de vinculação aos E.U.A. referidos no número anterior, a instituição financeira não precisa efectuar qualquer procedimento adicional, podendo considerar o titular ou titulares de conta como sendo «pessoas que não são dos E.U.A.», salvo se ocorrer uma alteração de circunstâncias subsequente da qual resulte a associação à conta de algum dos indícios indicados, ou se verifique uma alteração no saldo da conta, tendo em consideração as regras de agregação e conversão de saldo constantes do presente guia, que implique que a conta passe a ser considerada como conta de elevado valor.

4. Para efeitos do disposto nos números 2 e 3 do presente ponto, uma instituição financeira não pode considerar que não detectou quaisquer indícios de vinculação aos E.U.A. se as bases de dados que são objecto da pesquisa electrónica não contiverem a informação que a instituição financeira está obrigada a recolher, relativamente ao titular de conta, no âmbito da abertura de uma conta ou do início de uma relação de negócio, ao abrigo da legislação e regulamentação nacionais aplicáveis, nomeadamente em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

5. Nos casos previstos no número anterior, as instituições financeiras devem suprir a informação em falta, através da consulta dos seus registos em suporte de papel ou qualquer outra informação na posse da instituição financeira relativa ao titular de conta, e caso não seja possível suprir a informação em falta no registo electrónico através dessa via, as instituições financeiras devem contactar o titular de conta para obter essa informação, em conformidade com a legislação e a regulamentação nacionais aplicáveis.

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35

6. Nos casos em que a informação em falta descrita nos números 4 e 5 do presente ponto não seja suprida, as instituições financeiras devem considerar a conta como uma «conta recalcitrante», a partir do momento em que são aplicados os procedimentos de diligência devida constantes no presente ponto.

7. Nos casos em que seja detectado qualquer dos indícios de vinculação aos E.U.A. referidos no número 2 do presente ponto ou ocorra uma alteração de circunstâncias da qual resulte a associação à conta de algum dos referidos indícios, as instituições financeiras devem classificar o titular de conta como uma «pessoa dos E.U.A. reportável», tratando, assim, a conta como uma «conta dos E.U.A. sujeita a reporte» a partir desse momento, salvo se se verificar alguma das condições previstas no número seguinte.

8. Não obstante serem detectados indícios de vinculação aos E.U.A. nos termos do número 2 do presente ponto, as instituições financeiras não estão obrigadas a tratar essa conta como uma «conta dos E.U.A. sujeita a reporte», nas seguintes situações:

a) Quando os registos respeitantes ao titular de conta contenham uma indicação inequívoca de um local de nascimento nos E.U.A., mas a instituição financeira obtenha, ou tenha previamente analisado e mantenha nos seus registos:

i. Uma auto-certificação do titular de conta de que não é uma «pessoa

dos E.U.A. reportável.

ii. Um passaporte que não seja dos E.U.A. ou qualquer outro documento

de identificação emitido por uma entidade pública que comprove que o titular de conta possui a cidadania ou nacionalidade de um país que não os E.U.A.; e

iii. Uma cópia do certificado de perda de nacionalidade dos E.U.A. do

titular da conta ou, na sua falta, uma explicação plausível do motivo pelo qual o titular da conta não possui tal certificado apesar de ter perdido a cidadania dos E.U.A., ou da razão pela qual o titular de conta não obteve a cidadania dos E.U.A. com o nascimento.

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b) Quando os registos respeitantes ao titular da conta contenham uma morada postal ou residência actual nos E.U.A., ou um ou mais números de telefone dos E.U.A. que sejam os únicos números de telefone associados à conta, ou instruções permanentes para transferências de fundos para uma conta mantida nos E.U.A., mas a instituição financeira obtenha, ou tenha previamente analisado e mantenha nos seus registos:

i. Uma auto-certificação do titular de conta de que não é uma «pessoa dos E.U.A. reportável», nos termos do disposto no ponto 34; e

ii. Prova documental, nos termos previstos no ponto 33, a estabelecer que o titular de conta não é uma «pessoa dos E.U.A. reportável»;

c) Quando os registos respeitantes ao titular da conta contenham indicação da existência de uma procuração válida ou uma autorização de assinatura concedida a uma pessoa com um endereço nos E.U.A., ou um endereço para retenção de correspondência ou que contenha a menção «ao cuidado de» que seja o único endereço associado ao titular da conta, ou um ou mais números de telefone dos E.U.A. desde que esteja igualmente associado à conta um número de telefone que não seja dos E.U.A., mas a instituição financeira obtenha, ou tenha previamente analisado e mantenha nos seus registos:

i. Uma auto-certificação do titular de conta de que não é uma «pessoa

dos E.U.A. reportável», nos termos do disposto no ponto 34; ou

ii. Prova documental, nos termos previstos no ponto 33, a estabelecer que

o titular de conta não é uma «pessoa dos E.U.A. reportável»;

9. Relativamente às contas de elevado valor, as instituições financeiras devem, igualmente, efectuar a pesquisa às suas bases de dados electrónicas prevista no número 2 do presente ponto, por forma a detectar qualquer dos indícios de vinculação aos E.U.A. aí previstos.

10. Sempre que as suas bases de dados electrónicas não registem todas as informações referidas no número seguinte, as instituições financeiras devem efectuar, relativamente às contas de elevado valor, uma pesquisa adicional, nos seus

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registos em suporte de papel, de qualquer dos indícios de vinculação aos E.U.A. referidos no número 2 do presente ponto, devendo analisar o ficheiro principal actual do cliente e, na medida em que dele não constem, os seguintes documentos associados à conta, obtidos nos últimos cinco anos:

a) As provas documentais mais recentes recolhidas relativamente à conta; b) O contrato ou a documentação relativa à abertura de conta mais recente; c) A documentação mais recente obtida pela instituição financeira em

conformidade com a legislação de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo ou para outros fins de regulamentação;

d) Qualquer procuração ou formulário de autorização de assinatura actualmente válido; e

e) Quaisquer instruções permanentes para a transferência de fundos actualmente válidas.

11. A instituição financeira não é obrigada a efectuar a pesquisa adicional nos seus registos com suporte em papel prevista no número anterior, quando as suas bases de dados susceptíveis de serem objecto de pesquisa electrónica incluam campos para registar, e efectivamente registem, todas as informações abaixo descritas: a) A nacionalidade ou o estatuto respeitante à residência do titular da conta; b) O endereço de residência e o endereço postal do titular da conta constante

actualmente dos registos da instituição financeira;

c) O(s) número(s) de telefone do titular da conta actualmente constante(s) dos registos da instituição financeira, caso exista(m);

d) Se existem instruções permanentes para a transferência de fundos da conta para uma outra conta, incluindo uma conta noutra sucursal da instituição financeira ou noutra instituição financeira;

e) Se existe um endereço actual respeitante ao titular da conta para a retenção de correspondência ou que contenha a menção «ao cuidado de»; e

Referências

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