• Nenhum resultado encontrado

Adélcio de Alvarenga Freire ENTEROPATIA PROLIFERATIVA DO SUÍNO OU ILEÍTE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Adélcio de Alvarenga Freire ENTEROPATIA PROLIFERATIVA DO SUÍNO OU ILEÍTE"

Copied!
97
0
0

Texto

(1)

Adélcio de Alvarenga Freire

ENTEROPATIA PROLIFERATIVA DO SUÍNO OU ILEÍTE

Monografia apresentada ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da

Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial

para obtenção do título de Médico Veterinário.

Professor Orientador: Dr. Paulo Roberto Nocera

Orientador Profissional: Dr.Rodrigo de Barros

Curitiba 2006

(2)

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS... iii

RESUMO... iv

1 INTRODUÇAO... 01

2 OBJETIVOS... 02

2.1 OBJETIVO GERAL... 02

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO... 02

3 HISTÓRIA DA DOENÇA NO BRASIL... 03

4 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA... 05 5 ETIOLOGIA... 06 6 EPIDEMIOLOGIA... 07 7 PATOGENIA... 08 8 SINAIS CLÍNICOS... 09 9 DIAGNÓSTICO... 11 9.1 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL... 13

10 LESÕES E ACHADOS DE NECRÓPSIA... 14

11 TRATAMENTO... 16

12 CONTROLE E PROFILAXIA... 17

13 CONCLUSÃO... 18

REFERÊNCIAS... 19

(3)

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01 – Fezes aquosas de coloração marrom... 10

FIGURA 02 – Corte Histológico para EPS... 12

FIGURA 03 – Técnica de Warthin Sparry... 12

FIGURA 04 – Espessamento da parede e das pregas do íleo e cólon... 14

FIGURA 05 - Adenomatose Intestinal... 14

FIGURA 06 - Coágulos na luz do intestino delgado... 15

(4)

RESUMO

A Enteropatia Proliferativa Suína é uma doença que se apresenta ou como uma síndrome hemorrágica aguda que resulta em morte, conhecida como Enteropatia Hemorrágica Proliferativa (EPH), ou como uma síndrome não hemorrágica que causa redução do ganho de peso, conhecida como Adenomatose Intestinal Suína. A forma aguda acomete suínos entre 4 a 12 meses de idade (fase de terminação), normalmente em animais de reposição enquanto que a forma crônica afeta leitões em crescimento, entre 2 e 4 meses de idade (fase de crescimento). Existe também a chamada Ileíte Inaparente ou Subclínica, a qual não aparecem os sinais da doença, mas têm impacto significativo na rentabilidade, diminuindo a performance e aumentando o percentual de animais leves e refugos.

Palavras – chave: EPH (Enteropatia Hemorrágica Proliferativa); EPS (Enteropatia Proliferativa Suína); C.A (Conversão Alimentar).

(5)

1 INTRODUÇÃO

A Enterite Proliferativa Suína (EPS) ou Ileíte também chamada de “Doença de Crohn” (1932), segundo Guedes e Gebhart 2000, é uma doença transmissível que afeta leitões desmamados de todas as idades, caracterizada por hiperplasia das células epiteliais das criptas intestinais. A doença apresenta-se ou como uma síndrome hemorrágica aguda que resulta em morte, conhecida como Enteropatia Hemorrágica Proliferativa (EPH), ou como uma síndrome não hemorrágica que causa redução do ganho de peso, conhecida como Adenomatose Intestinal Suína. A forma aguda acomete suínos entre 4 a 12 meses de idade (fase de terminação), normalmente em animais de reposição enquanto que a forma crônica afeta leitões em crescimento, entre 2 e 4 meses de idade (fase de crescimento). Existe também a chamada Ileíte Inaparente ou Subclínica, a qual não aparecem os sinais da doença, mas têm impacto significativo na rentabilidade, diminuindo a performance e aumentando o percentual de animais leves e refugos. A infecção produz lesões intestinais que resultam em má absorção dos nutrientes, influenciando negativamente no ganho de peso diário (GPD), conversão alimentar (C.A) e redução no ganho de carne.

A lesão comum em todas as formas da doença consiste em intensa hiperplasia dos enterócitos das criptas do íleo, jejuno, ceco ou cólon. A presença de bacilos curvos ou retos no citoplasma apical dos enterócitos das criptas proliferadas é característica constante (McOrist et al., 1992); (McOrist, 1996).

No Brasil, a enfermidade foi primeiramente descrita por Morés et al. (1985), estando sua ocorrência freqüentemente associada à presença de lesões macroscópicas sugestivas.

(6)

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral é mostrar como acontece e quais os tipos de bactérias que acometem as enfermidades entéricas, mas em especial a que acomete a Enterite Proliferativa Suína (EPS), a qual será descrita posteriormente.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

O objetivo específico deste trabalho é mostrar os principais métodos de diagnóstico, tratamento, profilaxia da Enteropatia Proliferativa Suína (EPS).

(7)

3 HISTÓRIA DA DOENÇA NO BRASIL

A doença foi diagnosticada no Brasil em 1983, num rebanho apresentando a forma hemorrágica. Estudos epidemiológicos posteriores, em granjas tecnificadas, indicam alta prevalência de Lawsonia intracellularis ou de anticorpos específicos. No Brasil, a verdadeira freqüência da doença não é conhecida, mas é, provavelmente, importante em determinados rebanhos nas fases de creche e, principalmente, no inicio do crescimento. No Brasil, a enfermidade foi primeiramente descrita por Morés et al. (1985), estando sua ocorrência freqüentemente associada à presença de lesões macroscópicas sugestivas.

No Rio Grande do Sul, Barcellos et al (1992) descreveram as características clínico-epidemiopatológicas observadas em um surto de EPS.

Nos últimos anos, a forma hemorrágica da EPS tem se tornado importante nos programas genéticos, pois aparece na forma aguda após o alojamento de suínos de reposição, necessitando a realização de tratamentos preventivos no alojamento dos animais na granja destino, mesmo assim, às vezes, com morte de animais.

Segundo estudos do National Health Monitoring System (2000), a ileíte é a doença mais comum nas fases de crescimento e terminação. Este fato também é confirmado em nosso país, pois conforme apresentado por Borowsk et al. (1999) a prevalência de ileíte na região Sul do Brasil é de 91,8% das granjas enquanto que nas demais regiões do Brasil a prevalência é de 100% (Baccaro et al, 1999). Assim, o controle desta enfermidade passa a ter mais importância por dois motivos principais: Pode estar presente mesmo naquelas situações onde aparentemente não visualizamos e em qualquer das situações (clínica ou subclínica), sendo que estará

(8)

em maior grau de comprometimento da integridade intestinal dos animais e influenciando negativamente no desempenho dos mesmos.

(9)

4 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

A Enteropatia Proliferativa Suína, tem sido considerada em todo o mundo como uma doença que afeta os resultados econômicos em granjas suinícolas. A Ileíte é uma doença que não pode ser eliminada ou mesmo diminuída no rebanho, devido as diferentes formas de manejo existentes hoje na indústria suinícola.

A redução de ganho de peso, menor produção de carne magra, maior tempo para o animal atingir o peso de abate e mortalidade (até 6%) provocados por esta enfermidade representam uma grande preocupação econômica para os suinocultores.

O trato gastrointestinal do suíno contém uma microbiota densa e metabolicamente ativa, que consiste principalmente de bactérias. O efeito da microbiota e suas atividades metabólicas exigem consideração especial quando vistos no contexto da suinocultura, cujo principal objetivo é a produção eficiente.

Nos últimos anos a presença de animais de baixo desempenho tem sido cada vez mais freqüente, isso causa transtornos e perdas aos produtores, pois reflete menos Kg vendidos e uma pior conversão alimentar (C.A) como também para a indústria, que quanto maior a desuniformidade, maior é a dificuldade de padronização.

(10)

5 ETIOLOGIA

Para as fases de crescimento e terminação, os principais agentes sugeridos como possíveis causadores de diarréia são Brachyspira spp. (Taylor et al, 1980),

Campylobacter spp. (Lawson e McOrist, 1993), Clostridium perfringens tipo A (Jestin

et al, 1985), cepas enterotóxicas de E. coli (Svensmark et al, 1989), Lawsonia

intracellularis (McOrist et al, 1995), Salmonella spp. (Reed et al, 1986) e Yersinia spp. (Taylor, 1999), mas o agente da Enteropatia Proliferativa Suína (EPS), L. intracellularis, será descrito a seguir.

A Enteropatia Proliferativa Suína (EPS) é uma doença infecciosa entérica de suínos (McOrist e Gebhart, 1999), causada pela bactéria intracelular obrigatória

Lawsonia intracellularis (McOrist et al., 1995) que afeta também outras espécies

animais (Cooper et al. 1997) e apresenta distribuição mundial (McOristet al., 1994). De 1931 a 1995 houve diversos estudos sobre a etiologia.

A Lawsonia intracellularis pertence à subdivisão Delta da classe Proteobacteria, trata-se de um bacilo curvo, gram-negativo, não flagelado, não esporulado, microaerófilo e intracelular obrigatório.

(11)

6 EPIDEMIOLOGIA

A maneira como o agente se difunde entre os rebanhos ainda não é bem reconhecida, mas os suínos podem se tornar assintomáticos e eliminam o agente nas fezes e, com isso, desempenham papel importante na disseminação da infecção. A doença ocorre em qualquer tipo de criação, sendo mais evidente em rebanhos de alto estatus sanitário.

Outras características como transporte de animais de reposição para novas propriedades e mistura de suínos de reposição são comumente associados a surtos. O reagrupamento de animais, variações na formulação de rações, tipos de antimicrobiano usado nas rações, falta de higiene, ocorrência de fatores estressores, como manejo de coleta de sangue, vacinações na fase de quarentena e condições climáticas extremas, são características freqüentes nos históricos de surgimento da doença.

A principal fonte de infecção é a introdução de suínos infectados nos rebanhos e também fezes contaminadas, fômites e até mesmo o ambiente.

Animais com menos de um mês e mais de um ano de idade são menos susceptíveis – imunidade passiva e imunidade ativa.

A excreção da Lawsonia intracellularis nas fezes pode persistir por até 10 semanas. Cachaços e porcas jovens podem eliminar o agente nas fezes e ser a fonte de infecção para a leitegada.

(12)

7 PATOGENIA

A bactéria intracelular e as lesões histopatológicas são evidentes 8 a 10 dias após a exposição, com pique aos 21 dias, indicando um período de incubação relativamente longo de duas a três semanas.

A infecção parece ocorrer por via oral, podendo haver multiplicação do agente na cavidade oral. Posteriormente, a bactéria atinge o ápice das células epiteliais e penetra no citoplasma por formação de vacúolo endocítico, onde se multiplica. A célula pode sobreviver eventualmente se rompe liberando as bactérias no conteúdo intestinal, as quais podem infectar outras células ou serem eliminadas com as fezes. Esses eventos induzem reações inflamatórias, seguidas de proliferação de células epiteliais imaturas desta região.

As células infectadas não amadurecem, continuam sofrendo mitose, não descamam, formando criptas hiperplásicas. O mecanismo exato da crise hemorrágica não se conhece, porém ocorre basicamente em suínos expostos a L.

(13)

8 SINAIS CLÍNICOS

Os sinais clínicos dependem do tipo da ileíte, podendo ser ela não hemorrágica (crônica), hemorrágica (aguda) ou inaparente (subclínica).

• Forma Aguda: ocorre principalmente na fase de terminação com animais numa faixa de peso entre 50 a 120 Kg ou em animais de reposição, ocorrendo geralmente morte súbita entre estes animais. Fezes escuras e sanguinolentas podem ser observadas nas baias ou na região perineal dos suínos antes da morte. Os animais apresentam-se fracos, letárgicos, anêmicos e anoréxicos. Alguns animais se recuperam quando tratados em tempo. Fêmeas gestantes podem abortar.

• Forma Crônica: ataca geralmente animais entre 6 a 20 semanas de idade, através de uma enterite necrótica associada com diminuição no consumo de ração e ganho de peso. Os principais sinais são a diarréia aquosa com coloração marrom (figura 1), com duração de até 4 semanas. Geralmente a mortalidade nestes casos é baixa. A maioria dos animais recuperam-se 6 a 8 semanas após o aparecimento dos sinais clínicos. Aproximadamente 15% dos animais não atingem o peso de abate, levando o suinocultor a perdas econômicas.

(14)

FIGURA 01: FEZES AQUOSAS DE COLORAÇÃO MARROM

• Forma Inaparente ou Subclínica: é a forma mais comum da Ileíte, não há sinais visíveis da doença, os animais apresentam redução no ganho de peso, começam a aparecer refugos piorando a conversão alimentar.

A morbidade e a mortalidade podem ser baixas nos casos de enterite não hemorrágica, mas pode ficar entre 10-50% nos casos hemorrágicos.

(15)

9 DIAGNÓSTICO

Existem três formas de diagnosticar EPS em animais vivos: sorologia (imunofluorescência e Elisa), esfregaços de amostras de fezes coradas pela técnica de imunoperoxidase, e PCR em amostras fecais. Jones et al e McOrist et al citam que o DNA extraído de filtrado de mucosa intestinal infectada contendo aproximadamente 10 organismos de L. intracellularis é detectado através da técnica de PCR.

O diagnóstico de EPS é inicialmente limitado à pesquisa de lesões macro e microscópicas características na mucosa intestinal (Jones et al., 1993). O método de detecção da L. intracellularis em cortes histológicos (figura 02) é a coloração Warthin-Starry (figura 03), este teste permite a detecção da bactéria em cortes histológicos, aumentando a sensibilidade do diagnóstico, mas a técnica tem limitações quando utilizada em amostras autolisadas ou necróticas. A PCR é sensível e específica para L. intracellularis, podendo ser usada para monitorar rebanhos suínos (Jordan et al., 1996), e a imunohistoquímica é indicada como método diagnóstico de escolha em amostras fixadas em formol (Guedes et al., 2002c). Recentes estudos de soroprevalência têm demonstrado valor diagnóstico (Guedes et al., 2002b; Guedes et al., 2002a).

Suínos de 6 a 10 semanas geralmente tem as mais altas prevalências das bactérias em casos de levantamentos de propriedades.

O cultivo da L. intracellularis (bactéria intracelular obrigatória) requer células de linhagens específicas, IEC – 18 (enterócitos de ratos) ou IPEC – J2 (enterócitos de suínos).

(16)

Histopatologicamente há severa hiperplasia da mucosa intestinal, devido à proliferação das células epiteliais imaturas, tornando as criptas alongadas e as vilosidades curtas com acentuada diminuição das células caliciformes. As células contêm restos celulares e neutrófilos. Pode-se observar ainda, hemorragia, edema e infiltração inflamatória, predominantemente eosinofílica a histiocítica. Pode ocorrer hiperplasia reticular e células multinucleadas nas placas de Peyer e nos linfonodos mesentéricos.

FIGURA 02: CORTE HISTOLÓGICO PARA EPS

(17)

A EPS também pode ser diagnosticada post-mortem, mas o exame histológico complementar é normalmente necessário para confirmação do diagnóstico.

9.1 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

O diagnóstico diferencial deve levar em consideração Disenteria Suína, Úlcera Gástrica, Torção do Mesentério e Síndrome Hemorrágico Intestinal.

(18)

10 LESÕES E ACHADOS DE NECRÓPSIA

Geralmente afeta o íleo e com menor freqüência o cólon. O intestino afetado fica espesso e túrgido com edema de serosa. O lúmen do íleo e cólon geralmente contém hemorragia e coágulos de sangue. A superfície mucosa das porções afetadas de intestino apresentam espessamento adenomatoso.

FIGURA 04: ESPESSAMENTO DA PAREDE E DAS PREGAS DO ÍLEO E CÓLON

(19)

No caso da Enteropatia Hemorrágica, ocorre hemorragia maciça devido à perda do epitélio da mucosa e da exposição da lâmina própria. Grandes coágulos podem ser observados na luz do intestino delgado de animais infectados.

(20)

11 TRATAMENTO

Várias abordagens de medicação são possíveis, dependendo da idade e tipo de animal envolvido. Nos casos de surtos, o tratamento dos suínos infectados e em contato seria a medicação na água ou ração, por 14 dias, utilizando Clortetraciclina 300 ppm, Lincomicina 100 ppm, Tiamulina 120 ppm ou Tilosina 100 ppm. Para suínos doentes o ideal é a utilização de medicação injetável com Tilosina, Tiamulina, Espectinomicina ou Penicilina.

Em caso da forma endêmica crônica tratar preferencialmente os animais entre 4 a 8 semanas com Clortetraciclina 200 ppm, Lincomicina 110 ppm, Tiamulina 50 ppm, Tilosina 100 ppm ou Carbadox 50 ppm.

Na forma aguda da doença, devido a incidência baixa na maioria das granjas e por ter evolução bastante rápida nos animais infectados, é recomendado o uso de medicamento injetável nos animais que apresentarem os primeiros sintomas da doença, juntamente com a medicação via ração.

A Lawsonia intracellularis é resistente aos antibióticos Neomicina, Gentamicina e Apramicina em testes in vitro.

O desmame precoce segregado com 14 dias não é um método eficaz para eliminar a doença.

(21)

12 CONTROLE E PROFILAXIA

Para se controlar a Ileíte é fundamental o controle dos fatores estressantes, como: variações bruscas na temperatura, número elevado de suínos por baia, comedouro e bebedouros em número insuficiente, movimentação excessiva dos animais entre outros, são itens que devem ser elevados em consideração para um melhor controle da doença.

O controle e profilaxia do rebanho por ser feito também através de um esquema de vacinação, tendo como exemplo de vacina, o Enterisol® ileítis, sendo esta uma vacina viva contra a Lawsonia intracellularis.

Esta é recomendada para a vacinação de suínos saudáveis e susceptíveis com 3 semanas ou mais de idade como um auxílio na prevenção e controle de enteropatia proliferativa suína (Ileíte) causada pela L. intracellularis. Em estudos clínicos, a vacina previne significativamente as lesões macro e microscópicas do intestino e previne significativamente a colonização de L. intracellularis após desafio.

O manejo “Todos dentro/Todos fora”, controle ambiental, lavagem das instalações e desinfecção (bactéria sensível a desinfetantes a base de amônia e iodo) são métodos utilizados para minimizar o problema.

Tomar cuidado também na introdução de animais de reposição livres da doença em plantel contaminado.

(22)

13 CONCLUSÃO

Conclui-se que não basta a preocupação única e exclusivamente com o controle dos sinais clínicos. Na maioria das vezes é importante a manutenção da microbiota normal do suíno para o seu bom desempenho. Assim, ao decidir pelo uso de algum produto para o controle das enfermidades entéricas, é importante que tenhamos em mente a utilização de produtos que ao mesmo tempo controle a enfermidade, mas sem desequilibrar a microbiota normal dos animais. Outro fator para a diminuição da bactéria causadora da ileíte, Lawsonia intracellularis, é a correta limpeza e desinfecção do mesmo.

(23)

REFERÊNCIAS

Guedes, R. M. C.; Gebhart, C. J. Aspectos atuais sobre a detecção da infecção

pela Lawsonia intracellularis em suínos. Departamento de Clínica e Cirúrgica

Veterinárias, MG, Brasil, 1971.

Sobestiansky, J.; Barcellos, D. Clínica Veterinária em Sistemas Intensivos de

Produção de Suínos e Relatos de Casos Clínicos. Gráfica Art3: Goiânia, 2001.

Baccaro, M. R., 1999. Prevalência de Lawsonia intracellularis na Região Sudeste

do Brasil. In: Congresso Brasileiro de Veterinários Especialistas em Suínos. Belo

Horizonte.

Borowski, S., 1999. Prevalência de Lawsonia intracellularis na Região Sul do

Brasil. In: Congresso Brasileiro de Veterinários Especialistas em Suínos. Belo

Horizonte.

(24)

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde

Curso de Medicina Veterinária

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

(T.C.C.)

Adélcio de Alvarenga Freire

(25)

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde

Curso de Medicina Veterinária

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

(T.C.C.)

Curitiba 2006

(26)

Reitor

Profº Luiz Guilherme Rangel Santos

Pró-Reitor Administrativo

Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos

Pró-Reitora Acadêmica

Profª Carmen Luiza da Silva

Pró-Reitor de Planejamento

Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos

Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão

Profª Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini

Secretário Geral

Profº João Henrique Ribas de Lima

Diretor da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde

Profº João Henrique Faryniuk

Coordenador do Curso de Medicina Veterinária

Profª Neide Mariko Tanaka

Coordenador de Estágio Curricular do Curso de Medicina Veterinária

Profª Elza Maria Galvão Ciffoni Profo Sérgio Bronze

CAMPUS CHAMPAGNAT

Rua .Marcelino Champagnat, 505 - Mercês CEP 80.215-090 – Curitiba – PR

Fone: (41) 3331-7958

(27)

A P R E S E N T A Ç Ã O

Este Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.) apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Médico Veterinário é composto de um Relatório de Estágio, no qual são descritas as atividades realizadas durante o período de 01/09 a 05/11/2006, período este em que estive na Empresa Perdigão Agroindustrial S/A, localizada no município de Piraí do Sul - PR cumprindo estágio curricular e também de uma Monografia que versa sobre o tema: “Enteropatia Proliferativa do Suíno (EPS) ou Ileíte”.

(28)

DEDICO

À minha mãe MARIA JOSÉ DE ANDRADE FOGAÇA, à minha FAMÍLIA e a minha namorada ANNA CLÁUDIA GAISSLER ALBUQUERQUE que estiveram sempre presentes ao meu lado, me orientando e incentivando.

(29)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de estagiar na área e na empresa desejada, e por ter me ajudado, me iluminado e me protegido durante o estágio e até os dias de hoje.

A minha mãe, Maria José de Andrade Fogaça, por todo esforço feito para que eu chegasse onde eu estou atualmente, por todo carinho e por te me apoiado na hora em que decidi por essa área maravilhosa que é a Medicina Veterinária e ao meu pai, Tito Lívio de Alvarenga Freire, que mesmo falecido, sei que ele está me olhando, protegendo e me guiando para o melhor caminho.

A minha eterna namorada, Anna Cláudia Gaissler Albuquerque, pela paciência, compreensão, carinho, amor, por estar sempre ao meu lado mesmo nos momentos mais difíceis e por ser uma mulher maravilhosa pra mim.

Ao Prof. Dr. Paulo Roberto Nocera, por ter me ajudado a conseguir o estágio na Perdigão Agroindustrial, por todos os ensinamentos e pela sua amizade.

A todos os Médicos Veterinários e Técnicos da Perdigão Agroindustrial, especialmente aos Médicos Veterinários: Rodrigo de Barros, Gladison de Souza Carioni, Henrique, Daniel e ao técnico Vilmar Moreno.

A todos os professores e funcionários da Universidade Tuiuti do Paraná. A todos os meus amigos, que me incentivaram e me ajudaram nesta caminhada.

A todos os funcionários da granja Schoeler em que fiz estágio pelos conhecimentos passados.

(30)

Um dia o homem conhecerá o íntimo dos animais. Neste dia, qualquer crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade.

Leonardo Da Vinci

(31)

Adélcio de Alvarenga Freire

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Relatório de Estágio Curricular apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti

do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Médico Veterinário.

Professor Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Nocera

Orientador Profissional: Dr. Rodrigo de Barros

Curitiba 2006

(32)

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS... V LISTA DE FIGURAS... Vi RESUMO... Vii 1 INTRODUÇÃO... 01 2 HISTÓRICO DA EMPRESA... 02 3 POLÍTICA DA EMPRESA... 08 4 GRANJA SCHOELER – MULTIPLICADORA DE MATRIZES... 10

4.1 SETOR DE GESTAÇÃO... 10 4.1.1 Instalações... 10 4.1.2 Recebimento de leitoas e fêmeas... 12 4.1.3 Manejo Nutricional... 13 4.1.4 Manejo Reprodutivo... 14 4.1.4.1 Detecção de cio... 14 4.1.4.2 Inseminação Artificial (I.A)... 15 4.1.4.3 Lavagem das pipetas... 17 4.1.4.4 Manejo de fêmeas com retorno de cio... 17 4.1.4.5 Diagnóstico de Gestação... 18 4.1.5 Saída das fêmeas e leitoas para maternidade... 18 4.1.6 Manejo Sanitário... 20 4.1.7 Limpeza e Desinfecção... 21 4.1.8 Manejo Ambiental... 23 4.1.9 Motivos de descartes de fêmeas... 24 4.1.10 Motivos de descartes de machos... 24 4.2 SETOR DE MATERNIDADE... 25 4.2.1 Instalações... 25 4.2.2 Alojamento das fêmeas no setor... 26

(33)

4.2.3 Manejo Nutricional... 27 4.2.4 Auxílio ao parto... 28 4.2.5 Intervenção ao parto... 30 4.2.6 Manejo com leitões... 31 4.2.7 Medicações... 32 4.2.8 Desmame... 33 4.2.9 Manejo Sanitário... 33 4.2.10 Limpeza e Desinfecção... 34 4.2.11 Manejo Ambiental... 35 4.2.12 Critérios de descartes por Ordem de Parto (OP)... 37 4.3 SETOR DE CRECHE... 38 4.3.1 Instalações... 38 4.3.2 Recebimento e formação dos lotes... 41 4.3.3 Manejo Ambiental... 41 4.3.4 Manejo Nutricional... 42 4.3.5 Medicações... 42 4.3.6 Manejo Sanitário... 43 4.3.7 Manejo de saída dos leitões... 43 4.3.8 Manejo de leitões refugos e herniados... 44 4.3.9 Limpeza e Desinfecção... 45 4.4 TERMINAÇÃO E RECRIA... 46 4.4.1 Instalações... 46 4.4.2 Recebimento e formação de lotes... 47 4.4.3 Manejo Ambiental... 47 4.4.4 Manejo Nutricional... 48 4.4.5 Medicações... 49

(34)

4.4.6 Manejo de seleção de Marrãs... 49 4.4.7 Manejo Sanitário... 50 4.4.8 Manejo de refugagem em leitoas... 51 4.4.9 Manejo de saída das Marrãs... 51 4.4.10 Limpeza e Desinfecção... 51 4.5 BIOSSEGURANÇA... 53

5 CONCLUSÃO... 58 REFERÊNCIAS... 59

(35)

LISTA DE TABELAS

TABELA 01 - Tipo e quantidade de ração fornecida no setor de Gestação... 14 TABELA 02 - Esquema de vacinação utilizado no setor de Gestação... 21 TABELA 03 - Condições ambientais ótimas propostas para Gestação ... 23 TABELA 04 - Tipo e quantidade de ração fornecida no setor de Maternidade... 27 TABELA 05 - Principais sintomas associados ao parto... 29 TABELA 06 - Esquema de vacinação no setor de Maternidade... 34 TABELA 07 - Zona de Termoneutralidade dos suínos... 36 TABELA 08 - Descarte por OP... 37 TABELA 09 - Tipo e quantidade de ração fornecida no setor de Creche... 42 TABELA 10 - Tipo e quantidade fornecida no setor de Terminação e Recria... 48

(36)

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01 – Barracão do setor de Gestação... 10 FIGURA 02 – Alojamento das matrizes feito em “gaiolas”... 11 FIGURA 03 – Carrinho para arraçoamento... 12 FIGURA 04 – Baias para o plantel de Reposição... 13 FIGURA 05 – Kit para Inseminação Artificial (I.A)... 16 FIGURA 06 – Transferência de Gestação para Maternidade... 19 FIGURA 07 – Chegada na Maternidade... 19 FIGURA 08 – Pistola utilizada para vacinação... 20 FIGURA 09 – Barracão do setor de Maternidade... 25 FIGURA 10 – Cocho para ração e água... 26 FIGURA 11 – Material para desgaste dos dentes... 32 FIGURA 12 – Cortador e cauterizador para cauda... 32 FIGURA 13 – Lavagem da sala de Maternidade... 35 FIGURA 14 – Sala pronta para fazer desinfecção... 35 FIGURA 15 – Termostato... 37 FIGURA 16 – Visão geral da Creche... 38 FIGURA 17 – Barracão novo e antigo respectivamente... 39 FIGURA 18 – Baias elevadas... 40 FIGURA 19 – Baias do barracão novo... 40 FIGURA 20 – Entrada e saída da Creche com balança... 44 FIGURA 21 – Leitão com hérnia escrotal... 45 FIGURA 22 – Manejo das Cortinas... 48 FIGURA 23 – Tipo de cerca utilizada nos núcleos... 53 FIGURA 24 – “Casa”... 54 FIGURA 25 – Chuveiro... 55 FIGURA 26 – Composteira do setor de Creche... 56 FIGURA 27 – Decantador... 56 FIGURA 28 – Uma das cinco esterqueiras mantadas... 57

(37)

RESUMO

O trabalho resume-se na prática de produção e sanidade de suínos em uma Granja Multiplicadora de Matrizes, localizada na cidade de Piraí do Sul – PR, sendo que os machos seguem da granja diretamente para os sistemas de SVT integrados da Perdigão, e as fêmeas são levadas para o Sistema de Terminação e Recria da própria granja após saída do setor de Creche. A Granja multiplica a genética DunBred (DB), genética esta vinda da Dinamarca e que está se consolidando em território brasileiro a mais de dois anos. O restante do processo de produção, sanidade e manejo da granja será descrito posteriormente.

Palavras-chave: GPD (Ganho de Peso Diário); I.A (Inseminação Artificial); CDG (Central de Disseminação Genética); RTM (Reflexo de Tolerância ao Macho); RTH (Reflexo de Tolerância ao Homem) e SVT (Sistema Vertical Terminador).

(38)

TERMO DE APROVAÇÃO

Adélcio de Alvarenga Freire

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C)

Este T.C.C foi julgado e aprovado para a obtenção do título de Médico Veterinário no curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

Curitiba, 23 de novembro de 2006.

____________________________________

Medicina Veterinária Universidade Tuiuti do Paraná

Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Nocera UTP e Patologia de aves e suínos ___________________________________

Prof. Dr. Wellington Hartmann UTP e Zootecnia

___________________________________

Dr. João Ari Gualberto Hill UTP e Clínica Médica de animais ___________________________________

(39)

1 INTRODUÇÃO

A suinocultura brasileira vem, ao longo dos últimos anos, comportando-se de maneira bastante similar ao que vem ocorrendo nos grandes centros produtores de suínos da América do Norte e Europa, ou seja, está ocorrendo uma rápida modernização e profissionalização deste segmento com uma diminuição progressiva do número de granjas, mas com aumento significativo no tamanho daqueles plantéis permanecendo em produção e também dos novos sistemas de produção sendo implantados.

Além disso, novas tecnologias nas áreas de genética, produção, nutrição e controle de enfermidades têm sido constantemente desenvolvidas, prontamente assimiladas e implantadas pela moderna suinocultura. Tudo isto tem como objetivo final, e principal, a produção de carne suína de altíssima qualidade e que irá preencher plenamente os requisitos dos mais exigentes mercados.

Neste contexto, enfatiza-se que a formação de profissionais cada vez mais especializados neste ramo da Medicina Veterinária é de suma importância para que progressivamente a suinocultura brasileira e mundial desenvolva novas formas de se “criar suínos” com alta tecnologia e baixos custos, sem comprometer o bem estar animal.

Este relatório refere-se ao período de estágio nas Empresas Perdigão Agroindustrial. O estágio foi direcionado para as áreas de produção e sanidade suína.

Durante os meses de setembro e outubro de 2006, o estágio foi desenvolvido em uma Multiplicadora de Matrizes, a qual multiplica a genética DunBred (DB) e que vai ser descrita posteriormente.

(40)

2 HISTÓRICO DA EMPRESA

No ano de 1934, com a determinação de dois descendentes das famílias Ponzoni, e Brandalise, foi fundada a “Ponzoni, Brandalise & Cia Ltda” com a união de seus capitais. Frey & Kellermann associaram-se à Empresa, em 1939, criando um novo negócio, a “Sociedade de Banha Catarinense Ltda”, então se iniciando as atividades industriais. Uma nova mudança acontece em 1954, onde a razão social torna-se “Ponzoni Brandalise S/A – Comércio, Indústria e Transportes”, dando início ao sistema de produção de aves e suínos. Em 1956, a Empresa passou por uma reestruturação estatutária que coincidiu com a alteração de sua razão social para Perdigão S/A Comércio e Indústria.

Em 1975, a Empresa fechou seu primeiro contrato de exportação de frangos brasileiros, cujo destino era o Oriente Médio.

Com o desenvolvimento da Empresa, no ano de 1977, constou a aquisição da União Velosense de Frigoríficos – Unifrigo S/A, sediada no município de Salto Veloso – SC. Em 1980, houve a aquisição da Agropecuária Confiança Ltda, a Indústria Saule Pagnocelli S/A de Herval D’Oeste – SC, e a Indústria Reunidas Ouro S/A, de Capinzal – SC.

Em 1982, após três anos de longo trabalho, através de seleções e sucessivos cruzamentos entre cerca de 11 linhagens diferentes de aves, chegaram ao resultado pretendido: uma ave híbrida, o Chester®, marca registrada da Perdigão, uma derivação da palavra “Chest”, que em inglês significa peito.

Em 1984, as aquisições continuaram como a Suely Avícola S/A, tendo suas instalações nas regiões de Orleans – SC (incubatório), Içara – SC, Jaguaruna – SC (granjas de matrizes e fábrica de rações). Em 1985, houve a aquisição do Frigorífico

(41)

Borella S/A, Borella Agropastoril Ltda, Borella Avícola Ltda e a Borella Óleos Vegetais, todos em Marau – SC. Em 1986, aquisição do Frigorífico Planalto – Frigoplan de Lages – SC, em 1988, Sulina Alimentos S/A, Ideal Avícola S/A e Granja Ideal S/A, de Serafina Corrêa – RS. Em 1989, houve a aquisição da Avisco – Avicultura Comércio e Indústria S/A, granja de matrizes, incubatórios e fábrica de rações, de Mococa – SP e granja de avós da Ipê de Rio Claro – SP.

O controle acionário da Perdigão foi adquirido por um “pool” de fundos de pensão, implantando-se uma Gestão Profissional que deu origem a uma única empresa de capital aberto – “Perdigão S/A” e uma única empresa operacional, a “Perdigão Agroindustrial S/A”, em 1994.

Em 1996, a Empresa recebeu o Prêmio Mauá, sendo este outorgado pela primeira vez a uma indústria de alimentos, ainda no mesmo ano foi lançado o Programa de Educação de Jovens e Adultos e a Perdigão recebeu o prêmio SESI de Qualidade de Vida no Trabalho.

Na cidade de Rio Verde – GO, no ano de 1997, foi dado início a construção do maior complexo agroindustrial da Perdigão. Ainda em 1997, é constituída a Perdigão Sociedade de Previdência Privada – PSPP e implantado o Programa Habitacional Perdigão – PROHAB. Certificadas pela ISSO 9002/94 as Unidades Industriais de Aves de Salto Veloso – SC e Marau – RS e inaugurado em Videira – SC, o Centro de Tecnologia de Carnes – CETEC.

No ano de 1999, a Perdigão foi eleita pela Revista Exame como uma das 50 melhores empresas para se trabalhar.

A aquisição do Frigorífico Batávia S/A, foi realizada em 2000, a Empresa adquiriu 51% do controle acionário do Frigorífico Batávia, em Carambeí – PR. Ainda no mesmo ano, a Perdigão foi eleita pela Revista Exame pela segunda vez, como

(42)

uma das melhores empresas para se trabalhar. Inaugurados nove postos de saúde e segurança do ATENDE – Centro de Serviços ao Cidadão, como parte de um amplo projeto Social da Perdigão em Rio Verde – GO. A Perdigão conquistou o Prêmio Modelo de Responsabilidade Social, outorgado pela Revista Exame. A Empresa foi escolhida pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC, como uma das 20 maiores Empresas do século. A FATMA – Fundação do Meio Ambiente, órgão ambiental de Santa Catarina, outorgou à Empresa, pela segunda vez, o Prêmio Fritz Muller, em reconhecimento à gestão ambiental da unidade de Capinzal – SC.

Em 2001 a Perdigão foi escolhida Processador Del Ano 2001 pela Revista Indústria Alimentícia uma das mais importantes publicações latino-americanas do setor de alimentos e bebidas. Implantado o Programa de Participação nos Lucros e Resultados. A Perdigão recebeu o Prêmio Expressão de Ecologia na categoria de Controle de Poluição na unidade de Serafina Corrêa – RS. Foi lançada a marca mundial, Perdix. A Empresa recebeu o Prêmio Responsabilidade Social – RS-2001, concedido pela Assembléia do Rio Grande do Sul.

Em Rio Verde – GO, no ano de 2002, a Perdigão recebeu o Prêmio Cidadania Brasil de Exportação, na categoria exportador do ano. Pelo segundo ano consecutivo, a Perdigão recebeu o Prêmio Responsabilidade Social RS-2002, que premiou as melhores atuações sociais das empresas do Estado.

Em 2003 foi apontada como uma das doze marcas mais valiosas do país e foi eleita uma das dez empresas modelos em responsabilidade social pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa. A Empresa recebeu certificado do SGI (Sistema de Gestão Integrada) com ISO 9001/2000, 14001/1996 e OHSAS 18001/1999 nas duas unidades de Marau – RS, concedido pela BUREAU VERITAS QUALITY

(43)

INTERNATIONAL. E neste mesmo ano foi inaugurado o Complexo Industrial de Rio

Verde – GO.

E finalmente em 2004, a Perdigão comemora 70 anos de fundação, tendo um quadro aproximadamente de 30 mil pessoas e o principal desafio é de tornar a Empresa cada vez mais competitiva, rentável e agradável de se trabalhar.

Além da valorização do empenho dos seus funcionários a Empresa dá relevante importância para o trabalho feminino, ocupando 37% do quadro de funcionários. Outro fator diferencial da Empresa é a participação nos lucros, motivando o bom desempenho dos trabalhadores. Há também, a oportunidade do primeiro emprego aos jovens com média de 29 anos de idade. A política de contratação da Empresa tem investido em jovens talentosos, por intermédio do Programa de Estágio Perdigão, voltado principalmente para as áreas administrativas e técnicas. Para o ano de 2004 estão programadas 682 vagas de estágios e, deste total, uma significativa parcela poderá ser integrada ao quadro efetivo de funcionários, sendo que uma parte deles continua inclusa no programa.

A Perdigão conta em 2004 com, 5.802 produtores rurais integrados, 13 unidades industriais (carne), 6 fábricas de rações, 2 unidades de soja, 32 filiais de vendas de produtos e distribuidores diretos, 844 transportadores cadastrados, 2.037 veículos de terceiros e totalizou até junho/2004, 52.589 toneladas exportadas, para 89 países.

Em 2005 a Perdigão começa a operar em Brasília – DF, com uma unidade destinada exclusivamente à fabricação de produtos cozidos à base de carne de frango, peru e bovina para exportação.

(44)

Também em 2005, a Perdigão investiu R$ 41 milhões no Paraná para ampliar a capacidade produtiva de seu complexo agroindustrial em Carambeí – PR e para instalar novos incubatórios de frangos em Castro – PR.

A Empresa anunciou R$ 500 milhões de investimentos em Rio Verde – GO para a expansão da capacidade do complexo agropecuário. Este montante será aplicado até o início de 2007.

Houve também uma ampliação da presença da Perdigão no Estado de Santa Catarina, com a instalação do Centro de Serviços Perdigão (CSP) na cidade de Itajaí – SC.

Esta nova instalação foi um importante instrumento de modernização de gestão, que permitiu à Empresa racionalizar processos e diminuir custos.

Pela quinta vez e pelo terceiro ano consecutivo, em 2005, a Perdigão é contemplada com o Prêmio Fritz Müller, concedido pela FATMA – Fundação do Meio Ambiente pelo Governo do Estado de Santa Catarina, pelo trabalho realizado com a reserva ambiental Natureza Viva, mantida na área urbana de Videira – SC.

Iniciaram-se as obras de terraplanagem da nova fábrica em Mineiros – GO. Neste mesmo ano, a Perdigão ampliou sua fronteira chegando até Mato Grosso – MT através da aquisição do controle integral do abatedouro Mary Loise Indústria de Alimentos.

A Perdigão foi considerada a melhor Empresa do ano de 2005 no setor de alimentos, recebendo o Prêmio FGV de Excelência Empresarial, concedido pela Fundação Getúlio Vargas.

Neste ano também, a Perdigão ficou entre as dez empresas em Responsabilidade Social do Guia de Boa Cidadania Corporativa, da Revista Exame.

(45)

Em 2006, esta grande Empresa está no novo mercado da Bovespa através da aquisição de 51% do capital social da Batávia S/A Indústria de Alimentos e entra no mercado de lácteos em parceria com a Cooperativa CCLP – Cooperativa Central de Laticínios do Paraná – e Agromilk, continuaram mantendo 49% do capital da Batávia, Empresa sediada em Carambeí – PR.

A Perdigão é eleita a maior empresa de agronegócio no setor de frigorífico pelo Anuário Exame do Agronegócio.

A Empresa inaugurou recentemente o Incubatório Castro, localizado na cidade de mesmo nome, vizinha de Carambeí – PR, onde funciona o complexo agroindustrial da Empresa no Paraná.

(46)

3 POLÍTICA DA EMPRESA

A visão da Empresa é: “Ser a melhor empresa de alimentos da América Latina, com forte presença mundial”.

A missão da Empresa é: “Estar sempre na vanguarda, colocando à disposição do consumidor de alimentos que se ajustem às mudanças de estilo da sociedade, com elevada qualidade e preços justos, constituindo-se na melhor escolha de atendimento para seus clientes, da atividade para seus colaboradores e de investimento para seus acionistas, integrando-se harmoniosamente nas comunidades em que atua respeitando o ambiente”.

Os seus valores são:

• Valorização do cliente;

• Desenvolvimento individual;

• Responsabilidade profissional;

• Ética nos relacionamentos;

• Agilidade nas mudanças;

• Trabalho em equipe;

• Satisfação do consumidor;

• Gestão eficaz.

Os princípios são:

• Satisfação total do cliente;

• Gerência participativa;

(47)

• Constância de propósitos;

• Melhoria contínua;

• Gerência de processos;

• Delegação de poder;

• Gerência de informações e comunicação;

• Garantia de qualidade;

(48)

4 GRANJA MULTIPLICADORA DE MATRIZES

4.1 SETOR DE GESTAÇÃO

O setor de gestação da granja é composto por 3 barracões mas sendo que cada um deles está situado em núcleos diferentes, ou seja, a granja possui 3 núcleos de Maternidade e Gestação, sendo que o setor de Maternidade vai ser descrito posteriormente.

FIGURA 01: Barracão do setor de Gestação

4.1.1 Instalações

As instalações do setor de gestação para o alojamento das matrizes são em baias do tipo “gaiola”, ou seja, as matrizes ficam dispostas lado a lado com espaço restrito evitando assim que as matrizes briguem no momento do arraçoamento, pois é neste momento que acontecem as causas de estresse, sendo que o estresse não é aconselhável para as matrizes prenhes principalmente nos primeiros 30 dias de gestação, período este importante para a sobrevivência embrionária. Ainda dentro

(49)

do mesmo barracão existem 12 baias entre as “gaiolas”, sendo que são alojadas 3 fêmeas por baia, sendo estas fêmeas do mesmo lote para evitar brigas hierárquicas. Em duas das gaiolas do barracão de Gestação, são colocados os cachaços utilizados na detecção de cio das leitoas e no momento da inseminação artificial das demais fêmeas.

FIGURA 02: ALOJAMENTO DAS MATRIZES FEITO EM “GAIOLAS”

Em relação aos cochos, estes são do tipo basculante (calha) nas baias “gaiola”, enquanto que nas baias coletivas são ausentes. Nas baias coletivas os bebedouros são do tipo “chupeta”, na quantidade de uma chupeta por baia e nas baias “gaiola”, os bebedouros são os mesmos destinados ao arraçoamento, ou seja, tipo calha.

A ração destinada a este setor fica armazenada em um silo metálico na parte exterior do barracão, sendo que o silo tem capacidade para armazenar 12.000 Kg de ração do tipo BG (Gestação) e a ração Pré-Parto fornecida alguns dias antes do parto, é ensacada e fica armazenada em uma das salas do barracão da Maternidade, destinadas a armazenagem de ração, produtos de limpeza, etc.

(50)

Ainda no setor de gestação, o arraçoamento é feito através de carrinhos com capacidade para 160 Kg de ração, os medicamentos são armazenados em uma caixa que serve como farmácia e os Equipamentos de Proteção Individual, os chamados EPI’s, são colocados a disposição dos funcionários, mas estes não são usados pelos mesmos. As informações das matrizes são colocadas em fichas e estas são dispostas em cima das “gaiolas”, nos chamados “varais”.

FIGURA 03: CARRINHO PARA ARRAÇOAMENTO

4.1.2 Recebimento de leitoas e fêmeas

As leitoas que chegam à Granja vêm da cidade de Patos de Minas – MG de uma outra filial da Granja, sendo que mensalmente chegam em torno de 17 leitoas com média entre 120 e 140 dias de idade para fazer parte do plantel de reposição do setor e estas são alojadas em baias localizadas no barracão de maternidade. O número de baias para o plantel de reposição é no total de 16, sendo que são colocadas 4 leitoas por baia.

(51)

FIGURA 04: BAIAS PARA O PLANTEL DE REPOSIÇÃO

Nas baias das leitoas de reposição, é feita a passagem do cachaço todos os dias para a detecção de cio das mesmas e geralmente as leitoas são mandadas para o setor de gestação com idade média entre 235 e 245 dias de idade, onde serão inseminadas com 3 doses.

Já no caso das fêmeas, estas são mandadas ao setor de gestação logo após o desmame dos leitões, tendo um intervalo de desmame-cio de 7 dias.

4.1.3 Manejo Nutricional

O arraçoamento no setor de gestação é feito apenas uma vez ao dia para as fêmeas, sendo o seguinte horário, às 5:00 horas. Os machos também são arraçoados apenas uma vez ao dia e no mesmo horário das fêmeas.

A quantidade e o tipo de ração a ser consumida pelas fêmeas, depende do tempo de gestação das mesmas.

(52)

TABELA 01: TIPO E QUANTIDADE DE RAÇÃO FORNECIDA ÀS LEITOAS NO SETOR DE GESTAÇÃO. PIRAÍ DO SUL, 2006.

Gestação Tipo de Ração Quantidade/dia

0-30 dias S4BG (Gestação) 2,0 Kg 30-60 dias S4BG (Gestação) 2,5 Kg 60-100 dias S4BG(Gestação) 3,0 Kg

4.1.4 Manejo Reprodutivo

As fêmeas e leitoas que são destinadas à reprodução são alinhadas em gaiolas para facilitar o manejo de detecção do cio das mesmas e posterior inseminação artificial.

4.1.4.1 Detecção de cio

Segundo Sobestiansky et al. (1998), o cio na espécie suína deve ser identificado duas vezes ao dia em um intervalo ótimo de 12 horas. Isso significa a realização do diagnóstico de cio pela manhã e outro á tarde.

A detecção de cio na granja é feito através da passagem do cachaço nos corredores das baias com ajuda de funcionário atrás do cachaço em frente às fêmeas para haver contato naso-nasal entre ambos e ver se a fêmea apresenta RTM (Reflexo de Tolerância ao Macho), macho e fêmea, enquanto outro funcionário verifica se a fêmea está apresentando os sinais característicos de cio, como vulva edemaciada, hiperêmica, com secreção e ver se a fêmea apresenta RTH (Reflexo de Tolerância ao Homem), ou seja, provocando uma pressão lombar para o desencadeamento do reflexo de imobilidade.

(53)

Após a detecção do cio, são feitas 3 aplicações de sêmen através de Inseminação Artificial nas fêmeas, sendo que se o cio foi detectado na parte da manhã, é feita a primeira dose 12 horas depois, a segunda na parte da manhã do outro dia e a terceira 12 horas após, ou seja, á noite. Geralmente são feitas 3 doses com intervalo de 12 horas entre elas, mas se preciso é feita a quarta dose mas geralmente não é necessário.

4.1.4.2 Inseminação Artificial (I.A.)

Na Granja, o método utilizado para cobertura das fêmeas ou marrãs (leitoas) é a Inseminação Artificial, não sendo utilizado a monta natural em nenhum momento. As doses de sêmen utilizadas na granja ficam armazenadas no CDG (Central de Disseminação Genética) da granja sendo este localizado em outro núcleo, e no momento em que vai ser feita a Inseminação Artificial no setor de Gestação, as doses são armazenadas em uma caixa de isopor para que não haja o seu aquecimento, pois a temperatura ideal de armazenagem está entre 15 e 18oC.

No setor de Gestação, há um kit onde ficam os materiais utilizados no momento da inseminação contendo um recipiente para colocar as pipetas ainda não utilizadas e as já utilizadas, uma tesoura, papéis-toalha, um caderno para anotações sobre as fêmeas inseminadas e no dia da inseminação o isopor é colocado juntamente com os materiais citados acima.

(54)

FIGURA 05: Kit para Inseminação Artificial (I.A.)

No momento em que as fêmeas vão ser inseminadas, é importante a presença do cachaço na frente das fêmeas ou marrãs para que ocorra o contato entre macho e fêmea, ocorrendo uma maior estimulação no momento da Inseminação Artificial (I.A.).

A Inseminação Artificial segue os seguintes passos:

1. Limpeza da parte externa da vulva através dos papéis-toalha; 2. Lubrificação da vagina com a própria dose inseminante; 3. Inserção da pipeta no sentido dorso-cranial;

4. Após aproximadamente 20 cm depois de introduzida a pipeta, fazer a rotação no sentido anti-horário até a completa fixação na cérvix;

5. Depois de feito isso, pegar uma dose de sêmen, cortar a ponta do recipiente com a tesoura do kit e fixar o recipiente na extremidade da pipeta;

6. Fazer estimulação no dorso e nos flancos das fêmeas ou marrãs durante a inseminação;

(55)

7. Respeitar o tempo determinado para a inseminação que está entre 4 a 6 minutos;

8. Depois de determinada a dose; retirar a pipeta no sentido contrário a colocação, ou seja, no sentido horário.

4.1.4.3 Lavagem das Pipetas

Após a utilização das pipetas no setor de Gestação, elas são levadas ao CDG onde são lavadas em água por alguns minutos e depois escovadas em água corrente, depois disto são esterilizadas através de estufa durante uma hora, daí então são colocadas em sacos plásticos para posterior utilização.

4.1.4.4 Manejo de Fêmeas com retorno de cio

As fêmeas que são cobertas e que quando na passagem do cachaço para confirmação de gestação aos 21, 42 e 60 dias de cobertura, demonstram os mesmos sinais citados no item detecção de cio, estas fêmeas retornaram ao cio e as medidas que são tomadas na granja com estas fêmeas que retornaram são as seguintes:

• É dada uma nova chance à fêmea que retornou sendo feita uma nova inseminação e esta fêmea é colocada juntamente com as fêmeas que foram inseminadas na mesma semana;

• Depois de feita a inseminação, é feita a passagem do cachaço na frente da fêmea para se fazer a confirmação de gestação aos 21, 42 e 60 dias de

(56)

cobertura e caso a fêmea demonstre novamente retorno de cio, esta fêmea é mandada para abate.

4.1.4.5 Diagnóstico de Gestação

O diagnóstico de gestação deve ser realizado o mais cedo possível, para retirar as fêmeas vazias dos grupos de parição.

O método utilizado para confirmação de gestação na granja é o de passagem do cachaço na frente das fêmeas principalmente aos 21, 42 e 60 dias de cobertura enquanto que um funcionário faz uma pressão lombar e nos flancos da fêmea e se com esses estímulos a fêmea demonstrar algum tipo de reação ao invés de ficar imóvel, é então confirmada a gestação após feitas todas as passagens principalmente nos períodos críticos, ou seja, nos períodos com perigo de reabsorção embrionária que giram em torno dos 21 dias de gestação.

Além disso, o diagnóstico de gestação negativo é confirmado pela identificação de retorno ao cio.

4.1.5 Saída das fêmeas e leitoas para a Maternidade

As fêmeas são transferidas da gestação para a maternidade cerca de 10 dias antes da data provável do parto, permitindo assim com que elas se acostumem com o novo ambiente.

A atividade de transferência das fêmeas é feita nas horas mais frescas do dia e estas são conduzidas calmamente até a maternidade, sem agressões, ruídos e movimentos bruscos.

(57)

Na granja não é realizado nenhum procedimento de lavagem das fêmeas antes das mesmas serem colocadas nas gaiolas da maternidade, é feito a lavagem e desinfecção apenas das salas com um vazio sanitário de 7 dias, sendo um dia para a lavagem das salas, um dia para desinfecção (desinfetante Obanol) e 5 dias para o vazio sanitário.

FIGURA 06: TRANSFERÊNCIA DA GESTAÇÃO PARA MATERNIDADE

(58)

4.1.6 Manejo Sanitário

O objetivo da utilização das vacinas em suinocultura é o de melhorar as condições de defesa dos animais contra os agentes patogênicos aos quais estão expostos continuamente no ambiente em que estão sendo criados (Sobestiansky et al., 1998).

As vacinas são armazenadas em geladeira, no escritório da Granja e no momento em que vão ser utilizadas são colocadas em isopor e levadas até o local de vacinação.

A via de administração das vacinas é a Intramuscular, mais precisamente na parte lateral do pescoço das fêmeas. Para a vacinação é utilizada uma pistola com regulagem de dose.

FIGURA 08: PISTOLA UTILIZADA PARA A VACINAÇÃO

(59)

TABELA 02: ESQUEMA DE VACINAÇÃO UTILIZADO NO SETOR DE GESTAÇÃO. PIRAÍ DO SUL, 2006.

Problema Nome Animal Dose em ml Idade

Rinite Atrófica AR-T 2 ml 15 dias após chegada

Mycoplasma SuvResp MH 2 ml 7 dias após chegada

Streptococcus Strepto suis 2 ml 10 dias após chegada Eri+Parvo+Lepto Farrowsure Marrãs 5+5 ml 190 -205 dias de idade

Colibacilose Gletvax 5+5 ml 80 -100 dias gestação Circovírus Circovírus 2+2 ml 70 -90 dias gestação Streptococcus Strepto suis 2+3 ml 80 -100 dias gestação

Eri+Parvo+Lepto Farrowsure 5 ml 14 dias de lactação

Colibacilose Gletvax 5 ml 100 dias gestação

Rinite Atrófica AR-T Porcas 2+2 ml 60-90 dias gestação Circovírus Circovírus 2+2 ml 70-90 dias gestação Streptococcus

(Meningite)

Strepto suis 3 ml 100 dias gestação

4.1.7 Limpeza e Desinfecção

Atualmente, a limpeza e a desinfecção deixaram de ser utilizadas apenas após o surgimento de doenças contagiosas, assumindo um importante papel como medida preventiva.

Entende-se por um Programa de Limpeza e Desinfecção (PLD) um conjunto de atividades que visam eliminar das instalações todos os micróbios capazes de causar doenças. Um PLD, também chamado simplesmente de limpeza e desinfecção, é uma técnica de produção e não um substituto para outras medidas preventivas, tais como banho, troca de roupa ao entrar na granja, proibição da

(60)

entrada de veículos, composteira para animais mortos e um sistema de eliminação de dejetos.

Limpeza – Consiste na remoção dos detritos acumulados nas instalações. Visa fundamentalmente reduzir a carga de contaminação microbiana e minimizar o contato dos animais com o excesso de matéria orgânica , a qual potencialmente aumenta o risco da veiculação de agentes patogênicos aos animais. A limpeza pode ser seca (retirada de restos de ração, do esterco, etc) ou úmida (umedecer as instalações facilitando a retirada das “sujeiras”).

Desinfecção - Consiste na eliminação de microorganismos indesejáveis de materiais inanimados limpos, através de processos químicos ou físicos, que atuam sobre a estrutura ou o metabolismo desses microorganismos, independente do seu estado funcional. Busca-se, dessa forma, a redução da dose infectante.

Segundo Vieira (1985), entende-se por desinfecção o ato que resulta na inativação de agentes patogênicos no exterior do animal e inibe o desenvolvimento de microorganismos na granja, evitando assim, uma infecção.

Na Granja, mais especificamente no setor de Gestação é feita a limpeza dos corredores entre as gaiolas e a raspagem dos dejetos para os ripados uma vez ao dia, sendo esta na parte da manhã com o objetivo de higienização destas. Também logo após o arraçoamento é feita a limpeza dos cochos, para então ser colocada uma água mais limpa as matrizes.

(61)

4.1.8 Manejo Ambiental

O manejo de temperatura é um dos elementos mais importantes a considerar no acondicionamento ambiental, porque dele dependerão, em grande parte, todos os demais.

No acondicionamento ambiental dos suínos, reveste-se de importância o conceito de “temperatura crítica”, que marca o limite da zona de “temperatura de termoneutralidade” e determina os pontos da temperatura ambiental, abaixo ou acima da qual, os animais precisam ganhar ou perder calor para manter sua temperatura corporal constante (Mount, 1975; Curtis & Backstrom, 1992). Em outras palavras, cada fase possui uma faixa de temperatura de conforto, onde não nenhuma atividade metabólica para aquecer ou esfriar o animal.

TABELA 03: CONDIÇÕES AMBIENTAIS ÓTIMAS PROPOSTAS PARA O INTERIOR DA GESTAÇÃO. Fase Temp. o C Umidade Relativa % Conc. admissível (ppm) NH3 H2S CO2 Velocidade do ar em m/seg* Gestação 10-18 60-70 10 20 3500 0,2-0,4

* Os valores mais baixos são recomendados para o inverno e os mais altos para o verão. Se não houver incidência direta sobre os animais, poderão ser aumentados.

Fonte: Benedi, 1986.

O manejo de temperatura na Granja é feito através de cortinas, sendo estas abaixadas conforme a temperatura, concentração de gases (NH3, H2S e CO2) e do

vento, sendo que a temperatura de conforto para esta fase como já citado em tabela é de 10 à 18o C.

(62)

Outra função das cortinas é a proteção dos animais contra os raios solares, evitando assim um estresse do animal.

4.1.9 Motivos de descartes de fêmeas:

Repetição de dois cios subseqüentes;

Infecções generalizadas;

• Fêmeas com problemas locomotores, com algum tipo de fratura ou artrite;

Fêmeas com baixa reprodutividade;

• Fêmeas com problema de prolapso uterino.

4.1.10 Motivos de descarte de machos:

• Problemas locomotores;

• Machos com baixo libido;

(63)

4.2 SETOR DE MATERNIDADE

4.2.1 Instalações

O setor de Maternidade também é composto por três barracões assim como o setor de Gestação, sendo um barracão de Maternidade por núcleo.

FIGURA 09: BARRACÃO DO SETOR DE MATERNIDADE

O barracão de Maternidade constitui-se de 16 salas, cada uma contendo 8 celas parideiras num total de 128 celas por barracão e ao final do deste, ficam localizadas mais duas salas do setor de Reposição já citado anteriormente e uma sala para o acondicionamento de sacos de rações e de materiais de limpeza, num total de 19 salas.

Todas as celas da maternidade possuem piso de cimento, sendo que as laterais e a parte final da cela são constituídas por piso vazado de ferro, sendo este para escoamento dos dejetos.

Cada cela parideira é composta por um escamoteador, que serve como abrigo e como aquecedor para os leitões, sendo este último feito através de lâmpada

(64)

incandescente de 60 Watts e também através do termostato, sendo este único e localizado logo na entrada de cada sala, o qual faz o aquecimento do piso de todas as celas. Ainda dentro da cela parideira, encontra-se em frente à fêmea um cocho para o arraçoamento e um bebedouro tipo “chupeta”, ambos no mesmo cocho como demonstrado na figura 10.

FIGURA 10: COCHO PARA RAÇÃO E ÁGUA

O setor ainda possui um carrinho para fazer o arraçoamento, uma caixa para acondicionar os materiais utilizados no setor como, caixa de isopor para acondicionar medicamentos, tatuador, aplicador de ferro Dextrano, ferro e cauterizador para caudectomia (“corte de cauda”), pistola para vacinação, bastões marcadores, etc.

4.2.2 Alojamento das fêmeas no setor

As fêmeas são alojadas no setor alguns dias antes do parto, mais precisamente com 5 a 10 dias antes, fazendo assim com que a fêmea se acostume com o ambiente antes do parto e evitando também ao máximo o estresse da mesma, fator este que pode ser importante para uma excelente produção ou até

Bebedouro tipo “chupeta”

(65)

mesmo o contrário, no caso de nascidos mortos por estresse. Essa transferência da fêmea é e deve ser feita com calma e de preferência nos horários mais frescos do dia.

4.2.3 Manejo Nutricional

TABELA 04: TIPO E QUANTIDADE DE RAÇÃO FORNECIDA NO SETOR DE MATERNIDADE. PIRAÍ DO SUL, 2006.

Período Tipo de Ração Quantidade/dia

111 dias de Gestação S4PP (Pré-Parto) 3 Kg 112 dias de Gestação S4PP (Pré-Parto) 2 Kg 113 dias de Gestação S4PP (Pré-Parto) 1 Kg

Dia do Parto --- --- 1o dia pós-parto S4BL (Lactação) 1,5 Kg 2o dia pós-parto S4BL (Lactação) 2,5 Kg 3o dia pós-parto S4BL (Lactação) 3,5 Kg 4o dia pós-parto S4BL (Lactação) 4,5 Kg 5o dia pós-parto S4BL (Lactação) 6,0 Kg 6o dia pós-parto S4BL (Lactação) 8,0 Kg

A freqüência do arraçoamento até o dia do parto é na quantidade de duas enquanto que após o parto as fêmeas são arraçoadas 5 vezes ao dia quando a quantidade está em 8 kg.

Com relação aos leitões, estes são arraçoados a partir do sétimo dia de vida com ração pré-inicial em cochos localizados na parede dos escamoteadores.

(66)

4.2.4 Auxílio ao parto

Antes de relatar o auxílio ao parto, é importante citar a indução ao parto. A indução de parto deve respeitar alguns requisitos como: Não induzir parto em leitoas, e em fêmeas deve-se consultar primeiramente a ficha individual de cada matriz (FIM), ficha esta que fica fixada na porta de cada sala da Maternidade.

O objetivo da indução de parto é para que haja uma sincronização dos mesmos e também para uma melhoria na sobrevivência dos leitões.

O medicamento utilizado na granja para indução do parto é a Ocitocina Pituitária Calier (Ocitocina Sintética), podendo esta ser aplicada tanto pela via Intramuscular (IM) quanto diretamente na vulva da matriz, só que numa dose menor que na IM, sendo que a dose varia entre 1,5 e 2,5 ml para obstetrícia.

Outras vantagens da indução de parto:

• Melhor utilização da maternidade;

• Possibilidade de formação de lotes mais homogêneos por ocasião da desmama;

• Aumento da possibilidade de transferência cruzada de leitões; e

• Eliminação dos partos no fim de semana e melhor assistência às fêmeas a aos leitões durante o parto.

O auxílio ao parto é feito por funcionários da granja a partir do momento em que se evidenciam os primeiros sinais, os quais serão citados na tabela 05.

(67)

TABELA 05: PRINCIPAIS SINTOMAS ASSOCIADOS AO PARTO E MOMENTOS EM QUE ESSES OCORREM.

Sintomas antes do parto Momento em que ocorre

Edema vulvar 4 dias (7-1)

Complexo mamário Engurgitado

48-24 horas

Secreção serosa escassa 48-24 horas Secreção leitosa em gotas

em 70% dos casos 12 horas

Secreção leitosa em jatos

em 94% dos casos 6 horas

Fonte: Jones (1966); Moennig (1972); Plonait & Bickhardt (1988)

Quando esses sinais são observados, imediatamente são colocados os materiais de auxílio ao parto em frente a cela da matriz que está parindo, que são tesoura, papel toalha, barbante embebido em iodo, recipiente contendo iodo e uma caixa de madeira e, logo após o nascimento do leitão, este é secado com os papéis-toalha e colocado posteriormente em cima da caixa de madeira onde então é feita a amarração do umbigo a aproximadamente 3 cm da inserção do mesmo. Depois de feito isto, o umbigo é mergulhado em um recipiente contendo iodo.

Logo após a amarração do umbigo, outra tarefa do funcionário é a de estimular e garantir a mamada de colostro pelo leitão durante as 6 primeiras horas de vida do mesmo.

Uma outra forma de garantir que os últimos leitões que nascem, geralmente do 10o pra frente, vão mamar o colostro materno é através do fechamento dos oito primeiros nascidos dentro do escamoteador após a mamada, sendo que estes são marcados com bastão marcador, para que os últimos leitões nascidos também

Referências

Documentos relacionados

A pesquisa “Estratégias para o varejo brasileiro – Reflexões sobre os anseios do consumidor” realizada pela Deloitte em 2010 apresentou de forma muito objetiva o que

Se o incumprimento diz respeito a não-pagamento da renda em relação a um contrato de Arrendamento de 6 meses ou mais, deve ser emitido um aviso, informando o inquilino que está

Diferentemente do prazo fixado para pagamento dos precató- rios, as RPVs são depositadas pelos Tribunais Regionais Federais nos bancos ofi- ciais, mensalmente, obedecido o prazo de

Em nosso espaço de coworking, localizado no Brooklin, você encontrá uma variedade de pensadores inovadores, focados em seus trabalhos e em metas para alcançar o sucesso.. Com

Para essa implementação deve-se observar que muitos sistemas têm sido construídos baseados exclusivamente em requisitos técnicos, deixando a arquitetura implícita

De acordo com a nutricionista Rosilma Mara Salamoni, qualquer agradável dica é investir nos chás relaxantes um pouco antes de dormir, que tem o poder de aliviar a tensão e preparar

Mais uma vez, o aluno usará a atenção para realizar esta atividade e por fim, poderão colorir de modo que trabalhe diretamente com a coordenação motora fina... Nesta atividade

Assim, com o aprofundamento e a apreciação das perspectivas educacionais, esta estratégia não apenas vai contribuir para uma estruturação inter-pessoal